Metaverso: como varejistas podem abordar o universo digital

Todos confiaram nas videochamadas e no canal online durante a pandemia. As marcas mudaram para plataformas digitais para se conectar com os consumidores. Esse período levou a um aumento no uso de AR e VR para experimentar produtos virtualmente, de acordo com a Voice of the Consumer: Digital Survey da Euromonitor. De certa forma, o metaverso é uma extensão das tecnologias de realidade virtual, aumentada e mista em uso hoje.

O metaverso, porém, é mais complexo. Ele combina as tecnologias mencionadas com mídia social, transmissão ao vivo, criptomoedas e plataformas de jogos para criar um mundo virtual mais avançado, onde os consumidores equipam seus avatares e exploram.

A promessa desse espaço 3D holístico, compartilhado e melhor conectado pode transformar ainda mais as experiências da marca e levar as compras on-line para o próximo nível. Tecnologias avançadas no metaverso podem adicionar dimensão à experiência online, incluindo recriar com mais precisão as interações e emoções associadas a uma experiência pessoal.

Na verdade, os consumidores digitais estão mais interessados ​​em usar tecnologias virtuais por esse motivo. Mas as aplicações mais recentes dessa tecnologia, como a compra de NFTs, ainda são incipientes. As empresas estão começando a prestar mais atenção ao metaverso.

O conceito tornou-se parte do discurso cotidiano quando o Facebook anunciou investimentos maciços para construir um metaverso durante uma teleconferência de resultados no meio do ano em 2021. Logo depois, o conglomerado de mídia social mudou o nome para Meta.

Quase simultaneamente, outros gigantes da tecnologia como a Microsoft e a Epic Games anunciaram investimentos de milhões de dólares neste universo em expansão. Empresas de bens de consumo, desde a Nike para a Coca-Cola para Gucci para Procter & Gamble, estão agora correndo para reivindicar seu direito neste reino emergente.

Metaverso: 3D

Muitas marcas estão focadas em construir patrimônio entre os pioneiros do metaverso, mas a atividade está mudando para o comércio.

O interesse em ativos digitais e criptomoedas aumentou em 2021. A Burberry fez parceria com a Mythical Games para uma coleção NFT no principal jogo da Mythical. E a Coca-Cola leiloou seus primeiros colecionáveis ​​NFT no ano passado.

As empresas de beleza e moda têm sido os maiores players do metaverso até agora. Esses produtos – maquiagem, vestuário, acessórios e outros – são ajustes naturais para esse ambiente digital, pois as tecnologias avançadas aprimoram a experiência virtual de prova.

No futuro, várias marcas planejam expandir os esforços de varejo digital, mas as abordagens diferem amplamente, da manutenção à expansão significativa. Embora 2022 seja para os pioneiros, todas as marcas provavelmente precisarão de uma estratégia de metaverso dentro de alguns anos.

Geração Z

As marcas terão que abraçar o metaverso para alcançar compradores promissores como a Geração Z, que estão evitando os meios tradicionais em favor de jogos ou plataformas sociais.

Na verdade, esses consumidores – que usam jogos online e mídias sociais de vídeo para streaming e socialização – estão lançando as bases para a mudança para plataformas metaverso.

Haverá oportunidades para varejistas e marcas interagirem com consumidores nesses ambientes imersivos além dos casos de uso iniciais. Dito isto, as marcas não precisam girar durante a noite. As empresas inovadoras devem continuar a integrar as tecnologias AR e VR em suas estratégias de comércio.

Primeiro, concentre-se no engajamento da marca. Em seguida, busque e invista em casos de uso mais complexos, como replicar uma experiência física online ou criar um showroom virtual. Esses aplicativos servirão como um precursor natural para pontos de contato mais dinâmicos.

Quando essas tecnologias se tornarem mais populares, os consumidores provavelmente exigirão essas experiências. Mas, para causar impacto, os varejistas e as marcas precisam envolver os consumidores nessas plataformas de maneira significativa e autêntica.

Governo Federal descarta assinar MP para taxar compras do exterior adquiridas através da Shein, Shopee e AliExpress

O Governo Federal afirma que não assinará a Medida Provisória para taxar compras feitas por consumidores da Shein, Shopee e AliExpress, aplicativos chineses que disponibilizam produtos mais baratos.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou em suas redes sociais no último sábado (21), que o Governo Federal não assinará nenhuma Medida Provisória (MP) para taxar compras do exterior feitas em aplicativos internacionais como Shein, Shopee e AliExpress. A afirmação foi feita dois dias após o ministro da Economia, Paulo Guedes, adotar uma posição contrária do presidente.

Todos os detalhes sobre a decisão do Governo Federal sobre não taxar compras internacionais

De acordo com Bolsonaro, em uma publicação no Twitter e Instagram, não será assinado nenhuma MP para taxar compras em aplicativos como Shein, Shopee e AliExpress, como grande parte da mídia está divulgando e para que irregularidades nestes serviços sejam corrigidas, a saída deve ser a fiscalização e não o aumento de impostos.

Na última quinta-feira (19), Guedes criticou as plataformas em um evento de uma consultoria. De acordo com o ministro, os aplicativos praticam fraude por não pagarem impostos. A regra atual permite a entrada de produtos de até US$ 50, sem nenhuma taxa, desde que a venda seja dada entre pessoas físicas. De acordo com o titular da pasta em um evento da Arko Advice com o Traders Club, o objetivo da MP é que “a regra do jogo” seja pelo menos igual para todo mundo.

Não deve ser permitido lojas que estão, claramente, aplicando fraudes, que entram sem imposto, sem nada e também afirmou que é uma fraude porque o valor do bem é falsificado.

Entenda como funciona o sistema de taxar compras da Shein, Shopee e AliExpress

De acordo com o presidente da Comissão de Direito Tributário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE), Hamilton Sobreira, remetentes pessoas físicas podem enviar encomendas de até US$ 50 sem a cobrança de taxas para o consumidor final residente no Brasil, como dito anteriormente.

Acima deste valor, é cobrado 60% de tributos de importação. A partir de US$ 500, é acrescentado o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e uma tarifa de despacho aduaneiro. O presidente destaca que manipular dados ao registrar mercadorias mais caras com preço abaixo do limite estabelecido é caracterizado como evasão fiscal tipificada como crime de sonegação.

É importante frisar também, que sites asiáticos como Shein, Shopee e AliExpress são uma alternativa para consumidores que buscam comprar artigos infantis, aparelhos eletrônicos e roupas infantis mais baratas. Para se ter uma noção, um brinquedo com 1 mil peças de blocos de montar, que em uma loja brasileira custa mais de R$ 330 reais, cai para R$ 39 a R$ 126,84 nestas plataformas online.

De onde surgiu a Medida Provisória para taxar compras internacionais?

O comércio por meio da Shein, Shopee e AliExpress tem se tornado cada vez mais popular no Brasil nos últimos anos, numa espécie de “camelódromo digital”. Sendo uma boa alternativa ao aumento de impostos, o governo federal defende a fiscalização das vendas com objetivo de evitar possíveis irregularidades.

O dono da rede de lojas Havan e aliado de longa data do atual presidente, o empresário Luciano Hang, ao lado do presidente da Multilaser, Alexandre Ostrowiecki, costuraram a articulação para o texto da Medida Provisória. Os empresários também se uniram a outros empresários do ramo.

Sendo assim, sob pressão da indústria e do varejo, o intuito seria tornar as regras para importação mais rígidas. Na receita Federal, há uma avaliação de que empresas internacionais estariam vendendo a brasileiros de forma ilegal. Outra fraude possível seria declarar o bem por um valor inferior, abaixo do limite estabelecido.

Eshopper abre inscrições para prêmio de melhores e-commerces do País

Para a premiação desse ano, a companhia anunciou que trará novas categorias e novos selos de Best User Experience.

A Eshopper, empresa de análise do e-commerce, anunciou a abertura para as inscrições da 2º edição do The Digital Commerce Ranking. O objetivo do ranking é premiar os 100 maiores e-commerces do País, que oferecem as melhores experiências de compra. As empresas interessadas em participar podem fazer a inscrição até o dia 12 de julho através do site.

Na primeira edição, grandes companhias como Centauro, C&A, Drogasil e Tok&Stok foram premiadas. Além disso, os sites das empresas recebem um selo que qualifica o canal quanto à usabilidade. Para conferir o ranking completo e com a nota de cada site, clique aqui.

Para a premiação desse ano, a Eshopper anunciou que trará novidades, inclusive adicionando novas categorias além das tradicionais: Esportes, Eletrônicos, Eletrodomésticos, Beleza e Farmácia, Moda e Acessórios, e Casa e Decoração. Também foram anunciados novos selos de Best User Experience, que agora são divididos em prata, ouro e diamante e qualificam a experiência do usuário no site.

A general manager da Eshopper, Aline Haeckel, reforçou que essa é uma oportunidade para as empresas receberem uma análise com indicadores e boas práticas de mercado. “Por meio da nossa avaliação as empresas têm a possibilidade de fazer ajustes para melhorar a experiência de compra do consumidor, de modo que eles adquiram produtos de maneira rápida e prática”, finalizou Aline.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) há mais de 1,5 milhão de e-commerces no País.

Ranking 2021

A premiação da 1º edição do prêmio Digital Ranking da Eshopper ocorreu no dia 12 de abril, durante o Vtex Day, um dos principais eventos sobre inovações no comércio digital. Na ocasião, as três primeiras empresas de cada categoria foram premiadas com troféus.

Na categoria geral, a primeira colocação ficou com a Centauro, seguida pela Farmadelivery em segundo lugar e a Drogasil em terceiro. Já no segmento de Beleza e Farmácia, a Farmadelivery liderou o ranking. O pódio foi completo pelas duas redes do Grupo RD, Drogasil e Drogaria na segunda e terceira posições, respectivamente.

O setor de Casa e Decoração foi liderado pela Tok&Stok, seguido pela Móveis Simonett e a Imaginarium completou o pódio. Entre os eletrônicos a JBL é quem domina o ranking, com a Philco em segundo lugar e Panasonic em terceiro.

A categoria de Eletrodomésticos teve seu pódio formado por Consul e Compracerta, ambas do Grupo Whirpool e na primeira e segunda posição, respectivamente, e a Frigelar completa o ranking. Por fim, no setor de esportes, a Centauro ficou com a primeira posição, seguido pela Adidas em segundo e Puma em terceiro.

Projeção do Ibevar para maio indica aumento nas vendas do varejo após meses em queda

De acordo com o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar), as vendas do Varejo devem aumentar após dois meses consecutivos de queda. Neste caso, as projeções mostram que o Varejo Restrito deve subir 0,96% em relação ao anterior. Na outra mão, o Varejo Ampliado registra alta de 0,34% no mesmo período. Lembrando que o Varejo Restrito integra os segmentos de supermercados; alimentos; bebidas; vestuário; calçados; tecidos; artigos farmacêuticos; materiais para escritório, papelaria, jornal e outros itens de uso pessoal e doméstico. Já o Varejo Ampliado considera também veículos, motos, peças e materiais de construção.

“Apesar de positivo, os resultados desse mês foram pontuais. No acumulado, as estimativas ainda apontam um desempenho fraco das vendas do Varejo”, diz Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR.

Varejo Restrito

As projeções para Varejo Restrito mostram que o cenário deve ser melhor nos dois próximos meses: aumento de 0,35% em junho em relação a maio; e 0,76% em julho em comparação ao mês anterior. Em relação a maio do ano passado, as estimativas apontaram uma queda de 3,94% e uma nova baixa de 1,64% no acumulado dos últimos 12 meses.

Varejo Integrado

O Varejo Ampliado, por sua vez, segue a mesma tendência de alta: 0,34% em maio; 0,45% em junho em relação ao mês anterior e 0,77% em julho em comparação a junho. No comparativo anual, o pesquisador mostra que em maio do ano passado houve uma queda de 5,71% e uma nova baixa de 0,79% no acumulado dos últimos 12 meses. Em junho, porém, a projeção da variação mensal registra baixa de 2,90%, e nova queda de 3,75% em julho em relação ao mesmo período no ano passado.

Segundo o Ibevar, a projeção de vendas para supermercados, bebidas e produtos alimentícios deve ter a maior alta de maio, com 0,89%. Já nos próximos meses, os artigos pessoais e domésticos são os segmentos que deverão registrar a maior alta: 3,44% em junho e 4,46% em julho.

As estimativas são calculadas com base nos dados de série temporal e modelos econométricos coletados da Pesquisa Mensal de Comércio/IBGE.

Amazon lança “Smart Commerce” na Índia para ampliar alcance virtual de lojas

Com objetivo de auxiliar as lojas de bairro em toda a Índia no lançamento de vitrines digitais próprias, a Amazon lançou, na última quarta-feira (18), o Smart Commerce. A novidade permitirá que estes estabelecimentos criem suas próprias vitrines no ambiente online, além de uma experiência de compra na loja para seus clientes.

A Amazon, que investiu mais de US$ 6,5 bilhões em suas operações na Índia, disse que mais de 125 mil lojas de bairro já estão vendendo online usando seu marketplace.

A nova oferta é construída sobre as Smart Stores, outro programa que a gigante americana lançou há dois anos para ajudar os estabelecimentos de bairro a atender seus clientes. Há dois anos, também lançou o Local Shops , programa que permite que lojas offline vendam diretamente na Amazon. A Amazon disse que lojas de qualquer tamanho podem se inscrever no Smart Commerce e a empresa fornecerá assistência com logística e pagamentos digitais.

“Estamos honrados com a forma como as lojas de bairro de toda a Índia estão aproveitando nosso programa Local Shops on Amazon para ficar online e expandir seus negócios, com mais de 1,5 lakh de lojas já vendendo na Amazon.in dentro de dois anos após o lançamento”, disse Amit Agarwal , SVP da Índia e Mercados Emergentes da Amazon, em um evento virtual.

O Smart Commerce oferecerá uma variedade de recursos para as lojas, incluindo a capacidade de digitalizar o faturamento, gerenciar o estoque, bem como uma experiência de compra baseada em voz e bate-papo, disse a empresa. Ele começará a lançar alguns desses recursos nas próximas semanas.

A Amazon e seu principal rival na Índia, Flipkart, têm procurado explorar maneiras de trabalhar com lojas de bairro em todo o país nos últimos anos. Há mais de 30 milhões de lojas de bairro na Índia, de acordo com estimativas da indústria.

Como foi o Dia das Mães 2022 no varejo?

Ainda que a CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), tenha calculado que o volume de vendas para o Dia das Mães 2022 seria mais baixo que o do ano anterior, a segunda data comemorativa mais importante para o comércio não deixou a desejar no varejo.

Segundo o Índice Cielo de Varejo Ampliado, as vendas para o Dia das Mães cresceram 18,1% em comparação a 2021. Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo foram os estados que tiveram melhor performance. Os dados foram apurados na semana de 2 a 8 de maio.

Para o economista Reinaldo Cafeo, associado regional da Fundação Dom Cabral (FDC), a demanda reprimida de dois anos de pandemia de covid-19 fez com que as famílias optassem por “tirar o atraso” e presenteassem mais, contrariando as previsões mais pessimistas.

“Nestes últimos dois anos as famílias se distanciaram um pouco. Notadamente os filhos que moram fora não se deslocaram para comemorar o Dia das Mães, os encontros aconteceram de maneira remota. A volta do presencial este ano, já com vacina e sem máscara, fez com que, mesmo diante das dificuldades, o brasileiro acabasse sacrificando uma parcela do seu orçamento para presentear e até fizesse uma compra maior”, diz.

O economista ainda destaca alguns segmentos que tiveram uma performance particularmente boa nesta retomada, como o de flores, o de calçados e o de eletrônicos de valor agregado menor. Já o setor de vestuário e de eletrônicos de valor agregado maior não tiveram alta tão expressiva. Além desses, são segmentos de produtos tradicionais para a data cosméticos, perfumaria, joalheria, ótica, entre outros.

Lojas físicas foram o destaque do Dia das Mães 2022

Ainda de acordo com o Índice Cielo de Varejo Ampliado, enquanto o e-commerce teve alta de 5% no período de 2 a 8 de maio, as vendas nas lojas físicas cresceram 20%.

A Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos), que reúne um grupo de tradicionais empresários do varejo, também registrou crescimento de vendas após dois anos difíceis de pandemia – em 2020, inclusive, o comércio físico estava fechado na data. Segundo a Ablos, houve um aumento de 36% nas vendas em relação ao mesmo período comemorativo de 2021.

“Na pandemia e com as medidas de isolamento, as pessoas se distanciaram da compra presencial, mas agora certos produtos querem retomar este modelo. Basta ver os consumidores no shopping, no comércio de rua… É aquela certa ansiedade, a pessoa quer ver, quer experimentar”, explica o economista Reinaldo Cafeo.

Para ele, as vendas online vão continuar sendo um importante instrumento de trabalho, mas não irão crescer na mesma velocidade que vinham crescendo. “O lojista se deu conta que não precisa ficar limitado a um tipo de venda e daqui pra frente cada vez mais vai apostar neste ambiente híbrido: a loja aberta por um período com o produto exposto 24 horas na internet. Quem souber dominar esses dois modelos com certeza terá uma vantagem competitiva e se dará melhor até o fim do ano”, afirma.

Inflação alta, presente mais caro

Não só as vendas cresceram no Dia das Mães 2022, o valor da compra também foi mais alto. Conforme levantamento feito pela SmartHint, sistema de busca inteligente pertencente ao grupo Magazine Luiza, o valor médio gasto no site em cada compra saltou de R$ 351,45 para R$ 416,69 em comparação ao ano anterior.

Os dados vão ao encontro do que apurou a pesquisa da Behup para a Globo, que entrevistou 800 pessoas sobre a data. Segundo o estudo, 54% dos consumidores pretendiam manter os gastos com o presente de Dia das Mães, 28% tinham a intenção de aumentá-los e somente 18% gostariam de diminuí-lo.

Reinaldo Cafeo explica que existem alguns fatores envolvidos nesta mudança de padrão de compra. “Primeiro tem a questão da retomada: a pessoa ficou dois anos sem dar presente, agora quer tirar o atraso aumentando a régua. Assim, acaba comprando um presente melhor”, fala. Além disso, segundo o associado regional da Fundação Dom Cabral, uma inflação de dois dígitos inevitavelmente traz preços mais elevados.

“Os lojistas aprenderam a lidar com essa questão sazonal positiva, com o apelo comercial destas datas, e têm que continuar investindo nas vitrines, no bom atendimento e no modelo híbrido. Há a melhora do ambiente de venda, no entanto não será nada muito expressivo ao decorrer do ano. Se o setor repuser a inflação dos últimos doze meses, então estou falando em um aumento de 10 a 12%, já pode comemorar”, avalia.

Dados de pesquisa revelam por que as carteiras digitais são a bola da vez entre consumidores

Cada vez mais populares, as carteiras digitais caíram no gosto dos consumidores brasileiros. Para confirmar essa tendência, a Opinion Box traçou o comportamento das pessoas sobre o meio de pagamento. Como parâmetro, 35% dos entrevistados disseram que já usam as carteiras digitais mais do que os serviços de bancos. Além disso, 16% usam diariamente o recurso, enquanto 62% passaram a utilizar com mais frequência nos últimos 12 meses. Confira a seguir as mudanças que as carteiras digitais estão trazendo aos consumidores!

Entre os principais questionamentos da pesquisa, o motivo de uso das carteiras digitais estava em destaque. A resposta, nesse caso, ficou assim:

  • 61% disseram que usam o recurso para pagar contas do dia a dia;
  • 57% para transferência de dinheiro;
  • 53% comprar na internet;
  • 52% receber cashback em compras;
  • 45% receber dinheiro de outras pessoas;
  • 39% recarga de celular;
  • 39% para guardar dinheiro;
  • 33% descontos em lojas;
  • 31% comprar em lojas físicas;
  • 30% investir e render dinheiro;
  • 27% receber dinheiro de clientes;
  • 26% abastecimento de combustível;
  • 26% conseguir crédito/cartão de crédito;
  • 7% recarga de bilhete único;
  • 2% outros.

O que os consumidores sentem em relação às carteiras digitais?

Para quem utiliza as carteiras digitais, os principais sentimentos sobre o meio de pagamento são: praticidade e facilidade. Além disso, por ser um segmento conectado à vida financeira, a segurança também se destaca entre os entrevistados. Para 73% das pessoas, aliás, trata-se de um meio de pagamento definitivo. Isso, sem levar em conta que 42% delas já consideram como um modo melhor do que o oferecido pelos bancos tradicionais.

Imagem de um gráfico
Os números levantados na pesquisa deixam o alerta: oferecer carteiras digitais como forma de pagamento demanda investimento e assertividade por parte das empresas.

Diante dessas respostas, a pesquisadora já dispara um alerta aos estabelecimentos comerciais que aceitam ou pretendem aceitar esse tipo de meio de pagamento: 48% concordam que os estabelecimentos ainda não se mostram prontos para as carteiras digitais. Portanto, antes de oferecer o recurso, a preparação para dispor de um sistema eficiente é mandatória.

A pesquisa “Opinion Box: Insights Carteiras Digitais” foi realizada em abril de 2022, com 2.149 pessoas de todos os estados brasileiros pelo Painel de Consumidores do Opinion Box.

Vendas do varejo caem 1,2% em abril na comparação com março, aponta índice da Serasa

Contração foi puxada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças, que registrou queda de 4,2%.

As vendas nacionais do varejo físico caíram 1,2% em abril, na comparação com março, mostrou o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. A contração foi puxada pelo segmento de Veículos, Motos e Peças, que registrou queda de 4,2%, após recuo de 7,7% no mês anterior.

“O retorno das atividades comerciais pós pandemia tem sido afetado por fatores como as consecutivas altas da inflação e da taxa de juros, além do endividamento e inadimplência das famílias brasileiras, que bateu novo recorde em abril, assolando o poder de compra dos consumidores e dificultando o fluxo de caixa das empresa”, explica em nota o economista da Serasa Experian Luiz Rabi.

Na direção contrária do setor, o segmento de Combustíveis e Lubrificantes apresentou crescimento de 3,3% em abril, mesmo com os reajustes de preços da Petrobras em março.

“Um dos motivos é a volta das atividades presenciais, aumentando a circulação de pessoas nas cidades”, diz Rabi.

Crescimento do e-commerce no Brasil até 2025 será de 18%

Movimentações envolvendo dinheiro em espécie devem cair pela metade até 2025.

Segundo o relatório The Global Payments Report 2022, da Worldpay from FIS, a partir do portal E-Commerce Brasil, o e-commerce latino-americano terá um crescimento médio anual de 19% até o ano de 2025. Brasil e México terão uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 18% e 17%, respectivamente. Já na Argentina, 26%. O crescimento é baseado nos métodos de pagamento, que estão cada vez mais variados. O estudo considerou seis países na América Latina, incluindo o Brasil.

A pesquisa mostra que formas tradicionais de pagamento, como cartões de crédito e dinheiro em espécie, apesar de ainda serem muito usadas em loja de berço, por exemplo, e em outros varejos, estão perdendo espaço no e-commerce do Brasil. No ano passado, os cartões de crédito foram responsáveis por 39,3% do valor das transações. Os cartões de débito, 18,2%.

Peru e Chile vão influenciar as taxas projetadas em relação à utilização de cartões até 2025. Apesar da diminuição de 3% na participação, os cartões de crédito estarão na liderança dos pagamentos do e-commerce nos mercados latino-americanos nos próximos anos, menos no México – onde as carteiras digitais devem assumir o protagonismo. Movimentações envolvendo dinheiro em espécie devem cair pela metade até 2025. No Brasil, essa opção cai abaixo de um terço do valor dos pagamentos do ano passado, com previsão de redução abaixo de 25% até 2024.

PIX SERÁ O MEIO DE PAGAMENTO MAIS UTILIZADO NA PRÓXIMA DÉCADA

Ainda sobre as formas de pagamento adotadas, de acordo com a pesquisa Carat Insights – Futuro dos Meios de Pagamento, feita pela Fiserv, empresa do ramo de pagamentos e tecnologia de serviços financeiros, a partir do portal E-Commerce Brasil, o Pix é a opção predominante (91%) para os brasileiros em relação à pretensão de usar novos meios de pagamento nos próximos 12 meses. No ranking dos preferidos, também estão a carteira digital (80%) e leitura de QR Code (73%). Pagamentos usando redes sociais ainda ficam distantes. A pesquisa também aponta uma análise para os próximos 10 anos.

“O sucesso do Pix confirma a crescente inserção dos brasileiros no mundo da economia digital e aponta o potencial de crescimento que ainda existe no setor. A criação de novos produtos como o Pix Saque, Pix Troco e Pix Cobrança; além dos próximos lançamentos previstos pelo Banco Central como Pix internacional e Pix offline deverão impulsionar este avanço”, aponta o vice-presidente de inovação para América Latina da Fiserv.

Mesmo que as movimentações com Pix estejam aumentando rapidamente – cerca de 30% ao mês –, a previsão é que o sistema cresça ainda mais, uma vez que os pagamentos por pessoas físicas para empresas simbolizam apenas 17% do total das transações com Pix, de acordo com informações do Banco Central (BC).

Dona da Shopee registra prejuízo líquido de US$ 580,1 milhões no 1º tri

No Brasil, a empresa registrou prejuízo por pedido, retirando efeitos de custos, de US$ 1,52, melhorando em 45% o indicador em um ano.

A Sea Limited, dona da Shopee, registrou prejuízo líquido de US$ 580,1 milhões de dólares no primeiro trimestre, aumentando as perdas em 37,4% na comparação anual. As receitas entre janeiro e março somaram US$ 2,89 bilhões, crescimento de 64,4% sobre o mesmo período de 2021.

“Nós tivemos resultados robustos em nossas áreas de atuação durante o primeiro trimestre mesmo com as comparações anuais elevadas com o ano passado”, diz Forrest Li, diretor-presidente, em nota. Ele destaca que a Shoope vai ganhando escala e, com isso, alavancagem operacional e ganhos de eficiência.

A plataforma de comércio eletrônico teve receitas de US$ 1,5 bilhão nos três primeiros meses do ano, alta de 64,4% em um ano. O volume bruto de mercadorias (GMV) foi de US$ 17,4 bilhões, alta de 38,7%. A Sea Limited também destaca a melhora na margem bruta, com melhores comissões por compra e receitas de anúncios.

O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Shopee foi negativo em US$ 742,8 milhões, ante número negativo de US$ 412,9 milhões um ano antes, com aumento de custos em meio a expansão acelerada da plataforma. No Brasil, a empresa registrou prejuízo por pedido, retirando efeitos de custos, de US$ 1,52, melhorando em 45% o indicador em um ano.