Efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia devem ser duradouros no Brasil

Para economista da FGV, empresas devem adotar inovações mais baratas e sustentáveis como alternativa.

O economista destaca que a lista de derivados do petróleo vai muito além da gasolina e do diesel – que acabam de sofrer forte reajuste -, uma vez que o agronegócio, por exemplo, usa fertilizantes derivados deste recurso fóssil. “Não será somente o agronegócio o segmento afetado pela crise, uma vez que a indústria automobilística usa também resinas combustíveis para a fabricação de consoles, forros de portas e para-choques”, afirma.

Por não serem regulados, à medida que as cotações dos derivados de petróleo batem recordes e se estabilizam em patamares muito acima, por conta dos embargos impostos à Rússia para os grandes mercados por conta da guerra, essa nova realidade tende a ser mais duradoura e não será somente um breve período de incerteza, com ruídos de curto prazo.

Braz explica que, aos poucos, estes repasses vão chegar aos preços, uma vez que a guerra causará um choque de oferta: pouca matéria prima ou mercadorias para atender ao mercado, além da desmobilização das cadeias produtivas.

Diesel é o principal vilão

Ao observar o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), pode-se pensar que o diesel tenha pouca influência nos preços porque as famílias não têm carro com esse tipo de motor mais pesado. No entanto, para a atividade produtiva, este combustível é muito mais importante do que a gasolina.

“Basta olhar a frota de transporte de carga e a influência dos caminhoneiros. E ainda os tratores e máquinas do agronegócio e o transporte público nos grandes centros urbanos. Tudo isso é diesel na veia. Assim, este combustível é o maior vilão, porque causa uma inflação que a gente não percebe mas está no nosso dia a dia. Se você vai comprar uma couve na feira, o preço dela estará influenciado pelo frete que a levou até a barraca”, afirma Braz.

Medidas que reduzem custos

Para reduzir o impacto, Braz alerta que o empresário deverá adotar técnicas de produção e inovações mais baratas e sustentáveis como alternativa. “Eu acho que a redução de custos está na cartilha do empresário moderno e consciente que vislumbra a oportunidade de aumentar sua produtividade, diminuindo gastos”, afirma.

Nesta lista estão medidas como comprar maquinário mais eficiente, adotar fontes de energia renováveis, treinar a mão de obra ou investir em tecnologias que evitem a depreciação de seus equipamentos e máquinas.

As indústrias e o agronegócio, por exemplo, convivem com o crônico problema de acúmulo de resíduos ou mesmo de incrustações. A remoção destes restos e o reparo em maquinário e tubos trazem não somente despesas com produtos de limpeza e consumo de eletricidade, mas também prejuízos, como a queda de produtividade e a depreciação de equipamentos.

E-commerce no Brasil deve crescer 95% até 2025, chegando a US$ 79 bi, projeta empresa de pagamentos globais

O crescimento do Pix deve ser uma das mais importantes tendências em meios de pagamento no país diante desse cenário, diz executivo.

O e-commerce no Brasil deve crescer 95% até 2025, chegando a US$ 79 bilhões, afirmou hoje o vice-presidente sênior da empresa de pagamentos globais FIS na América Latina, Juan Pablo D’Antiochia.

Segundo ele, o crescimento do Pix deve ser uma das mais importantes tendências em meios de pagamento no país diante desse cenário, uma vez que a adoção do sistema superou todas as expectativas e foi mais rápida até do que a propagação no Brasil de redes sociais como o Facebook e o WhatsApp.

“O fruto do Pix é gigantesco. Estamos querendo ver o que vai acontecer nessa indústria nos próximos anos”, avalia o executivo.

Atualmente, o Pix tem mais de 110 milhões de usuários no país. Apesar disso, D’Antiochia aponta que não é tão fácil prever qual será a participação potencial da ferramenta nos próximos anos. O mais provável, na opinião dele, é de que o meio de pagamento se torne Top 3 em transações de itens de valor maior, que dependem de financiamento, e Top 2 para produtos de menor valor.

“O Pix ainda não tem a função crédito. Então, não imagino que supere o cartão, por enquanto. E temos que lembrar que os bancos têm incentivos para os clientes continuarem a usar o cartão, como fidelidade, milhas etc”, defende.

No mundo, as projeções da FIS são de que o e-commerce cresça 55,3% de 2021 a 2025, atingindo cerca de US$ 8,3 trilhões em valor de transação. Já as carteiras digitais, que foram 48,6% do valor das transações em 2021, ou pouco mais de US$ 2,6 trilhões, devem atingir 52,5% até 2025.

A FIS projeta ainda que cartões e dinheiro em espécie representarão menos de um terço do valor global das transações do e-commerce em 2025. O estudo da FIS foi realizado com 46 mil consumidores de 41 países.

Consumidores transumanistas e mais tendências que devem orientar o CX

Estudo aponta tendências que endereçam a um novo modelo de consumo e que podem ser aplicadas em Customer Experience.

A alguns dias do Dia do Consumidor, comemorado em 15 de março, se você fosse questionado sobre o perfil dos consumidores, em 2022, que descrição daria? As mudanças vividas nós últimos anos afetaram profundamente a maneira como consumimos. Seja por uma consciência maior sobre a importância do consumo sustentável, ou pela aceleração digital (fruto de um isolamento social) ou ainda pelas dificuldades econômicas resultantes de vários processos (como o desemprego). Consequentemente, isso tudo também alterou a relação entre as marcas e os consumidores. Uma comportamento que se tem observado nessa nova jornada são consumidores procurando em seus “micro-momentos” suas “micro-felicidades”, seja por meio de produtos ou experiências.

Um estudo recente lançou luzes em algumas tendências que parecem corroborar um novo modelo de consumo e de Customer Experience (CX). Trata-se do Relatório Tendências do Consumidor 2022 elaborado pela área de Consumer Engagement da LLYC (Llorente y Cuenca). O documento identificou 10 tendências sobre comportamento e consumo com base na análise de interações sociais nos 12 países nos quais a empresa de consultoria global está presente, incluindo Brasil.

Para David González Natal, sócio e chefe de Engajamento da LLYC, a pandemia acelerou algumas mudanças na sociedade e tendências, que antes eram difusas. “Pudemos identificar que o consumidor tende a escolher marcas que sejam transparentes em seus rótulos sobre sua pegada de carbono ou que tenham estratégias de venda pensando em recursos de realidade virtual por exemplo. Este estudo é para todos que estejam interessados em entender melhor o novo perfil dos consumidores”, resume.

10 tendências sobre consumo e entendimento de CX

1. FEITO NA FELICIDADE

Uma das tendências mais marcantes de 2022: a busca temporária da felicidade por meio de produtos e experiências de consumo com o objetivo de fugir da realidade incerta e estressante do dia a dia.

A pandemia intensificou o profundo desejo dos consumidores de celebrar esses momentos de “micro-felicidade” que os confortem, mesmo temporariamente. Nesse contexto, as marcas têm a oportunidade de se diferenciar e serem fontes de “micro-felicidade” no dia a dia dos consumidores, transferindo emoções que vão além do funcional, ou com experiências em diferentes momentos de consumo.

2.POSITIVISMOS TÓXICOS

As tendências de consumo de mídia se aceleraram e os consumidores descobriram que a mídia digital é o canal para mais informações, entretenimento e conexão.

A ascensão das mídias digitais e o poder dos algoritmos levaram a um aumento constante nas taxas de contágio emocional digital. Nesse contexto, o positivismo extremo vivenciado como consequência do medo e da ansiedade gerados pela pandemia é agora contrastado com a importância de normalizar as emoções mais negativas e reconhecer que também pode haver algo construtivo dentro do ruim.

3.MEME EM TUDO

Os memes tornaram-se referências explícitas da cultura popular que se espalha pelas redes sociais. Sua relevância não passa mais apenas pelo humor efêmero, embora esta seja sua principal característica, mas também se tornou poderosa ferramenta de protesto social e político.

A força e a vocação universal dos memes é tanta que os estrategistas de marketing de mídia social os tornaram uma ferramenta poderosa para se conectar com seu público. Quando bem usados, eles também podem aumentar significativamente seu engajamento.

4. A BARREIRA ALIMENTAR

A funcionalidade dos alimentos tornou-se o principal foco dos consumidores na hora das compras. Mas também é um dos temas que mais causa controvérsia e debate. Vitaminas, nutrientes, minerais ou antioxidantes são termos recorrentes na conversa, que apresenta uma saturação significativa (96%).

Mas, acima de tudo, é um território com um sentimento de conversação negativo, de acordo com seu NPS. No entanto, a demanda por produtos alimentícios relacionados à saúde continua crescendo e fica claro que aspectos como rastreabilidade e rotulagem dos produtos transcendem a esfera social e têm presença nos fóruns de debate político e governamental.

5.QUANDO E NÃO ONDE

2020 nos fez perguntas inevitáveis sobre a necessidade e a urgência de digitalizar as compras para os consumidores. Na nova era das compras online e da limitação de capacidade nos espaços presenciais, o efeito omnichannel assumiu um papel fundamental e transformou os lugares (digitais ou físicos) em espaços inestimáveis para a geração de experiências que conseguiram captar a atenção de um consumidor em plena transformação e adaptação aos novos modelos de compra e relacionamento com as marcas.

Hoje os consumidores preferem fazer compras imediatas em lojas físicas próximas ou por meio de varejistas ou lojas que garantem entregas no mesmo dia. Um estudo da PYMNTS descobriu que 42% das pessoas pesquisadas nos Estados Unidos disseram que comprariam mais se pudessem pagar por suas compras online e buscá-las na loja no mesmo dia. Se antes falávamos em facilidade e acessibilidade na compra, agora o elemento central é o imediatismo. Varejistas, lojas e marcas enfrentam um desafio muito grande: a percepção e o valor do tempo para as pessoas.

6. NOVOS CÓDIGOS PARA MARCAS TRADICIONAIS

Para alcançar os consumidores certos da maneira mais eficaz, as marcas precisam empregar uma forte estratégia omnichannel que adapte a oferta às necessidades específicas do público do outro lado da história do Instagram, da colocação de produtos no Twitch ou a indicação do youtuber.

Essa tendência também sinaliza que o marketing de influenciadores está sendo aproveitado de uma maneira nova e ponderada. Os dados continuam a mostrar que os consumidores querem cada vez mais se ver refletidos na comunicação da marca, e isso também influencia as decisões de compra. São novos códigos que as marcas incorporam em sua equação de comunicação e marketing, e que exigem que elas repensem a inércia dos hábitos adquiridos.

7. CONSUMIDORES TRANSUMANISTAS

Os avanços nas últimas décadas e a aceleração da digitalização durante a pandemia tornaram nosso mundo presencial cada vez mais limitado, enquanto nossos mundos virtuais se expandem e permitem que as pessoas assimilem a possibilidade de depender cada vez menos do corpo físico.

É um fato que fortaleceu o interesse e o crescimento da conversa. O debate ético continuará presente e será um grande desafio para as marcas se juntarem a essa conversa. Mas o potencial de aceleração desta tendência, contrastado com o elevado nível de diferenciação devido ao baixo nível de saturação da marca neste território torna, sem dúvida, uma tendência muito fértil que parece ter vindo para ficar.

8. BOOMER DIGITAL

Desde o início da pandemia em 2020, assistimos a uma aceleração e consolidação sem precedentes da adoção digital, que já vinha ocorrendo em velocidade de cruzeiro nas últimas décadas. De acordo com um estudo da McKinsey de 2021, na Europa (entendido como a soma da União Europeia, Reino Unido, Noruega e Suíça), 80% dos consumidores adultos com acesso à internet usaram canais digitais nos últimos seis meses. Destes, quase 70 milhões utilizaram serviços digitais pela primeira vez.

E, embora o crescimento na utilização destes tenha sido especialmente elevado para pessoas na faixa etária dos 35 aos 44 anos, destaca-se a incorporação de utilizadores sêniores, com mais de 65 anos. À medida que os boomers continuam a assumir o controle on-line, as marcas que ignoram essa geração criando experiências, plataformas e comunicações virtuais de compras estão assumindo riscos.

9. PROPOSITAL/CÉTICO

Em 2021, mais de dois milhões de perfis participaram da conversa social com esses e outros termos, por meio de mais de 16 milhões de mensagens, para julgar as múltiplas promessas que recebem das marcas, principalmente sobre sustentabilidade e diversidade. É uma tendência de conversa com ampla presença no Twitter e na mídia. E permanecerá estável ao longo do tempo. As pessoas esperam mais das marcas do que palavras sobre responsabilidade ou grandes ambições. Eles simplesmente querem que seu propósito seja refletido na prática e tenha um impacto em sua vida ou em seu ambiente.

10. A NOVA ERA DA EMBALAGEM

O consumidor evoluiu e quer saber mais sobre os produtos que consome ou compra. Estamos cada vez mais conscientes da importância do consumo responsável. E, nesse novo contexto, as informações encontradas nas embalagens desses produtos ganham cada vez mais importância e são parte fundamental da experiência e decisão de compra. Os consumidores escolhem os produtos que compram não só pela sua utilidade, preço ou qualidade, mas procuram que esses produtos estejam alinhados com os seus valores. Essa experiência nos fez repensar o que é realmente importante para nós e nos fez reconectar com nosso lado mais consciente. Por isso, hoje, sustentabilidade, comércio local, slow fashion ou rastreabilidade são conceitos que ganharam importância na hora de consumir.

Semana do Consumidor 2022: Para ampliar vendas, varejistas apostam em descontos, cupons, fretes rápidos e parcerias

Amazon, Mercado Livre e Magalu oferecem até 70% de desconto.

As principais varejistas do país vão implementar, a partir desta semana, uma série de promoções para comemorar o dia do consumidor. A data é celebrada só no dia 15, mas muitas empresas decidiram antecipar suas ações.

“Queimar a largada da data” é estratégico: 2021 foi desastroso para as ações do Magazine Luiza (MGLU3), com queda de mais de 70%. Os papeis da Americanas (AMER3) caíram 58% no acumulado do ano, e as ações da Via (VIIA3), dona das Casas Bahia e Pontofrio, também despencaram 67,8%.

Somado a isso, a confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em janeiro, devido às incertezas sobre a situação econômica do país, segundo análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O InfoMoney selecionou as varejistas com promoções em vigor na Semana do Consumidor 2022. Veja:

Amazon

A Amazon preparou uma série de promoções com opções de entrega rápida e gratuita para todo país, desde programas para compras de supermercado ou de produtos recorrentes até lojas exclusivas para cupons de desconto e itens próximos do vencimento.

A “Quinta Relâmpago”, segue valendo na semana do consumidor: sempre às quintas, vários produtos entram em oferta.

Em nota, a Amazon ressaltou que os consumidores podem fazer pagamentos com cartões de crédito, cartões pré-pagos, Pix e boletos bancários. Cartões de débito (nas bandeiras Visa e Elo) podem ser usados apenas para assinaturas de Amazon Prime, Kindle Unlimited, Amazon Music Unlimited e Prime Channel.

Consumidores que realizarem a primeira compra no site ou no app contam com frete grátis para produtos enviados pela Amazon.

Segundo a empresa, entregas em um dia são realizadas em mais de 50 cidades de São Paulo, Minas Geris, Distrito Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Entregas em dois dias estão disponíveis para mais de 700 cidades, incluindo: Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Vitória, assim como as principais cidades das regiões Sul e Sudeste. Para todas as outras regiões, a Amazon oferece frete expresso, que começa em apenas três dias.

Magazine Luiza

O Magazine Luiza adiantou somente que sua semana do consumidor começa em 14 de março e vai oferecer R$ 10 milhões em cupons promocionais aos clientes.

Mercado Livre

O Mercado Livre, por sua vez, tem ofertas de até 70% de desconto. Segundo a empresa, sua plataforma teve mais de 33 mil buscas por minuto em 2021, tornando o mês de março o segundo mais importante do ano — depois da Black Friday.

Há frete grátis para compras a partir de R$ 79 em produtos selecionados e opções de pagamento via Mercado Pago e Mercado Crédito.

Em 2021, as categorias mais vendidas na plataforma do Mercado Livre foram Eletrônicos, Moda, Acessórios para Veículos, Alimentos e Bebidas e Produtos para casa, segundo dados de comportamento de compra analisados por Mercado Ads.

“Com o e-commerce cada vez mais presente na rotina dos brasileiros, datas promocionais, como o Dia do Consumidor, são oportunidades para os usuários aproveitarem as ofertas com entrega rápida e segura e para os vendedores impulsionarem suas vendas e potencializarem seus negócios, atraindo mais consumidores por meio do ecossistema de serviços que o Mercado Livre oferece.”, afirma Fernanda Schmid, Diretora de Marketing Mercado Livre e Mercado Pago no Brasil.

A assinatura dá acesso a frete grátis e envios rápidos em milhares de produtos nas compras a partir de R$79, além de acesso gratuito a todo conteúdo dos canais de streaming Disney+ e Star+, descontos nas assinaturas de vídeo e música como Deezer, HBOMax e Paramount+, gratuidade na tag de pedágio Utrapasse, além de descontos em pagamentos via Mercado Pago ao usar o código QR em lojas e isenção de tarifa em dois saques por mês.

 

Lucro da Via Varejo recua mais de 90% em 2021; vendas virtuais avançam

Já o lucro líquido operacional somou R$ 125 milhões entre outubro e dezembro, queda de 73,4% na base anual. No acumulado de 2021, porém, o indicador cresceu 32,2%, para R$ 538 milhões.

A receita líquida da companhia encolheu 14,2% na base anual, para R$ 8,12 bilhões. No acumulado de 2021, o indicador somou R$ 30,9 bilhões, alta de 6,9% no comparativo com 2020.

O volume bruto de mercadoria (GMV) teve queda de 6,9% na base anual, alcançando R$ 11,8 bilhões, refletindo a queda de 24,3% do GMV das lojas físicas entre outubro e dezembro. A Via, porém, encerrou 2021 com GMV total 14,9% acima do visto no ano anterior, a R$ 44,60 bilhões. As vendas nas lojas físicas recuaram 2,3% de janeiro a dezembro.

Já as vendas digitais brutas somaram R$ 6,56 bilhões, aumento de 9,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, atingindo 55,7% de participação no volume bruto de mercadoria total, avanço de 8,5 pontos percentuais (pp). No consolidado do ano passado, as vendas desse segmento avançaram 38,9%, para R$ 26,42 bilhões.

As vendas on-line, por sua vez, teve salto de 68% na base anual e somou R$ 1,7 bilhão em receita, com participação nas vendas on-line de 25,8%, alta de 8,9 pp no comparativo anual.

Já no critério operacional, o indicador somou R$ 734 milhões no último trimestre de 2021, subindo 6,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda ajustada subiu 1,8 pp, para 9%. Entre janeiro e dezembro, o Ebitda ajustado operacional ficou 9,8% acima do visto no ano anterior, a R$ 2,47 bilhões, com margem de 8%, ligeira alta de 0,2 ponto percentual.

Segundo a Via, os resultados melhores de Ebitda foram em função de ganhos de produtividade e controle de despesas. Os resultados no acumulado de 2021 refletiram ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas, que somaram R$ 93 milhões no trimestre e R$ 1,1 bilhão no ano.

A varejista ressaltou que fez investimentos recordes em 2021, de R$ 1 bilhão e mais que o dobro do ano anterior, no qual 60% foi destinado aos projetos de tecnologia e logística para suportar o crescimento da digitalização da Via. No quarto trimestre, os investimentos somaram R$ 379 milhões.

Modernização de público e de lojas é nova aposta da Marisa

Meta é que a participação das vendas pelo marketplace salte de 14% para 25% até 2025.

Sofrendo desde 2016 com os efeitos de uma série de más escolhas – como uma expansão desordenada -, a rede tentou uma virada nas operações a partir de 2018. Mas três anos depois, quando parecia que estava deixando o pior para trás, veio a pandemia. Agora, em 2022, o presidente da companhia, Marcelo Pimentel, quer mostrar ao mercado que a empresa finalmente acertou o passo, embora investidores ainda estejam desconfiados.

Uma das medidas para demonstrar esse novo momento foi reformatar e reposicionar a marca. O logo, por exemplo, mudou: com destaque para o ‘M’. A rede contratou a cantora e atriz Lellê para interpretar o sucesso Chega Mais, de Rita Lee, slogan da nova fase, em campanha que começa a ser veiculada nesta semana.

“Fizemos diversas apostas para o crescimento multicanal, lançamos o nosso marketplace e o social selling (plataforma de venda direta), e essa campanha. Chegou o momento para voltarmos a falar com as mulheres e ficar mais próximos delas”, diz Pimentel.

Faixa etária

A escolha de Lellê, segundo a diretora de marketing da Marisa, Christianne Toledo, passou por muito estudos. Nascida em 1997, a artista vai completar 25 anos em 2022 e esse é o público que a companhia quer: mulheres entre 25 e 45 anos, principalmente das classes C e D.

“Juntamos a música da Rita Lee, que traz uma lembrança para as consumidoras mais velhas, e vimos que junto da Lellê atinge mulheres de todas as idades e classes”, diz Christianne.

Além de mirar em um público-alvo mais jovem, a companhia vai reformatar as lojas físicas e investir no modelo multicanal para recuperar o patamar de vendas pré-pandemia.

A Marisa está redesenhando boa parte de suas 344 lojas com foco em um formato mais moderno e funcionalidades para agilizar os atendimentos. Algumas lojas já funcionam com prateleira infinita (que conecta os clientes do ponto físico ao digital) e locais de pagamento móveis, para evitar a fila do caixa.

Marketplace

A empresa também quer acelerar os negócios digitais. O marketplace foi lançado em novembro e a meta é que a penetração do comércio eletrônico nas vendas salte dos atuais 14% para 25% em 2025. A Marisa também está testando um modelo de carteira digital para o seu braço financeiro, o Mbank. Além de empréstimos para as consumidoras, a ideia é incluir outros produtos em seu ecossistema, como um seguro para pets.

Para Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail, a empresa está indo para um caminho certo após anos complicados, mas vai precisar correr atrás das concorrentes. “A Marisa sofreu mais na crise do que as outras”, diz.

Atualmente, a empresa vale cerca de R$ 1 bilhão e o próprio presidente admite que o valor é muito baixo. Diante da capitalização abaixo das concorrentes, especialistas e investidores têm questionado quando a companhia será vendida.

No ano passado, houve conversas com Americanas, que quer ampliar o seu leque de produtos próprios, mas o negócio, até agora, não evoluiu. “Agora, não temos nenhuma movimentação nesse sentido e estamos totalmente focados na recuperação da companhia”, diz Pimentel. “Estamos olhando para dentro e tirando toda e qualquer distração.”

Metaverso: os efeitos potenciais no e-commerce

Nos últimos dois anos, o desempenho das plataformas de e-commerce foi a diferença entre sobrevivência, crescimento e ruína do varejo.

E, no futuro próximo, é provável que continue assim.

Nesse artigo, você irá descobrir o que é o metaverso e os efeitos potenciais nos negócios de comércio eletrônico.

Em termos simples, o metaverso é um mundo de realidade virtual/realidade aumentada que permitirá às pessoas fazer compras, jogar, sair com amigos e desfrutar de todos os tipos de entretenimento no conforto de suas próprias casas.

O metaverso permitirá que as marcas ofereçam aos compradores uma experiência digital altamente personalizada.

O comércio eletrônico no metaverso certamente acelerará nos próximos anos. À medida que a tecnologia e a adoção da tecnologia crescem, ela trará ainda mais novos recursos que mesclam compras offline com compras online.

Desde que a tecnologia de compra de bens pela internet foi introduzida pela primeira vez, houve uma divisão entre o mundo real e o mundo digital.

Os estágios iniciais do comércio eletrônico no metaverso já estão aqui.

A gigante do e-commerce Amazon incorporou a tecnologia metaverso em seu mercado.

Sua mais nova ferramenta de compras AR, Room Decorator, permite que você use seu telefone ou tablet para ver como serão os móveis e outras decorações da casa em seu espaço.

Você não precisa ir muito longe para encontrar exemplos de como o e-commerce abraçou as possibilidades do metaverso.

Embora os fones de ouvido VR ainda estejam muito distantes para os consumidores convencionais, existem inúmeras marcas que estão mergulhando nessa nova fronteira digital.

Objetivo deles? Criar experiências mais integradas e envolventes que eliminem o atrito da jornada de compras e aumentem a fidelidade do cliente.

O metaverso chegou, pelo menos na consciência pública.

Comércio no metaverso

Zuckerberg e Meta deixaram explicitamente claro que compras e comércio serão a chave para a revolução digital.

Imagine que você está tomando café com uma amiga.

Ela menciona uma bolsa que ela gosta e sugere que você pode gostar dela também.

Em um instante, uma seleção de bolsas aparece em sua visão periférica.

À medida que as imagens digitais passam, ela detalha o estilo, permitindo que seu assistente de IA ajuste sua seleção.

Você vê a bolsa que ela recomendou, mas não gosta de alguns detalhes. Seu assistente de IA os copia e abre seu personalizador.

O Facebook tem grandes planos para o futuro e claramente quer se posicionar como líder nesta nova era da internet.

No momento, sua oferta de metaverso inclui Oculus (fones de ouvido VR), Portal (dispositivo de videochamada) e Horizon Worlds (um ambiente de jogo VR de mundo aberto.

Mas ainda há um longo caminho a percorrer até que o Facebook tenha uma oferta coesa de metaverso.

As empresas normais de e-commerce continuarão operando de forma independente.

Eles provavelmente estarão localizados no metaverso como uma loja compatível com VR e 3D.

Um aspecto que será vital no ambiente de compras online do metaverso é a flexibilidade do software headless, já que as empresas precisarão projetar suas lojas para uma variedade de formatos e mídias.

O metaverso removerá muitas restrições físicas

Em suma, o metaverso removerá muitas das restrições físicas que vemos hoje no comércio e possibilitará negócios totalmente novos.

Dia do Consumidor 2022: os critérios que impactam na experiência de compra

Pesquisa traz análise de sortimento, indisponibilidade de estoque, variação de preços e conteúdo digital de produtos de bens de consumo no e-commerce.

Em 2021, o Dia do Consumidor teve resultados expressivos para o e-commerce brasileiro. Entre 02 e 15 de março, foram arrecadados cerca de R$ 6,3 bilhões. O número representa um crescimento de 85%, se comparado ao faturamento do ano anterior, segundo os dados apresentados pelo relatório da Social Miner.

Para 2022, a Semana do Consumidor promete mais um período de vendas aquecidas no e-commerce. A data já é considerada como a “Black Friday” do primeiro semestre e a expectativa é que o número de novos clientes cresça em 68%, segundo os dados da pesquisa realizada pela Shopee.

Devido a grande representatividade que o Dia do Consumidor ganhou ano após ano, a Lett, startup de tecnologia e especialista em Trade Marketing Digital, analisou o impacto dos dados de sortimento, indisponibilidade de estoque, variação de preços e conteúdo nas páginas de produtos durante o período de 13 a 17 de março de 2021.

Os dados coletados para o estudo são de indústrias de bens de consumo de grande representatividade no e-commerce brasileiro. O estudo contempla informações do segmento de Alimentos, Bebidas, Beleza, Higiene Pessoal e Medicamentos e Vitaminas.

No critério relacionado ao preço dos produtos vendidos no e-commerce, o segmento de Beleza foi o que demonstrou a maior variação. Em média 82% dos produtos de beleza, anunciados no e-commerce, estavam fora da faixa de preço cadastrada pela indústria.

No entanto, se os produtos relacionados a Beleza estavam com os preços fora dos valores estipulados pelas indústrias durante a data que homenageia os consumidores em 2021, em contrapartida o segmento foi também o que apresentou o melhor índice de disponibilidade para a compra, com cerca de 80%. Isso demonstra que o setor se preparou para a data.

Já o segmento de Bebidas apresentou o maior índice de ruptura de estoque com 40%. Isso significa que a cada 100 produtos, 40 não estavam disponíveis para compra.

Ainda sobre os índices de Ruptura de Estoque, o ramo alimentar ficou com média de  33%, Higiene Pessoal com 30,2%, Medicamentos e Vitaminas com 25,8% e Beleza, com o índice mais baixo, apenas 20,9%.

Outro critério usado pela pesquisa do Dia do Consumidor da Lett é em relação ao sortimento das mercadorias, ou seja, ao portfólio de produtos de uma marca vendida por determinada loja.

No estudo, das cinco categorias analisadas, pelo menos 50% dos produtos estavam fora do sortimento. O segmento de Alimentos foi o que apresentou a maior porcentagem de produtos fora do sortimento dos e-commerces, com 61,5%.

Já a análise de conteúdo digital mostra que no segmento de Alimentos, 75% das mercadorias estavam com descrição incompleta. Destaque também para os produtos relacionados a Bebidas em que 73% dos itens não apresentavam o número mínimo de imagens secundárias e 64% das descrições também possuíam informações incompletas dos produtos.

Para conhecer todos os insights do estudo do Dia do Consumidor, clique aqui.

 

 

Varejo Ganha 204 Mil Novas Lojas em 2021

Em 2021, foram abertas 204 mil lojas no varejo brasileiro, de acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O faturamento do setor registrou crescimento de 4,5% – o maior avanço anual desde 2018 -, compensando a retração de 1,4% verificada em 2020.

Mais de 92% das empresas abertas foram de micro (158,23 mil) ou pequeno porte (29,99 mil). Hiper, super e minimercados (54,09 mil), lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (38,72 mil) e lojas de vestuário, calçados e acessórios (28,34 mil) foram os segmentos que mais se destacaram.

Análise Regional
Os estados de São Paulo (55,69 mil), Minas Gerais (18,38 mil), Paraná (15,16 mil) e Rio de Janeiro (14,10 mil) concentraram mais da metade das lojas abertas no ano passado. O setor encerrou o ano com 2.407.821 estabelecimentos ativos.

Dia do Consumidor 2022- Relatório de Pesquisa Opinion Box

O Dia do Consumidor, também conhecido como “Black Friday do primeiro semestre”, já está batendo na porta!

Considerando o sucesso contínuo do e-commerce nos últimos 2 anos, o que será que a primeira data comercial do ano reserva para o varejo em 2022?

Confira a nova edição do infográfico da Opinion Box, em parceria com a All In/Social Miner e Bornlogic, e saiba o que as pessoas pensam sobre o Dia do Consumidor e como vão se comportar e comprar na data.

Alguns dados que se destacaram foram:

  • 42% têm intenção de aproveitar a data para comprar;
  • 58% vão aproveitar a data para buscar itens de necessidade que estejam com preço melhor;
  • 38% pretendem comprar online pelo site das lojas;

Clique abaixo e leia o relatório completo :

Dia do Consumidor 2022