Black Friday 2021 deve manter nível de crescimento próximo ao do ano passado

Faltando poucos meses para a Black Friday, muitas empresas já estão trabalhando em estratégias de vendas para garantir bons resultados na edição deste ano.

Em 2020, a data movimentou R$ 5,1 bilhões – valor 31% superior em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo levantamento da Neotrust/Compre&Confie.

De acordo com análise da Enext, empresa focada em soluções para negócios digitais, embora a expectativa para 2021 seja de crescimento, o percentual de aumento não deve ultrapassar o ano anterior.

Na Black Friday do ano passado o varejo digital aproveitou-se das restrições de circulação e o menor horário de abertura das lojas físicas. Portanto, o consumo on-line conseguiu surfar bem essa onda.

“Em 2021, o crescimento continuará bastante sólido, uma vez que muitas pessoas que não utilizavam esse canal até o início da pandemia, gostaram da experiência e devem aproveitar os maiores descontos oferecidos pelo comércio eletrônico, mesmo com a reabertura das lojas físicas”, explica.

A análise vai de encontro com o relatório Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext.

Divulgado recentemente, o estudo aponta que 55% dos brasileiros pretendem seguir utilizando o varejo digital de forma frequente, mostrando que as compras on-line se tornaram uma tendência que veio para ficar.

Como se preparar para a Black Friday
Especialista alerta que o varejo on-line está cada vez mais competitivo e as estratégias de ativação e aquisição de consumidores estão cada vez mais sofisticadas.
Para Gabriel Lima, as lojas que apostam em estratégias e ações para o varejo on-line terão uma Black Friday bem-sucedida.

“O primeiro passo é traçar e adotar um plano de comunicação de vendas com o público-alvo e dividi-lo em três canais: Mídia Online (para atrair novos consumidores), Mídias em Marketplaces (para se aproveitar do crescimento expressivo dessa vertical) e CRM (para fomentar as vendas entre seus melhores consumidores)”, explica o especialista.

Em relação à mídia on-line, o especialista alerta que o setor está cada vez mais competitivo e as estratégias de ativação e aquisição de consumidores estão cada vez mais sofisticadas.

“É necessário ter cautela com o investimento e não atacar apenas um canal. Em vista ao cenário atual é essencial ter um orçamento mais flexível para acompanhar essas frentes de evolução do negócio”, comenta.

O segundo ponto de atenção para o mercado on-line está na estratégia de vendas por meio dos marketplaces.

Nos últimos anos, o mercado de comércio eletrônico tem sido impulsionado por lojas virtuais que fazem a intermediação da compra entre o consumidor e o vendedor. Este modelo de vendas on-line tem ajudado o mercado de e-commerce a manter os altos índices de crescimento.

Nesta Black Friday, o varejo digital necessita levar em consideração os benefícios existentes dentro deste espaço e investir em seus produtos.

Por fim, é importante implementar o sistema de CRM para fazer abordagens mais eficientes, uma vez que o processo armazena todo o histórico do cliente potencial e proporciona uma comunicação personalizada para o consumidor.

“O segredo está no CRM que segmenta a base de vendas e que resulta em uma estratégia de valor para a marca e para quem consome. Uma dica valiosa é usar o histórico da Black Friday, entender quais os produtos mais buscados e comprados pelos clientes, oferecer condições especiais e avisar as ações promocionais antes e de maneira personalizada para assim conquistar bons resultados”, finaliza Lima.

Americanas, Amazon e Mercado Livre são os melhores marketplaces do Brasil.

Opinião é de consumidores que votaram na edição deste ano do tradicional Prêmio iBest.

Americanas, Amazon e Mercado Livre são os três melhores marketplaces do Brasil, segundo o voto popular do Prêmio iBest 2021. A votação popular para a escolha do vencedor irá até o dia 24 de outubro pela internet. Além da votação aberta aos brasileiros, a Academia iBest também elegeu os Top3 pelo enfoque técnico: Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre.

“A competição pelo título de melhor marketplace do Brasil é enorme, pois existem pelo menos cinco empresas com porte, competência, interesse e foco em ter esta distinção, outorgada pelos brasileiros”, afirma Marcos Wettreich, fundador e CEO do prêmio. “O iBest é um bom termômetro do interesse do consumidor e possível bússola para se entender para onde o mercado está indo, em relação ao futuro market share no segmento”, completa.

Os vencedores serão divulgados entre 8 e 12 de novembro e poderão utilizar por um ano a certificação de excelência iBest, que, diferentemente de outras premiações, tem sua seleção baseada em algoritmo próprio que pesquisa e quantifica milhares de iniciativas, apontando matematicamente os destaques de cada segmento. Em 2021, o iBest projeta mais de 10 milhões de votos únicos ao longo da edição.

Conheça, a seguir, um pouco mais sobre os marketplaces que estão na disputa do Prêmio iBest de acordo com a escolha dos consumidores:

Americanas
O marketplace da Americanas, que permite que lojistas de todos os tamanhos e segmentos vendam na Americanas, a Americanas Empresas, o Submarino e o Shoptime, já recebeu mais de 1 bilhão de visitas e registrou compras de mais de 41 milhões de clientes. Segundo a empresa, mais de 60% das vendas são feitas por parceiros.

Amazon
O marketplace da Amazon oferece mais de 30 categorias de produtos, incluindo bebidas, móveis para casa e cozinha, e calçados e moda. Os clientes podem encontrar os produtos na Amazon assim que são publicados pelos parceiros de vendas, que vão de empresas internacionais a empreendedores individuais.

Mercado Livre
O Mercado Livre tem 75,9 milhões de usuários ativos na América Latina e mais de 12 milhões de vendedores, incluindo grandes marcas, alcançando 29 vendas por segundo. No ano passado, no Brasil, os produtos comercializados pelo Mercado Livre representaram o equivalente a 4,9% de todo o varejo.

Black Friday 2021: cibersegurança deve estar entre ações prioritárias

Oferecer um ambiente on-line seguro para os consumidores é fundamental para o bom desempenho do negócio.

A Black Friday é uma das épocas mais esperadas pelos varejistas e consumidores. Segundo dados da consultoria Ebit|Nielsen, o e-commerce movimentou 3,1 bilhões de reais só no dia 27 de novembro do ano passado. Com as vendas no on-line em alta, dados do relatório da Future Shopper Report 2021, produzido pela Wunderman Thompson em parceria com a Enext, apontam que 55% dos brasileiros pretendem seguir comprando no varejo digital de forma frequente. Com isso, oferecer um ambiente on-line seguro para os consumidores é fundamental para o bom desempenho do negócio.

Segundo a União Internacional das Telecomunicações (UIT), as perdas globais causadas por crimes cibernéticos são estimadas entre US$1 trilhão em 2020 e US$6 trilhões em 2021. Em consequência disso, grandes impactos negativos afetam as empresas, como foi o caso da Lojas Renner, que teve um ataque cibernético em agosto e ficou com seu site e aplicativo fora do ar. Os efeitos que a empresa sofreu foram enormes, além do risco do vazamento de bancos de dados, houve queda de 1,5% na Bolsa.

De acordo com Fabiano Brito, CEO da FC Nuvem, uma dica para as empresas evitarem esses ataques no período da Black Friday é buscar apoio consultivo para uma análise profunda e imparcial dos riscos, com a criação de um plano de ação para atacar rapidamente os pontos levantados, criando as camadas de segurança necessárias. Ele ainda destaca a extrema importância de ter controle e visibilidade do seu ambiente.

Como evitar fraudes
Para o especialista, proteger os dados dos clientes e das empresas, além de garantir o funcionamento da operação, é primordial para o bom desempenho do negócio. É necessário passar confiança para o consumidor e mostrar que a coloca em prática.

Uma outra dica para a empresa se proteger é construir uma arquitetura em camadas que possa gerar barreiras a serem transpostas pelos hackers e com isso não apenas desmotivá-los a continuar com a invasão, mas também proporcionar meios para rastrear e evitar o sucesso do ataque.

A cibersegurança nas empresas nada mais é do que o conjunto de medidas adotadas para proteger computadores, servidores, dispositivos móveis, sistemas eletrônicos, redes e dados contra ataques malignos. Entre as categorias de proteção mais comuns, estão segurança de rede, de aplicativos, segurança de informações, segurança operacional, recuperação de desastres e continuidade dos negócios e educação do usuário final.

Para ter mais segurança contra ataques cibernéticos, algumas soluções podem ajudar na proteção. A infraestrutura em nuvem é um grande facilitador nesse caso, pois possibilita o uso de inúmeros recursos importantes para esse tipo de proteção e remediação de forma mais ágil.

Fraudes em transações sem cartão estão mais sofisticadas

Um relatório feito pela Vesta mostrou que a porcentagem geral de transações globais que seu sistema identificou como potencialmente fraudulentas variou de 13% no primeiro trimestre de 2020 a 11% no mesmo período de 2021. O valor médio de cada transação fraudulenta subiu de US$ 126 para US$ 134 (o trimestre com o maior valor médio de transação fraudulenta foi o quarto trimestre de 2020, com US$ 155 por transação).

As tentativas de fraude, no entanto, não são distribuídas uniformemente: as tentativas fraudulentas contra comerciantes individuais variaram de 0,8% a mais de 30%, dependendo do segmento (vertical) e região geográfica do negócio.
O primeiro trimestre de 2021 viu menos fraudes na comparação com o primeiro trimestre de 2020, mas o valor médio aumentou US$ 8 por transação, sugerindo que a fraude pode se tornar um problema ainda mais caro em 2021 do que em 2020.

Há cinco sistemas operacionais responsáveis pela maioria dos pedidos de comércio eletrônico: Android, iOS, Linux, OS X e Windows. A Vesta descobriu que o Android é o sistema operacional com a maior porcentagem de transações fraudulentas, com até 26% no primeiro trimestre de 2020, mas com o valor médio em dólares mais baixo. O valor das transações fraudulentas é mais alto nos sistemas operacionais OS X e Windows, o que indica que os fraudadores realizam seus ataques mais caros no ambiente de trabalho.

Como lidar com fraude em pagamentos
Outro elemento crítico no relatório da Vesta é uma análise de fraude em transações sem cartão com ligação direta, quando comparadas com aquelas com ligação indireta. A ligação direta significa que há uma conexão comum dentro das transações que os comerciantes podem procurar como sinais de possível fraude.

Por exemplo, se cinco pedidos chegam ao mesmo tempo para o mesmo item e do mesmo endereço de e-mail, é um sinal claro de que as transações podem ser fraudulentas. A ligação indireta significa que as transações são vinculadas por meio de uma rede mais complexa de elementos, geralmente um sinal de fraudadores mais sofisticados tentando encobrir seus rastros, tornando muito difícil para os comerciantes detectá-los.

A única maneira de efetivamente identificar e prevenir fraudes em transações sem cartão com ligações indiretas é com o uso do aprendizado de máquina, e é fundamental usar modelos que tenham sido treinados com base em milhões de transações globais e que possam estabelecer conexões que os humanos simplesmente não conseguem ver, segundo a Vesta.

Crescimento do Pix
O Pix já compete com outras formas de pagamento muito adotadas pelos brasileiros, como o cartão de débito e o dinheiro em espécie. De acordo com uma pesquisa realizada pela Zetta, 81% dos entrevistados já utilizam a nova tecnologia, número bem próximo aos 85% que correspondem ao cartão de débito e 84% do dinheiro. Em sua maioria, são os jovens que mais e com maior escolaridade que usam o Pix.

O número é ainda maior do que o de outro meio de pagamento queridinho dos brasileiros, o cartão de crédito (73%), boleto (53%) e carteira digital (52%). Isso mostra que o Pix já superou até mesmo tecnologias mais recentes e que caiu de vez no gosto da população.

E-commerce brasileiro fatura R$ 53,4 bilhões no primeiro semestre de 2021

Comércio eletrônico bateu recorde de vendas no país com crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado; CEO explica por que empreendedores que não souberam reagir às mudanças impostas pela crise sanitária foram atingidos.

Em um ano ainda marcado pelos efeitos da pandemia de Covid-19, o e-commerce bateu recorde de vendas no país. Segundo indicativos da 44ª edição do Webshoppers, estudo elaborado pela empresa especializada em análise do comércio eletrônico Ebit Nielsen e realizado em parceria com o Bexs Banco, o faturamento do comércio eletrônico no primeiro semestre de 2021 foi de R$ 53,4 bilhões, um crescimento de 31% em relação ao mesmo período do ano passado.

Esta tendência já vinha sendo estabelecida desde o início da atual crise sanitária, quando ao menos 70 mil empresas entraram para o e-commerce, segundo levantamento da Visa Consulting & Analytics. De acordo com o estudo, o fenômeno foi percebido entre os meses de abril e junho de 2020, quando foram estabelecidas medidas de quarentena e isolamento social em todo o país.

Outro indicativo desta cada vez maior transformação digital por parte de empresas brasileiras pode ser constatado por um recente balanço divulgado pela Serasa Experian, empresa de análise de crédito, que apontou que, em média, 47,1% das micro, pequenas e médias empresas pretendem ampliar seus investimentos em plataformas digitais para aumentar as vendas mesmo após a pandemia.

A pesquisa ainda demonstrou que, no que depender dos empreendedores digitais, o gasto em tecnologia para vendas remotas com qualidade deve não apenas se manter, mas aumentar: para 85,8% dos empreendedores que já atuavam por meio do digital, é muito importante continuar investindo no e-commerce.

Por que uma empresa deve investir no e-commerce?

Nem todos os setores responderam bem diante da crise sanitária. Em média, 45% das 2,8 milhões de empresas brasileiras em funcionamento (na primeira quinzena de julho de 2020) declararam que foram impactadas pela pandemia, conforme informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na opinião de Claudio de Luna, CEO da Luna Assist, grupo de empresas do ramo funerário estabelecido no formato digital, os dados indicam que os empreendedores mais atingidos foram aqueles que não souberam reagir às mudanças impostas pela crise sanitária. Para estes, segundo ele, é preciso considerar a migração para o ambiente digital.

Conforme pesquisa da Webshoppers – relatório sobre o comércio eletrônico brasileiro -, ao menos 17% dos consumidores fizeram sua primeira compra on-line neste ano de 2021. “O comércio eletrônico está constituindo uma parte cada vez maior do panorama do varejo brasileiro. Para os consumidores, comprar de forma on-line oferece comodidade, segurança e economia de tempo e dinheiro. Por isso mesmo, continuará sendo a opção da maioria das pessoas, mesmo após a pandemia”, reflete Luna.

Como migrar para o comércio eletrônico?

Segundo o executivo, há pontos importantes que podem ser observados pelos empreendedores que buscam migrar para o digital.

“Em primeiro lugar, você precisa escolher a plataforma certa para o seu negócio. Existem muitos softwares e aplicativos de e-commerce à disposição, inclusive gratuitos. Quando for pesquisar pela plataforma, leve em conta as oportunidades de integração disponíveis”, afirma.

Para Luna, o empreendedor digital também deve prestar atenção à questão da logística. Detalhes como o controle de estoque e entrega devem ser analisados, com a definição de prazos realistas e a adoção de uma política de frete inteligente. Além disso, segundo o CEO, fazer o monitoramento dos produtos enviados e adotar uma logística reversa são pontos fundamentais.

“Como não poderia deixar de citar, o atendimento ao cliente é uma das coisas mais importantes para o seu negócio digital dar certo. Fique atento e responda rapidamente. Se preciso, contrate um freelancer ou uma equipe inteira para que a experiência do cliente com a sua empresa seja a melhor possível”, conclui.

Ranking IBEVAR – FIA 2021: as maiores e mais admiradas empresas

Em evento ao vivo e on-line, com convidados especiais, foram conhecidos os vencedores nas mais diversas categorias da 12ª edição do ranking.

A divulgação do Ranking IBEVAR-FIA 2021 aconteceu no último dia 16/09, evento ao vivo e on-line, com convidados especiais. Participaram no estúdio da True Education o Prof. Dr. Claudio Felisoni de Angelo – presidente do Conselho do PROVAR, professor titular da FEA-USP e idealizador do MBA Varejo da FIA –, e Alê Costa – fundador da Cacau Show e patrono do evento.

Estavam presentes também o diretor executivo da True Education, o presidente da FIA – Roberto Sbragia, a diretora executiva do IBEVAR Patrícia Cotti e coordenadores da FIA – LABFIN.PROVAR, além da participação em vídeo de todos os premiados.

Confira as melhores empresas colocadas no Ranking IBEVAR – FIA 2021:

As empresas mais admiradas pelo varejo brasileiro por segmento:
Alimentação
Vencedor: Cacau Show

Artigos para o lar
Vencedor: Etna

Brinquedos
Vencedor: Ri Happy

Franquia
Vencedor: Cacau Show

Super e hipermercados
Vencedor: Carrefour

Loja de departamentos
Vencedor: Lojas Americanas

Comércio eletrônico
Vencedor: Lojas Americanas

Material de construção
Vencedor: Telha Norte

Moda
Vencedor: Riachuelo

Farmácias e drogarias
Vencedor: Pague Menos

Atacado
Vencedor: Atacadão

Fast food
Vencedor: Mc Donald’s

Pet shop
Vencedor: Petlove

Livrarias
Vencedor: Saraiva

Esporte
Vencedor: Centauro

Beleza e cuidados pessoais
Vencedor: Eudora

Eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis
Vencedor: Via Varejo

Melhor atendimento durante a pandemia segundo o público consumidor
1º lugar – Leroy Merlin
2º lugar – Mc Donald´s
3º lugar – Magazine Luíza

Empresas mais admiradas pelos seus colaboradores
1º lugar – Magazine Luiza
2º lugar – Lojas Zema
3º lugar – Móveis Gazin

Prêmio de maior diversidade de gênero em cargos de Direção e Conselho nas empresas
1º lugar – Renner
2º lugar – Hering
3º lugar – Marisa

Os CEO’s do varejo mais presentes na Mídia: Economia e Mercados
1º lugar – Frederico Trajano Rodrigues (Magazine Luiza)
2º lugar – Flávio Gurgel Rocha (Riachuelo)
3º lugar – Alê Costa (Cacau Show)

Prêmio de Inovação no Varejo

O prêmio de inovação no Varejo foi desenvolvido pelo Comitê de Tecnologia e Inovação (liderado por Lúcio Moraes, Diretor de Transformação Digital e Líder de Negócios de Varejo Teltec Solutions) junto com o Comitê de Varejo Digital (por Mauricio Andrade, Diretor de Soluções para Bens de Consumo, Varejo e Distribuição Latam Capgemini Brasil). Empresas premiadas nas seguintes categorias:

Inteligência de Dados e Cultura de Data-Driven
Leroy Merlin

Sustentabilidade: Índice Aproveitômetro
Carrefour

Diversidade e Inclusão: Projeto Americanas na Favela
Lojas Americanas/B2W Digital

Varejo Digital B2B
Plataforma Pet 2 Pet

Varejo B2C
Projetos do Grupo Soma

Personalização e Aplicação Tecnológica
Portobello

Maior premiação da história do Ranking IBEVAR – FIA

Completando a premiação, foi concedida uma bolsa de estudos de 100% no curso de MBA Gestão de Negócios e Valorização da Empresa, no valor total de R$ 500.000,00, distribuída entre todas as empresas premiadas pelo Ranking IBEVAR-FIA 2021.

Esse presente demonstra a preocupação do Prof. Carlos Eduardo Furlanetti, diretor da FIA – Núcleo LABFIN.PROVAR, com o desenvolvimento dos profissionais do varejo por meio da Educação

Dia do cliente: faturamento cresce 46% em 2021, mostra relatório da All iN | Social Miner

Dados do relatório All iN | Social Miner comparam resultados do Dia do Cliente deste ano com o mesmo período do ano passado e trazem boas notícias para o varejo.

O que mais surpreendeu nos resultados do Dia do cliente – além do faturamento, é claro – são as percepções das empresas em relação a importância de campanhas para captação de leads e engajamento, aproveitando os picos mais altos de visita nos sites, que aconteceram com um mês de antecedência, 15 dias antes e no próprio dia do evento.

Quem pensou em campanhas de mês ou semana do cliente para obter leads e futuras vendas, provavelmente acertou em cheio.

A importância dos cadastros
Quando olhamos o relatório da All iN | Social Miner, percebemos que adquirir cadastros antecipadamente pode trazer a grande oportunidade de conhecer o público e prever seu comportamento antes mesmo das datas sazonais acontecerem, garantindo tempo para estratégias certeiras.

E quem fez isso muito bem foi ‘Farmácia e Saúde’, se tornando a categoria com maior representatividade de visitas e cadastros. E quando falamos de sign ups, outra representação importante nesse tópico é da região Sudeste, que se destacou com 69%.

E aí, vendeu bem?
Nem só de spoilers vivem os estrategistas de marketing, mas podemos adiantar que a famosa categoria de ‘Moda e acessórios’ dividiu seu podium com ‘Alimentos e Supermercados’ como os segmentos que mais registraram pedidos entre os dias 02 e 15 de setembro.

Apesar das vendas serem incríveis para o negócio, junto a isso vem a possibilidade de fraudes. E da mesma forma que a categoria dos Supermercados fez sucesso nas vendas, o segmento também estreou, já na 3ª posição, na lista de Top categorias com maiores tentativas de fraude por valor de pedido.

Mas calma que nesse período, também, enquanto o índice de tentativas de fraude no dia 15 de setembro foi 7% inferior ao percentual apurado no mesmo dia em 2020, o faturamento cresceu 46%.

E muito desse trabalho passa pela arte de fidelizar clientes, criando jornada cíclicas, ampliando o Lifetime Value. Nesse sentido, vale dizer que 3% dos consumidores que fizeram uma compra no período do Dia do Cliente em 2021 tinham comprado na mesma loja durante o evento do ano passado. Fica aí uma dica para as empresas focarem mais em relacionamento com clientes.

Faturamento do varejo on-line cresce quase 20% no Sudeste, em agosto

A região Sudeste do país teve um aumento de 19,41% no faturamento do e-commerce, em agosto de 2021, ante o mesmo mês do ano passado. Considerando o mesmo período, as vendas praticadas pela internet registraram alta de 8,16%. Os dados são do índice MCC-ENET, levantamento desenvolvido pela Neotrust | Movimento Compre & Confie Comitê em parceria com o Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net).

Considerando o mesmo período de faturamento, o Sudeste ficou em terceiro lugar comparando com as demais regiões. Os dois melhores resultados foram: Sul (25,3%) e Centro-Oeste (23,96%). Já Nordeste (17,22%) e Norte (14,97%) foram as duas últimas colocadas.

“Em 2020, tivemos um longo período de confinamento com comércios físicos fechados, alavancando as vendas pelo comércio eletrônico. Crescer de forma expressiva sobre esta base de referência, agora com o comércio físico quase em operação de normalidade é um sinal de que as vendas remotas chegaram a um novo patamar na preferência do consumidor brasileiro”, afirma Gastão Mattos, responsável pela Divisão de Varejo Online da camara-e.net.

Vendas on-line no Sudeste

Na composição de vendas on-line, por região, usando a comparação entre agosto e julho, o Sudeste ficou em penúltimo lugar (1,72%) na frente do Nordeste (?2,68%). As demais regiões configuraram da seguinte forma: Norte (5,46%); Sul (3,73%); e Centro-Oeste (1,75%).

No acumulado do ano, por região, a configuração ficou da seguinte forma: Centro-Oeste (35,42%); Nordeste (31,58%); Norte (29,85%); Sul (22,67%) e Sudeste (11,18%).

Faturamento do Sudeste

Ao observar a métrica de faturamento do setor, agosto e julho, novamente o Sudeste ficou em quarto lugar na comparação regional, com variação positiva de (3,15%), na frente do Nordeste (?1,65%). As demais regiões tiveram o seguinte desempenho: Norte (7,10%); Sul (4,42%); e Centro-Oeste (4,16%).

No acumulado do ano, os dados foram: Centro-Oeste (40,80%); Nordeste (38,51%); Sul (34,46%); Norte (31,27%); e Sudeste (20,75%).

Metodologia do MCC-ENET

Os índices mensais vêm da comparação dos dados do último mês vigente em relação ao período base (média de 2017). Para compor o índice, o Compre & Confie coleta 100% de todas as vendas reais de grande parte do mercado de e-commerce brasileiro, utilizando adicionalmente processos estatísticos para composição das informações do mercado total do comércio eletrônico brasileiro. Também são utilizadas informações dos indicadores econômicos nacionais do IBGE, IPEA e FGV.

O MCC-ENET traz uma visão completa a respeito do e-commerce no país a partir da análise das seguintes variáveis: percentual nacional e regional de vendas on-line, faturamento do setor e tíquete médio. Outras métricas analisadas mensalmente são participação mensal do e-commerce no comércio varejista e crescimento do setor no varejo restrito e ampliado, além da distribuição das vendas por categoria. Por último, a penetração de internautas que realizaram ao menos uma compra trimestralmente pela internet também está contemplada no índice.

Não estão contabilizados no MCC-ENET dados dos sites MercadoLivre, OLX e Webmotors, além do setor de viagens e turismo, anúncios e aplicativos de transportes e alimentação, pois ainda não são monitorados pelo Compre & Confie.

Sustentabilidade e consumo: as escolhas e decisões segundo a McKinsey

A busca por consumo sustentável, em sua maioria, se volta para mulheres, geração Z e pessoas com rendas mais altas

Os consumidores estão realmente mais atentos à sustentabilidade ou apenas dizendo que estão? O que as empresas estão fazendo para garantir que seus negócios sejam sustentáveis e lucrativos? Uma reunião de insights baseados em pesquisas da McKinsey & Company sobre sustentabilidade no setor de consumo tenta responder a essas e outras questões para a Bússola.

Cada vez mais discutida no cotidiano da sociedade e no mundo dos negócios, a sustentabilidade tem se tornado importante para todas as pontas, incluindo consumidores, reguladores e empresas. Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a pagar por produtos e serviços sustentáveis, deixando uma lacuna atitude-comportamento: o que as pessoas dizem que estão dispostas a fazer difere do que realmente fazem na prática.

O impacto da pandemia
A pesquisa Sentimento do Consumidor, conduzida pela McKinsey em mais de 27 países em fevereiro de 2021, aponta que a importância da sustentabilidade, meio ambiente, ESG, segurança, produtos naturais, abastecimento local, abastecimento ético, é realmente reforçada no setor de varejo e consumo com a chegada da covid-19.
“Vemos que a disposição de pagar mais por produtos sustentáveis está aumentando em todas as geografias. Estruturalmente, vemos também uma maior regulamentação ambiental. Por exemplo, mais de 70 países implementaram legislação para os plásticos”, declara o sócio da McKinsey, Ricardo Skibelski.
Durante a pandemia, muitos executivos e diretores de sustentabilidade questionaram “Este é o fim da tendência de sustentabilidade? A higiene, a segurança do produto e a disponibilidade do produto agora são as principais prioridades para o varejo e, em particular, para os supermercados? Isso acaba com o tema da sustentabilidade? A resposta clara é não”, afirma Skibelski.
A vontade do consumidor de mudar para produtos sustentáveis é muito forte na pesquisa, e esse será o principal impulsionador da mudança, mas é claro que também vemos que existem aspectos regulatórios agora em vigor e em alta aceleração. Por exemplo, 65% do PIB global está atualmente sob um compromisso líquido-zero de 2050, isso significa que 65% da economia mundial segue comprometida em se tornar neutra em carbono, o que muda completamente o cenário de negócios.
“Estamos bastante confiantes de que a tendência não veio apenas para ficar, mas mudará fundamentalmente a forma como pensamos sobre o consumo”, diz o sócio.
Os defensores da sustentabilidade se voltam para as mulheres, geração Z e pessoas com rendas mais altas. Mas, também é uma tendência confirmada em contextos sociodemográficos.

Gerações e compromisso
A importância da sustentabilidade está aumentando entre grupos demográficos e grupos de compradores. A McKinsey levantou a questão: é mais importante para os compradores de supermercados do que para os compradores com descontos?
“A verdade é que está se tornando uma questão mais importante em todos os setores. Vimos que a carne e o peixe são algumas das principais categorias em que grupos de compradores de alta renda desejam fazer escolhas sustentáveis. Existem outros fatores em que você pode ver as diferenças. Por exemplo, a geração mais jovem se concentra um pouco mais na sustentabilidade ao comprar lanches”, diz Ricardo.
O que importa aos consumidores costuma ser um assunto amplo. Não é somente sobre mudança climática, mas envolve também aspectos sociais, bem como a forma como as empresas fazem negócios.
No entanto, há uma complicação, que é a falta de uma definição de “produtos sustentáveis”. Isso torna difícil envolver os consumidores. Os rótulos ecológicos e sustentáveis que existem atualmente são mais de 463, em 199 países e 25 setores. Isso indica que se trata de um cenário complexo e não muito prático.
“Temos muitos desafios no que diz respeito à rotulagem. Para os princípios de local, orgânico, redução de resíduos, e assim por diante, não há rotulagem padronizada global, e é por isso que vemos essas grandes diferenças. Isso pode levar ao ceticismo. Também foi perguntado aos consumidores o que eles acham que é uma representação justa de como os produtos, alimentícios e não alimentícios, foram produzidos, e o resultado foi ceticismo, com perguntas como: O produto é realmente cultivado localmente? É de origem sustentável? Não é GMO? É orgânico? É reciclado ou reciclável? Ele realmente usa embalagem mínima?”, afirma o sócio.

O caso de negócios para a sustentabilidade
Há ainda o CEO que acredita que sustentabilidade e lucratividade são um tanto incompatíveis, para esse ponto a McKinsey afirma que é justo perguntar sobre o retorno do investimento e os exemplos de negócios por trás de diferentes alavancas e atividades. Mas o tema geral é que a sustentabilidade e a melhoria do desempenho da empresa andam de mãos dadas. O sócio Skibelski aponta três fatos para tornar isso mais tangível.
“O primeiro é que os produtos sustentáveis foram um motor de crescimento no passado; o segundo, em todas as categorias de consumidores, aqueles comercializados como sustentáveis têm crescido de cinco a seis vezes mais rápido do que a média do mercado. Além disso, os produtos sustentáveis têm um alto preço premium. Os consumidores dizem que estão dispostos a pagar um pouco ou até muito mais se souberem que esses produtos foram adquiridos e produzidos de forma sustentável. Terceiro — e este é um dos aspectos mais interessantes para mim é a oportunidade que vem com a sustentabilidade na construção de novos negócios ou construção de negócios verdes”, diz.
Para o sócio, especialista em B2C no escritório de São Paulo, o mercado baseado em plantas muitas vezes é agressivo no marketing da neutralidade de carbono de seus produtos — e isso realmente ressoou entre os consumidores. As empresas estão ancorando seu marketing e sua mensagem em torno dessa proposta de valor. Mas também notaram empresas na indústria de carne adotando a tendência de proteína alternativa e diversificando seu portfólio, oferecendo soluções prontas para cozinhar feitas de proteína alternativa.
A McKinsey ainda realizou algumas análises sobre os “vencedores” em sustentabilidade, ou seja, as empresas que conseguem extrair valor da sustentabilidade. E um dos principais desafios é realmente monetizar os esforços que estão sendo feitos nas diferentes etapas da cadeia de valor.
“Esse problema de monetização é o que vemos em todas as empresas e em todos os setores. Normalmente, os vencedores têm ambições muito grandes, começando do topo — os CEOs. O que é interessante é que eles estão gastando menos tempo com KPIs ou relatórios e mais treinando seu pessoal para entender o que significa sustentabilidade. E eles estão se concentrando um pouco mais no que e como e não no porquê”, declara Ricardo.

Próximas etapas para CEOs
Um desafio para os executivos C-level é que alguns têm historicamente tratado as iniciativas de sustentabilidade como gestão de risco ou prevenção de riscos, enquanto as marcas mais novas têm a sustentabilidade em seu núcleo, como parte de sua proposta de valor. As empresas estabelecidas precisam se tornar orientadas para a sustentabilidade de modo mais profundo. Mas como exatamente eles deveriam fazer isso? Qual é o conselho para o CEO de uma rede de supermercados ou o CEO de um fabricante de CPG (bens de consumo embalados) que deseja priorizar a sustentabilidade?
Para responder às questões acima, Ricardo aponta ainda os seguintes passos.
“Primeiro, avalie onde você está. Comece com uma avaliação de materialidade. Em segundo lugar, escolha as poucas áreas de foco em que você fará uma grande diferença. E então envolva sua base de clientes. Trabalhe com seus fornecedores. Essencialmente, repense seu modelo de negócios, começando com sourcing e logística”.
Segundo o sócio, empresas de bens de consumo e varejistas têm a capacidade de atender às expectativas crescentes de seus consumidores enquanto fazem parceria com outros participantes da cadeia de valor. Alguns players são extremamente integrados. Por exemplo, um dono da mercearia que possui produtos de marca própria tem a capacidade de impactar a cadeia de valor a partir do campo. Grande parte do impacto virá da colaboração com clientes e fornecedores para encontrar soluções sistêmicas e escaláveis.

4 em cada 10 brasileiros consideram o digital como principal canal de compra

O Brasil é o quinto país que mais faz uso de smartphone no mundo, de acordo com a Gartner.
Esse é um dos fatores que explica o grande acesso do brasileiro ao mercado de compra on-line, segundo pesquisa do Google feita em 2020, 4 em cada 10 brasileiros preferem o digital para fazer compras. “O mobile marketing é outro dos principais fatores de crescimento do e-commerce brasileiro. Podemos perceber que é uma das principais estratégias das empresas para aumentarem o seu número de consumidores”, afirma Bruno Niro, Co-fundador e diretor financeiro da Adaction, startup focada em campanhas de CPA em mobile marketing.

De acordo com a 7ª edição do Monitor Acision de Valor Agregado Móvel (MAVAM), 49% dos entrevistados estão dispostos a aceitar ações de mobile marketing durante o seu uso. Ainda de acordo com um relatório da WebShoppers, o faturamento entre os dias 17 de março e 27 de abril de 2020 com o comércio on-line foi de R$8,4 bilhões.

Hoje, a forma mais comum de uma empresa se comunicar com o seu cliente é o SMS, com envio de mensagens curtas sobre novidades das empresas, promoções, convites para eventos, entre outras informações. Outra ferramenta que auxilia bastante nessa estratégia digital é o Whatsapp.

Mas a novidade do momento para quem quer atrair novos usuários para um aplicativo ou aumentar as vendas é o formato conhecido como “in-app”, onde através de uma adnetwork você gera anúncios para o seu negócio dentro de milhares de aplicativos “Este tipo de formato tem nos ajudado muito a aumentar as conversões dos nossos clientes. Podemos perceber todo esse crescimento em nossos cases, em relação ao mercado financeiro, tivemos um aumento de 146,95% do primeiro semestre de 2019 para o mesmo período de 2020, e neste ano a ampliação foi de 314,71%, gerando assim mais de 3 milhões de aberturas de contas para os nossos clientes do setor bancário apenas este ano. Isso mostra o quanto esse mercado tende a continuar crescendo”, finaliza Niro.

Como o abismo da inclusão digital afeta o e-commerce

Anos atrás, parecia fácil descrever o estereótipo do “internauta”: jovem, tatuado, que fala inglês e interessado em tecnologia. Por muito tempo, tudo que estava on-line, incluindo as vendas, era voltado para esse tipo de usuário. Mas focar nesse perfil até hoje é um erro que precisa ser corrigido.

No Brasil, existem 152 milhões de internautas com mais de 10 anos de idade, o que corresponde a 81% da população. No entanto, o acesso à internet não é igual entre todos. Esse fato chama a atenção para os desafios da inclusão digital em um país de desigualdade social, sobretudo, ao considerar que essas pessoas podem ser consumidores em potencial.

“Apesar de o brasileiro estar comprando mais on-line, o e-commerce não é tão disseminado para classes C, D e E quanto para A e B. Mas isso deve mudar”, pontua Renato Meirelles, presidente e fundador do Instituto de Pesquisa Locomotiva. O executivo participou do Fórum E-Commerce Brasil – Grand Connection, na terça-feira (14).

Ele ressalta o crescimento da participação de classes de baixa renda no consumo e nas vendas pela internet, impulsionadas pelas dificuldades causadas pela pandemia. “Dois terços dos brasileiros perderam renda durante a pandemia. Mas, entre os conectados, dois terços mantiveram ou aumentaram a renda nesse período. Estamos vendo um modelo de geração de renda em uma camada importante da sociedade brasileira. Isso faz com que essas pessoas ‘realimentem’ o ecossistema do e-commerce. Para isso, antes temos que superar problemas estruturais da sociedade de acesso digital”, avalia.

Barreiras de acesso
Uma das principais barreiras de acesso pode ser notada pela questão geracional: 96% dos jovens entre 16 e 24 anos estão conectados, enquanto apenas metade dos idosos de mais de 60 anos são usuários de internet.

A renda econômica e a localização do indivíduo é outro tópico responsável por mais um “gap digital”. Os mais ricos e moradores de áreas urbanas são mais conectados do que os mais pobres e que vivem em áreas rurais.

A barreira educacional também afeta os usuários, sendo os estudantes de escolas privadas e com nível superior os mais digitalizados.

Em uma perspectiva mais aprofundada, avaliando o universo de conectados, Meirelles aponta limitações que os brasileiros enfrentam em seus cotidianos on-line. Para apresentar as diferentes formas de exclusão experimentadas pelos usuários, sobretudo das classes C, D e E, o Instituto Locomotiva criou o “Índice de Privação Online”.

“Somente 29% dos usuários ainda fazem parte daquele estereótipo de internauta que pensávamos há alguns anos, que são considerados os ‘plenamente conectados’ e são, em maioria, brancos, escolarizados e das classes A e B”, afirma o fundador do instituto.

No índice, é possível encontrar outros três grupos: os “parcialmente conectados”, que representam 26% dos brasileiros com acesso à internet e fazem parte das classes C e D; os “subconectados”, 25%, das classes D e E; além dos 20% que formam os “desconectados”, composto por pessoas mais velhas, não alfabetizadas, das classes C, D e E.

Desigualdade digital
Meirelles afirma que a renda está totalmente ligada a esses grupos, construindo o que ele chama de “abismo digital”. “Esses brasileiros não conseguem ter uma relação igual com a internet, o que acaba criando um ciclo vicioso na sociedade, porque afeta também o acesso dessas pessoas à escola, trabalho e qualidade ou existência de conexão à internet”.

Essa desigualdade pode ser observada por dois eixos: a infraestrutura e o letramento digital. Com a infraestrutura nacional de Telecom sobrecarregada e a distribuição de sinal desigual entre áreas urbanas e periféricas, a conexão para os mais pobres é drasticamente afetada.

O pouco investimento em equipamentos públicos à disposição da sociedade e as limitações de dados oferecidos pelas operadoras para o acesso à internet domiciliar e individual contribuem para acentuar a lacuna entre as classes sociais. Ou seja, sem acesso, é difícil exigir habilidade dos menos favorecidos para o uso da internet.

Ao compreender o cenário econômico do consumidor, é possível concluir que a defasagem no letramento digital do brasileiro e a infraestrutura precária comprometem negativamente o resultado de vendas on-line. Contudo, é também uma chance de perceber o quanto o e-commerce poderia crescer se a desigualdade for superada.

“Estamos em um jogo de ‘rouba-monte’ em vez de crescimento e temos o desafio de fazer com que essa situação não se perpetue”, conclui Meirelles, que sugere como ponto de partida a exigência de políticas públicas que garantam o acesso à internet como um direito fundamental do cidadão. “Se não for por valores sociais, que seja por inteligência: o abismo digital atrapalha os lucros”.