Varejo tem crescimento de 2,1% em novembro, mostra Índice Stone

A 11ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo aponta crescimento anual de 2,1% do volume de vendas do varejo. O estudo, com dados mensais de movimentação varejistas, considera operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo.

Em setembro, o varejo nacional segundo o índice cresceu 1,6% no volume de vendas. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional. Para o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), o crescimento do setor em novembro foi mais modesto, com 0,5%.

Análise por setor do varejo

Na análise por segmentos, o relatório indicou que quatro deles registraram um aumento anual significativo. Neste caso, o setor de móveis e eletrodomésticos liderou as estatísticas, com uma alta de 5,5%. Foi seguido por:

– tecidos, vestuário e calçados (2,7%);

– hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%);

– e material de construção (0,2%).

Os outros dois que registraram queda foram o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, com 1,8%, e livros, jornais, revistas e papelaria, com 5,6%.

Destaques regionais

No recorte por estados, seis registraram alta na comparação ano contra ano:

– Tocantins (6,2%);

– Distrito Federal (6,1%);

– Pará (6,0%);

– Espírito Santo (4,8%);

– Rondônia (3,3%);

– e Mato Grosso do Sul (3,2%).

Com relação às quedas os destaques são: Alagoas (12,2%), Amapá (9,5%), Acre (6,1%), Rio Grande do Sul (2,6%), Santa Catarina (1,7%) e Goiás (1,6%).

Segmentos analisados

O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia seis segmentos:

1 – Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;

2 – Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;

3 – Livros, jornais, revistas e papelaria;

4 – Móveis e eletrodomésticos;

5 – Tecidos, vestuários e calçados;

6 – Material de Construção.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/varejo-tem-crescimento-de-21-em-novembro-mostra-indice-stone

Black Friday 2023: fluxo de consumidores aumenta 10,5% nas lojas de rua e 6% nas situadas em shoppings, aponta IPV

De acordo com dados da pesquisa IPV (Índices de Performance do Varejo), organizada pelo venture capital HiPartners Capital & Work, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o fluxo de visitantes em lojas físicas cresceu na semana encerrada na Black Friday de 2023, em comparação com o ano anterior.

Os estabelecimentos localizados nas ruas contaram com alta de 10,5%, enquanto os de shopping centers aumentaram em 6%.

Já em relação à semana encerrada na primeira sexta-feira de novembro, a Black Friday apresentou aumento de 50,5% e 28% para lojistas de rua e shoppings, respectivamente. Percentuais maiores que os registrados em 2022: 46% e 28%.

Crescimento em todos os setores

O evento deste ano também apresentou alta generalizada no fluxo entre os setores, na comparação com o ano passado. O destaque fica para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (38%), setor que recorrentemente se sobressai nos relatórios mensais. Já o segmento com menor desempenho foi o de Tecidos, vestuário e calçados (5%), que perdeu apenas para a categoria de Móveis e eletrodomésticos (6%).

Vendas aquecidas
No que diz respeito ao volume de vendas, tanto lojas de rua quanto de shoppings também apresentaram alta na Black Friday de 2023 em relação a de 2022, com crescimento de 14% e 11%, respectivamente. Já o faturamento nominal teve variação de 30% e 15%, para lojas de rua e shoppings centers. O ticket médio nominal, por sua vez, subiu 14,5% e 4%.

Setorialmente, Outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou o melhor desempenho em quantidade de boletos emitidos, com 21%, ficando em segunda posição para faturamento nominal (17%), atrás de Móveis e eletrodomésticos (31%).

“Ainda que o cenário esteja distante da performance pré-pandemia e o varejo eletrônico tenha amargado resultados abaixo do esperado, a data incrementou receita para o setor neste período que antecede o Natal. E, mesmo em meio a um otimismo contrariado, é possível observar um problema estrutural que passa, inclusive, pela grande atuação dos marketplaces globais que, particularmente, divulgaram bons desfechos.

Segue, então, o desafio para o mês que se inicia, mas que conta com o advento do 13º salário. Portanto, deve continuar tracionando o consumo”, destaca Flávia Pini, sócia da HiPartners.

Para obter o estudo completo, acesse: www.hipartners.com.br/ipv .

‘https://cndl.org.br/varejosa/black-friday-2023-fluxo-de-consumidores-aumenta-105-nas-lojas-de-rua-e-6-nas-situadas-em-shoppings-aponta-ipv/

Sustentabilidade e e-commerce no Brasil

Embora o termo ‘ecologicamente correto’ não seja novo, sua relevância tem crescido ao longo dos anos e ganhado espaço significativo nos debates que permeiam diversas esferas da sociedade, desde políticas governamentais até estratégias de varejo e sustentabilidade nos negócios.

É inegável que estamos testemunhando um aumento exponencial no consumo e na produção de bens e materiais. No entanto, o debate atual não gira em torno simplesmente da redução da produção ou da desaceleração do consumo, mas sim da implementação de políticas que fomentem um consumo consciente e promovam o desenvolvimento sustentável.

Urgência na mudança de padrões de consumo

Quando direcionamos nosso foco para as importações, o comércio eletrônico e o varejo nacional, deparamo-nos com números alarmantes que instigam uma urgência por mudanças nos padrões de consumo e na cadeia de abastecimento de produtos. Conforme um estudo divulgado em 2022 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, as embalagens plásticas utilizadas para o envio de produtos adquiridos pela internet totalizaram cerca de 100 mil toneladas de resíduos plásticos. Estima-se que apenas um quarto desse resíduo tenha sido efetivamente reciclado.

De acordo com dados fornecidos pelo Mercado Livre, aproximadamente dois bilhões de compras foram realizadas na plataforma em 2022 e, destas, cerca de 90% demandaram entregas residenciais, utilizando veículos movidos por combustíveis fósseis. O mesmo estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro indica que 1% das emissões totais de gases poluentes em 2022 derivaram do transporte e da entrega de compras efetuadas por meio do comércio eletrônico.

E-commerce: crescimento desenfreado x políticas sustentáveis

Esses dados levantam um questionamento crucial sobre o e-commerce: até quando o meio ambiente suportará o crescimento desse setor sem a implementação de mudanças e políticas sustentáveis? Realmente necessitamos de tanto plástico nas embalagens de envio? As entregas precisam ser tão imediatas, a ponto de não permitirem um planejamento mais eficiente, como a consolidação de cargas e a otimização do consumo de combustível?

No próximo ano, a pressão por iniciativas sustentáveis aumentará consideravelmente, forçando empresas já estabelecidas a reavaliarem suas políticas de aquisição, venda, entrega e descarte. O discurso ambiental estará cada vez mais presente na mente do consumidor, que tenderá a optar por empresas que abracem a bandeira da sustentabilidade.

Uma pesquisa conduzida pela Union+Webster em 2019 revelou que a maioria dos brasileiros prefere adquirir produtos de empresas que adotam práticas sustentáveis. Surpreendentemente, 70% dos entrevistados afirmaram não se importar em pagar um pouco mais por produtos que possuam essa característica.

Sustentabilidade em grandes empresas

Grandes empresas estão atentas a essa tendência e estão assumindo publicamente o compromisso com a questão climática. Um exemplo notável é a Apple, que, em 2020, ao lançar o iPhone 12, optou por não incluir o carregador na embalagem, argumentando que era dispensável para usuários que já possuíam o dispositivo em casa. Nesse mesmo ano, a marca experimentou um crescimento de 3% nas vendas, evidenciando o impacto positivo das políticas de reuso e do discurso sustentável.

Essa tendência também se reflete em outros setores, como o da moda, no qual marcas estão investindo em algodão ecológico, adotando práticas de descarte consciente de peças e incentivando compras mais conscientes. Embora seja um processo gradual, o compromisso com causas sociais e ambientais é uma realidade que merece atenção de todos. Além de ser estrategicamente lucrativo, esse compromisso serve como ponto de partida para uma série de mudanças significativas.

Com certeza, a compreensão do tema é crucial para quem vende produtos online. As transformações não estão restritas apenas às plataformas de e-commerce. Como evidenciam as pesquisas, os consumidores estão cada vez mais inclinados a escolher produtos e anúncios que tenham algum comprometimento com a sustentabilidade. Isso requer uma grande dose de inovação por parte dos empresários do ramo, que precisarão se reinventar para adequar seus produtos aos novos padrões de consumo. Estar atento às mudanças sociais é fundamental para se manter relevante nesse contexto.

Receita do varejo físico alcança R$ 12,4 bilhões na Black Friday

Levantamento da Nielsen Consumer mostra crescimento de 9,9% no faturamento e de 10,3% no volume de compras em supermercados, atacarejos e farmácias.

Apesar de as lojas on-line terem amargado a segunda pior Black Friday da história neste ano, o varejo físico aproveitou o período promocional para crescer. A receita de supermercados, atacarejos e farmácias alcançou R$ 12,4 bilhões durante a semana de descontos, alta de 9,9% ante o mesmo intervalo de 2022, de acordo com levantamento da Nielsen Consumer. Já em volume de vendas, o avanço foi de 10,3%.

O estudo aponta ainda que não houve grande variação no faturamento ao longo de outubro. Uma das possíveis explicações é o fato de as lojas estenderem o período promocional para todo o mês no Brasil – diferentemente dos Estados Unidos em que há uma concentração no dia seguinte ao feriado de Ação de Graças.

De qualquer forma, as categorias que mais contribuíram para o crescimento em volume foram higiene e beleza, sazonais (como panetone) e tabaco. Já em valor os destaques ficaram por conta de sazonais (17,4%), tabaco (17%) e limpeza (14,3%).

Já quando se trata dos 10 produtos que mais contribuíram para a receita do varejo físico na Black Friday houve, em média, um crescimento de 2,5 vezes na semana promocional, com exceção de cervejas e refrigerantes.

Top 10

Arroz 37,5%
Desodorantes 26,1%
Suco pronto para beber 25,5%
Produtos para pele 24,5%
Frutas tropicais 24,2%
Fraldas descartáveis 21,6%
Cortes bovinos 16,9%
Chocolates 15,6%
Biscoitos 10,7%
Refrigerantes 9,0%

Fonte: Nielsen

 

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/12/06/receita-do-varejo-fisico-alcanca-r-124-bilhoes-na-black-friday.ghtml

Panorama Black Friday: GfK apresenta estudo sobre pontos de atenção do evento de 2023

A Black Friday de 2023 teve diversas características inéditas para o varejo. Houve crescimento em vendas de pequenas e médias empresas, aumento do tíquete médio, problemas de instabilidade dos e-commerces .

Passado todo esse furor, a GfK traz uma análise mostrando que, diferente dos anos anteriores, as vendas se espalharam ao longo das semanas de novembro.

Isso, inclusive, já torna o período como o principal mês de vendas para o segmento de eletroeletrônicos, com crescimento de 12% em unidades quando comparado ao mesmo período de 2022. Já em faturamento, a pesquisadora afirma uma queda de 3% por conta da mudança do perfil de itens vendidos. Aqui, destaque para um mix de produtos mais focados em eletroportáteis e algumas categorias de linha branca — smartphones, que historicamente era a estrela dessa sazonalidade, não rendeu bem.

Pré-Black Friday foi melhor

Fernando Baialuna, diretor de Varejo e Consultoria da GfK, explica que as semanas que antecederam a Black Friday tiveram um resultado melhor do que própria semana do evento. “A Black November cresceu em unidades, mas apresentou uma retração em valor, claramente refletindo a mudança de mix e a venda de itens com preços menores, como os eletroportáteis, por exemplo.”

No acompanhamento das vendas semana a semana, há uma retomada do varejo físico. Nesse ínterim, vale destacar supermercados/hipermercados e redes de varejo regionais especializadas em eletroeletrônicos, que cresceram especialmente na semana da Black Friday. Já na semana da Black Friday, os varejos regionais cresceram 2% em volume, enquanto os varejos nacionais apresentaram queda de 8,6% na comparação direta com as vendas da semana da Black Friday de 2022.

Campeões de vendas na Black November

As ondas de calor que atingem o Brasil trouxeram uma nova realidade para as vendas na Black Friday, impulsionando itens de eletroportáteis e linha branca. Refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado cresceram 24% e 37%, respectivamente, em volume durante o mês de novembro. A categoria de ventiladores cresceu 138%, contribuindo para destacar o setor nas vendas de Black November e Black Friday de 2023 — e isso inclui as buscas registradas no Google.

Na Black November os Eletroportáteis também se destacaram, com filtros de água e fritadeiras sem óleo (air fryers) crescendo 18% e 15%, respectivamente. “As fritadeiras crescem historicamente e cresceram dois dígitos na Black November e na Black Frida. Este ano, por conta das altas temperaturas e de uma comunicação mais contundente por parte dos varejistas, os ventiladores, assim como o ar-condicionado, ganharam uma maior relevância para os consumidores.”

Mudanças de hábitos

Itens específicos de informática como monitores e impressoras se destacaram. Isso reflete em algumas mudanças de hábitos que alavancam as vendas, por exemplo, de categorias também específicas como console de videogames. Em contrapartida, TVs e smartphones retraíram vendas em unidades. TVs em uma redução natural em um ano pós-Copa do Mundo. Smartphones, como uma categoria amadurecida, depende das trocas por upgrades de produto e que estão se prolongando por conta de o próprio consumidor manter os aparelhos em uso por mais tempo.

“Podemos dizer que esta Black Friday teve como principal atrativo itens de oportunidade e de menor desembolso. O evento de 2023 será lembrado também por uma mudança circunstancial do comportamento de compras do consumidor, que está mais endividado e cauteloso. Por isso, racionalizou a compra de custo-benefício para produtos de necessidade e não produtos de desejo. Ventiladores, refrigeradores e ar-condicionado são os símbolos da Black Friday de 2023 para eletroeletrônicos”, finaliza Baialuna.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/panorama-black-friday-gfk-estudo-evento-de-2023

Black Friday: a data ainda é a mais importante do varejo?

Um dos eventos mais aguardados no calendário do varejo brasileiro acabou de acontecer: a Black Friday. Desde 2010, primeiro ano do evento no país, os consumidores associam a data a uma forte temporada de compras com grandes descontos.

É difícil encontrar lojistas que não toquem no assunto em novembro, principalmente na penúltima semana do mês. Para entendermos sobre a questão de sua relevância, precisamos listar os pontos fortes para o varejo e analisar como o sucesso da Black Friday está diretamente ligado ao crescimento do comércio eletrônico no Brasil.

Para muitos, esse é o momento mais aguardado do ano para aproveitar os descontos em uma ampla gama de produtos, desde eletrônicos e moda até eletrodomésticos e itens de beleza.

Atração do cliente e iniciativas

Indo além da perspectiva do consumidor, a data foi uma ótima oportunidade para o varejo atrair o público desde o começo de novembro. Isso incluiu o “esquenta Black Friday”, com descontos antecipados por parte dos lojistas, o que foi adotado por diversas marcas ao longo do mês, e o planejamento e a pesquisa, do lado dos consumidores. Por esse motivo, vale ressaltar a importância do empreendedor que teve que se preparar e disponibilizar sua “melhor” vitrine para não perder o cliente que chegou até a sua loja em busca de promoções.

Algo que foi ganhando destaque e evoluiu ainda mais nessa última Black Friday foram as ações e iniciativas que vão além das ofertas, como cashback ou demonstração de produtos ao vivo, games in app e parcerias com influenciadores, gerando entretenimento por meio de live commerce, por exemplo. Tudo isso torna a experiência do consumidor valiosa e contribui para que o evento mantenha o status de uma das principais datas do varejo.

O mercado se reinventa a cada ano – ou por que não dizer – a cada mês. As promoções da última sexta-feira de novembro não são mais uma novidade, mas podem ser inovadoras, como o próprio live commerce, aqui mencionado.

A data sempre é uma oportunidade de trazer novos clientes, fidelizar os antigos, e aproximar o consumidor de uma marca. Oferecer um atendimento de qualidade, com agilidade e uma boa experiência de compra, incluindo entrega no prazo, colaboram para que o usuário se torne um comprador assíduo. É um evento em que engajar o comprador é desafiador pela grande oferta e concorrência acirrada, mas que também pode melhorar a reputação de uma loja ou impactar novos públicos.

Sim, a data continua sendo importante

A Black Friday também é um chamariz para o Natal. As ofertas de novembro deram início à temporada de compras de fim de ano, o que pode impactar positivamente as vendas de dezembro, com muitos brasileiros antecipando os presentes. O varejo sabe disso e, por isso, continua atraente.

Após mais uma edição, afirmo que a Black Friday ainda é um dos mais importantes períodos do varejo brasileiro. Para os consumidores, uma oportunidade de conhecer novas marcas, adquirir produtos necessários com preços acessíveis e ainda vivenciar uma experiência de compra que pode ser leve e divertida. Para as PMEs e grandes empresas, é a hora de mostrar o valor de seus produtos, colocar a estratégia de marketing e logística em prática e atrair novos clientes. Inovação, criatividade e engajamento são as palavras que fizeram da Black Friday o grande evento do ano para todos.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/black-friday-a-data-ainda-e-a-mais-importante-do-varejo

Black Friday tem desempenho abaixo de 2022, apesar de bons resultados das gigantes varejistas

Consumidores mais conscientes e endividamento das famílias freiam gastos na data, mas lojistas apostam em Natal melhor.

A Black Friday de 2023 apresentou um quadro complexo para o comércio brasileiro. Enquanto alguns setores enfrentaram desafios e tiveram baixa procura por produtos, outros segmentos mostraram força e apresentaram resultados satisfatórios. Promoções pouco atraentes, endividamento das famílias e um esticamento do período de promoções contribuíram para o enfraquecimento da data, famosa nos EUA, porém ainda engatinhando no seu décimo-terceiro ano no Brasil.

De acordo com dados da Confi.Neotrust e ClearSale, empresa que monitora o volume de vendas on-line no país, o comércio apresentou uma queda de 16,3% nas vendas no dia em comparação ao ano anterior, com 8,2 milhões de pedidos. Esse resultado expõe a dificuldade das empresas em levar os consumidores às compras no dia de promoções e mostra um grau de desconfiança com as “Black Fraudes”, termo muito utilizado na internet para se referir às manipulações de políticas de descontos praticadas por algumas empresas.

Um dos motivos para esse resultado é o prolongamento das promoções para todo o mês de novembro. Enquanto nos EUA, os descontos agressivos servem para “limpar” o estoque das lojas para o Natal, o Brasil criou a famosa “Esquenta Black Friday”, que se tornou um atrativo para que os consumidores pesquisem com mais calma e tenham tempo de planejar as compras.

Sérgio Scarpelli, head de criação da Agência Amithiva, acredita que esta tendência veio para ficar. “Com essa estratégia, vemos os consumidores comprando de forma mais constante durante um período maior, não focando apenas na data da promoção”, explica. Este cenário demonstra um comportamento mais consciente por parte dos clientes, que podem pesquisar por um período maior e planejar a compra com mais tranquilidade.

A postura mais responsável fez com que as grandes varejistas se programassem há mais tempo e preparassem promoções mais tentadoras. O publicitário Leopoldo Jereissati acredita que o mercado está em um momento de maturidade. “Nos primeiros anos de adesão no Brasil, o varejo e a indústria ainda estavam desorganizados. Agora, a data é hiperconhecida e conquistou um apelo significativo no imaginário do brasileiro. As marcas se preparam para uma data mais madura e consumidores mais atentos”, disse.

Foi o caso da empresária Jessyca Polyanna, 39 anos, que faz parte do grupo que não comprou nenhum item na Black Friday. “Eu queria comprar um ar-condicionado, mas não consegui. Passei grande parte do mês procurando na internet um aparelho que estivesse dentro do meu orçamento, mas não encontrei”, lamentou.

Segundo ela, o calor fez com que a demanda aumentasse e os preços subissem. “Cheguei a ir no shopping para comprar na loja física, mas os preços estavam altíssimos, e os que estavam mais acessíveis não tinham em estoque. Sem condição. Agora vou esperar essa época passar para ver se encontro algum mais em conta”, explica.

Essa “atenção” por parte dos clientes apontam para um problema ainda mais amplo: o endividamento das famílias, que reduz consideravelmente o poder de compra a pouco mais de um mês para o Natal. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 87% das famílias brasileiras têm dívidas com cartão de crédito. Já o levantamento “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, do Serasa, mostra que, das dívidas feitas no cartão de crédito, 46% são de itens como eletrodomésticos, roupas e outros.

Pesquisas na internet por preço

Quem decidiu aproveitar a data para comprar algum item desejado preferiu pesquisar antes, em vez de sair às ruas. Um dos sintomas dessa busca por promoções que, de fato, valham a pena é a alta no volume de tráfego na internet. Uma pesquisa da empresa de e-commerce Criteo apontou que o tráfego da web no Brasil foi forte durante todo o fim de semana.

Somente na sexta-feira, 24 de novembro, a movimentação online aumentou 36% em comparação com 2022. Quando ampliamos o período para o sábado, 25, e domingo, 26, o tráfego online aumentou 26% se comparado ao ano anterior.

Busca on-line favoreceu gigantes varejistas

Uma preparação mais adequada e poder de negociação com fornecedores explica o bom resultado de gigantes varejistas como Magazine Luiza e Tele-Rio. A empresa paulista divulgou que, segundo o Google, foi a mais buscada durante a data e, somando as duas principais lojas de aplicativos para dispositivos móveis, o app de varejo apresentou o maior número de downloads.

Esse resultado gerou em número recorde de vendas. Segundo a assessoria da varejista, a Black Friday de 2023 foi a mais rentável da história. Entre os itens mais vendidos estavam televisores e smartphones, travesseiros e pneus — além de grande procura por fritadeiras elétricas. No site de tecnologia do grupo, o destaque foi o Playstation 5. A empresa afirmou que o número de consoles vendidos, se empilhados, teriam a mesma altura de dez torres Eiffel.

Armando Asenjo, Gerente Comercial da Tele-Rio, varejista que atua há 65 anos no Rio de Janeiro, também celebrou o bom resultado no período. Segundo ele, as vendas na Black Friday de 2023 superaram em dois dígitos o resultado no ano anterior.

Segundo o gerente, a onda de calor que castigou a cidade na semana anterior influenciou as buscas dos consumidores. “Tivemos uma procura bem acima do esperado por refrigeradores e, principalmente, de modelos grandes. Máquinas de lavar e fogões também foram muito demandados. Parece que os clientes aproveitaram para renovar o enxoval da casa para o Natal”, disse.

Outros itens tradicionais como televisores e videogames também se mantiveram entre os destaques. A única baixa entre os produtos mais desejados durante o período, segundo Asenjo, foram os smartphones. “Foi uma surpresa negativa. Sempre esperamos uma boa saída, mas desta vez ficaram atrás de outros itens”, complementou.

O gerente afirmou que a empresa manteve algumas promoções até a última segunda-feira, 27, e já se prepara para o Natal. “Pelo resultado da Black Friday, as expectativas para o Natal até cresceram, estamos animados e revisando e melhorando as nossas ofertas”, disse.

Pesquisa mostra otimismo entre os lojistas cariocas 

Se no dia da Black Friday, o tempo ruim e as promoções nem sempre tão atraentes esfriaram o ânimo dos consumidores, para o Natal — data que representa cerca de um terço do faturamento anual para o setor — a expectativa está aquecida.

Uma pesquisa realizada pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e Sindicato dos Lojistas do Comércio do Rio de Janeiro (SindilojasRio) apontou que grande parte dos comerciantes cariocas acredita em um acréscimo de 6% nas vendas para o período. Foram ouvidos 350 empresários em todo o município.

De acordo com o CDLRio, os comerciantes planejam diversas atrações para atrair os consumidores: promoções, kits temáticos, liquidações, brindes e sorteios. Além disso, os estabelecimentos pretendem oferecer planos de pagamentos facilitados para os clientes não saírem com as mãos vazias. Os lojistas acreditam que itens mais procurados serão roupas, calçados, brinquedos, bolsas e acessórios, celulares, perfumaria/beleza e bijuterias.

Sara Valente, 30 anos, aproveitou a Black Friday para presentear o filho com uma televisão. Com a chegada do Natal, a dona de casa vai apertar os cintos, presentear apenas parentes mais próximos, e já definiu o valor máximo.

“Estou pensando em comprar roupas e perfumes, que estão mais em conta e todo mundo gosta. Além disso, cada um não vai passar de R$ 100”, disse. Sara também vai dar preferência às lojas que facilitarem o pagamento a prazo. “Se puder parcelar, eu vou fazer, sim”, concluiu.

Para 59% dos lojistas entrevistados, o preço médio dos presentes por pessoa deverá ser de R$ 200, e os clientes deverão utilizar o cartão de crédito como forma de pagamento, seguido pelo cartão de débito, Pix e, por último, dinheiro. Para aumentar as vendas, 60% dos entrevistados disseram que pretendem abrir as lojas nos domingos de dezembro e estender o horário de atendimento. Para isso, 68% dos lojistas de rua planejam aumentar a segurança com equipes de apoio e melhorar o monitoramento com câmeras.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio, o otimismo para o Natal é reflexo do clima que a data inspira e também se justifica pelo comportamento da economia e dos resultados dos indicadores econômicos que impactam a atividade. “Por exemplo, a queda da taxa de desemprego que, no primeiro trimestre, estava em 8,8%, caiu para 7,7%, com cerca de 100 milhões de pessoas ocupadas, número que tende a crescer”, disse.

Ele destaca que a inflação domesticada também colabora para a perspectiva otimista. “No âmbito industrial, nos nove primeiros meses deste ano, os preços ao produtor registraram deflação (-5,43%). Hoje, sem os efeitos da pandemia e com os mercados equilibrados, a inflação ao consumidor segue trajetória declinante. No acumulado até outubro cravou 3,75%, ao passo que em igual período de 2022 ficou mais elevada (4,70%).

Como os indicadores estão melhores em 2023 e as chances de a economia brasileira repetir a taxa de crescimento de 2022 ainda são boas, o comércio se beneficia. O ambiente econômico dita o comportamento do consumidor. É a economia em desenvolvimento harmonioso que sustenta os ciclos de produção, emprego, consumo e progresso social. Não se conhece fórmula diferente”, conclui Aldo.

Expectativa para o 13º salário

Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a chegada do 13º salário promete injetar R$ 291 bilhões na economia brasileira até dezembro. O montante projetado para 2023 representa cerca de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

‘https://odia.ig.com.br/economia/2023/12/6750785-black-friday-tem-desempenho-abaixo-de-2022-apesar-de-bons-resultados-das-gigantes-varejistas.htm

Novembro é o mês das promoções. Veja lojas que já comemoram 11.11 ou fazem Black November

Varejo oferece desconto, brinde e cashback como forma de atrair clientes.

Novembro começou, e com ele inúmeras promoções no varejo. Por um lado, a antecipação da Black Friday transforma todo o mês em oportunidade de comprar com desconto. Além disso, principalmente as empresas chinesas replicam aqui uma tradição de lá: o “11.11”, campanha que comemora o Dia do Solteiro na China com descontos no varejo.

— Novembro será o mês com mais benefícios da história para os usuários do app. Vamos concentrar muitos benefícios como milhões em cupons de descontos, vouchers de frete grátis e os melhores preços do ano, além de proporcionar muita diversão no app, incluindo transmissões de Shopee Lives e um show com a Wanessa Camargo — conta Felipe Piringer, responsável pelo Marketing da Shopee.

Piringer admite que o 11.11 é a maior campanha do ano da Shopee, em termos de volume. Na AliExpress, também. Muitas ofertas acabam no 11.11 e não voltam para a Black Friday, adianta Briza Bueno, diretora de Marketing da empresa:

— Desde 2009, quando foi criado pelo Grupo Alibaba, o ‘11.11’ é a principal data de compras do mundo, chegando a ser quase 10 vezes maior que a Black Friday nos Estados Unidos. Para nossa operação aqui no Brasil não é diferente. No período de esquenta do 11.11, que vai de 1 a 10 de novembro, todos os dias às 11h11 teremos ofertas selecionadas a R$11,11 com estoque limitado na categoria “Do Brasil”. Será o melhor período para garantir esses itens.

Para fazer boas compras neste mês, é importante o consumidor saber as datas que são prioridade para cada rede e loja. Na Shein, Raquel Arruda, diretora de Marketing, garante que as duas datas serão trabalhadas da mesma forma. Serão R$ 11 milhões de descontos no 11.11 e R$ 11 milhões para a Black Friday. Já redes como Casas Bahia, Americanas e O Boticário não trabalham com o 11.11 como uma campanha, mas já têm vantagens sendo oferecidas em ritmo de Black November.

Veja algumas campanhas

Casas Bahia – Já é possível encontrar o selo de “Preço Black Friday” que indica descontos especiais em produtos e parcelar em até 30 vezes no cartão da loja. Clientes VIP (basta entrar no app da rede e fazer a adesão ao programa de fidelidade) têm acesso a mais benefícios antecipados.

Shopee – A empresa promove já o Esquenta 11.11, com cupons de até R$ 50 de desconto e produtos com até 40% de descontos. Entre os dias 6 e 9, a plataforma destacará cada dia uma categoria de produtos diferentes. No dia 11, serão R$10 milhões em cupons de descontos, além de seleção de itens com até 70 de abatimento, e mais de 300 transmissões ao vivo de vendedores da plataforma por 12 horas, com promoções. Já na Black Friday, a Shopee oferecerá um total de R$ 8 milhões em cupons de descontos. Ambas as datas terão vouchers adicionais de frete grátis para compras acima de R$10.

Riachuelo – Durante o mês, realizará duas live commerces com ofertas e descontos especiais, e, além disso, vai disponibilizar cupons e ofertas relâmpagos.

Intua – A marca de beleza integral terá ações o mês inteiro. Entre os dias 1 e 12, consumidores ganharão uma esponja elétrica e frete grátis em compras acima de R$ 199. Entre 13 e 19, um roller facial e frete grátis. Já entre os dias 20 e 26, a Beauty Friday terá produtos com até 60% de desconto e frete grátis em compras acima de R$ 150. E nos últimos dias do mês, de 27 a 30, a Cyber Week tem cupom de desconto de 30% e frete grátis.

Brasil Cacau – Oferece descontos de até 40% durante o mês em itens selecionados e frete grátis nas compras pelo site. A promoção acontecerá de forma faseada, com novos itens sendo adicionados na campanha de forma gradativa.

Philips – No site, compras a partir de R$199 já têm frete grátis para todo o Brasil. Há produtos com descontos de até 50% das marcas Avent, Beauty e Male Grooming na Loja Oficial . O Secador de Cabelo Philips Prestige (HP8281), por exemplo, sai de R$ 909,90 por R$ 454,95.

Shein – Serão R$ 11 milhões de descontos em 11/11 e R$ 11 milhões para a Black Friday. As promoções e condições especiais de compra começam a partir do dia 11 no site e app da SHEIN e se estendem, com descontos progressivos, ao longo de duas semanas, chegando até 90% nos dias 24 e 25 de novembro. Além disso, a SHEIN também oferecerá 48 horas de frete grátis, da virada do dia 22 para o dia 23 até às 00h do dia 24.

O Boticário – Apresenta descontos de até 50% entre os dias 30 de outubro e 16 de novembro e até 60% nos dias 17 a 26 de novembro. Os itens da Beauty Week são encontrados em todos os canais de venda do Boticário, incluindo via revendedores.

Electrolux – Concede descontos de até 60% em produtos como AirFryers, refrigeradores, ar condicionados, aspiradores robô e acessórios como facas e potes herméticos, em suas lojas oficiais e nos marketplaces, desde o dia 1º de novembro até o dia 26.

Santander – Dá desconto de até R$ 100 no Mercado Livre, além da opção de parcelamento em até 21 vezes sem juros, na compra de produtos elegíveis a partir de R$ 300, durante o mês de novembro. Durante o período, quem contratar um novo cartão de crédito (exceto as linhas Amex e Unlimited) terá 12 meses de isenção na anuidade se realizar a primeira compra até 8 de dezembro. O banco também disponibilizará cupons de descontos de R$ 20 para compras a partir de R$ 250 (código: SANTANDER20), R$ 40 para aquisições a partir de R$ 500 (código: SANTANDER40) ou R$ 100 para gastos a partir de R$ 999 (código: SANTANDER100). Cada cliente terá até o fim de novembro para escolher um destes cupons e receber o desconto válido para uma única compra por CPF ou CNPJ.

Sim – A fintech do Grupo Santander oferece até 25% de desconto em taxa de crédito com garantia de veículo, até 25% de desconto em taxa de financiamento Energia Solar, e até 40% de desconto em taxa de financiamento de Móveis.

Americanas – Realiza o “Esquenta”, com diversas ofertas e condições de pagamento diferenciadas – incluindo cashback para pagamentos com o app Ame – durante o mês. Na ação “Cesta Truck”, um caminhão personalizado com a famosa cestinha vermelha da marca, que percorrerá dezenas cidades do Brasil distribuindo brindes exclusivos e anunciando ofertas especiais disponibilizadas no app da marca.

AliExpress – Entre os dias 1º e 10 de novembro, diariamente às 11h11, contará com produtos com preços a R$ 11,11 como aquecimento para o 11 de novembro. Neste ano, serão R$ 10 milhões em descontos, frete grátis, entrega rápida em 10 dias em produtos selecionados.

Herbalife – A Promoção “Compre 5 e Leve 6” (packs com 6 produtos iguais) engloba os Shakes nutritivos, formulados para substituir refeições, nos sabores Chocolate Sensation e Cookies & Cream; as fibras líquidas Fiber Concentrate Sabor Uva e Fiber Concentrate Immune Sabor Limão e Mel; as cápsulas de ômega-3, Herbalifeline; e os famosos chás Herbal Concentrate Original e N-R-G Original. Durante o mês, a marca também oferece o desconto de 20% no Shake Sabor Mousse de Maracujá, no Açaí Proteico, nas cápsulas de fibras Fiberbond e na Barra de Proteína Vanilla Almond.

Hering – Durante todo o mês de Novembro, a partir do dia 1, o site e app estarão com mecânicas de descontos. Serão seis fases no total, entre ações progressivas, categorias com cupons especiais e descontos de até 70%.

Fast Shop – A campanha “Antecipa Golden” acontece de 1 a 22 de novembro, com descontos começando em 65%. De 23 a 26, acontece a Golden Friday.

Mercado Livre – Em parceria com a TV Globo, a campanha “Tá na mão” libera um cupom para consumidores a cada vez que um aperto de mão for dado na telinha global. Os abatimentos podem chegar à faixa de 70%.

Como se proteger nas compras
Fonte: especialista em prevenção à fraude, Diogo Sersante, Country Manager da Incognia

1 – Atenção com links falsos

Não forneça informações bancárias e dados pessoais quando não está seguro de que o site é oficial, tampouco baixe aplicativos através de outros meios que não as lojas oficiais dos sistemas operacionais. Muitas vezes golpistas criam sites falsos para fazer consumidores compartilharem suas informações sensíveis, como credenciais de acesso ou dados de cartões, ou preparam links maliciosos para infectar o dispositivo da vítima, permitindo realizar ações fraudulentas.

2 – Confira dados para pagamentos com Pix

Cadastre chaves Pix apenas nos canais oficiais da instituição financeira, como no caso do aplicativo. Evite salvar seus dados Pix ou mesmo dados de cartão de crédito diretamente nos sites ou apps de compras. Além disso, quando optar pelo Pix como forma de pagamento, confira se os dados do recebedor coincidem com a loja na qual a compra está sendo realizada.

3 – Faça operações seguras

Acesse sites digitando o endereço diretamente no navegador. Também evite compras ou pagamentos por meio de computadores de terceiros ou por meio de redes Wi-Fi públicas, pelo baixo nível de proteção destas redes, que podem aumentar a chance de clonagem de dados e invasão de contas, por exemplo.

4 – Desconfie de super promoções

Mesmo na Black Friday, é bom desconfiar. Fraudadores criam descontos ilegítimos para chamar atenção de vítimas, geralmente colocando limite de tempo ou anunciando que são poucos os itens disponíveis, para estimular compras rápidas.

5 – Fique atento às suas contas bancárias e em e-commerces

Mantenha as notificações ativas e acompanhe constantemente as movimentações nas suas contas e entre em contato com os canais oficiais das empresas, caso não reconheça alguma compra ou transação.
‘https://extra.globo.com/economia/noticia/2023/11/novembro-e-o-mes-das-promocoes-veja-lojas-que-ja-comemoram-1111-ou-fazem-black-november.ghtml

Consumo nas favelas: um termômetro da nossa economia

Estudo retrata a predominância feminina e digital nas compras, valorização da beleza e outros fatores que revelam um consumo de mais R$ 167 bi nas favelas brasileiras.

Com mais de 6 mil comunidades distribuídas pelo país, um número superior a 12 milhões de habitantes e 4 milhões de famílias, as favelas são uma espécie de termômetro da nossa economia e representam um importante canal para o fortalecimento do ambiente de negócios no Brasil.

Para termos uma ideia mais clara desse potencial, a nova edição do levantamento “Persona Favela I Dia da Favela 2023”, desenvolvido pelo NÓS – Pesquisas indicou, por exemplo, que a renda média das famílias das comunidades periféricas do país alcança R$ 3,036,23; gerando um potencial de consumo que supera R$ 167 bilhões ao ano e com a maioria dos consumidores pertencentes a classe C.

Outro dado interessante desse estudo revela uma leve predominância de mulheres consumidoras nas favelas (51%). A predominância etária do público, por sua vez, foi a faixa etária de 25 a 49 anos (30%).

Além disso, há uma ampla diversidade de produtos consumidos dentro dessas comunidades: dos produtos de cuidados pessoais e higiene – que movimentaram mais de R$ 465 milhões em 2023 considerando as maiores comunidades do país – ao consumo digital de aplicativos, streaming e serviços financeiros; há diferentes indicadores que demonstram o quanto a população das favelas é um termômetro relevante para as tendências econômicas do país.

“Com potencial de consumo de mais R$ 167 bi, favelas brasileiras movimentam diversos segmentos da economia brasileira”

“Quando consideramos os fatos coletados na pesquisa, não é difícil afirmar que a favela tem poder de compra e uma ampla capacidade de movimentar o mercado. A favela gera renda, negócios, consumo e é onde empresas, marcas e anunciantes atentos a todo esse potencial econômico devem estar”, explica Emilia Rabello, fundadora e CEO da holding NÓS, o Novo Outdoor Social.

Para mapear o cenário de consumo das favelas, o NÓS – Pesquisas entrevistou e coletou dados das maiores comunidades periféricas do país espalhadas pelos estados do Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, Minas Gerais, além do Distrito Federal.

A beleza nas favelas e o consumo
Dentre os indicadores de destaque mapeados pelo NÓS, a pesquisa revelou, por exemplo, que a percepção de beleza nas comunidades brasileiras vem mudando ao longo dos últimos anos e isso gera reflexos importantes sobre o consumo de produtos de beleza, moda e higiene nas comunidades periféricas.

Segundo o levantamento, 7 em cada 10 moradores das maiores favelas do país afirmam essa mudança de perspectiva, especialmente entre mulheres (74%) e pretos/pardos (72%). Dentro desse contexto, 66% declaram comprar/usar produtos de acordo com as características físicas (tipo de pele e de cabelo).

Entre os homens, chama a atenção a busca por profissionais de beleza, feita por 79% do público masculino das favelas. De modo geral, a busca por um especialista em serviços de beleza é feita por 7 a cada 10 moradores de comunidades, especialmente aqueles que atuam nas próprias favelas (91%), sendo o principal fator de escolha a confiança no atendimento do profissional (82%).

Em termos quantitativos, além do consumo de produtos de higiene e cuidados pessoais que superou R$ 465 milhões nas maiores favelas do país em 2023, merece destaque também a compra de itens de moda, como calçados (R$ 80,4 milhões). Vale ressaltar ainda que os produtos de beleza geram oportunidade para a revenda de grandes marcas, já que 4 em cada 10 moradores, compram seus produtos com maior frequência com revendedoras/consultoras.

“A beleza, a moda e o autocuidado são elementos que desempenham um papel significativo na vida dos moradores de favelas. Muitas vezes, os moradores assumem um discurso que, cada vez mais, se alinha a uma visão mais inclusiva, que valoriza a diversidade e celebra a individualidade de todas as pessoas, independentemente de sua origem ou contexto de vida”, comenta Emilia Rabello.

Streamings, apps e compras online no radar das comunidades

A inserção digital e a democratização do uso de aplicativos definitivamente, alcança as favelas brasileiras e vai muito além das compras por delivery: 98% dos entrevistados afirmaram ter uma média de 60 aplicativos baixados no celular, com destaque para as redes sociais (82%), aplicativos de bancos (79%), de lojas/compras online (46%), streaming de filmes e séries (43%) e apps de entrega (36% no geral).

Ao todo, vale o destaque dos apps que geram movimentação financeira nas comunidades: além dos aplicativos de compras/lojas, bancos, streamings, deliverys; transportes (24%), streaming de música (20%), apostas (13%) e cursos/apps de educação (12%) são canais muito eficiente e uma verdadeira oportunidade para as marcas, empresas, produtos e serviços se aproximarem desses consumidores.

“Quando consideramos o fato que 59% dos consumidores nas favelas afirmam ter o hábito de fazer compras online de itens que vão dos acessórios e roupas (59%), aos eletrônicos como fones de ouvidos, celulares e computadores (33%), é possível perceber o quanto o público das comunidades tem interesse em explorar as dinâmicas da economia digital. Assim, é importante que as marcas estudem suas necessidades de consumo e invistam em um discurso que chegue aos moradores desses locais”, diz Emilia Rabello.

Dos transportes a alimentação fora do lar
Há mais dados do NÓS – Pesquisas que revelam insights interessantes sobre os hábitos de lazer, viagens e dos meios utilizados para o transporte nas comunidades: 47% dos residentes nas favelas possuem algum transporte próprio, 38% viajam ao menos uma vez por ano e a maioria consome e curte as grandes festas do país, como o carnaval (54%).

Em relação ao transporte, os homens são os que mais investem na compra de veículos próprios (63%) e os que mais viajam (44%), sendo que, de modo geral, o índice de uso de veículos próprios e de ônibus fretados são as escolhas principais quando o assunto são viagens (37% em ambos os casos).

Nesse sentido, é válido ainda ressaltar também que o consumo de alimentos fora do lar gerou um potencial de consumo superior a R$ 438,3 milhões em 2023, chamando a atenção as compras por delivery (30% dos consumidores pedem comida por aplicativos de entrega ao menos uma vez por semana; 54% uma vez por mês e 66% dos jovens entre 18 e 24 anos possuem apps de delivery em seus celulares).

Enquanto isso, os investimentos em alimentação nos domicílios superaram R$ 1,2 bilhões e tem como predominância a aquisição de produtos em mercadinhos/mercearias e supermercados nas comunidades (52%), já que a praticidade, ser perto de casa (81%) é o principal fator de escolha na hora de fazer as compras para a casa. Não por acaso, o empreendedorismo é uma tendência importante nas favelas, com mais de 260 mil comércios mapeados com CNPJ.

Outros hábitos de consumo nas favelas
Tendências que geraram um potencial de consumo expressivo em 2023:

• Habitação – 3,1 bilhões;

• Mobiliário, artigos para o lar e materiais de construção – 518,8 milhões;

• Gastos com saúde – 320,8 milhões

• Matrículas e mensalidades – 294,4 milhões;

• Bebidas – 163,9 milhões;

• Equipamentos e eletrodomésticos – R$ 142,3 milhões.

Inclusão e diversidade como potencial econômico
Como é possível observar, há diversos caminhos pelos quais as marcas podem atrair a atenção dos consumidores das favelas, seja por meio de estratégias para suprir as demandas de estoque e produção dos pequenos empreendedores e prestadores de serviços que atuam e vivem nas comunidades; seja no desenho de campanhas direcionadas que levem em consideração os anseios, hábitos e expectativas de consumo nas favelas.

Ignorar essa força econômica, além de representar uma falha na leitura da diversidade cultural brasileira, impede que as empresas tenham, de fato, uma atuação condizente ao discurso de inclusão que avança no mercado por meio, por exemplo, das pautas ESG e de uma atenção cada vez maior dos consumidores (no âmbito geral, e não só nas favelas) sobre o posicionamento das marcas com as quais se relacionam.

“O potencial de consumo dos moradores de favela é um lembrete do impacto positivo que a inclusão e a diversidade podem ter nos ecossistemas locais e globais. É fundamental que continuemos a apoiar e celebrar a criatividade e a resiliência dessas comunidades, ao mesmo tempo em que reconhecemos seu importante papel na construção de um mundo mais igualitário, plural, vibrante e economicamente muito ativo”, conclui a fundadora e CEO do NÓS holding, Emilia Rabello.
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/11/07/favelas-consumo-nos/?utm_campaign=cm_news_071123&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

E-commerce pode faturar R$ 7,1 bilhões na Black Friday, segundo ABComm

A contagem regressiva para a Black Friday ganha seus momentos finais. Mais próxima do que nunca, a principal data no calendário do e-commerce e varejo nacionais pode representar, em 2023, um período de recorde. Um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) apontou que o faturamento pode chegar a R$ 7,1 bilhões.

A estimativa, além de alta, representa 17% de crescimento no mesmo índice em comparação com a Black Friday de 2022. De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, a aposta em segmentos que estão em destaque é um bom caminho para chegar ao mix certo de produtos para vender.

Segundo o estudo, Eletrônicos, Eletrodomésticos e Moda continuam como principais categorias. Contudo, itens de Perfumaria, cosméticos e beleza são alguns dos que mais cresceram em buscas nos últimos meses.

“Estamos próximos do verão e das férias de fim de ano, o que mostra que vale a pena investir em itens voltados à proteção solar e aos cuidados com a pele”, afirma.

O Google também mostra que a data ganhou mais atenção do público brasileiro, com 24% mais buscas em relação ao ano passado. Além disso, a multinacional também mostra que 67% dos usuários querem fazer compras na Black Friday.

Opinião da ABComm

Sobre a data em si, o executivo acredita que a proporção de vendas vista em 2021 volte neste ano.

“Sabemos que algumas decisões podem afetar a economia, mas com a revisão do PIB para cima no primeiro semestre, a recente queda dos juros e os preços ainda relativamente altos, o comércio eletrônico é uma alternativa para economizar”, diz Salvador.

Além disso, em nota que apresentou os dados relacionados a Black Friday 2023, a ABComm também deixou seu parecer como instituição a respeito de melhores estratégias e cuidados. Veja:

Para impactar ainda mais o faturamento, a ABComm sugere aos varejistas optar por canais digitais pagos, redes sociais, e-mail marketing e mensagens de WhatsApp, entre outras ações que envolvam a divulgação e venda de produtos.

No entanto, a temporada de promoções também acende o alerta para golpes. A entidade, junto de especialistas do mercado, reforça que os consumidores devem desconfiar de preços extremamente baixos, propagandas muito vantajosas e sempre priorizar sites confiáveis.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-pode-faturar-r-71-bilhoes-na-black-friday-segundo-abcomm