Aumento do ICMS encarece compras online e impacta comércio eletrônico

Nesta sexta-feira (6), secretários estaduais de Fazenda aprovaram no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) uma proposta de aumento da alíquota do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% para 20% sobre encomendas internacionais, visando equilibrar a arrecadação tributária entre estados e atender às demandas de varejistas nacionais. O acordo começa a partir de abril de 2025.

Com o aumento, a carga tributária total sobre produtos online saltou de 44,5% para 50%. Por exemplo, um produto de R$ 100 que atualmente custa R$ 120 com impostos passará a custar R$ 150 com o acréscimo de R$ 30.

Além disso, o imposto de importação, já reintroduzido com alíquota de 20% para compras internacionais, complica ainda mais o cenário de custos.

Argumentos e desafios tributários

A proposta de aumentar o ICMS sobre importações de e-commerces busca conter a competição desleal entre empresas nacionais e gigantes do e-commerce internacional, como Shein, AliExpress e Shopee.

No entanto, um estudo da Plano CDE, encomendado pelo Grupo Alibaba, revelou que 45% dos consumidores que abandonam compras on-line em sites estrangeiros não recorrem a alternativas nacionais ou físicas.

A pesquisa também destacou que arrecadações mais altas não necessariamente promovem o comércio nacional, uma vez que tributos acima de 20% resultam em menores receitas devido à queda no consumo.

O professor doutor em Direito Tributário e presidente da Comissão de Direito Tributário da OAB/Pinheiros, André Felix Ricotta de Oliveira, destaca que esse benefício só será concreto caso os produtos similares brasileiros apresentem preços competitivos e qualidade equivalente aos importados. “Se o nacional não atender a essas condições, é improvável que a demanda migre de forma significativa para o mercado interno”, afirma.

Do ponto de vista das empresas que atuam com importações, a medida deve impulsionar estratégias que busquem estados com benefícios fiscais, o que pode redistribuir a arrecadação entre as unidades federativas. “O impacto nas receitas estaduais ainda é incerto. Sem dados que justifiquem o aumento da alíquota, há o risco de redução na arrecadação, caso a demanda caia ou as importações sejam direcionadas para estados com incentivos fiscais”, explica o tributarista.

ICMS-DIFAL: decisão favorável para o e-commerce

O comércio eletrônico também levanta questões sobre a repartição do ICMS entre estados, especialmente após a Emenda Constitucional 87/2015, que instituiu o DIFAL (Diferencial de Alíquota). Antes, o ICMS beneficiava apenas o estado de origem do produto. Com o DIFAL, os estados de destino passaram a receber parte da arrecadação, corrigindo desequilíbrios fiscais e garantindo maior justiça tributária.

As mudanças no ICMS geram desafios significativos para empresas de e-commerce, que enfrentam complexidade tributária e aumento nos custos operacionais. Contudo, decisões recentes do STJ e do STF reafirmam que o ICMS-DIFAL e outras modalidades de ICMS não podem compor a base de cálculo do PIS e da Cofins, o que alivia parte da carga tributária sobre as empresas. A recente decisão no RESP 2128785/RS(12/11/2024) ratificou essa posição, permitindo às empresas buscar maior eficiência fiscal.

Com a aprovação, a majoração do ICMS impactará diretamente o custo final das compras on-line, reforçando a necessidade de planejamento financeiro. De todo modo, o comércio nacional precisa explorar paralelamente estratégias mais atrativas para competir com os gigantes estrangeiros,  independentemente da mudança tributária.

Fonte: “Aumento do ICMS encarece compras online e impacta comércio eletrônico – E-Commerce Brasil

 

 

E-commerce tem faturamento 11,24% maior no mês de novembro

O comércio eletrônico segue em ascensão e apresenta resultados expressivos na primeira quinzena de novembro. Durante esse período, o varejo digital registrou um aumento de 11,24% no faturamento em comparação com o mesmo intervalo do ano anterior, de acordo com dados da Getnet.

Além disso, o número de transações digitais cresceu 2,90%. Embora o aumento no volume de transações tenha sido mais modesto, os números reforçam o fortalecimento do ambiente online como canal de compras.

Fabio Coelho, vice-presidente de Finanças da Getnet, destaca a relevância do e-commerce para os consumidores brasileiros. “Cada vez mais, as pessoas buscam praticidade, agilidade e segurança ao fazer compras. Do outro lado, os lojistas estão investindo em melhorar suas lojas online, criando uma experiência que fideliza e atrai novos clientes,” esclarece.

Vendas presenciais

Enquanto o comércio digital avança, o varejo físico enfrentou retração no mesmo período. O faturamento total caiu 1,08%, acompanhado de uma redução de 10,02% no número de transações.

O movimento reflete a migração crescente dos consumidores para o ambiente digital, especialmente em datas promocionais importantes, como a Black Friday.

“Os resultados da primeira quinzena de novembro evidenciam o papel estratégico do comércio eletrônico no fortalecimento do varejo. Este crescimento de 38,26% no varejo eletrônico, somado ao desempenho sólido do atacado online, confirma que o futuro do varejo é digital”, conclui o executivo.

Fonte: “E-commerce tem faturamento 11,24% maior no mês de novembro – E-Commerce Brasil

 

O boom dos centros de distribuição no Brasil: como capacitar a mão de obra?

Nos últimos anos, o mercado de centros de distribuição (CDs) no Brasil cresceu exponencialmente e a explosão do e-commerce foi um dos principais fatores por trás dessa multiplicação. De acordo com um estudo da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL), entre 2019 e 2023, o número de centros de distribuição no Brasil cresceu em torno de 35%, especialmente nas regiões Sudeste e Sul.
Outro dado relevante é que o setor já emprega aproximadamente 1,5 milhão de pessoas no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este número tende a crescer ainda mais, com previsões que indicam a criação de cerca de 500 mil novos empregos até 2025.
O mercado logístico não se destaca apenas por seu tamanho e impacto na economia, mas também pelos desafios que enfrenta na formação de profissionais qualificados. Os CDs, especialmente aqueles que operam com grande fluxo de mercadorias e alta automação, requerem uma força de trabalho altamente capacitada. No entanto, o que observamos é que, muitas vezes, esses profissionais não possuem o treinamento adequado para lidar com as novas tecnologias e práticas avançadas do setor.
Tradicionalmente, a capacitação acontecia de forma presencial, com treinamentos em apostilas sobre o manuseio de equipamentos e segurança no trabalho. Porém, com o avanço das tecnologias, esse cenário está mudando rapidamente, trazendo um formato que atende essa nova necessidade: o híbrido.
Um exemplo é como o uso de simuladores 3D e plataformas de aprendizado virtual têm revolucionado a forma como os trabalhadores são capacitados. A Realidade Aumentada, por exemplo, permite que profissionais pratiquem o carregamento e descarregamento de mercadorias, o manuseio de sistemas automatizados de transporte e até mesmo a operação de drones.
Já a Realidade Virtual (RV) é uma excelente opção para treinamento de operadores de empilhadeiras, esteiras automáticas e outros equipamentos. Essas tecnologias permitem que os colaboradores pratiquem suas funções em um ambiente virtual seguro e controlado, eliminando o risco de acidentes e melhorando a eficiência do aprendizado.
Além disso, o aprendizado híbrido também se destaca como uma solução eficaz.
Com áreas de CDs muitas vezes localizadas em regiões de difícil acesso ou com tarefas consideradas perigosas, a parte online dessa modalidade tem se mostrado uma excelente forma de preparar os colaboradores para situações reais sem expô-los a riscos durante a fase de treinamento.
Um estudo realizado pela Gartner aponta que o uso de realidade virtual pode aumentar a retenção de aprendizado em até 75% em comparação aos métodos tradicionais. Isso significa que, além de preparar melhor os funcionários, o uso de tecnologias inovadoras também contribui para uma maior eficiência operacional dos CDs, que passam a contar com profissionais mais preparados e capazes de enfrentar os desafios do setor.
O futuro dos CDs no Brasil está intimamente ligado ao avanço tecnológico e à modernização dos processos de treinamento. A combinação de tecnologias inovadoras, como a Realidade Virtual e Aumentada, com capacitações híbridas que acompanhem as novas necessidades, será a chave para garantir que o país se mantenha competitivo no cenário global de logística e distribuição.
Dessa forma, as empresas que se anteciparem e adotarem essas tecnologias de maneira estratégica terão uma vantagem significativa, tanto na eficiência operacional quanto na atração e retenção de talentos. O setor de logística está pronto para uma nova era, e a tecnologia será sua maior aliada nessa transformação.

Da compra à devolução conveniente: o futuro competitivo da logística reversa no e-commerce brasileiro

Desde 2016, o e-commerce brasileiro tem apresentado crescimento consistente ano após ano. Esse avanço se intensificou a partir de 2020, impulsionado pela pandemia de Covid-19, que acelerou a digitalização e o consumo online. Como resultado, o valor total das vendas mais que dobrou em relação a 2019, atingindo R$ 107,24 bilhões. Em 2023, o setor movimentou R$ 196,10 bilhões, conforme dados disponíveis no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – MDIC.

Naquele mesmo ano, foram processados aproximadamente 395 milhões de pedidos, e a expectativa para 2024 é alcançar 418 milhões. Esses dados refletem a trajetória de expansão do e-commerce no Brasil, impulsionada por mudanças no comportamento do consumidor e pela crescente familiaridade do cidadão brasileiro com o ambiente digital.

Esse aumento no volume de compras, no entanto, traz também novos desafios, principalmente no que diz respeito à devolução de pedidos. Produtos comprados online, por exemplo, apresentam uma taxa de devolução de 30%, um índice significativamente superior ao daqueles adquiridos em lojas físicas, cuja taxa de devolução é de aproximadamente 9% (Ecommerce Brasil, 2024).

Em um mercado cada vez mais competitivo, a logística reversa passou de um custo inevitável para um diferencial competitivo estratégico. Empresas que investem em processos de devolução eficientes não só atendem às expectativas dos consumidores, mas também fortalecem a confiança na marca e aprimoram a experiência de compra (Nel & Badenhorst, 2020; DHL, 2023).

Diante das altas taxas de devolução de pedidos, surgiu a necessidade de estabelecer o amparo jurídico para o direito de devolução ao consumidor, bem como a ampliação do conceito de logística reversa no segmento de e-commerce. No que se refere ao amparo jurídico, o Código de Defesa do Consumidor e as jurisprudências aplicáveis estabelecem que o consumidor tem o direito de desistir de um contrato em até sete dias para compras realizadas online ou por telefone, sem arcar com qualquer custo relacionado à compra ou à devolução, incluindo o frete (Planalto.gov, 2024; Jusbrasil, 2024). Isso possibilita o exercício do direito de arrependimento e assegura ao consumidor uma experiência de compra mais segura e transparente.

A logística reversa no e-commerce, diferentemente da logística direta, lida com o movimento de retorno dos produtos dos consumidores para o fornecedor, seja por defeitos, divergências de informação sobre o produto, insatisfação do cliente ou outras circunstâncias, e envolve as etapas como autorização, recebimento, inspeção e reembolso do valor ou troca dos itens devolvidos (Nel & Badenhorst, 2020; DHL; 2023). Trata-se de um desafio para o e-commerce, exigindo processos e soluções específicos para gerenciá-lo de maneira eficiente.

Tipos mais comuns de logística reversa

Domiciliar: a equipe encarregada da coleta vai até o endereço do cliente para retirar o produto devolvido (Correios, 2024).

Simultânea: a devolução do item ocorre simultaneamente à entrega de um novo, podendo acontecer no endereço indicado pelo consumidor ou varejista (Correios, 2024; Bandeira, Avancini Junior & Santos, 2024).

Em agência: o consumidor realiza a devolução diretamente nas agências dos Correios (Correios, 2024).

Expansão da entrega fora de casa

Com a expansão da entrega fora de casa – que consiste na entrega de pacotes em locais alternativos ao endereço residencial, como lockers e pontos de coleta (Pick Up & Drop Off, ou PUDO) situados em áreas urbanas estratégicas, o processo de logística reversa pode se tornar mais eficiente e menos oneroso para o e-commerce. Esses pontos de entrega permitem consolidar múltiplas devoluções em uma única viagem, diminuindo o número de tentativas de coleta, pois é o próprio consumidor que se desloca quando lhe convém para o ponto de entrega de melhor acesso. Além disso, há um compartilhamento de custos e recursos com o estabelecimento parceiro, tornando o processo ainda mais econômico. Para o parceiro, há o aumento de fluxo de pessoas em sua loja, podendo gerar novas vendas. Essa abordagem aprimora a experiência do consumidor em relação aos tipos tradicionais de devolução, ao oferecer praticidade e maior acessibilidade por meio de pontos de entrega, tornando a devolução mais conveniente para o próprio consumidor (LME, 2024).

Em resumo, a logística reversa consolidou-se como um diferencial competitivo essencial para o setor de e-commerce (CartaCapital, 2024), permitindo que empresas aprimorem a experiência do consumidor e aumentem a fidelização em suas plataformas de vendas. Além disso, ela ajuda as empresas a identificarem os motivos recorrentes de devolução, possibilitando ajustes nos processos de vendas e atendimento (Gomes et al., 2023).

Ao oferecer um processo de devolução eficiente, conveniente, simples e rápido, essas empresas, além de atender às expectativas dos consumidores, reforçam a confiança na marca, tornando-se mais atrativas em um mercado competitivo. Embora a aplicação da entrega fora de casa no cenário logístico nacional ainda esteja em fase inicial, ela demonstra grande potencial para otimizar a logística reversa no e-commerce, oferecendo aos gestores uma alternativa viável para reduzir custos e melhorar a experiência do cliente.

Empresas como os Correios, com seus lockers e pontos de coleta (Correios, 2024), a Loggi, com o ‘Loggi Ponto’ (Loggi, 2024), o Mercado Livre, com seus pontos de recebimento (Mercado Livre, 2024), e a Pegaki (Pegaki, 2024) estão impulsionando essa transformação ao expandirem os pontos de entrega em suas plataformas e nas principais praças de consumo. Esses avanços refletem o compromisso dessas empresas em aprimorar a eficiência logística, reduzir custos operacionais e oferecer uma experiência de devolução mais conveniente e acessível para o consumidor brasileiro. Dessa forma, o fortalecimento dessa prática representa um passo significativo para tornar o e-commerce nacional ainda mais competitivo, acessível e sustentável, beneficiando diretamente as empresas que adotam as inovações e as melhores práticas do mercado.

Fonte: “Da compra à devolução conveniente: o futuro competitivo da logística reversa no e-commerce brasileiro – E-Commerce Brasil

Aeroporto de Guarulhos (SP) interrompe recebimento de cargas secas internacionais

A partir desta quinta-feira (7), o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) passa a não receber mais cargas secas internacionais. A decisão, válida até a próxima segunda-feira (11), vem da concessionária GRU Airport. As informações são da Agência Estado.

Em decisão da administradora, cargas de  e-commerce e em trânsito internacional também contam com mudanças. Dessa forma, elas precisam ser separadas das cargas formais de importação e, a partir disso, seguirem para suas respectivas alfândegas. Isso faz com que o terminal de cargas do aeroporto seja pulado entre as etapas de fiscalização destes itens importados ao Brasil.

Mais informações

A interrupção acontece em meio a atrasos na liberação de produtos que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos nos últimos dias. A informação foi confirmada pela GRU Airport em nota.

“Houve aumento súbito e atípico do volume e alteração da tipologia da carga aérea recebida no Terminal de Cargas de Guarulhos”, diz a companhia. No período, apenas cargas perecíveis, fármacos, COMAT e animais vivos serão tratados no terminal aéreo.

Por fim, o Aeroporto de Guarulhos conta ainda com dois novos locais para armazenagem e entrega de cargas secas de importação. As medidas incluem descontos no valor, sendo 20% de desconto para cargas retiradas ao sábados e 40% às retiradas aos domingos e feriados entre 9 e 30 de novembro.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/aeroporto-de-guarulhos-sp-interrompe-recebimento-de-cargas-secas-internacionais”

A Black Friday 2024 pode ser o divisor de águas no seu e-commerce

A Black Friday se tornou muito mais do que apenas um dia de grandes descontos. Hoje, é uma verdadeira maratona de vendas em que lojistas, além de buscarem o crescimento de faturamento, colocam à prova suas operações, a resiliência de suas plataformas e a capacidade de atender um consumidor cada vez mais exigente.

Em 2024, com as expectativas dos clientes em alta, a Black Friday representa um ponto de virada: um momento de avaliação crítica sobre o futuro do seu e-commerce.

Segundo uma pesquisa recente do Opinion Box, 75% dos consumidores brasileiros planejam realizar compras durante o evento, e 65% pretendem gastar mais do que no ano anterior, reforçando a relevância da data para o varejo online.

No entanto, o sucesso vai além de descontos agressivos. 64% dos consumidores esperam promoções relevantes e uma jornada de compra sem fricções, o que destaca a importância de uma plataforma robusta, que garanta uma experiência integrada desde o tráfego inicial até a finalização da compra.

Com a aceleração do e-commerce nos últimos anos, impulsionada pela pandemia e avanços em automação, os lojistas enfrentam uma crescente demanda por soluções que integrem múltiplos canais, como marketplaces, redes sociais e sistemas de marketing. A Black Friday 2024 será um teste definitivo para medir se essas ferramentas estão realmente otimizadas para atender às altas expectativas dos clientes e suportar o volume de acessos e transações.

À medida que os consumidores buscam não apenas preços atrativos, mas também uma experiência eficiente e sem falhas, a pressão sobre os lojistas aumenta. Mais do que nunca, é fundamental estar tecnicamente preparado para não só garantir um evento bem-sucedido, mas também usar a Black Friday, com todo seu frenesi, como uma régua para medir sua capacidade de adaptação e potencial de crescimento para o próximo ano.

A Black Friday como um termômetro para a sua plataforma

Uma plataforma de e-commerce não é apenas o “motor” por trás de sua operação digital, mas o alicerce sobre o qual sua loja se sustenta. Durante a Black Friday, quando o tráfego atinge picos extraordinários, qualquer falha na infraestrutura pode resultar em perda de vendas e, pior ainda, uma quebra na confiança do consumidor.

Para muitos lojistas, essa data também pode trazer à tona a percepção de que sua plataforma atual está aquém das expectativas ou não está acompanhando o crescimento do negócio.

Em vez de se apressar para mudar tudo antes do evento, 2024 pode ser o momento de usar a Black Friday como um termômetro: será que sua plataforma está realmente preparada para suportar picos de demanda e operar com eficiência em meio a uma maré crescente de pedidos e interações?

Após a Black Friday, é crucial fazer uma avaliação cuidadosa de como sua operação se comportou:

– Sua plataforma suportou bem o aumento de tráfego? O crescimento no volume de acessos e transações é exponencial na Black Friday. Se o seu site sofreu com lentidão, quedas ou falhas de carregamento, essa é uma clara indicação de que você precisa de uma estrutura mais robusta.

– A estabilidade dos meios de pagamento e logística foi garantida? A eficácia das parcerias tecnológicas é vital durante períodos de alta demanda. Assegure-se de que seus meios de pagamento funcionarão sem interrupções e que seus parceiros de logística conseguirão atender ao volume de envios. Um sistema de pagamento instável ou problemas de entrega podem frustrar os clientes e prejudicar suas vendas.

– Conseguiu extrair o máximo de suas campanhas promocionais e de marketing? Ferramentas de automação de marketing, como recuperação de carrinhos abandonados e recomendação de produtos, têm um impacto direto nas suas conversões. Avaliar se essas funcionalidades foram bem implementadas ou se houve falhas pode definir os próximos passos para seu planejamento de vendas.

O papel das automações e funcionalidades avançadas

Outro ponto de reflexão importante é o uso das ferramentas de automação. A Black Friday é, sem dúvidas, um evento que testa a habilidade do lojista em lidar com altos volumes de tráfego, sem perder eficiência.

Ferramentas como a recuperação de carrinhos e produtos abandonados, mensagens automatizadas por WhatsApp e campanhas de desconto progressivo oferecem o tipo de flexibilidade que otimiza cada interação do cliente, elevando as chances de conversão.

Mas se sua plataforma não proporciona acesso a essas funcionalidades de maneira ágil e integrada, você pode estar perdendo oportunidades valiosas.

Em vez de ver a automação como algo distante ou opcional, encare-a como o seu braço direito, enquanto um lojista moderno. Durante a Black Friday, ela não só alivia a carga operacional, mas também maximiza seus resultados ao automatizar processos que manualmente seriam impossíveis de gerenciar em larga escala.

Uma decisão estratégica para 2025

A Black Friday de 2024 pode ser um momento de revelação para muitos lojistas. É hora de observar como sua plataforma se comporta diante do estresse real de um evento de alta demanda e de entender se a estrutura atual atende às suas necessidades.

Se a resposta a qualquer uma das perguntas acima for negativa, talvez seja hora de considerar uma migração. Embora muitos tenham receio de trocar de plataforma, especialmente próximo a datas importantes como a Black Friday, esse período pode servir como parâmetro definitivo para medir a adequação da sua infraestrutura.

Iniciar 2025 com uma plataforma otimizada, que ofereça automação de marketing, integração facilitada com marketplaces, estabilidade em picos de demanda e funcionalidades avançadas, é mais do que uma escolha tecnológica: é uma decisão estratégica.

Em vez de começar um novo ano lidando com as mesmas dores, você pode investir em uma estrutura sólida que suporta o crescimento e oferece uma experiência de compra diferenciada ao seu cliente.

A Black Friday pode ser o divisor de águas que você precisa para entender as limitações da sua plataforma atual e planejar o futuro com segurança, baseado em ferramentas que realmente alavanquem seu e-commerce.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-black-friday-2024-pode-ser-o-divisor-de-aguas-no-seu-e-commerce”

 

Cresce demanda de clientes por pagamentos com criptomoedas em e-commerces

Nos últimos anos, vimos uma grande aceleração na digitalização das relações financeiras. Agora, não só o acesso a serviços bancários mudou, mas também os meios de pagamento. Seja por Pix, aproximação e até mesmo tokens, esses métodos se tornaram extremamente comuns.

Toda a facilidade presente nesse ambiente 100% digital acabou igualmente se expandindo para o consumo. Nesse caso, houve um aumento considerável de interesse por compras online.

Afinal, o cliente que busca um produto de qualidade e com bom preço também exige velocidade, segurança e baixo custo operacional para realizar suas aquisições. É por isso que a digitalização das cobranças tem sido uma carta na manga para os e-commerces e lojistas que apostam em pagamentos instantâneos.

As criptomoedas fazem parte desse segmento e possuem um alto interesse por parte dos investidores, que querem dar mais utilidade a seus tokens no dia a dia.

Menos dinheiro, mais e-commerce

Apesar de ser uma narrativa já “batida”, é nítido que o brasileiro está cada vez mais migrando seu comportamento para um ambiente virtual. O uso de dinheiro físico ainda é uma modalidade presente no país. Porém, hoje, representa uma espécie de “minoria”. As cédulas são responsáveis por aproximadamente 22% das transações monetárias no país.

Apesar de parecer ainda alto, um comparativo mostra que, em 2019, antes do lançamento do Pix, o uso de cédulas representava 48% das operações, enquanto as projeções reduzem ainda mais seu uso para os próximos anos.

Já nos meios digitais, os pagamentos com cartões seguem como favoritos, mas, talvez, por pouco tempo. Seja no débito, crédito ou pré-pago, os cartões registraram uma participação de 41% no market share brasileiro. Já o Pix se posiciona muito próximo, com 39%. A porcentagem restante se destina a boletos bancários.

Criptomoedas como meio de pagamento

Os pagamentos digitais caíram no gosto de consumidores e lojistas. Seja por meio de Pix, ou cartões, há diversas vantagens nessa modalidade, principalmente relacionadas à segurança e à velocidade.

Quando a gente expande essa perspectiva para as criptomoedas, as vantagens são ainda mais claras, como: transparência, transação instantânea, segurança, baixo custo operacional, acesso ampliado, entre outros,

No Brasil, uma pesquisa recente da Foxbit Business apontou que 78% dos entrevistados gostariam de utilizar suas criptomoedas como meio de pagamento. Porém, a grande dificuldade estava na localização de estabelecimentos que aceitassem as moedas digitais.

Se, em um primeiro momento, essa perspectiva pode parecer apenas uma narrativa específica do nosso país, a realidade é que o mundo está tentando abraçar cada vez mais as criptomoedas como meio de pagamento. Os e-commerces tendem a ser os maiores beneficiados ou, pelo menos, os mais procurados pelos detentores de moedas digitais.

Quem quer pagar com cripto?

Quando a gente observa o comportamento do mercado externo, a intenção em dar utilidade às criptomoedas como meio de pagamento existe de forma considerável.

Em uma pesquisa da EY, 50% dos investidores entrevistados haviam utilizado tokens digitais como pagamento nos últimos 12 meses. Ao contrário do Brasil, em que a intenção é dar vazão ao Bitcoin, lá fora, as stablecoins se destacam. O volume das compras também está longe de ser baixo.

Porém, esse método tem seus desafios. O principal deles é que o meio de pagamento tradicional já está tão enraizado que ele “funciona bem”. E, assim como mostrou a pesquisa da Foxbit Business, muitos estabelecimentos ainda não aceitam criptomoedas como pagamento, o que impede esses clientes de utilizarem seus tokens durante a compra.

Vantagens do e-commerce

Os números do relatório da EY mostram que é de interesse geral utilizar as criptomoedas como pagamento. Porém, há um setor que se sobressai. Como aponta a imagem abaixo, as compras online são a preferência dos investidores que querem pagar com cripto. E também tendem a ser as plataformas que apresentam maior facilidade para a adoção da tecnologia.

Ou seja, lojistas digitais e e-commerces que queiram ampliar sua metodologia de pagamento passam a ter um fundamento mais estruturado para, enfim, começarem a implementar essa metodologia.

Como aceitar criptomoedas como pagamento?

Para finalizar, o desenvolvimento técnico para esse tipo de solução não é simples, pois a falta de mão de obra especializada é um dos grandes desafios do setor. No mercado, existem soluções que oferecem produtos e serviços baseados em blockchain e criptomoedas, que trazem produtos para pessoas físicas e jurídicas e que podem realizar cobranças em criptomoedas e decidir se querem manter o pagamento em moeda digital ou fazer a conversão imediata para real (BRL). São soluções simples, rápidas, seguras e de baixo custo. Sendo assim, o pagamento de criptomoedas pode mudar o jogo para sua loja online – e também física.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/cresce-demanda-de-clientes-por-pagamentos-com-criptomoedas-em-e-commerces”

 

‘Fandomnomics’: entenda como os fã-clubes estão moldando o comportamento de consumo no e-commerce

Mais do que devotos, eles são apaixonados pelos seus ídolos e capazes de quase tudo em nome dessa admiração. Reunidos, esses tipos de fã praticamente formam famílias conhecidas como “fandoms”, e esses grupos influenciam o comportamento de compra no ambiente digital.

Eles moldam a relação dos consumidores com suas marcas favoritas, guiando elas por fatores emocionais, identificação e lealdade a universos culturais específicos. O estudo ” A Era dos Fandoms”, elaborado pela Monks + Float, destaca tendências importantes para o e-commerce, apontando como as marcas podem otimizar suas estratégias de comunicação e engajamento para atraí-los.

O universo dos fandoms no Brasil

O conceito de fandom, derivado de “fan” (fã) e “kingdom” (reino), refere-se a uma comunidade de admiradores com interesses em comum, como artistas, séries ou esportes. Segundo a pesquisa, 38% dos brasileiros se consideram fãs dedicados, inseridos em um mercado de produtos licenciados que movimenta R$ 21,5 bilhões no Brasil e US$ 300 bilhões globalmente. Esse universo tem hierarquias internas e rituais que formam uma subcultura particular e engajada.

Transformação no consumo e participação social

O estudo aponta quatro eras significativas do fandom: das “fangirls” (1960-1970), dos “nerds” (1980-1990), dos “fanfiqueiros” (2000-2010) e a atual “era dos creators” (2020 em diante). Cada fase expandiu o impacto dos fandoms na sociedade, com fãs cada vez mais engajados em criar conteúdo, consumir produtos e influenciar suas comunidades.

Hoje, o engajamento inclui consumo de produtos específicos, participação em eventos e produção de conteúdo como fanarts e cosplays, evidenciando uma relação de consumo interativa e baseada em afinidade.

Os fandoms e o mercado: estratégias e táticas de engajamento

Fãs se tornaram um público estratégico para marcas, que exploram essa conexão para lançar produtos premium e oferecer experiências exclusivas. Exemplos incluem itens colecionáveis e roupas inspiradas em universos populares.

Para muitos fãs, consumir esses produtos é uma maneira de expressar identidade e devoção. O relatório destaca ainda que no Brasil, o consumo desses fãs é intenso: os entrevistados disseram gastar cerca de R$ 200 mensais em produtos relacionados ao seu fandom. O valor é quase cinco vezes maior ao que o brasileiro destina mensalmente para cultura, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Grande parte das interações entre fãs ocorre em redes fechadas, como grupos de WhatsApp e Telegram, onde compartilham conteúdos exclusivos e estratégias para impulsionar seus ídolos. O fenômeno “dark social” representa uma parte menos visível da interação online, mas onde ocorre a verdadeira mobilização. Os fãs brasileiros se destacam globalmente por sua devoção e engajamento, sendo notados por artistas internacionais.

Fandomnomics: novas oportunidades para o e-commerce

Para marcas e plataformas de e-commerce, o fandom apresenta oportunidades únicas de mercado. Ao abraçar os desejos e comportamentos dos fãs, as marcas podem criar produtos exclusivos e engajar esses consumidores de maneira mais profunda e eficaz. O uso de IA e outros recursos tecnológicos pode ampliar essas interações, personalizando ainda mais o consumo e aproximando os fãs de seus objetos de adoração.

A “Era dos Fandoms” marca uma transformação na relação entre marcas e consumidores, revelando que os fandoms podem ser aliados estratégicos no e-commerce, desde que haja compreensão de sua cultura, linguagem e dinâmicas de engajamento.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/fandomnomics-entenda-como-os-fa-clubes-estao-moldando-o-comportamento-de-consumo-no-e-commerce”

 

 

 

Mais centros de distribuição e aviões: o plano do Mercado Livre para dobrar a operação logística

Varejista online vai inaugurar 11 novos CDs até o fim de 2025, chegando a mais Estados do Nordeste e do Sul, além do Distrito Federal.

Em ritmo acelerado de crescimento, o Mercado Livre vai inaugurar 11 centros de distribuição até o fim de 2025, passando dos 10 atuais para 21 centros de distribuição.

Seis centros de distribuição serão inaugurados ainda neste ano, como parte do montante de R$ 23 bilhões de investimentos anunciados pela companhia em abril. Outros cinco CDs serão inaugurados ao logo do próximo ano, fazendo parte do orçamento que a companhia ainda está definindo. “Mas, com certeza, será maior”, garante Fernando Yunes, líder do Mercado Livre no Brasil.

O objetivo dos novos investimentos é expandir a presença geográfica da operação logística da companhia, entrando especialmente em novos Estados como Ceará, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Dos novos endereços, 63% são fora de São Paulo.

“É uma aposta no Brasil, no e-commerce e no crescimento que acreditamos realizar nos próximos anos”, diz o executivo. No primeiro semestre deste ano, as vendas da companhia no país cresceram 33% ante o mesmo período de 2023, com  o país liderando as operações do grupo — além do Brasil, que representa cerca de 50% do faturamento, o Mercado Livre opera no México e na Argentina, onde nasceu.

Mercadorias estocadas

Todas as novas instalações fazem parte do modelo fulfillment, em que as mercadorias ficam estocadas até que o consumidor realize a compra. Com isso, argumenta Yunes, a empresa amplia em 40% o número de cidades que irão receber entregas no mesmo dia. Hoje, são 232 municípios nessa modalidade de entrega.

Com mais de 900 mil metros quadrados adicionados à malha logística, a expectativa é de que os custos de frete sejam reduzidos em até 50%, cortando preços para vendedores e consumidores, de acordo com o diretor de operações, Luiz Vergueiro.

A intensidade de crescimento da plataforma de marketplace chama atenção do mercado e tem garantido recomendações de “buy” para as ações do Meli, negociadas em Nova York, mas investidores têm se mostrados mais atentos aos investimentos logísticos, os custos operacionais e as margens do negócio.

Para Yunes, o crescimento de vendas deve logo responder à pressão inicial de despesas por causa dos investimentos. “Nossa visão é seguir melhorando rentabilidade ano após ano, custo da rede logística está dentro disso. Não esperamos impacto na rentabilidade pelo aumento na rede logística”, afirma.

De acordo com ele, o crescimento de todo o setor de ecommerce no Brasil  (cuja penetração está em torno de 15% contra mais de 20% de mercados mais maduros como o norte-americano) vai vir por mais pessoas no ecossistema, mas também por mais compras ao mês, o que deve ser ampliado com o aumento de entregas em mesmo dia, bem como com a entrada de sellers regionais conforme mais CDs são inaugurados.

O executivo exemplifica com o centro de distribuição da Bahia, inaugurado ainda em 2020 e que marcou a entrada do Mercado Livre em regiões menos concentradas. “Desde que o lançamos ganhamos 15 pontos de market share. O de Pernambuco, inaugurado há um mês, está sinalizando que vai refletir esse comportamento”, afirma.

Além dos novos CDs, o Mercado Livre está adicionando dois aviões à sua frota com o braço de logística de carga da Gol, a Gol Log. No total, serão nove aeronaves. “Ter aeronaves nos ajuda a ter desenvolvimento dos mercados. Com as entregas chegando em até dois dias, o mercado cresce, e depois conseguimos construir nossa rede logística”, diz Yunes.

A frota aérea tem sido especialmente utilizada na operação logística para a região Norte do país, onde o Mercado Livre ainda não tem centros de distribuição.  No Amazonas, por exemplo, o período médio de entrega passou de até 15 dias para dois dias.

Além dos novos CDs, a companhia anunciou ampliação de instalações, incluindo a ampliação na atuação na Bahia e no Rio de Janeiro. Também pretende aumentar os investimentos em robótica. Hoje são 334 robôs autônomos no CD de Cajamar (SP), sua maior instalação, o que levou a 20% menos tempo no processamento de pedidos.

A ação do Meli acumula alta de mais de 63% no último ano da Nasdaq, levando a companhia a um valor de mercado de US$ 107 bilhões.

Fonte: “https://exame.com/insight/mais-centros-de-distribuicao-e-avioes-o-plano-do-mercado-livre-para-dobrar-a-operacao-logistica/p”

 

iFood ultrapassa Aliexpress e assume 8º posição no Top 10 dos maiores e-commerces do Brasil

O responsável pela maior movimentação de setembro foi o iFood, grande nome do setor de alimentos no Brasil, ultrapassando a gigante chinesa Aliexpress e assumindo a oitava posição no ranking.
Esse foi o quarto mês seguido de crescimento da empresa brasileira, líder em delivery na América Latina. Em contrapartida, o Aliexpress recuou 16,9% em relação ao mês anterior.
Recuo esse que foi geral dentro do setor de importados, que apresentou retração de 7,5% no último mês, só perdendo para o segmento de Educação, Livros e Papelaria, que caiu 8,4%.
Turismo é o setor que mais cresce, puxado por ótimo mês do AirBnB
Entre os setores que apresentaram crescimento, o turismo, que havia sido afetado negativamente pelo final das férias, voltou a crescer 6,4% em setembro.
O grande destaque do setor foi o AirBnB, que subiu 21,3% e passou a ocupar a 3º posição no Top 10 do turismo. Esse é o sexto mês de crescimento contínuo da empresa americana. Booking.com e Azul fecham o top 3, respectivamente.
O Relatório Setores do E-commerce no Brasil, do mês de outubro com dados de setembro de 2024, completo já está disponível para download no RadarIC pelo link:
Fonte: “https://lp.conversion.com.br/relatorio-setores-ecommerce”