Brasil é 1º no ranking mundial de crescimento das compras online

Com uma taxa de crescimento de 20,73% ao ano, país possui um crescimento quase 2x maior que a média mundial.
Com a pandemia e as lojas físicas fechadas, as vendas online cresceram significativamente em todos os países do mundo.

A grande surpresa, é que especialmente no Brasil, o aumento foi ainda mais significativo. O país que lidera o ranking de crescimento das vendas online, com 22,2% no ano de 2022, e um crescimento estimado de 20,73% ao ano, entre 2022 e 2025.
É o que revela um estudo divulgado pela CupomValido.com.br, plataforma de cupons de descontos online, com dados da Statista sobre as vendas no e-commerce.

De acordo com o estudo, o Brasil possui uma expectativa de crescimento quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e acima até de países como o Japão (14,7%), o Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%).

Por que o e-commerce no Brasil cresce tanto?

Dois fatores foram cruciais para influenciar o forte crescimento das vendas online no Brasil.

A pandemia é um dos primeiros fatores, pois com as lojas físicas fechadas, fez com que diversos brasileiros passassem a realizar sua primeira compra online. Ao encontrar facilidade na compra, métodos de pagamento instantâneos (como o PIX), e entregas rápidas (diversas lojas com entregas em 1 dia útil), muitos deles se tornaram consumidores recorrentes.

Um segundo fator, é que o índice de penetração de compras online, ainda é relativamente baixo no Brasil.

Segundo a pesquisa, no Reino Unido, 84% das pessoas realizaram pelo menos uma compra nos últimos 12 meses. Nos Estados Unidos e no Japão, em ambos os países a taxa foi de 77%. E na Alemanha, foi de 74%.

Como boa parte da população, principalmente destes países desenvolvidos, já realiza frequentemente compras online, a taxa de crescimento em potencial tende a ser menor nos próximos anos.

Em contrapartida, no caso do Brasil, apenas 49% da população realizou ao menos uma compra online no último ano. Isto explica o potencial significativo de crescimento que o Brasil ainda possui, ao comparar com os outros países.

Shopee lidera número de downloads de app entre os e-commerces no Brasil

Em 2022, tivemos o Brasil ranqueado como a população que, em média, gasta mais tempo utilizando aplicativos, segundo o report State of Mobile 2022 produzido pela data.ai, parceira da Similarweb. Quando olhamos especificamente para os dados dos e-commerces brasileiros, a Shopee, gigante plataforma de comércio eletrônico singapurense no Brasil, teve mais de 9 milhões de instalações únicas no segundo trimestre de 2022, seguido pelo Mercado Livre (4.292 milhões) e Magazine Luiza (3.710 milhões).

A pesquisa produzida pela Snaq em parceria com a Simillarweb traz dados do comportamento do digital dos principais e-commerces brasileiros entre abril e junho de 2022. Nele é possível ver nomes nacionais como Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia, além de internacionais como Alibaba, Amazon e AliExpress.

Neste indicador de downloads, a Shopee foi a primeira colocada pelo segundo semestre consecutivo. Este vem sendo um dos objetivos da empresa desde sua chegada ao Brasil em 2019, com uma estratégia agressiva de marketing. A Shopee apresentou 20,2% de participação no volume de de participação no volume de downloads das Top 10 marcas analisadas

Analisando as métricas do tráfego total, incluindo desktop e mobile, o Mercado Livre é líder absoluto de sessões mensais com 649 milhões. O 2º lugar é da OLX (296 milhões), seguido pela Amazon (276 milhões). Entretanto, segundo a pesquisa, o trimestre fechou em baixa de 10,45% quanto ao número de visitas se comparado ao mesmo trimestre de 2021, o que não necessariamente significa um desaquecimento do mercado varejista.

Engajar para comprar
Mais do que novos downloads, o engajamento do público é algo buscado constantemente pelos e-commerces. Métricas como páginas visualizadas por sessão e tempo médio são importantes indicadores para melhorias quanto a experiência do usuário e conversão em compras. No período analisado pelo Report da Snaq, a OLX é a empresa com mais páginas visualizadas por sessão, ShopFácil fica na última colocação.

Em sites de vendas de novos e seminovos, como Mercado Livre e OLX, a empresa aponta uma média maior de páginas visualizadas, influenciada pela necessidade do usuário “garimpar” produtos. A mesma premissa segue para o tempo médio de cada sessão. No segundo trimestre de 2022, os usuários ficaram cerca de 10 minutos em cada sessão da Shopee, sendo em média 3:30 em players como Alibaba, Magalu, Casas Bahia e Amazon.

ABComm projeta faturamento de R$ 6,4 bilhões no Dia dos Pais

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) aponta um faturamento de R$ 6,4 bilhões nas compras online para o Dia dos Pais 2022, celebrado este ano no dia 14 de agosto. A previsão é de crescimento de 2,9% em relação a 2021, considerando os 14 dias que antecedem a data. Ainda segundo a entidade, o total de pedidos neste período deve ultrapassar a marca dos R$ 14,2 milhões.

O e-commerce cresceu em média 3% no primeiro semestre deste ano em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. A associação atribui parte desse menor crescimento ao aumento dos combustíveis, o que impactou o preço final dos produtos.

A menor oferta de frete grátis também influenciou nos resultados. Uma pesquisa da ABComm aponta que o preço do frete pode impactar em até 90% a decisão de compra de um item nas vendas pela internet.

Alexandre Crivellaro, diretor de inteligência de mercado da ABComm, explica que, para o Dia dos Pais, a previsão é semelhante ao crescimento geral até agora, já que a diminuição do preço dos combustíveis não vale para o diesel – que é responsável pela maior parte do transporte de produtos.

“As datas comemorativas têm sido importantes para a retomada da economia no pós-pandemia. O comércio eletrônico passa por uma fase de crescimento, impulsionado, principalmente, por campanhas e promoções de datas especiais. A tendência é um leve aumento, porém a situação dos combustíveis sempre afeta diretamente a economia e, por isso, muitas vezes nos deparamos com números abaixo da expectativa. Uma alternativa é que as empresas foquem em estratégias de logística e inovação para manter a competitividade, além de bons valores de fretes para os consumidores”, completa.

Shoppe cresce 7% em acessos no primeiro semestre; Amazon Brasil lidera Share of Search do e-commerce

Recém-chegado ao e-commerce brasileiro, o Shopee tem registrado um crescimento significativo em 2022. De janeiro a junho, o número de acessos mensais da plataforma chinesa subiu 7%, colocando-a na segunda colocação entre os marketplaces mais visitados do país, segundo dados do Relatório Setores do E-Commerce de junho elaborado pela Conversion. Em paralelo, o e-commerce brasileiro teve baixa de 1,8%.

No total, segundo a Conversion, o comércio eletrônico brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho. Neste caso, trata-se de uma queda de 1,8% em relação ao mês anterior.
Considerando apenas o mês passado (Dia dos Namorados no Brasil), o Mercado Livre registrou 292,2 milhões de acessos, enquanto os chineses tiveram 202,4 milhões.

Na esteira da Shopee, outra chinesa vem crescendo mês a mês nessa métrica: a recém-chegada Shein, do segmento de vestuário. A empresa experimentou um incremento de 61% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais. Na 10ª colocação do ranking de e-commerces mais acessados do país, a empresa já se aproxima da Netshoes, que se mantém constante na média dos cerca de 38 milhões de acessos mensais.

Junho teve queda de 1,8% em acessos no e-commerce
No total, o comércio eletrônico brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho — queda de 1,8% em relação ao mês anterior. A maioria (52%) deles teve origem em dispositivos móveis. Portanto, quando somado ao fato de 22% virem de apps, consolida o eixo do e-commerce em torno dos smartphones.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, esses dados mostram que as chegadas de marketplaces da China ao mercado nacional têm potencial para reestruturar a concorrência entre os grandes players do mercado de e-commerce. Nessa transformação, fatores como preço, descontos e prazo de entrega são fundamentais. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo. Também criou muito senso de urgência com suas promoções e construiu uma verdadeira experiência de busca de achados, que faz com que as pessoas queiram passar cada vez mais tempo dentro do site e do app”, avalia.

Amazon lidera Share of Search
Por esse ponto de vista, os chineses ainda estão longe de ameaçar as marcas mais procuradas da Internet brasileira. Para fazer essa avaliação do mercado, a Conversion inova ao aplicar o conceito de Share of Search. Neste caso, trata-se da participação no volume de buscas que uma marca tem no Google dentre todas as buscas registradas no segmento em que ela atua. O Share of Search é uma métrica preditiva da participação de mercado, conforme teoria de Les Binet.

Nesse sentido, a Amazon é a empresa que possui o maior Share of Search do e-commerce brasileiro. Afinal, 55% de todas as buscas feitas em seu segmento, de Importados, fazem menção diretamente à ela. O mesmo acontece com a Loja do Mecânico, que detém quase metade (46%) das palavras-chaves pesquisadas dentre todas as marcas do segmento de Ferramentas e Acessórios. A Petz, por fim, reúne 44% de tudo o que é procurado pelos usuários que se relaciona ao e-commerce de pets.

Mercado Livre também desponta
Nessa métrica, o Mercado Livre também é tão soberano em seu segmento quanto no volume de acessos do e-commerce como um todo. A empresa possui 28% do Share of Search entre os marketplaces. Está, inclusive, à frente do seu grande concorrente, a americana Amazon, que também briga neste segmento (13,5%), e da chinesa Shopee (11%).

Imagem de um gráficoShare of Search – Segmento de marketplaces – junho de 2022 (em %). (Fonte: Conversion)
O Share of Search não representa obrigatoriamente a mesma proporção da divisão de receitas do mercado (Market Share), já que se trata de uma métrica preditiva. No entanto, estudos sugerem cada vez mais que os gráficos entre os volumes de buscas na Internet e a divisão das vendas entre as marcas andam em paralelo.

“Para crescerem, é preciso que as concorrentes sejam mais buscadas. Isso explica não apenas o porquê de a Amazon permanecer soberana no e-commerce de importados, por exemplo, mas também ajuda a entender como os chineses estão conseguindo ganhar mercado no Brasil”, analisa o fundador da Conversion.

Número de acessos expressam sazonalidade
Apesar do Dia dos Namorados, o segmento que mais cresceu em número de acessos em junho foi o de pets. A alta foi de 4,8% em relação a maio, somando cerca de 16,3 milhões de acessos. Neste caso, marcas como Petz, Pet Love e Cobasi ficam entre as mais beneficiadas. Ainda assim, o aumento de 165% nas buscas pela recém-fundada Petvi chamam atenção.

Outros dois segmentos que cresceram no mês foram o de Farmácia e Saúde (3,7%) e o de Educação, Livros e Papelaria (3,1%). O CEO da Conversion nota, porém, como a métrica de número de acessos pode explicar a movimentação do mercado.

“Há uma correlação significativa entre o número de visitas e as vendas de um setor ou de uma marca. Neste caso, contam ainda os dois meses com datas comemorativas importantes para o comércio, o Dia dos Namorados e o Dia das Mães. Ambos aumentam acessos e conversões de alguns setores, como foi o caso de cosméticos”, analisa.

Segmentos em retração
Em direção oposta, e-commerces de produtos infantis retraiu 10,3% em junho, indo de 7,7 milhões de visitas no mês anterior para 6,9 milhões. Portanto, a queda mais expressiva desde fevereiro deste ano, quando somou 6,1 milhões de acessos.

Houve queda ainda entre os segmentos de Casa e Móveis e de Cosméticos (8% em ambos os casos).

Empresas chinesas crescem no e-commerce; Mercado Livre ainda lidera ranking de acessos

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior.

Ainda recente no mercado brasileiro de e-commerces, o Shopee registrou crescimento significativo durante 2022. De janeiro a junho, o número de acessos mensais da plataforma cresceu 7%. O crescimento fez com que ela ocupasse a segunda colocação entre os marketplaces mais visitados do País, segundo dados do Relatório Setores do E-commerce de junho elaborado pela Conversion. O Mercado Livre, no entanto, ainda é o maior e-commerce do País.

Bem como o Shopee, outra companhia chinesa vem crescendo mês a mês nessa mesma métrica. A Shein, empresa do segmento de vestuário, viu um crescimento de 51% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais. Atualmente na décima colocação do ranking de e-commerces mais acessados, a chinesa já se aproxima da Netshoes, que mantêm a média de 38 milhões de acessos por mês.

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Mais da metade dos acessos teve origem em dispositivos móveis (52%) e 22% via app, consolidando a relevância dos smartphones para o e-commerce.

O CEO da Conversion, Diego Ivo, explicou que a chegada dos marketplaces da China ao mercado nacional tem potencial para reestruturar a concorrência entre os grandes players. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criaram muito senso de urgência com suas promoções e construíram uma verdadeira experiência de busca de achados”, destacou Ivo.

Amazon é referência
Apesar do crescimento no número de acessos, as plataformas chinesas ainda estão longe de ameaçar as marcas mais procuradas da internet brasileira. A Conversion utiliza o conceito de Share of Search, que é a participação no volume de buscas que uma marca tem no Google dentre todas as pesquisas no segmento em que ela atua.

A Amazon é a empresa que possui o maior Share of Search do e-commerce brasileiro: 55% de todas as buscas feitas em seu segmento, importados, fazem menção direta a ela. Em seguida, representando 46% das buscas de seu setor, está a Loja do Mecânico, no segmento de ferramentas e acessórios. A Petz ocupa a terceira colocação, com 44% de tudo procurado por usuários relacionados ao e-commerce de pets.

Nessa mesma métrica, o Mercado Livre é tão líder no seu segmento quanto no volume de acessos do e-commerce como um todo. A marca tem 28% do Share of Search entre os marketplaces e está à frente de seu principal concorrente, a Amazon, com 13,5%, e da Shopee, com 11%.

Segundo a Conversion, apesar de a métrica de buscas não representar obrigatoriamente a mesma proporção da divisão de receitas do mercado (Market Share), os estudos apontam cada vez mais que os gráficos andam em paralelo.

“Para crescerem, é preciso que as concorrentes sejam mais buscadas. Isso explica não apenas o porquê de a Amazon permanecer soberana no e-commerce de importados, por exemplo, mas também ajuda a entender como os chineses estão conseguindo ganhar mercado no Brasil”, analisou Ivo.

Venda on-line tem o pior 2º trimestre desde 2018

Relatório do banco Goldman Sachs prevê que canal on-line seja 14% das vendas totais do varejo neste ano.

A venda on-line volta a cair no país pelo terceiro mês consecutivo e o setor fecha o trimestre de abril a junho com um recuo de 4,2% frente a 2021, segundo dados da empresa de pesquisas MCC/Neotrust, apresentados ontem em relatório do banco Goldman Sachs. É a primeira queda num segundo trimestre na história do levantamento da MCC, realizado desde 2018.
Em junho a queda foi de 5,7%, após duas retrações em abril (-6,4%) e em maio (-1%).

A participação do comércio eletrônico no varejo total ainda deve aumentar no menor ritmo do setor nos últimos anos, mesmo comparado com o período anterior à pandemia. Pelo relatório da equipe de análise do Goldman, o on-line deve representar 14% das vendas do varejo em 2022, 0,5 ponto acima de 2021. É o menor crescimento em percentual desde, pelo menos, 2018 (início dos comparativos anuais do relatório). São utilizados dados do IBGE, da consultoria Ebit, além de informações da área de pesquisa do banco.

Houve um salto nessa fatia do segmento no bolo total após a pandemia (de 7% em 2019 para 13,5% em 2021), e era projetado uma alta menos forte desse índice pelo efeito da base de comparação de 2021. Mas a elevação está mais discreta do que o previsto no começo do ano. Para 2023, a equipe estima participação de 16%.

Relatório do banco Goldman Sachs prevê que canal on-line seja 14% das vendas totais do varejo neste ano

A Neotrust projetava, meses atrás, alta de 8% nas vendas dos canais digitais em 2022, e neste mês, reviu para 5%. Se fechar nesse patamar, ainda ficará acima das estimativas para o varejo físico no ano (3,5% a 4% no ano, a depender da casa de análise). Entrada de recursos do governo com benefícios recém-aprovados pode acelerar essa taxa, dizem economistas.

Nos dados do segundo trimestre, há o efeito da desaceleração da demanda e da queda do poder de compra que afeta parte do comércio virtual de produtos de alto valor. Dados coletados mensalmente pela GfK Brasil, diretamente nas empresas de varejo de bens duráveis, mostra que o peso do on-line na venda total está se estabilizando nos últimos meses em cerca de 45% (lojas físicas registra os 55% restantes). Está abaixo da taxa de mais de 50% registrada no primeiro ano de pandemia.

O material da equipe do banco, liderada pela analista Irma Sgarz, revê projeção de crescimento de todas as empresas de comércio on-line, menos para o Mercado Livre. Estima que Americanas e Magazine Luiza vão se expandir no segundo trimestre em vendas no “marketplace” (plataforma que reúne lojistas) à metade da velocidade do Mercado Livre.

Para os analistas, a volta mais forte da venda física em shoppings, o consumidor transferindo parte de seus gastos de produtos para serviços, além da necessidade do consumidor reduzir gastos em categorias discricionárias ou de alto tíquete (Mercado Livre é menos exposto a esses itens) pressionam parte desse mercado on-line.

O banco projeta que Mercado Livre crescerá em vendas totais transacionadas (GMV, da sigla em inglês) 17% no segundo trimestre. Apesar da desaceleração frente a taxas de 2021 (de mais de 80% no trimestre) ainda está acima da estimativa do banco para o setor (recuo de 4%). Para o ano de 2022, a equipe acredita que o GMV do grupo deve se expandir 19%, versus alta de 13% para o mercado.
A equipe comenta a informação, antecipada pelo Valor neste mês, de alterações na política junto aos lojistas. Os principais “marketplaces” estão repassando os aumentos no custo do dinheiro e nas despesas aos lojistas que operam nas plataformas. Isso inclui os estrangeiros, como Shopee e Amazon. A primeira onda de repasses começou em dezembro e a segunda onda, em junho.

O Mercado Livre, por exemplo passou a exigir, após junho, que o consumidor gaste R$ 199 (era R$ 79 antes) na cesta de supermercados para ter frete grátis. Outra medida tomada foi subir o valor da compra mínima para parcelamento grátis de R$ 300 para R$ 500. “Enquanto o Mercado Livre pode restringir seletivamente o investimento em iniciativas de crescimento de médio prazo, o investimento contínuo em logística e em equipes da empresa contrasta com o notável ‘trade-off’ entre crescimento e lucratividade que seus principais pares estão sendo forçados a fazer”, dizem os analistas da área de varejo.

“Acreditamos que esse trade-off é mais pronunciado para Magazine Luiza, Via e Americanas devido a um custo médio de aquisição de clientes relativamente mais alto”.
Para a Americanas, o Goldman, projeta um crescimento de GMV de 7% no segundo trimestre e para Magalu, 9%. Na Via, a equipe estima um recuo de 9% no GMV.

AliExpress instala mais de 36 mil lockers em países da Europa

Objetivo da gigante de comércio eletrônico é montar mais de 47.500 até o final deste ano na região

O AliExpress, gigante de comércio eletrônico do grupo chinês Alibaba, já instalou mais de 36 mil lockers na na Europa até o final de junho e está a caminho de montar mais de 47.500 até o final deste ano.

A rede de armários dá aos consumidores do AliExpress acesso a um serviço de logística sem contato com horário de coleta flexível. Os compradores podem optar por retirar as encomendas conforme sua conveniência, digitalizando um código QR no locker mais próximo ou inserindo um código digital.

O AliExpress começou a construir sua rede de armários em colaboração com a Cainiao, a rede de logística do Alibaba, e seus parceiros locais em março do ano passado. A rede hoje alcança centros de negócios e pontos turísticos nas principais cidades europeias, incluindo Madri, Barcelona, ​​Paris e Varsóvia.

De acordo com o AliExpress, o uso diário de armários de encomendas na Espanha aumentou 15 vezes de março do ano passado até o final de junho. Na França, o uso diário de armários aumentou três vezes no mesmo período.

Robôs autônomos
Na China, o Alibaba, dono do AliExpress, segue apostando em robôs autônomos, que ultrapassaram a marca de 10 milhões de encomendas entregues em 31 de março, de acordo com o último relatório de ganhos da empresa. Mais de 500 robôs elétricos sem motorista, apelidados de Xiaomanlv, fazem entregas desde setembro de 2020 em campi universitários em toda a China.

Os dispositivos, equipados com tecnologia do Autonomous Driving Lab do instituto de tecnologia e ciência do Alibaba DAMO Academy, podem transportar cerca de 50 pacotes por vez e percorrer 100 quilômetros com uma única carga.

Os robôs do Alibaba podem navegar 99,9% do tempo sem intervenção humana, auxiliados por um algoritmo que encontra as rotas de entrega mais eficientes.

A empresa supervisionou a implantação dos robôs em mais de 200 universidades chinesas, onde entregam encomendas enviadas pelo sistema de correio Cainiao Post.

E-commerce fatura R$ 38,4 bilhões e número de pedidos cresce 4,3% no 2º tri de 2022

Segundo a Neotrust, o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento de 4,3% no número de pedidos no 2º tri de 2022. Este valor é comparado ao mesmo período do ano passado, e revela um total de 89,6 milhões de vendas online. Aliás, entre os meses de abril e junho, o comércio eletrônico teve faturamento de R$ 38,4 bilhões — portanto, uma queda de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2021.

Em relação aos números por região, o levantamento da Neotrust aponta que o Norte é o principal destaque brasileiro no 2º trimestre de 2022, com um total de R$ 1,16 bilhão arrecadado.

Queda no número de clientes e no ticket médio
Outro dado apontado pela pesquisadora é que houve uma queda no número de clientes únicos no 2º trimestre deste ano, sendo a primeira redução desde o início da pandemia. Segundo a pesquisa, de abril a junho de 2022, o varejo digital contou com 37 milhões de clientes únicos. Ou seja, uma redução de 1,4 milhão se comparado a 2021, que obteve 38,4 milhões de consumidores online.

“Analisando o segundo trimestre do comércio eletrônico, percebemos uma redução no faturamento e no ticket médio, apesar do aumento do número de pedidos. O que pode explicar esse declínio em receita é a diminuição do poder de compra dos consumidores devido ao cenário econômico desfavorável. O ticket médio das compras realizadas entre abril e junho de 2022 foi menor que o do mesmo período em 2021”, explica Paulina Dias, Head de Inteligência da Neotrust.

Em relação aos números por região, o levantamento da Neotrust aponta que o Norte é o principal destaque brasileiro no 2º trimestre de 2022. Na ocasião, elevou em 7,4% o faturamento, com um total de R$ 1,16 bilhão arrecadado. Em número de pedidos, o crescimento foi de 14,7%, totalizando 2,15 milhões de compras virtuais. Já o Sudeste (região com o maior faturamento e vendas online do país) apresentou queda de 5,1% em receita e teve uma tímida alta em pedidos, calculada em 1,7%.

Categorias e formas de pagamento
No segundo trimestre de 2022, as categorias telefonia, eletrodomésticos e eletrônicos figuram entre os três segmentos de maior faturamento no e-commerce. Por outro lado, moda e acessórios, beleza e perfumaria, e saúde possuem o maior número de pedidos, respectivamente.

Quanto às formas de pagamento, o cartão de crédito continua absoluto na preferência do consumidor em compras online. No segundo trimestre deste ano, 70% dos pedidos foram pagos com cartão de crédito, tendo participação de 72,6% no faturamento.

O Pix segue como destaque no varejo digital, no qual representou 11,2% dos pedidos feitos de abril a junho, com um total de 4% no faturamento. No primeiro trimestre de 2021 as compras online com Pix representavam somente 3% dos pedidos feitos e 1,6% de faturamento, o que demonstra sua rápida expansão.

“O Pix e outras formas de pagamento, como as carteiras digitais, seguem crescendo no e-commerce devido a rápida aderência e aceitação do consumidor em relação aos métodos tradicionais, como o boleto bancário, por exemplo. Neste segundo trimestre, o boleto perdeu bastante espaço no comércio eletrônico e apresentou queda de 10 pontos percentuais em faturamento e 9,6 pontos percentuais em pedidos feitos”, observa a Head de Inteligência da Neotrust.

Amazon Prime Day chega a sua 3º edição no Brasil com iniciativa para PMEs

Para a edição deste ano, o evento trouxe um espaço destinado para os pequenos e médios empresários.

Começou a meia noite desta terça-feira, 12, o Amazon Prime Day, evento de 48 horas de duração que conta com diversos descontos destinado para os assinantes do Amazon Prime. Esta é a terceira vez que o Brasil participa da maratona de descontos e com ofertas em todas as categorias. Nos setores de Moda, Bebidas Alcoólicas e Livros, os descontos chegam a 50%.

Já no segmento de dispositivos da Amazon, os descontos são de até 40%, seguida pela categoria de Informática, Computadores e Cozinha, com até 35% de desconto, além de outras promoções nas categorias restantes. Também estarão em promoção itens de marcas como Nivea, Havaianas, Apple, Dell, Brinquedos Estrela e mais.

“Continuaremos investindo e inovando para trazer ainda mais conveniência, ampla seleção de produtos e entretenimento para que o Prime continue sendo de grande valor para os membros”, destacou Daniel Mazini, Presidente da Amazon no Brasil. Atualmente o serviço oferece frete grátis nos produtos enviados pela Amazon, acesso a plataforma de streaming Prime Video, a ferramenta de leitura Prime Reading, ao Amazon Music e dá direito a jogos gratuitos com o Prime Gaming.

Para a edição deste ano, o Amazon Prime Day também trouxe um espaço destinado para os pequenos e médios empresários. Na loja especial “Apoie Pequenos Negócios”, os clientes têm acesso as histórias desses empreendedores que estão participando do Prime Day e uma seleção de descontos de PMEs. Também como parte da ação, em todas realizadas até o dia 21 de julho nessa aba, 15% das vendas realizadas serão destinadas a CUFA (Central Única das Favelas).

Além disso, durante o Prime Day, a Amazon apresentará o prime Day Estúdio, uma ação que traz um estúdio em formato de caixa na fachada do shopping Center 3, na Avenida Paulista, em São Paulo. No local, serão transmitidas duas lives por dia, às 12h30 e às 18h, no canal oficial da empresa no YouTube e contará com a presença de convidados e influenciadores.

Também por conta do Amazon Prime Day, o grande volume de pedidos faz com que a companhia tenha que contratar colaboradores temporários para apoiar a operação. Para este ano, a companhia adicionou aproximadamente 6 mil trabalhadores temporários, alocados nos 12 centros de distribuição e 5 estações de entrega pelo Brasil.

Shopee aposta em aparição na TV para atingir mais consumidores

Para consolidar o sucesso da plataforma no Brasil, a Shopee aposta agora em uma estratégia transmídia para divulgar a plataforma e atingir consumidores de diferentes gerações. Como mais uma estratégia de marketing, o marketplace terá sua estreia na teledramaturgia brasileira e fará aparições na série “Todas as Garotas em Mim”, da Record TV. Serão cinco inserções que vão ao ar de 4 a 11 de julho, a partir da personagem principal Mirela (interpretada pela atriz Mharessa). Durante as entradas, os telespectadores poderão acompanhar como é fácil navegar pelo app, conhecer as principais categorias, fazer compras e economizar.

Na trama, a personagem Mirela, que também é digital influencer, é uma “ShopeeLover” apaixonada por comprar no app da Shopee e costuma interagir com os seus seguidores, mostrando os produtos. Com a chegada do Dia Shopee de julho (7.7 Aniversário Shopee) – data que a Shopee concentra ainda mais benefícios aos usuários, oferecendo de frete grátis sem mínimo de compras e R$ 6 milhões em vouchers de desconto –, a jovem é convidada para divulgar a campanha. A partir dali, Mirela também tem interações com Josefa (interpretada por Aline Fanju) que conhece o app da Shopee após indicação e se apaixona.

“Inserir uma campanha da Shopee nesse espaço é especial por participar de um hábito cultural popularizado entre diferentes gerações de brasileiros. Conseguimos atingir públicos de idades variadas e explicar, de uma forma simples, como é fácil, segura e divertida a experiência de compras no ambiente digital. Além disso, reforçaremos a principal data da campanha”, explica Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee.

No dia 07 de julho (7.7), a influenciadora vai liberar um cupom exclusivo durante a série para os telespectadores. Para essa interação, ela vai “quebrar a quarta parede”, ou seja, olhar direto para a câmera e falar direto com os telespectadores.