Via disputa nova fronteira da guerra do e-commerce: a entrega rápida

O cliente que faz uma compra hoje no e-commerce não aguenta mais esperar uma semana para receber seu pedido. Com a redução dos prazos de entrega, 48 horas podem parecer uma eternidade. Por isso, grandes varejistas aceleraram a implantação da entrega rápida e ultrarrápida. A percepção é de qualquer hora a mais conta na decisão de compra.

A Via, dona das redes Casas Bahia e Pontofrio, estreou o same day delivery (entrega no mesmo dia). Funciona assim: pedidos feitos até as 12h no app ou site são entregues na casa do cliente até as 22h do mesmo dia.

“O same day delivery é um processo que vem aumentando com a evolução da nossa operação de mini-hubs [uso das lojas como centro de distribuição] e ganhou escala nacional com a aquisição da Asap Log [empresa de logística]”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de logística da Via.

Hoje, a companhia já entrega 15% das vendas on-line no mesmo dia. A operação está disponível em 65 lojas de 14 Estados. As entregas em 24 horas representam 40%.

Ao reduzir o prazo de entrega, a Via reduz custos de distribuição e de cancelamento de pedidos. “Os pedidos que saem do mini-hub custam 25% do valor daquele que sai do centro de distribuição, reduz muito o valor do frete”, conta o executivo.

Outro ganho é com a diminuição dos cancelamentos de compras. “Quanto mais rápida a entrega, menos cancelamentos temos”, diz. “Hoje, 60% dos cancelamentos ocorrem antes da entrega. Quando o produto chega rápido, reduzimos as chances do consumidor repensar a compra.”

Que produtos estão disponíveis para entregas no mesmo dia? São os pedidos de clientes que moram em um raio de 10 km das 65 lojas. O serviço está disponível para produtos de até 30 kg, ou seja, pega itens como microondas, fogões, televisores e máquina de lavar-louça.

“A gente vai recebendo os pedidos e às 12h encerramos. Porque a partir daí a loja tem que receber o pedido, separá-lo, prepará-lo, embalá-lo e emitir a nota fiscal. Então, esse pedido chega na Asaplog, que faz a roteirização de todas as entregas. O motorista recebe esse roteiro, retira na loja e sai fazendo as entregas, é um processo”, conta Gasparini.

Como a concorrência na questão entrega rápida? Na Americanas.com, as entregas em até 3 horas representaram 14% das vendas do on-line no primeiro trimestre. E a empresa quer reduzir isso para minutos. “Nossa prioridade para 2021 é o desenvolvimento do modelo ultra fast delivery (entrega em poucos minutos).”

O Magazine Luiza anunciou na semana passada a entrega em 1 hora de produtos de até 6 kg. O serviço funciona em 11 cidades.

A Via vai entregar mais rápido ainda? Gasparini diz que o plano é entregar cada vez em tempo menor. “Também vamos ter a entrega em uma hora, mas por enquanto queremos expandir o same day”, conta. “Essa mudança parece simples, mas é gigantesca. Imagina que o cliente escolha receber na próxima hora e por algum motivo atrasa. Esse cliente não quer esperar um dia para solucionar. Tem toda uma cadeia que precisa ser alterada para entregar em uma hora, não é uma mudança simples de ser implantada.”

Quem faz as entregas do same day? A logística de entrega é coordenada pela AsapLog, que distribui os pedidos para motoristas de carros de passeio ou vans. Esses motoristas são autônomos e ganham por tempo e distância rodados. “Tem moto, tem van, tem carro de passeio. Na pandemia, vimos muitas vans escolares fazendo entregas”, afirma o executivo.

Os pedidos do marketplace também chegam no mesmo dia? Por enquanto, não. A Via entrega no mesmo dia pedidos do estoque próprio das lojas. Mas há planos de incluir mercadorias do marketplace no segundo semestre.

“A entrega rápida exige uma mudança na forma de abastecimento da loja. Preciso ter o estoque certo para atender a venda on-line e a off-line. Tenho que ter o sortimento correto de acordo com o que a clientela daquela região pede”, afirma Gasparini.

Social Commerce: 74% dos brasileiros usam redes sociais para comprar; Maioria consome pelo Google Shopping, Instagram e Facebook

Pesquisa realizada pela Social Miner I All iN em parceria com a Etus e a Opinion Box revela ainda que 56% preferem procurar itens de desejo nas redes sociais para ter acesso a comentários/avaliações sobre a experiência de compra de outras pessoas.
O consumo on-line, que já vinha crescendo significativamente antes da pandemia, hoje se tornou um hábito para 86% dos brasileiros. É o que revela a pesquisa Social Commerce, realizada pela All iN | Social Miner – que une dados de consumo, tecnologia e humanização para ajudar empresas a otimizarem seus resultados -, em parceria com a Etus e a Opinion Box. O levantamento mostra que 37% fazem uma visitinha às lojas digitais pelo menos uma vez por mês em busca de ofertas, e 23% acessam a rede semanalmente para fazer compras. E como boa parte das pessoas está nas redes sociais – são 4,2 bilhões de usuários no mundo segundo a We Are Social -, o avanço do Social Commerce, que engloba o relacionamento mais próximo com os compradores e a prática de compra e venda via redes sociais, ocorre a passos largos.
Para se ter uma ideia dessa rápida evolução, para pesquisar itens de desejo, 76% dos consumidores já recorrem às redes sociais – 56% deles para ter acesso a avaliação de outros clientes, e 54% para comparar preços. Os clientes das classes A e B são os que mais se interessam pela experiência de compra de outras pessoas (75%), enquanto entre o público de classe C, D e E, a porcentagem fica em 65%.
Para André Patrocínio, CEO da Etus, isso indica que os consumidores acreditam que as redes sociais têm possibilitado o acesso a uma avaliação real sobre o produto e a loja. “Quem está pesquisando quer saber a opinião de quem já comprou para ter certeza se o produto é de boa qualidade, se o tempo de entrega, preço e atendimento valem à pena, bem como se a compra é segura. Os comentários ficam visíveis, e isso pode ser bastante positivo à marca – ou não. Por isso, é fundamental garantir um bom atendimento nas redes sociais, e também no site e aplicativo”, explica Patrocínio.

O Instagram é o preferido por quem usa as redes para buscar produtos (62%), seguido pelo Facebook (61%), Google Shopping (61%) e Whatsapp (37%).

Mas quando chega a hora de comprar, qual canal é o escolhido pelos clientes?
Dos 86% que têm o costume de consumir online, 74% o fazem pelos sites e aplicativos, 18% nas lojas físicas, e 8% pelas redes sociais. Falando especificamente dos que usam as redes sociais para consumir, a maioria recorre ao Google Shopping (53%) e ao Instagram (50%).
Entre as razões pelas quais as pessoas escolhem comprar nas redes sociais, há uma gama de opiniões diferentes que vão desde as mais comuns, que são preço, rapidez, e acesso a mais informações sobre os produtos, à facilidade e praticidade ao pesquisar e à possibilidade de encontrar lojas menores, de pequenos e médios produtores:
Vale observar também os pontos considerados pelos compradores que preferem recorrer a sites e aplicativos, para incluir no planejamento de marketing das redes sociais e aumentar as chances de vendas nesses canais. Além dos preços (54%) e praticidade (49%), por exemplo, há pessoas que se sentem mais seguras ao comprar em sites e apps (44%), e outras que querem ter acesso a mais opções de produtos (44%). Pensando nisso, cabe aos varejistas que estão nos Instagram e Facebook, por exemplo, aumentar os itens exibidos em suas páginas para mostrar mais variedade, e otimizar o processo de compra para transmitir mais segurança.
A importância das avaliações no Social Commerce

75% dos consumidores têm o hábito de avaliar lojas e marcas das quais compram, 62% fazem isso nos sites das lojas/marcas, 35% em sites como o Reclame Aqui, e 34% nas redes sociais da marca, ou nas suas próprias redes sociais (que é a opção de 26% dos respondentes). E, como vimos anteriormente, 56% aderiram às redes sociais para pesquisar sobre produtos com o intuito de ter acesso às avaliações de outros compradores, e 67% vão direto aos comentários de outros clientes para saber como foi a experiência deles com a marca.
Diante desses números e do crescimento significativo do Social Commerce, André Patrocínio acredita que é fundamental que as empresas – incluindo pequenos produtores – percebam que Instagram, Facebook, Whatsapp, conhecidas redes de relacionamento entre amigos e familiares, se abriram e ganharam força quando o assunto é comércio, e se atentem mais a estratégias que incluam esses canais, até porque, proporcionar uma jornada omnichannel aos consumidores hoje é algo essencial, visto que 60% já consomem de forma híbrida no país.
“As redes sociais têm se mostrado uma importante vitrine – tanto para o lado positivo quanto para o negativo – e uma grande ferramenta de fidelização, tanto às grandes marcas, que conseguem dividir com os potenciais compradores a rotina de produção dos itens e serviços oferecidos, convidando-os a interagir e fazer parte desse dia a dia, quanto aos pequenos produtores e comércios locais, que conseguem divulgar seus negócios de maneira orgânica. Cabe aos varejistas investir em uma boa comunicação e uma boa experiência aos usuários para que suas qualidades sejam amplificadas por meio das redes”, afirma o CEO da Etus.
Junto a lojistas/marcas nessa missão, a Social Miner | All iN e a Etus unem dados de consumo, tecnologia e apostam na humanização para compreender o comportamento de compra de cada usuário, e oferecer as ferramentas necessárias às empresas para que acessem esse público. Como? Com inteligência exclusiva. A Social Miner | All iN, por exemplo, usa tecnologia para identificar a etapa na jornada de consumo que o cliente está – e sua intenção de compra -, e utilizam people marketing para compreender o contexto e qual a comunicação/linguagem a ser adotada, gerando acionáveis automaticamente para ajudar o consumidor na sua decisão de compra, através de campanhas personalizadas.
**Pesquisa da All iN | Social Miner e Opinion Box, que ouviu 1125 brasileiros entre os dias 02 e 07 de junho de 2021

E-commerce dá fôlego a embalagens e faz setor crescer acima da média do PIB

O setor de embalagens, historicamente, tem um crescimento ligado ao Produto Interno Bruto (PIB). Não por acaso, é visto como um termômetro da atividade: como a economia brasileira é bastante ligada ao consumo, a área possui um ritmo de expansão similar. Mas, desde o início da pandemia, houve um descolamento, puxado principalmente pelo aumento do e-commerce. Enquanto o PIB teve queda de 4,1% em 2020, o setor cresceu 0,5%, na contramão da indústria. O papel, sozinho, teve alta de 1%.

E, agora, com um crescimento de cerca de 4% esperado para o PIB em 2021, o segmento de papel deve ter um ano ainda melhor. Somente no primeiro trimestre, o crescimento foi de 9,6% na comparação com o mesmo período de 2020, o que fez com que as previsões do setor mudassem. Segundo a Associação Brasileira de Embalagens em Papel (Empapel), o crescimento anual será de 8,8%, ante 4,9% da estimativa anterior.

Trata-se de um crescimento sustentável? Na visão de Gabriella Michelucci, presidente da Empapel, sim. “O mercado interno está aquecido, e a procura continua intensa. A entrega de alimentação e as compras por e-commerce dispararam. Por isso, os investimentos na área estão subindo.”

Esses bilhões de reais em investimentos têm resultado em mais produção. Em maio de 2021, a prévia do Índice Brasileiro de Papelão Ondulado (IBPO) subiu 24,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse bom momento tem impactado diretamente no balanço das empresas do setor. Não por acaso, nos últimos dois trimestres houve uma virada no balanço da Klabin: o setor de embalagens passou a ser maior do que o da celulose.

Isso fez com que a empresa anunciasse um investimento adicional de R$ 2,6 bilhões no projeto Puma II, localizado na cidade de Ortigueira (PR). O novo aporte será utilizado na instalação de uma máquina de papel cartão, utilizado para embalagens de alimentos. O investimento total na planta será de R$ 12,9 bilhões até 2023.

“Houve muita dúvida no início da pandemia, e tomamos um susto com a demanda. Esse cenário era inimaginável em 2018”, diz Douglas Dalmasi, diretor de embalagem da Klabin.

Após crescer 41% em 2020, segundo dados da consultoria Ebit em parceria com a Nielsen, o aumento esperado para as vendas on-line é de 26%. Por isso, a Irani, outra empresa focada em papel e listada em Bolsa, está ampliando os aportes.

A companhia já começa a planejar novos investimentos além dos R$ 743 milhões que estão em execução até 2023 na Plataforma Gaia, que é o plano de expansão e modernização das fábricas. No início de junho, a companhia teve um financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 484 milhões aprovado, o que ajudará a companhia a diminuir a alavancagem.

Porém, Sérgio Ribas, CEO da Irani, não está de olho em aquisições. “É preferível fazer um investimento em máquina a fazer uma aquisição e ter um trabalho absurdo de incorporação.”

Os analistas e investidores estão otimistas com o setor. As ações da Irani, por exemplo, tiveram uma alta de 69% desde janeiro. E a tendência é de alta, segundo a corretora XP, principalmente após o crescimento de 214,2% do lucro da Irani no primeiro trimestre deste ano.

A Klabin, por sua vez, não está tendo seus melhores anos na Bolsa. Desde janeiro, as suas ações estão com queda de 3,3%. Porém, na visão do analista Ilan Arbertman, da Ativa Investimentos, o setor de embalagens será um importante vetor de expansão da companhia. Ele enxerga uma possibilidade de alta de quase 50% das ações. ‘A preocupação com o ESG também ajuda o setor, já que o papel é mais sustentável do que o plástico.”

Rede de varejo Havan lança serviço de super entrega em até 24 horas

Novidade está em fase de testes na loja matriz, em Brusque (SC) e na filial de Maringá (PR).
Os clientes da rede de varejo Havan agora poderão fazer suas compras pelos canais digitais e receber seus produtos em até 24 horas com a Super Entrega Havan. A novidade está em fase de testes na loja matriz, em Brusque (SC) e na filial de Maringá (PR), e o objetivo é ampliar para toda a rede de megalojas do Brasil.

O gerente de Desenvolvimento e Digital da Havan, Eder Varela, explica que a novidade é baseada na metodologia crowdshipping, que se trata de um sistema colaborativo de entrega de produtos cujo objetivo é minimizar os custos envolvidos e o tempo de entrega.

“Desenvolvemos um aplicativo que irá centralizar os motoristas que farão as entregas. Neste primeiro momento, estamos selecionando os participantes, mas numa fase seguinte abriremos para todos os interessados”, diz. Entre as exigências, os entregadores precisarão ter CNPJ.

Além da agilidade e praticidade de receber o produto em poucas horas, o head de Last Mile da Havan, Anderson Mendes, destaca que uma das vantagens do serviço é o valor da entrega, que foi fixado em R$ 14,90 para estas duas megalojas que operam na fase inicial.

“A proposta é que a taxa seja competitiva também no restante do Brasil, pois todas as 160 megalojas Havan estão conectados ao sistema ship from store, que torna as lojas pontos de estoque da rede de distribuição omnichannel“, ressalta.

Atualmente, os clientes já fazem compras no site, aplicativo e no Zap Havan e podem escolher a loja mais próxima para fazer a retirada do produto com o Retira Fácil ou escolher entrega e a loja com o melhor prazo fará a entrega do produto.

Nova onda do varejo, live commerce vive versão beta no Brasil

Tendência começa a aparecer em apps de grandes marcas como Riachuelo, Arezzo, Americanas, Dengo, Chilli Beans e Casas Bahia.
Está chegando ao Brasil a nova promessa do varejo: o live commerce. Se você ainda não viu, é porque essa nova onda vive sua versão beta. Na China, onde a prática já soma mais de 10 milhões de transmissões ao vivo e 50 bilhões de visualizações, a estimativa do Ministério do Comércio do País é que 20 milhões de produtos tenham sido vendidos no primeiro semestre de 2020 com o apelo estilo do antigo programa ‘Shoptime’.

“O live commerce é a união da transmissão em vídeo ao vivo e interatividade e e-commerce dentro de um mesmo ambiente. A ideia é conseguir que os próprios donos das lojas tragam a venda atrelada a entretenimento. É como trazer o ‘Shoptime’ da TV para os apps. É o que acontece na China hoje, onde as lojas estão contratando atrizes e atores para fazer lives”, explica Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces.

Como exemplo, Nogueira explica que é como se uma loja de computadores colocasse alguém para fazer o review de um dispositivo chamando para a ativação de compra incluindo um botão para tanto. “As lojas Americanas já estão fazendo isso. Olharam para fora e puxaram com famosos e um alto nível de produção para popularizar isso aos vendedores. Agora, ela faz de acordo com o nível de reputação da empresa”, explica o especialista, enfatizando que o mercado brasileiro está na fase inicial dessa nova forma de venda no e-commerce.

Ainda que em uma fase beta, diversas marcas estão experimentando a abordagem de vendas, como Riachuelo, Arezzo, Dengo e Chilli Beans. A Casas Bahia, por exemplo, fez uma transmissão do tipo pela primeira vez em seu app neste mês, com divulgações de produtos e finalização da compra pelo WhatsApp, em uma omnicanalidade integrada. A empresa agora está programando lives comerciais semanais.

Nogueira ressalta que a importância de uma comunicação interativa e com notificações entre o apresentador e os consumidores no live commerce, incluindo com alguém que acabou de comprar, um espectador que enviou likes, entre outras ações.

“Com o live commerce, o lojista consegue apresentar e vender produtos em um único ambiente totalmente gamificado. O Brasil ainda está avançando nessa modalidade, já que, diferente da China que concentra tudo em uma única plataforma, aqui ainda temos que usar mais de um recurso, a plataforma de transmissão ao vivo é um canal, mas ainda precisamos realizar a conclusão da compra em outro local, geralmente no app da empresa.”

Cuidados e dicas
Nogueira lista alguns cuidados e dicas para ajudar lojistas que queiram experimentar essa tendência para turbinar vendas pela internet.

Defina a finalidade e prepare a live: Nogueira reforça que o live commerce pode colaborar para o reconhecimento de marca, lançamento de produto ou vendas no geral. Para que essa ação tenha sucesso, é preciso organizar um roteiro, atentar-se para um cenário, equipe de gravação e de backstage, apresentador(a) e a possibilidade de interação com os consumidores. “O segredo é despertar no consumidor uma necessidade de compra que, muitas vezes, ele nem sabia que tinha. Uma dica é usar o live commerce para mostrar o produto na prática, suas formas de uso e diferenciais, além de falar sobre seus benefícios e o problema que ele resolve.”

Integre seus canais: Na China, as lives acontecem integralmente dentro de uma única plataforma, que tem todos os recursos (vídeo, interação e compra). No Brasil, a realidade ainda não é essa, mas há uma tendência. A dica é começar pelo básico e transmitir os vídeos no Instagram, no Facebook e no YouTube instruindo os consumidores para finalizarem a compra no e-commerce ou no app. Também é possível usar um QR Code, para facilitar o acesso aos produtos.

Fique de olho na audiência: É preciso ter pessoas para assistir à venda. Nesta modalidade, o apresentador pode muito bem engajar sua audiência contando histórias, descontraindo e mostrando o produto – algo contratante ao e-commerce tradicional, que segue um padrão estático, sem interações. Também vale criar a partir de gatilhos emocionais, seja de motivação, escassez ou datas comemorativas.

Trabalhe na qualidade: Nogueira conta que a grande preocupação dos canais de venda em não liberar o recurso de live commerce para todo mundo é justamente a qualidade. Não é preciso uma super produção, mas é fundamental que as aparências não comprometam a credibilidade e a imagem do produto oferecido, lembra o consultor. “Eles querem passar segurança no marketplace. Logo, o profissionalismo no modo de falar também é fundamental. Não que a pessoa precise de um português impecável — não é isso —, mas as chances de comprar um produto de R$ 300 diminuem se a pessoa não está com uma apresentação legal e uma fala fluída.”

Amazon Business lança relatório 2021 de e-commerce B2B

Amazon Business lançou na segunda-feira (14) o primeiro Relatório de Evolução do Comércio Eletrônico entre Empresas (B2B) de 2021, que compartilha tendências B2B e novos insights de profissionais de compras dos EUA em setores e organizações.

Para o relatório, que examina a rápida transformação que a aquisição eletrônica de B2B sofreu nos últimos anos, a Amazon Business pesquisou 250 compradores e 250 vendedores de B2B que ocupam funções influentes de compras em setores governamentais, educacionais, de saúde e comerciais nos Estados Unidos.
De acordo com os resultados, 85% dos compradores de negócios disseram que, como resultado da pandemia, suas organizações foram impulsionadas a mover mais suas compras on-line, e 96% disseram que preveem que suas organizações continuarão fazendo mais compras on-line, mesmo após a pré- retomada das funções de negócios da pandemia. 91% dos compradores disseram preferir a aquisição eletrônica aos métodos de compra tradicionais e off-line.

Organizações comerciais menores foram especialmente motivadas a acelerarem seus esforços de transformação digital no ano passado. 56% das pequenas e médias empresas disseram que digitalizaram mais completamente seus processos de compra devido ao Covid-19, em comparação com apenas 42% das empresas comerciais.

“Nosso relatório 2021 B2B E-commerce em Evolução enfatiza o fato que simplesmente alavancar a aquisição eletrônica não é mais suficiente”, disse Todd Heimes, diretor da Amazon Business. “Em última análise, acreditamos que as organizações têm uma oportunidade significativa de maximizar as tecnologias de aquisição eletrônica que as ajudarão a superar os desafios operacionais que reduzem a eficiência e o desperdício de orçamento”.

NRF Converge:: Surgem os primeiros sinais de como fica o varejo no mundo pós-pandemia

“Todo mundo tem um plano até levar um soco na cara.” Essa célebre frase do Mike Tyson, citada pelo Lee Peterson em sua palestra no NRF Retail Converge, evento virtual promovido essa semana pela National Retail Federation, define bem o que muita gente está sentindo agora. Os planos de várias empresas foram atingidos em cheio pela pandemia – e boa parte delas está desorientada até agora com as mudanças, que seguem acontecendo em ritmo acelerado.

A palavra mudança, por sinal, tem sido repetida à exaustão no NRF Converge, que começou na segunda-feira (21) e termina nessa sexta (25). Suresh Kumar, experiente Chief Technology Officer do Walmart, por exemplo, foi direto ao avisar que “mudança será uma constante e por isso precisamos manter o foco no consumidor”. Pode parecer incoerente que um profissional de tecnologia recomende mais atenção aos consumidores do que às novas tecnologias, mas Kumar sabe que o papel da tecnologia é melhorar a eficiência de varejistas e a experiência dos consumidores.

Experiência, aliás, é um dos três conceitos que têm sido destacados frequentemente por varejistas e especialistas que participam do evento. Os outros dois são conveniência e valor. Michelle Gass, CEO da Kohl’s, destacou esses três fatores como essenciais na revisão das estratégias dessa loja de departamentos focada em moda. Rachel Dalton, Diretora na Kantar, foi na mesma direção. Pode parecer simples, mas experiência, conveniência e valor podem significar coisas diversas para pessoas diferentes. Como disse Carol Tomé, CEO da UPS, a saída é conhecer profundamente seus clientes para entender o que pensam e oferecer aquilo que eles realmente buscam. E aí voltamos para o tal foco no consumidor.

Quer entender por que entender o foco no consumidor é tão importante? Então olhe esses números.

As vendas no varejo americano ainda tiveram crescimento de 7% em 2020 e podem aumentar até 13,5% esse ano, de acordo com projeções da NRF. Os americanos estão comprando. A questão é saber o que passaram a comprar, onde e de que maneira. A Kohl’s, por exemplo, está reduzindo a oferta de roupas formais masculinas e ampliando a de roupas casuais e para prática esportiva. Marcas como a Recurate estão surfando a onda do consumo de produtos usados.

Mas nenhum movimento tem sido tão transformador quanto o da omnicanalidade. Dados da Kantar revelam que 85% dos americanos são omniconsumidores, ou seja, compraram ano passado tanto online quanto em lojas físicas (5% compraram apenas online e 10% somente em lojas de tijolo e cimento). Para dar uma ideia da velocidade com que as estratégias omnichannel mudaram o cenário, basta dizer que em 2015 a participação do e-commerce nas vendas totais do varejo americano era 11%. Em 2019, último ano do “velho normal”, esse índice chegou a 16%. Um ano depois, impulsionado pela pandemia, a fatia do comércio eletrônico pulou para 21% e, ainda segundo estimativas da Kantar, deve continuar a trajetória ascendente, representando 1/3 do faturamento do varejo nos Estados Unidos em 2025.

Isso não significa que as lojas físicas desaparecerão. Elas terão uma contribuição menor no faturamento do varejo, mas continuarão sendo fundamentais para as empresas, adquirindo um papel estratégico, por exemplo, na questão logística. Estudo da WD Partners mostrou que nada menos do que 84% dos americanos fizeram compras on-line e retiraram produtos em uma loja nos três meses anteriores à pesquisa. Não é a toa que os MCFs (micro fulfillment centers) e as dark stores têm sido tão discutidas por lá nos últimos tempos. Lee Peterson inclusive imagina que novas lojas e até shopping centers poderão ser desenhados levando em consideração um bom espaço nos fundos para atender às necessidades logística das marcas.

Mas as lojas físicas não precisarão se restringir ao papel de coadjuvantes logísticos do e-commerce. Serão também lugares de descobertas, interação e muitas experiências. A Lionesque abriu em julho do ano passado, em Seattle, uma loja para abrigar pop-ups, atraindo marcas e lojistas querendo aproximar-se de consumidores ou testar mercados – reforçando, assim, o movimento do RaaS (Retail as a Service). Lego vai transformar o conceito de suas novas lojas, passando a ser um destino de experiências físicas e digitais, em vez de simplesmente um ponto de venda de produtos. Algo como Camp já vinha fazendo, antes da pandemia.

Porém, para conectar-se de fato aos consumidores, em especial aos mais jovens, nesse mundo dominado por incertezas, será preciso oferecer propósito, significado, otimismo e inspiração. Temas como economia circular, diversidade, equidade e inclusão terão que ser praticados com convicção e autenticidade. Assim como as gerações anteriores, os jovens de hoje também querem expressar sua identidade por meio das marcas que consomem. A diferença é que, ao contrário dos seus pais, que buscavam status, os novos consumidores querem mudar o mundo, e nessa jornada darão preferência a marcas ativistas, identificadas com seus valores.

Diante de tantas pistas sobre o futuro do consumo e do varejo no pós-pandemia, a rota para a transformação das empresas varejistas estaria bem traçada, bastando seguir o mapa, certo? Bem, mais ou menos. Ainda existe o problema da cultura.

Abraçar a mudança e o digital ainda parece um desafio grande demais para muitos profissionais. Prova disso é esse dado apresentado pela WD Partners no NRF Converge: apenas 35% dos varejistas acreditam que as pessoas passarão a comprar mais frequentemente online no futuro. No entanto, 59% dos consumidores disseram que pretendem comprar mais pela internet daqui para a frente. Tem mais: 59% dos varejistas confiam que seus clientes seguirão frequentando lojas físicas, mas apenas 40% dos consumidores pensam da mesma maneira.

A distância entre a percepção dos varejistas e a realidade demonstra claramente que o mundo mudou, os consumidores mudaram, mas nem todo mundo se deu conta do tamanho da mudança.

Amazon compra mil caminhões autônomos para agilizar entregas

Amazon está considerando investir em caminhões sem motoristas. A gigante do comércio eletrônico comprou 1.000 sistemas de direção autônoma da Plus.ai, startup com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, que trabalha com inteligência artificial (AI) e robotização de veículos.
De acordo com a Bloomberg, a Amazon está tão interessada na tecnologia que também está considerando comprar uma participação de 20% da Plus – um movimento que pode inovar ainda mais em como a empresa realiza a entrega dos seus produtos ao redor do mundo.

A “garantia” dá à Amazon o direito de comprar ações da Plus a um preço fixo de US$ 0,46647 cada por um período de tempo especificado, o que equivale a cerca de 20% das ações em circulação antes da fusão planejada com a SPAC Hennessy Capital Investment Corp.

Segundo o Olhar Digital, a junção das empresas tem como objetivo ingressar na bolsa de valores, mas contornando o procedimento burocrático de oferta pública inicial (IPO).

Com o apoio da Sequoia Capital, da China, a startup desenvolve tecnologias de direção autônoma para caminhões desde 2016, quando foi fundada por um grupo de ex-alunos da Universidade de Stanford. A Plus é financiada por investidores de várias empresas chinesas, como a Shanghai Automotive Industry Corp, a GSR Ventures Management e a transportadora Full Truck Alliance.

Além disso, a startup colabora com a fabricante europeia Iveco e com a Cummins na criação de um sistema que introduza perfeitamente a tecnologia de piloto automático em caminhões movidos a gás natural.

Com a entrada da Amazon, a Plus espera receber cerca de US$ 500 milhões, incluindo US$ 150 milhões de uma oferta PIPE (investimento privado em ações públicas). Ao todo, o negócio fará com que a startup seja avaliada no mercado em, aproximadamente, US$ 3,3 bilhões.

Caso o negócio com a Plus for aprovado, seria o exemplo mais recente da Amazon apostando na tecnologia de veículos autônomos.

Varejistas reduzem prazos de entrega para compras on-line

Magalu dá prazo de até uma hora e a Americanas busca operação em poucos minutos.

Depois da entrega em até 48 horas das compras on-line, e do “same day”, com remessas no mesmo dia, as varejistas avançam agora no envio em até 60 minutos. O Magazine Luiza anunciou na última segunda-feira (21), o início da entrega de produtos comprados em site ou aplicativo no prazo de até uma hora (após a compra) em onze cidades, incluindo São Paulo.

Ainda nesta última segunda-feira, a Americanas, formada da união da B2W e Lojas Americanas, disse que em termos logísticos, a prioridade para 2021 é o modelo “ultra fast delivery”, que realiza entregas em poucos minutos. “O objetivo é avançar nessa frente com a expertise e tecnologia da Shipp, startup de delivery on demand que adquirimos em abril deste ano”, informou em 21de junho em nota.

Em ambos os casos, isso é possível por meio do uso das lojas físicas como central de armazenamento dos produtos adquiridos no on-line – movimento que começou nas empresas há cerca de três anos. O Mercado Livre, apesar de não ter pontos físicos, tem parcerias com estabelecimentos que funcionam como área de entrega e retirada de mercadorias em algumas áreas. A empresa também encurtou prazos de entrega de um ano e meio para cá, após reduzir dependência dos Correios, e tem feito envios em até 24 horas em certas praças, como São Paulo e Salvador (BA).

No caso do Magazine, além das 11 cidades, outros dez municípios estão em teste para integrar essa lista. Nesta fase, 75 lojas funcionarão como centro de estocagem de mercadorias para as entregas, que podem ser feitas por motos e carros de passeio, mas a ideia é aumentar esse número de pontos – a rede tem 1,3 mil unidades. Será usada a estrutura da transportadora Logbee, braço próprio da rede, e da empresa de delivery AiQfome, também do grupo, para atender essa demanda.

A empresa ainda começa após agosto a entrega de produtos comprados dos vendedores do “marketplace” (shopping virtual) em até 24 horas. Também será testado, a depender da evolução do nível de serviço, o envio em até uma hora de produtos armazenados pelos vendedores nessas lojas.

“Entre 70%, 80% e 90% da operação do ‘ship from store’ [venda on-line de itens da loja] já acontece nessa modalidade em até uma hora”, disse na última segunda-feira (21), Luis Fernando Kfouri, diretor de operações logísticas do Magazine.

O principal foco nesse tipo de operação está em manter equipe disponível nas lojas no horário certo, porque a equipe de entrega precisará estar já no ponto ou próximo para conseguir entregar no prazo. Além disso, é preciso ter, por exemplo, motoboys disponíveis na loja com movimento maior em determinado dia, o que exige controle do processo de venda e entregas.

Sobre isso, a empresa diz que esses ajustes foram feitos durante o teste piloto, e que há lojas já identificadas que justificam manter uma equipe no local porque o volume de envios é mais alto, e, além disso, a empresa deve utilizar os entregadores da AiQfome em horários de menor pico na entrega de restaurantes para atender as lojas.

Para que o sistema funcione, a empresa delimita um raio de segurança da loja até a casa do consumidor, entre 5 e 7 quilômetros, para que consiga fazer a entrega. Em certos casos, pode ampliar esse raio se o sistema verificar a possibilidade de cumprir o prazo.

Entre as capitais com lojas que começam nesse projeto estão São Paulo, Salvador, Belém, Recife, Fortaleza, Maceió, Aracaju, João Pessoa, Teresina. Ainda fazem parte do grupo Campina Grande (PB) e Ribeirão Preto (SP). Numa segunda fase entram Goiânia, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília. Não há adicional de frete para esse envio mais rápido.

Ainda sobre o assunto, a Americanas informou no último dia 21, em nota que as lojas físicas do grupo registraram um crescimento de 353% do serviço de retirada de pedidos on-line nas mais de 1.700 unidades da rede. E a aceleração das iniciativas de entrega rápida totalizaram 2,1 milhões de entregas em até 3 horas no primeiro trimestre em cidades (incluindo todas as capitais). “Muitas entregas acontecem antes desse prazo, em até 1 hora”.

E-commerces faturam 28% a mais com o Dia dos namorados

Os apaixonados devem ter ficado bem felizes com seus presentes nessa data comemorativa, mas vamos combinar que os e-commerces também tiveram motivos para celebrar as vendas. Para se ter uma ideia, só compras feitas no cartão de crédito renderam mais de 3,3 bilhões em faturamento — um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2020.

Isso é o que diz o relatório de Dia dos Namorados da All In | Social Miner em parceria com a Clearsale e Octadesk, e com o apoio da Tray, Escola do E-commerce e do Opinion Box. O estudo também mostra que a preferência por dispositivos móveis cresceu em 55%, ultrapassando a navegação pelo desktop e ocupando o primeiro lugar.
Outro dado a refletir é que, nesse ano, os consumidores estavam bastante planejados e anteciparam a busca por ofertas em até um mês, com os maiores picos de visitas e cadastros entre os dias 16 a 29 de maio — período que antecede o dia dos namorados.
Categorias e vendas
‘Moda e acessórios’ e ‘Beleza’ se mantiveram firmes no TOP 3 como as principais categorias procuradas — e vendidas — nesse Dia dos Namorados. Mas vale um importante destaque para o setor de ‘Farmácia e Saúde’, que demonstrou seu sucesso com campanhas de cadastro, sendo responsável por 35% do resultado de cadastros, abrindo oportunidades para mais estratégias nos próximos eventos.
Quanto à região, o material mostra que o Sudeste esteve à frente com 60% das vendas antes e durante o evento. Itens do setor de alimentos e supermercados tiveram uma queda de 50% nas vendas no Sudeste; por outro lado, o consumo de Bebidas cresceu no Sul, em 40%.
Comportamento do consumidor
Já foi mencionado o grande uso do Mobile pelos consumidores no momento de pesquisa de produtos, mas outro ponto a se destacar é que o WhatsApp se tornou o aplicativo mais usado para atendimento dos consumidores, ficando à frente de e-mail e chats. Segundo os dados da pesquisa, houve um aumento de 129% no volume de tickets de atendimento abertos durante o evento de 2021 em relação ao mesmo período de 2020.
Cuide de suas estratégias para as datas comemorativas, baixe o relatório gratuitamente.