Jornal da China pede restrições mais rígidas aos algoritmos usados ​​por plataformas on-line

A China deve aumentar os esforços para proteger os usuários on-line contra violações de privacidade e licitações para direcionar o tráfego da web, tornando mais rígidas as regulamentações sobre o uso de algoritmos por plataformas de internet, disse o jornal estatal People’s Daily.

Os comentários no jornal oficial do Partido Comunista, no poder, seguem as críticas deste mês da Associação de Consumidores da China, dirigidas a empresas de internet que fazem mau uso de dados pessoais e “intimidam” as pessoas para fazer compras e promoções.

Algoritmos podem cortar custos combinando necessidades com serviços, mas algumas plataformas infringem os direitos do consumidor pela “aplicação imprópria de algoritmos” para invadir a privacidade e o uso direto da web, disse o jornal em um editorial na última quinta-feira (28).

“É necessário estabelecer um sistema de supervisão abrangente … para que as aplicações algorítmicas sigam regras e regulamentos e os direitos do consumidor possam ser protegidos”, acrescentou.

O autor do artigo assinado, Yin Shuanghong, um nome que apresenta jogos de palavras com imagens comunistas, listou a legislação nacional, a regulamentação da indústria e a observância social como áreas de preocupação.

“A regulamentação do algoritmo não pode depender apenas da consciência da plataforma”, disse o artigo, acrescentando que as plataformas costumam estar em uma posição mais forte do que os consumidores.

A China aumentou o escrutínio de suas empresas de Internet ao consumidor nos últimos meses, aplicando multas e iniciando investigações em algumas das empresas de maior perfil.

No final do ano passado, Pequim emitiu um projeto de regras com o objetivo de prevenir o comportamento monopolista de empresas de internet. Também lançou uma investigação anti-monopólio na Alibaba Group Holding Ltd.

 

 

Fonte : reuters.com

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Brasil fica em 66º em ranking de países para abrir negócios on-line

Pesquisa avalia critérios como conectividade e bancarização da população.

O Brasil é o 66º colocado em um ranking de melhores países para abrir um negócio on-line, segundo a lista feita pela Best Accounting Software. A organização é dedicada a avaliar sistemas para pequenas empresas e usou critérios como conectividade, velocidade da internet, número proporcional de usuários de redes sociais, bancarizados e tempo necessário para se abrir uma empresa, entre outros.

Mais de 200 países foram avaliados, mas apenas 99 aparecem no ranking devido à ausência de dados em alguns lugares. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o Brasil ficou atrás de países em que o acesso à internet é controlado, como a China ou a Arábia Saudita, ou de economias bem menores, como Uruguai e Vietnã.

Todos os dez mais bem posicionados são países desenvolvidos, sendo a Dinamarca líder da lista, seguida por Suíça, Holanda e Estados Unidos. Porém, nenhum deles se destaca em todos os aspectos. Os Emirados Árabes Unidos, por exemplo, são os melhores em velocidade de internet para dispositivos móveis. Já a Nova Zelândia é a que mais se destaca em termos de bom ambiente para se começar uma startup.

“Não há um único desafio que afete a maior parte dos países. Por exemplo, aqueles com renda nacional bruta maior tendem a ter conectividade e práticas melhores para dar início a um negócio, mas os empreendedores são frequentemente confrontados com taxas corporativas altas”, explicou a pesquisadora Rebecca Moody, que coordenou o levantamento, à publicação.

Brasil com pouco acesso à internet

Ainda segundo a reportagem, ao todo, foram analisadas 20 categorias diferentes. Além das já mencionadas, os pesquisadores olharam para aspectos bastante específicos, tal qual o número de coworkings disponíveis em um país.

Para avaliá-los, os pesquisadores usaram documentos públicos de entidades como o Banco Mundial e a Tax Foundation. Cada critério recebeu então um número de 0 a 100 e cada país foi pontuado de acordo com a posição que ocupava em relação aos demais. A Dinamarca, mais bem colocada, tem 78,46 pontos. O Haiti, último no ranking, 14,93.

Moody avalia que a má posição brasileira, abaixo da média dos países na segunda metade do ranking, se dá principalmente pelo baixo acesso da população à internet e à péssima infraestrutura. No entanto, a pesquisadora destaca o potencial nacional para fomentar o surgimento de startups.

Ainda de acordo com a Folha de S. Paulo, a pesquisa menciona o crescimento do setor no ano passado e ressalta 2021 como o ano para criar um negócio on-line, sem citar a pandemia. A expectativa é de que as vendas on-line globais cheguem a US$ 6,5 trilhões até 2023, representando 22% do varejo. Hoje, não chega a 15%.

“O que podemos esperar a longo prazo sobre o verdadeiro impacto da pandemia é incerto e está para ser sentido, já que ainda estamos no meio disso tudo. Mas ter uma presença on-line tem se tornado uma prioridade para muitos negócios cujas lojas de tijolo e argamassa foram impactadas pelo lockdown”, completou Moody à publicação.

 

Fonte : ecommercebrasil.com.br

Descentralização do e-commerce potencializa a cadeia logística, explica executivo da Total Express

Durante palestra no The Future of E-Commerce, edição Logística, Eduardo Mayerhofer, Diretor Comercial & Marketing da Total Express, explicou um pouco sobre o processo de descentralização vivenciado hoje pelo varejo brasileiro. De acordo com o executivo, essa é uma tendência mundial que pode beneficiar as entregas e melhorar a experiência dos consumidores.

Ele usou como exemplo os faturamentos assustadores no e-commerce mundial para expressar o crescimento das vendas on-line e, como consequência, a evolução dos processos logísticos em que as empresas brasileiras podem se espelhar.

O mais impressionante, segundo Mayerhofer, é a eficiência com que de países como os Estados Unidos e China, que, em escala continental, conseguem entregar de maneira cada vez mais rápida e inovadora.

Por aqui, já se fala bastante em “same day delivery” (entregas no mesmo dia), mas a média de prazo de entrega no Brasil ainda é de 9 dias, o que afasta o país da experiência que é esperada pela tendência internacional.

Para o executivo, no entanto, essa realidade é uma grande oportunidade para o mercado. Isso porque percebe-se hoje uma descentralização do eixo Rio-São Paulo, que foi durante muito tempo o polo consumidor e distribuidor do e-commerce no Brasil.

Para ele, a descentralização traz diversos benefícios, dos quais ele cita a facilidade de entrega, fragmentação de coleta, capacidade de personalizar o atendimento de acordo com a região e a redução dos custos.

5 principais motivos para a descentralização de operações logísticas:

  • Proximidade dos consumidores e embarcadores locais;
  • Redução do tempo de entrega;
  • Redução de custos;
  • Fragmentação da capacidade de coleta;
  • Viabilização das operações de entrega no mesmo dia.

“Hoje já vemos os grandes varejistas brasileiros próximos aos outros polos consumidores do Brasil, principalmente no Nordeste”, ele explica.

Para as grandes empresas varejistas não é custoso descentralizar os estoques, por causa do forte giro dessas marcas. Porém, para os menores, não é tão simples assim: “é preciso inovar e pensar em alternativas”, diz Mayerhofer.

Os marketplaces, por sua vez, vêm pensando na oferta de facilidades para os lojistas das plataformas, principalmente os pequenos e médios.

“É daí que surge essa necessidade dos marketplaces em construir CDs em múltiplas localidades”, argumenta o executivo, pois isso acaba auxiliando a distribuição e a capilaridade dos lojistas das plataforma, o que, por sua vez, torna-se uma alternativa para os menores.

Ship from store

Segundo ele, a modalidade que mais cresceu entre os varejistas em 2020 foi o ship from store (a entrega vinda da loja).

Além de usar o estoque da loja para fazer a entrega do e-commerce, o ship from store ajuda na regionalização do e-commerce e também na redução de custos e desperdícios para a marca. Funciona basicamente como um hub logístico.

Um estoque menos central, porém localizado perto dos consumidores, torna-se uma vitrine virtual que agiliza o giro de produtos e ainda beneficia a receita da loja.

De acordo com Eduardo, algumas marcas conseguem aumentar em até 30% os lucros com essa estratégia.

Benefícios do ship from store:

  • Aumento da receita;
  • Regionalização;
  • Otimização;
  • Menor desperdício;
  • Minimização de riscos.

F2C

Ligar a indústria ao consumidor final também é uma alternativa viável em alguns casos: na China e nos EUA, esse tipo de estratégia já vem se mostrando muito lucrativa. Conhecida como F2C (Factory to consumer), nela são eliminadas as etapas intermediárias entre indústria e consumidor final (como a distribuição e as redes varejistas), permitindo a venda por um preço mais baixo e aproveitando os estoques e malha de distribuição da própria fábrica.

Dark stores

O conceito de dark stores (algo como “lojas escuras”, em Português) se tornou muito popular em 2020 em decorrência do fechamento das lojas durante os primeiros meses da pandemia.

Não é propriamente o estoque da loja física, pois estes espaços não estão abertos ao consumidor do estabelecimento, mas servem como pequenos espaços mais próximos dos polos consumidores para entrega exclusiva do e-commerce. Muitas vezes aproveitando a estrutura física de estabelecimentos da marca já existentes.

Porém, com tantas alternativas de entrega, por que os prazos não diminuem?

Segundo o executivo, a redução dos voos e a dependência do mercado aéreo prejudicou muitas entregas em escala global e regional também, o que aumentou os prazos em 2020.

Ele espera que com a lenta retomada das atividades em 2021, haja uma mudança de prazos novamente. “Nós, consumidores, somos quem determinamos quais são as necessidades de produção da indústria ou não”, ele explica.

Para ele, o mercado logístico já está mudando. As empresas estão cada vez mais preocupadas em atender de maneira flexível as empresas médias e pequenas, tirando um pouco a dependência dos lojistas das grandes (e caras) transportadoras tradicionais que não se adaptaram.

Pudos

Nova modalidade de entrega, ainda sem tradução, que serve como ponto de transferência secundária, como uma lavanderia ou loja de outra categoria. Trata-se de pontos de “pick up ou drop off”, que funcionam como pontos de retirada e despache de mercadorias.

  • Beneficiam os consumidores que moram em locais de difícil acesso fora da área de cobertura das transportadoras;
  • Beneficia as lojas que não tem uma vazão grande e precisam de soluções logísticas para pequenas quantidades;
  • E beneficia também as transportadoras, que conseguem atender mais lojas e consumidores, dando vazão às demandas que antes ficavam represadas pela dificuldade de entrega.

O The Future Of E-Commerce – Logística 2021 abre o calendário de eventos do E-Commerce Brasil em 2021. Todas as palestras serão disponibilizadas no canal do ECBR no YouTube nos próximos dias.

Fonte : ecommercebrasil.com.br

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E-commerce global pode movimentar US$ 3,4 tri em 2025

E-commerce global pode movimentar US$ 3,4 trilhões em 2025

A pandemia de Covid-19 acelerou a mudança das lojas físicas para virtuais. Esse boom de vendas on-line causou um aumento expressivo no número de usuários e na receita. De acordo com os dados apresentados pela consultoria italiana Finaria.it, o número de usuários de comércio eletrônico aumentou 9,5% na comparação anual em meio ao surto de coronavírus e atingiu mais de 3,4 bilhões em 2020. A tendência de aumento deve continuar este ano, com o número crescendo 10%, para 3,8 bilhões.

Esse novo contingente de compradores on-line se refletiu no aumento de receita: o incremento foi de 25%, para US$ 2,43 trilhões em 2020. Muitas plataformas de varejo testemunharam um aumento de tráfego sem precedentes no ano passado, ultrapassando até mesmo os picos das temporadas de férias. As estatísticas mostram que as receitas globais de comércio eletrônico devem chegar a mais de US$ 2,7 trilhões em 2021 e continuar subindo para US$ 3,4 trilhões em 2025.

O setor de moda é o mais representativo nas compras on-line, com expectativa de gerar US$ 759,5 bilhões de receita em 2021, um aumento de 15%. Nos próximos quatro anos, as vendas on-line de vestuário e acessórios devem atingir a marca de US$ 1 trilhão. Com US$ 590,7 bilhões de receita prevista para este ano – ou 12% de incremento – a categoria de brinquedos e hobbies foi classificada como a segunda maior no universo on-line. Espera-se que esse número chegue a US$ 766,8 bilhões em 2025. O levantamento também mostrou que as duas categorias devem gerar um terço das receitas globais de comércio eletrônico este ano.

Fonte : forbes.com.br

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Vendas on-line de acessórios pessoais alcançaram US$ 15 bilhões em 2020

A pandemia acelerou a adoção do comércio digital, mas a aceitação varia com a faixa etária. Os consumidores, especialmente os grupos mais jovens, são indiferentes à escolha entre atividades físicas ou virtuais, pois eles já não distinguem uma da outra. Em 2020, as vendas on-line globais de acessórios pessoais chegaram a US$ 15,8 bilhões.

Segundo dados do relatório Euromonitor International Digital Consumer Survey, divulgado nesta semana, os consumidores mais jovens preferem as interações digitais, enquanto 68% dos consumidores maiores de 60 anos preferem falar com representantes humanos. Os dados foram coletados entre março e abril de 2020.

Dados do levantamento mostram que os consumidores recorreram aos dispositivos com conexão à internet para manter suas rotinas em meio aos lockdowns que marcaram a pandemia de Covid-19. Usando tecnologias como videoconferência, aparelhos inteligentes, realidade aumentada (RA) e realidade virtual (RV), os consumidores criaram novos hábitos de trabalho, estudo, prática de exercícios, compras e socialização.

De acordo com o relatório, estas ferramentas digitais viabilizaram a Realidade Figital, que mantém os consumidores conectados virtualmente ao mundo exterior apesar da distância física. 87% dos consumidores possuem um smartphone, e estes aparelhos facilitam a adoção de protocolos mais seguros nos espaços físicos.

Outras formas de interação on-line

Os negócios físicos e tradicionais também evoluirão. As empresas dos setores de alimentação e varejo também estão repensando suas lojas físicas, aproveitando os espaços para atendimento de pedidos on-line ou retirada no local.

As empresas estão oferecendo novos produtos via delivery, bem como serviços virtuais que replicam experiências do mundo exterior.

Diante da relutância dos consumidores em visitar lojas lotadas e interagir com humanos, os supermercados se adaptaram rapidamente, oferecendo serviços de pedidos on-line e até entregas por robôs. Segundo o relatório, 44% dos consumidores receberiam tranquilamente uma entrega realizada por um drone ou robô.

A sociedade já estava adotando métodos de pagamento sem dinheiro em espécie ou cartões tradicionais, e a pandemia acelerou esta transição. 20% dos consumidores usam métodos de pagamento via celular diariamente, de acordo com a Euromonitor.

Se quiser baixar o relatório completo, acesse a página da Euromonitor International.

Fonte : ecommercebrasil.com.br

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Amazon aumentará taxas para usuários espanhóis após imposto digital

A Amazon aumentará as taxas para empresas espanholas que usam sua plataforma em 3% a partir de abril, depois que o governo implantou o imposto digital, conforme documento da empresa visto pela Reuters.

Um porta-voz da Amazon confirmou que o chamado imposto do Google, que a Espanha começou a cobrar sobre as receitas de grandes empresas digitais a partir de 21 de janeiro, afetaria os usuários de seus serviços.

Países ao redor do mundo estão examinando maneiras de tributar as empresas globais de tecnologia sobre as receitas geradas em suas economias, na ausência de um acordo mais amplo sobre como lidar com seu papel crescente nos negócios e comércio.

O porta-voz acrescentou que a Amazon defende uma abordagem global, em vez de impostos aplicados por países individuais.

O documento da Amazon confirma uma reportagem anterior da mídia on-line espanhola El Confidencial.

A Amazon anunciou um movimento semelhante na França depois que o governo local também aprovou um “imposto Google”.

 

Fonte : ecommercebrasil.com.br

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Expansão do comércio eletrônico movimenta mercado de galpões

A expansão do e-commerce e a busca por mais agilidade na ponta da entrega (last mile) revitalizou o segmento de espaços logísticos na cidade e seus arredores. A Fecomercio SP estimou que as vendas on-line representaram 5% da receita do varejo só entre julho e agosto de 2020. O desempenho acelerou a demanda por galpões para centros de distribuição (CDs) e investimentos em espaços alternativos.

Em um raio de 35 km da capital, o espaço disponível para galpões logísticos passou de 198 mil m2 em 2018 para 400 mil m2 em 2020, com novos espaços construídos representando 111 mil m2 em 2018 e 233 m2 em 2020, segundo dados da Jones Lang LaSalle (JLL).

De um lado, estão os grandes condomínios e CDs em raio de até 30 km da cidade, com destaque para Guarulhos e Cajamar, com novas instalações para Mercado Livre e Amazon, que tem quatro CDs na área. O mais recente, inaugurado em setembro, com mais de 100 mil m2 é o maior da marca no Brasil, diz Marcelo Giugliano, diretor de varejo da Amazon. No Estado de São Paulo, o estoque de empreendimentos de alto padrão alcançou 8 milhões de m2 e a vacância caiu de 18% para 13% entre janeiro e dezembro. “É o melhor ano desde 2011”, diz Giancarlo Nicastro, da SiiLa Brasil, especialista no monitoramento do setor.

Do outro lado, cresce a oferta de espaços urbanos para estoques menores e entregas ligeiras, desde galpões antes fabris até mini-hubs em lojas, estacionamentos de shopping centers e de torres de escritórios vazias, além de armários para retirada dos produtos pelo consumidor (lockers) em estações de ônibus ou metrô.

Até espaços de escritórios e hotéis já compuseram ofertas para ocupação logística. “A vacância do segmento na cidade é de 3%”, estima Ricardo Hirata, gerente de locação industrial da JLL. Segundo ele, o mercado seguirá híbrido, com espaços em raio de 10 minutos do consumidor e 35 km ao redor da cidade.

Segundo Simone Santos, CEO da SDS, imobiliária de imóveis logísticos industriais, que registrou 30% de crescimento com locação de galpões em 2020 sobre 2019, pequenos espaços urbanos serão transformados em condomínios logísticos e alguns já têm locatários como Mercado Livre e a operadora LOG. Em Itaquera, a operadora Goodman já adquiriu terreno e em Osasco foi a vez da Bresco, que tem cerca de 160 mil m2 de ABL na região metropolitana e deve chegar a 300 mil m2 com novos projetos, diz o gerente de desenvolvimento de negócios Danilo Biajoli. Os espaços disponíveis são disputados com os setores residencial e varejo. A SDS tem dois contratos em fase de diligência e vê interesse no Butantã, na zona leste e na região central da cidade.

Um dos destaques em 2020 foi a compra da ex-fábrica da Ford, em São Bernardo do Campo, pela construtora São José, capitaneada por Mauro Silvestrini, em conjunto com a Fram Capital e apoio do Credit Suisse e do BTG. Por R$ 560 milhões, o grupo levou 460 mil m2 de área locável (ABL) a 12 km da praça da Sé e com linha de transmissão de energia dedicada.

A ideia é construir 13 galpões para uso múltiplo, ocupados por montadoras de automóveis, fornecedores do ramo, datacenters e empresas de comércio eletrônico com grandes CDs ou módulos de alto valor agregado, informa Carlos Carbone, consultor imobiliário da Fram Capital, que tem mais 60 mil m2 de galpões em Guarulhos e 90 mil m2 em Extrema (MG).

O interesse na última milha reforça investimentos. O Mercado Livre investiu na startup Kangu, que habilita pequenos comércios interessados em operar como mini-hubs para e-commerce. O Magazine Luiza comprou a plataforma GFL, com serviços como entrega no mesmo dia e coleta de produtos nas lojas ou depósitos dos vendedores de seu marketplace.
A B2W iniciou 2020 com 17 CDs e acrescentou mais cinco ao portfólio, cobrindo 12 Estados e desafogando os centros localizados em São Paulo. Em hubs urbanos investe desde 2014 com a compra da Direct. Hoje são cerca de 200 no país, 22 deles em São Paulo. Lojas Americanas e de parceiros somam 5 mil mini-hubs no país.

Em dois anos, o investimento em redução de prazos de entrega, aumento de frequência de compras e programa Frete Mais para frete gratuito alcançará R$ 5 bilhões. Em 2020 a B2W comprou a Supermercado Now e criou o aplicativo de entrega Ame Flash, que agrega interessados em entregas, inclusive a pé. “Hoje toda a entrega é feita pela própria operação”, diz o diretor da B2W Digital Raoni Lapagesse.

A separação de item caiu de 20 para cinco horas em sete CDs automatizados. No último trimestre de 2020, mais de 70% das entregas na cidade foram feitas em 24 horas e, em novembro, foram 144 mil entregas em menos de 3 horas.

O ano acabou com 81 lockers para retirada em estações de metrô e postos de gasolina, 19 deles em São Paulo.

 

Fonte : newtrade.com.br

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Acelerada pela pandemia, revolução do e-commerce enfim chega à Índia e América Latina

Daqui a alguns anos, quando o impacto da pandemia sobre o setor empresarial tiver sido analisado, é provável que o aspecto mais lucrativo seja como a Covid-19 empurrou enormes mercados para a nova era do comércio eletrônico.

Em muitos países, as compras on-line não avançavam devido à infraestrutura deficiente e à relutância ou impossibilidade de uso de bancos e meios eletrônicos de pagamento. Em muitos lugares, o crescimento estava paralisado, mas o tumulto trazido pelo coronavírus forçou mudanças rápidas.

No México, menos da metade dos adultos tem conta bancária e menos de 5% das vendas no varejo eram realizadas pela internet antes da pandemia, o equivalente a um terço da média global. A falta de acesso ao sistema bancário e a falta de confiança no sistema financeiro deixaram o país de fora da disparada do comércio on-line observada nos EUA, Europa e China.

Mas quando as lojas foram fechadas para conter o contágio pela Covid-19, milhões de mexicanos começaram a comprar pela internet. As empresas locais foram rápidas no gatilho e avançaram o ecossistema on-line em anos, gerando um salto de 54% nas vendas pela web.

Turbulência semelhante sacudiu outras grandes economias, como Índia, Rússia e Brasil, que demoraram a abraçar o e-commerce.

A Covid acelerou a migração no mundo todo, mas o movimento tem potencial para ser mais lucrativo em países onde boa parte da população está comprando on-line pela primeira vez. Na Índia, o e-commerce representou apenas 6,5% do mercado no ano passado, menos de um quarto da parcela observada na China.

Alguns desses mercados são mais fragmentados e disponíveis porque há menos empresas dominantes. As varejistas nesses locais estão correndo atrás de líderes globais, criando sistemas de pagamento mais seguros, expandindo redes de distribuição para agilizar as entregas e ampliando o atendimento aos clientes em plataformas como Facebook e WhatsApp.

O MercadoLivre, maior e-commerce de varejo da América Latina, chegou a usar aviões próprios para reduzir o tempo de envio de remessas.

No Brasil, as vendas on-line aumentaram 66% em 2020, mais que o dobro da taxa de crescimento nos EUA, de acordo com a Euromonitor. Companhias tradicionais, como Via Varejo e Magazine Luiza, estão usando plataformas de mensagens como WhatsApp para oferecer promoções e finalizar transações, segundo pesquisa do Goldman Sachs. As redes varejistas também estão testando transmissões ao vivo para vender produtos e começando a enviar encomendas a partir das lojas, o que já é prática comum em outros mercados.

A Índia é ainda mais atraente, com mais de 1 bilhão de habitantes e o terceiro maior mercado de varejo do mundo, atrás apenas dos EUA e da China. Porém os obstáculos são maiores. Apenas metade das residências está conectada à internet. Segundo o Goldman, a projeção é que o mercado on-line do país triplique até 2024, movimentando cerca de US$ 100 bilhões. O impulso viria dos pedidos a supermercados e das iniciativas da Reliant Industries, a maior companhia da Índia, nas áreas de tecnologia e comércio eletrônico.

No mundo todo, a expansão do comércio eletrônico também pode reduzir as margens de lucro porque varejistas precisam gastar mais com frete e redes de distribuição. E os compradores fazem menos compras por impulso na internet do que nas lojas, o que significa algumas vendas perdidas.

Mas com a Covid ainda avançando, as empresas não podem deixar de aderir à onda on-line que colabora para os lucros históricos do setor.

“O crescimento do nosso negócio no México tem sido notável”, disse o diretor financeiro do MercadoLivre, Pedro Arnt, durante a teleconferência de discussão dos resultados, em novembro. E há “grande oportunidade ainda por vir”.

 

Fonte : 6minutos.uol.com.br

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As 6 grandes tendências do e-commerce brasileiro para 2021

Depois de um ano em que vimos um crescimento histórico, o que vem por aí neste 2021?

Para o bem ou para o mal, os últimos 12 meses foram inesquecíveis. A pandemia acelerou a digitalização do varejo de uma forma que seria impossível imaginar: no primeiro semestre de 2020, o e-commerce teve o maior crescimento dos últimos 20 anos, avançando 47%. As empresas precisaram investir em canais digitais para poder continuar em contato com os clientes. Quem tinha um e-commerce atualizou seus sistemas, quem estava off-line correu para abrir um site ou entrar em um marketplace. O WhatsApp se tornou estratégico e as lojas físicas ganharam a função de hub de distribuição.

E o crescimento do e-commerce continuou acelerado no segundo semestre. Uma boa referência é a Black Friday, em que as vendas cresceram 32% na comparação anual, considerando somente a sexta-feira. Em todo o mês de novembro, a expansão foi de 70%. O varejo foi de vez para o on-line, incluindo segmentos como materiais de construção e supermercados, e o consumidor gostou.

Como resultado, o varejo brasileiro nunca mais será o mesmo.

O novo ano começa com a expectativa de tempos melhores, mas ainda com a promessa de turbulências. O fim do apoio emergencial e indefinições a respeito de um cronograma de vacinação (ou mesmo de quais vacinas estarão disponíveis) criam mais tensão, mas todos nós estamos imersos nesse ambiente e vamos precisar lidar com ele. A diferença estará em quem conseguir identificar os caminhos para estar mais próximo dos clientes e digitalizar ainda mais seus negócios.

Por isso, neste 2021 todo varejista deveria estar atento aos seguintes pontos, que farão a diferença entre ser líder e ficar para trás:

1) Integração on-line e off-line

O fechamento das lojas físicas de todo o varejo considerado não essencial (responsável por cerca de dois terços das vendas do setor) teve um efeito benéfico inesperado. Com as lojas fechadas ao público, ficou claro que o PDV poderia – e deveria – ser mais que um lugar para a venda de produtos. No melhor exemplo de “se Maomé não vem à montanha, a montanha vai a Maomé”, a loja passa a estar à disposição do cliente de todas as formas possíveis.

Os varejistas perceberam que suas lojas físicas poderiam funcionar como hubs avançados de distribuição para atender os pedidos on-line dos clientes da vizinhança. Dessa forma, conseguem reduzir significativamente os custos logísticos e os prazos de entrega e ganhar competitividade. O ship from store ganhou um enorme impulso ao longo de 2020: dados da Linx Digital mostram que, na Black Friday, essa modalidade teve um aumento de 142% no número de pedidos e representou 63% de todos os pedidos omnichannel.

Em 2021, mais varejistas irão adotar a entrega a partir das lojas físicas, estimulando a modernização dos sistemas e acelerando a implementação de sistemas OMS. Ao mesmo tempo, o “clique e retire”, a forma mais conhecida de omnichannel, voltará a ganhar força com a vacinação e o aumento do fluxo de clientes nas lojas.

2) Siga as letras: ESG

Os cuidados com práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) ganharam espaço durante a pandemia e, neste ano, serão um fator cada vez mais importante na escolha das marcas e na fidelização dos clientes. Empresas com um posicionamento ESG relevante terão uma melhor imagem e tenderão a crescer mais rápido – desde, é claro, que as ações ESG sejam reais.

Isso é muito positivo para o e-commerce, que pode se beneficiar de várias maneiras: usando embalagens recicláveis ou retornáveis; comunicando melhor suas ações de redução da “pegada de carbono” ou para ajudar comunidades carentes; e se envolvendo em causas sociais e/ou ambientais. Empresas que são referência em ESG mostram aos clientes que têm um propósito mais nobre que a venda de produtos. E isso traz resultados financeiros.

3) Inteligência Artificial que funciona

Inteligência Artificial (IA) foi uma das expressões mais presentes nas conversas, em eventos e nos materiais de marketing. Fornecedores dizem que seus sistemas se baseiam em IA, empresas dizem que usam a tecnologia para conhecer melhor seus clientes, e assim se conquista uma imagem de modernidade. Mas é preciso ir muito além disso.

A IA oferece benefícios reais em qualquer atividade que dependa da coleta e da análise de dados para melhorar o relacionamento com os clientes. Neste ano, mais e mais aplicações de tecnologia terão IA embutida. A chave para o sucesso é entregar valor real ao cliente. A IA que funciona é aquela que antecipa demandas dos consumidores para solucionar problemas do varejo e da indústria, como ruptura, planejamento de demanda e personalização de promoções e ações de comunicação.

4) Live streaming

No meio da pandemia, o varejo descobriu o live streaming como uma forma de levar calor humano para as transações on-line. Uma maneira de tornar o e-commerce mais “com cara de loja física”. Em um primeiro momento, com um jeito bem vintage: apresentar ofertas em vídeo e estimular o cliente a acessar um outro canal para fechar a transação é uma forma de descrever os canais 1406 dos anos 90 (em que o cliente ligava para um número de telefone para fazer o pedido).

O exemplo da China aponta o caminho para o que será o live streaming neste 2021: comprar diretamente do vídeo, sem sair da transmissão e sem direcionar o cliente para outro canal de relacionamento. A integração dos mecanismos de compra às transmissões oferece uma experiência mais imersiva.

Não é à toa que o Interactive Advertising Bureau estima que as vendas geradas pelo live streaming alcancem US$ 120 bilhões em todo o mundo neste ano. Os consumidores querem sentir uma conexão com as marcas, não querem somente comprar produtos. O live streaming consegue oferecer essa conexão, mantendo a segurança do isolamento social. É de se esperar que, passada a crise, os consumidores voltem às lojas, mas o live streaming continue sendo uma força importante para o relacionamento com as marcas.

5) Social commerce, finalmente!

Há anos as vendas pelas redes sociais são uma tendência indicada como “agora vai”. Com a pandemia, mais pessoas passaram a interagir on-line com suas marcas preferidas, encurtando o caminho para as compras on-line. Como Instagram, Facebook e TikTok são sinônimo de internet para boa parte dos seus usuários, as experiências de compra nas redes sociais estão se sofisticando. Projeções indicam um crescimento da ordem de 30% nas vendas globais via social commerce nos próximos cinco anos. Mais poder para as big tech, mais desafios para as marcas de varejo.

6) Uma nova logística

A logística é um aspecto estratégico do e-commerce, já que a velocidade de entrega dos produtos é um enorme fator de diferenciação e um dos principais elementos decisivos de compra, ao lado do valor do frete. Novas soluções de entrega diminuem o prazo e reduzem o custo do delivery de produtos, o que torna o e-commerce ainda mais interessante para os clientes e alavanca vendas.

Além do ship from store, que transforma as lojas físicas em hubs logísticos, outro movimento importante dos varejistas on-line é a busca por novas modalidades de entrega. Os marketplaces estão reforçando suas estruturas de entrega, com investimentos em Centros de Distribuição, carros elétricos, aviões e drones. Startups dedicadas à logística de última milha aumentam as possibilidades do uso de lockers e parceiros de coleta e retirada de entregas. O varejo precisa levar em conta essas novas realidades e desenvolver um mix de entregas que alie velocidade e custos baixos. Essa será uma equação vencedora no e-commerce de 2021.

 

Fonte : ecommercebrasil.com.br

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Adequação do E-commerce à LGPD

A LGPD impôs, às pessoas jurídicas e físicas que realizam, em território nacional, operações de tratamento de dados pessoais para fins comerciais, a necessidade de adequação aos seus preceitos.

Com o E-Commerce não foi diferente! Os dados são a base para suas estratégias comerciais e empresariais, sendo imprescindível que esteja em conformidade, para continuar no mercado de forma competitiva, trazendo maior transparência e segurança tanto à empresa quanto ao consumidor.

Desde setembro de 2020, com a entrada em vigor da LGPD, passou a ser inadmissível a operação de tratamento de dados de forma indiscriminada. Sendo que todo tratamento de dado deve ter uma finalidade específica e sua respectiva autorização.

Conceitos Básicos Da Legislação

A princípio, para maior elucidação, convém evidenciar de forma simples, alguns conceitos importantes trazidos pela lei.

DADO PESSOAL- é toda informação relacionada a pessoa natural que a identifique ou possa, de alguma forma, identificá-la.

TRATAMENTO – toda forma de operação realizada com dado pessoal, tais como: coleta, transferência, armazenamento, arquivo, descarte, dentre outros.

CONSENTIMENTO – é a autorização concedida pelo titular de dados para o tratamento dos seus dados.

ENCARREGADO – profissional contratado para atuar dentro da empresa como um canal de comunicação entre o controlador, o titular de dados e a Agência Nacional de Proteção de Dados.

O que muda para o E-Commerce?

A forma de coleta e uso dos dados dos seus clientes, sendo imprescindível que o E-Commerce siga as novas regras impostas pela legislação, devendo tratar apenas dados essenciais ao exercício de suas atividades, mediante autorização do titular de dados e indicação da finalidade a que se destina aquele tratamento.

A consciência que deve prevalecer é de que o dado pertence ao titular e não ao E-commerce e, portanto, deve ser tratado dentro das diretrizes da lei e nos limites da autorização. Pondo fim, com isso, à coleta de dados de forma indiscriminada, em formulários padronizados, com consentimentos gerais e obrigatórios, como de costume até então.

Exemplo típico e recorrente é a imposição ao cliente da informação de determinado dado para que então, tenha acesso à determinado benefício ou promoção. Ou ainda, um e-commerce que comercializa produtos de beleza exigir em seu formulário de cadastro que o consumidor informe seu estado civil, sua religião, etc.

Se o dado não é essencial para o uso do produto ou acesso ao serviço, é vedada a obrigatoriedade de sua informação.

Toda forma de tratamento de dados deve ser transparente. O consentimento do titular, além de ser expresso deve ser claro, de modo que o titular compreenda as necessidade e finalidade do tratamento e tenha autonomia para consentir ou não.

Como se adequar às novas regras?

Primeiramente é altamente recomendado que o E-commerce, através de um profissional qualificado, crie um projeto de implementação da LGPD, em sua empresa. Após a análise de todo o processo de tramitação de dados dentro daquela empresa, desde a sua entrada até a sua eliminação, serão criadas políticas e processos para que tudo ocorra nos termos da lei de modo a reduzir os riscos ao titular e à empesa.

Criado o projeto de implementação, vários processos serão executados, sendo primordial a criação ou adequação, se já existente, dos termos de uso e política de privacidade de dados da empresa de modo que estejam em conformidade, dando total transparência ao seu negócio e deixando claro a forma como trata os dados coletados.

Não basta simplesmente, ao final do texto, inserir uma caixa de seleção com os termos Li e Aceito, devendo sim, de forma clara e expressa viabilizar a possibilidade de o cliente analisar e escolher cada item para o qual deseja emitir o seu consentimento.

Recomenda-se que a autorização para tratamento de dados pessoais esteja destacada das demais cláusulas contratuais ou até mesmo a criação de um contrato próprio para tanto.

Criar pop-ups de consentimento é uma alternativa interessante para o E-Commerce.

É indicado o pedido de autorização para envio de mensagens por whatsapp, email ou outros meios de comunicação, dando a possibilidade de escolha ao cliente se deseja ser contatado e por qual meio, bem como sempre lhe permitir o cancelamento do consentimento.

Outro ponto importante, é a política de uso de cookies, sendo que o uso dessa ferramenta e seu modo de funcionamento devem ser indicados de forma clara, possibilitando ao cliente a permissão individualizada para cada um de seus campos, ficando vedada a obrigatoriedade do amplo e geral consentimento para acesso ao site.

Aconselha-se às empresas de comércio eletrônico a implantação de um canal de comunicação com o cliente, uma vez que com a LGPD, o titular de dados passa a ter direitos de exigir que a empresa lhe esclareça quais dados mantém em seus cadastros, de que forma estão sendo armazenados, como foram coletados, bem exigir sua exclusão. Por isso, é altamente recomendável que a empresa, além do canal e da equipe especializada e apta para atendar às exigências e dentro do prazo legal, contrate um profissional especializado em proteção de dados, denominado pela lei como encarregado de dados (DPO), a fim de garantir o atendimento à lei e ao projeto de implementação.

As empresas precisam estar atentas ao fato de que o consentimento tem uma finalidade específica, assim como o tempo de armazenamento e toda e qualquer alteração à estas questões devem ter novo consentimento.

Relevante também, é a transferência dos dados à terceiros, sua possibilidade deve estar prevista expressamente nos termos de uso e política de privacidade, sendo que qualquer transferência somente poderá ocorrer após ciência e consentimento do titular.

Por bem frisar que o consentimento é uma das bases legais para o tratamento de dados, mas não é a única, sendo que a empresa pode coletar os dados para cumprimentos de obrigação legal ou regulatória, bem como para execução de contratos, dentre outros.

O que acontece se o E-commerce não se adequar à LGPD?

O descumprimento às regras estabelecidas por esta legislação pode trazer sérias consequências à empresa que vão desde o pagamento de multa, que pode chegar até 2% de seu faturamento, até a suspensão do direito ao uso do banco de dados, ou seja, o impedimento ao uso das informações coletadas, o que pode ser fatal à saúde de uma empresa de comércio eletrônico. Prevendo ainda a necessidade de emissão de nota pública, por parte da empresa, para justificar as razões do vazamento, extensão dos danos e medidas adotadas para sanar as consequências, ou seja, uma péssima consequência a imagem empresarial.

 

 

Dayani Cardoso

Advogada proprietária do escritório Dayani Cardoso Advocacia, Compliance Officer em LGPD e DPO as a Service, Pós graduanda em Direito Digital, Membro da ANPPD®,  ANADD® e Mulheres da LGPD®. Consultora especialista em Direito Médico e da Saúde. Mediadora Judicial – CNJ.

 

Fonte : jeonline.com.br

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