Sua estratégia de fulfillment está de acordo com as expectativas dos consumidores?

Se não me falha a memória, o mundo do fulfillment flexível atingiu um ponto de inflexão há cerca de 15 anos. Foi quando a implementação da tecnologia e das operações de fulfillment de uma rede de cadeia de suprimentos cada vez mais complexa entrou em uma nova era.

Veja como posicionar o estoque em toda a rede na era do consumidor “omni”.

Já não bastava encaminhar os pedidos para alguns centros de distribuição e fornecedores de envio direto. Era hora de incorporar a rede de lojas à rede de fulfillment, aumentando dramaticamente o potencial de geração de receita e a sofisticação necessária para fazer isso de forma eficaz.

Durante esses anos de transição, observamos muitos CEOs do varejo cruzar os braços e declarar: “Meus colaboradores de loja nunca vão gastar tempo colocando uma camisa em uma caixa”. No entanto, no final das contas, o aumento dramático na receita e os ganhos de margem eram simplesmente muito poderosos para serem ignorados.

Desafios de um programa de fulfillment

Existem inúmeras razões que dificultam a execução de um programa de fulfillment eficaz e lucrativo a partir das lojas. Mão de obra, precisão do estoque e envios divididos são algumas delas. Neste artigo, porém, discutiremos talvez o fator mais complexo e impactante de todos: como posicionar o estoque em toda a rede na era do consumidor “omni”.

Antes do advento do consumidor omni, a maioria das empresas de varejo operava dois canais completamente separados. Quando se tratava de planejamento e otimização de estoque, as lojas eram planejadas, alocadas e/ou reabastecidas e transacionadas com seus clientes de forma completamente separada do canal digital. O canal digital normalmente possuía uma ou mais instalações dedicadas, que ironicamente muitas vezes eram planejadas e gerenciadas como uma loja física adicional individual.

Efeito disruptivo do consumidor omni

A maneira mais fácil de entender o efeito disruptivo do consumidor omni (e os programas de envio a partir da loja resultantes) é imaginar uma parte da demanda que seria atendida pelo centro de distribuição digital sendo trazida para a cadeia de suprimentos, agora manifestando-se como demanda em uma localização física.

A imagem fica ainda mais confusa quando se tenta definir o que exatamente constitui uma transação digital. Verificar o estoque em uma loja local, mas não fazer um pedido? Fazer extensa pesquisa online e depois optar pela rapidez do serviço de retirada em drive-thru em vez do envio para o endereço?

No fim, todas as formas de comportamento do consumidor omni criam a necessidade de excelência operacional em duas áreas-chave: primeiro, uma estratégia de previsão de demanda e implantação de estoque muito mais sofisticada e, em segundo lugar, a capacidade de monitorar a saúde de cada unidade de estoque na rede em tempo real, e de adaptar continuamente a tomada de decisão do algoritmo de fulfillment de pedidos de acordo.

Previsão de demanda e implantação de estoque

Vamos começar pela previsão de demanda e implantação de estoque. Para entender por que esse processo exigiu uma reinvenção completa na última década, precisamos compreender as principais razões pelas quais a maioria dos varejistas implementou um programa de fulfillment a partir da loja. Gosto de classificar essas razões em duas categorias: aquelas impulsionadas pelo desejo de oferecer atendimento e conveniência ao cliente, e aquelas impulsionadas principalmente pelo desejo do varejista de monetizar seu estoque próprio da forma mais completa e lucrativa possível.

Se reconhecermos que, ao longo da última década, o comportamento do consumidor mudou, preferindo que parte de seu fulfillment online seja feito em uma loja local (o clássico BOPIS ou retirada em drive thru) e/ou entregue no mesmo dia, então logicamente a demanda que anteriormente teria sido atendida por uma transportadora, entregando produtos a partir de uma prateleira de um centro de distribuição, deve agora ser atendida pelo estoque da loja e mão de obra local de alguma forma. O desejo de enviar até mesmo o serviço terrestre a partir das lojas para entregar mais pedidos em até dois dias úteis é outro fator focado na experiência do cliente.

O crescente desejo de retirada na loja e envio a partir da loja (tanto para entregas no mesmo dia quanto terrestres) agora exige que o algoritmo de previsão de demanda redirecione parte da demanda digital para longe do centro de distribuição e em direção a lojas específicas.

Se agora o consumidor direciona sua demanda digital para uma loja física específica, o algoritmo de fulfillment do sistema de gestão de pedidos precisa escolher a melhor loja de onde enviar um pedido. Já o estoque agora precisa ser redirecionado do centro de distribuição para as lojas, a fim de capturar o maior número possível de vendas, mas também para minimizar os custos totais para atender ao pedido.

Envio a partir da loja é uma necessidade

Até agora, focamos apenas em por que resolver a experiência do consumidor exige que uma parte da demanda e dos suprimentos seja deslocada para a frente na cadeia de suprimentos, ou seja, para as lojas e longe dos centros de distribuição. Vamos agora analisar os fatores dentro da operação de varejo que tornam o envio a partir da loja uma necessidade.

O fator mais importante é a capacidade de maximizar a margem bruta em toda a rede durante a temporada de vendas.

Na realidade, nenhum sistema de previsão de demanda pode prever o futuro perfeitamente e, ao longo da temporada, sempre haverá unidades de estoque em locais subotimizados. Conectar a demanda digital ao estoque da loja é a forma mais eficaz de lidar com a questão de “itens problemáticos”.

Por quê? Porque isso transforma o problema local de correspondência de oferta/demanda (ou seja, o estoque da loja atendendo à demanda local) em um problema de correspondência mais global (ou seja, a demanda digital como um todo, originada de toda a rede, incluindo lojas individuais). Conectar ambas as demandas não apenas permite a venda de itens com markdown a um preço mais alto, mas reduz significativamente a probabilidade de um item ser vendido com markdown.

Esse elemento crítico – evitar markdowns – é a técnica menos adotada no varejo atualmente. Essa estratégia requer uma conectividade fluida, poderíamos até dizer unificação, entre algoritmos de otimização de estoque e o algoritmo de fulfillment de pedidos, que roteia pedidos o dia todo, todos os dias.

A coordenação eficaz entre esses dois processos baseados em IA garante que, na hora de rotear o próximo pedido, o algoritmo do sistema de gestão de pedidos vá além das considerações básicas (disponibilidade de estoque, custos de transporte, disponibilidade e custo de mão de obra, tempo de entrega etc.) e considere a saúde atual (ou nível de dificuldade) de cada unidade para o fulfillment. Ao fazer isso, ele pode, por exemplo, trocar um pouco mais de custo de transporte ou tempo de entrega em troca de evitar um markdown futuro, o que efetivamente custaria muito mais ao varejista em termos absolutos.

Resumindo, a gestão de estoque na era do consumidor omni requer a unificação do processo de planejamento de estoque inicial, do processo de gestão de saúde do estoque ao longo da temporada de vendas e do processo de otimização de fulfillment de demanda digital. Essa unificação aumenta a capacidade de um varejista de capturar o máximo possível de vendas que requerem um fulfillment omni (BOPIS, mesmo dia, envio a partir da loja), ao mesmo tempo que reduz os custos operacionais e maximiza a margem bruta em cada transação ao longo do ciclo de vida do estoque.

Inovações Moldam o Futuro da Logística Brasileira

Van branca fazendo transporte logistico

Um olhar tecnológico sobre a distribuição de produtos no país

A revolução do varejo brasileiro é facilmente notável através da forma como produtos são distribuídos e entregues aos consumidores. Se, no passado, a logística se apresentava como uma barreira ao crescimento do comércio – em especial o eletrônico –, atualmente, essa dinâmica mudou. Marketplaces, redes de grande varejo e até lojas tradicionais elevaram seus padrões de entrega.

Por trás dessa mudança, há uma necessidade iminente de empresas de distribuição adaptarem não apenas suas frotas, mas suas estratégias de gestão de equipes e clientes. E a palavra-chave para essa transformação é “tecnologia”. Artigos recomendados

Adaptação e Inovação em Foco

Victor Vilas Boas Cavalcanti, comandante da Infleet, empresa voltada para soluções tecnológicas na gestão logística, destaca a importância dessa reinvenção. Segundo ele, “Assim como o varejo abraçou a informatização, empresas de logística precisam integrar tecnologias para tornar os processos mais rápidos e exatos.”

Diante disso, Cavalcanti destaca algumas tendências que estão reformulando o cenário logístico.

O Poder da Tecnologia no Mundo Logístico

  1. Internet das Coisas (IoT) e Telemetria
    A IoT permite que veículos sejam interconectados, transmitindo dados em tempo real. Dispositivos inteligentes agora monitoram desde o desempenho do veículo até o comportamento do motorista. Enquanto isso, a telemetria aprimora a gestão remota, através de informações como localização e desempenho dos veículos, otimizando a tomada de decisões.
  2. Big Data e Análise de Dados
    Não basta apenas coletar dados – é fundamental interpretá-los. Com o Big Data, é possível discernir padrões, otimizar rotas e até mesmo prever falhas mecânicas. “Uma cultura de condução econômica pode surgir da combinação inteligente de diversos dados, como velocidade e frenagens”, comenta Cavalcanti.
  3. Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina
    Estas tecnologias estão potencializando a gestão de frotas. Através da análise de dados passados e presentes, padrões são identificados, previsões são feitas e estratégias são otimizadas. Um exemplo prático? A gestão eficiente de combustível, que agora pode ser otimizada com IA.
  4. Mobilidade como Serviço (MaaS)
    MaaS é a união de diversos meios de transporte sob um único serviço tecnológico. Essa integração traz vantagens tanto para a gestão de frotas quanto para contratantes, garantindo mais segurança e eficiência nos processos logísticos.

Cavalcanti conclui, “É vital entender que essas tendências são fluidas, moldando-se de acordo com os avanços tecnológicos e as especificidades do setor logístico.”

Uma Evolução Contínua

A medida que o cenário tecnológico continua a se expandir, o setor logístico se beneficia das inovações que vão além das tendências atuais. A adaptabilidade é, portanto, um aspecto crucial para empresas que desejam se manter à frente e prosperar nessa indústria em rápida evolução.

Incorporando a Sustentabilidade

Outro fator que está emergindo com força no cenário logístico é a busca por soluções sustentáveis. Com a crescente conscientização sobre mudanças climáticas e a necessidade de reduzir emissões de carbono, empresas de logística estão sendo incentivadas a adotar práticas mais verdes. Seja através de veículos elétricos ou de rotas otimizadas para economizar combustível, a sustentabilidade está rapidamente se tornando uma prioridade.

O Fator Humano

Enquanto a tecnologia desempenha um papel vital, o elemento humano permanece central. Capacitar equipes, oferecer treinamentos atualizados e promover uma cultura de inovação são etapas essenciais para garantir que as empresas não apenas adotem novas tecnologias, mas também as utilizem de forma eficaz.

Cavalcanti destaca a importância desse equilíbrio: “A tecnologia é uma ferramenta poderosa, mas é nossa equipe que dá vida a ela. Investir em pessoas é tão crucial quanto investir em novos softwares ou veículos.”

A logística, como muitos outros setores, está em um ponto de inflexão. As inovações tecnológicas estão redefinindo o que é possível, mas cabe às empresas abraçar essas mudanças, adaptar-se e continuar evoluindo. O futuro da logística no Brasil é brilhante, e aqueles que se adaptarem mais rapidamente estarão na vanguarda dessa revolução.

Shein: 67% das encomendas que chegam ao País são de empresas do Remessa Conforme

A inclusão da Shein no programa foi certificada nesta quinta-feira, 14, com publicação no Diário Oficial

Shein: 67% das encomendas que chegam ao País são de empresas do Remessa Conforme

Com a adesão da Shein ao programa Remessa Conforme, que zera a alíquota de importação de compras de até US$ 50 feitas em e-commerce, a Receita Federal informou que as empresas habilitadas no programa foram responsáveis por 67% dos envios internacionais de encomendas ao País entre janeiro e julho deste ano.

A inclusão da Shein no programa foi certificada nesta quinta-feira, 14, com publicação no Diário Oficial.

Além da empresa, AliExpress e Sinerlog já aderiram ao programa. Com isso, a alíquota de imposto de importação para compras de até US$ 50 é zerada. Acima deste valor, o imposto incidente tem alíquota de 60%. Ainda há a cobrança por todos os Estados de ICMS com uma alíquota uniforme de 17%, conforme definição do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Além da questão tributária, as empresas que aderem ao programa têm liberação mais rápida nos processos aduaneiros.

De acordo com o Fisco, nos sete primeiros meses de 2023, o Brasil recebeu 123 milhões de remessas vindas de e-commerces internacionais. Destas, cerca de 83 milhões de encomendas chegaram ao País por operadores de transporte que prestam serviços às empresas já certificadas no programa.

“É importante destacar que, para que os benefícios do programa sejam aplicados, como a alíquota zero do imposto de importação no envio por pessoas jurídicas, além da certificação é necessário que os sites das empresas sejam adequados às exigências do Programa Remessa Conforme”, destaca a Receita.

O programa estabelece tratamento aduaneiro mais célere e econômico para empresas de e-commerce porque, com o pagamento dos impostos feito de forma antecipada, a liberação das encomendas pode ocorrer antes mesmo da chegada ao País. Em contrapartida, a Receita intensificou a fiscalização sobre os demais volumes.

Com informações de Estadão Conteúdo.
Imagem: Shutterstock

Mais da metade dos brasileiros têm preferência por compras online

O Brasil vem se consolidando como um dos países mais fiéis ao comércio eletrônico em todo o mundo, revelam dados recentes. De acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor total de bens e serviços vendidos online no país entre 2019 e 2022 atingiu a marca de R$ 450 bilhões, mais que o dobro do período de 2016 a 2019, quando alcançou apenas R$ 178,07 bilhões. Esse notável crescimento, em parte impulsionado pela pandemia da COVID-19 e pela mudança de hábitos dos consumidores, reflete também a preferência dos brasileiros pelo comércio eletrônico.

(Imagem: Freepik)

De acordo com a YouGov, uma multinacional especializada em pesquisa de mercado online, 55,1% dos brasileiros adultos afirmam que preferem comprar produtos online ao invés das lojas físicas. Esse índice supera a média da América Latina, que representa 35,1%. A preferência do Brasil com o comércio eletrônico se destaca até mesmo globalmente, onde a média de escolha por compras online é de apenas 40,1%.

(Imagem: YouGov/Reprodução)

David Eastman, diretor-geral e comercial da YouGov na América Latina, comentou que “O Brasil está entre os países mais entusiastas do comércio online. Em uma análise regional, nenhuma área geográfica apresenta uma porcentagem média maior do que os 55,1% do Brasil. E, quando comparado com mercados como Turquia, Tailândia, Índia e Indonésia, onde mais da metade da população prefere o comércio online, o Brasil lidera, com exceção apenas dos consumidores chineses, onde 59,6% afirmam preferir as compras online em detrimento das lojas físicas.”

A preferência por descontos em aplicativos

Além da simpatia pelo comércio eletrônico, os brasileiros também se destacam em outras atitudes relacionadas a essa modalidade de compra. Os dados também mostram que, quatro em cada 10 consumidores no Brasil acreditam ser especialistas em encontrar descontos e ofertas online, em comparação com a média global de 37,6%. Os brasileiros também querem que todas as lojas e marcas tenham aplicativos para facilitar as compras online.

Em relação às tecnologias que podem melhorar a experiência de compra online, 52% dos brasileiros acreditam que a Realidade Aumentada vai deixar as compras mais divertidas, uma número que só fica abaixo do que a África do Sul. No geral, quase sete em cada 10 brasileiros acreditam que o comércio eletrônico facilita suas vidas, um número que supera média global.

O Omnicanal em destaque

Apesar do entusiasmo pelo comércio eletrônico, os consumidores brasileiros não utilizam necessariamente todas as ferramentas digitais para pesquisa e compra de produtos. Eles são menos propensos do que a média global a usar plataformas digitais para ver o que está disponível no mercado. Nessa comparação, também é mais raro, que um cliente brasileiro veja algo online e depois o compre em uma loja física

No entanto, eles têm uma predileção por usar aplicativos para comprar produtos que gostaram online, com 31,4% dos adotando essa prática, em comparação com apenas 21,5% da população global, além de serem muito mais propensos a usar esses aplicativos para comprar um produto em uma loja física, o que demonstra uma adesão às compras omnicanal.

Os produtos preferidos

Sobre os produtos, o consumidor do Brasil demonstra maior propensão para comprar produtos financeiros, eletrodomésticos, TVs, computadores e seus acessórios por meio de portais online. Por outro lado, têm menor probabilidade de recorrer ao comércio eletrônico para adquirir malas, jogos, produtos de beleza, cuidados pessoais e roupas e calçados. Essas diferenças em relação à média global são importantes para marcas com presença internacional que buscam atrair o mercado no país.

O Brasil continua se destacando como um mercado de comércio eletrônico em rápido crescimento, com consumidores que demonstram uma afinidade crescente por essa forma de compras, juntamente com uma disposição notável para adotar tecnologias inovadoras que aprimorem sua experiência de compras online.

TikTok Shop é lançado oficialmente nos EUA

O TikTok oficializou, nesta semana, o lançamento nos EUA de sua vertente de e-commerce — o TikTok Shop. A novidade traz mais dedicação da plataforma ao consumo, com barra de compra na tela de início, promoção de live commerce, anúncios e programa de afiliados para criadores.

TikTok Shop - EUA
(Imagem: Freepik)

O TikTok oficializou, nesta semana, o lançamento de sua vertente de e-commerce nos EUA — o TikTok Shop. A novidade traz mais dedicação da plataforma ao consumo, com barra de compra na tela de início, promoção de live commerce, anúncios e programa de afiliados para criadores.

Com mais de 150 milhões de usuários norte-americanos, o TikTok visa aproveitar esse alcance para fortalecer sua nova empreitada de vendas. Os testes no país acontecem desde novembro do ano passado e, gradativamente, a companhia aproveitou os últimos meses para adicionar mais fornecedores.

“O TikTok Shop permite que marcas e criadores se conectem com clientes altamente engajados com base em seus interesses e combina o poder da comunidade, criatividade e comércio para oferecer uma experiência de compra perfeita”, afirma a empresa em nota.

De acordo com o TikTok, mais de 200 mil vendedores já estão no TikTok Shop, além de 100 mil criadores no programa de afiliados.

Atuação

Os criadores podem marcar produtos para facilitar aos usuários a compra de itens em vídeos InFeed e vídeos ao vivo. As marcas podem criar seus próprios portfólios de produtos, que podem ser acessados em suas páginas de perfil.

Além de permitir que as marcas hospedem seus produtos na plataforma, a ByteDance também oferece soluções logísticas em “Fulfilled by TikTok”, juntamente com um método de checkout seguro.

América Latina na contramão: e-commerce avança na região e supera média global de vendas

A América Latina continua a conquistar seu espaço no cenário do e-commerce mundial. Segundo dados da Salesforce Shopping Index, as vendas da região no segundo trimestre de 2023 aumentaram 5%. Na média mundial, o mesmo aspecto teve retração de 6%.

De acordo com a empresa responsável pela pesquisa, o volume de vendas foi maior na América Latina pelo quatro mês consecutivo. Ixndo além, a jornada do e-commerce latino-americano também se apresenta mais positiva que no quadro geral em mais dois aspectos: tráfego e pedidos por meio de dispositivos móveis.

No primeiro, o crescimento foi de 19%, contrastando com 3% de alta na média global. Já no segundo tópico, enquanto o mundo viu queda de 2% na modalidade, a América Latina avançou 11%.

Para Eunice Hirata, vice-presidente regional da Salesforce Brasil, a retomada pós-pandemia e um perfil mais maduro dos consumidores e empresas foram as principais razões para o destaque latino-americano dentro do e-commerce.

“O Brasil segue uma perspectiva de contenção de despesas do lado do consumidor e de alto custo de financiamento para as empresas. Para lutar contra a estagnação, parte das empresas se apoia na transformação digital para aprimorar a navegação em dispositivos móveis, que representam 8% do tráfego nas lojas da América Latina”, pontua.

Mais locais

Em outras regiões importantes para o e-commerce, os resultados também foram analisados. Nos EUA, pela primeira vez desde 2014, o setor registrou retração em vendas por e-commerce no segundo trimestre deste ano

Na Europa, o volume de vendas cresceu, durante o mesmo período, em Espanha (11%), Alemanha e França (3%). No Reino Unido, houve queda de 3%. Em números gerais, o continente contou com alta de 1%.

A pesquisa da Salesforce contou com base histórica de mais de um bilhão de consumidores de 61 países, com compras feitas em 2.276 lojas de e-commerce.

Conheça o Wake OMS, a solução de multicanalidade da Wake.

Mulher em loja de sapatos mexendo em uma tablet
Imagem: reprodução

O Sistema de Gerenciamento de Pedidos – ou OMS – é uma solução tecnológica inovadora: projetada para aprimorar a integração entre os ambientes físico e online, eleva também a eficiência e a qualidade da jornada de compra para os consumidores, fornecendo uma visão única para o cliente. Para tal, a Wake lançou o Wake OMS – um produto para quem tem a plataforma Wake Commerce, desenvolvido para romper as barreiras do físico com o digital.

Wake OMS potencializa as oportunidades de vendas por meio de diversos canais. Com essa tecnologia, a operação é expandida para o modelo omnichannel e permite que lojas físicas, parceiros externos e outras fontes de fulfillment sejam utilizados como estoque para o digital, em conjunto com os tradicionais Centros de Distribuição. 

Além disso, a inteligência integrada do Wake OMS busca incessantemente reduzir prazos e custos de entrega, ao mesmo tempo que contribui para eliminar as rupturas de estoque. Por fim, o grande diferencial da Wake é a integração de ponta a ponta com as soluções do ecossistema. 

Na Wake Commerce, o OMS possui integração nativa e é um dos produtos ao lado do Wake Storefront, uma solução headless para desenvolver a interface das lojas virtuais, e Wake Hub, o motor de integração com os maiores marketplaces do mercado. Juntos, compõem um ecossistema de soluções digitais integradas.

Para romper as barreiras que separam físico e digital

Pick-up: o consumidor final compra o produto no site e retira em uma das lojas físicas;

Ship-from: a loja envia o produto até a casa do cliente;

Ship-to-store: a loja envia o produto a uma outra que foi escolhida para retirada pelo consumidor final.

Os principais benefícios

– Otimiza as operações de pedidos do varejo, melhorando a satisfação do cliente, reduzindo custos operacionais e permitindo uma tomada de decisão mais informada;

– Disponibiliza uma maior oferta de produtos e disponibilidade de estoque;

– Incrementa as vendas da loja física quando selecionada a opção de retirada, promovendo o fluxo de clientes para a loja;

Change Seller: direciona um pedido feito para outra loja em casos de ruptura, logo, permite que produtos faltantes na loja de origem sejam buscados nas demais lojas integradas a fim de concretizar a venda;

– Na configuração do Change Seller, permite definir variações de prazo e frete;

– Proporciona uma experiência de compra completa, fluida e sem fricções.

Com novas soluções, Wake propõe uma abordagem com foco em performance e resultados

A Wake foi lançada em abril de 2023 para negócios e empreendedores que buscam resultados expressivos e com alta performance de ponta a ponta. De lá para cá, a empresa que pertence à Locaweb Company tem divulgado novos produtos que permitem a construção de experiências únicas de compra.

Um dos mais recentes foi o Wake Storefront, a solução headless da Wake Commerce. A tecnologia responsável pelo desenvolvimento da interface de uma loja virtual é veloz, customizável, com tempo de implementação e migração reduzidos, segura e com atualizações frequentes, além de oferecer a mesma experiência em quaisquer dispositivos por meio do Storefront API.
Com mais de 700 colaboradores, o ecossistema da Wake é formado pelos eixos Wake Commerce, Wake Experience e Squid by Wake, que contemplam todas as etapas da jornada do cliente.

Dez estatísticas de comércio eletrônico B2B para acompanhar em 2023

Com o crescimento do comércio eletrônico B2B, os vendedores corporativos precisam se ajustar a um mundo diferente. Eles precisam ter em mente que os compradores estão se voltando, cada vez mais, para os canais digitais, indicando uma tremenda valorização da velocidade e da conveniência nas transações.

Não é novidade que compradores B2B têm deixado de lado as reuniões presenciais com representantes de vendas e buscado o mesmo tipo de experiência que têm ao comprar em sites B2C: afinal, todos compramos na Amazon e sabemos o que é uma boa experiência de compra. Na dinâmica digital, eles procuram autonomia, pesquisando os produtos online e optando por concluir a compra do mesmo modo.

“Hoje, o sucesso no B2B depende totalmente do balanceamento engenhoso de pontos de contato online de autoatendimento com cenários de interação com o cliente assistidos por vendas. A chave para ambos é digital… sites e aplicativos de comércio digital, juntamente com a ativação de vendas digitais”, escreveram Andy Hoar e Brian Beck, da Master B2B, em seu Relatório State of B2B E-Commerce de 2023.

Dessa forma, vendedores experientes ficam livres para atuar como consultores confiáveis, enquanto suas empresas fazem uso de mercados e ferramentas digitais para oferecer experiências personalizadas aos seus clientes. Ao mesmo tempo, as equipes de vendas passam a se apoiar em ferramentas de vendas guiadas para adotar um modelo de vendas omnichannel, ajudando os vendedores a envolver os compradores no canal de sua escolha.

As principais estatísticas B2B para 2023

A velocidade com que o comércio eletrônico B2B vem crescendo é impressionante, e a maior parte das organizações está ciente disso. Por isso estão trabalhando na transformação de suas equipes de vendas e na construção de experiências que atendam às crescentes preferências digitais de seus clientes.

Tudo isso é ilustrado por estatísticas relativas ao ano de 2023 que, analisadas com calma, podem ajudar a orientar os líderes empresariais na definição de suas estratégias. Veja algumas delas:

1. De acordo com a Forrester, o comércio eletrônico B2B atingirá US$ 3 trilhões nos EUA até 2027, acima do US$ 1,7 trilhão registrado em 2021. As vendas offline B2B permanecerão essencialmente estáveis;

2. Já a Statista aponta que 17% das vendas B2B serão geradas digitalmente em 2023, acima dos 13% em 2019;

3. Uma pesquisa do Gartner, publicada no final de 2021, mostrou que 83% dos compradores B2B preferem fazer pedidos ou pagar por mercadorias por meio de canais digitais;

4. O Gartner também prevê que, até 2025, 80% das interações de vendas B2B entre fornecedores e compradores ocorrerão em canais digitais;

5. Os clientes B2B agora usam regularmente dez ou mais canais para se envolver com fornecedores, contra cinco em 2016, de acordo com um estudo de vendas B2B da McKinsey & Company;

6. O mesmo estudo da McKinsey aponta grandes oportunidades para canais de vendas remotos ou online: 35% dos compradores B2B disseram que gastariam US$ 500 mil ou mais em uma única transação;

7. Quase dois terços das empresas B2B em todos os setores oferecem recursos de comércio eletrônico acima dos 53% no início de 2021, segundo um relatório B2B Pulse 2022 da McKinsey & Company;

8. Um terço dos 200 compradores e vendedores B2B entrevistados disseram que iniciam sua pesquisa de produtos na Amazon, de acordo com o relatório State of B2B E-Commerce de 2023 da Master B2B;

9. Quase metade dos vendedores no mesmo estudo disse que perdeu vendas porque não conseguiu competir com a Amazon em preço;

10. A pesquisa Master B2B também descobriu que 61% dos vendedores disseram que perderam vendas porque a pesquisa no site não era boa o suficiente.

Comércio eletrônico B2B em 2023

Todos esses números e estatísticas mostram que o comércio eletrônico B2B não só veio para ficar, mas que está cada vez mais forte. E, diante disso, as organizações de todos os setores precisarão continuar desenvolvendo e aprimorando seus recursos de comércio digital para permanecerem competitivas à medida que os mercados de terceiros ganham força.

Mas sempre há pontos de atenção. Mesmo que a maioria das empresas B2B esteja focada em aumentar o comércio eletrônico, muitas enfrentam o mesmo problema: falta de financiamento. A pesquisa Master B2B observa que 68% dos vendedores disseram que as restrições orçamentárias estão impedindo o crescimento do comércio eletrônico, e que há falta de alinhamento entre as equipes de vendas, e-commerce e TI, o que dificulta o crescimento.

Gerenciar o conflito entre canais de vendas online e offline no comércio B2B requer uma abordagem equilibrada e estratégica. Para enfrentar esse desafio com sucesso, as empresas podem empregar várias táticas. A comunicação clara é fundamental, envolvendo a educação da equipe de vendas sobre os benefícios do e-commerce como uma ferramenta complementar em vez de uma substituição. O alinhamento de incentivos é crucial, com estruturas bem projetadas que recompensam os vendedores por direcionar o tráfego online e facilitar as vendas online. A colaboração deve ser incentivada entre as duas equipes de vendas para proporcionar uma experiência perfeita ao cliente, enquanto que a atribuição clara de leads garante o devido crédito pelos esforços de vendas online e offline.

Enfatizar o valor da expertise dos vendedores e da personalização é essencial, destacando situações em que o aconselhamento personalizado é indispensável. Ofertas online especiais podem motivar o engajamento com a plataforma online, enquanto que o compartilhamento de dados permite que os vendedores compreendam melhor os comportamentos dos clientes online. Criar um ciclo de feedback capacita os vendedores a contribuírem com insights para melhorar a plataforma online, promovendo seu envolvimento no seu sucesso. A implementação gradual, o suporte da gestão e a definição de papéis claros contribuem para uma convivência harmoniosa de ambos os canais. Em última análise, uma abordagem abrangente que combine essas táticas promove a cooperação, minimiza conflitos e impulsiona o crescimento no comércio B2B.

“Os CEOs devem demonstrar liderança aqui e garantir que os departamentos de comércio eletrônico e TI estejam totalmente alinhados – tanto estratégica quanto financeiramente – para garantir que as metas digitais sejam alcançadas”, conclui o relatório. A dica fala por si só e já indica por onde muitas dessas empresas podem começar.

Apoiada no e-commerce, indústria farmacêutica deve movimentar mais de R$ 162 bilhões em 2023

Trabalhando em sintonia com o e-commerce, a indústria farmacêutica observa um crescimento global desde 2020. Até 2032, o setor espera atingir US$ 273,6 bilhões, conforme dados da Future Market Insights. No Brasil, segundo a Neotrust, o setor de Saúde e Farma aumentou em 40% o faturamento este ano.

Segundo dados da Mckinsey, a área de healthcare viu um crescimento de 38 vezes no segmento de telemedicina. Já o ramo farmacêutico teve um salto de 6,6% entre julho de 2020 e julho de 2021, de acordo com dados da Abrafarma, movimentando cerca de R$ 103 bilhões no período.

Já o Guia da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) afirma que o mercado farmacêutico brasileiro deve movimentar entre US$ 39 bilhões (R$ 162 bilhões) e US$ 43 bilhões (R$ 179 bilhões) em 2023, comercializando algo em torno de 238 milhões de doses.

E-commerce já é essencial à indústria farmacêutica

O Brasil caminha para se tornar o quinto maior mercado mundial de suprimentos médicos, com um crescimento esperado de 10,5% somente em 2023, segundo dados da consultoria IQVIA. E isso só comprova que a adoção do e-commerce pelas farmácias se tornou essencial para atender às demandas dos consumidores tanto no ambiente B2B quanto B2C.

O Brasil conta com mais de 118 mil CNPJs de varejistas focados no setor farmacêutico, de acordo com dados do DataSebrae. Vale ressaltar que, no país, são cerca de 84 mil farmácias existentes, além de mais de 4 mil distribuidores de medicamentos no Brasil.

Para Antonio Nunes, CEO da Instaleap, “o desafio para que o setor continue crescendo é entender como melhor atender os consumidores finais, desde o oferecimento de canais de acesso aos medicamentos e produtos de forma intuitiva até a entrega rápida”.

Receita de quem está na frente

No cenário internacional, países com liderança no desenvolvimento desse tipo de comunicação no varejo, como os EUA, já movimentam mais de US$ 1,1 trilhão com o e-commerce B2B, com foco em empresas para distribuição — mais do que o que se movimenta em B2C, quando a venda acontece para o cliente.

Entre os principais objetivos dessa estratégia estão:

– ampliação das vendas;

– expansão geográfica;

– captação de clientes;

– reforço do controle sobre processos;

– estoque e armazenamento;

– padronização digital de pedidos;

– flexibilidade nas vendas para melhor atendimento ao cliente;

– personalização e otimização da jornada de compra (incluindo o rastreamento de pedidos, agilidade na coleta dos medicamentos em diferentes lojas e melhoria da distribuição).

Vale destacar que a digitalização da indústria farmacêutica ainda é um ponto crucial no Brasil, uma vez que 82% das farmácias ainda não vendem online. A startup Napp, em parceria com o Google, já oferecem um esquema de digitalização totalmente gratuito para este mercado.

Shein quer exportar a partir do Brasil e já tem 200 fábricas em operação

Na venda local, varejista ensaia entrega no mesmo dia da compra.

Das duas mil fábricas que a Shein quer ter no Brasil, 200 já estão em plena operação, todas em parcerias com unidades de produção de terceiros. O país, forte consumidor da marca, pode se tornar também polo exportador da varejista.

“A Shein não é uma empresa chinesa, é uma empresa global”, diz Marcelo Claure, CEO da companhia na América Latina. “Não tem que ser da China para o mundo. Meu sonho é que seja do Brasil para o mundo todo, porque aqui temos ótimos produtos. Queremos que, em breve, seja um meio de exportação para a América Latina.”

O Brasil foi o primeiro país fora da China a ter fabricação da Shein — depois de iniciada a operação no país, o grupo passou a produzir também na Turquia. A empresa tem aqui 45 milhões de clientes, mais de um terço da população adulta do país e do seu total de consumidores no mundo inteiro, hoje em 160 milhões de pessoas. Além da demanda, a Shein também se viu pressionada politicamente, na discussão de tarifas de importação.

Claure se reuniu presencialmente com o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad para explicar as intenções da marca por aqui, desde que a União anunciou que passaria a tributar compras importadas, numa tentativa de proteger o produto interno. Na ocasião, foram prometidas duas mil fábricas e a geração de 100 mil empregos no país  até 2026.

“É importante seguir as regras do jogo”, reforçou Claure hoje, em painel no evento Digitalks, em São Paulo. “Mas algo que não acredito é nessa diferença: se você tem dinheiro e vai pra Miami, pode comprar até mil dólares em roupas e trazer pra cá. Não tem lógica. O segmento da Shein é justamente a classe que tem menos poder aquisitivo. Cobrar imposto de quem não pode pagar e não cobrar de quem viaja ao exterior, não faz sentido.”

Mas ele argumenta que a vantagem competitiva da Shein vai muito além do preço. O modelo de negócios da plataforma permite desenhar, produzir e entregar um produto num intervalo de sete dias, enquanto a maior parte das concorrentes ainda trabalha com o conceito de estações, defende. Um dos planos mais ousados da marca para o Brasil é entregar peças em poucas horas.

“A gente terá a capacidade de vender no site às 15h e entregar à noite. O Brasil é muito bom em micrologística, tem empresas como Loggi e os próprios Correios, que é uma máquina gigante incrível”, disse, elogiando o serviço público de entregas. “Minha mensagem para o varejista brasileiro é: não brigue com o modelo digital”, completou, alfinetando a concorrência.

Claure conheceu a marca observando o comportamento das cinco filhas — a mais velha tem 28 e a mais nova, cinco. Ao verificar a fatura dos cartões de crédito no fim do mês, a repetição infinita do mesmo nome: Shein, Shein, Shein.

Ao conhecer o modelo de negócios, gostou da empresa e pegou um avião para a China para conversar pessoalmente com os funcionários e gestores das fábricas. Ali, viu o que considera uma das empresas mais disruptivas no mundo. No início do ano, o executivo investiu US$ 100 milhões na Shein por meio de seu family office. De passagem pelo Brasil até o fim da semana, o executivo vai visitar fábricas e centros de distribuição no país.

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