Nielsen vê alta de 20% nos pedidos do e-commerce com impulso da Black Friday

As vendas pela internet deram novo salto no Brasil neste mês, alcançando um faturamento de R$ 3,4 bilhões nos 11 primeiros dias de novembro, segundo levantamento da Ebit|Nielsen.

O montante é 31% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Com o impulso do consumo estimulado pela Black Friday, o número de pedidos aumentou quase 20% na mesma base de comparação. Ao todo, foram 6,8 milhões.

O ticket médio subiu 10% e está na casa dos R$ 503, ainda conforme a pesquisa.

Para impulsionar Dia dos Solteiros no Brasil, Aliexpress oferecerá até 80% de desconto

Em 2020, o Aliexpress faturou US$ 74,1 bilhões no festival 11.11 ou do Dia dos Solteiros, bastante popular na China. A título de comparação, o faturamento total do e-commerce brasileiro no mesmo ano é equivalente a 4,4% do faturamento da companhia apenas no período do festival. A empresa não divulga as metas para a data em 2021, mas quer superar a do ano passado. Entre as táticas, estão a oferta de até 80% de desconto.

No ano passado, o mercado nacional movimentou US$ 16,6 bilhões, segundo dados do eBit. De acordo com relatório da Adobe Analytics, nos Estados Unidos, a Black Friday gerou vendas online de US$ 9 bilhões, valor 8,2 vezes menor que o 11.11.

“A expectativa é de aumento nas vendas no Brasil, superando o do ano passado, quando crescemos mais de 100% no período entre o festival e a Black Friday”, afirma Yan Di, Country manager do AliExpress no Brasil, durante coletiva de imprensa online realizada nesta terça-feira (9).

Criado originalmente na China pelo grupo Alibaba, o festival se tornou o mais relevante do calendário do e-commerce mundial em volume de bens transacionados.

Além do preço mais baixo, mais de 900 mil fabricantes, distribuidores e marcas famosas de todo o mundo aderiram ao festival. Na China, a companhia conta com 9 centros automatizados, onde os produtos são embalados e entregues em tempo recorde. Robôs e máquinas autônomas vão separar e embalar os pedidos feitos por usuários do mundo todo tão logo estes forem efetuados no marketplace.

Ainda de acordo com o executivo, o Aliexpress freta 80 voos semanais em todo o mundo, sendo 5 no Brasil. Em breve, serão 6 voos para o país. Para determinados produtos, será oferecido frete grátis em alguns períodos.

Esta é a primeira edição do festival com a participação de vendedores brasileiros. Em agosto, a companhia lançou o “local to local”, plataforma que permite a entrada de vendedores brasileiros. O Aliexpress não divulga o número de vendedores brasileiros que fazem parte da plataforma, mas afirma que a quantidade superou as expectativas já nas primeiras semanas.

Ainda de acordo com Di, a operação “local to local” também funciona devido à integração com a PegaKi, que está inserida no Grupo Intelipost. Desta forma, os sellers podem deixar os produtos em pontos próximos, possibilitando a coleta direta.

“Este recurso está permitindo integrar múltiplos parceiros logísticos, reduzir os custos de entrega em até 70% e assegurando que compras feitas por consumidores que estão na mesma cidade ocorram em, no máximo, 48 horas”, afirma Viviane Almeida, gerente de operações Local to Local.

Agora, vendedores locais também estão elegíveis para fazer transmissões ao vivo e se beneficiar das ferramentas de Live Commerce do AliExpress, tipo de comércio eletrônico que apresenta taxa mais acelerada de crescimento.

A plataforma também diminui o prazo de recebimento de reembolso, após a implementação da devolução local, já que os clientes podem devolver os produtos para um parceiro no Brasil, sem precisar esperar que o produto chegue até a China, segundo Yan Di.

Festival de compras do Dia dos Solteiros silenciado em meio à repressão tecnológica da China

O maior dia de compras online da China, conhecido como “Dia dos Solteiros” em 11 de novembro, está assumindo um tom abafado este ano com a repressão dos reguladores à indústria de tecnologia e o presidente Xi Jinping pressiona por “prosperidade comum”.

Dia festival de compras The Singles’ – também conhecido como Duplo 11 – é um evento enorme para China s empresas de comércio eletrônico. No ano passado, os consumidores gastaram US $ 74 bilhões nas plataformas de compras online do Alibaba durante os 11 dias do festival. O rival menor, JD.com, relatou vendas de US $ 40 bilhões durante um período de tempo semelhante.

Alibaba – a maior empresa de comércio eletrônico da China – geralmente dá uma grande festa de gala na noite anterior a 11 de novembro. Galas anteriores apresentaram superstars como Katy Perry e Taylor Swift e até atos acrobáticos do Cirque du Soleil .

Um contador ao vivo chamativo começa a funcionar à meia-noite para registrar em tempo real quanto os consumidores gastaram em plataformas Alibaba como Taobao e Tmall. O festival é visto como um barômetro do consumo no país mais populoso do mundo.

Este ano, o Alibaba diminuiu o entusiasmo. A gala online do Dia dos Solteiros na quinta-feira (11) será transmitida ao vivo devido aos surtos de COVID-19 em partes da China. O Alibaba diz que está se concentrando na sustentabilidade, apoiando instituições de caridade e inclusão – temas que se alinham com os objetivos climáticos de Pequim e os apelos de Xi por “prosperidade comum” que visa reduzir a desigualdade e o consumo excessivo.

“As festividades silenciosas deste ano são uma tempestade perfeita de pressões econômicas, competitivas e regulatórias”, disse Michael Norris, gerente de estratégia de pesquisa da consultoria AgencyChina, com sede em Xangai.

“Em termos de regulamentação, as plataformas de comércio eletrônico estão começando a entender como alinhar extravagâncias de consumo com temas de ‘prosperidade comum’”, disse ele.

No início deste ano, a plataforma de comércio eletrônico Pinduoduo prometeu dar US $ 1,5 bilhão em lucros aos agricultores para aumentar suas receitas, enquanto o Alibaba comprometeu US $ 15,5 bilhões em subsídios para pequenas e médias empresas e apoiando trabalhadores na economia gigante, como motoristas de entrega , de acordo com a agência de notícias local Zhejiang News.

Este ano, o Alibaba também destacou a sustentabilidade, estabelecendo pontos de reciclagem de embalagens e fazendo parceria com marcas para desenvolver embalagens mais ecológicas. Os clientes podem doar uma parte do lucro de suas compras para uma organização de caridade ou projeto de sua escolha.

A mudança para enfatizar a sustentabilidade ocorre depois que o Alibaba foi multado em um valor recorde de US $ 2,8 bilhões por violar as regras antitruste. O governo tem intensificado o escrutínio do setor de tecnologia e adotado medidas para conter as práticas monopolistas que ferem os direitos dos consumidores.

O aperto nas vendas do Dia dos Solteiros deste ano também pode refletir a demanda mais fraca do consumidor e a escassez de alguns produtos devido à escassez de materiais e energia, bem como dificuldades na movimentação de produtos através de canais de envio e entrega confusos.

Jacob Cooke, CEO da WPIC, uma empresa de marketing que ajuda empresas ocidentais a vender online na China, diz que descontos ultraprofundos serão menos comuns do que nas vendas anteriores do Dia dos Solteiros.

“Vamos ver estratégias como presentes de edição limitada sendo mais prevalentes em oposição a comerciantes despejando (itens) com um desconto de 90%…por falta de estoque, falta de abastecimento ”, disse.

Enquanto isso, plataformas de vídeo curtas populares como Kuaishou e Bytedance’s Douyin, que se voltaram para o comércio eletrônico, estão dando às plataformas de comércio eletrônico tradicionais como Alibaba e JD.com uma corrida pelo seu dinheiro.

As transmissões ao vivo nas plataformas de vídeo podem vender diretamente aos compradores por meio de suas transmissões. No ano passado, Douyin registrou 2 bilhões de yuans (US $ 313 milhões) em transações apenas no dia 11 de novembro.

“Em termos de comércio (de vídeo curto), será enorme porque é onde estão todos os olhos”, disse Cooke do WPIC.

O festival do Dia dos Solteiros aumenta pela metade as vendas de apresentadores de transmissão ao vivo como Yang Guang, que vende de tudo, de roupas a eletrodomésticos, em transmissões ao vivo, disse ele.

Mas ele disse que festividades prolongadas e esquemas de descontos complicados podem ser frustrantes para compradores e vendedores.

“Como streamers ao vivo, temos que pensar em estratégias diferentes para torná-los divertidos durante cada stream para manter os clientes interessados”, disse ele.

 

 

 

 

Comércio eletrônico projeta participação recorde nas vendas do varejo com Black Friday, apesar de crescimento menor

Segundo Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), vendas online correspondem atualmente a 11,2% do setor varejista e expectativa é que atinjam 18,7% em novembro. Consumidor, porém, está mais cauteloso e deve gastar menos neste ano no evento de ofertas marcado para o dia 26.

Após o salto histórico registrado no ano passado, as vendas pela internet continuam ganhando espaço no varejo nacional – e, mesmo em meio a um cenário de disparada da inflação e de maior cautela dos consumidores, o comércio eletrônico projeta alcançar uma nova participação recorde nas vendas totais das lojas brasileiras neste mês de Black Friday.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas online já correspondem a mais de 11% do setor varejista no país e a projeção é que a participação atingirá em novembro a marca recorde de 18,7% das vendas totais do comércio no Brasil.

O recorde anterior foi registrado em novembro do ano passado, quando a taxa chegou a 14,4%, com o impacto da Black Friday e da segunda onda do coronavírus que impôs restrições de funcionamento às lojas físicas, forçando uma maior digitalização das empresas e atraindo também milhões de novos compradores online. Antes da chegada da pandemia de Covid-19, a participação do e-commerce brasileiro no varejo nunca tinha passado dos 10%.

Participação do comércio eletrônico nas vendas totais — Foto: Economia g1

Participação do comércio eletrônico nas vendas totais — Foto: Economia g1

Mesmo com a maior movimentação de pessoas nas cidades e fim das restrições para o comércio físico, os representantes do setor avaliam que o comércio eletrônico registrará novo recorde nesta Black Friday, favorecido tanto pelo aumento do número de lojas virtuais como também pela contínua entrada de novos consumidores.

Neste ano, a data tradicional de ofertas do varejo acontece no dia 26 de novembro.

“A Black Friday 2021 será melhor que a do ano passado porque temos um número maior de lojas disponíveis para a venda online e também uma entrada de consumidores que com a pandemia não tinham como consumir no comércio tradicional, partiram para a internet e tiveram uma boa experiência, e até obrigatória”, afirma Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm.

A associação estima que mais de 20 milhões de consumidores realizaram pela primeira vez uma compra pela internet após a pandemia e que mais de 160 mil lojas lojas virtuais foram criadas desde 2020 no país.

A ABComm projeta um crescimento de 25% no faturamento do comércio eletrônico nesta edição da Black Friday, no comparativo com o ano passado. Em 2020, as vendas da Black Friday somaram R$ 5,1 bilhões, valor 31% maior do que o de 2019, segundo dados da NeoTrust/Compre&Confie.

Em meio à inflação nas alturas, dólar acima de R$ 5,50 e desemprego ainda elevado, a avaliação é que o brasileiro irá gastar menos neste ano na Black Friday. A associação projeta um valor médio de R$ 620 por brasileiro, abaixo do tíquete médio de R$ 668,70 de 2020.

Para o resultado do comércio eletrônico no consolidado de 2021, a ABComm continua prevendo uma taxa de crescimento novamente de dois dígitos (18,5%), embora menor do que a projetada no início do ano, de 34%.

“Houve uma reversão de expectativa. A estimativa no início do ano era mais otimista”, explica Bandeira, citando os impactos da alta do dólar e da gasolina nos custos do frete, no planejamento dos estoques e nas vendas do setor. “A questão dos combustíveis vem impactando o frete e a logística é ainda algo que encarece demais os custos de uma loja e que freia a expansão do setor”.

“As barreiras ao consumo presencial estão sendo retiradas gradativamente e isso tira um pouco do ritmo do varejo online. Mas também não podemos ignorar o fato que em um ambiente de inflação com taxa de 10% e juros em elevação, a tendência é o varejo online ter uma dificuldade um pouco maior de sustentar o ritmo que tinha até então”, afirma o economista da CNC, Fabio Bentes.

Ele lembra que a taxa de câmbio também encarece preços de bens de consumo duráveis, como eletrônicos e eletrodomésticos, que costuma liderar as vendas as vendas pela internet.

Em relatório publicado nesta semana, a XP avaliou que “fortes aumentos de preço são um desafio para grandes descontos na Black Friday e a indústria não parece querer dividir a conta” em razão do desbalanceamento da cadeia, cenário competitivo bastante acirrado e deterioração do cenário econômico.

Natal da lembrancinha

Levantamento do Ebit/Nielsen mostra que o percentual de consumidores online que pretendem fazer compras pela internet na Black Friday caiu de 91% em 2020 para 89% em 2021.

Outra pesquisa encomendada pelo Google com a consultoria Ipsos também indica um consumo mais comedido neste ano. Segundo o levantamento realizado em setembro, 64% dos brasileiros têm intenção de comprar durante a Black Friday. A sondagem identificou dois perfis distintos: um mais cauteloso, representando 44%, e um mais aberto, com 56%.

Entre os 44% mais cautelosos, 25% afirmaram estar economizando para necessidades futuras e 19% só pretendem comprar se encontrarem um ótimo desconto. Dos 56% que declararam estar mais abertos para a Black Friday, 37% disseram estar economizando para comprar com desconto, 13% pretendem comprar muitas coisas por não terem comprado no ano passado, e só 6% disseram querer aproveitar para comprar mais presentes.

“Todos nós desejamos que este ano seja um Natal presencial e isso estimula a aquisição de presentes. Mas é claro que a crise impacta e o que até então era um presente pode vir a ser uma lembrancinha”, diz Bandeira.

O dirigente da ABComm avalia, porém, que diferentemente de anos anteriores, deverá crescer o volume de compras de Natal durante o mês de dezembro, incluindo até mesmo pedidos de última hora, em meio à disputa das grandes varejistas por prazos menores de entrega.

“As entregas ficaram muito mais rápidas. O consumidor já se adaptou a receber dentro da necessidade de urgência que ele precisa. Ele sabe que pode avançar até certas datas mais próximas para adquirir um produto pela internet, que ele receberá”, afirma.

A inflação persistente, a crise hídrica, o desemprego ainda elevado e as elevadas incertezas fiscais e politicas às vésperas do ano eleitoral de 2022 têm piorado as perspectivas para a economia brasileira. O mercado financeiro tem revisado para baixo as projeções de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e elevado as estimativas para a inflação e para a taxa básica de juros (Selic). A projeção atual para o resultado do PIB de 2021 é de uma alta de 4,94%, após um tombo de 4,1% no ano passado. Para 2022, o mercado baixou a previsão de crescimento para 1,20%.

Após dados decepcionantes do desempenho do comércio nos últimos meses, a CNC reduziu a expectativa de crescimento do setor varejista brasileiro em 2021, de 4,9% para 4,6%.

Veja abaixo as 10 categorias com maior intenção de compra na Black Friday, segundo pesquisa Google/Ipsos:

  1. Vestuário (62%)
  2. Celulares (40%)
  3. Livros e Papelaria (38%)
  4. Calçados (33%)
  5. Cuidado pessoal (27%)
  6. Computadores (26%)
  7. Comidas (23%)
  8. Móveis (19%)
  9. Eletroportáteis (17%)
  10. TVs (16%)
Comerciantes esperam aumento das vendas na Black Friday e no Natal

E-commerce brasileiro corresponde a 11,6% do varejo nacional

Levantamento da ABComm indica consolidação das compras por canais digitais no País.

Após registrar um crescimento acelerado no início da pandemia de covid-19 e servir como principal alternativa aos lojistas, o e-commerce consolida seu crescimento no varejo brasileiro. É o que aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

De acordo com dados mais recentes levantados pela entidade, as vendas online correspondem a 11,6% do setor varejista no País. O desempenho segue uma tendência registrada no ano: em todos os meses, a participação do comércio eletrônico ficou na casa de dois dígitos.

Lojas virtuais como Giuliana Flores e Ozllo tornaram-se marketplaces e atuam com gigantes do setor. Varejistas como Bebida na Porta e Lowko adequaram seus negócios para o mercado atual e crescem a cada ano.

Esse é um movimento que se acentuou a partir de abril de 2020, o primeiro mês da pandemia de covid-19. Na ocasião, a participação do e-commerce brasileiro no varejo saltou para 11,1% – até então, nenhum mês tinha passado dos 10%. O recorde foi registrado em novembro de 2020, com a segunda onda do coronavírus e o impacto da Black Friday: 14,4%.

“O levantamento reforça uma tendência já observada pelo mercado, com a consolidação dos canais digitais na estratégia do varejo. Mesmo com o início da campanha de vacinação e a retomada do comércio de rua, o e-commerce seguiu influente e com participação ativa no setor”, explica Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Compras na Black Friday

Mesmo com a alta nos preços, 79% dos consumidores pretendem fazer compras no período. Segundo a  Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), a produção da indústria elétrica e eletrônica sofreu sua terceira queda consecutiva em agosto, de 3%, por conta das dificuldades na aquisição de componentes. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, a produção do setor caiu 6,7%.

Segundo um estudo feito pela GfK, consultoria mundial que utiliza data analytics para trazer novas estratégias, apesar da cautela com os preços, 87% das pessoas pretendem gastar o mesmo ou até mais do que no ano passado.

“Os consumidores veem na Black Friday uma oportunidade para comprar um item de desejo ou fazer a troca de um aparelho mais antigo por um moderno”, afirma Fernando Baialuna, diretor de Negócios e Varejo da GfK.

Com o fim das restrições, vendas totais no varejo crescem 5% em setembro

Setores de combustíveis, restaurantes e artigos pessoais registraram o crescimento mais significativo, segundo pesquisa do Mastercard SpendingPulse.

Com o fim das restrições de horários e taxa de ocupação nos comércios, os consumidores voltaram às compras e as vendas totais no varejo registraram uma expansão de 5% em setembro, com relação ao mesmo mês do ano anterior.

Segundo o Mastercard SpendingPulse, que mede as vendas no varejo online e nas lojas físicas em todas as formas de pagamentos, os setores de combustíveis (+37,5%), restaurantes (+28,5%) e artigos de uso pessoal (+25,3%) impulsionaram o crescimento das vendas totais no varejo.

Já os setores de móveis e eletrônicos (-22,3%), mobiliário doméstico (-8,6%) e vestuário (-8,2%) tiveram crescimentos de vendas abaixo do índice em relação ao mesmo período do ano passado.

Em termos de vendas totais no varejo nas regiões, o Norte (+16,6%), Sul (+11,3%) e Centro-Oeste (+9,7%) superaram o restante do país, enquanto o Sudeste (+3%) e o Nordeste (+2,8%) apresentaram desempenho inferior ao crescimento das vendas nacionais.

“Com o avanço dos novos horários das lojas da região, podemos ver a continuidade do crescimento das vendas do varejo brasileiro tradicional, principalmente nos setores de estilo de vida”, afirma o executivo Estanislau Bassols, gerente-geral da Mastercard Brasil.

Vendas pelo comércio eletrônico

Com o retorno dos consumidores às lojas, as vendas pelo comércio eletrônico brasileiro caíram -27,3% em relação ao mesmo mês de 2020.

Para uma melhor compreensão do que significam esses números, se comparadas há dois anos, antes do início da pandemia, as vendas totais no varejo cresceram +24% no comparativo do ano e de dois anos e as vendas no comércio eletrônico aumentaram +45,6% em relação ao mesmo mês de 2019. Segundo Bassols, esse movimento do mercado está diretamente relacionado à recuperação gradativa das vendas em lojas físicas.

Fim das restrições em São Paulo

Com 67,61% da população totalmente imunizada contra o coronavírus, o Estado de São Paulo encerrou na segunda-feira, 1º, as últimas restrições de público e eventos para conter o avanço da pandemia de covid-19.

Depois de quase 600 dias, todos os estabelecimentos do Estado podem funcionar sem limites de lotação ou horário de funcionamento e festas com pista de dança, torcidas em estádios, shows com público em pé também estão autorizados. O uso de máscara facial, entretanto, segue obrigatório, assim como a exigência do “passaporte vacinal” em eventos com mais de 500 pessoas.

TikTok terá ferramentas para empreendedores

O TikTok anunciou novas ferramentas e funcionalidades que prometem trazer praticidade ao trabalho de empreendedores e criadores de conteúdo, além de melhorar a experiência de compra na plataforma e aumentar vendas. Algumas das soluções foram apresentadas no TikTok World, primeiro evento global realizado no final de setembro.

O aplicativo chinês alcançou a marca de 1 bilhão de usuários ativos por mês no mundo neste ano, um crescimento de 45% desde julho de 2020. No Brasil, a rede social se popularizou impulsionada pela pandemia e se tornou um celeiro para empreendedores e autônomos conquistarem novos clientes e se destacarem no ambiente digital.

Nas próximas semanas, será lançado no Brasil o TikTok Creator Marketplace (TTCM), um portal de autoatendimento que vai ajudar as marcas a encontrar criadores que melhor se alinham aos seus interesses. O portal reunirá mais de 35 mil criadores de 20 países e regiões, que poderão receber convites para ações publicitárias, e fornecerá insights de dados detalhados. Será possível filtrar usuários com base no tipo de conteúdo postado, localização e visualizações médias.

Dentro do TikTok Creator Marketplace, a ferramenta Open Application Campaigns, que ficará disponível em breve, permitirá que as marcas mostrem detalhes de suas campanhas para que os criadores possam se inscrever proativamente. Atualmente, o aplicativo já conta com o Branded Content Toggle, que faz com que os “tiktokers” divulguem conteúdo publicitário e identifiquem a empresa ou o produto citado.

Entre as novas soluções de comércio anunciadas, e ainda sem data de lançamento, está o TikTok Shopping, um conjunto de ferramentas de publicidade para melhorar a experiência de compra e impulsionar vendas.

Especialistas destacam que negócios de qualquer porte ou segmento podem se beneficiar com o TikTok.

Via Realiza Campanha ‘ADS Premiado’ e Distribui Bônus de R$ 1 mi Para Lojistas

A Via, empresa detentora das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com, anunciou recentemente o lançamento da campanha ‘ADS Premiado’.

A iniciativa pretende bonificar vendedores dos marketplaces do grupo com um prêmio que totaliza R$ 1 milhão. A ação vai ser realizada entre os dias 7 de outubro e 11 de novembro deste ano.

2 mil Lojistas Vão Poder Ganhar R$ 500
A Via pretende bonificar até 2 mil lojistas com R$ 500 de saldo, o que totaliza R$ 1 milhão em bônus. A campanha vai acontecer no Via ADS, plataforma de anúncios de seu marketplace.

Dessa forma, o lojista que deseja concorrer deve acessar o Portal do Lojista e clicar no banner da campanha para ser direcionado ao Via Ads. Porém, vale mencionar que só podem participar os vendedores que acessarem o Via Ads durante o período de campanha e que nunca tenham criado um anúncio na plataforma.

Além disso, a Via garante que a ferramenta é de uso simples e eficaz para auxiliar o empreendedor na criação de campanha, bem como no fornecimento de informações e dicas para acompanhar o progresso de toda a ação de marketing.

A varejista também informa que os vendedores que aderirem à campanha ganharão um treinamento totalmente gratuito para impulsionar ainda mais os resultados nas vendas.

Contudo, é importante ressaltar que nada disso é à toa. Como toda iniciativa das gigantes do setor, esta nova também tem motivos específicos para acontecer.

Via Deseja Aumentar Fluxo de Lojistas no Marketplace
A varejista recentemente atingiu a marca de 100 mil sellers e 33 milhões de produtos em seu marketplace. E agora o foco é expandir ainda mais esses números.

Logo, o objetivo principal da campanha ‘ADS Premiado’ é estimular os lojistas a conhecerem as facilidades e benefícios que a plataforma apresenta, assim como investirem na propaganda de seus produtos por lá.

Segundo Fernanda Winck, diretora de Operações do Marketplace da Via, a empresa prioriza a boa experiência dos vendedores na plataforma:

“Este é o ano do marketplace na Via. Chegamos a 100 mil lojistas e cuidar da experiência desses parceiros em autosserviço em nossa plataforma é uma prioridade para nossos times. Com o Via Ads podemos ajudar desde o pequeno empreendedor até o grande varejista a colocarem seus produtos em evidência para acelerar as vendas”, afirma.

Além disso, vale mencionar que a Via visa investir em serviços para aprimorar a jornada dos vendedores. Treinamentos, serviços de fulfillment, ofertas de crédito para os sellers e seus clientes, receitas de ads e soluções financeiras são alguns dos serviços que a empresa pretende oferecer até o 4º trimestre deste ano.

E mais do que isso
Logo após anunciar investimentos em 3 startups, a Via também mencionou que pretende aplicar até R$ 200 milhões em outras empresas desse tipo até 2026.

Diante de todas essas iniciativas, a Via deixa claro que não vai poupar esforços e recursos na hora de investir em boas estratégias para disputar a liderança entre os principais marketplaces no Brasil, como o Mercado Livre, Americanas e Magazine Luiza.

Aliás, o Magalu também atingiu a marca de 100 mil vendedores em sua plataforma recentemente. Algo que deixa a competitividade entre as varejistas ainda mais acirrada.

CNC estima faturamento recorde do varejo para o Dia das Crianças

Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada na última terça-feira (5), estima que a movimentação financeira do varejo para o Dia das Crianças, comemorado no próximo dia 12, deverá alcançar R$ 7,43 bilhões. Caso seja confirmada essa expectativa, será o maior faturamento do comércio varejista nacional para a data, desde 2015, quando atingiu R$ 7,52 bilhões. Essa é a terceira data mais importante do varejo, depois do Natal e do Dia das Mães.

No ano passado, a movimentação financeira para a celebração das crianças totalizou R$ 6,52 bilhões, menor resultado desde 2009, de R$ 6,18 bilhões, mostrando retração de 11,3% em relação a 2019, de R$ 7,35 bilhões. De acordo com economista sênior da CNC, Fabio Bentes, o avanço de 14% em 2021, já descontada a inflação, é atribuído à fraca base comparativa de 2020 sobre 2019, quando a receita das vendas somou R$ 7,35 bilhões. O economista acredita que, tal como aconteceu a partir de 2017 e observado nos anos anteriores, a tendência é de recuperação das vendas. “De 2017 em diante, as vendas vieram crescendo pouco, mas cresceram, e foram interrompidas por esse ano atípico de 2020 (devido à pandemia da covid-19)”, disse o economista.

A expectativa de expansão das vendas este ano, se deve ao aumento de 34% na circulação de consumidores registrado desde o fim da segunda onda da crise sanitária, em outubro de 2020, até o final do mês passado. “Isso aí é o lastro do otimismo no comércio. Foi assim também nas datas comemorativas pós segunda onda da covid-19. Desde o final da segunda onda, a gente observa um aumento contínuo na movimentação do varejo”.

Segundo a CNC, o ramo de eletroeletrônicos e brinquedos será mais uma vez o destaque das vendas para o Dia das Crianças, respondendo por 31% do volume projetado, ou o equivalente a R$ 2,31 bilhões, seguido pelo ramo de vestuário e calçados (R$ 2,21 bilhões), com crescimento real em relação à mesma data de 2020 em torno de 28% a 29%.

A análise regional revela que o estado de São Paulo se mantém na liderança absoluta, com movimentação financeira de R$ 2,68 bilhões, seguido por Minas Gerais (R$ 758,5 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 687,2 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 655,7 milhões). Juntos, os quatro estados deverão responder por 53,4% do total movimentado na data comemorativa.

A pesquisa mostra, por outro lado, que as maiores taxas em relação a 2020 são esperadas no Espírito Santo (18,3%), Bahia (4,5%) e Paraná (4,4%), onde a recuperação do comércio se mostra mais forte do que nos demais estados.

Inflação
Fabio Bentes disse que apesar do aumento na circulação de consumidores, o varejo brasileiro terá dificuldades para evitar repasses aos preços de bens e serviços ao consumidor final diante da inflação anualizada de 10,1%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15). Os itens que compõem a cesta típica da data aumentaram 7%, maior taxa desde 2016 (8,8%).

Segundo Fabio Bentes, “a crise ainda está nos calcanhares do comércio”. Entre os produtos e serviços mais demandados nessa época do ano, os maiores reajustes em 12 meses são observados nos preços de bicicletas (15,9%), doces (12,3%) e lanches (10,9%), de acordo com a CNC.

Alerta
Para o Dia das Crianças, o alerta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é que os pais estejam atentos à combinação de brincadeira com segurança, principalmente neste momento em que boa parte das compras é feita pela internet. A dica na hora de escolher brinquedos para crianças de até 14 anos de idade, sejam nacionais ou importados, é observar a faixa etária e se o produto tem o Selo de Identificação da Conformidade do Inmetro, porque isso significa que ele foi submetido aos ensaios de segurança exigidos pelo regulamento. O selo do Inmetro é obrigatório em brinquedos desde 1992 e considera itens de segurança como impacto e queda (bordas cortantes e pontas agudas); mordida (partes pequenas que podem ser levadas à boca); toxicidade (metais e substâncias nocivos à saúde); inflamabilidade (risco de combustão em contato com o fogo); e ruído (níveis acima dos limites estabelecidos pela legislação).

Para ajudar na hora da compra, o Inmetro resumiu algumas recomendações relativas à segurança. A primeira é procurar sempre pontos de venda legalmente estabelecidos; comprar somente brinquedos que contenham o selo de identificação da conformidade com a marca do Inmetro; o selo deve estar sempre visível, impresso na embalagem, gravado ou numa etiqueta afixada no produto; brinquedos importados também devem ser submetidos a ensaios em laboratórios acreditados ou reconhecidos pelo Inmetro, além de exibir o selo; os pais devem selecionar o brinquedo considerando a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança; o brinquedo deve obedecer à idade indicada; na hora da compra, exigir a nota fiscal, tíquete do caixa, recibo ou equivalente que somente empresas legalizadas possuem.

Amazon lança serviços para PMEs venderem mais e enviarem para os EUA

Empresa anunciou o lançamento de três novos serviços para vendedores brasileiros.

A Amazon Brasil quer impulsionar as vendas das pequenas empresas em sua plataforma. A companhia anunciou na última quarta-feira (6), o lançamento de três programas para os pequenos vendedores parceiros que comercializam produtos em seu marketplace. Um desses programas está ligados à logística e outros dois a vendas internacionais e fidelidade.

Uma das iniciativas é o Programa de Recompensas do Vendedor, que irá remunerar lojistas que adotarem boas práticas no marketplace da Amazon.

Segundo Ricardo Garrido, Diretor da Loja de Vendedores Parceiros da Amazon Brasil, a ação visa educar os vendedores sobre a melhor maneira de terem sucesso na plataforma. Sendo assim, a Amazon pretende remunerar e premiar os vendedores a cada boa ação adotada, como adicionar produtos de alta procura em sua estante virtual, reduzir o tempo de manuseio dos produtos (tempo entre a venda e o momento que o produto está pronto para sair para entrega), ou a entrada nos programas de logística da própria Amazon.

As recompensas por produto, segundo Garrido, variam de R$ 6 a R$ 300 e podem ser resgatadas pelo vendedor nas contas digitais da Amazon a qualquer momento.

A partir da última quarta, a empresa também passou a oferecer outros dois programas aos lojistas parceiros: o Delivery by Amazon (DBA), serviço de entregas e logística da Amazon e o programa de vendas internacionais, que facilita a entrada de vendedores brasileiros no varejo norte-americano.

Com o DBA, os vendedores parceiros passam a contar com a rede logística da Amazon, o que pode facilitar e agilizar as entregas.

Em essência, o programa permite que a Amazon calcule o frete automaticamente a cada venda feita pelos vendedores, imprime a etiqueta e coloque no produto. Na sequência, uma transportadora conveniada à Amazon retira os produtos nos centros de distribuição dos lojistas e realiza as entregas aos clientes. Ou seja, todos os trâmites da entrega ficam à cargo da varejista.

Nas primeiras semanas, o serviço estará disponível apenas em São Paulo, mas a intenção é expandir para todo o país até o final do ano.

Já o programa de vendas internacionais é uma oportunidade para que vendedores possam chegar ao mercado americano apenas pela plataforma da Amazon no Brasil. Com esse programa, disponível apenas para vendedores selecionados em um primeiro momento, uma PME pode aproveitar toda a cadeia logística da Amazon nos EUA, dos estoques de produtos nos armazéns do exterior ao serviço de entregas. “A intenção é reduzir as barreiras para que empresas do Brasil acessem outros mercados e fazer com que o cadastro para vender no exterior seja tão simples como vender no Brasil”, diz.

Segundo a empresa, os lançamentos representam a continuação de uma ofensiva para auxiliar as pequenas e médias empresas, um público que tem se tornado um grande alvo para a gigante do e-commerce. Os investimentos da Amazon para melhorar o desempenho destas empresas começaram ainda em 2020, quando investiu 18 bilhões de dólares globalmente em logística, ferramentas, serviços, programas e pessoas para ajudar os vendedores de PMEs.

Parte dessa missão também se dá na educação dos empreendedores. No ano passado, a unidade brasileira da Amazon treinou mais de 100.000 PMEs por meio de aulas on-line oferecidas em parceria com o Sebrae. “São estes investimentos, apoiados por iniciativas como o Amazon Conecta, evento que promovemos neste mês, e os lançamentos anunciados hoje, que reforçam o nosso compromisso a longo prazo com o crescimento e consolidação de vendedores parceiros brasileiros”, diz.

O momento em que acontecem esses lançamentos coincide com a expansão logística da Amazon no Brasil, segundo Garrido. “É um momento em que somamos todos os investimentos, da abertura de novos centros logísticos à uma maior presença digital. Esse agora é um próximo passo importante”, diz.

Os novos serviços também foram anunciados junto da notícia da expansão do programa de logística da Amazon no Brasil, no qual a Amazon faz desde o armazenamento e empacotamento do produto, até o envio e o atendimento ao cliente.

Neste programa, o estoque de um revendedor fica em um centro de distribuição da Amazon, que se encarrega de todas as etapas de venda desde que a compra é concluída no site. Na prática, a empresa passa a ser responsável pelo manuseio e empacotamento dos produtos até o transporte e, no final do caminho, pela logística reversa dos itens.

Lançado em dezembro do ano passado apenas para apenas empresas selecionadas pela Amazon e registradas sob o regime de tributação do Simples Nacional e no estado de São Paulo, o programa será agora aberto para todos os vendedores do estado. “Esse é o nosso programa mais refinado”, diz.