Marketing B2B inteligente: como gerar impacto com menos

Em um ambiente B2B cada vez mais pressionado por entregas tangíveis e ciclos complexos de decisão, o desafio não é apenas vender: é gerar demanda, engajar stakeholders diversos e provar retorno. O caminho é fazer mais com menos e com inteligência.

Para Mário Soma, CEO e Head B2B da Pólvora Comunicação, é fácil cair na “ilusão dos cliques”: dashboards bonitos, taxas de cliques (CTR) crescentes e relatórios com gráficos em ascensão, entre outros indicadores. Parece que está tudo indo bem. “Mas, quando você puxa o ‘fio da conversão’, percebe: quem clicou não é quem decide. O abismo entre um lead curioso e um comprador real é maior do que muitos imaginam”.

Dados recentes da Dreamdata, plataforma de atribuição B2B, mostram que a jornada média no Marketing B2B dura 320 dias (10 meses e 2 semanas) desde o primeiro toque até o fechamento da venda; apenas 1 em cada 100 contas está ativamente no mercado naquele trimestre e 80% dos compradores já têm um fornecedor em mente antes de iniciar a busca.

Para Mário, três pontos quebram muita convicção do mercado. “Anúncios com líderes de pensamento (Thought Leader Ads) têm até 2,3x mais engajamento que os formatos tradicionais. Isso comprova que pessoas engajam com pessoas. Um terço das empresas-alvo recebe menos de três impressões em 90 dias. Ou seja, estamos desperdiçando mídia onde mais importa”, afirmou.

Ele continua explicando que a jornada entre Lead Qualificados de Marketing (MQL) e Lead Qualificado de Venda (SQL) leva, em média, 107 dias (três meses e duas semanas). “As grandes empresas têm jornadas 49% mais longas”, pontua.

O que fazer diferente: vender para o decisor, não para o curioso

O CEO da Pólvora afirmou que a partir do momento que se quer vender para quem decide, é preciso definir com precisão o ICP : cargo, setor, maturidade digital, dor real.

“Trabalhe em duas frentes: Account Based Marketing (ABM) para decisores por meio de campanhas cirúrgicas e personalizadas; e inbound para influenciadores por meio de conteúdos educativos e distribuídos”, indica. Além disso, ele propõe que se crie conteúdo que fale a linguagem do decisor. “Executivos C-Levels não querem saber como funciona. Eles querem saber o que resolve. Junto a isso, integre Marketing e vendas com clareza de propósito: o alinhamento é mais poderoso que automação. Sua taxa de conversão agradece”, analisa.

Fonte: “https://mundodomarketing.com.br/marketing-b2b-inteligente-como-gerar-impacto-com-menos”

O avanço do e-commerce global e a jornada do Brasil rumo à internacionalização digital

O comércio eletrônico deixou de ser uma simples alternativa ao varejo tradicional e se consolidou, ao longo da última década, como pilar central da economia digital global. Segundo dados da Euromonitor International, em 2024, cerca de 64% da população mundial esteve conectada à internet – o que representa mais de cinco bilhões de pessoas com acesso potencial a bens e serviços via canais digitais.

Ainda segundo a Euromonitor International, no ano passado, o e-commerce global de bens e serviços movimentou aproximadamente US$ 11 trilhões, com previsão de crescimento médio de 10,7% ao ano até 2029. O varejo de bens liderou esse movimento, seguido por pagamentos digitais, viagens, foodservice e outros serviços.

A concentração do comércio eletrônico permanece nas duas maiores economias globais: China e Estados Unidos. Em 2024, os dois países responderam, juntos, por 61,2% de todo o e-commerce mundial, movimentando cerca de US$ 2,6 trilhões em transações online. Individualmente, a China foi responsável por 30,7% desse volume, enquanto os Estados Unidos contribuíram com 30,5%.

E-commerce transfronteiriço

Embora o e-commerce já esteja consolidado como um dos principais canais de consumo de bens e serviços no mundo, apenas uma fração desse mercado corresponde a transações internacionais de produtos – o chamado e-commerce transfronteiriço ou cross-border.

Nesse cenário, China e Estados Unidos seguem na liderança global. No ano passado, a China movimentou cerca de US$ 145 bilhões em e-commerce transfronteiriço, enquanto os Estados Unidos registraram US$ 113,1 bilhões. Entre 2019 e 2024, os dois países mantiveram taxas médias de crescimento anual expressivas: 9,8% e 24,8%, respectivamente.

Por sua vez, o Brasil despontou como um dos mercados emergentes mais relevantes. Em 2024, o país atingiu US$ 12,6 bilhões em transações internacionais online, impulsionado por um crescimento médio anual de 26,3% nos últimos cinco anos.

Outras economias como México (35,3%), Índia (29,5%), Tailândia (29%) e Indonésia (24,2%) também se destacam pelo desempenho expressivo nas taxas médias de crescimento anual em cross-border no mesmo período.

Cenário do e-commerce brasileiro

Em 2024, o e-commerce de bens no Brasil movimentou US$ 56,3 bilhões. Segundo dados da Euromonitor International, as categorias com maior participação foram: eletrônicos, moda, alimentos e beleza.

Os marketplaces seguem desempenhando papel estratégico no varejo digital brasileiro, especialmente ao facilitar o acesso a pagamentos digitais e impulsionar a inclusão de micro e pequenas empresas (MPEs). Plataformas como Mercado Livre e Amazon se destacam por oferecer ecossistemas acessíveis, permitindo que empresas de menor porte ampliem sua presença online e alcancem novos mercados.

Diagnóstico da maturidade digital brasileira para o e-commerce internacional

Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil) oferece gratuitamente para as empresas nacionais o Diagnóstico de E-commerce Internacional. Trata-se de uma ferramenta que avalia a maturidade digital de uma empresa e propõe ajustes para melhorias. Após uma classificação baseada na análise realizada, a ferramenta indica os produtos e serviços adequados para a empresa que deseja conquistar o mercado internacional.

Das 800 empresas brasileiras analisadas no Diagnóstico de E-commerce Internacional da ApexBrasil no primeiro trimestre de 2025, cerca de 90% ainda não haviam realizado vendas online para o exterior, apesar do interesse.

Segundo a análise, os destinos mais visados pelas empresas brasileiras são: Estados Unidos, Europa e Colômbia. Enquanto médias e grandes empresas demonstram maior maturidade digital – com sites multilíngues e estrutura profissionalizada -, as micro e pequenas empresas (MPEs), de forma geral, enfrentam gargalos estruturais.

Entre os principais desafios para as MPEs destacam-se:

– Falta de planejamento logístico para envios internacionais (identificada em 80% das empresas);
– Ausência de sites adaptados ao idioma do mercado-alvo;
– Desconhecimento sobre regras alfandegárias, marketplaces internacionais e meios de pagamento globais;
– Baixo investimento em marketing digital voltado para mercados externos (menos de 10% investem em mídia paga internacional).

Esses dados reforçam a necessidade de políticas públicas para capacitação digital e de medidas que incentivem a presença internacional das empresas brasileiras, especialmente das MPEs.

Segundo a Fitch Solutions, a expansão do e-commerce em mercados emergentes demanda principalmente: inovações em logística – criação de redes de entrega confiáveis – e mecanismos para fortalecer a confiança do consumidor nas transações online. Empresas que oferecerem soluções escaláveis para esses desafios terão enorme potencial de crescimento, especialmente em regiões onde o e-commerce ainda está em fase de consolidação.

Um futuro digital para o Brasil

O e-commerce consolidou-se como um vetor estratégico da economia digital e da competitividade internacional. O Brasil, com sua robusta base de consumidores e infraestrutura digital em expansão, tem potencial para protagonizar esse movimento global, mas isso exige ação coordenada.

Transformar esse potencial em resultados concretos dependerá da capacidade das empresas brasileiras de acelerar sua transformação digital, inovar seus modelos de negócio e alinhar suas estratégias a práticas sustentáveis, inclusivas e orientadas ao mercado externo.

A adoção de políticas públicas que promovam a capacitação tecnológica das MPEs será fundamental para que o país avance de forma estruturada, ampliando sua presença no comércio eletrônico internacional e garantindo um posicionamento competitivo em um cenário global cada vez mais dinâmico e exigente.

A jornada para uma maior presença brasileira no comércio eletrônico global está em curso.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/o-avanco-do-e-commerce-global-e-a-jornada-do-brasil-rumo-a-internacionalizacao-digital”

 

ECBR Club: clube do E-Commerce Brasil aposta em conteúdo, networking e protagonismo digital

Novo clube de membros oferece benefícios para profissionais que desejam liderar o e-commerce no Brasil

E-Commerce Brasil, maior ecossistema de conteúdo e eventos do setor na América Latina, anuncia o lançamento do ECBR Club, uma plataforma de benefícios voltada a profissionais e empresas que buscam mais do que atualização: querem fazer parte da transformação digital no país.

O clube oferece acesso a conteúdos exclusivos sob demanda, trilhas temáticas, aulas práticas e participação garantida nos principais eventos presenciais da marca em 2025 — incluindo o Fórum E-Commerce Brasil, maior encontro do setor no país.

Planos e benefícios: de acesso gratuito a experiências exclusivas

O ECBR Club está disponível em quatro planos distintos — Essencial, Profissional, Corporativo e Fornecedor — e se posiciona como um hub de desenvolvimento contínuo e pertencimento para o mercado digital. Veja o que cada modalidade oferece:

Essencial (gratuito): acesso à comunidade online, conteúdos organizados por temas, mentorias coletivas, newsletter mensal, sorteios, vantagens exclusivas e 15% de desconto em programas da ESECOM.

Profissional (R$ 391,97/mês): inclui todos os benefícios do plano gratuito, além de um ingresso para o Fórum E-Commerce Brasil, seis ingressos para congressos ECBR e acesso completo a um módulo executivo da ESECOM.

Corporativo (R$ 1.959,87/mês): ideal para empresas, oferece seis ingressos para o Fórum, 36 para congressos da agenda anual e extensão de vantagens para toda a equipe.

Fornecedor (sob consulta): modelo exclusivo com validação institucional e acesso diferenciado ao ecossistema ECBR.

Conteúdo sob demanda e mentorias com especialistas

A associação ao ECBR Club garante acesso a trilhas de conhecimento organizadas por temas estratégicos, como:

  • gestão de performance
  • marketing de retenção
  • logística
  • inteligência artificial aplicada
  • omnicanalidade
  • marketplaces
  • branding, entre outros

Além disso, os membros dos planos pagos podem participar de mentorias em grupo com especialistas do E-Commerce Brasil, trocando experiências com nomes relevantes do setor.

Comunidade ativa para networking e geração de negócios

Um dos principais diferenciais do ECBR Club é a comunidade privada de membros. O espaço digital foi criado para estimular conexões de alto nível, fomentar parcerias e promover discussões estratégicas. É possível tirar dúvidas, compartilhar aprendizados, encontrar fornecedores ou clientes e até gerar novos negócios.

O clube também oferece visibilidade nacional para os participantes, com destaques em newsletters, eventos e publicação de cases de sucesso da comunidade.

Acesso completo aos principais congressos do setor

O plano Profissional do ECBR Club garante entrada em todos os eventos presenciais organizados pelo E-Commerce Brasil. Além do Fórum — que acontece entre 29 e 31 de julho, em São Paulo — a agenda inclui:

  • Congresso de Moda e Beleza
  • Congresso de Saúde e Farma
  • Congresso de Alimentos e Bebidas
  • Congresso de E-commerce de Luxo
  • Congresso de E-commerce de Serviços
  • Outros encontros de destaque no calendário anual

Juntos, os ingressos superam R$ 10 mil em valor de mercado e asseguram conveniência aos membros, sem a necessidade de se preocupar com inscrições ou lotes esgotados.

Para quem é o ECBR Club?

A proposta do clube é atender a diferentes perfis do setor digital, como:

  • líderes de e-commerce e decisores estratégicos
  • profissionais de marketing, produto, logística, tecnologia e dados
  • empresas e agências em busca de posicionamento e relacionamento com o ecossistema
  • startups e scale-ups interessadas em networking e validação de mercado

“O ECBR Club dá um passo além na jornada que o E-Commerce Brasil vem construindo há mais de uma década. É a evolução de um ecossistema que já conecta, forma e inspira milhares de profissionais”, afirma Bruno Pati, CEO do E-Commerce Brasil.

Acesse agora e escolha seu plano

O ECBR Club já está disponível e pode ser acessado por qualquer profissional do setor. Basta visitar o site ecbrclub.com.br e escolher entre os planos disponíveis. A proposta é clara: oferecer acesso, repertório e visibilidade para quem deseja construir resultados consistentes e duradouros no ambiente digital.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/ecbr-club-e-commerce-brasil-conteudo-networking-e-protagonismo-digital”

Dia das Mães impulsiona e-commerce, e vendas online disparam 17%

Levantamento da Linx aponta que maior preparação das marcas resultou em alta nas vendas pela internet.

Antes mesmo da chegada do Dia das Mães, as vendas no e-commerce brasileiro já apresentaram um crescimento de 17% entre os dias 6 de abril e 6 de maio de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Os dados do levantamento da Linx, empresa especializada em tecnologia de varejo e software de gestão, sugerem que o aumento nas vendas online é atribuído, em grande parte, à maior preparação das marcas para datas comemorativas.

Segundo o estudo, empresas têm investido cada vez mais em ações de engajamento com o consumidor e em estratégias que integram diferentes canais de venda, como redes sociais, marketplaces e lojas físicas, para potencializar a performance no digital.

“As marcas estão compreendendo melhor o comportamento do consumidor e utilizando datas sazonais como oportunidades para estreitar o relacionamento com o público”, afirmou Daniel Mendez, diretor-executivo da unidade de negócios de e-commerce da Linx.

Com a integração entre canais e o uso de ferramentas digitais de marketing e vendas, o varejo online consolida sua relevância no cenário nacional, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo e conectado.

O levantamento destacou o setor da moda, que foi impulsionado pela alta recorrência de compra e pela forte presença nos marketplaces.

“Beleza e eletrônicos também mantiveram bom desempenho, mas a moda se sobressaiu especialmente entre os varejistas que conseguiram ativar sua base de clientes com campanhas bem segmentadas e integrar suas estratégias físicas e digitais de forma mais fluida”, disse Mendez.

Sobre as expectativas para as próximas datas comemorativas de 2025, o diretor-executivo da unidade de negócios de e-commerce da Linx também mencionou que a tendência é que os varejistas intensifiquem o uso das lojas físicas como apoio logístico — seja para retirada ou envio de produtos.

Já os canais digitais devem seguir como ferramentas-chave para atrair tráfego e gerar novas oportunidades de venda.

Fonte: “https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/dia-das-maes-impulsiona-e-commerce-e-vendas-online-disparam-17/”

Vendas no varejo avançam 1,6% em abril, mostra índice da Cielo

As vendas no varejo cresceram 1,6% em abril de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024, já descontada a inflação, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Trata-se da primeira alta mensal registrada no ano. Em termos nominais, que refletem a receita efetiva dos varejistas, o crescimento foi de 7,9%.

Entre os macrossetores, apenas o de bens não duráveis apresentou avanço, com alta de 4,2%. O destaque ficou por conta do segmento de varejo alimentício especializado. Já o macrossetor de serviços teve queda de 2,3%, com autopeças e serviços automotivos liderando as perdas. O setor de bens duráveis e semiduráveis recuou 1,9%, com destaque negativo para óticas e joalherias.

Segundo Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia e negócios da Cielo, a recuperação do varejo em abril foi impulsionada por datas como a Páscoa e o feriado de Tiradentes. “Um dos destaques do mês foi o segmento de varejo alimentício especializado, aquecido pelas vendas em chocolaterias e bombonieres. Nesse caso, houve um efeito de calendário que beneficiou o desempenho do varejo em abril, uma vez que no ano passado a Páscoa caiu em março”, explica. O setor de turismo e transporte também teve desempenho favorecido pela proximidade dos feriados, segundo o executivo.

E-commerce mantém ritmo de crescimento

As vendas online cresceram 3,0% em termos nominais no mês de abril, na comparação com o mesmo período de 2024. Já as vendas presenciais avançaram 9,4% também em termos nominais.

Inflação impacta o varejo

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia do IPCA divulgada pelo IBGE, registrou alta de 0,43% em abril. Alimentação e bebidas foram os principais responsáveis pela elevação, seguidos pelo reajuste no preço dos medicamentos realizado no final de março.

Com base no IPCA e IPCA-15 ponderados pelos setores e pesos do ICVA, a inflação acumulada em 12 meses no varejo ampliado foi de 6,2% em abril.

Resultados por região

Considerando os dados deflacionados e com ajuste de calendário, o ICVA apontou os seguintes resultados por região na comparação com abril de 2024:

  • Sul (+2,1%);
  • Nordeste (+1,0%);
  • Norte (+1,0%);
  • Sudeste (+0,7%);
  • Centro-Oeste (-0,8%).

Em termos nominais e com ajuste de calendário, os desempenhos regionais foram:

  • Sul (+8,8%);
  • Sudeste (+7,2%);
  • Norte (+7,1%);
  • Nordeste (+6,2%);
  • Centro-Oeste (+5,0%).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/vendas-no-varejo-avancam-16-em-abril-e-commerce-tambem-cresce-mostra-indice-da-cielo”

 

Nova rota entre Ceará e China promete beneficiar Shopee e AliExpress e impulsionar importações em 20%

Conexão direta reduz pela metade o tempo de transporte e otimiza a logística do e-commerce internacional.

O Porto do Pecém acaba de reforçar sua malha logística internacional com uma nova e estratégica rota marítima direta entre a China e o Ceará. Batizada de Serviço Santana, a conexão foi oficialmente anunciada em parceria entre a MSC (Mediterranean Shipping Company) e a APM Terminals. A expectativa é de que a operação inédita aumente as importações no estado em até 20%, segundo estimativas do setor.

A principal inovação está na ligação direta entre portos asiáticos estratégicos e o território cearense, encurtando de forma significativa o tempo de transporte. A nova rota parte de Mundra, na Índia, com escalas em Singapura e nos principais portos chineses — Yantian, Ningbo, Xangai (o maior porto do mundo) e Qingdao — além de uma parada em Busan, na Coreia do Sul. No retorno, o trajeto inclui escalas no Panamá e na República Dominicana, antes da chegada ao Ceará.

Atualmente, o tempo médio de envio dos portos chineses para o Pecém varia entre 60 e 65 dias. Com a nova rota, esse prazo será reduzido para cerca de 30 a 37 dias, proporcionando um avanço significativo em eficiência e previsibilidade para o comércio exterior.

Impulso ao e-commerce

O novo trajeto deve ter impacto direto no comércio eletrônico, beneficiando especialmente grandes plataformas como Shopee e AliExpress, que vêm expandindo sua atuação no mercado brasileiro. A redução no tempo de entrega promete aumentar ainda mais a competitividade dessas empresas, tornando-as mais atrativas para os consumidores locais.

Com essa conexão estratégica, o Porto do Pecém se consolida como um hub logístico fundamental para o Brasil, aproximando-se dos principais centros asiáticos de produção e exportação. Para o Ceará, a novidade representa uma oportunidade de fortalecer sua posição no comércio exterior e atrair novos investimentos em logística, transporte e tecnologia.

Fonte: https://www.tecnologistica.com.br/noticias/transporte-maritimo/19818/nova-rota-entre-ceara-e-china-promete-beneficiar-shopee-e-aliexpress-e-impulsionar-importacoes-em-20/

Aplicativos no Brasil gastaram US$ 2,85 bi para conquistar usuários em 2024, indica relatório

O Brasil é um dos países que mais passa tempo no celular, cerca de cinco horas por dia, se comparado com a média global, que é de três horas diárias.
É isso que torna o país um mercado próspero para o mobile, pois a predominância da cultura “app first” movimentou cerca de US$2,85 bilhões em investimentos no ano passado. É o que diz a edição de 2025 do relatório “Estado do Marketing de Aplicativos no Brasil”, lançado na quinta-feira (8), pela AppsFlyer durante o evento MAMA São Paulo.

Com a dependência dos aplicativos para diversas funções, desde enviar um Pix até solicitar serviços digitais, como uma corrida de táxi, o país é o 4º local com maior investimento em mobile – o que desperta o interesse do mercado global, pois se destacam em reengajamento e retenção de usuários.

iOS cresce e desafia Android

Em 2024, o Brasil também ficou em 4º lugar na lista de maiores mercados em investimento em anúncios por aquisição de usuários (UA), ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Índia e Reino Unido.

No entanto, enquanto EUA e Reino Unido focaram em investir no iOS, o Brasil, assim como a Índia, direcionou a maioria do orçamento para o Android. 93% dos US$2,85 bilhões investidos em UA no Brasil foram destinados ao Android, que detém 82% da participação de mercado dos sistemas operacionais móveis.

Durante muitos anos, apostar no Android fez sentido, já que o sistema oferecia escala a um custo menor, além de ser um motor confiável de crescimento. Apenas no ano passado, cada aplicativo de redes sociais e finanças movimentou cerca de US$ 500 milhões em aquisição de usuário, e a maior parte do valor foi direcionado ao Android.

Agora, o cenário está mudando: os apps de finanças do Android tiveram uma queda de quase 10% nas instalações ano a ano, indicando que as campanhas não podem ser exclusivamente focadas nesse sistema. O iOS ganha margem com um crescimento de 168% em investimento de aquisição, na comparação de 2023 com 2024. Por outro lado, o Android sofreu uma retração de 22%.

Transferência de orçamento

A tendência se repete entre os principais segmentos, como os apps de finanças e de compras, que triplicaram seus investimentos em iOS, enquanto apenas o setor de e-commerce representou 17% de quase US$ 400 milhões investidos.

A surpresa foi o investimento dos aplicativos de alimentação e bebidas, que disparou 923%. “O Android ainda é essencial para alcançar grandes públicos, mas o iOS está se tornando a principal escolha para um crescimento baseado em valor de tempo de vida do usuário (LTV)”, explica Renata Altemari, country manager da AppsFlyer no Brasil.

“À medida que o mercado de apps no Brasil amadurece, as estratégias de aquisição de usuários evoluem do foco em volume para um impacto mais significativo. Para os profissionais de marketing focados em retorno de longo prazo, a mensagem é clara: pode ser hora de repensar como e onde os orçamentos estão sendo investidos”.

Mudança de foco

Ainda que ovolume de downloads de aplicativos tenha estagnado no Brasil nos últimos dois anos, 2024 revelou uma recuperação de 9%. Liderada pelo iOS, a mudança mostra o sistema da Apple com um aumento anual de 19%, em comparação com 4% do Android.

Apenas no e-commerce, o sistema obteve um aumento de +18%. Apesar disso, o Android continua dominando, com crescimento geral, com o crescimento geral de 6% ano contra ano.

Como todos os aplicativos podem ser potenciais redes de anúncios, as marcas devem apostar estratégias de valor a longo prazo, assim como nos eventos culturais – responsáveis por impulsionar o engajamento e conversão dos usuários. Por exemplo, datas como Carnaval e Copa América impulsionaram o reengajamento no primeiro semestre do ano.

Só no ano passado, os investimentos em campanhas de remarketing somaram US$ 1,67 bilhão. Mesmo com o Android liderando em conversões, o investimento em remarketing no iOS cresceu 18% em relação a 2023.

“O que os dados nos mostram é que o mercado de apps no Brasil deve focar em oportunidades nos segmentos de e-commerce e finanças; migrar de uma abordagem baseada em volume para uma centrada no ciclo de vida do usuário; investir em remarketing para aumentar retenção e fidelidade, especialmente em apps de compras e finanças, e, ao mesmo tempo, priorizar a prevenção à fraude para proteger campanhas e garantir resultados sustentáveis”, ressalta Renata.

Fraudes: Brasil no “Top 10”

Outro ponto deve ter atenção redobrada: as fraudes. Sejam feitas por bots, fazendas de clicks ou hackers, elas fazem os usuários acreditarem que baixaram um aplicativo, quando, na verdade, a verdade a instalação é falsa ou manipulada. O que causa prejuízo aos anunciantes por pagarem pelas instalações fraudulentas.

Frequentemente negligenciadas, a exposição a esse tipo de fraude no Brasil superou US$ 460 milhões, colocando o país na 10ª posição global em perdas financeiras. Com um aumento generalizado e praticado geralmente por bots, as ocorrências afetaram 57% dos Android e 79% dos iOS. O principal alvo são os apps de finanças e compras.

O estudo foi baseado numa amostra de 8 mil aplicativos, com mínimo de 5 mil instalações por trimestre, 29,5 bilhões de instalações totais entre 2018 e 2024, e US$3,6 bilhões investidos por aplicativos móveis em aquisição de usuários entre primeiro trimestre de 2023 e primeiro trimestre de 2025.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/aplicativos-no-brasil-gastaram-us-285-bi-para-conquistar-usuarios-em-2024

O TikTok Shop chega nesta quinta-feira, 8 de maio, ao Brasil com mil marcas e a promessa de taxas mais baixas.

O TikTok Shop estreia oficialmente no Brasil hoje, marcando a entrada da rede social no comércio eletrônico nacional.

A plataforma já começa com mil vendedores, ou sellers, como destaca a companhia — entre grandes empresas e pequenos negócios. As vendas, já disponíveis, acontecem diretamente dentro do app, por meio de vídeos, lives e vitrines interativas.

Além da proposta de integrar entretenimento e consumo, o TikTok promete atrair vendedores ao oferecer comissões mais baixas do que as praticadas por outras plataformas de e-commerce. Entre os destaques da operação estão cupons de desconto para usuários e categorias variadas, como beleza, moda, eletrônicos, decoração e itens de esporte.

O que é o TikTok Shop
A ferramenta de comércio eletrônico da ByteDance no Brasil aposta no chamado Discovery Commerce, ou “compra por descoberta”. Diferente das tradicionais plataformas de compras online, onde o usuário precisa buscar os produtos ativamente, o TikTok Shop permite que os consumidores façam compras enquanto exploram seu feed de vídeos curtos ou transmissões ao vivo.

O recurso oferece quatro formas principais de compra. A principal aposta é que o mais usado seja o Shoppable Videos, que são vídeos nos quais os produtos estão catalogados e podem ser comprados diretamente ao clicar no símbolo de uma bolsa, em laranja.

Outra opção é o Live Shopping, onde criadores de conteúdo ou marcas fazem vendas ao vivo, com ofertas e descontos. As compras também estarão disponíveis como Vitrines, que são perfis de marcas ou pequenas empresas com seus produtos organizados de forma atrativa, assim como na Aba Loja. A partir desta quinta apenas os três primeiros formatos estão disponíveis. O TikTok ainda estuda como será o ícone da Aba Loja.

Compra se misturará ao entretenimento, diz a empresa. A ideia é que, à medida que o usuário rola pelo conteúdo, ele se depara com produtos que podem ser comprados de forma fluida e conveniente, sem precisar interromper a experiência de navegação.

Para isso, o TikTok aposta na fama de ser uma plataforma de “busca e descoberta”. Segundo a rede social, três a cada quatro descobertas no aplicativo foram resultados de uma busca, sendo que 91% dos usuários afirmam ter tomado alguma ação após fazerem uma pesquisa na plataforma.

O modelo de juntar descoberta de novos produtos com facilidade de comprar tem resultado em outros países. Na China, por exemplo, o Douyin, o TikTok chinês, o valor das transações de compras realizadas por meio de transmissões ao vivo ultrapassou US$ 200 bilhões em 2022, segundo a Statista, empresa de dados de inteligência de negócios da Alemanha.

Nos últimos quatro anos, o TikTok Shop também passou a marcar presença em outros 12 países. Há operações desde 2021 e 2022 no Reino Unido, Tailândia, Vietnã, Malásia, Singapura e Filipinas. Em 2023, a plataforma chegou aos Estados Unidos e nesse ano já foi aberta no México, Espanha, Alemanha, França, Itália e agora no Brasil.

Esse início de operação conta com 1 mil sellers. Entre as marcas estão grandes varejistas brasileiras como C&A, Riachuelo, Boticário, Natura, e pequenas e médias empresas. O TikTok não divulgou uma meta de expansão de lojistas, mas disse que pretende ampliar as categorias de produto vendidas, como ocorre em outros países.

Para o criador de conteúdo ou marca, a loja poderá ser criada gratuitamente. A rentabilidade do TikTok Shop será a partir de uma comissão sobre a venda de um produto. A taxa, segundo a empresa, será inferior à cobrada por outros e-commerce competidores.

TikTok Shop oferece uma nova forma de monetização para os criadores de conteúdo. A partir do programa de afiliados, , o TikTok liberou um modelo aberto, onde os criadores podem escolher qualquer produto do catálogo de marcas disponíveis na plataforma para promover em seus vídeos. O criador também poderá optar pelo modelo direcionado, em que a marca seleciona quais criadores irão promover seus produtos específicos.

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/05/08/tiktok-shop-chega-ao-brasil-com-mil-marcas-e-promessa-de-taxas-mais-baixas.htm

Shein e Temu investem no Brasil e Europa para driblar tarifas

Segundo o relatório, o investimento em publicidade na América latina cresceu 140% em abril para as duas empresas.

As empresas chinesas Shein e Temu têm aumentado significativamente seus gastos com publicidade digital na Europa e América Latina como estratégia de compensar os prejuízos causados pelas tarifas do presidente Donald Trump. Os dados foram divulgados pela consultoria Sensor Tower e destacam a alta em 800 vezes dos recursos gastos pela Temu em marketing nas redes sociais somente para o Brasil em comparação com 2023.

Segundo o relatório, o investimento em publicidade na América latina cresceu 140% em abril para as duas empresas, em comparação com investimentos realizados em março do mesmo ano. A estratégia é semelhante ao que a Temu adotou nos EUA em 2022, quando buscava captar clientes da Shein e incitar a competição em território norte-americano.

A migração dos investimentos reflete a necessidade de manutenção do crescimento dessas empresas em ritmo acelerado e expõe uma reconfiguração no mapa de consumidores. Na França e Reino Unido, a Shein ampliou os investimentos em anúncios digitais em 35% na comparação mensal entre março e abril. A Temu cresceu seu capital alocado nos dois países respectivamente em 40% e 20%.

EUA sofre fuga de investimentos

Em contraste, os EUA sofreram redução nos investimentos das duas empresas chinesas, onde reduziram suas campanhas digitais em meio a proibição do regime dos chamados minimis, onde produtos com valor inferior a US$ 800 não sofriam taxações do governo americano. A regra, que permitia às varejistas comercializar roupas de 12 dólares e acessórios de US$ 5 sem taxas, foi encerrada em 2 de maio por determinação do presidente Donald Trump.

A decisão das companhias impacta diretamente estratégias de marketing das marcas, que agora enfrentam margens mais apertadas e buscam manter os consumidores americanos já conquistados. A base de usuários nos EUA cresce em ritmo mais lento desde o início do mandato de Donald Trump, fato que justifica cautela das empresas e preferência por mercados com menor resistência tarifária.

No Reino Unido, a mudança de estratégia trouxe resultados imediatos em termos de visualização. Os downloads do aplicativo da Shein aumentaram 25% em Abril e a Temu viu sua presença em celulares britânicos mais que dobrar. O número de usuários ativos teve crescimento mais modesto, com 5% para a Shein e 10% para a Temu.

Fonte: https://bpmoney.com.br/negocios/empresas/shein-e-temu-investem-no-brasil-e-europa-para-driblar-tarifas/

Sustentabilidade: 87% dos brasileiros querem mudar hábitos, mas só 35% conseguem

Apesar do alto interesse em adotar comportamentos mais sustentáveis, a maioria dos brasileiros ainda não transforma essa intenção em ação. Segundo o estudo Sustainability Sector Index (SSI), da Kantar, 87% da população afirma querer fazer escolhas mais conscientes, mas apenas 35% de fato mudam seus hábitos de consumo.

A pesquisa, baseada em mil entrevistas realizadas no Brasil entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, identificou os principais obstáculos que dificultam a adoção de práticas sustentáveis. Entre eles, destacam-se o custo elevado (35%), a falta de informação (33%) e a dificuldade em compreender o real impacto ambiental ou social das ações (20%).

Valor x ação: a lacuna desafiadora

A chamada “lacuna valor-ação”, quando os consumidores agem de forma incoerente com seus próprios valores, tem se consolidado como um desafio para empresas que buscam alinhar suas estratégias a demandas ambientais e sociais.

Segundo Rafael Farias Teixeira, executivo de marketing da Kantar, entender onde há atrito entre discurso e prática pode ajudar as marcas a facilitar essa transição por meio de soluções acessíveis e comunicação mais clara.

Percepção de greenwashing cresce

O estudo também aponta um aumento na desconfiança dos consumidores: 58% dos entrevistados afirmaram já ter visto ou escutado informações enganosas sobre ações sustentáveis divulgadas por empresas — um salto de oito pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

Essa percepção reforça a necessidade de transparência nas iniciativas ambientais e sociais, especialmente em um cenário onde práticas de greenwashing e social washing afetam diretamente a credibilidade das marcas.

Impacto no consumo

Mesmo diante das barreiras, muitos brasileiros já têm feito escolhas com base nos valores das empresas. Segundo a Kantar, 55% dos consumidores afirmam já ter testado ou usado marcas com impacto positivo, ou estão abertos a essa possibilidade. Além disso, metade dos entrevistados declarou ter deixado de consumir produtos ou serviços considerados nocivos ao meio ambiente, ou à sociedade.

“É fundamental acompanhar não apenas o que os consumidores dizem, mas também o que estão tentando fazer (ou rejeitando) na prática”, afirma Teixeira.

Panorama global e setorial

O Sustainability Sector Index mapeia o desempenho de 42 setores a partir de quatro pilares: Estratégia, Inovação, Ativação e Impacto. A edição mais recente reúne a opinião de cerca de 23 mil consumidores em 22 mercados, incluindo o Brasil.

O estudo serve como termômetro para entender como as marcas podem se posicionar de forma mais eficaz diante de um consumidor cada vez mais atento, mas ainda limitado por fatores estruturais e de comunicação no processo de adoção de práticas sustentáveis.

Fonte: https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/sustentabilidade-87-dos-brasileiros-querem-mudar-habitos-mas-so-35-conseguem