Desaceleração do e-commerce eleva as devoluções de galpões

O mercado de galpões logísticos começou o ano com uma quantidade grande de espaços comercializados no período. É um sinal de resiliência, após três anos consecutivos com picos de demanda por esse tipo de imóvel vinda de empresas de e-commerce e logística.

Apesar do desempenho positivo, há uma perda de euforia. Não se veem tantas locações assinadas antes da entrega dos imóveis, e há empresas que devolveram áreas contratadas. Resultado: a oferta de novos empreendimentos deve cair, segundo consultores. Com a desaceleração das vendas online, o mercado de galpões deve caminhar para a estabilidade em 2023.

“Os números do primeiro trimestre foram muito bons. No geral, a economia brasileira está um pouco complicada, mas o setor de logística se saiu bem”, diz o presidente da consultoria Siila, Giancarlo Nicastro. “Para frente, não diria que há esfriamento, mas sim acomodação.”

A quantidade de locações cresceu 15% no primeiro trimestre de 2023 ante o primeiro de 2022 no Estado de São Paulo, chegando a 520,7 mil m², segundo estudo da Siila. É o maior volume de locações da série histórica, iniciada em 2016.

O setor de transporte e logística respondeu por 22% da demanda. Já o e-commerce ficou em segundo (11%), seguido por farmacêuticas (10,5%), empresas de tecnologia da informação (7%) e indústrias de veículos (5%).

Nicastro alerta para mudança de cenário. Já se percebe uma queda nas pré-locações, ou seja, contratos assinados antes de os imóveis ficarem prontos, tipo de negócio que disparou nos últimos três anos, quando oferta era insuficiente. Em 2019, 10% dos galpões entregues estavam pré-locados. Em 2020, 41%. Em 2021, atingiu 51%, mas recuou para 42% em 2022 e 39% no primeiro trimestre de 2023.

DEVOLUÇÕES
Dados da Newmark mostram também que o saldo entre as áreas locadas e devolvidas tem sido forte neste início de ano, embora as devoluções tenham crescido. O saldo entre locações e devoluções no Estado de São Paulo triplicou no primeiro trimestre de 2023 ante o primeiro de 2022, para 361 mil m². “Ainda que tenha havido melhora nos indicadores de demanda, observamos desde o trimestre passado um pequeno aumento nas devoluções”, diz a diretora de pesquisa da Newmark, Mariana Hanania.

A decisão do governo de acabar com a isenção de imposto para encomendas internacionais pode respingar no setor. Shein, Shopee, Alibaba e Shopper, por exemplo, foram algumas das maiores demandantes de galpões e tinham potencial para crescer. Para Mariana, se a taxação acontecer, o custo das empresas vai aumentar e afetar toda a cadeia.

Pesquisa da FedEx revelou que os compradores online estão procurando inovações em personalização- “Shoppertainment”

Uma pesquisa recente da FedEx revelou que os consumidores estão procurando inovações em personalização, “shoppertainment” e opções de pagamento que facilitem a descoberta de novas marcas e tornem as compras mais convenientes.

Mas o que é shoppertainment?
É a mistura de e-commerce e entretenimento para ajudar a envolver os clientes e promover as vendas. A base do shoppertainment é a participação do consumidor.

Os clientes têm necessidades funcionais, como desejo de conveniência, melhoria e validação, e necessidades emocionais, que incluem desejo de recomendação, indulgência e inspiração.

Em princípio, permita-me assegurar-lhe que o entretenimento de compras não precisa ser uma grande produção com um apresentador, fogos de artifício e um DJ. Na maioria das vezes, o shoppertainment assume uma escala muito menor em seu site.

Shoppertainment é o conceito de tornar um site mais divertido para os compradores online, transformando uma experiência tradicional de comércio eletrônico em algo verdadeiramente envolvente. Com a ajuda do shoppertainment, as marcas podem manter seus clientes entretidos e aumentar sua probabilidade de fazer uma ou mais compras. As práticas de entretenimento de compras também podem ajudar a maximizar a retenção e a fidelidade, fazendo com que os clientes retornem a você em detrimento dos concorrentes.

Tenha em mente que o objetivo é criar experiências envolventes e agradáveis para seus clientes online.

Nesse sentido, eis uma estrutura simples para adotar o shoppertainment em sua loja virtual:

– Primeiro, é importante garantir que suas ofertas de shoppertainment sejam relevantes para sua marca e público-alvo.

– Em segundo lugar, certifique-se de que seus elementos de entretenimento de compras sejam bem projetados e executados para proporcionar uma experiência positiva ao cliente.

– Por fim, acompanhe o desempenho de suas iniciativas de entretenimento de compras para que você possa continuar melhorando e refinando suas ofertas ao longo do tempo.

Mas que tipo de elementos de entretenimento de compras você pode oferecer em seu site? Aqui está uma pequena lista:

– Vídeos de compra interativos
– Jogos de prêmio de girar a roda
– Compras ao vivo
– Curiosidades e testes
– Gamificação
– Social commerce

A convergência de transmissão ao vivo e e-commerce tornou-se não apenas a maneira favorita de fazer compras na China, mas no mundo.

As pessoas também gostam de gamificação com suas experiências online. A gamificação envolve o uso de certos elementos para transformar experiências comuns em um tipo de jogo. Os princípios da gamificação também se aplicam a marcas e experiências, tornando-a uma ferramenta poderosa para se conectar com o público por meio do entretenimento de compras.

Seja específico. Se você estiver usando os dados do seu tráfego de mídia social, terá uma boa ideia de quem é o seu mercado e do que ele gosta. Use essas informações para oferecer produtos específicos: em vez de convidar potenciais clientes para conferir sua linha de camisetas, concentre-se em uma determinada. Veja o que funciona, o que vende melhor e que tipo de oferta parece ter mais tração.

Se bem feito, o shoppertainment pode até reforçar um senso de comunidade entre os consumidores que seguem uma determinada marca ou influenciador.

Se você deseja que sua marca permaneça consistentemente competitiva, você se beneficiará imensamente ao implementar o entretenimento de compras em seu marketing e outros conteúdos.

O shoppertainment atrai consumidores que desejam conteúdo de marca autêntico e emocional, impulsionado pelo envolvimento experiencial. Trata-se de um envolvimento de entretenimento em primeiro lugar, apoiado por uma jornada do consumidor clara e informada e inspirado por facilitadores importantes, como influenciadores, consumidores e esforços de marca.

Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Compras online em vestuário aumentam mais de 16% em 2022

A adoção do e-commerce na jornada de compra do consumidor brasileiro está maior em lojas de vestuário, segundo a Visa Consulting & Analytics. Os dados da empresa de pagamentos mostram que, em 2022, o segmento contou com crescimento acima de 16% em transações online.

O índice, encontrado na comparação com 2021, mostra ainda outras questões voltadas à digitalização no Brasil. Em termos regionais, por exemplo, Espírito Santo e Paraná contam com aumento superior a 50% em transações online relacionadas à moda.

Os estados que apresentaram maior crescimento nas transações físicas e virtuais com credenciais Visa nas compras de roupas no período foram Espírito Santo (mais de 30%) e Ceará, Paraná, Minas Gerais, Amapá, Sergipe e Amazonas (todos entre 25 e 30%).

“O consumidor brasileiro está se rendendo aos benefícios da compra online. A representatividade dessas transações para o setor de moda apresentou mudança de comportamento nos últimos anos e praticamente dobrou de tamanho após a pandemia. Isso é um reflexo de uma grande movimentação da indústria em busca de soluções de segurança, omnichannel e inovação para melhorar a experiência do usuário”, pontua Fernando Pantaleão, vice-presidente de Vendas e Soluções para o Comércio da Visa do Brasil.

A base é de compras utilizando credenciais Visa entre janeiro de 2021 e dezembro de 2022 no país, levando em consideração lojas de departamentos e de roupas e acessórios.

Ainda sobram dúvidas sobre os anúncios da Shein e do governo

Replicar o modelo da plataforma asiática com produção local não é tarefa simples.

Em poucas horas, ainda com o governo sob o desgaste do tema dos impostos em remessas internacionais, um conjunto de ações foram anunciadas na quinta-feira pelo Ministério da Fazenda e pela Shein, relativas à nacionalização nas vendas da plataforma de comércio eletrônico e investimentos. Dessa forma, Fazenda e Shein mudaram a narrativa negativa sobre o tema na semana passada, acalmaram as redes sociais, mas deixam para trás pontos pouco claros, especialmente em relação à lógica econômica do projeto.

Governo e Shein falam em transformar o país em “plataforma de exportação” para América Latina – de um setor golpeado por carga tributária pesada e forte importação chinesa -, com geração de empregos (100 mil indiretos, ou 7% do total do setor produtivo hoje) e investimentos de R$ 750 milhões pela Shein em três anos.

A soma irá para tecnologia e treinamento e é parte de um plano de nacionalização de 85% das vendas da empresa até 2027. O montante anual é inferior ao que redes como Renner ou Riachuelo investiram em tecnologia em 2022.

Para esse projeto de nacionalização, foi fechada parceria com as empresas têxteis Coteminas e Santanense, ambas do grupo fundado por José Alencar (vice-presidente da República de 2003 a 2010, no governo do PT), pai de Josué Gomes, presidente da Coteminas.

Nacionalização esbarra no Custo Brasil, o que pode afetar o modelo da Shein, que tem os preços baixos como atrativo .

Além disso, há um plano de conformidade em discussão entre plataformas estrangeiras e a Receita Federal. Não há muitos detalhes sobre esse debate, mas um ponto refere-se aos marketplaces arcarem com os impostos que são pagos pelo consumidor brasileiro.

Nos últimos dias, executivos, especialistas e pessoas envolvidas nas negociações levantaram desafios e aspectos não esclarecidos sobre esses anúncios. Entre os pontos está o risco que o plano pode representar ao modelo de negócios da Shein no país, e a sua maior fortaleza, os preços competitivos. É algo que ocorre exatamente porque a plataforma importa 100% das mercadorias da China – país que responde por cerca de 60% da produção mundial de artigos têxteis.

Outro aspecto é a decisão de as plataformas recolherem os impostos (em vez do consumidor), e se isso não acabará sendo repassado ao preço final. Investidores ainda levantaram pontos sobre o acordo com a Coteminas.

Um ponto central é se, com a nacionalização, a Shein pode ficar mais “careira” – hipótese criticada duramente por consumidores nas redes sociais a partir da ideia inicial da Fazenda de tributar remessas internacionais de até US$ 50. Essa discussão pegou muito mal e não avançou, por isso o governo tratou de buscar alternativas.

Faltam detalhes sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas.
A ideia de nacionalização tem sido debatida pela Shein há anos, com avanços pontuais no mundo. Hoje, a plataforma com sede em Cingapura vende para mais de 150 países e é 100% abastecida por seis mil fornecedores da China, num sistema ultrainformatizado, extremamente ágil e barato. Foram US$ 22,7 bilhões em vendas no mundo em 2022, segundo a imprensa chinesa (menos que Nike e Zara, mas com crescimento mais rápido).

O Brasil teria, calculam analistas, 7% a 9% disso (até US$ 2 bilhões), perto do faturamento da Renner. O que a Shein ainda não explicou é como reproduzirá seu modelo aqui, para atingir 85% de nacionalização, mesmo usando parte da escala da Coteminas.

Terá que encarar desafios de uma operação têxtil local, que carrega uma carga tributária média de 18% (em alguns itens chega a 40%) e com menores níveis de produtividade que a China – apesar de avanços da indústria local.

Para vender mais aqui, pode ter que dar mais espaço, no site e “app”, a produtos locais – afetados pelos altos custos fiscais e trabalhistas, e esses repasses encarecem a venda. “Há o desenho de um plano que depende de alguns aspectos ainda. E para que isso pare de pé, eles terão que lidar com o Custo Brasil, que é sem dúvida o ‘x’ da questão. A Shein tem um modelo inovador, mas não vai repetir o mesmo sistema de fora por conta dos nossos custos, não há como fazer milagre nisso”, diz Alberto Serrentino, diretor da Varese Retail.

Segundo uma fonte a par dos planos, a Shein não vai produzir no país itens de todas as categorias. “Eles devem se adequar àquilo que o Brasil é mais forte, como fabricação de jeans, e nisso podem ser exportadores de peso para América Latina, gerando escala e preços mais baixos. Moda baseada em tecido sintético não deve ser foco. Eles vão se ajustar para se manter competitivos”, diz a fonte.

Para não perder vendas, a Shein pode ter que considerar ações como aumentar subsídios ao frete e ampliar a oferta de cupons de descontos. São medidas que ampliam vendas, mas afetam margens.

Outra hipótese é trazer mais lojistas brasileiros para sua base de vendedores (dos polos de moda e calçados, por exemplo) eliminando do processo os intermediários, como atacadistas, que tornam o produto final mais caro, diz Eduardo Terra, sócio da BTR Consultoria.

Questionada sobre eventuais ações para compensar o custo Brasil e atingir os 85%, a Shein afirmou que abrirá outro marketplace local para vendedores brasileiros, com variedade maior de produtos (há nove lojistas no projeto piloto hoje). E afirma que os lojistas vão usufruir da experiência da Shein, que será dividida com eles, em marketing e logística, por exemplo.

Sobre o assunto, Marcelo Claure, chefe da Shein na América Latina (ex-Softbank), admitiu que o plano é uma “grande transformação” para a Shein. Disse contar com a capacidade de a empresa reproduzir vantagens competitivas e se adaptar, e acrescentou que já tem contatado parceiros no Brasil para testes de produção. Mas, pelo seu tom, tem consciência que China e Brasil são mundos bem diferentes. Apesar disso, fala que a Shein “não deve falhar” no que se propôs.

Outra dúvida é se a meta de 85% de nacionalização considera os produtos vendidos por lojistas locais, mas que são importados da China. “Se isso entrar como nacionalização vai ser fácil aumentar a taxa hoje, que é mínima. E na prática, ainda é tudo venda de produto chinês, e não brasileiro”, afirma um varejista on-line. A Shein não informa os critérios para as estimativas dessa nacionalização.

Uma outra fonte a par do tema diz que nem toda a nacionalização virá de produtos vendidos no país. “O plano é que 85% das vendas sejam de produção local, então pode ser fabricação vendida para América Latina”, diz.

Também há dúvidas sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas, que bancarão o custo no lugar do consumidor. Esse anúncio também ocorreu na quinta pela Fazenda.

Pelo sistema de pagamento digital de impostos (“digital tax”), em discussão, o tributo sai discriminado como um item a ser pago na hora da compra. Em outros países, há diferentes modelos de “digital tax”. Na Amazon no Brasil, quem paga é o consumidor.

Haddad disse que quem arcará com esse pagamento de imposto é o vendedor – seja o terceiro que tem uma loja on-line ou a plataforma mesmo. E afirmou que os marketplaces concordaram. Segundo ele, a Shein afirmou que não vai repassar isso ao consumidor.

Pode ser algo difícil de garantir, em se tratando de uma empresa privada que define metas de resultado e as revisa constantemente com acionistas e diretoria.

Outro aspecto dos anúncios recentes envolve o acordo entre Coteminas e Shein, e como o governo acabou entrando nesse tema.

A parceria entre Shein e Coteminas vinha sendo discutida há cerca de um mês e meio atrás, segundo uma fonte próxima à empresa brasileira. Na posição de CEO da Coteminas, Josué Gomes ajudou a costurar o contato na quinta-feira (20) entre Shein e Haddad, que levou ao anúncio posterior da plataforma. “A temperatura subiu muito nos últimos dias e era preciso abrir um canal de comunicação [entre Fazenda e Shein]”, diz uma fonte.

Das cerca de 3 mil confecções parceiras da Coteminas, 2 mil serão fornecedoras da marca Shein para atender Brasil e América Latina. A Santanense, do grupo Coteminas, também é parte do acordo.
Um ponto que não está tão claro refere-se ao fato de a Coteminas não produzir moda, o forte da Shein, diz um gestor de fundo sem ação da Coteminas na carteira. A empresa é referência em cama, mesa e banho, e a Santanense, em vestuário profissional. Uma fonte diz que a empresa pode fornecer insumos a Shein, para fabricação local de vestuário, e a Shein pode treinar confecções na produção.

Fato relevante da Coteminas de quinta-feira, que informa a parceria, ainda fala em financiamento para capital de giro da empresa, e um contrato de exportação de produtos para o lar. Na prática, é dinheiro da Shein que entra na Coteminas para dar fôlego para que o projeto saia do papel.

Perguntado sobre pontos ainda em aberto nos projetos com as plataformas, o Ministério da Fazenda se posicionou especificamente sobre o “digital tax”. Disse que é um imposto que já existe, mas que será recolhido antes do envio da mercadoria, sem criação ou majoração de tributo, e com recolhimento eletrônico facilitado. “A medida está em elaboração e será detalhada em breve. Cabe enfatizar que o objetivo principal é garantir a concorrência justa para que o consumidor seja beneficiado no curto, médio e longo prazos”.

E-commerce brasileiro lidera o ranking mundial de crescimento

O comércio eletrônico brasileiro vem, desde 2020, em uma crescente, impulsionado por fatores como as medidas de quarentena e isolamento social para conter a pandemia de Covid-19 – que fechou os estabelecimentos físicos e abriu a porta do e-commerce para os consumidores mais resistentes -, e promete ser o número um em um ranking mundial de crescimento.

Segundo um balanço conduzido pelo CupomValido, o Brasil é o líder no ranking de crescimento das vendas virtuais, com 22,2% no ano de 2022. Além disso, a expectativa de expansão é de 20,73% ao ano entre 2022 e 2025. Com isso, o comércio eletrônico do país está à frente de mercados como a Argentina (20.6%), Turquia (20.4%), Rússia (18,7%), Índia (18.4%), África do Sul (17,1%) e México (16,8%).

O levantamento mostra ainda que a expectativa de crescimento brasileira é quase duas vezes maior que a média mundial (11,35%), e se sobrepõe a países como o Japão (14,7%), os Estados Unidos (14,55%) e a França (11,68%), conforme publicação do portal E-Commerce Brasil.

Para Bruno Darolt, CEO e fundador da BD Consultoria, a projeção é promissora para o Brasil. “O futuro das vendas on-line no país é um dos mais promissores do mundo, com todo um potencial a ser explorado, sobretudo no pós-pandemia, quando tivemos um crescimento de seis anos em seis meses”, afirma. “Nosso povo é consumista e a comodidade que a internet traz em nossa rotina faz com que as vendas on-line cresçam cada vez mais”, contou.

Com efeito, uma pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) realizada em todas as capitais do país apontou que somente 31% dos brasileiros são consumidores conscientes.

Paralelamente, um estudo da plataforma de descontos cupomvalido.com.br, realizado com base em dados da Statista – companhia alemã especializada em dados de mercado e consumidores -, revelou que o Brasil é o nono país do mundo entre os que mais gastam com compras de roupas e acessórios. Segundo o levantamento, os brasileiros gastaram US$ 48 bilhões (R$ 259,63 bilhões) em 2020 apenas com esses itens.

O que explica o crescimento do e-commerce no Brasil?

Na visão de Darolt, três fatores explicam o crescimento das vendas on-line no Brasil acima da média global, a começar pela pandemia de Covid-19.

“O segundo elemento diz respeito à penetração de novos compradores: só em 2021, o Brasil teve 79,8 milhões de consumidores no comércio eletrônico. A estimativa para 2022 é de que esse número chegue a 83,7 milhões de compradores”, reporta, em referência a indicativos da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

De modo semelhante, prossegue, a penetração de novos vendedores também impulsionou as vendas digitais: “Só no Mercado Livre, maior e-commerce da América Látina, existem aproximadamente mais de 10 milhões de vendedores”, afirma, citando dados do próprio marketplace.

O CEO e fundador da BD Consultoria acredita que as vendas on-line vieram para ficar. “Mais de 13 milhões de brasileiros fizeram a sua primeira compra pela web na pandemia, e esse público só tende a aumentar – o que traz ainda mais solidez para a tendência de alta do comércio eletrônico”, conclui Darolt.

Comércio eletrônico deve crescer 95% no Brasil até 2025

O comércio eletrônico mundial deve crescer 55,3% até 2025, conforme estimativa do relatório Global Payments Report, divulgado pela Worldpay from FIS. No Brasil, as vendas do e-commerce devem aumentar 95% nos próximos dois anos, de acordo com o mesmo levantamento.

Com a chegada de grandes e pequenas empresas ao mundo virtual – com descontos mais agressivos do que nas próprias lojas físicas -, cada vez mais os consumidores procuram o ambiente on-line para comparar preços, o que leva a finalizar a compra no e-commerce. A análise é de Pedro Del Sante, fundador da Zoo House, e-commerce do mercado pet voltado ao público de alto padrão.

Com efeito, cerca de 70 mil empresas entraram para o mercado digital com a eclosão da pandemia de Covid-19, em 2020. segundo um balanço da Visa Consulting & Analytics.

Na visão de Del Sant, hoje o e-commerce é tão vantajoso para o consumidor quanto para o empresário: “Eu mesmo, quando criei o modelo de negócio da Zoo House, pensei em trazê-la totalmente para o âmbito on-line a fim de poupar gastos elevados com pontos físicos, além da necessidade de ter muitos funcionários em uma loja”.

O empresário destaca que muitos têm se perguntado como o varejo digital deve se comportar no pós-pandemia e de que maneira a crise sanitária serviu para impulsionar o setor. “No pós-pandemia, muitas empresas digitais têm sentido um pouco nas vendas, porém é um fluxo normal de pessoas que estavam impossibilitadas de comprar em postos físicos e, agora, estão retornando a esses locais para efetuar as compras”, explica.

Apesar disso, prossegue, uma parcela significativa dos consumidores ficaram acostumados e se sentem mais seguros e confortáveis para efetuar compras on-line.

Carolina Balbino Rossi, fundadora da Zoo House, destaca que a crise sanitária foi o estopim para aqueles que não tinham o hábito de comprar pela internet e, devido à necessidade, tiveram que aprender e se acostumar a ter os e-commerces como aliados para passar por esses tempos difíceis.

“O período da pandemia foi um ponto forte para aqueles que já estavam consolidados nas plataformas on-line. Para esses, foi possível aumentar muito o faturamento mensal”, diz ela.

Rossi destaca que, entre os principais desafios do e-commerce em 2023, as empresas do setor devem investir na geração de tráfego de pessoas qualificadas para converter vendas em seus sites.

“Outra questão é lutar para encontrar taxas nos marketplaces que sejam viáveis para comercializar seus produtos. No cenário atual, encontramos taxas elevadas, tanto em marketplaces quanto em operadoras de meios de pagamento on-line”, acrescenta.

Para mais informações, basta acessar: https://zoohouse.com.br/

O uso do ChatGPT no e-commerce

Está na boca de todos, e não apenas entre os nerds conhecedores de tecnologia ou os chamados primeiros usuários. Não, esta tecnologia está abrindo um novo capítulo para a sociedade: ChatGPT, da startup americana Open AI.

Ao usar o ChatGPT no e-commerce, as empresas podem fornecer aos clientes uma experiência de compra simplificada e envolvente que ajudará a aumentar a fidelidade deles e a aumentar as vendas.
O ChatGPT pode gerar uma copy de marketing, iniciar um diálogo de conversação, entre outros usos. Mas será que a ferramenta de inteligência artificial pode ajudar as lojas online a aumentar as vendas?

Quais são as principais áreas em que a inteligência artificial terá impacto para marketing e negócios na internet?
A IA está tendo um impacto enorme no marketing e nos negócios na internet. Os insights orientados por IA podem ajudar os profissionais de marketing a identificar tendências, segmentar públicos específicos e otimizar campanhas. Os chatbots orientados por IA podem fornecer atendimento personalizado ao cliente, enquanto a análise orientada por IA pode ajudar as empresas a entender melhor seus clientes e adaptar suas ofertas de acordo. A IA também pode automatizar tarefas demoradas, como análise de dados, e marketing por e-mail. A automação orientada por IA pode ajudar as empresas a economizar tempo e dinheiro, aumentando a eficiência e a precisão.

Postagens nas redes sociais. Os profissionais de marketing já estão colocando o ChatGPT em teste de mídia social. A ferramenta irá gerar postagens para a plataforma que você especificar, injetando emojis e hashtags.

Descrições aprimoradas do produto
O comércio eletrônico é uma indústria muito competitiva. Entre o número de mercados e varejistas individuais, os consumidores têm opções aparentemente infinitas. As empresas devem ir além para se destacar. Para muitos, isso se resume a cativar o cliente em sua primeira visita ao site. Eles querem deslumbrar o cliente desde o início, apresentando um site com design impressionante, que seja facilmente navegável, oferecendo conteúdo claro e conciso.

Devido à competitividade do setor, a diferenciação pode aumentar suas chances de sucesso. Ao fornecer uma descrição de texto do seu produto, o ChatGPT pode produzir descrições de produtos exclusivas que você pode refinar ainda mais com base em suas necessidades. Fornecer descrições precisas a seus clientes ajuda a criar lealdade e credibilidade porque eles sabem que estão obtendo exatamente o que foi descrito.

Melhoria do suporte ao cliente
A maioria dos clientes espera que as empresas estejam disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana. Então, ei, isso não é um problema com o ChatGPT, e agora o chat poderá ajudar ainda mais clientes do que antes. Você provavelmente tem uma equipe de atendimento ao cliente que pode ser muito cara. Com chatbots, você pode eliminar ou diminuir esse custo e ainda garantir que seus clientes sejam atendidos.

Criação de conteúdo
O ChatGPT pode ser usado para gerar conteúdo de alta qualidade, exclusivo e envolvente para mídias sociais, postagens de blog e outros materiais de marketing. Isso pode economizar tempo e recursos para as equipes de marketing, além de fornecer aos clientes um conteúdo mais valioso e informativo.

Quando se trata de implementar o ChatGPT no e-commerce, é importante lembrar que a tecnologia deve ser usada como parte de uma estratégia geral de experiência do cliente. Isso significa que as empresas precisam garantir que suas mensagens estejam alinhadas com a voz de sua marca, além de serem personalizadas para cada cliente. Além disso, as empresas devem certificar-se de monitorar regularmente as conversas e coletar feedback dos clientes para garantir que suas mensagens sejam precisas e atualizadas.

Ao usar o ChatGPT no comércio eletrônico, as empresas podem fornecer aos clientes uma experiência de compra simplificada e envolvente que ajudará a aumentar a fidelidade deles e a aumentar as vendas.

A inteligência artificial quer mudar o mundo. E podemos ver isso acontecer muito mais rápido do que pensamos.

Crescimento do e-commerce será de R$ 185,7 bilhões em 2023

As vendas registradas no e-commerce brasileiro chegaram a R$ 169,6 bilhões em 2022, um aumento de 5% em comparação ao ano anterior, segundo a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). Após o boom da pandemia, a entidade aponta que a tendência é o comércio eletrônico seguir em expansão. A previsão é que o crescimento do e-commerce seja de R$ 185,7 bilhões em 2023.

Para os próximos quatro anos, o cenário é favorável, ainda segundo a ABComm. O faturamento esperado é de R$ 205 bilhões em 2024, R$ 225 bilhões em 2025, R$ 248 bilhões em 2026, e R$ 273 bilhões em 2027. O perfil dos compradores é formado majoritariamente por pessoas de 35 a 44 anos, da classe C e moradores da região sudeste.

O aumento nas vendas on-line também converge com o crescimento do consumo via mobile, que representa 55% de todas as vendas, ante 45% via desktop. Os smartphones popularizaram-se nos últimos anos, sendo que o Brasil tem mais de dois dispositivos digitais por habitante, de acordo com a Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas empresas, da Fundação Getúlio Vargas.

Alexandre Nogueira, CEO e fundador da Universidade Marketplace, acredita na projeção da ABComm devido ao atual cenário brasileiro com “lojistas avançando, os marketplaces expandindo e crescendo, o acesso cada vez maior à internet”. Para ele, com as regiões Norte e Nordeste sendo atingidas pelo comércio eletrônico, a projeção é “extremamente possível dentro do e-commerce”. Ele estima que 80% desse faturamento está sendo realizado em grandes marketplaces e 20% por e-commerces.

A pandemia de Covid-19, que alterou diversos hábitos, foi um dos fatores que alavancaram as tecnologias digitais e a confiança no e-commerce. Com o comércio presencial fechado, as vendas pela internet tornaram-se a opção mais segura de consumo. Aliás, em 2022, a Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) mostrou que a parcela média de usuários da internet que fizeram compras on-line aumentou de 53% antes da pandemia, em 2019, para 60% após o início da crise sanitária. Os maiores aumentos ocorreram em países em desenvolvimento, sendo que o levantamento considerou 66 países com estatísticas disponíveis.

Sem desconsiderar o saldo negativo de como a pandemia afetou a humanidade, Nogueira assinala que as medidas de isolamento foram responsáveis pela entrada de novos compradores, até então alheios ao digital, como pessoas acima de 60 anos. “Ao mesmo tempo, tivemos uma normalização de consumo de supermercado e bens consumíveis, que acabam sendo recorrentes e estimulam fidelidade”, diz.

Deste prisma, ele acredita que houve uma evolução de “diversos anos em apenas dois anos” e no e-commerce, em particular, verificou-se “um histórico extremamente positivo, mesmo que tenha afetado alguns nichos como viagens e turismo. O consumo online é tão grande como nunca foi”, conclui.Deste prisma, ele acredita que houve uma evolução de “diversos anos em apenas dois anos” e no e-commerce, em particular, verificou-se “um histórico extremamente positivo, mesmo que tenha afetado alguns nichos como viagens e turismo. O consumo online é tão grande como nunca foi”, conclui.

O papel do app na construção da experiência ideal, segundo a Amazon

Entrevista exclusiva com executiva da Amazon Brasil revela que dominar a experiência digital é fundamental.
No Brasil e no mundo, o consumo digital já se tornou um hábito – principalmente depois à pandemia de Covid-19. E os dados comprovam. De acordo com a Ebit Nielsen, em 2021, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento total de R$ 182,7 bilhões, o o que representa um crescimento de 27% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, é notável o interesse do brasileiro por consumir a partir de dispositivos móveis. Os aplicativos, é claro, também ganham espaço nesse processo.

De acordo com um estudo elaborado pela Cybersource, solução da Visa especializada em gerenciamento de pagamentos digitais, em colaboração com a PYMNTS, os consumidores brasileiros têm duas vezes mais chances de fazer compras por meio de dispositivos móveis do que de computadores: 20% dos entrevistados afirmaram ter usado canais móveis para fazer suas compras mais recentes.

E é claro que essa tendência tem sido percebida pelas empresas. “Nos últimos anos percebemos uma mudança de comportamento do consumidor. Muitos clientes compraram on-line pela primeira vez e criaram esse novo hábito”, afirma Fernanda Grumach, líder de Experiência e Compra na Amazon Brasil. “Além disso, novas categorias ganharam mais relevância no e-commerce, como produtos de rotina, presentes no Amazon Super”.

Nesse sentido, ela reforça: “A expansão de mercados, consumidores e novas tecnologias no digital mostra o quanto as experiências completas são necessárias”. Nesse sentido, de acordo com Fernanda, há duas tendências predominantes quando o assunto é aplicativo – que elas devem ganhar protagonismo nos próximos anos.

Tendências e aplicativos
1. Transformação da jornada
De acordo com Fernanda Grumach, a jornada deixa de depender apenas dos sites e apps das próprias varejistas e marketplaces, mas poderá ser iniciada em todo o lugar – onde o cliente estiver e quiser passar o seu tempo.

Enquanto assiste a vídeos, vê esportes, passeia com a família, utiliza mídias sociais… onde quer que aconteça a necessidade de compra, poderá começar a jornada virtual. “Na abertura da Black Friday, promovemos uma live-commerce direto do Catar, com o Fred, do canal Desimpedidos, liderando uma transmissão ao vivo de duas horas com mais seis canais, além dos canais de redes sociais da Amazon, oferecendo uma experiência de compras direto da plataforma”, exemplifica.

2. Demanda por inovação contínua
Nesse caso, o objetivo é atender as necessidades do cliente, que mudam a todo momento: a tendência corresponde à transformação da experiência digital, permitindo entender mais sobre o produto, o que outros clientes acharam dele, simular o seu uso, ver vídeos e conhecer muito mais detalhes sobre o produto.

“Isso tudo é feito para dar conveniência ao cliente, o que é um ponto fundamental na cultura da Amazon: a/o cliente tem que comprar o produto que procura, que é oferecido com um preço competitivo e entrega rápida em qualquer lugar do país”, revela Fernanda Grumach.

Aprimoramento de tecnologia e segurança
De acordo com a líder de experiência e compra na Amazon Brasil, a experiência do cliente é realmente muito importante para a empresa – portanto, é um ponto de partida. Logo, o foco é entregar o mais rápido possível o que o cliente precisa, onde ele quer estar. “Colocamos os clientes no centro de tudo e estamos cada dia mais rápidos e convenientes em nossas entregas para atender as necessidades do cliente”, afirma a executiva.

Por isso, ela ressalta que, na Amazon, todos os sistemas e dispositivos são desenvolvidos priorizando a segurança da informação e a privacidade de dados, trabalhando constantemente para garantir isso, tanto para os consumidores quanto para os vendedores parceiros.

A companhia trabalha com medidas preventivas e utiliza uma série de mecanismos para garantir uma operação segura, incluindo proteção física, eletrônica e processual. “Temos segurança e escalabilidade como premissas para desenvolver novas aplicações. Nossos times são treinados para considerar esses aspectos desde o início do desenho do sistema”, coloca Fernanda Grumach.

“Procuramos nos dedicar para que a segurança da informação seja coberta por todas as equipes, em todas as fases de desenvolvimento dos sistemas, desde o momento que desenhamos um novo produto, até o monitoramento do que está no ar. Para os vendedores parceiros, buscamos oferecer a melhor tecnologia para que seus negócios continuem crescendo por meio de ferramentas simples e seguras”, completa a líder de experiência e compra na Amazon Brasil.

Fidelização dos clientes e a importância da jornada virtual
A Amazon tem a ambição de entregar – em qualquer que seja a plataforma, como os aplicativos – uma experiência boa e completa ao consumidor. Isso, inevitavelmente, inclui o compromisso de inovar e entregar excelência operacional, ofertando escolha, velocidade e conveniência. Ter o cliente no centro, novamente, também é indispensável nesse sentido.

Por isso, Fernanda Grumach explica que trabalha para entender os clientes, e o que realmente interessa a eles nesta jornada de compra. A ideia compartilhada pela Amazon é sempre começar pela necessidade e benefício do cliente a fim de realizar o caminho inverso para desenvolver rapidamente estratégias e criar soluções significativas para suas vidas, especialmente no dia a dia.

“Ao projetar a experiência de compra e descoberta para apresentar os produtos que os clientes desejam comprar, também vimos a oportunidade de facilitar e trazer mais comodidade em datas sazonais ou eventos de vendas por meio da estratégia de cupons e ofertas. Na Black Friday deste ano, por exemplo, os consumidores puderam usar o Cupom do Dia exclusivo para o aplicativo Amazon Shopping em produtos selecionados”, salienta a executiva.

Essa iniciativa está relacionada ao esforço da empresa em entregar o que é mais relevante para o cliente – seja preço baixo, seja uma vasta seleção de produtos em mais de 30 categorias, ou até mesmo uma entrega rápida que facilita a rotina do consumidor. A empresa se esforça para atender a esses três princípios, o tempo todo.