Por que a dona da Temu destronou o Alibaba como maior e-commerce da China?

Com um misto de preço baixo, frete grátis e compras gamificadas, Pinduoduo cresceu a ritmo acelerado e incomoda grandes concorrentes.

Enquanto a dona do AliExpress tenta se reestruturar em meio a vendas “decepcionantes”, seu principal rival na China, a Pinduoduo (PDD), rouba seu posto de maior e-commerce no país asiático. Com um misto de preço baixo, frete grátis e compras gamificadas, a controladora do aplicativo Temu – prestes a chegar ao Brasil – ultrapassou em tamanho a gigante de tecnologia co-fundada por Jack Ma, em dezembro do ano passado. E agora se consolida à frente do concorrente, à medida em que expande os negócios globalmente e tenta roubar a fatia da Amazon nos EUA.

Na última segunda-feira (27), a PDD era avaliada em US$ 218 bilhões, enquanto sua rival chinesa, o Alibaba, em US$ 196 bilhões – valor de mercado 70% menor que quatro anos atrás. A gigante de tecnologia passa por uma intensa reestruturação para enxugar custos e levantar capital, em meio a vendas que não engrenaram nos últimos anos.

Em receita, a PDD ainda fica atrás do Alibaba (BABA34) e da JD.com (outra gigante do varejo online chinês). Mas este cenário também caminha para mudar.

Entre 2019 a 2023, a dona da Temu viu suas receitas crescerem 69% ao ano – apenas em 2023, avançaram 90%, enquanto as concorrentes subiram a um ritmo bem mais lento, na faixa entre 4% e 5% ao ano. A plataforma teve receita de 88,9 bilhões de yuans (US$ 12,4 bilhões) no quarto trimestre do ano passado, primeiro crescimento de três dígitos desde o primeiro trimestre de 2021.

A Pinduoduo se tornou lucrativa pela primeira vez em 2021, após ter focado em redução de custos com logística e uma aposta maior no mercado de varejistas terceirizados. Em apenas dois anos, seu lucro líquido já havia se multiplicado em oito vezes.

Modelo de negócio

A Pinduoduo foi certeira ao conquistar um nicho mais jovem de consumidores que mistura compras e entretenimento. O modelo de compras em grupo que geravam descontos cresceu rapidamente e se expandiu por cidades menores da China. A plataforma conseguiu reunir no mesmo lugar, as redes sociais, consumidores ávidos por essas vantagens. Com tal estratégia, pegou Alibaba e JD “de calças curtas” e vem surpreendendo também outros players, como Shein e Shopee, em termos de popularidade.

Com crescimento acelerado, a PDD aproveitou para construir também uma plataforma de varejo voltada para o agronegócio, hoje a maior do país asiático. Ela acabou tirando de cena varejistas intermediários, conectando diretamente agricultores chineses a consumidores online.

Outra tacada que funcionou foi a expansão da Temu para o exterior, permitindo que vendedores da China pudessem oferecer seus produtos internacionalmente. Hoje, a plataforma de e-commerce é a que mais cresce nos Estados Unidos e Europa, enquanto se prepara para entrar em novos mercados.

Entre os americanos, já é o segundo aplicativo de compras mais popular, atrás apenas da Amazon. O número de usuários ativos mensais da Temu nos EUA disparou 950% no quatro trimestre de 2023, frente um ano antes, quando suas despesas digitais mais que triplicaram, de acordo com dados da fornecedora de dados Sensor Tower.

“A ampla gama de produtos da Temu é particularmente atraente para os consumidores, combinado com um sistema de compras on-line gamificado experiência que incentiva os clientes a tentar a sorte e passar mais tempo no site ou aplicativo”, avaliou, em fevereiro, o BTG Pactual, em relatório.

A varejista chinesa empreendeu uma campanha publicitária multibilionária na internet nos EUA, patrocinando eventos de grande porte como o Super Bowl, à medida em que busca ganhar a participação de mercado da Amazon no maior mercado consumidor do mundo. Os investimentos em marketing de Temu ultrapasaram US$ 1,5 bilhão em 2023 e devem dobrar em 2024, para US$ 3 bilhões.

Pinduoduo no Brasil

Este mês, a varejista chinesa encaminhou à Receita Federal do Brasil um pedido de certificação no programa Remessa Conforme, que permite importar mercadorias abaixo de US$ 50 sem pagar imposto de importação, tendo incidência de 17% de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Já se falava, desde o ano passado, na chegada da Temu ao mercado brasileiro. Sua variedade de produtos, como pets, vestuário, brinquedos, casa e eletrônicos, a coloca como uma player importante para rivalizar com varejistas como Shopee e Amazon.

Marketplaces lidam com altos e baixos no mês de abril

Players e segmentos registraram aumentos e perdas em diversas frentes, e o tráfego do mercado caiu 2,8% em comparação a março.
Abril foi um mês de altos e baixos para o e-commerce brasileiro. Enquanto o volume de acessos às plataformas dos marketplaces via aplicativos subiu 2,3%, o tráfego no setor caiu 2,8% às vésperas do Dia das Mães, conforme apontam dados divulgados pela Conversion no relatório Setores do E-commerce no Brasil.

Líder entre os players do e-commerce nacional, o Mercado Livre cresceu 0,6% durante o período e ultrapassou a casa dos 340 milhões de acessos pela primeira vez em dois meses. A Shopee, terceira maior plataforma do país em termos de acessos, também subiu – e com mais intensidade – em 5,1%, com 182 milhões.

Já a lista de reduções é liderada pela Amazon Brasil, que somou 189 milhões de visitas (queda de 5,8%). OLX (-0,8%) e Magalu (-1,8%), que completam as cinco primeiras marcas mais visitadas, também retraíram.

Neste panorama, a categoria de Presentes e Flores ressecou significativos 11%, enquanto o de Comidas e Bebidas caiu 9,5% em comparação a março. No mesmo intervalo, o segmento Joias e Relógios registrou alta de 5,8% (quase a metade da queda de Presentes e Flores), o maior avanço entre todos os setores avaliados.

Em números absolutos, o resultado de 2024 ficou abaixo do desempenho registrado pelas plataformas em abril do ano passado, quando os acessos somaram 2,44 bilhões de visitas — uma retração de cerca de 1,6%.

Para Diego Ivo, CEO da Conversion, a explicação para a montanha-russa dos números passa pelas características típicas de abril, comumente um mês mais morno para o varejo brasileiro, já que é o último mês sem grandes eventos relacionados ao consumo.

‘Brás digital’: startup coloca lojistas do maior polo de moda da América Latina no comércio online

Empresa oferece consultoria para quem tem um comércio físico faturar também na internet. Desde 2015, mais de 1,5 mil negócios offline se digitalizaram com apoio da plataforma.

Startup coloca lojistas do Brás no comércio online.

A região do Brás, em São Paulo (SP), tem mais de 15 mil estabelecimentos comerciais – a maioria: lojas de atacado e varejo. É o maior polo de moda da América Latina. Por lá, além da Bia do BBB, passam mais de 300 mil pessoas por dia.

E o varejo físico tradicional está se digitalizando, ou seja, migrando do offline para o online. Um dos responsáveis por essa transição é o Rodrigo Garcia, que tem uma empresa focada na digitalização de negócios offline (veja na reportagem em vídeo acima).

A principal missão é digitalizar os lojistas do Brás e colocá-los para venderem diretamente aos consumidores finais através de marketplaces, os chamados shopping virtuais, que reúnem produtos de diversos lojistas.

O Rodrigo oferece consultoria para quem tem um comércio físico faturar também na internet. Desde 2015, mais de 1,5 mil empresas se digitalizaram com apoio da startup do Rodrigo. Metade, negócios do Brás, como a loja feminina do empreendedor Jehad Ayoud.

No mundo virtual, o lojista precisa se destacar nos sites de busca, nas redes sociais e também nos marketplaces. Para encantar o consumidor, tem que ter boas fotos e vídeos 🤳📱.

Com apoio da startup do Rodrigo, a loja do Jehad se transformou no que se chama de “figital”: um negócio físico e digital. E, hoje, o digital representa em torno de 30%, 40% do faturamento total da loja.

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Centrais sindicais se unem a confederações pelo fim da isenção do imposto de importação

A taxação dos produtos dessas plataformas internacionais foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Mover.

As centrais sindicais se uniram às confederações empresariais contra a manutenção da isenção do imposto de importação para produtos até US$ 50 e enviaram uma nota conjunta à Câmara dos Deputados pedindo o fim do benefício.

A taxação dos produtos dessas plataformas internacionais foi incluída no projeto de lei que regulamenta o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), voltado para o setor automotivo, mas enfrenta resistência do PT e de parte do governo Lula, que vê a medida como impopular. A votação da proposta estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, 22, mas não foi incluída na pauta.

A nota conjunta cita “a injustificável desigualdade na tributação entre a produção nacional e as importações de até 50 dólares, via plataformas de comércio eletrônico, destrói empregos no Brasil. É impossível que a indústria e o comércio nacionais paguem em média 45% de impostos sobre o consumo (IPI, PIS/Cofins, ICMS e ISS) embutidos nos seus preços e concorram com produtos importados que pagam apenas 17% de ICMS e nada em tributos federais dentro do Remessa Conforme”, diz.

O documento cita ainda estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (IPRI), da FSB Holding, que aponta que entre as pessoas com renda familiar de até um salário mínimo, apenas 15% fizeram compras internacionais em sites ou aplicativos. Esse percentual chega a apenas 21% entre as pessoas que recebem entre um e dois salários mínimos. Quando se observa que o percentual chega a 41% entre as pessoas com renda familiar superior a cinco salários mínimos, fica evidente que quem mais se beneficia da vantagem tributária concedida às importações de até US$ 50 são as pessoas mais ricas.

Por outro lado, dados da área técnica da CNI apontam que, ao perder vendas para essas importações menos tributadas, a indústria e o comércio nacionais deixam de empregar 226 mil pessoas. Caso o valor dessas importações aumente, com produtos ainda mais caros, a redução na geração de empregos na economia brasileira pode chegar a 777,1 mil postos de trabalho.

A nota é assinada pelas Confederações Nacionais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Indústria (CNI) e da Agricultura (CNA), bem como pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores, Central dos Sindicatos Brasileiros, IndustriALL Global Union, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços e União Geral dos Trabalhadores.

CX pode potencializar crescimento de empresas em 190%

Para diretora e sócia do BCG, engajamento da alta liderança na centralidade do cliente é essencial para transformação de toda a companhia.

Quando questionadas sobre seu objetivo central, a maioria das empresas tende a responder que o cliente está no centro de seus negócios. Contudo, o estudo do Boston Consulting Group (BCG) revela que poucas estão realmente preparadas para atender às demandas dos consumidores atuais e futuros. A análise, intitulada “Building Customer Experience for the Future”, destaca a necessidade urgente de muitas empresas revisarem suas estratégias de experiência do cliente (CX) e realizarem os investimentos necessários para acompanhar as novas exigências do mercado.

De acordo com o estudo, a maioria das empresas precisa repensar suas abordagens para CX para se manterem competitivas. A pesquisa revela que as líderes em experiência do cliente conseguem alcançar um crescimento de até 190% maior em um prazo de três anos, comparado às que não priorizam esse aspecto.

A consultoria aponta alguns fatores que influenciaram na transformação do relacionamento entre empresas e consumidores nos últimos anos. Segundo o BCG, a evolução digital e de dados mudou radicalmente as interações com clientes e, à medida que pontos de contato e serviços se tornam mais sofisticados, mudanças continuarão acontecendo. Além disso, CEOs devem encarar a jornada do consumidor como uma ferramenta para gerar vantagem competitiva, sendo um item fundamental na condução dos negócios.

Para Candice Mascarello, diretora executiva e sócia do BCG, especialista na área de Customer Experience em entrevista à Consumidor Moderno, defende que para as empresas abraçarem e implementar uma abordagem centrada no cliente, é necessário promover uma mudança cultural e de paradigma dentro das organizações. “O principal papel do CEO é liderar essa mudança cultural”, explica. “Essa jornada é de longo prazo, não é algo que se faz da noite para o dia. É necessário ter resiliência na organização para seguir essa jornada e realizar as mudanças necessárias. Se a alta liderança não estiver engajada, o processo não terá sucesso”.

Métricas para uma análise em CX
A análise do BCG constatou que CX é o principal tópico na agenda de investimentos dos CEOs das companhias, e aquelas que implementam estratégias bem-sucedidas observaram resultados igualmente superiores para seus negócios, investidores e clientes – com retorno total ao acionista 55% mais alto em cinco anos e um aumento de até 70% no Net Promoter Score (NPS).

No entanto, a executiva expressa uma preocupação com o foco excessivo nas métricas em si, em vez de se concentrar nos problemas reais que precisam ser resolvidos. “Tenho certa preocupação, pois muitas vezes a discussão se torna pobre ao focarmos demais na métrica e na sua legitimidade como representação perfeita de uma verdade dentro de um único parâmetro”, diz. “A discussão das métricas têm validade. No entanto, não deveria representar 80% da conversa. Deveria ocupar 30%, enquanto os demais 70% deveriam ser focados em ações a partir de insights, traduzindo-os em práticas”, explica.

Trazer transparência aos fatos e dados é essencial para a tomada de decisão do que deve ser feito e do impacto que essas ações terão. As empresas que desejam colocar o cliente no centro devem ter ferramentas que compreendam suas iniciativas. Na avaliação da especialista, a resposta é simples: há métodos, é possível e extremamente importante fazer isso.

“É preciso fazer cálculos objetivos para entender o que significa uma experiência melhor. Além disso, questionar se isso traz mais negócios, novos clientes, redução de churn, maior crescimento. Muitos estudos demonstram isso na indústria e entre várias empresas. É possível aplicar métricas a uma empresa específica, ou mesmo a um subsegmento dentro dela. Por exemplo, um cluster específico de clientes, onde podemos analisar métricas como lifetime value (LTV), custo de aquisição, custo de servir e o valor presente líquido (VPL) do relacionamento com o cliente”, explica.

O papel da colaboração para CX
Um erro comum nas tentativas de centralização do cliente é acreditar que uma área específica pode, sozinha, cuidar da experiência do cliente. A centralidade do cliente não é alcançada apenas com a existência de áreas dedicadas; é necessário que toda a organização esteja comprometida com essa filosofia. “O que gera melhoria na experiência do cliente e faz uma empresa se destacar é a organização inteira estar focada nisso”, enfatiza a executiva.

A área de CX pode ajudar a promover esse movimento na organização, mas a verdadeira diferença vem de todas as partes da empresa. A área de tecnologia, por exemplo, deve projetar sistemas com o cliente no centro. É isso o que realmente faz a diferença.

“Todas as áreas devem considerar a centralidade do cliente em suas atividades. Isso envolve garantir que todas as contratações, a governança, o design de produtos, e o planejamento de jornadas e experiências coloquem o cliente no centro”, pontua. “Quando lidamos diretamente com o cliente, seja em um banco ou em outra empresa, o foco deve estar sempre no cliente”.

PMEs crescem 23,5% em abril, após alta de 4,7% no mês anterior.

Em abril, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) brasileiras registraram um crescimento expressivo. Segundo o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs), a movimentação financeira média dessas empresas aumentou 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O IODE-PMEs monitora o desempenho de empresas com faturamento anual de até R$50 milhões, cobrindo 678 atividades econômicas nos setores de Comércio, Indústria, Infraestrutura e Serviços.

O avanço foi parcialmente atribuído ao “efeito calendário”, com abril de 2024 tendo 22 dias úteis, quatro a mais que abril de 2023. “Menos feriados e pontes impulsionaram o faturamento de diversos segmentos”, explica Felipe Beraldi, economista da Omie.

Nos primeiros quatro meses de 2024, as PMEs tiveram um aumento médio de 14,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento se deve à melhoria na renda familiar, maior estabilidade no mercado de trabalho e controle da inflação.

Além disso, a redução da taxa Selic começou a impactar a economia real, favorecendo a concessão de crédito às pessoas físicas.

Destaques setoriais de abril

Indústria
O segmento industrial liderou o crescimento, com um aumento de 30,3% na movimentação financeira média. Dos 23 subsetores da indústria de transformação, 22 registraram crescimento de dois dígitos, com destaque para a fabricação de móveis, produtos farmacêuticos, couros, artigos para viagem e calçados, além da metalurgia.

Comércio
O setor comercial mostrou recuperação, com alta de 21,9% em abril. O comércio e reparação de veículos subiu 25,7%, enquanto o atacado cresceu 26,1%. O varejo também teve um aumento de 9,2%.

Serviços
As PMEs do setor de serviços mantiveram um bom desempenho, crescendo 15,1% em abril. O setor foi impulsionado por atividades financeiras e de seguros, entregas e agências de viagem.

Infraestrutura
As PMEs de infraestrutura também cresceram, com um aumento de 17,3%, destacando-se os serviços especializados em construção e coleta, tratamento e disposição de resíduos.

Perspectivas para o segundo semestre
Apesar dos bons resultados, há sinais de desaceleração no segundo semestre devido ao crescimento modesto da renda familiar. “O crédito deve ser o motor do crescimento, impulsionado pela queda da Selic, mesmo que o corte recente tenha sido de apenas 0,25 pontos percentuais”, comenta Beraldi. A meta da Selic agora é de 10,5%, mais de três pontos abaixo de 2023, mas ainda insuficiente para um grande estímulo econômico.

Impacto no Rio Grande do Sul
A crise social e logística no Rio Grande do Sul, causada pelas enchentes, prejudicou a economia do estado, que é a quinta maior do país. O impacto negativo nas atividades das PMEs é esperado nos próximos meses.

Sobre o IODE-PMEs
O IODE-PMEs, desenvolvido pela scale-up Omie, acompanha o desempenho econômico das PMEs brasileiras com faturamento de até R$50 milhões anuais. A análise é baseada nas movimentações financeiras de mais de 150 mil clientes, abrangendo 678 CNAEs. Os dados são ajustados para eliminar o efeito inflacionário, utilizando o IGP-M da FGV.

Segmento de beleza tem previsão para alcançar U$ 580 bilhões em faturamento até 2027, afirma McKinsey

Representando 4% do PIB Nacional, o nicho de beleza se consolida como um dos maiores do mundo, de acordo com dados do SEBRAE. Com uma crescente conscientização sobre saúde e bem estar, o público investe mais em cuidados pessoais.

Mulher morena passando creme na mão em frente a um espelho e outros produtos de skincare
Imagem: reprodução
Além disso, as redes sociais e a mídia têm um papel fundamental no desenvolvimento da cultura de imagem, um forte motivador do autocuidado.

Mauricio Cesar, CEO da Unhas Cariocas, destaca que: “a indústria de beleza no Brasil se destaca pela sua capacidade de adaptação às tendências globais e locais, desenvolvendo soluções específicas para as necessidades do público”.

Um setor em crescimento
Gráfico da Mckinsey representando as expectativas de faturamento do setor de beleza até 2027
Imagem: reprodução, McKinsey
Segundo o relatório da McKinsey, se espera um acúmulo de U$ 580 bilhões no setor de beleza até 2027; alinhado à assertividade que esse nicho apresenta.

Além disso, o especialista comenta que a diversificação dos canais de venda – com o crescimento do e-commerce e novos modelos de negócios – também é uma grande contribuição para a expansão do setor como um todo.

Temu, da China, já pode operar no Brasil pelo Remessa Conforme

Outros cinco negócios tem aval, um recorde; veja a lista; liberações acontecem após Receita ter flexibilizado regras aos grupos.

A chinesa Temu, do grupo Pinduoduo, terceira maior plataforma de serviços digitais da Ásia, já pode começar a vender produtos no Brasil. A autorização para o funcionamento dentro das regras do programa Remessa Conforme já foi dada, segundo consta em ato declaratório no Diário Oficial da União publicado na segunda-feira (20), e no site da Receita Federal.
Passada a certificação, é preciso ser capaz de fazer a nacionalização antecipada dos produtos comprados, e dessa forma, poder oferecer aos clientes a isenção do imposto de importação de 60%. Sem a entrada no Remessa Conforme, esse imposto teria que ser pago pelos consumidores no ato da compra.
Os sistemas estão em fase de implementação pela Temu, informa a página da Receita. A empresa, porém, terá que cobrar do consumidor o ICMS de 17%, segundo define o Remessa Conforme.
Apenas entre fim de abril e o dia de hoje, o número de certificações liberadas foi o mesmo de todo o ano passado, no intervalo de agosto a dezembro, e parte das certificações foi de empresas estrangeiras.
Nos últimos 30 dias corridos, foram seis liberações, incluindo uma segunda para a Shein – mesmo número do ano passado.
Foram beneficiadas com o sinal verde para operar por aqui a 3cliques, da importadora chinesa Shenzhen Yiminghui, a Tiendamia, da americana Xipron Inc, e no fim de abril, a Shein teve outra certificação liberada, por meio de outra empresa, a Mercury Shein.
Além delas, tiveram sinal verde a brasileira Cronosco, da Cronos Comércio e Importação, a brasileira Fornececlub, da A2 Negócios e a Life One, da Global Four Importação, também local.
Regras menos duras
A entrada de novos grupos no programa acontece ao mesmo tempo em que, discretamente, ocorreram mudanças em artigos de portaria que definem as regras para entrar no Remessa Conforme, definidos pela coordenadoria-geral de administração aduaneira.
Por exemplo, inicialmente, pela portaria de julho de 2023, era necessário que a empresa que buscasse o aval possuísse contrato firmado com os Correios ou empresa de courier. Neste ano, o artigo foi alterado, e com um contrato fechado direta ou indiretamente pelos Correios e pelos couriers, já é dada a liberação.
O Valor apurou que o receio, nesse caso, é que a plataforma estrangeira transfira a responsabilidade de eventuais problemas nas remessas a um terceiro, não ligado diretamente à empresa, segundo advogados que tiveram acesso às portarias. Com isso, reduz o risco de ela perde o sinal verde dado pelo Remessa Conforme.
Também foi autorizado neste ano repassar, indiretamente, os 17% de ICMS cobrados do consumidor, e anteriormente, o repasse era direto, sem risco de intermediários.
Além disso, foi flexibilizada a exigência de monitoramento de vendedores cadastrados nos sites das plataformas, um controle que colocava as plataformas no centro das cobranças de eventuais irregularidades em produtos importados. Pela portaria de julho, era obrigatório o fornecimento de um documento oficial com detalhes da política de admissão e de monitoramento de lojistas no app e site das companhias.
Mas, desde fevereiro, com a nova portaria, passou a ser necessário apenas uma declaração da própria empresa afirmando que possui programa de conformidade tributária e aduaneira, e que ela tem política de admissão de lojistas.
“Isso compromete a conformidade do Programa e prejudica a fiscalização e o controle”, diz o diretor de uma plataforma já autorizada pelo Fisco.
Procurada, a Receita ainda não se manifestou.
Esse movimento ocorre num período em que o Congresso discute a possibilidade de fim da isenção concedida pelo governo no ano passado. Projeto de lei em discussão acaba com o imposto zero, e se isso passar, uma nova alíquota pode ser definida. Mas o debate saiu da pauta da Câmara dos Deputados dias atrás.”

PMEs seguem otimistas e projetam alta no faturamento de mais de 20% no próximo trimestre

De acordo com pesquisa realizada pelo Mercado Pago, visando compreender as particularidades e necessidades das PMEs, 95% seguem otimistas para o próximo trimestre e 37% esperam aumentar seu faturamento em mais de 20% no período.

Entrevistando mais de 9,3 mil empreendedores, o levantamento conclui que os donos de negócios passam de 1 a 6 horas em contato com diferentes parceiros, focando em questões operacionais e não no desenvolvimento em si da empresa.

Dentre os participantes do estudo, 81% têm entre 30 e 59 anos, 66% são homens e 50% apresentam um faturamento mensal de R$ 15 mil, 27% faturam até R$ 29 mil e 23% acima de R$ 30 mil.

Aprendizados para o futuro
Os donos de negócios procuram por maiores oportunidades competitivas; a pesquisa revela que 94% afirmam que encontrar um único parceiro de meios de pagamentos auxiliaria no ganho de eficiência diária.

Além disso, a oferta de crédito aparece como um diferencial para as PMEs. Aproximadamente 83% fazem uso do crédito como um recurso para a empresa; mais da metade declara aplicar esse dinheiro para aumentar o fluxo de caixa.

Outro ponto de destaque é a estratégia de multicanalidade. 1 a cada 3 disseram que tiveram um aumento de 25% nas receitas ao aplicarem tal estratégia.

Shopee atualiza lista de produtos mais vendidos no marketplace de norte a sul do Brasil

Mais uma vez, a Shopee atualiza seu mapa com os itens e categorias que mais se destacaram nas vendas do norte ao sul do país. A comparação foi feita levando em conta os produtos que tiveram pedidos acima da média nacional entre outubro de 2023 e março de 2024.

No fim do ano passado, o marketplace também apresentou para o mercado online os produtos que tiveram vendas acima da média nacional entre abril e agosto. Na ocasição, o relógio digital ganhava destaque no Nordeste, principalmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Tecnologia em destaque

Preferida pelos brasileiros, a categoria de tecnologia foi sinalizada como destaque em dez estados. Os itens tecnológicos dominaram quase toda a Região Norte: de smartphone, que liderou a preferência no Maranhão, até itens mais inusitados, como walkie-talkie, mais vendido no Amazonas — o aparelho, aliás, pode ser utilizado em regiões em que o sinal de celular é mais fraco.

Ao apontar a lente ao Amapá, o aparelho tecnológico que se destaca é o tablet — no Pará, porém, o equalizador de som é o queridinho dos consumidores. E as compras não param por aí: no Tocantins, a CPU gamer ganhou relevância, enquanto no Acre, o drone com câmera 4k foi o preferido.

Em outras regiões, a tecnologia também obteve forte presença, com os componentes para os gamers em destaque. São eles:

São Paulo – console de videogame;
Distrito Federal – monitor gamer;
Mato Grosso – PC gamer;
Piauí – SSD para Notebook;
Alagoas – lente para câmera.

Moda de norte a sul do Brasil

A moda continua a ocupar um lugar de destaque no cenário de consumo, sendo líder em diversos estados do Brasil. Na Região Sudeste, no Espírito Santo e em Minas Gerais, a pochete e o jeans feminino, respectivamente, foram os itens preferidos.

Na Região Nordeste, as laces (tipo de peruca) dominaram o estado da Bahia, item que tem sido tendência entre as mulheres que desejam mudar o visual do cabelo com mais facilidade. O Oxforfd masculino fez sucesso em Pernambuco e o sapatênis foi o primeiro na Paraíba, itens de moda clássicos e atemporais, além de poderem ser usados em diversos climas e localidades.

Já na Região Norte, em Rondônia e Roraima, a elegância é o que dá o tom, com terno slim e relógio masculino, respectivamente, configurando entre os itens preferidos nos dois estados. Na Região Centro-Oeste, a maleta masculina é líder no Mato Grosso do Sul.
Casa e Lazer, Bem-estar e Lifestyle

Itens de casa e lazer, estilo de vida e bem-estar figuram entre as categorias mais vendidas na Shopee e apareceram com destaque nesta edição do Mapa. Em Goiás, o carrinho de bebê foi o líder de vendas. Em Sergipe, a bicicleta é a preferida e pode ser uma ótima opção para deslocamento na cidade, principalmente em climas ensolarados e que propiciam atividades ao ar livre.

Por outro lado, o Ceará se destaca com a venda da raquete de tênis de praia, item essencial para a prática do esporte que está em alta no país. No Paraná, curiosamente os consumidores estão adquirindo tenda de praia para aproveitarem com mais conforto as opções naturais do estado.

Quando a Shopee aborda a região do Rio Grande do Norte, o item mais popular é a roda para motocicleta — no Rio Grande do Sul, porém, a fórmula infantil se destaca entre os consumidores. Santa Catarina se destaca com a venda de itens para casa, como o difusor de ambiente. Muito por conta da forte incidência do sol, o Rio de Janeiro ficou marcado pela alta demanda de cortina blackout.
Produtos de norte a sul do Brasil

A seguir, você acompanha a lista dos itens mais vendidos por região e estado:
Sul

Paraná – tenda de praia (Estilo de Vida)
Santa Catarina – difusor de ambiente (Casa e Lazer)
Rio Grande do Sul – fórmula infantil (Bem-estar)

Sudeste

São Paulo – console de videogame (Tecnologia)
Rio de Janeiro – cortina blackout (Casa e Lazer)
Espírito Santo – pochete (Moda)
Minas Gerais – jeans feminino (Moda)

Norte

Acre – drone com Câmera 4k (Tecnologia)
Amapá – tablet (Tecnologia)
Amazonas – walkie-talkie (Tecnologia)
Pará – equalizador de som (Tecnologia)
Rondônia – terno slim (Moda)
Roraima – relógio masculino (Moda)
Tocantins – CPU gamer (Tecnologia)

Nordeste

Alagoas – lente para câmera (Tecnologia)
Bahia – laces (Moda)
Ceará – raquete de tênis de praia (Estilo de Vida)
Maranhão – smartphone (Tecnologia)
Paraíba – sapatênis (Moda)
Pernambuco – oxforfd masculino (Moda)
Piauí – SSD para notebook (Tecnologia)
Rio Grande do Norte – roda para motocicleta (Estilo de Vida)
Sergipe – bicicleta (Estilo de Vida)

Centro-Oeste

Distrito Federal – monitor gamer (Tecnologia)
Goiás – carrinho de bebê (Bem-estar)
Mato Grosso – PC gamer (Tecnologia)
Mato Grosso do Sul – maleta executiva (Moda)