Compra em grupo, live commerce e consumidor menos leal são tendências na China

Relatório Anual de Compras da China é feito pela da Bain & Company em colaboração com a Kantar Worldpanel.
O consumidor chinês está menos leal a marcas, mais preocupado com preço – se dispondo até a fazer compras em grupo se isso garantir boas ofertas – e adepto às novas tecnologias de venda, como o live commerce. Essas tendências são apontadas na 10ª edição do Relatório Anual de Compras da China, Vol I, feito pela da Bain & Company em colaboração com a Kantar Worldpanel.

A Bain e a Kantar analisaram as 26 categorias que abrangem os quatro maiores setores de bens de consumo: alimentos embalados, bebidas, cuidados pessoais e cuidados domésticos. A pesquisa também analisou outras 19 categorias para formar uma visão mais abrangente do mercado.

O documento mostra que a pandemia de Covid-19 teve um forte impacto nos hábitos de compra dos consumidores chineses em todas as categorias e mudou a maneira como os indivíduos gastam seu dinheiro.

Após uma queda no primeiro trimestre de 2020, os gastos com bens de consumo de giro rápido, como alimentos embalados, bebidas e artigos de higiene pessoal, se recuperaram no segundo trimestre de 2020, com o crescimento de alimentos e bebidas convergindo para cuidados pessoais e domésticos. No final de 2020, o valor geral desses produtos na China havia crescido 0,5%; o maior volume compensou a deflação geral de preços no mercado. Embora algumas categorias de produtos estejam em processo de retorno às tendências pré-Covid-19, outras categorias estão sentindo um impacto duradouro que provavelmente continuará ao longo de 2021.

Até 2020, os preços caíram tanto para bebidas quanto para alimentos embalados; no entanto, o volume de alimentos embalados aumentou à medida que os consumidores estocaram durante a crise da Covid-19 e as preocupações com a escassez aumentaram os gastos com alimentos não-perecíveis. Os preços de produtos de cuidados pessoais e domiciliares também aumentaram, especialmente devido ao maior volume de compras por causa das preocupações com a higiene.

“Vimos que a Covid-19 alterou a maneira como os consumidores chineses pensam sobre por que e como compram bens de consumo de giro rápido”, explica o sócio da Bain & Company de Xangai Bruno Lannes. “Ao longo da crise, o objetivo foi manter a si e a sua família com saúde e segurança, por isso eles se concentraram na compra de produtos de forma a ajudá-los a atingir esse objetivo. Houve também um aumento na compra de bens que iriam manter a família em caso de falta de alimentos, e esses itens foram comprados a granel em todo o país.”

Comércio eletrônico e live streaming

O comércio eletrônico foi o único canal de varejo que apresentou rápido crescimento, embora as lojas de conveniência quase tenham atingido o nível anterior à Covid-19. Essa mudança para o on-line persistiu em todas as categorias em 2021 e continua a ganhar participação de mercado e penetração. O e-commerce com live streaming também mais que dobrou em 2020, liderado por roupas, produtos para a pele e alimentos embalados. Como mais consumidores tiveram que fazer compras em casa durante a pandemia, devido a questões de segurança ou bloqueios, as vendas on-line para off-line aumentaram em mais de 50%.

“O boom no varejo on-line foi uma das maiores mudanças para a indústria de produtos de giro rápido durante a Covid-19, não apenas na China, mas globalmente”, diz o diretor-administrativo da Kantar Worldpanel Greater China, Jason Yu. “Esperamos que essas mudanças continuem a prevalecer no futuro, pois os consumidores e varejistas agora mudaram seus hábitos e modelos para darem conta delas.”

Para entender o impacto total da Covid-19 nos produtos de giro rápido e o que esperar em 2021, as empresas compararam o desempenho no primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período pré-pandêmico em 2019. No geral, o crescimento está recuperando força, mas permanece moderado.

A lenta recuperação de gastos da categoria e os ganhos modestos no primeiro trimestre de 2021 contribuíram para uma taxa de crescimento de valor de 1,6% ano a ano, mais lenta do que o crescimento de 3% alcançado dois anos antes. O valor cresceu 1,6%. O volume foi o principal contribuinte para o crescimento do valor, impulsionado por uma recuperação na frequência das viagens de compras. Enquanto isso, à medida que a pandemia diminuía na China, a diferença típica da taxa de crescimento de duas velocidades entre os setores de alimentos e bebidas em relação aos setores de cuidados domésticos e cuidados pessoais voltou.

Outra tendência que se enraizou na pandemia: compras em grupos comunitários. As plataformas da internet compram e vendem diretamente para “líderes da comunidade” que cuidam da entrega em toda a vizinhança. A nova abordagem de distribuição resultou em uma penetração de 27% no primeiro trimestre de 2021 e está se tornando tão importante que todas as principais plataformas de internet de varejo estão investindo pesado nela para se manterem conectadas aos consumidores.

As compras em grupos foram tema de artigo recente do COO da Gouvêa Ecosystem, Eduardo Yamashita, no portal Mercado&Consumo. “Este movimento (…) é só mais um exemplo do ritmo de transformação que estamos vivendo, impulsionado ainda mais pela aceleração do digital causada pela pandemia e fazendo com que mesmos os gigantes do setor se sintam pressionados e precisem se reinventar. Quem não correr provavelmente ficará para trás”, pontou.

“A Covid-19 terá implicações duradouras. Para ficar à frente, as marcas precisam reestruturar seu portfólio de produtos e marcas para melhor se adequar às condições de mercado pós-pandemia e adaptar toda a estrutura de custos para atender tanto os consumidores orientados para o prêmio quanto os orientados para o valor. As marcas precisarão administrar a tensão entre as pressões inflacionárias sobre as matérias-primas e o desenvolvimento do novo ambiente deflacionário de crescimento impulsionado pelo volume. Além disso, as marcas devem se concentrar mais no recrutamento de novos consumidores, especialmente em cidades menores”, explica Derek Deng, sócio da Bain & Company de Xangai.

Menos lealdade às marcas

O volume de marcas estrangeiras vendidas na China no ano passado caiu 4,1%, enquanto o preço médio de venda subiu 1%, segundo o relatório. Como resultado, o estudo mostra que o valor das marcas estrangeiras caiu 3,1%, contra uma queda de 0,5% para as empresas nacionais. “As marcas chinesas, auxiliadas por sua forte cadeia de suprimentos local, reagiram mais rapidamente às mudanças nos sentimentos do consumidor e capturaram mais crescimento de volume, reduzindo o preço médio de venda”, diz o relatório.

“Em geral, quando você fala sobre marcas estrangeiras, os consumidores chineses as conhecem, entendem e gostam de comprá-las e usá-las da mesma forma que gostam de comprar e usar marcas locais”, afirma Bruno Lannes. Segundo ele, os consumidores chineses estão se tornando menos leais e comprando de uma variedade maior de marcas. “O fato de ser uma marca local versus uma marca internacional pode não ser um critério tão importante. O que é mais importante é: esta é a marca certa para mim?” disse ele, destacando fatores como funcionalidade e recomendações de amigos.

O executivo resume: “No geral, as pessoas estão dispostas a gastar. É por isso que o volume está alto. Mas elas são um pouco mais sensíveis ao preço do que antes.”

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Confiança do comércio sobe e registra maior nível desde setembro de 2020

Resultado positivo foi influenciado pela percepção de aumento do ritmo de vendas.
A confiança do comércio atingiu, em junho, o maior nível desde setembro do ano passado. É o que aponta o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV Ibre). A alta, no mês, foi de 2 pontos, fazendo com que o índice saísse de 93,9 para 95,9 pontos. Em setembro de 2020, o ICOM estava em 99,6 pontos.

Considerando-se as médias móveis trimestrais, os resultados também se mostram positivos para o setor. O indicador subiu 7,8 pontos, registrando a segunda alta depois de seis meses de quedas consecutivas.

“O resultado positivo desse mês foi influenciado pela percepção de aumento do ritmo de vendas, enquanto as expectativas voltaram a oscilar, sugerindo que o cenário para os próximos meses ainda apresenta riscos. A melhora da confiança do consumidor, ampliação da vacinação e recuperação do mercado de trabalho são fatores que podem solidificar essa retomada. Mas a incerteza e o risco de novas ondas da pandemia ainda pesam no sentido oposto “, avalia o coordenador da Sondagem do Comércio do FGV Ibre, Rodolpho Tobler.

Em junho, a confiança avançou em quatro dos seis principais segmentos do comércio e foi influenciada pela melhora da percepção com o momento presente. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 9,3 pontos para 104,2 pontos, maior valor desde outubro de 2020 (105,1 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 5,9 pontos para 87,6 pontos.

Depois de registrar intensa queda no primeiro trimestre de 2021, a confiança do comércio em médias trimestrais também volta a subir influenciada pela melhora da satisfação com o momento presente. O aumento das medidas restritivas no final do primeiro trimestre contribuiu para a queda do ISA-COM trimestral, mas a flexibilização nos meses seguintes e o avanço da vacinação influenciam positivamente na percepção do ritmo de vendas. O nível mais baixo do IE-COM sugere que ainda há muita incerteza em relação à continuidade dessa recuperação nos próximos meses.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Social Commerce: 74% dos brasileiros usam redes sociais para comprar; Maioria consome pelo Google Shopping, Instagram e Facebook

Pesquisa realizada pela Social Miner I All iN em parceria com a Etus e a Opinion Box revela ainda que 56% preferem procurar itens de desejo nas redes sociais para ter acesso a comentários/avaliações sobre a experiência de compra de outras pessoas.
O consumo on-line, que já vinha crescendo significativamente antes da pandemia, hoje se tornou um hábito para 86% dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN | Social Miner – que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar empresas a otimizarem seus resultados -, em parceria com a Etus e a Opinion Box. O levantamento mostra que 37% fazem uma visitinha às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras. E como boa parte das pessoas está nas redes sociais – são 4,2 bilhões de usuários no mundo segundo a We Are Social -, o avanço do Social Commerce, que engloba o relacionamento mais próximo com os compradores e a prática de compra e venda via redes sociais, ocorre a passos largos.
Para se ter uma ideia dessa rápida evolução, para pesquisar itens de desejo, 76% dos consumidores já recorrem às redes sociais – 56% deles para ter acesso a avaliação de outros clientes, e 54% para comparar preços. Os clientes das classes A e B são os que mais se interessam pela experiência de compra de outras pessoas (75%), enquanto entre o público de classe C, D e E, a porcentagem fica em 65%.
Para André Patrocínio, CEO da Etus, isso indica que os consumidores acreditam que as redes sociais têm possibilitado o acesso a uma avaliação real sobre o produto e a loja. “Quem está pesquisando quer saber a opinião de quem já comprou para ter certeza se o produto é de boa qualidade, se o tempo de entrega, preço e atendimento valem à pena, bem como se a compra é segura. Os comentários ficam visíveis, e isso pode ser bastante positivo à marca – ou não. Por isso, é fundamental garantir um bom atendimento nas redes sociais, e também no site e aplicativo”, explica Patrocínio.

O Instagram é o preferido por quem usa as redes para buscar produtos (62%), seguido pelo Facebook (61%), Google Shopping (61%) e Whatsapp (37%).

Mas quando chega a hora de comprar, qual canal é o escolhido pelos clientes?
Dos 86% que têm o costume de consumir online, 74% o fazem pelos sites e aplicativos, 18% nas lojas físicas, e 8% pelas redes sociais. Falando especificamente dos que usam as redes sociais para consumir, a maioria recorre ao Google Shopping (53%) e ao Instagram (50%).
Entre as razões pelas quais as pessoas escolhem comprar nas redes sociais, há uma gama de opiniões diferentes que vão desde as mais comuns, que são preço, rapidez, e acesso a mais informações sobre os produtos, à facilidade e praticidade ao pesquisar e à possibilidade de encontrar lojas menores, de pequenos e médios produtores:
Vale observar também os pontos considerados pelos compradores que preferem recorrer a sites e aplicativos, para incluir no planejamento de marketing das redes sociais e aumentar as chances de vendas nesses canais. Além dos preços (54%) e praticidade (49%), por exemplo, há pessoas que se sentem mais seguras ao comprar em sites e apps (44%), e outras que querem ter acesso a mais opções de produtos (44%). Pensando nisso, cabe aos varejistas que estão nos Instagram e Facebook, por exemplo, aumentar os itens exibidos em suas páginas para mostrar mais variedade, e otimizar o processo de compra para transmitir mais segurança.
A importância das avaliações no Social Commerce

75% dos consumidores têm o hábito de avaliar lojas e marcas das quais compram, 62% fazem isso nos sites das lojas/marcas, 35% em sites como o Reclame Aqui, e 34% nas redes sociais da marca, ou nas suas próprias redes sociais (que é a opção de 26% dos respondentes). E, como vimos anteriormente, 56% aderiram às redes sociais para pesquisar sobre produtos com o intuito de ter acesso às avaliações de outros compradores, e 67% vão direto aos comentários de outros clientes para saber como foi a experiência deles com a marca.
Diante desses números e do crescimento significativo do Social Commerce, André Patrocínio acredita que é fundamental que as empresas – incluindo pequenos produtores – percebam que Instagram, Facebook, Whatsapp, conhecidas redes de relacionamento entre amigos e familiares, se abriram e ganharam força quando o assunto é comércio, e se atentem mais a estratégias que incluam esses canais, até porque, proporcionar uma jornada omnichannel aos consumidores hoje é algo essencial, visto que 60% já consomem de forma híbrida no país.
“As redes sociais têm se mostrado uma importante vitrine – tanto para o lado positivo quanto para o negativo – e uma grande ferramenta de fidelização, tanto às grandes marcas, que conseguem dividir com os potenciais compradores a rotina de produção dos itens e serviços oferecidos, convidando-os a interagir e fazer parte desse dia a dia, quanto aos pequenos produtores e comércios locais, que conseguem divulgar seus negócios de maneira orgânica. Cabe aos varejistas investir em uma boa comunicação e uma boa experiência aos usuários para que suas qualidades sejam amplificadas por meio das redes”, afirma o CEO da Etus.
Junto a lojistas/marcas nessa missão, a Social Miner | All iN e a Etus unem dados de consumo, tecnologia e apostam na humanização para compreender o comportamento de compra de cada usuário, e oferecer as ferramentas necessárias às empresas para que acessem esse público. Como? Com inteligência exclusiva. A Social Miner | All iN, por exemplo, usa tecnologia para identificar a etapa na jornada de consumo que o cliente está – e sua intenção de compra -, e utilizam people marketing para compreender o contexto e qual a comunicação/linguagem a ser adotada, gerando acionáveis automaticamente para ajudar o consumidor na sua decisão de compra, através de campanhas personalizadas.
**Pesquisa da All iN | Social Miner e Opinion Box, que ouviu 1125 brasileiros entre os dias 02 e 07 de junho de 2021

Fonte : ipnews.com.br

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A China avança, aprende e ensina

Se tem algo que não mudou na transição do governo de Donald Trump para o de Joe Biden nos Estados Unidos foi a preocupação com o crescente protagonismo da China no mundo e seu poder de influenciar outras economias por meio de alianças multilaterais e acordos econômicos bilaterais.

Mas a China está também cada vez mais atenta às demandas globais e, em setembro do ano passado, Xi Jinping, presidente do país e secretário-geral do Partido Comunista, propôs tornar sua economia neutra em carbono até 2060, o que teria forçado Biden, já no início de seu mandato, a anunciar a mesma meta antecipada para 2050.

A pandemia precipitada pela Covid-19 contribuiu para acelerar e redesenhar a geopolítica global, antecipando um outro processo de polarização que já se desenhava há muitos anos entre a influência norte-americana e a chinesa.

Como, por exemplo, a ação recente do grupo G7 das economias mais industrializadas do mundo que, influenciado pelos Estados Unidos, propôs o imposto corporativo internacional que seria também usado para financiar projetos de infraestrutura em economias emergentes nas quais cresce a influência chinesa.

Ou todo o esforço para conter a participação chinesa nas áreas de tecnologia, da Indústria 4.0 e do avanço global do 5G como forma de reduzir a velocidade de crescimento de sua influência em outras economias. Este elemento está presente no projeto estratégico da já maior economia mundial pelo critério PPP, de Paridade de Poder de Compra, e que deverá se consolidar como tal, em qualquer critério, estima-se, até 2030.

Paralelamente a tudo isso, neste 1º de julho o Partido Comunista Chinês completa 100 anos e conduz o país em suas conquistas na área econômica, avanços na área social e de sustentabilidade e crescente projeção no cenário global, ao mesmo tempo que promove marcante expansão do consumo interno e exporta modelos de organização, como no caso dos Ecossistemas de Negócios.

Sem entrarmos na discussão ideológica de modelos políticos, é preciso reconhecer a visão estratégica, a capacidade de planejar tendo décadas e séculos como unidade de tempo, a competência na execução, o senso de urgência, a velocidade na transformação positiva da realidade e a capacidade de inovação em todos os aspectos, mas em especial na tecnologia, que a China oferece ao mundo.

Haveria também, sem dúvida, muito a ser dito sobre aspectos negativos de seus métodos coercitivos e impositivos e ações no campo político, mas no momento preferimos nos concentrar nos avanços positivos que podem nos inspirar, sem nos deixarmos intimidar na análise dos fatos pela discussão ideológica das virtudes e problemas do comunismo e da democracia.

A transformação positiva em muitos aspectos que ocorre na China e é exportada no seu projeto de expansão global tem nos influenciado de forma marcante. Transformou o país no maior parceiro comercial do Brasil e, de longe, no maior importador de produtos brasileiros com compras na ordem de US$ 68 bilhões em 2020, mais de três vezes o que é importado pelos Estados Unidos. Sem falarmos na crescente influência e participação de empresas de origem chinesa no mercado brasileiro nas mais diversas áreas, que vão da agricultura ao setor financeiro, passando por e-commerce, eletrônicos e eletrodomésticos, tecnologia e muito mais.

Não se pode dizer que o acontece na China fica na China. O que lá acontece tem influenciado de forma relevante o mundo e o Brasil em particular. Tudo aquilo que no passado nos obrigava a conhecer, estudar, avaliar, discernir e nos inspirar com os Estados Unidos devemos fazer agora com um olho na China e outro nos Estados Unidos. É por aí que o mundo está e continuará se transformando. E nos inspirando e/ou preocupando.

Nota: Durante o Latam Retail Show virtual de setembro deste ano, haverá em paralelo o 1º Encontro Brasil-China para Desenvolvimento do Varejo e Consumo, em edição aberta e gratuita com inscrição prévia, mostrando as experiências e aprendizados de empresas brasileiras desses setores na China e, da mesma forma, das empresas chinesas no Brasil. No próprio programa do Latam Retail Show, acontecerá o 1º Latam Business Ecosystem Summit, reunindo aprendizados globais e locais sobre esse modelo de organização empresarial e o lançamento do livro “Ecossistemas de Negócios Made in Brazil”. Para conhecer mais, clique aqui.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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NRF Converge:: Surgem os primeiros sinais de como fica o varejo no mundo pós-pandemia

“Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara.” Essa célebre frase do Mike Tyson, citada pelo Lee Peterson em sua palestra no NRF Retail Converge, evento virtual promovido essa semana pela National Retail Federation, define bem o que muita gente está sentindo agora. Os planos de várias empresas foram atingidos em cheio pela pandemia – e boa parte delas está desorientada até agora com as mudanças, que seguem acontecendo em ritmo acelerado.

A palavra mudança, por sinal, tem sido repetida à exaustão no NRF Converge, que começou na segunda-feira (21) e termina nessa sexta (25). Suresh Kumar, experiente Chief Technology Officer do Walmart, por exemplo, foi direto ao avisar que “mudança será uma constante e por isso precisamos manter o foco no consumidor”. Pode parecer incoerente que um profissional de tecnologia recomende mais atenção aos consumidores do que às novas tecnologias, mas Kumar sabe que o papel da tecnologia é melhorar a eficiência de varejistas e a experiência dos consumidores.

Experiência, aliás, é um dos três conceitos que têm sido destacados frequentemente por varejistas e especialistas que participam do evento. Os outros dois são conveniência e valor. Michelle Gass, CEO da Kohl’s, destacou esses três fatores como essenciais na revisão das estratégias dessa loja de departamentos focada em moda. Rachel Dalton, Diretora na Kantar, foi na mesma direção. Pode parecer simples, mas experiência, conveniência e valor podem significar coisas diversas para pessoas diferentes. Como disse Carol Tomé, CEO da UPS, a saída é conhecer profundamente seus clientes para entender o que pensam e oferecer aquilo que eles realmente buscam. E aí voltamos para o tal foco no consumidor.

Quer entender por que entender o foco no consumidor é tão importante? Então olhe esses números.

As vendas no varejo americano ainda tiveram crescimento de 7% em 2020 e podem aumentar até 13,5% esse ano, de acordo com projeções da NRF. Os americanos estão comprando. A questão é saber o que passaram a comprar, onde e de que maneira. A Kohl’s, por exemplo, está reduzindo a oferta de roupas formais masculinas e ampliando a de roupas casuais e para prática esportiva. Marcas como a Recurate estão surfando a onda do consumo de produtos usados.

Mas nenhum movimento tem sido tão transformador quanto o da omnicanalidade. Dados da Kantar revelam que 85% dos americanos são omniconsumidores, ou seja, compraram ano passado tanto online quanto em lojas físicas (5% compraram apenas online e 10% somente em lojas de tijolo e cimento). Para dar uma ideia da velocidade com que as estratégias omnichannel mudaram o cenário, basta dizer que em 2015 a participação do e-commerce nas vendas totais do varejo americano era 11%. Em 2019, último ano do “velho normal”, esse índice chegou a 16%. Um ano depois, impulsionado pela pandemia, a fatia do comércio eletrônico pulou para 21% e, ainda segundo estimativas da Kantar, deve continuar a trajetória ascendente, representando 1/3 do faturamento do varejo nos Estados Unidos em 2025.

Isso não significa que as lojas físicas desaparecerão. Elas terão uma contribuição menor no faturamento do varejo, mas continuarão sendo fundamentais para as empresas, adquirindo um papel estratégico, por exemplo, na questão logística. Estudo da WD Partners mostrou que nada menos do que 84% dos americanos fizeram compras on-line e retiraram produtos em uma loja nos três meses anteriores à pesquisa. Não é a toa que os MCFs (micro fulfillment centers) e as dark stores têm sido tão discutidas por lá nos últimos tempos. Lee Peterson inclusive imagina que novas lojas e até shopping centers poderão ser desenhados levando em consideração um bom espaço nos fundos para atender às necessidades logística das marcas.

Mas as lojas físicas não precisarão se restringir ao papel de coadjuvantes logísticos do e-commerce. Serão também lugares de descobertas, interação e muitas experiências. A Lionesque abriu em julho do ano passado, em Seattle, uma loja para abrigar pop-ups, atraindo marcas e lojistas querendo aproximar-se de consumidores ou testar mercados – reforçando, assim, o movimento do RaaS (Retail as a Service). Lego vai transformar o conceito de suas novas lojas, passando a ser um destino de experiências físicas e digitais, em vez de simplesmente um ponto de venda de produtos. Algo como Camp já vinha fazendo, antes da pandemia.

Porém, para conectar-se de fato aos consumidores, em especial aos mais jovens, nesse mundo dominado por incertezas, será preciso oferecer propósito, significado, otimismo e inspiração. Temas como economia circular, diversidade, equidade e inclusão terão que ser praticados com convicção e autenticidade. Assim como as gerações anteriores, os jovens de hoje também querem expressar sua identidade por meio das marcas que consomem. A diferença é que, ao contrário dos seus pais, que buscavam status, os novos consumidores querem mudar o mundo, e nessa jornada darão preferência a marcas ativistas, identificadas com seus valores.

Diante de tantas pistas sobre o futuro do consumo e do varejo no pós-pandemia, a rota para a transformação das empresas varejistas estaria bem traçada, bastando seguir o mapa, certo? Bem, mais ou menos. Ainda existe o problema da cultura.

Abraçar a mudança e o digital ainda parece um desafio grande demais para muitos profissionais. Prova disso é esse dado apresentado pela WD Partners no NRF Converge: apenas 35% dos varejistas acreditam que as pessoas passarão a comprar mais frequentemente online no futuro. No entanto, 59% dos consumidores disseram que pretendem comprar mais pela internet daqui para a frente. Tem mais: 59% dos varejistas confiam que seus clientes seguirão frequentando lojas físicas, mas apenas 40% dos consumidores pensam da mesma maneira.

A distância entre a percepção dos varejistas e a realidade demonstra claramente que o mundo mudou, os consumidores mudaram, mas nem todo mundo se deu conta do tamanho da mudança.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Varejo de moda registra maio positivo para 9 a cada 10 lojistas

Setor foi impulsionado por demanda represada e pelo Dia das Mães.

O desempenho em vendas no mês de maio foi melhor para todas as varejistas de moda associadas à Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), entidade que representa mais de 100 marcas que comercializam vestuário, calçados, acessórios de moda e artigos têxteis para o lar.

Na comparação com o mês de abril, 100% das varejistas reportaram resultados de vendas melhores em maio, tanto nas lojas físicas quanto no e-commerce, segundo a enquete mensal realizada com os associados. Mas o diretor-executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, destaca que em 2020 as lojas físicas estavam fechadas em sua totalidade, por conta da primeira onda da Covid-19 no País e, por isso, “não é base comparativa na enquete”.

Ainda assim, no comparativo feito de maio de 2021 com maio de 2019, para 91% dos respondentes as lojas físicas tiveram resultados melhores; os demais 9% informaram que os resultados foram iguais ou piores. No e-commerce, o desempenho foi melhor para todos, em relação ao mesmo período de 2019.

“O dado positivo reflete a importância do Dia das Mães para o varejo de moda no primeiro semestre e, sobretudo, é um efeito das compras que estavam represadas durante as restrições ao funcionamento das lojas e shopping centers”, afirma Lima.

Temperaturas baixas animam setor

O setor também está animado com a frente fria que atingiu em especial as regiões Sul e Sudeste do País. “As temperaturas mais baixas aumentam a atratividade dos produtos”, disse Lima.  De acordo com ele, os dados do Dia dos Namorados, que serão conhecidos daqui a algumas semanas, também devem reforçar essa tendência.

Na mais recente pesquisa do IEMI – Inteligência de Mercado, o cenário é favorável para o varejo de moda devido à intenção de compra para a coleção Outono/Inverno. Cerca de 7 a cada 10 brasileiros pretendem comprar roupas de frio. O levantamento mediu a aderência e a intenção de compra de produtos de vestuário nesta coleção envolvendo 1.200 entrevistados com mais de 18 anos de todas as regiões do País. Do total de participantes, 73% pensam em comprar itens da coleção Outono/Inverno.

 

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Vendas no varejo no Brasil crescem 21% em maio, mostra ICVA

As vendas no varejo brasileiro cresceram 21% em maio frente ao mesmo mês do ano passado, em dados que descontam a inflação, mostrou nesta terça-feira o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que monitora mensalmente 1,4 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos.

Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, houve aumento de 36,7% na mesma base de comparação. Efeitos de calendário beneficiaram o resultado de maio deste ano, que contou com um dia útil a mais que em igual período de 2020.

Foi o segundo mês seguido de aceleração das vendas registradas pelo ICVA.

“Assim como observado em abril, a forte alta das vendas no mês de maio está relacionada com a fraca atividade comercial verificada no mesmo mês do ano passado, quando boa parte do comércio estava de portas fechadas por conta da pandemia da Covid-19”, disse o chefe de Inteligência da Cielo, Pedro Lippi.

“Em termos nominais, os resultados de maio deste ano mostram que estamos próximos do patamar registrado antes da pandemia, embora ainda cerca de 3% abaixo do observado em maio de 2019.”

 

Fonte : 6minutos.uol.com.br

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Netflix lança e-commerce com produtos exclusivos

Empresa aposta na diversificação de negócios para ampliar a receita, após desaceleração.

Buscando a diversificação de negócios, a gigante do streaming lançou, na quinta-feira (10), um e-commerce, o Netflix.shop. A loja on-line terá objetos colecionáveis e peças de vestuário baseados em produções originais da marca. Entre os itens lançados estão streetwear e bonecos de ação baseados na série de anime Yasuke e Eden, além de itens de vestuário e decoração inspirados em Lupin, projetados e produzidos em colaboração com o museu do Louvre.

Por enquanto, as vendas estão concentradas nos Estados Unidos, mas serão expandidas para outros países ao longo dos próximos meses. “Estamos entusiasmados em oferecer aos fãs uma nova maneira de se conectar com suas histórias favoritas e apresentá-los à próxima onda de artistas e designers que abraçam o poder da narrativa em todas as suas formas”, informou a empresa.

A loja on-line é uma parceria com a empresa de tecnologia Shopify. Segundo o New York Times, o e-commerce é um esforço liderado pelo executivo Josh Simon, que dirige a divisão de produtos de consumo da Netflix.

Simon ingressou na empresa em março de 2020, depois de trabalhar em uma função semelhante na Nike. Sob seu comando, a equipe de produtos de consumo cresceu de 20 para 60 pessoas, e a Netflix fez acordos com Walmart, Sephora, Amazon e Target para vender roupas, brinquedos, kits de beleza e utilidades domésticas, entre outros itens, relacionados à sua série e filmes.

Aumento da concorrência

A iniciativa é vista como uma alternativa de receita para a Netflix após um trimestre em que seu crescimento explosivo mostrou sinais de desaceleração com o aumento da concorrência no streaming, que agora inclui a Disney +.

A diversificação de negócios não deve parar por aí. Segundo o jornal Los Angeles Times, a Netflix está expandindo seus podcasts, recebendo sugestões de produtores externos e procurando um executivo para liderar o projeto. O objetivo é tentar manter a audiência interessada em seus programas e filmes.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Pesquisa de comportamento de consumo do Itaú aponta setores aquecidos

Entre os setores com maior crescimento em 2021 estão saúde e bem-estar.

Com a chegada de 2020, a economia brasileira sofreu um duro golpe por causa do vírus. Inúmeros setores tiveram prejuízos imensuráveis, sobretudo os que dependiam da presença física de consumidores, como foi o caso do comércio físico e do turismo. Com o avanço da doença no Brasil, o cenário se intensificou e levou inúmeros colaboradores ao desemprego, o que representou uma queda brusca no consumo.

Um ano mais tarde, no entanto, a economia parece dar um respiro. É o que diz o a pesquisa “Análise do Comportamento de Consumo”, do Itaú Unibanco, relativo ao primeiro trimestre de 2021. Embora nem todos os setores tenham obtido uma melhora tão alta, boa parte das categorias apresentou crescimento, o que configura um respiro aliviado.

“É importante lembrar que as empresas, em 2021, estão muito mais preparadas para esse cenário de pandemia. Então, mesmo tendo uma segunda onda e uma maior restrição, observamos um crescimento”, destaca Moisés Nascimento, diretor de Estratégia e Engenharia de Dados do Itaú Unibanco.

Investimento em saúde e bem-estar

De acordo com a pesquisa, um dos setores com maior crescimento foi o de saúde. Gastos com tratament0os, prevenções e exames aumentaram significativamente em comparação com o mesmo período de 2020: foram 80% em laboratórios de análises clínicas, 29% em médicos e clínicas e 14% em hospitais.

Para além do setor de saúde — que já dava sinais de crescimento intenso logo ao início da pandemia —, algumas outras categorias também aumentaram de um ano para o outro. Foi o caso dos gastos com feiras livres e hortifrútis, que cresceram 47% e 22% respectivamente. Esse índice indica que os brasileiros passaram a investir mais em alimentos saudáveis durante a pandemia.

Seguindo a linha de bem-estar, o estudo também mostrou que os brasileiros passaram a se interessar cada vez mais por atividades ao ar livre, tendo a bicicleta como uma das ferramentas preferidas — um crescimento de 52% entre um ano e outro.

A partir do isolamento social, nota-se que o consumo voltado para a saúde e o bem-estar passaram a ter um peso maior na vida dos brasileiros, algo que tende a seguir dessa forma para os próximos meses.

Consumo

Foto: Hábitos de Saúde | Itaú Unibanco

O home-office com mais consumo

Em uma situação na qual milhares de brasileiros passaram a trabalhar de casa, houve também um gasto mais exacerbado nos serviços destinados à casa. A pesquisa do Itaú mostra que cresceu o consumo por serviços de manutenção, tais como dedetização (16,4%), investimento em ar-condicionado (59%) e impressoras e computadores (51%).

Para passar o tempo dentro de casa, o estudo também aponta que houve um grande investimento em games, serviços de streaming, livros e instrumentos musicais (8,5%). Especificamente para videogames, as vendas saltaram 165% na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Com o passar do tempo, as pessoas também passaram a investir em computadores e softwares que comportassem as novas necessidades digitais. “Como todo mundo está trabalhando de casa, os equipamentos de computadores e softwares que você usa no home-office também estão relacionados a um consumo intenso de relações digitais. As pessoas provavelmente estão consumindo mais tecnologia, porque esse é o meio de interagir com o mundo agora”, complementa Moisés.

Outro destaque percebido foi que, com as pessoas mais dentro de casa e, por consequência, com mais tempo livre, houve um investimento forte em educação. Ao todo, o crescimento em cursos diversos, desde livres à graduação e pós-graduação, foi de 82%.

Consumo

Foto: Hábitos de Consumo | Itaú Unibanco

Aumento nas datas comemorativas

Um bom destaque para o varejo foi o aumento do consumo em datas comemorativas. De acordo com o estudo, a Páscoa teve resultados muito melhores do que os apresentados em 2020. “A Páscoa foi doce para o nosso varejo, cresceu 24% nos segmentos de docerias e lojas de chocolate”, destaca Moisés.

Para o Dia Internacional da Mulher, houve também um aumento na venda de flores (35%), um crescimento positivo e bastante esperado, visto que o setor de floriculturas teve momentos apertados em 2020.

Por fim, a pesquisa também salienta que o carnaval apresentou um aumento bastante distinto do anterior. Ao todo, houve crescimento de 25% no valor transacionado à data, sendo 54% relacionado a transações online. “O brasileiro realmente trocou a avenida pelas compras, principalmente pelas on-line”, explica Moisés.

Consumo

Foto: Hábitos de Consumo | Itaú Unibanco

Meios de consumo e pagamentos

De acordo com a pesquisa, houve uma expansão nas vendas on-line, impulsionadas cada vez mais pelos meios de pagamento digitais. Os cartões virtuais — que expiram após o uso e conferem mais segurança às operações de e-commerce — cresceram 163% no primeiro trimestre de 2021. Vale destacar que a Geração Z é a que mais faz uso dessa modalidade (457%).

Além desses, crescem também os pagamentos por carteiras digitais (80%). O estudo destaca que as mulheres de 50 anos ou mais fizeram mais pagamentos por esse meio (93%) e a Geração Z também se destacou (192%).

Em conclusão, o Itaú destaca que o número de transações por aproximação em maquininhas teve um crescimento elevado na pandemia, sobretudo por evitar o contato físico. O aumento foi de 4,4 vezes em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Fonte : consumidormoderno.com.br

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Cinco maneiras de investir em experiência do cliente

Especialista destaca a importância da experiência do cliente na manutenção e sobrevivência dos negócios.

Uma das mais importantes etapas na hora de criar um negócio é avaliar a experiência do cliente e ela vem ganhando cada vez mais espaço no investimento dentro das empresas. De acordo com uma pesquisa realizada pela Track.co, startup que monitora e gerencia indicadores de experiências de clientes, 70,6% das corporações pretendem investir em customer experience em 2021.

É valido afirmar que, embora o desejo de investir nessa etapa tenha crescido entre as empresas, nem sempre os empresários sabem como construir uma experiência do cliente bem-feita, que de fato traga resultados aos consumidores. É algo que o atendimento por si e passa também por todos os processos da jornada desde o primeiro contato com a empresa.

Para criar uma boa experiência é preciso, portanto, conhecer bem os processos. Tomás Duarte, CEO da Track.co, destaca que é preciso ir além do produto: “Mais do que oferecer bons serviços e produtos, é necessário pensar em cada interação que o cliente tem com a marca”.

Será que sua empresa tem o que é necessário para investir na experiência do cliente? Em conjunto com a experiência de Duarte, destacamos cinco maneiras de tirar o projeto do papel e desenvolvê-lo com qualidade. Confira:

Conheça o perfil do cliente

De nada adianta criar uma experiência se a empresa não sabe quem é seu cliente, qual é o perfil dele e suas preferências. Assim, o primeiro passo é investir em ferramentas que possibilitem conhecer o público-alvo.

“Por meio da análise de dados, é possível definir um perfil e conhecer adequadamente seus clientes. Esse perfil é criado a partir do histórico de transações e dados pessoais obtidos no CRM (Customer Relationship Management) da empresa, além do uso de métodos de neuromarketing, como análise da fala, relatórios psicográficos e avaliação da postura dos clientes no momento da compra”, explica Duarte.

Personalize o atendimento

A maior tendência do momento é garantir que o cliente seja, de fato, o centro do negócio. É necessário investir em estratégias que o tornem central no atendimento, algo que inevitavelmente passa pela personalização. “O ambiente deve ser adequado às características avaliadas, seja ele on-line ou off-line”, explica Duarte.

Outro investimento importante para garantir essa personalização é capacitar a equipe para um atendimento que se adeque às necessidades únicas do consumidor. “Em pontos de venda, por exemplo, disponibilize pequenas comodidades, como uma mesinha de café, mas também se atente para a qualidade da equipe de suporte, que deve ser devidamente capacitada para fornecer um atendimento personalizado”, completa Duarte.

Contextualize o contato

É preciso trazer um contexto ao atendimento e isso, diz Duarte, precisa ser feito por meio de dados. “O contato com os consumidores deve ser baseado em dados contextualizados, ou seja, precisa ser condizente com o ambiente da empresa e do cliente. Por isso é tão importante uma presença omnicanal, que consiga cobrir as demandas em todos os pontos de contato.”

Ofereça produtos e serviços qualificados

É sempre importante destacar a importância de ter em mãos produtos e serviços de boa qualidade, visto que é por meio deles que o maior vínculo com o cliente se forma. Ainda que o consumidor se conecte à empresa por outros meios, é sempre importante lembrar que esse é o primeiro e o mais importante deles, o que demanda mais atenção.

“Os itens que compõem o portfólio da empresa devem estar sempre prontamente disponíveis, conter apelo visual, ter usabilidade e oferecer uma relação favorável entre o custo e o valor agregado percebido pelos clientes”, salienta Duarte. Ele completa que, para alcançar esse objetivo, o meio mais viável é o investimento em dados. “Isso é obtido por meio de pesquisa e desenvolvimento, pesquisa de mercado e análises de ecossistema. Além disso, outras fases que também dizem respeito a entrega dos bens e serviços precisam ser melhoradas, principalmente relacionadas a aspectos logísticos.”

Avalie os resultados da experiência do cliente

Nenhum negócio persiste sem conseguir medir seus resultados em todas as etapas, setores e estratégias que adota. Com a customer experience, isso não poderia ser diferente. “Essa avaliação é feita a partir do acompanhamento de métricas de atendimento. Utilize os resultados dos KPIs para promover melhorias de forma continuada e combata gargalos que interfiram na operacionalidade dos requisitos listados. Evite, principalmente, modelos de atendimento que não condizem com os valores propagados pela empresa e falta de conectividade entre as ações”, alerta Duarte.

E aí, sua empresa já passou pelas cinco etapas? Vale lembrar que a experiência do cliente é um dos motivos pelos quais os consumidores não apenas tornam-se fiéis à marca, mas também a indicam a amigos e familiares. Eis, então, a importância de um investimento mais assertivo.

 


Fonte : consumidormoderno.com.br

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