Pesquisa da Nielsen contribui para criar estratégias de vendas às mulheres

A Nielsen (NYSE: NLSN) apresentou a pesquisa “ELAS: comportamentos e barreiras”. Desenvolvida em parceria com Opinion Box, tem como objetivo estimular a inclusão por meio de técnicas de pesquisa da companhia. Além disso, busca entender o perfil das mulheres brasileiras em diferentes frentes, trazendo uma reflexão sobre comportamentos e particularidades.

O estudo

Realizado entre os dias 24 de fevereiro e 2 de março de 2022, o levantamento da Nielsen utilizou um questionário online para 1.000 pessoas de todas as regiões do país. Dentre os entrevistados, 69% eram mulheres, 24% homens e 7% optaram por não citar seu gênero. Já em relação aos setores analisados, estão:

  • Vestuário;
  • alimentação;
  • eletrônicos;
  • maquiagem;
  • bebidas;
  • decoração;
  • pets;
  • automotivos;
  • medicamentos;
  • artigos esportivos, entre outros.

Vale destacar que a pesquisa fornece insights sobre os hábitos de tendências e comportamento dos brasileiros, em especial às mulheres. Portanto, permite orientar as estratégias das empresas para chamar a atenção das consumidoras.

Confira abaixo alguns destaques da pesquisa da Nielsen e como o mercado feminino tem se destacado em cada segmento:

Domínio feminino no ambiente virtual

O número de brasileiros que usam a internet continua em crescimento, e com isso a presença feminina também. De acordo com o levantamento Nielsen, o público feminino tem maior presença mais assídua no ambiente virtual em relação ao público masculino. Quando questionadas sobre a frequência que usam a internet, 90% das entrevistadas disseram se conectar diariamente.

Entre os homens o percentual de acesso diário é de 83%. Além disso, ao serem perguntadas sobre suas atividades online nas últimas semanas, 80% das mulheres afirmaram que a principal atividade é o acesso às redes sociais. Por outro lado, apenas 65% dos homens utilizam as redes sociais.

Mulheres lideram o uso de Smartphone

Smartphone é o principal dispositivo para os respondentes. Além dos brasileiros serem os maiores consumidores de celular, as mulheres dominam o uso dele no Brasil. Quando questionados em que tipo de dispositivo(s) acessam a internet regularmente, de todos entrevistados 90% responderam que utilizam o telefone móvel, seguido de 4% de notebook, 3% de desktop e 2% de tablet.

Influencers/famosos e Vlogs conquistam maior atenção das brasileiras

Fenômeno nas redes sociais, os influenciadores/famosos e Vlogs conquistam maior parte da atenção das pessoas que acessam a internet. De acordo com o levantamento, o público que acompanha influenciadores é em sua predominância feminino (45%) e está entre 24 a 45 anos, enquanto os homens ficam com 24%. Quando questionadas se já compraram algum produto ou serviço divulgado por um influenciador, 42% das mulheres afirmaram positivamente. Deste total, 78% delas dizem que valeu a pena seguir a dica

Streaming e entretenimento como favoritos das consumidoras

Em amplo crescimento, os serviços de streaming têm conquistado o público brasileiro. A pesquisa da Nielsen também revela que conteúdos “On demand”, principalmente de vídeos como YouTube, Netflix e Amazon Prime são os preferidos de 70% do público, sendo mais popular entre jovens de 24-35 anos. Em seguida, aparecem aplicativos para armazenamento de fotos e sites de vagas de emprego, ambos com 64% da preferência. Elas também assistem a mais vídeos, filmes e programas de TV que o público masculino (67% das mulheres revelaram realizar essas atividades nas últimas semanas contra 59% dos homens).

Potencial da mulheres na conversão e engajamento junto a mídia e anunciantes

Com maior potencial de engajamento junto aos anunciantes, as consumidoras são mais impactadas com campanhas e anúncios relacionados a vestuário e alimentos. Para 48% das entrevistadas, publicidade voltadas a roupas e calçados são mais lembradas — contra 27% dos consumidores do sexo masculino. Quando o assunto é alimento, 45% das mulheres afirmam se lembrar de serem impactadas com anúncios do gênero, enquanto entre os homens o percentual fica em 32%.

Além de poder na decisão de compra, o público feminino está mais propenso a adquirir o item visto em campanha publicitária. Em setores como vestuário, 31% das mulheres declaram ter efetuado uma compra de vestuário após virem uma propaganda. O ramo da alimentação fica em segundo lugar, com 30%. Os principais produtos de interesse das mulheres pesquisadas são itens de beleza e alimentos.

Mulheres despontam em quase todos os setores analisados

Outro ponto considerado pela Nielsen foi o alto consumo de informações e produtos online. Quando questionado sobre quais tipos de conteúdo consomem online, o público feminino afirmou que costuma consumir principalmente música, notícias, séries e conteúdo relacionado a saúde e beleza. Abaixo, o comparativo e os principais destaques:

  • Música – Público feminino: 57% / Público masculino 44%;
  • Notícias – Público feminino: 56% / Público masculino 58%;
  • Filmes – Público feminino: 53% / Público masculino 55%;
  • Séries – Público feminino: 50% / Público masculino 42%;
  • Beleza – Público feminino: 45% / Público masculino 16%;
  • Culinária – Público feminino: 42% / Público masculino 19%;
  • Entretenimento – Público feminino: 34% / Público masculino 31%;
  • Educação – Público feminino: 33% / Público masculino 25%;
  • Viagens e Turismo – Público feminino: 32% / Público masculino 22%;
  • Documentários – Público feminino: 25% / Público masculino 29%;
  • Exercícios em casa – Público feminino: 21% / Público masculino 13%;
  • Influencers – Público feminino: 21% / Público masculino 11%;
  • Conteúdo infantil – Público feminino: 18% / Público masculino 8%;
  • Animais/pets – Público feminino: 15% / Público masculino 10%;
  • Games – Público feminino: 14% / Público masculino 24%;
  • Vlogs – Público feminino: 12% / Público masculino 10%;
  • Esportes – Público feminino: 11% / Público masculino 29%;
  • Anúncios – Público feminino: 11% / Público masculino 11%;

Para acessar a pesquisa completa da Nielsen sobre o comportamento das mulheres, clique aqui.

Recommerce: varejo de moda online cresce na venda de itens usados

Com o crescente interesse dos consumidores de moda pela sustentabilidade – particularmente entre os mais jovens – estaria o varejo de revenda online ganhando mais espaço?

Hoje, quase 50% dos millennials e 38,4% dos compradores da Geração Z consideram a sustentabilidade “muito importante”, de acordo com uma pesquisa da Composed and MaCher de 2021.

Nesse cenário, marcas seguem sendo recorrentes no imaginário de compras desse público por meio de plataformas de revenda online. Especialistas apontam que as vendas médias anuais através de marketplaces de revenda de moda online poderão mais que dobrar até 2025.

imagem: Canva.com

No varejo, vantagem para marcas

Este mercado oferece uma oportunidade sedutora para as marcas demonstrarem sua pegada sustentável e, ao mesmo tempo, abrir novos fluxos de receita.

A Lululemon talvez seja o exemplo mais marcante. Após algum tempo de experimentos, a marca anunciou que expandirá seu programa de revenda online para todo o território norte-americano.

Foi em 2021 que a marca fez uma parceria com a Trove, plataforma que lidera programas de revenda. Por meio dessa parceria, todos os produtos Lululemon são examinados, limpos e qualquer defeito que não atenda aos padrões de revenda é destinando à reciclagem.

Para os itens de revenda, a Lululemon criou então um programa que permite que seus compradores troquem roupas usadas Lululemon por um gift card para novas compras.

“As marcas podem ganhar facilmente a confiança do consumidor garantindo autenticidade e boas condições em suas ofertas de segunda mão. Mais que isso, a revenda também pode melhorar o relacionamento com os consumidores a longo prazo, caso as marcas consigam oferecer uma experiência consistente”, disse Sky Canaves, analista principal do site eMarketer  sobre o potencial desse modelo de varejo.

Tendência que não é novidade

Além da Lululemon, são parceiros da Trove outras marcas famosas como Patagônia, REI, Allbirds, Levis e Eileen Fisher.

Vale lembrar que em 2021, a Nike lançou também o seu programa Refurbished, para reforma de calçados. E dois grandes ícones da revenda online abriram capital na bolsa. Uma delas foi a Poshmark, que conecta compradores e vendedores e a ThredUp, que arrecadou US$ 168 milhões em maio de 2021 como parte de sua oferta pública e viu suas ações subirem 43% em seu primeiro dia de negociação.

Efeito pandemia

Por outro lado, especialistas avaliam que por trás do apelo de sustentabilidade, da oportunidade de engajamento e aumento de receita para marcas, este crescimento da revenda de moda online também foi e ainda está sendo impulsionado pelos reflexos da pandemia.

Digitalização do consumo, corte de gastos e o baixo poder aquisitivo – principalmente dos consumidores mais jovens – aceleraram o interesse por itens de segunda mão online. Especialistas avaliam que a venda de moda usada crescerá de 15% a 20% ao ano até 2025 no mundo todo.

O brechó para o Brasil

O hábito de consumo de roupas usadas também não é nenhuma novidade para os brasileiros. O conhecido brechó (que tem origem no Rio de Janeiro no século 19) é um exemplo de como os consumidores brasileiros lidam muito bem com a possibilidade de obter itens de segunda mão.

Um dos muitos exemplos por aqui é o da rede de brechós Peça Rara, que conta com cerca de 25 lojas em todo o país. Em seu modelo de negócio as lojas da rede recebem qualquer pessoa que pode virar fornecedor de objetos ou roupas. Para isso, ela deve fazer um agendamento com a equipe da Peça Rara que avalia as peças e faz uma seleção dos itens que poderão ser comercializados.

Seja por uma característica regional, uma tendência global (agenda ESG), efeitos socioeconômicos ou puro marketing, o fato é que o varejo online seguirá em ascensão e se reinventado enquanto estiver atento ao comportamento do consumidor.

Alibaba ‘procura’ consumidores no e-commerce; entenda

A empresa de tecnologia chinesa Alibaba Group está tentando se reagrupar e recuperar sua posição financeira concentrando seus esforços de comércio eletrônico em seu aplicativo Taobao Deals, que atinge cerca de 930 milhões de pessoas em cidades de terceiro nível, informou o Financial Times na quarta-feira (4 de maio).

O Alibaba lançou o aplicativo Taobao Deals em março de 2020 para atingir os caçadores de pechinchas, um segmento de compradores que está crescendo rapidamente. A empresa anteriormente se concentrava em cidades mais ricas de primeiro e segundo níveis com sua principal plataforma de comércio eletrônico Taobao e seu mercado de ponta Tianmao.

As cidades de terceiro nível geralmente têm um PIB entre US$ 18 bilhões e US$ 67 bilhões, cada uma com uma população de 150.000 a 3 milhões de pessoas, de acordo com um relatório do South China Morning Post . Existem 71 cidades na classificação do terceiro nível, enquanto o primeiro e o segundo níveis combinados têm menos de 50.

Prevê-se que o consumo nas cidades de nível inferior da China chegue a cerca de US$ 6,9 trilhões em 2030, de US$ 2,3 trilhões em 2017, segundo o Morgan Stanley, por FT.

O Alibaba, fundado por Jack Ma, viu 60% de seu valor despencar quando foi forçado a cancelar sua oferta pública inicial (IPO) há dois anos devido à pressão dos reguladores chineses.

Pequim também aumentou a aplicação de práticas anticompetitivas, o que significava que o Alibaba não podia mais assinar acordos exclusivos com comerciantes para Tianmao e Taobao. Sua exclusividade com ofertas de marca ajudou a manter sua posição dominante, informou o FT.

Michael Norris, analista sênior de pesquisa da agência de consultoria AgencyChina, com sede em Xangai, disse ao FT que o Alibaba estava atrasado para o jogo de caça às pechinchas, mas foi eficaz independentemente.

“Em dois anos, a Taobao Deals conseguiu atrair consumidores que Taobao e Tianmao não alcançaram”, disse Norris.

Os usuários ativos mensais na base do Taobao Deals aumentaram para 150 milhões em novembro de 2021, um aumento de 75% em relação a 2020, informou o FT citando a empresa de análise QuestMobile, com sede em Pequim.

O Alibaba tentou adotar os tokens não fungíveis (NFTs) e, ao mesmo tempo, manter-se fora do alcance da regulamentação dos reguladores chineses, lançando o rebranding do mercado de arte digital para NFTs como colecionáveis ​​digitais em março.

No Dia das Mães, 45% dos consumidores farão menos compras

O Dia das Mães está chegando e o Pulso, plataforma de monitoramento de mercado da Score Retail, traz as expectativas dos brasileiros nas datas mais importantes do varejo. A data é apontada como um momento simbólico de união das famílias. Isso porque, ao perguntar como será comemorada, 33% responderam “vou para casa da minha mãe ou sogra”; 18% “receberei minha família em casa”, e apenas 9% informaram que vão a um restaurante com a família.

Compras online

Para os que optaram pelas compras online, 41% optam por Site de varejo totalmente digitais (como Mercado livre, Submarino, Amazon, Shopee, etc), 28% preferem o site da marca do produto/serviço, 27% optam por sites de redes de varejo (Americanas, FastShop, Renner, Marisa, etc), 8% citaram os sites de pequenos lojistas, 4%, redes sociais, 3%, site de supermercados/hiper, 2%, app de delivery, 20% ainda não decidiram.

Pensando no almoço que as famílias costumam preparar para celebrar a ocasião, ao citarem apenas um tipo de alimento que não pode faltar na mesa, as respostas dividem opiniões:

  • Carne e lasagna receberam 12% dos votos, cada;
  • Churrasco 10%;
  • Massa 9%;
  • Macarrão 8%;
  • Salada, arroz, maionese 7%, cada;
  • Sobremesa, peixe, feijão 2%, cada.
Dia das Mães
A pesquisa foi feita por abordagem digital com 1.133 entrevistas no período 25 e 26 de abril em nove cidades. O resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

Bolsos apertados

Para quem pensa em gastar com compras ou apenas com as tradições familiares, o bolso, para grande parte dos consumidores, está falando mais alto que as datas comemorativas. O mesmo comportamento pode ser notado na pesquisa feita sobre as expectativas da Páscoa.

  • 45% estão mais apertados e, por isso, farão menos compras;
  • 24% consideram estar da mesma forma que nos anos anteriores, nada mudou;
  • 22% estão mais apertados, mas vão manter a tradição de família;
  • 7% se consideram em melhor situação, mas vão manter os hábitos familiares;
  • 1% está melhor e vai aproveitar para gastar um pouco mais.

“O consumidor enfrentará um ano de contenção de gastos em todas as datas do varejo. Ainda se tem muito resquício da pandemia e é um ano de incertezas. As marcas precisam se engajar naquilo que pode fazer diferença de forma mais simples, como ativações com entretenimento e soluções para os momentos de família, como os almoços que vimos que serão a principal alternativa de celebração da data”, analisa Ana Letycia, Head de planejamento da Score Retail.

Ranking de segmentos

Ao que mais interessa para o varejo, os segmentos dos presentes foram ranqueados em:

  • Vestuário: 66%;
  • Calçados: 38%;
  • Perfumes: 36%;
  • Bolsa e acessórios: 26%;
  • Comestível: 18%;
  • Beleza e maquiagem: 17%;
  • Joalheria: 17%;
  • Artesanato: 16%;
  • Eletrônicos: 10%
  • Utilidades domésticas: 9%;
  • Decoração: 9%;
  • Viagem (passagem/estadia): 8%;
  • Eletrodomésticos: 6%;
  • Digital (video, áudio): 3%;
  • Assinatura de algo que goste: 3%.

Tíquete médio

E quanto o consumidor pensa em gastar, somando todos os presentes que irá comprar?

  • Até R$ 50: 13%;
  • R$ 51 a R$ 100: 25%;
  • R$ 101 a R$ 150: 19%;
  • R$ 151 a R$ 250: 14%;
  • R$ 251 a R$ 350: 5%;
  • R$ 351 a R$ 500: 4%;
  • Mais de R$ 500: 3%;
  • Não se aplica: 18%.

A loja física é a opção disparada na hora de comprar o presente, com 55% dos votos. A internet ficou com 31%, o formato pick-up com 2%, e outros 2% vão comprar ou fazer um presente.

Lojas físicas

Para quem busca realizar as compras do Dia das Mães em loja física, a expectativa ficou a seguinte: 35% em redes de varejo (Americanas, FastShop, Renner, Marisa, etc); 24% em loja de bairro/pequeno lojista; 22% loja da marca do produto; 3% super/hipermercado e 28% ainda não se decidiram.

“As compras online permanecem em alta, principalmente em datas especiais como o Dia das Mães, mas é importante notar como mais da metade da população optou por compras em lojas físicas. Esse é o reflexo da flexibilização da pandemia que permite aos brasileiros, novamente, irem às compras presenciais e escolherem os presentes. Em um ano de incertezas financeiras, ainda é possível observar que 45%, mesmo mais apertados vão fazer compras e os demais 55% vão manter as tradições familiares e isso também inclui a escolha de um presente ou investimento em um momento junto aos familiares”, afirma Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Metodologia

A pesquisa para o Dia das Mães foi feita por abordagem digital com 1.133 entrevistas no período 25 e 26 de abril em nove cidades. O resultado apresenta 2,9% de margem de erro.

Preço do Amazon Prime vai subir 50,5% a partir de 20 de maio

Assinatura do serviço de benefícios vai custar R$ 14,90 no plano mensal; empresa alega alta nos custos.

A partir de 20 de maio, o Amazon Prime, programa de benefícios da gigante do varejo, passará de R$ 9,90 para R$ 14,90, uma alta de 50,5%. Já a anuidade irá de R$ 89 para R$ 119, aumento de 33,7%. Para os membros que já assinam o Prime, o reajuste será aplicado a partir de 24 de junho de 2022, na data da próxima renovação de assinatura mensal ou anual.

A Amazon argumenta que o programa tem o mesmo preço desde que foi lançado em 2019 mesmo com todos os investimentos no Brasil, e que o anúncio vem com a “expansão dos benefícios e aumento de custos operacionais gerais”. “Até 19 de maio, todos os novos clientes que assinarem o plano Anual ou membros mensais que converterem sua assinatura para a Anual poderão aproveitar o preço atual de R$ 89/ano pelos próximos 12 meses”, complementa.

A companhia diz ainda que continua a investir no Amazon Prime e que, nos últimos anos, adicionou milhões de produtos disponíveis ao programa com frete grátis, além de ofertas e descontos. “O frete grátis em dois dias foi expandido de 90 para mais de mil cidades e, em 2021, lançamos a entrega Prime grátis em um dia, agora disponível em mais de 100 cidades”, afirma a companhia, em nota. A empresa lembra também que, em setembro, será lançada a série ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, aguardada pelo público da triologia do cinema.

Dificuldades da Amazon

O aumento foi anunciado depois que a Amazon perdeu US$ 210 bilhões em valor de mercado após o pior dia da empresa no mercado financeiro desde 2006. A queda de 14,05% da companhia ocorreu após a fraca estimativa de crescimento para o próximo trimestre.

No último trimestre, a Amazon registrou prejuízo de US$3,8 bilhões – no mesmo período do ano passado, o lucro foi de US$ 8 bilhões. A perspectiva para a divisão de varejo da gigante é negativa por várias razões. Uma delas é a reabertura de lojas físicas, o que devolveu à gigante concorrentes que antes estavam adormecidos pela pandemia. A companhia também enfrenta alta nos custos. Um desses elementos é a inflação no preço dos combustíveis, o que influenciou em toda a cadeia de entregas e serviços. Pressões inflacionárias também devem reduzir o consumo em diferentes países.

“Hoje, como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento. Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos em andamento, mas vemos um progresso encorajador em várias dimensões da experiência do cliente”, explicou Andy Jassy, presidente da Amazon, no relatório enviado a investidores.

Streaming em xeque

O Amazon Prime oferece uma série de benefícios aos seus assinantes, entre eles acesso ao serviço de streaming. A categoria também passa por aumento de custos, alta competitividade e dificuldade na retenção de assinantes.

Os serviços de streaming gastaram US$ 50 bilhões em novos conteúdos no ano passado, em uma tentativa de atrair ou reter assinantes, segundo a pesquisadora Ampere Analysis. Isso representa um aumento de 50% em relação a 2019, quando muitos dos serviços de streaming mais recentes foram lançados, sinalizando a rápida escalada das chamadas “guerras de streaming”.

A Netflix conseguiu aumentar os preços das assinaturas nos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda, para financiar a produção de conteúdo e o crescimento em outras partes do mundo, como a Ásia, observou Michael Pachter, analista da Wedbush.

 

 

Dia das Mães: vendas devem ser mais fracas na comparação com 2021

Volume de vendas deverá atingir cerca de R$ 14 bilhões.

O Dia das Mães deste ano deve ser mais fraco para a rede de varejo, na comparação com 2021. A expectativa é da CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Pelos cálculos da entidade, o volume de vendas para a data deverá atingir cerca de R$ 14 bilhões, valor 1,8% menor que o observado no ano passado.

O economista Fabio Bentes, responsável pela pesquisa, aponta os fatores que contribuíram para a deterioração das condições de consumo.

Apesar da retração esperada, a CNC avalia que o resultado será melhor do que o registrado em 2020, no auge das medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19.

O ramo de vestuário, calçados e acessórios, que costuma responder pela maior fatia das vendas, deve seguir liderando, com avanço de 1,4% na previsão de faturamento, frente a 2021.

Por outro lado, os segmentos de utilidades domésticas, e de eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos devem apresentar quedas de até 9,5%.

Para o economista Fabio Bentes, o aumento dos juros é um dos motivos que ajuda a explicar a expectativa de queda nas vendas.

A taxa de juros básica da economia brasileira, em maio de 2021, por exemplo, estava em 3,5% ao ano. Dez meses depois, saltou para 11,75% ao ano, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças.

Com R$ 6,5 bi de faturamento, vendas online de Páscoa cresceram 8,8% em 2022

Bombons e chocolates foram as categorias com maior alta no número de pedidos – 251,3% e 165,5%, respectivamente.

A Páscoa 2022 teve vendas online 8,8% maiores do que em 2021, gerando um faturamento de R$ 6,5 bilhões ao e-commerce brasileiro. O número de pedidos registrou alta de 10,6% em relação ao ano passado, totalizando 12,4 milhões de compras no e-commerce. Os dados são da Neotrust, empresa de inteligência que monitora o e-commerce brasileiro. A análise foi realizada entre os dias 2 e 16 de abril.

As categorias que mais cresceram neste ano em relação a 2021 foram bombons, com alta de 137,3% no faturamento e de 251,3% no número de pedidos, e chocolates, com receita 33,7% maior e 165,5% mais pedidos que no ano anterior. O levantamento indicou ainda que, apesar do aumento expressivo na compra de chocolates e bombons, a venda online de ovos de Páscoa teve queda, com redução de 22,7% no faturamento e de 17,3% no número de pedidos em comparação a 2021. 

Segundo a Neotrust, isso se explica pelos preços médios de cada item. Enquanto os bombons ficaram 19,5% mais baratos e os chocolates tiveram redução de 56,8% no preço, o valor dos ovos de Páscoa aumentou 14,4% em relação a 2021. 

Segundo Paulina Dias, um dos fatores que podem explicar a expansão do e-commerce na Páscoa de 2022 é o frete. De acordo com dados da Neotrust, 89% dos pedidos de bombons, chocolates e ovos de Páscoa tiveram frete grátis. Em 2021, 60% das compras tiveram entregas sem custos e em 2020 esse índice foi de apenas 50%. 

A Neotrust destaca o faturamento do e-commerce por região: o Sudeste foi responsável por 56,9% da receita, com R$ 3,7 bilhões, um crescimento de 4,4% em relação a 2021; o Nordeste foi a que mais cresceu, com aumento de 19,8% em relação ao ano passado e um total arrecadado de R$ 1,17 bilhões; o Norte foi a segunda região com maior crescimento, somando R$ 201 milhões, elevação de 19,5%. 

O estudo da Neotrust apontou ainda que a cesta de compras da Páscoa 2022 foi além dos tradicionais ovos, bombons e chocolates, trazendo também categorias como balas e creme de avelã, que diversificaram as guloseimas na mesa dos brasileiros este ano. 

Com inflação e queda no poder de compra, varejo aposta em produtos de alto valor

Venda desses produtos cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

Com a alta da inflação e a queda do poder de compra do consumidor, o varejo está focando nos produtos da chamada linha premium, aqueles de maior valor.

A venda de produtos desse tipo, como refrigeradores, churrasqueiras a gás e lava-louças, cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

“A taxa de juros muito alta faz com que pessoas com melhor poder aquisitivo consigam manter o patrimônio que, no geral, está aplicado em investimentos que rendem mais do que a inflação e até mais do que o juro básico”, diz Juliana Inhasz, economista e professora do Insper.  “Então estão ganhando poder de compra daí eles ganham então espaço para poder comprar cada vez mais”.

Com as vendas desse segmento indo bem, a diversidade de produtos de alto padrão é cada vez maior. Na comparação do primeiro bimestre deste ano com o do ano passado, houve alta de oferta em várias linhas.

Em relação ao mercado de automóveis, o cenário também mostra um aumento de vendas de carros de alto padrão. Um levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores mostrou que, em março de 2022, os modelos de SUVs foram responsáveis por 48,70% das vendas no mês, uma alta de 44,68% na comparação com fevereiro.

A estimativa é que, pelo menos até o fim deste ano, os investimentos do comércio sigam voltados para as classes A e B, que apesar de representarem uma fatia bem menor da população, é onde hoje estão as pessoas que continuam comprando, mesmo com a economia instável.

“Hoje quem tem dinheiro para comprar justamente este público que vai olhar a geladeira mais cara, o fogão com maior tecnologia, que vai querer trocar uma televisão que já não era pequena por uma maior ainda, e aproveitar o momento em que o mercado ainda está muito vulnerável e procurando este comprador”, diz Inhasz.

Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3), Americanas (AMER3) e mais: O que esperar das varejistas no 1T22?

Na análise do Bradesco BBI, a temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre de 2022 mostra mais uma safra de resultados “mistos” para as empresas de varejo.

As empresas deste setor começaram a divulgar seus números nesta semana, começando pela Grendene (GRND3) em 28 de abril.

A Lojas Quero-Quero (LJQQ3) anuncia seus números na segunda-feira (02), seguida pela maioria das outras nas duas semanas seguintes, com uma “super quinta-feira”, em 5 de maio, – quando serão reportados os balanços de oito empresas.

O que esperar dos balanços?

Richard Cathcart e Flávia Meireles, analistas do BBI, esperam ver um impulso mais forte da receita líquida e uma demanda mais consistente entre os nomes de vestuário, embora vários ainda sofram pressão de margem.

Em contraste, os analistas destacam que as categorias de ticket alto devem permanecer sob pressão.

“Esperamos que o crescimento do comércio eletrônico diminua, mas também esperamos ver sinais de recuperação de margem – particularmente em Magalu e Via – uma vez que a administração das companhias fez ajustes para se adequar à realidade de um ambiente de demanda mais fraco”, completam.

Cathcart e Meireles ressaltam que a Americanas S.A. (AMER3) deve registrar a maior taxa de crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias), de 18%.

Quais ações comprar?

Arezzo, Lojas Renner (LRNE3) e Petz (PETZ3) são as ações favoritas dos analistas do BBI para o setor varejista.

Disclaimer

Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.

Dia do Frete Grátis é nesta quinta; em 2021 taxa caiu 46% em relação ao preço dos produtos

A data original acontece em dezembro nos Estados Unidos e foi importada para movimentar o comércio eletrônico brasileiro.

O dia do frete grátis é comemorado este ano no Brasil no dia 28, mas muitas lojas virtuais estendem a promoção para a semana toda. A data original acontece em dezembro nos Estados Unidos e foi importada – com alteração no calendário – para movimentar o comércio eletrônico brasileiro. O que se sabe é que ao menos menores taxas a semana costuma entregar.

Um levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de precificação, mostra que no ano passado a quantidade de itens com entrega gratuita subiu cerca de 6,7% no início da semana da comemoração. Nos casos em que houve cobrança, registrou-se queda de 46,9% do valor do frete em relação ao preço do produto.

Outro ponto que agradou os clientes de e-commerce foi que o prazo médio de entrega teve redução de 3,2%. O aumento da quantidade de itens enviados gratuitamente e o preço menor no frete de outros produtos estão diretamente relacionados à promoção do Dia do Frete Grátis, explica o CEO da Precifica, Ricardo Ramos.

“A tendência é que esses porcentuais aumentem ano a ano conforme a data for ficando mais conhecida no mercado brasileiro. Quanto à redução no prazo médio de entrega, observado em nosso monitoramento, entendemos que faz parte de um ciclo maior, não limitado à data, pois o envio rápido tem sido uma forte tendência no segmento”, complementa.

O levantamento feito pela Precifica envolveu 5.230 data points das quatro grandes plataformas de e-commerce do país em todos os estados do país. Os itens analisados tinham preços entre R$ 50 e R$ 5 mil, pertencentes a quatro categorias distintas: Beleza e Perfumaria (1.274 produtos), Brinquedos e Games (360), Eletrodomésticos (1.588) e Eletroportáteis (2.008).

A região Nordeste foi a que apresentou a maior quantidade de ofertas de frete grátis. Na sequência estão Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.