IDV projeta crescimento de vendas no varejo a partir de março

Empresas estimam alta de 0,2% em janeiro e queda de 0,3% em fevereiro – para março, alta será de 11,4%.

As empresas associadas ao Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV) estimam variação positiva de 0,2% em janeiro, queda de 0,3% em fevereiro e aumento de 11,4% em março, na comparação com os mesmos meses do ano anterior.

É o que mostram as projeções do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas do Instituto para Desenvolvimento do Varejo), elaborado com base nas projeções feitas pelas empresas associadas do Instituto e apurado pela EY. Em dezembro de 2021, o IAV-IDV fechou em queda de 5,8%, em comparação com dezembro de 2020.

Os principais fatores macroeconômicos que poderão ajudar a impulsionar o varejo neste ano são o aumento da renda, a diminuição do desemprego e a redução nas taxas de juros. O aumento da confiança do consumidor e o avanço da vacinação contra a covid-19 também deverão contribuir no crescimento das vendas.

“Por meio desta pesquisa mensal, os varejistas possuem dados sobre as projeções de vendas para os próximos meses que os ajudam a balizar os seus investimentos, ações de marketing, operações logísticas, entre outros, pois o IAV-IDV consegue antecipar, nos três meses seguintes, a tendência dos indicadores da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio), do IBGE“, diz Marcelo Silva, presidente do IDV.

Índice consolida evolução das vendas

Criado em outubro de 2007, o IAV-IDV é um índice que consolida a evolução das vendas efetivamente realizadas pelos associados do IDV, permite projetar expectativas para os próximos meses e, assim, servir de base de informação para a tomada de decisão dos executivos do varejo.

Para se chegar aos números apresentados pelo IAV-IDV, as empresas associadas reportam seus próprios resultados e suas expectativas sobre vendas nos meses seguintes.

O IDV representa 75 empresas varejistas de diferentes setores, como alimentos, eletrodomésticos, móveis, utilidades domésticas, produtos de higiene e limpeza, cosméticos, material de construção, medicamentos, vestuário e calçados.

Em 2022, Experiência do Cliente requer mais empenho e tecnologia, afirma especialista

Somente no primeiro semestre de 2021, de acordo com relatório do Mastercard SpendingPulse, o e-commerce nacional evoluiu 91,6% quando comparado ao mesmo período de 2020. A expansão do mercado foi de 84,7%, segundo o mesmo estudo. Com todo esse crescimento, eleva também a exigência do cliente digital por uma experiência fluida. Cristiano Chaves, que à época do levantamento atuava como responsável pelos canais de relacionamento da Arezzo & CO, conta alguns pontos primordiais da experiência do cliente para retê-lo e fidelizá-lo.

Hoje como palestrante e Head de SAC e Televendas na Raia Drogasil, Chaves diz que não basta mais medir o NPS para entender a qualidade da experiência do cliente. “Isso era comum no passado, mas agora é preciso saber o quão satisfeito e/ou encantado um cliente está com a nossa marca, e tomar ações de melhorias em nossos processos”. Essa prática se tornou muito importante e benéfica para o e-commerce. “Quando uma empresa melhora a experiência do cliente, ela força seus concorrentes a também melhorarem. No fim, quem ganha com isso somos nós, pois também somos consumidores”.

Experiência do Cliente 2022

Para esse ano, o especialista aposta em 3 tendências que certamente farão diferença na experiência do cliente. São elas:

Proatividade

Chaves afirma que não basta mais avisar aos clientes sobre cada status de seu pedido. Neste caso, também é necessário avisá-los sobre os problemas que acontecerem, antes mesmo deles perceberem. “Uma comunicação humana e já com uma solução gera muita confiança. Ou seja, eu consigo que o cliente seja mais compreensivo, independentemente do tamanho do transtorno”.

Automatizações

Apesar de muito se falar sobre isso há anos, o tema pouco evoluiu no Brasil. Permitir que o próprio cliente consiga resolver o seu problema, ou pelo menos consultar informações importantes, é extremamente urgente. Para isso, todas as áreas envolvidas na experiência do consumidor devem ter ciência da sua importância, pois os processos precisam ser melhores e as integrações são importantíssimas. “Um chatbot sem integrações, por exemplo, não passa de uma FAQ disfarçada”. Para tanto, ele ressalta que tudo deve ser feito na dosagem certa e sem impedir que o cliente consiga falar com um atendimento humano.

Humanização

No varejo de hoje, Chaves diz que as relações humanas têm sido muito mais valorizadas. “O cliente precisa sentir calor a cada atendimento com sua equipe, não importa o canal escolhido. Para isso é preciso deixar de enxergar quem fala com a gente apenas como um cliente, mas como uma pessoa”. Tal estratégia, garante, ajuda na sensibilidade e empatia no atendimento e nas decisões de melhorias de processos, assim como em novos projetos que impactem na experiência.

Chaves, que já levou por quatro vezes o prêmio do E-Commerce Brasil, na categoria Experiência do Cliente, sugere o que um profissional precisa para vencer na premiação de 2021. “Além do básico bem feito, ele precisa ter entregue algo disruptivo. Ou seja, cases de encantamento a clientes específicos, mas também um nível alto de satisfação do cliente num modo geral”.

Comércio e serviços foram segmentos que mais cresceram entre PMEs

Tecnologia é apontada como pilar para que pequenas e médias empresas possam continuar crescendo em 2022, mostra estudo da Omie.

A Omie, startup especialista em sistemas de gestão em nuvem para pequenas e médias empresas, lançou nessa quinta (27) o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). O levantamento considera o faturamento médio mensal de mais de 87 mil PMEs brasileiras e funciona como um termômetro econômico das companhias com faturamento de até R$ 50 milhões anuais.

O ano passado, apesar de desafiador, mostrou que a atividade econômica das PMEs ganhou fôlego no segundo semestre. Porém, o fraco desempenho dos setores agropecuário e indústria restringiu o resultado consolidado de 2021.

Dentre os principais setores monitorados pelo IODE-PMEs, 2021 foi marcado pelo fraco desempenho da Agropecuária (-10,7% ante 2020), da Indústria (-5,9%) e, em menor medida, da Infraestrutura (-0,3%). Por outro lado, houve crescimento expressivo em Comércio e Serviços (+11,7% e +13,5%, respectivamente), principais setores favorecidos pelo avanço da vacinação contra a covid-19 no Brasil e, consequentemente, pela reabertura da economia.

No setor de Serviços destacaram-se positivamente: Atividades Imobiliárias (+54,3% ante 2020);  Transporte, Armazenagem e Correio (+22,6%) e; Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços relacionados (+21,8%).

Já no segmento industrial, apesar do bom desempenho da ‘Indústria extrativa’ (+16,7% ante 2020), o enfraquecimento da ‘Indústria de transformação’ (-6,2%), que vem sofrendo, globalmente, por conta dos efeitos das primeiras ondas da pandemia, condicionou a retração do setor como um todo. A crise sanitária também causou a interrupção de diversas cadeias globais de produção e ocasionou desabastecimento e grande pressão sobre custos de componentes básicos.

“A tecnologia, para as PMEs, quer dizer produtividade e competitividade. Nós percebemos que a curva de crescimento para quando o dono começa a perder o contato visual com o negócio.  Ele começa a perceber que tem vazamento de recursos e se se lembra de quando ele era menor e dava tudo certo e decide dar um passo para trás. A tecnologia vem para dar capacidade de visão do negócio para esse pequeno empresário continuar crescendo. Ou seja, a tecnologia de gestão é a fundação necessária para a empresa crescer”, comenta Marcelo Lombardo, cofundador e CEO da Omie.

Perspectivas para 2022

As projeções do estudo apontam um avanço de 1,2% em 2022. “O cenário tem como base a perspectiva de continuidade da retomada que vem sendo observada no mercado de trabalho, viabilizada pela reabertura da economia com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país, além da projeção de maior controle da inflação frente ao observado no ano anterior”, afirma Felipe Beraldi, especialista de Indicadores e Assuntos Econômicos da Omie.

A empresa acredita que haja uma retomada da demanda por serviços, considerando as menores restrições observadas na economia, além da continuidade do crescimento do setor de Comércio – ainda que em menor intensidade. A expectativa também é positiva para o setor agropecuário, diante da expectativa de recuperação das safras agrícolas, após os efeitos adversos da crise hídrica em 2021.

Por outro lado, a recente subida da taxa Selic pelo Banco Central – justamente para conter as pressões inflacionárias – tende a atenuar os efeitos positivos esperados sobre as atividades das PMEs neste ano, sobretudo por encarecer o crédito e prejudicar os investimentos na economia de modo geral. Neste contexto, como destaques setoriais negativos para 2022, o índice elenca novamente a Indústria – que deve continuar sofrendo no início do ano com o desbalanceamento das cadeias produtivas globais.

O especialista alerta para a importância de programas de suporte aos microempreendedores e às empresas de pequeno porte, principalmente após as crises econômicas. Nesse sentido, ganham relevância para incentivar o desempenho das PMEs neste ano os debates em torno dos programas de renegociação de dívidas de empresas do Simples Nacional, assim como medidas de incentivo ao crédito.

“Momentos de grandes incertezas na política costumam ser marcados por paralisações de investimentos e perda de ímpeto do consumo, o que pode afetar negativamente o desempenho econômico das PMEs brasileiras”, conclui Felipe.

Os 10 maiores e-commerces do Brasil, o market share, o crescimento, e as principais estatísticas

O Relatório Setores do E-commerce no Brasil apresenta, mensalmente, o ranking dos principais e-commerces do país. Esse ranking está dividido em um geral e outro para cada uma das 18 categorias.

No geral, a lista é composta de 1. Mercado Livre (30%), 2. Americanas (16%), 3. Amazon Brasil (12%), 4. Magazine Luiza (11%) e 5.  Shopee (8%). O percentual se refere apenas aos 10 principais players e representa a audiência desses sites.


Share of Search e as marcas com maior participação de mercado (market share)

Também disponibilizamos a lista dos maiores e-commerce de importados em nosso guia de e-commerce cross-border, o setor que mais cresceu no último ano.

A métrica do Share of Search é a parcela de busca de uma marca dentro da categoria de consumo em que ela atua. A fórmula para calcular o Share of Search é dividir o volume de buscas por uma marca pelo volume total de buscas de todas as marcas daquele segmento. O fato importante sobre ela é que a parcela de buscas é preditiva em relação ao market share, conforme demonstrou estudo de Les Binet.

Em nosso estudo, analisamos o Share of Search de todos os principais setores do e-commerce brasileiro. Analisando esses dados, notamos que muitos setores são dominados por um ou dois players.  Exemplo disso é o mercado de pet, que concentra 83% entre Petz (45%) e Cobasi (38%), ou o de joias e relógios, que tem 82% do share em Vivara (48%) e Pandora (34%). Porém, o líder absoluto é a Loja do Mecânico, maior e-commerce de ferramentas & acessórios, com 54% do seu segmento.

Mecanismos de busca são a fonte de tráfego mais importante para e-commerce: deve haver um complemento entre orgânico e pago

A participação em nosso relatório e rankings é feita a partir do volume estimado de audiência dos sites, conforme metodologia que apresentamos. A audiência, por sua vez, é composta de canais de tráfegos que enviam visitantes para cada e-commerce. A principal forma de entrada é o chamado “tráfego direto”, que é geralmente quando a pessoa digita o endereço da loja,

Logo em seguida, o tráfego de busca orgânica (26,6%)  e paga (19,4%) vêm respectivamente na segunda e terceira posição. Podemos dizer que as buscas são o mais importante canal para o e-commerce, porque elas revelam a intenção do consumidor e canalizam a demanda para as lojas virtuais. Inclusive, nas próprias lojas virtuais, o buscador é fundamental.

E, acima de tudo, o importante é proporcionar uma excelente experiência do usuário, fazendo com que o seu visitante queira gastar tempo navegando em seu site, garantindo uma probabilidade maior de retorno. Este é, aliás, o princípio do SEO Experience, a nova geração de otimização de sites.

Além de tráfego e boa experiência, é importante ter um mix de produtos robusto em seu nicho, precificação competitiva, frete rápido e ser uma marca amada pelos consumidores. Fácil?

Certamente não, mas a oportunidade está aberta a todos!

Baixe o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion, agência de Search Engine Optimization (SEO) disponível na Biblioteca do RadarIC.

Desempenho do varejo deve ser negativo no 1º trimestre, diz Ibevar

O desempenho do varejo nacional deve ser negativo no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar), sobre as vendas no período. Segundo dados da pesquisa de intenção de compra, as projeções do varejo ampliado indicam queda de 2,22% para o primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. Já em comparação ao trimestre anterior, observa-se baixa de 0,35%.

De acordo com a pesquisa essa queda deve ser sustentada pelas categorias de materiais de construção (-5,05%); móveis e eletrodomésticos (-3,73%); escritório, informática e comunicação (-3,61%); combustíveis e lubrificantes (-2,56%); livros, jornais, revistas e papelaria (-0,88%) e hipermercados e supermercados (-0,58%).

Segundo o economista e presidente do IBEVAR, Claudio Felisoni de Angelo, esse resultado é um importante alerta para a economia brasileira, já que a queda está associada ao aumento da taxa de juros básica do país, a inflação e a deterioração do poder de compra do consumidor.

“No ano passado, a inflação alcançou a casa dos dois dígitos, o que influenciou negativamente o crescimento sustentável do consumo. Além disso, com o movimento ascendente das taxas de juros do país, em conjunto com a recuperação limitada do emprego, o varejo brasileiro deve contrair. Ou seja, os resultados em 2022 apontam para uma redução das vendas, em comparação ao ano anterior ”, analisou Felisoni.

Conheça os aplicativos de comércio eletrônico mais bem avaliados pelos brasileiros

Serviço de viagens lidera avaliação nas lojas de aplicativos; Mercado Livre e Shopee vêm na sequência, no Google Play, e AliExpress e Elo7, na App Store.

Estudo realizado pelo Elifegroup, com base em 2 milhões de avaliações usuários, apontou que o o aplicativo de viagens Booking.com foi o mais bem avaliado entre as 20 maiores lojas de comércio eletrônico do Brasil. A primeira posição se deu tanto entre usuários do Google Play, de quem usa celular com sistema Android, como na App Store, a loja da Apple.

De acordo com o levantamento, o serviço que permite a realização de reservas de serviços de viagens recebeu nota 93 (de um total de 100) dos usuários de Android e 96 dos usuários de iOS.

No Google Play, a segunda melhor posição ficou com o Mercado Livre, com 92 pontos, seguido pela Shopee, com 91. Já na loja da Apple, o segundo lugar é do AliExpress, com 95 pontos, e em terceiro, do Elo7.

O estudo apontou ainda que os usuários de iOS são mais difíceis de agradar, com uma nota média de 63 pontos aos aplicativos disponíveis na loja da Apple. Já entre o pessoal que utiliza o sistema Android, a nota média para os apps do Google Play é de 79 pontos.

Para a elaboração do ranking, o estudo do Elifegroup avaliou os aplicativos e feedbacks dos usuários de Dafiti, Hurb, KaBuM!, AliExpress, Amazon, Americanas, Booking.com, Casas Bahia, Droga Raia, Elo7, Extra, Lojas Renner, Magalu, Mercado Livre, Netshoes, Ponto Frio, Qconcursos, Shopee, Shoptime e Submarino.

Americanas Marketplace lança programa gratuito de capacitação de consultores

AAmericanas Marketplace recebe até este sábado, dia 22, inscrições para o Programa de Consultores Americanas Marketplace, uma iniciativa para capacitar interessados em impulsionar seu faturamento sendo especialistas sobre a plataforma. O  curso 100% gratuito e online será realizado juntamente com a escola Ecommerce na Prática e tem como objetivo formar mil pessoas já na primeira turma.

O valor será totalmente custeado pela Americanas Marketplace, sem desconto algum sobre a comissão do lojista. “Qualquer um que se interessar em aprender mais sobre como funciona o universo das vendas online e dos marketplaces pode se inscrever nesse curso. O objetivo é recrutar e capacitar o maior número possível de pessoas, para que, ao mesmo tempo em que trazemos mais empreendedores para nossa plataforma, possamos ajudar essas pessoas a se desenvolverem e ainda conseguirem uma renda extra”, explica Valmir Andrade, diretor executivo da Americanas S.A.

Todos que participarem do curso, que conta com quatro módulos com carga horária de 8 horas, serão elegíveis ao certificado, desde que sejam aprovados na avaliação final do programa.

Os participantes irão aprender sobre varejo e transformação digital, criação de conteúdo e audiência, marketing, finanças, gestão de um negócio online, além de aprender tudo o que um lojista precisa saber para começar a vender na Americanas Marketplace, sobre os diferenciais e o ecossistema de soluções da plataforma. Na etapa final da capacitação, os alunos terão um módulo sobre consultoria na prática.

O programa Consultores Americanas Marketplace acontece durante todo o ano de 2022, com diversas turmas ao longo do ano. No dia 20 de janeiro, a embaixadora do projeto, Babi Tonhela, ministrou aula explicando todo o projeto e recepcionando os participantes da primeira turma.

“Hoje o profissional consultor de ecommerce é cada vez mais demandado pelas empresas que desejam entrar e expandir seus negócios pela internet. Um Consultor consegue identificar o cenário atual do lojista e traçar ações efetivas para que ele possa desenvolver a presença digital e colher excelentes resultados com vendas online”, explica Babi Tonhela.

 

Amazon pretende lançar loja de moda com armário mágico

Imagine entrar em uma loja de roupas e logo de cara ver um catálogo digital com peças que combinam com você, todas escolhidas por meio de algoritmos que reconhecem suas preferências. Aí é só clicar e em segundos a peça chega para você experimentar. Pois essa é a meta da Amazon em sua primeira loja de moda que deve ser inaugurada ainda este ano nos Estados Unidos, possivelmente nas proximidades de Los Angeles. A ideia da gigante da tecnologia é entrar no varejo físico oferecendo uma experiência incrível ao cliente, conhecida como customer experience.

Inovações tecnológicas na loja de moda da Amazon

O anúncio da loja de moda da Amazon foi feito na última quinta-feira (20) e veio com esse grande toque tecnológico.

O projeto pretende construir a unidade em 2.787 metros quadrados, que deve ser batizada de “Amazon Style”. Basicamente, as roupas ficarão nos fundos de prateleiras, como em armários embutidos.

Ao digitar um código por meio do aplicativo móvel da Amazon, os clientes poderão selecionar as cores e tamanhos. Após entrarem em uma fila virtual, o provador é liberado, sendo desbloqueado por meio do smartphone. Claro, quando tudo estiver pronto!

“Armário mágico”

O objetivo do provador da Amazon é ser uma espécie de camarim ou armário mágico, local ideal para o cliente continuar fazendo compras sem sair do lugar.

De acordo com a diretora administrativa da Amazon, Simoina Vasen, cada provador terá uma tela sensível ao toque que permitirá que os consumidores solicitem mais itens.

“Teremos equipes sempre disponíveis para entregar os pedidos em questão de minutos. É como um armário mágico com uma seleção aparentemente infinita”, afirmou Vasen.

As telas sensíveis ao toque também sugerem itens para os compradores, tendo como base os algoritmos. A Amazon mantém um registro de todas as mercadorias que um cliente digitaliza para que seus algoritmos personalizem as recomendações de roupas, ou seja, dificilmente alguém irá desaprovar uma peça antes de provar.

Amazon One AXS
Pagamentos na primeira loja física de moda da Amazon serão feitos por meio do dispositivo conhecido como Amazon One, que registra tudo com um sistema biométrico. Imagem: Amazon/Divulgação

Força contra as concorrentes

Além disso, os clientes poderão preencher uma pesquisa de estilo, deixando ainda mais evidentes as suas preferências de consumo.

Atualmente, a Amazon já está à frente do Walmart nas vendas de roupas no varejo e pretende ganhar ainda mais mercado com as lojas físicas.

A ideia é competir com outras lojas que têm comércios menores no meio físico, como Macy’s e Nordstrom.

No projeto da “Amazon Style” já estão confirmadas centenas de marcas, mas os nomes não foram divulgados. Já os pagamentos serão feitos por meio de um sistema biométrico conhecido como Amazon One, tudo com um simples toque de mão.

Goldman Sachs avalia Mercado Livre mais forte que Magazine Luiza e Americanas

Banco estima crescimento de 23% nas vendas on-line em 2022 no país, atingindo R$ 248 bilhões.

O Goldman Sachs vê Mercado Livre mais forte e preparado que seus concorrentes para enfrentar o cenário atual de consumo em desaceleração no país. Porém, projeta ganho de mercado da chinesa Shopee sobre o setor no Brasil, podendo atingir 20% de participação até 2025.

“Embora continuemos a evoluir nossas visões vemos a MELI [símbolo do BDR do Mercado Livre na bolsa] como tendo atualmente a mais forte vantagem em logística, à frente da AMER3 [Americanas] e seguida pela MGLU3 [Magazine Luiza]”, diz a equipe de análise do banco. A equipe reconhece que a Via está investindo na redução da sua lacuna, frente aos outros concorrentes, mas defende a sua posição baseado na força de escala de Mercado Livre.

“O GMV [vendas transacionadas] da MELI no Brasil [nos últimos 12 meses] é 1,7 vez o segundo maior player, com 88% dos itens passando por sua rede [de logística]”, diz. Ainda cita o avanço do serviço de entrega em até 24 horas, “o que traz não apenas velocidade de envio mais rápida e permite diluir os custos fixos em armazenamento e automação, mas também vincula os vendedores à plataforma”, e por fim, cita a plataforma tecnológica montada.

“Vemos essas vantagens já se manifestando na forma de velocidade média de envio em todo o GMV (cerca de 80% das entregas em 48 horas versus 55% que estimamos para Magalu, por exemplo) e o limite de frete grátis, que MELI reduziu consecutivamente de R$ 120 para R$ 99 em agosto de 2020 e R$ 79 em fevereiro de 2021 (enquanto melhora a lucratividade)”, afirma.

Sobre a Shopee, do Sea Group, a equipe do banco afirma que o aplicativo é o mais baixado do país, “resultando em ganhos rápidos de participação, especialmente em categorias de preço médio baixo”, o que torna “a competição frente à Shopee em 2022 como um ponto central” no varejo.

“Esperamos que [a empresa] permaneça relevante em 2022, pois continua a construir a sua presença e oferta de serviços. E à medida que os líderes de mercado elaboram estratégias para atingir o mesmo mercado de preços baixos e afastar a concorrência do Shopee, [a empresa] procura avançar sobre categorias de preços mais altos”.

O Valor informou no fim do ano passado que a Shopee está testando desde outubro no Brasil um serviço próprio de coleta e retirada de produtos nos lojistas, chamado Shopee Xpress, que acelera a entrega a clientes. Além disso, vem buscando área para a construção do primeiro centro de distribuição local.

O banco, com apoio da equipe na Ásia, estima que a Shopee pode ter alcançado uma participação de um dígito alto de mercado no comércio eletrônico do Brasil em 2021. Até 2025, a equipe acredita que essa participação pode aumentar para 20%.

“Para conseguir isso, acreditamos que o Shopee Brasil precisará construir capacidade logística local adicional, bem como buscar vender itens mais de marca e de preço mais alto”.

O Goldman Sachs projeta alta de 23% na venda on-line em 2022 no país, atingindo R$ 248 bilhões em vendas transacionadas (GMV), com penetração de 14,7% no mercado total de varejo. É uma desaceleração frente ao aumento de 66% em 2020 e 31% em 2021.

Pequenos e médios negócios movimentaram R$ 2,3 bilhões com o e-commerce em 2021

Dados da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas online:

–  O valor de R$ 2,3 bilhões movimentado pelas PMEs com o e-commerce em 2021, representa aumento de 77% em relação ao montante de 2020;

– Número de pedidos cresceu em 75%, saltando de 6 milhões para 10,5 milhões;

– 5 milhões de consumidores compraram pela internet pela primeira vez;
– Os segmentos que mais faturaram foram Moda, Saúde & Beleza, Acessórios, Eletrônicos e Casa & Jardim;
– Cartão de crédito foi o meio de pagamento mais utilizado, representando mais da metade das transações. Já o Pix (6%) superou o boleto (5%).

O e-commerce brasileiro fechou o ano de 2021 com resultados positivos, mesmo com a retomada do comércio físico e o cenário econômico mais desafiador, repetindo o movimento iniciado no ano passado. Em 2021, as pequenas e médias empresas faturaram mais de R$ 2,3 bilhões com as vendas online, valor 77% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 1,3 bilhão). Os dados são do estudo NuvemCommerce, análise especializada anual do e-commerce brasileiro realizada pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas virtuais na região, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.

O estudo está em sua 7ª edição e, desta vez, traz o desempenho das PMEs no e-commerce durante 2021, segundo ano do isolamento social e ano marcado pelos novos hábitos de consumo transformados desde 2020. No último ano, ainda mais brasileiros compraram no digital: 5 milhões de consumidores compraram produtos pela internet pela primeira vez. Além do balanço de 2021, o levantamento também indica as principais tendências de vendas e consumo para este ano.

“O ano passado apresentou desafios para toda a economia, especialmente para os pequenos e médios negócios. O comércio enfrentou um período de incertezas sobre a maneira de operação e, por isso, a combinação dos meios físico e virtual esteve relevante como nunca. Se, de um lado, houve desafios no cenário econômico, com alta da inflação e dificuldade de crescimento do país; de outro, pequenas e médias empresas conseguiram expandir seus negócios no digital. Em 2021, ter uma loja online deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma condição fundamental para as PMEs. Saímos de 2020, um ano marcado pela intensa transformação digital, e chegamos em 2021, época de consolidar a presença no mundo online”, explica Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.

Balanço das PMEs no e-commerce em 2021

Em 2021, as PMEs venderam 44,5 milhões de produtos, quantidade 59% superior ao volume do mesmo período do ano passado (28 milhões). Isso significa que foram vendidos cerca de 85 produtos por minuto no ano passado. O volume de pedidos (que pode envolver um ou mais itens em uma única venda) também esteve em alta, atingindo 10,5 milhões no mesmo período (em 2020, foram 6 milhões). O ticket médio em 2021 foi de R$ 219,47, um aumento de apenas 4% em relação ao ticket médio de 2020 (R$ 211,04).

O mês de maior faturamento para as PMEs foi novembro (tanto em 2020 como em 2021), período de muita relevância para o comércio devido à Black Friday e à proximidade com o Natal. O levantamento NuvemCommerce indica que a data do comércio com maior quantidade de lojistas realizando ações foi a Black Friday, com mais de 62% das PMEs atuando. Em seguida, as datas mais relevantes foram o Natal (29,5%) e o Dia das Mães (26,5%).

“Depois do salto do e-commerce no primeiro ano de isolamento social, que acelerou a transformação digital do varejo, tínhamos uma expectativa de crescimento mais sutil para 2021. De fato, nossa pesquisa apontou que alguns lojistas sentiram na pele a dor do crescimento e inclusive observaram redução nas vendas online, como consequência da retomada das lojas físicas. Contudo, o setor como um todo registrou um importante aumento, inclusive além do que era esperado para o varejo tradicional no ano”, comenta Guilherme Pedroso, Country Manager da Nuvemshop no Brasil.

Curiosidades – os segmentos que tiveram um boom em 2021

Os dados de segmentos que apresentaram as maiores taxas de crescimento em faturamento em 2021 também expressam o cenário do país. Os efeitos da retomada da economia e volta de equipes ao escritório se refletem no aumento das vendas de material de escritório: esses e-commerces tiveram um faturamento 156% maior que em 2020. A volta das atividades fora de casa também impactaram nos cuidados com a aparência e a beleza dos brasileiros no último ano. Em relação a 2020, perfumaria aumentou o faturamento em 404%, enquanto o segmento de Joias cresceu em 132%.

O avanço do calendário de vacinação no Brasil e, posteriormente, a conclusão da imunização com a terceira dose da vacina também permitiram que as pessoas voltassem a fazer pequenas reuniões e aproveitassem o tempo livre. O segmento de roupas de banho, como biquínis, teve um aumento de 154% no faturamento em comparação com o ano anterior. Já as lojas virtuais de bebidas alcóolicas dobraram o faturamento no ano passado.

5 segmentos que mais faturaram com o e-commerce em 2021:

Moda (R$ 895,4 milhões)
Saúde & Beleza (R$ 146,5 milhões)
Acessórios (R$ 114 milhões)
Eletrônicos (R$ 82 milhões)
Casa & Jardim (R$ 79 milhões)

5 estados que mais faturaram em 2021:

São Paulo (R$ 1,2 bilhão)
Minas Gerais (R$ 230 milhões)
Rio de Janeiro (R$ 141 milhões)
Ceará (R$ 119 milhões)
Paraná (R$ 110 milhões)

Pagamentos e logística em destaque

Para driblar a inflação mais alta e realizar compras, o cartão de crédito foi a principal opção dos consumidores, pelo benefício do parcelamento, representando mais de 54% dos pedidos pagos no ano. Mas o principal destaque ficou para os pedidos pagos com Pix (6%), que ultrapassaram os que foram pagos com boleto (5%), garantindo praticidade para o cliente e o lojista. “Com o Pix, o empreendedor recebe imediatamente o valor da compra e consegue realizar uma gestão mais eficiente do estoque, o que é fundamental para não perder vendas em momentos de grandes picos, como a Black Friday”, afirma Pedroso.

Em relação à logística, a grande aposta das PMEs foi a digitalização das opções de envio. Os meios tradicionais de logística, como os Correios, foram responsáveis por menos envios: entregaram cerca de 27% dos pedidos em 2021, enquanto em 2020 eram responsáveis por 35% das entregas.

Raio-X das PMEs no digital

O estudo NuvemCommerce 2022 também revela o perfil dos pequenos e médios negócios que venderam pelo e-commerce no ano passado, a partir de uma pesquisa realizada com os 90 mil lojistas da base da plataforma Nuvemshop. Para esses empreendedores, as maiores dificuldades de empreender foram falta de dinheiro para investimento no negócio (38%) e ausência de tempo para desenvolver tudo o que precisam (30%). Para 2022, os lojistas pretendem expandir ainda mais a estratégia dos negócios virtuais: a pesquisa indica que 74% deles desejam aprender mais sobre estratégias do e-commerce, enquanto mais de 68% querem ampliar canais de divulgação e 56% querem ampliar os canais de venda online.

Sobre a Nuvemshop:

A Nuvemshop é a plataforma de e-commerce líder na América Latina e tem o compromisso de potencializar e motivar todos os empreendedores a transformarem seus sonhos em histórias que transcendam. Com mais de 90 mil lojas, integra produtos, pagamentos, envios e disponibiliza de um ecossistema com mais de 1.000 parceiros, como Facebook, Instagram, marketplaces e lojas físicas. Atualmente, a companhia tem mais de 900 colaboradores e escritórios no Brasil, México e Argentina. Em agosto de 2021, a empresa recebeu um investimento de R$ 2,6 bilhões e se tornou unicórnio no Brasil. Nos últimos meses, a Nuvemshop comprou o Ecommerce na Prática, maior escola e comunidade de e-commerce do mundo, e a Mandaê, plataforma de logística. Além disso, lançou o Nuvem Pago, meio de pagamento próprio.