Crescimento do e-commerce no Natal decepciona e recua em relação a 2020

e-commerce brasileiro ainda sofre os efeitos da crise econômica brasileira. Um levantamento da empresa de análise de dados Neotrust, obtido pelo jornal Valor Econômico, diz que os sites de compras faturaram R$ 6,6 bilhões de 10 a 25 de dezembro. Apesar de ter havido uma alta nominal de 17,9% sobre o mesmo período de 2020, se considerarmos a inflação de 10,42% no ano (IPCA-15), houve um crescimento de apenas 7,5%.

O resultado preocupa por ser um crescimento mais tímido que o esperado. Para se ter uma ideia, de dezembro de 2019 ao de 2020, o índice nominal no e-commerce foi de 69,7%.

Foram 16,1 milhões de pedidos online, 18% acima do Natal de 2020, mas o tíquete médio de compras caiu 0,8%, para R$ 412. O público levou 6% mais itens por cesta este ano, com uma média de 2,7 itens por carrinho, contra 2,5 itens no Natal passado.

“No ano passado, parte do crescimento [do comércio online] se deu porque as lojas estavam fechadas e a única opção era comprar online”, disse ao Valor Paulina Dias, líder de Inteligência da Neotrust.

As categorias de moda e perfumaria obtiveram primeiro e segundo lugar em volume de vendas online, respectivamente. Alimentação ficou em terceiro, seguido de itens de saúde e telefonia.

No top 5 acima, vale destacar a subida de saúde da sexta posição em 2020 para a quarta, este ano, talvez um reflexo da pandemia de covid e a recente epidemia da gripe. Outra categoria que ganhou gás foi alimentação, indo da oitava no ano passado para terceira neste ano.

Já a telefonia caiu do quarto para o quinto lugar em volume de vendas, mas em faturamento obteve a liderança. Nesse aspecto, os eletrodomésticos ficaram com a segunda posição, seguidos de moda/acessórios em terceiro, eletrônicos em quarto e informática (notebooks e tablets) em quinto.

Um dado curioso é que o pico de vendas no e-commerce foi no dia 15 de dezembro neste ano. Em 2020, foi no dia 11 e, em 2019, no dia 10. “Como as entregas estão mais rápidas, isso leva a crer que as pessoas confiaram mais nos prazos do comércio eletrônico”, diz Paulina.

Movimento nas lojas cresce 9,7% em dezembro na comparação com 2020

Apesar disso, fluxo de consumidores teve queda forte, de 24,2%, ante 2019

A semana do Natal registrou aumento 17% de fluxo de clientes nas lojas em relação a 2020 na média e queda de 10% na comparação ao resultado de 2019. Para a Virtual Gate, o resultado confirma a máxima que diz que o brasileiro deixa tudo para a última hora. A curva foi mais positiva que a verificada nas análises de sazonalidades anteriores, como Black Friday e Dia das Mães.

Movimento nas lojas cresce 9,7% em dezembro na comparação com 2020
Fonte: Virtual Gate

Todos os segmentos analisados pela Virtual Gate permanecem com queda de fluxo em relação a 2019, seja na visão período acumulado (28 dias), seja na semana natalina. Quando comparado ao ano passado, o resultado de quatro dos cinco segmentos analisados apresentam recuperação, com destaque para as lojas de Perfumaria e Cosméticos, com elevação de quase 30% no período e quase 20% na semana da sazonalidade.

Apenas o setor de Material de Construção e Home Center permaneceu em queda em todas as visões. Isso se explica pelo fato de que esse foi o segmento que mais cresceu em 2020 e agora o movimento das lojas vem registrando queda.

A base do estudo da Virtual Gate conta com mais de 1.900 lojas, adotando a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) na sua versão mais atual (2.0).

Black Friday e Natal

As lojas físicas reviram as projeções para o Natal deste ano depois que um dos eventos mais esperados pelo varejo, a Black Friday, que aconteceu em 26 de novembro, teve um resultado aquém do esperado. Segundo dados da Virtual Gate, o fluxo de clientes nas lojas físicas cresceu apenas 1,6% na Black Friday de 2021 em relação ao ano passado, bem abaixo da estimativa de 6% a 10%. Se comparado com 2019, ano anterior à pandemia, houve uma queda de 41,7%.

“Os números do varejo físico foram uma decepção. Considerando que no ano passado ainda era um período mais restrito de funcionamento e aglomeração, estávamos com uma expectativa de crescimento de 6% a 10% neste ano, já que as semanas que antecederam a Black Friday vinham com um crescimento de 6%”, afirmou, na ocasião, Heloísa Cranchi, CEO da Virtual Gate.

Magalu amplia área de distribuição e começa a operar maior CD da rede

Espaço, de 100 mil metros quadrados, começou a ser planejado há cerca de três anos.

A inauguração ocorre no fim de um ano considerado particularmente difícil para as varejistas. Depois de um forte crescimento nas vendas digitais em 2020, o desempenho em 2021 foi marcado pelo fim do impacto do auxílio emergencial, pela alta da inflação e pela continuidade dos indicadores ruins de emprego e renda. A negociação das ações dessas empresas na Bolsa espelhou esses problemas. O Magalu fechou o ano com o pior desempenho do Ibovespa, principal indicador da B3, com queda de 71%.

O investimento em armazenagem em Guarulhos olha adiante. Construído para dar folga à empresa, o CD de Guarulhos usa no momento cerca de 40% da capacidade de armazenagem e 15% da de expedição. São enviados dali entre 8 mil e 12 mil pedidos por dia.

Com as grandes expectativas para o segundo semestre de 2021 frustradas pela inflação e pelo desemprego, o Magalu viu seus estoques aumentarem de 70 para 100 dias, segundo balanço recente. Esse revés fez a companhia aumentar as provisões – dinheiro destinado a possíveis perdas.

‘Liquidação Fantástica’

A varejista aposta na Liquidação Fantástica, o tradicional evento do Magazine Luiza, que costumava reunir filas de clientes em suas portas até a pandemia. “A gente tem um alinhamento com a área comercial que dá uma equilibrada nesse estoque”, diz o diretor de logística do Magazine Luiza, Marcio Chamas. “As vendas no último trimestre têm sido planejadas para a equalização no nível no nosso inventário, e temos grandes expectativas em relação à Liquidação Fantástica, que sempre deu ótimos resultados.” O evento ocorrerá no próximo dia 7.

Com 450 funcionários fixos e cerca de 150 temporários para atender à demanda de fim de ano, o CD opera com 600 trabalhadores permanentes. O espaço começou a ser abastecido em setembro e entrou em operação em novembro.

Enquanto imagens de CDs hiper tecnológicos de empresas de comércio digital aparecem pelo mundo, o novo espaço do Magalu é mais analógico. Diferentemente de seu polo logístico de Louveira (SP), com esteiras automáticas para ajudar na movimentação dos produtos, o principal atributo da nova instalação é a capacidade de armazenagem.

Se em Louveira a premissa é a rapidez para itens mais leves comprados pela internet, Guarulhos é voltado ao atendimento de 166 lojas físicas do Estado de São Paulo e irá movimentar 950 mil produtos por mês quando estiver com 100% de funcionamento.

Expansão logística

Para Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail, investimentos desse nível em uma empresa são decisões tomadas com base no longo prazo. “A empresa está crescendo e a demanda do marketplace cresce”, diz ele.

Segundo Serrentino, a corrida do e-commerce brasileiro passa, necessariamente, pela expansão logística e todos os concorrentes fazem movimentos parecidos.

Vendas do varejo brasileiro registraram crescimento de 7,5% em novembro

Segundo índice Mastercard SpendingPulse, destaque foram Combustíveis, Restaurantes, Materiais de Construção e Supermercados.

Os setores de Combustíveis (+42,6%), Restaurantes (+19,5%), Materiais de Construção (+11%) e Supermercados (+10,8%) superaram a taxa de crescimento das vendas totais no varejo, enquanto em Móveis e Eletrônicos (-10%), Móveis para Casa (-6,6%) e Artigos de Uso Pessoal (-1,7%), o crescimento das vendas no varejo foi menor na comparação com o mesmo período do ano passado.

Em termos de vendas totais nas regiões, Norte (+14,7%), Centro-Oeste (+9,7%), Sul (+9,4%) e Nordeste (+8,2%) superaram as demais regiões do país, enquanto no Sudeste (+6,3%), o desempenho foi inferior ao crescimento das vendas nacionais.

Vendas no comércio eletrônico

Como resultado do rápido crescimento do e-commerce experimentado no ano passado, as vendas do comércio eletrônico no Brasil diminuíram -16,5% em comparação com novembro de 2020.

Nos critérios do Mastercard SpendingPulse, as vendas no comércio eletrônico são vendas de bens e serviços nas quais os compradores fazem um pedido ou o preço e os termos da venda são negociados pela internet, em um dispositivo móvel (M-commerce), Extranet, rede EDI (Electronic Data Interchange), correio eletrônico ou outro sistema online comparável. O pagamento pode ou não ser feito online.

Comparativo ano a dois anos

Para uma melhor compreensão do que significam esses números, a comparação com 2019 revela índices interessantes para análise: as vendas totais no varejo cresceram +19,1% no comparativo ano a dois anos e as vendas de e-commerce aumentaram +39,7%quando comparadas com o mesmo mês de 2019.

“Essa comparação com o período pré-pandêmico nos fornece insights relevantes para analisar as preferências de consumo dos brasileiros. Ao nos aproximarmos do fechamento de 2021, podemos constatar que o e-commerce realmente passou a fazer parte dos hábitos de consumo – e, quando comparado ao cenário de vendas de 2019, está em constante crescimento. Tal comportamento era esperado, porque depois que os brasileiros experimentaram a praticidade, segurança e facilidade com as compras online, fica mais difícil abandoná-las”, afirma Estanislau Bassols, gerente-geral da Mastercard Brasil.

Volume de vendas não acompanha aumento de circulação no comércio e serviços

Circulação em restaurantes, cafés, shopping centers, parques temáticos, museus, bibliotecas e cinemas cresceu 12% entre junho e setembro.

Fortemente atingidos pela pandemia de covid-19, os setores de comércio e serviços já demonstram tendência de recuperação da circulação de pessoas aos níveis pré-pandêmicos, mas a atividade econômica e o volume de vendas não estão acompanhando o crescimento nos indicadores de mobilidade.

Segundo o relatório Mercado de Pagamentos em Dados, do Instituto Propague, em parceria com a área Economic Research da Stone, a média móvel de circulação em restaurantes, cafés, shopping centers, parques temáticos, museus, bibliotecas e cinemas passou de -20%, em junho deste ano, para -8,14% no final do terceiro trimestre. O estudo usou dados do Google para mostrar essa evolução e comparou os números com fevereiro de 2020, momento exato do início da pandemia.

“Apesar da melhora representativa nos medidores de mobilidade, o estudo apontou que a atividade econômica não retomou os patamares pré-pandemia. Entre os segundo e terceiro trimestres de 2021, houve uma queda de cerca de -0,4% no volume mensal médio transacionado no trimestre, com redução ainda maior na comparação com o mesmo trimestre de 2020, que ficou em -1,6%”, afirma Bernardo Piquet, diretor do Instituto Propague.

Supermercados e hipermercados registraram retração no volume de vendas de 0,9% entre os segundo e terceiro trimestres de 2021. O setor de combustíveis e lubrificantes apresentou queda ainda maior totalizando 1,5% a menos de vendas no terceiro trimestre de 2021.

Uma das quedas mais significativas no setor de comércio foi no setor de móveis e eletrodomésticos, com retração de 4,5% no volume de vendas.

O estudo mostra também que o setor de livros, jornais, revistas e papelaria chegou a setembro de 2021 com valores 35% menores do que os de fevereiro de 2020, mesmo com a mobilidade tendo aumentado significativamente.

Taxas positivas

No comércio, apenas o segmento de tecidos, vestuário e calçados apresentou taxa positiva, com crescimento de cerca de 5,8%.

Em setores relacionados a serviços, o estudo mostra que o volume de vendas cresceu cerca de 3% no comparativo entre a média mensal do segundo e o terceiro trimestres de 2021. Quando comparado com o mesmo trimestre de 2020, o crescimento foi de mais de 15%, mostrando uma recuperação mais expressiva do que aquela apresentada no comércio.

O setor de alojamento e alimentação cresceu cerca de 18,6% desde o segundo trimestre de 2021, ainda que siga operando em níveis aquém daqueles alcançados pré-pandemia: em setembro de 2021, o valor em sua média móvel anual seguia 20% menor do que o valor registrado em fevereiro de 2020.

Um outro setor de serviços que apresentou crescimento com o aumento de circulação das pessoas foi o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, atingindo um patamar cerca de 7% maior daquele observado em fevereiro de 2020, com um expressivo aumento de mais de 18% na média mensal entre o terceiro trimestre de 2020 e o de 2021.

Recuperação lenta

O estudo mostra, no entanto, que apesar do expressivo aumento da mobilidade em locais importantes para o comércio e o serviço, de forma geral os setores estão se recuperando de forma lenta. Entre os fatores que explicam a lentidão do retorno da atividade econômica estão a inflação e a alta nos juros.

De olho no empreendedorismo feminino, Marisa estimula geração de renda entre consumidoras

Plataforma oferece workshops e treinamentos gratuitos para alavancar as vendas e comissões das empreendedoras.

Visando estimular o empreendedorismo feminino, a rede de moda feminina e lingerie Marisa anunciou a repaginação do Programa Sou Sócia, que foi lançado em maio de 2020 e hoje funciona como sua plataforma de venda digital.

O programa foi modernizado com o propósito de ajudar as consumidoras da Marisa a gerarem renda extra com a venda de produtos da marca. O programa é válido em todo o país e permite a venda de todos os itens disponíveis nas lojas físicas pelo site da marca.

Além de reformulação do layout, com a repaginação a plataforma ganhou um sistema mais intuitivo, desenvolvido com base na experiência e vivência das próprias “sócias”.

Somadas à oferta de workshops e treinamentos gratuitos, a estratégia visa alavancar as vendas e comissões das empreendedoras. Aliás, a comissão varia de 5% a 10% e não incide apenas sobre as vendas dos produtos, mas também sobre serviços como entrega e frete.

Vendas descomplicadas

“Nosso objetivo com essa reformulação é certificar que mais consumidoras possam ter acesso à plataforma e a conteúdos exclusivos para divulgação das vendas de forma descomplicada. Esta é mais uma iniciativa da Marisa que reforça o nosso comprometimento de estimular o empreendedorismo feminino”, afirma Rodrigo Poço, vice-presidente de Tecnologia e Digital da rede.

Lançado em maio de 2020, o Sou Sócia permite a venda de todos os itens disponíveis nas lojas físicas da Marisa por meio do site da marca, mas com a possibilidade de usar o código da vendedora em questão, também por meio de um link com URL personalizada.

Com mais de 70 anos de mercado, a marca tem buscado fortalecer a autoestima das mulheres brasileiras ao longo de sua história. Reconhecida pelo slogan “De Mulher para Mulher”, a rede Marisa está presente em todas as regiões do Brasil e conta com quase 350 lojas. Com e-commerce há mais de 20 anos, a Marisa também possui uma divisão de produtos e serviços financeiros, o MBank, criado para oferecer financiamento das compras feitas nas lojas da rede.

 

O que esperar do perfil do consumidor digital em 2022?

Nunca vimos um período de tantas mudanças no comportamento do consumidor como aconteceu em 2020 e 2021 – pelo menos não na história recente. A pandemia, sem dúvidas, foi um dos impulsionadores dessas mudanças e contribuiu muito para acelerar essas transformações.

Os números dizem que os consumidores estão cada vez mais digitais – segundo uma pesquisa da PwC, as compras por celular cresceram 45% e as por computador 41% no pós-pandemia criando um novo perfil de cliente: o consumidor digital.
Por isso, estar por dentro das tendências para 2022 é essencial para entender como vender mais online.

Quem são esses novos clientes e como conhecê-los?

Estamos na era do consumidor: é ele quem manda. Porém, o seu perfil mudou — e muito — neste último ano. Com as imposições postas pela pandemia, o cliente se adaptou às novas formas de compra e venda que, como nunca, contaram com o apoio da tecnologia.

Comprar pela internet acabou sendo a única alternativa: telentrega, delivery, pegue e leve e take away são palavras que já faziam parte do nosso vocabulário, mas se popularizaram.

Neste cenário, as empresas que se destacam são aquelas que colocam esse novo cliente no centro das suas decisões. Agora, não é mais sobre o que as empresas fazem e sim sobre o que fazem para os seus consumidores, agindo de acordo com a necessidade deles.

Para se sobressaírem, as empresas precisam saber como vender online e se adequarem para entender quais são essas demandas, o que ele espera? Quais necessidades devemos atender? Por isso, investir em Big Data, em Inteligência Artificial e em outras tecnologias para conhecer melhor o consumidor digital e entregar uma cadeia de valor que o agrade faz toda a diferença.

O que o consumidor digital espera?

Com tantos clientes com perfis diversificados, responder essa pergunta se tornou um grande desafio. Isso porque vender online agora exige muito mais esforço do que antes, quando em muitos casos os produtos eram apenas simplesmente comprados. Agora vender online, onde não há a exposição do produto para provocar sensações – ainda! – nos indivíduos, exige um esforço maior.

A compra era automática, agora é pensada. Vender online envolve planejamento e estratégia. Por isso, entender o que o consumidor digital espera é fundamental. Segundo um estudo, divulgado pelo portal Consumidor Moderno, algumas tendências dos valores priorizados pelo consumidor digital são apontadas e ajudam a entender o que ele espera. Confira a seguir.

4 Valores mais priorizados pelo consumidor digital:

Longevidade e sustentabilidade: com o consumidor cada vez mais preocupado com questões ambientais, a busca por produtos sustentáveis e com um ciclo de vida maior é crescente.

Bem-estar e empatia: a pandemia do coronavírus fez com que o consumidor desse maior importância para seu bem-estar físico e mental.

Segundo a WGSN, pesquisas por “cuidados em casa” dispararam cerca de 33% em abril deste ano.

Conexões virtuais na luta contra a solidão: para driblar essa sensação durante o período de isolamento, promover conexões virtuais foi a solução encontrada. Fica evidente, então, a importância do digital para motivar não só consumidores, para que estes se sintam parte de uma empresa e mais próximos de determinada marca, como também colaboradores, que produzem até 50% mais quando satisfeitos.

Confiança e segurança: cada vez mais o consumidor busca por transparência na hora de realizar uma compra ou priorizar determinada marca. Segundo a pesquisa “2021 Global Marketing Trends: Find your focus” da Deloitte, 25% dos consumidores deixariam de consumir um produto ou serviço de uma marca que age apenas em favor próprio durante o momento de pandemia.

Dessa forma, oferecer experiências para esse cliente é fundamental. A KPMG listou “Seis Pilares”, princípios universais que guiam todas as experiências humanas positivas, que podem ajudar a entender este comportamento. Os pilares são: integridade, resolução, expectativa, tempo e esforço, personalização e empatia.

De acordo com a KPMG, eles são sempre os mesmos, mas variam de acordo com o momento. Agora, os mais importantes, que cresceram com a pandemia, são integridade – eu quero lidar com empresas sérias que façam o melhor por mim –, empatia e personalização. E a experiência para o consumidor deve ser provida de acordo com a forma como as pessoas querem se relacionar no momento.

6 Tendências sobre o consumidor para 2022

Saber o que consumidor digital valoriza e quais as tendências desse mercado ajudam a entender como impulsionar os negócios online e como vender online. Conheça então alguns conceitos do estudo “Consumidor do futuro”, da WGSN, que estarão em alta:

Trend #1 – Consumidor no poder: Atenção do consumidor amplamente disputada e é ele quem manda e dita as regras de consumo.

Trend #2 – Sociedade conectada: As tendências de comportamento foram aceleradas – e ainda ganharam o impulso da conectividade tornando a sociedade altamente conectada.

Trend #3 – Dessincronização social: As comunidades estão se desfazendo, há uma falta de interação consistente.

Trend #4 – Contágio emocional digital: Esse é um traço comportamental no qual as pessoas imitam os sentimentos de quem está próximo, sejam eles positivos, sejam negativos.

Trend #5 – Novas estratégias de pricing: Como aumentar o preço se as pessoas não têm dinheiro para comprar? O pricing será uma grande discussão daqui para a frente.

Trend #6 – Ecoansiedade: Ela determina questões como sair de casa ou não. A incerteza financeira é abastecida pelos índices de insegurança econômica e pelo desemprego impulsionados pela pandemia.

O perfil do consumidor digital do futuro

Diante desses sentimentos, a WGSN traçou três perfis de consumidores do futuro. Os estabilizadores se mostram cansados do excesso de informação e de conteúdo. Para eles, menos é mais.

Já os comunitários esperam uma integração maior das empresas às comunidades onde vivem, com foco na economia circular e no ativismo social. E os novos otimistas buscam uma relação mais ‘fun’ com as empresas, esperando delas soluções de vendas tecnológicas.

O fato é que agilidade, atendimento humanizado, engajamento e foco no cliente, propósito e tecnologia com certeza serão fatores importantes para o consumidor digital. Entender estes novos clientes e quais as tendências é uma tarefa constante. Por isso, acompanhar esse tema deve ser sempre prioridade para o seu negócio.

Vendas na Black Friday devem cair pela 1ª vez em 5 anos

As vendas da promoção Black Friday devem apresentar neste ano a primeira queda, desde 2016, se for descontada a inflação acumulada em 12 meses. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o dia de promoções, marcado para 26 de novembro, deve ter um recuo de 6,5% em relação ao ano passado.

A CNC espera que as vendas cheguem a R$ 3,93 bilhões no país. É o maior valor nominal desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional. Mas como a inflação em 12 meses acumula variação de 10,67%, em termos reais a Black Friday deverá ter uma queda em relação ao ano anterior.

Na edição de 2020, foi registrado um valor nominal de vendas de R$ 3,78 bilhões, que superaria os R$ 4 bilhões se o montante fosse corrigido pela inflação.

A expectativa é que mais da metade das receitas venha dos setores de móveis e eletrodomésticos (R$ 1,10 bilhão) e de eletroeletrônicos e utilidades domésticas (R$ 906,57 milhões).

Outros segmentos com expectativa de receita relevante são hiper e supermercados (R$ 779,09 milhões) e de vestuário, calçados e acessórios (R$ 693,12 milhões).

A CNC coletou diariamente mais de 2 mil preços de itens agrupados em 34 linhas de produtos ao longo dos últimos 40 dias, encerrados em 16 de novembro. Desses, 26% revelaram tendências de redução de preços no período – percentual abaixo dos 46% observados às vésperas da Black Friday de 2020, quando a taxa de inflação era de 3,9%.

Conheça a nova megaloja da Casas Bahia, criada para ser um laboratório de inovações do varejo

O estabelecimento fica na Marginal Tietê, na zona norte da capital paulista, e servirá para testar e oferecer experiências aos consumidores.

A Via inaugura nesta sexta-feira (19) uma megaloja das Casas Bahia em São Paulo. Com mais de 9 mil m² de área útil, a loja também funcionará como laboratório de inovações em estratégias, planos e soluções para o varejo.

O estabelecimento fica na Marginal Tietê, zona norte da capital paulista, onde durante muito tempo funcionou uma loja do Ponto (à época, Ponto Frio). Agora, a Via acredita que seja o momento para utilizar o espaço, remodelado por dentro e por fora, para testar e oferecer experiências aos consumidores.

“Tudo que nós colocamos aqui de novidade e entendermos que o consumidor gostou, a gente pode estender para toda as outras lojas da rede”, comentou Roberto Fulcherberguer, CEO da Via, dona das redes Casas Bahia e Ponto.

Questionado sobre a possibilidade de abrir outras lojas nesse estilo, Fulcherberguer afirmou que não existem planos por enquanto. Entretanto, ele anunciou que a Casas Bahia ainda pretende abrir mais algumas lojas ainda neste ano. “A gente segue inaugurando; fecharemos o ano com 110 novas lojas. Depois da inauguração de hoje, teremos mais 50”, complementou.

A loja conta com um espaço para os sellers do marketplace exporem seus produtos. Dez sellers foram escolhidos e já estão expondo seus itens no local. A ideia é testar o tempo os sellers ficarão na loja e se a estratégia será rotativa.

Por conta da Black Friday, a megaloja da Casas Bahia terá um horário especial e ficará aberta 24 horas. O horário alternativo valerá do dia 25 de novembro até o dia 26.

Phygital e omnicanalidade

Desde a entrada na loja já é perceptível a integração existente entre o ambiente físico e o digital. As etiquetas contam com QR code com informações sobre o produto e o rating do item de acordo com as avaliações de outros clientes.

Outra novidade da megaloja da Casas Bahia é a possibilidade de finalização das compras pelos próprios vendedores. Assim, o cliente não tem a necessidade de ir ao caixa. Ao escolher essa opção, o cliente também recebe todo o acompanhamento do vendedor no meio digital.

“Essa loja é o que tem de mais phygital no mercado brasileiro hoje. É essa grande mistura que estamos buscando. Cada vez mais aproximamos o digital do físico, sempre com uma experiência humanizada e embarcada”, destacou Fulcherberguer.

O executivo também comentou que no terceiro trimestre os vendedores online foram responsáveis por R$ 2 bilhões de GMV (volume bruto de mercadoria). “Daqui a pouco vamos parar de falar em vendas físicas ou digitais; iremos falar de GMV na companhia”, complementou.

A nova loja da Casas Bahia conta, ainda, com a função de lockers para retirada de pedidos dos sellers soluções de logística reversa. O cliente também pode optar pela retirada de itens via drive-thru.

Store in store

Parte da megaloja também funciona com o modelo “store in store”, pelo qual outras marcas são convidadas para terem espaços dentro do ambiente principal. A Casas Bahia conta com a presença das empresas Wine, Soneda, Casas Bauducco e Tress&Co. Cada uma delas também irá proporcionar uma nova experiência ao cliente.

No caso da Soneda, por exemplo, o cliente que comprar algum produto na loja tem à sua disposição um studio onde a aplicação pode ser feita de forma gratuita. Na Wine, o cliente pode beber um vinho e consumir alguns pratos que estarão no cardápio.

“Nossos parceiros foram selecionados com muito cuidado. Eles representam o sonho do cliente Casas Bahia. São marcas queridas pelos brasileiros, estão em sintonia com nossa loja e vão trazer uma experiência de compra incomum ao consumidor”, destaca o CEO da Via.

Minoru Kamachi, diretor da Soneda, complementou: “A Casas Bahia tem capilaridade e estamos prontos para crescer nesse ecossistema de inovação e varejo. Ficamos lisonjeados com o convite.”

A megaloja

No primeiro andar da megaloja da Casas Bahia está o maior espaço de experiências para os clientes. Logo na entrada, é possível baixar um mapa digital da loja e fazer a busca do que se está procurando. O mapa, por sua vez, irá guiar o cliente até ele chegar na sessão desejada

A loja também tem uma parte destinada para games e tecnologia. Uma pequena arena com dez computadores foi montada no local para simular o clima de uma competição oficial de esportes eletrônicos, ou eSports. Além disso, dois telões com arquibancadas também estão disponíveis para transmissão de campeonatos de games ou para jogar.

O ambiente também conta com a simulação do que seria um quarto “gamer” e máquinas de fliperama ao lado. Nessa mesma região, a Casas Bahia vai disponibilizar 5 gurus tecnológicos que vão auxiliar os consumidores a configurar e usar seus aparelhos.

Ainda no primeiro andar da megaloja da Casas Bahia, na parte de televisores, existe um pequeno cinema, assim como um balcão com tipos de pipoca para se servir e assistir à programação. Um pouco mais ao lado fica uma área que funciona como estúdio para lives e um exemplo do que seria uma casa totalmente conectada.

Mais ao fundo da loja, uma região é destinada as crianças. No local, elas podem brincar com jogos mais lúdicos ou com alguns aparelhos mais digitais. O ambiente também conta com um grande escorredor para elas aproveitarem.

No segundo andar está a parte mais “tradicional” da megaloja, com camas, cadeiras e outros móveis. Mesmo esse espaço, entretanto, tem um diferencial: existe um espaço exclusivo destinado a arquitetos que querem encontrar com os clientes e já discutir projetos e produtos.

A megaloja da Casas Bahia também é pet friendly.

A Alibaba voltou a contabilizar vendas recorde no Dia do Solteiro na China, mas crescimento das vendas abrandou

Problemas de energia, interrupções no transporte marítimo e crise imobiliária prejudicam economia da China.

Desde que o Dia do Solteiro existe na China este foi o ano em que as vendas menos cresceram, ainda assim sem ameaçar a gigantesca dimensão deste dia de descontos para quem compra online.
A Alibaba voltou a contabilizar vendas recorde no Dia do Solteiro na China, o maior acontecimento mundial para o comércio eletrônico. Todos os anos as contas deste hino ao consumismo se fazem a somar, mas 2021 ficará para a história do Dia do Solteiro como o primeiro ano em que o crescimento das vendas abrandou. O Dia do Solteiro, “inventado” pela Alibaba como contraponto ao Dia dos Namorados, existe desde 2009.

Os dados da Alibaba apontam para 540,3 mil milhões de yuans (74 mil milhões de euros) em encomendas, o que representa um crescimento de 8,45% face ao ano anterior. O abrandamento das vendas, que pela primeira vez na história do evento cresceram a menos de dois dígitos, está a ser encarado como um reflexo de mudança na sociedade chinesa, mas também como uma consequência do abrandamento econômico do país.

A maior plataforma de comércio eletrônico do mundo sublinha que também tentou cumprir o seu papel nesta transformação em curso. Este ano apoiou ações de caridade durante o evento e trocou o contador que acompanha ao segundo as vendas a crescerem, por campanhas que promoveram produtos sustentáveis e produzidos de forma socialmente responsável.

“Numa fase inicial do 11.11 estivemos concentrados no crescimento – da mesma forma que os pais se concentram no crescimento saudável dos seus filhos. Mas quando um filho se torna adolescente, os pais alteram o foco para poderem robustecer o seu sentido de responsabilidade e o papel que ele ou ela desempenham na sociedade. É isto que estamos a fazer agora”, explicou Chris Tung, responsável de marketing da empresa na publicação que divulga os números.

Os dados de outro gigante chinês do comércio eletrônico também já são conhecidos. Num único dia, a JD.com contabilizou vendas de 311,4 mil milhões de yuans (42,6 mil milhões de euros). O site agrega diferentes marcas e lojas e os números são globais, referentes a todas as transações suportadas. Também aqui o balanço é positivo. No ano passado a plataforma contabilizou transações no valor de 271,5 mil milhões de yuans.