NielsenIQ Ebit: intenção de compra online para o 2º tri é maior desde 2018

Estudo elaborado pela NielsenIQ Ebit, em parceria com a Bexs Pay, aponta que 91,7% dos consumidores do e-commerce têm intenção de efetuar compras online no segundo trimestre de 2022, alta de 1,7 ponto percentual sobre os primeiros três meses do ano. É a maior projeção para os segundos trimestres desde 2018. O movimento é impulsionado sobretudo por shoppers de maior renda.

“A conjuntura macroeconômica segue desafiadora, mas o e-commerce está operando em patamares bastante elevados. O percentual dos shoppers do e-commerce que pretendem utilizar o e-commerce mostra uma resiliência no setor contra os solavancos mais fortes da economia”, afirmou o head de e-commerce da NielsenIQ Ebit, Marcelo Osanai.

O resultado de 91,7% no 2º trimestre do ano é também o maior nível registrado pela NielsenIQ desde 2018, quando começou a fazer o levantamento, consolidando um patamar significativo. Na comparação da intenção de compra do segundo trimestre de 2021 com o de 2020, o aumento foi de 2,8 p.p, impulsionado pelo auge da pandemia. De 2019 para 2020, o registro foi de alta de 0,7 p.p, entre abril e junho daquele ano na pesquisa da NielsenIQ Ebit.

A pesquisa, realizada entre março e abril, foi feita com 6.392 consumidores que efetuaram compras no e-commerce.

“Olhando para todos os dados, crescimentos entre o segundo e primeiro trimestre deste ano e na comparação com o mesmo período do ano anterior, estamos vendo um cenário positivo para os próximos meses no e-commerce”, explicou Osanai.

O movimento ocorre sobretudo nas classes mais altas, que conseguiram evitar uma perda mais forte de renda. Para quem ganha mais de 10 salários mínimos, 94,4% declaram que pretendem fazer compras online, levemente acima dos 93,1% de respondentes com renda entre 4 e 10 salários mínimos.

A questão, no entanto, é a camada mais fragilizada da população. Do total de pessoas que ganham até quatro salários mínimos, 89,7% disseram que vão comprar produtos online, queda de 1,1 ponto percentual sobre o primeiro de 2021 e praticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Categorias

De acordo com o levantamento, os segmentos que estão em destaque são o de Cosméticos e Perfumaria, com 35,6% da intenção de compra dos entrevistados, e o de Moda e Acessórios, praticamente empatado, com 35,5%. Logo em seguida vêm Casa e Decoração (33,9%), Alimentos e Bebidas (32,9%), e Saúde (25,1%).

Apesar de estar relativamente atrás na prioridade de consumo online dos brasileiros, a categoria Saúde desempenha importante crescimento no segundo trimestre de 2022. Na comparação com o período de 2021, houve uma alta de 9 p.p (subiu de 16% para 25%).

“Um exemplo da força do comércio eletrônico no segundo trimestre é o interesse disseminado do consumidor nas mais diversas categorias de produtos”, ponderou o executivo.

No recorte regional, não há muita discrepância entre as áreas. O Nordeste lidera com 91,3% no índice de intenção de compra. Logo em seguida estão Sudeste e Sul, ambos com 91,2%, Centro Oeste com 91%, e, por fim, Norte com 90,8%.

Forma de pagamento

O cartão de crédito com parcelamento é a modalidade de pagamento favorita entre os consumidores que pretendem fazer compras via internet de abril a junho de 2022. Ainda de acordo com a pesquisa, dos cinco principais setores apontados, em três deles 50% ou mais dos entrevistados adiantaram que devem utilizar este método para as compras.

“Com o tempo, à medida que facilitamos o acesso aos mais diversos meios de pagamento online e entre-fronteiras, acreditamos que outras modalidades devem crescer, com destaque especial para o uso do Pix. Facilitar o pagamento é um primeiro passo importante para impulsionar as vendas online”, diz Luiz Henrique Didier Jr., CEO do Grupo Bexs.

Confira ranking:

  •  Cosméticos e perfumaria – 51%
  • Moda e acessórios – 50%
  • Casa e decoração – 59%
  • Alimentos e bebidas – 47%
  • Saúde – 40%

Pandemia

A pandemia do coronavírus contribuiu para estabelecer o e-commerce como uma das principais modalidades de compra no mundo. Não à toa, 95,9% dos consumidores pretendem manter o costume após o fim da pandemia, e 95,8% deles fizeram compras online nos últimos três meses — estima-se que 13,7% das compras realizadas foram motivadas devido ao Covid-19.

Dia das Mães

A NielsenIQ Ebit também aproveitou para fazer um levantamento específico sobre o Dia das Mães. De acordo com a pesquisa, 51% dos consumidores afirmaram que irão fazer compras online na data, com intenção de gastar por volta de R$ 314,00. Esse público é, em sua maioria, formado por homens (54,2% dos entrevistados), de 35 a 49 anos (35%), e moradores de São Paulo (36%). As mulheres correspondem a 45,4% dos entrevistados que devem comprar algum item na data comemorativa.

Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Ricardo Eletro reformula marca e retomará vendas digitais

Quem acessa o site da Ricardo Eletro procurando por promoções de televisores a máquinas de lavar pode ficar frustrado. Isso porque no site daquela que já foi a segunda maior varejista de eletrônicos do Brasil existem apenas alguns itens aleatórios à venda, como coleira antilatido, colchonetes para exercícios e um repelente eletrônico.

Segundo o presidente da companhia, Pedro Bianchi, essa complicada realidade está prestes a mudar. Já no próximo mês, a varejista – que é uma marca da Máquina de Vendas – irá retomar a comercialização dos mais variados itens e de diversas marcas por meio de seu marketplace, com uma marca totalmente reformulada. E, futuramente, voltará a operação própria.

“A empresa chegou ao fundo do poço, mas agora estamos apostando em uma reformulação total e uma pegada mais digital, porém sem megalomania”, afirma Bianchi.

Para entender a atual situação da companhia é preciso voltar um pouco no tempo. Após uma consolidação em série de varejistas regionais no começo da década passada feita pela Ricardo Eletro, cujo dono era o empresário Ricardo Nunes, surgiu a Máquina de Vendas.

Além da marca principal, o grupo tinha outras, como a Insinuante, Salfer, City Lar e Eletroshopping. O faturamento chegou a R$ 9,5 bilhões em 2014, com 1,2 mil lojas.

Porém, com dificuldades de absorver as empresas adquiridas e uma operação digital bem abaixo da concorrência, tudo começou a desandar.

Em 2018, veio a recuperação extrajudicial – graças aos bilhões em dívidas com bancos e fornecedores – e a promessa de que as coisas iriam mudar. Foi nessa época que Bianchi, então sócio do fundo Starboard, entrou no comando da empresa.

A pandemia complicou o cenário da já combalida Máquina de Vendas, que decidiu fechar todas as lojas. Resultado: a receita da empresa foi minguando, de R$ 180 milhões mensais em 2019 para praticamente zero.

Para completar, por dívidas tributárias, Ricardo Nunes foi preso em 2020, acusado de sonegação, mas ficou só um dia na cadeia.

Bianchi comprou a participação de Nunes e o antigo dono partiu para a vida de coach.

Durante a pandemia, Bianchi decidiu largar o seu cargo na Starboard para focar totalmente na Máquina de Vendas. Com isso, a sua principal missão foi renegociar todas as dívidas da companhia, que chegam a R$ 4 bilhões, além de mais R$ 1 bilhão em atrasos tributários.

O resultado disso tudo foi que a empresa precisou entrar em recuperação judicial.

Presente

Enquanto isso era feito, a empresa se readequou à nova realidade O número de funcionários – que chegou a ser de 28 mil – está em 40, com a maioria trabalhando de casa e alguns no modelo híbrido, em uma pequena sede em Contagem (MG).

O sistema do e-commerce, que era próprio, foi trocado pelo da VTEX.

Com o site novo, Bianchi aposta na atração de vendedores cobrando comissões menores nas vendas em comparação às suas rivais para fazer frente nesse novo momento.

Com essa estratégia, Bianchi estima que a Máquina de Vendas volte a ter vendas brutas de R$ 120 milhões mensais até o fim do ano.

O retorno das lojas físicas está previsto para 2023, começando por São Paulo e Minas Gerais.

“Apesar de nunca termos tido lojas em São Paulo, é o mercado que mais compra do nosso e-commerce. E também estamos estudando voltar com algumas marcas, pois há muitos consumidores pedindo a volta de lojas como a Salfer e a Insinuante”, diz o presidente. (André Jankavski,Estadão Conteúdo)

O novo papel do marketing na visão da Riachuelo

Ser autêntico e gerar valor de marca já não é tão simples. Entenda o novo papel do marketing na visão de Elio Silva, diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo.

Jornadas que se cruzam, clientes de diferentes perfis acessando canais com expectativas distintas. Uma mudança cultural irrompe nas relações de consumo e é natural hoje que muitas marcas enfrentem muitos desafios quando pensam sobre as melhores estratégias de marketing para serem autênticas nesse cenário.

O cliente está sim mais exigente, e toda marca deve adequar sua operação com foco na resolutividade e nas exigências desse novo consumidor. Batemos nessa tecla e não é à toa: cada cliente tem seu momento.

Elio Silva, diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo compactua dessa análise e ressalta que, seja no online ou no físico (ou no phygital), o desafio do marketing hoje está em gerar valor e autenticidade para a marca entendendo o seu consumidor.

“O desafio hoje está no entendimento do seu público. E não é tão simples. Hoje, nas redes sua marca está sendo avaliado o tempo todo. Agora, a transparência é a chave e o grande desafio para enfrentar os problemas e, claro, você deve utilizar a tecnologia a seu favor”, analisa Elio Silva.

Para Elio, as relações de sucesso entre marcas e clientes estão sendo pautadas pela transparência e o entendimento da importância da diversidade em todas as etapas de contato com clientes.

“Nunca tivemos gerações tão distintas consumindo. Por exemplo, alguns clientes não querem resolver seus problemas por canais digitais e vice-versa. Já com a nova geração, temos que investir muito em tecnologia e inteligência artificial para trazer agilidade”, diz Elio.

Autenticidade e gerar valor não é tão simples

Sobre este momento onde muitas marcas estão sendo guiadas por tendências, sem ao menos saber como se posicionar nesse turbilhão de novidades, Elio entende que uma empresa com uma deficiência interna não vai conseguir gerar autenticidade, valor de marca e confiança para o público.

“Hoje uma empresa tem que trabalhar com a possibilidade de abrir suas portas para que cada cliente tenha o conhecimento dessa marca”, frisa o diretor sobre a importância da transparência e como ela pode auxiliar nessa jornada onde o consumidor está interessado em marcas autênticas e em sinergia com seus valores.

Para Elio, uma cultura forte, que seja transmitida para todos os colaboradores é o princípio dessa estratégia para criação de valor. “A capacidade de traduzir sua visão e seu propósito, de ouvir o cliente e reagir, além, é claro, ter agilidade para entender e se movimentar nesse ecossistema e corrigir rapidamente suas falhas é fundamental”, destaca Elio. “Os melhores momentos virão de pequenas experiências”, complementa o diretor da Riachuelo”.

O papel dos influenciadores no marketing

Riachuelo é muito famosa por campanhas com diversos influenciadores. Sobre o papel dos influenciadores nessa jordana de geração de valor de marca e comunicação com o público, Elio destaca a estratégia da marca.

“Temos uma equipe que se dedica a conhecer desde um micro ao macro influenciador. Por exemplo, um micro tem um alto engajamento com um nível de autenticidade e respeito. Ou seja, o mais importante quando uma marca pensa em trabalhar com influenciadores é saber como adequar seus temas ao perfil desse influenciador. O cuidado está em usar tudo isso de forma criteriosa. Entender o que cada um faz, seu tom, e escolher aquele que despertará o engajamento necessário”, explica.

Em 2021, a Riachuelo lançou a campanha “Riachuelo começou a seguir você”, com música e clipe unindo as cantoras Giulia Be, Malía e Simaria, três mulheres com personalidades marcantes e de estilos musicais diferentes:

Por fim, Elio avalia que já foi a época na qual a área de marketing era quem criava todas as ações e estratégias sobre aquilo que desperta emoções e cria experiências significativas para seus clientes.

“Hoje é tudo mais integrado. O marketing é mais responsável por traduzir esses momentos que acabam derivando de uma interação muito maior com outras áreas de uma empresa”, conclui.

Metade dos moradores de favelas que usam a internet faz compras online

Estudo apresentado no Expo Favela aponta que 3 milhões de moradores pretendem comprar eletrodomésticos nos próximos 12 meses.

Com uma movimentação de R$ 180,9 bilhões em renda própria por ano, as favelas são uma potência de consumo. Segundo a pesquisa “Um país chamado favela”, divulgada durante a Expo Favela, 3 milhões de moradores de comunidades pretendem comprar eletrodomésticos nos próximos 12 meses, enquanto 1,5 milhão planeja comprar um carro.

Organizada pela Favela Holding, a Expo Favela, no World Trade Center (WTC), em São Paulo, a feira recebeu um público aproximado de 33 mil pessoas nos três dias de evento, que terminou no último domingo, 17.

Segundo o levantamento, 87% dos adultos em favelas declararam acessar a internet ao menos uma vez por semana, dos quais 50% utilizam a rede para fazer compras online.

A falta de entregas regulares por questões como falta de CEP (Código de Endereçamento Postal), de numeração nas casas e de segurança foi apontada por 39% como um problema para esse tipo de compra.

Na hora de escolher um produto ou serviço, 88% dos moradores disseram que confiam mais nos influenciadores da própria comunidade do que em influenciadores famosos.

Conexão de negócios

A Expo Favela reuniu mais de 330 empreendedores e startups de diversos ramos e teve como principal objetivo dar visibilidade e oportunidades de parcerias com empreendedores investirem e expandirem seus negócios.

Ter um negócio próprio é o mais sonho profissional dos moradores: são 6 milhões de pessoas que sonham em empreender. Segundo o estudo, 50% dos moradores se consideram empreendedores 41% têm negócio próprio (destes, apenas 37% têm CNPJ).

“A favela tem o empreendedorismo como sua principal característica de sobrevivência. Proporcionar a conexão dos incríveis empreendedores que temos em diversas favelas do Brasil com os investidores do asfalto foi fantástico. Para as próximas edições vamos ser ainda mais ousados”, diz Celso Athayde, idealizador da Expo Favela.

A feira contou com cerca de 36 horas de programação, dividida em mentoria, palestras e conferências com temáticas: educação, saúde, sustentabilidade e meio ambiente, cultura, economia criativa, diversidade, mobilidade e logística, gastronomia, comunicação, redes, moda, beleza e finanças.

Entre os palestrantes que participaram do Expo Favela, estiveram nomes como Luiza Helena Trajano, Thelma Assis, Emicida, Alok, entre outros.

No último dia do evento, 10 projetos foram selecionados para participar do reality show “Expo Favela – O Desafio”, uma produção da Favela Filmes com a Rede Globo, que será exibido na emissora aos sábados.

Gol e Mercado Livre fecham parceria logística que deve quadruplicar entregas aéreas da varejista

O Mercado Livre (MELI34) e a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) anunciaram nesta terça-feira (19) um acordo de longo prazo focado em logística: a companhia aérea vai fornecer seis aeronaves exclusivas (com cores e logomarca do Mercado Livre) à varejista.

Serão três aeronaves entregues em junho e mais três em 2023. Há a opção no acordo de adicionar mais seis aeronaves até 2025.

“É um modelo de negócio que a Gol está inaugurando no mercado varejista. Hoje o Mercado Livre tem três aeronaves que atendem regiões distantes dos nossos centro de distribuição. Com o acordo passaremos a ter nove aeronaves, triplicando nossa capacidade de voos ao redor do Brasil”, afirma Fernando Yunes, vice-presidente do Mercado Livre no Brasil.

O acordo fará com que o Mercado Livre quadruplique a capacidade de entrega de pacotes por via aérea, passando de 10 milhões para 40 milhões de pacotes por ano.

“Vamos reduzir em 70% a 80% o tempo de entrega para os consumidores no Norte, Nordeste, e em algumas cidades do Sul e Sudeste. Vamos sair de sete a oito dias de entrega nessas regiões para 2 dias de prazo de entrega”, afirma Yunes.

O prazo de entrega para Manaus será de apenas um dia, em comparação com os atuais nove dias, enquanto para destinos no Nordeste esse prazo diminuirá de quatro para um dia. Outras capitais, como Goiânia e Cuiabá, passarão a receber suas encomendas no dia seguinte.

Segundo Yunes, o foco será nas regiões Norte e Nordeste, com 70% da operação focada nas entregas dessas regiões, mas cerca de 30% da operação irá auxiliar entregas em outras regiões do país como Sul e Sudeste.

O Mercado Livre não informou qual o valor do investimento nesta parceria.

“A expansão da frota é vital para avançarmos com a missão do Mercado Livre de democratizar o comércio eletrônico, o que é ainda mais importante em um país de dimensões continentais como o Brasil. Estamos muito otimistas em relação ao nosso acordo com a Gol, e vemos isso como fundamental no fortalecimento de nossa rota de crescimento no e-commerce e na nossa estratégia de expansão regional”, disse Yunes.

Hoje as três aeronaves do Mercado Livre são da Azul (AZUL4) e isso se mantém. Segundo Pablo Navarrette, diretor sênior do Mercado Livre, o acordo com a Gol será o principal feito com companhias aéreas nos próximos anos, mas não impede novos acordos com outras empresas.

Operação da GolLog

O braço de negócio de logística da Gol, a GolLog, que opera serviços de carga para 52 aeroportos e mais de 3.900 destinos no Brasil, é quem fica responsável pela operação do acordo. Por ora, o negócio é focado especialmente no Brasil.

O contrato entre as empresas tem duração de 10 anos, prevê uma frota dedicada de cargueiros composta por seis Boeing 737-800 BCF.

De acordo com Julio Perroti, diretor da GolLog, a empresa planeja expandir sua gama de serviços e aumentar em 80% a sua capacidade disponível em toneladas durante 2023 para gerar receita incremental adicional de aproximadamente R$100 milhões em 2022, e mais de R$1,0 bilhão nos próximos cinco anos – considerando apenas a parceria com a varejista.

“O plano de frota da GOL é encerrar esse ano com 136 aeronaves, sendo 44 Boeing 737-MAX 8 e 92 Boeing 737-NG. A introdução das seis aeronaves de carga deverá proporcionar economias no processo de transformação da frota em aproximadamente R$25 milhões em 2022 e outros R$ 75 milhões em 2023. A transformação em curso da Companhia para o 737 MAX também permitirá maior diluição dos custos fixos e gerará novas oportunidades de receitas auxiliares”, afirmou o executivo.

Ele detalhou que as economias milionárias vem da extensão do contrato de uso das aeronaves.

Maiores de 50 são os que mais compram na internet

Segundo dados exclusivos da pesquisa Webshoppers, da consultoria NielsenIQ|ebit, a faixa dos 50+ foi a única que cresceu entre os consumidores do comércio eletrônico no ano passado.

Quem tem 50 anos ou mais respondeu por 33,9% dos pedidos on-line em 2021: foi a primeira vez que essa faixa etária ultrapassou a dos adultos de 35 a 49 anos (33,2%), historicamente o maior público que compra pela internet, segundo a pesquisa da NielsenIQ|ebit, realizada desde 2001.

Segundo o diretor de e-commerce da NielsenIQ|Ebit, Marcelo Osanai, entre os motivos que justificam a maior presença deste público está a tentativa de se proteger da contaminação pelo novo coronavírus, acompanhada de uma menor “cisma” com o comércio eletrônico. “Este consumidor mais maduro está cada vez mais aberto a usar a tecnologia e os sites também estão mais intuitivos, o que facilita a navegação”, diz.

As categorias em que os consumidores mais velhos mais se destacam são Construção e Ferramentas (51% das compras do segmento foram feitas por quem tem mais de 50 anos), Saúde (43%) e Eletrodomésticos (42%).

O comércio eletrônico como um todo movimentou R$ 182,7 bilhões no ano passado, um crescimento de 27% sobre os R$ 143,6 bilhões de 2020, segundo a pesquisa. No ano passado, a NielsenIQ|ebit havia informado que as vendas de 2020 somaram R$ 87,4 bilhões, mas a consultoria revisou os dados para incluir o Mercado Livre, a maior varejista da web brasileira.

Apesar de expressiva, a alta de 27% nas vendas online no ano passado representa uma desaceleração em relação ao ano anterior, quando o crescimento havia sido de 41%. Uma reacomodação do comércio eletrônico, após a reabertura das lojas físicas, e uma redução do poder de compra da população explicam a desaceleração, segundo Osanai.

“Para 2022, esperamos um crescimento entre 10% e 20% do comércio eletrônico”, diz Osanai. “Além do amadurecimento do canal, existe a inflação que limita o poder de compra.”

Em 2021, 12,9 milhões de brasileiros compraram pela primeira vez na internet, elevando o total de consumidores on-line no País para 87,7 milhões. O meio mais usado para as compras na internet foram celulares, que responderam por 59% dos pedidos e por 52% do faturamento (R$ 95,4 bilhões), uma alta de 32% sobre 2020.

A busca do consumidor pelas pechinchas da internet passa pelo frete grátis: segundo a pesquisa da NielsenIQ|ebit, o número de pedidos sem custo de envio aumentou em 10 pontos percentuais em 2021, chegando a 47% do total.

Do total de 400 milhões de pedidos em 2021, o tíquete-médio geral das vendas ficou em R$ 441, uma alta de 4% sobre 2020, sem descontar a inflação.

A categoria de alimentos e bebidas foi a que mais se destacou em número de pedidos: alta de 107% sobre o ano anterior. “Produtos alimentícios e bebidas têm um valor menor, e por isso a contribuição geral para o faturamento do e-commerce é reduzida, só 2%”, diz Osanai.

Por outro lado, as categorias que mais pesam no faturamento de R$ 182,7 bilhões do ano passado são eletrodomésticos (21%), telefonia (20%), casa e decoração (11%) e informática (10%).

No recorte por gênero, o levantamento apontou que os homens responderam por 53,5% do valor das compras, enquanto as mulheres fizeram 57,4% dos pedidos. O tíquete-médio deles é 35% maior que a média de gasto delas: R$ 555 contra R$ 359.

“As mulheres geram mais pedidos, mas com produtos de menor valor e numa maior diversidade de categorias”, afirma Osanai. “Elas compram de artigos para bebês a produtos para casa, enquanto os homens adquirem mais eletrônicos e informática, produtos de maior valor agregado”, diz.

Na divisão por faixa de renda, os que ganham entre 4 e 10 salários mínimos responderam por 33,2% das vendas totais (alta de 1,7 ponto porcentual sobre 31,5% do ano passado). A participação das demais faixas de renda no bolo total caiu: a fatia dos consumidores que ganham até 4 salários mínimos recuou de 51,9%, para 50,9%, enquanto a participação dos que ganham acima de 10 salários mínimos passou de 16,6%, para 15,9%.

Magalu lança serviço de aluguel de produtos por aplicativo

Quem já pensou em dar uma festinha no apartamento e desejou ter uma airfyer para preparar os aperitivos sem sujeira? Ou quem já teve vontade de experimentar um aspirador robô para ver se é mesmo funcional? O Magalu fez uma parceria com a plataforma de moradia por assinatura Housi para tornar essa ideia realidade. O projeto-piloto VaiVolta está sendo chamado de locação spot, por ser usado de forma pontual, e vai funcionar a partir deste mês para clientes da Housi.

Assim como a moradia por assinatura, o cliente poderá utilizar produtos de forma temporária ou por meio de assinatura digital. Nessa fase beta da ação, apenas os usuários da flagship Bela Cintra e da unidade Housi da Paulista poderão alugar equipamentos e produtos de alta qualidade disponíveis no Magalu através do site.

Trata-se de produtos voltados para o dia a dia de casa, como: frigobar, microondas, purificador de água ou para situações pontuais, como uma furadeira, caixa de ferramentas, uma caixa de som para curtir uma festa com os amigos ou aquele videogame que estava faltando para diversão no fim de semana. E quando o cliente desejar devolver o produto, basta o cliente clicar no botão “solicitar devolução” na conta do Vaivolta que a empresa entra em contato para agendar a retirada.

O empréstimo dura por um período determinado de 7, 15 ou 30 dias. Há também a opção de locação recorrente, caso o cliente decida ficar mais um tempo com o produto. Nesse caso a cobrança passa a ser automática mês a mês.

“A lógica do consumo está mudando e precisamos acompanhar as tendências, entregar o que o cliente realmente precisa em diferentes formatos, que não só o tradicional. Precisamos vender solução e conveniência, não somente produtos. Há produtos, que para alguns consumidores podem representar desembolso alto e frequência de uso baixo. Cabe a cada consumidor entender se precisa realmente ter a posse de um item ou somente acessá-lo quando necessário”, afirma Vinicius Porto, diretor de experiência do cliente do Magalu.

“Ter acesso a itens de alta qualidade de forma temporária, sempre que precisar, sem se preocupar com o espaço para guardar o produto e ainda contribuir com a economia circular; tem tudo a ver com o lifestyle dos clientes Housi” diz Alexandre Frankel, CEO da Housi. Ele completa dizendo que a Housi está sempre atenta a parcerias que tragam mais praticidade e conforto para seus clientes.

Por ser um modelo de negócio ainda inicial, não há como acessar o programa pelas plataformas do Magalu, como o site e aplicativo. Mas, a expectativa é que no futuro o serviço passe a operar na cidade de São Paulo por completo e ainda há a possibilidade de ampliação para outras localidades.

Chinesa Shein desfila em novo canal

Experiências Físicas Entram na Estratégia da Marca.

Presente no país há dois anos, a varejista de moda online SHEIN pretende dar novos passos rumo à sua expansão no mercado brasileiro. A operação, antes restrita ao site e aplicativo, ganhou uma pop-up store (loja temporária) no Rio de Janeiro (RJ). “Não temos planos de abrir lojas físicas por enquanto, mas consideramos pop-ups para o ano de 2022, para ter mais oportunidades de comunicação aprofundada com nossos usuários e oferecer aos clientes atividades offline interessantes com a marca”, revela a SHEIN, com exclusividade ao Jornal Giro News. Com 485 m² e três mil itens, a primeira unidade no Brasil funcionou entre os dias 19 e 27 de março, no shopping carioca Village Mall. “Tivemos aproximadamente 1.000 visitas diárias à loja.”

Brasil Ganha Espaço no Negócio


  Além de permitir a experiência presencial com as peças, a pop-up store reforçou a presença digital da marca, gerando impacto positivo nas redes sociais. “O Brasil tornou-se um mercado chave para a SHEIN. Desde o início de 2022, começamos a montar um time brasileiro para nos aproximarmos cada vez mais do público.” As próximas cidades a receberem as lojas temporárias ainda estão sendo definidas, bem como o cronograma de aberturas. Segundo a marca, não há planos de instalação de lojas definitivas ou centros de distribuição no país. “No momento, queremos trabalhar em estreitar nossa colaboração com nossos parceiros de negócios.” A estratégia também inclui ativações com influenciadores.

Consumidores Ditam Tendências

Com atuação em mais de 150 países, a SHEIN registra crescimento global acima de 100% na taxa de visitantes mensais. “As metas a longo prazo são estabelecer um bom relacionamento com o público brasileiro, estabelecer novas e maiores parcerias, auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva e logística do país e estar presente em todas as tendências de moda.” Na visão da marca, os consumidores brasileiros têm uma demanda crescente por moda e criam tendências próprias, como o uso de cores. “A SHEIN vislumbra um mercado que busca a modernização, um modelo de consumo cada vez mais pautado pelas tendências das redes sociais e cada vez mais diversificado, trazendo temas como diversidade, inclusão e diferentes públicos para a moda.”

 

Vendas no varejo em fevereiro crescem 27,8% ano a ano, aponta pesquisa

De acordo com o Mastercard SpendingPulse™, em fevereiro, as vendas do varejo no Brasil cresceram 27,8% em comparação a fevereiro de 2021. Tal aumento ocorre à medida que os consumidores retomam suas atividades de compras nas lojas.

Em comparação com um cenário pré-pandemia, em fevereiro de 2020, as vendas no varejo cresceram 35,9% ano a ano. O Mastercard SpendingPulse™ mede as vendas de varejo na loja e online* em todas as formas de pagamento.

Ao analisar o panorama geral do Brasil, todos os estados registraram crescimento de vendas nas lojas:

  • Norte (43,7%);
  • Sul (29,7%);
  • Centro-Oeste (27,3%);
  • Sudeste (26 ,9%);
  • e Nordeste (26,6%).

Vendas do e-commerce em fevereiro

Eletrodomésticos (-21%), Vestuário (-11,8%) e Móveis (-9,2%) foram os setores que apresentaram as quedas mais expressivas do e-commerce no Brasil, em relação ao mesmo mês de 2021.

Os resultados de e-commerce caíram 15,8% em relação ao ano anterior. Entretanto, as vendas online ainda registraram um aumento ano a ano de 55,7% em relação a fevereiro de 2020, quando o comércio eletrônico ainda não era uma necessidade.

“Estamos vendo o consumidor retornando às lojas físicas. O crescimento desse setor já vem sendo observado há alguns meses”, afirmou Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil. “Embora as vendas do e-commerce estejam desacelerando, em comparações com o período de pandemia, podemos perceber que as compras online cresceram muito. Isso indica uma mudança de hábito trazida pela pandemia: os clientes começaram a comprar online, mas não abandonaram as lojas físicas”, conclui o executivo.