Mercado chinês de social commerce deve atingir US$ 474.81 bi em 2023

Uma das principais plataformas para a estratégia de social commerce acontece no superapp WeChat.

As vendas on-line cresceram no mundo todo durante a pandemia. Nesse cenário, uma modalidade que ganhou espaço foi o social commerce: estratégia que utiliza as redes sociais para promover produtos, serviços e interagir de uma forma mais próxima com o consumidor.

A China é onde o modelo mais se destaca – e deve movimentar US$ 474.81 bi em 2023 no país. Isso ocorre porque os players das mídias sociais chinesas são bastante desenvolvidos em termos de tecnologia e eficiência. Ainda que as redes ocidentais sejam proibidas por lá, essa mistura entre o e-commerce e as mídias sociais locais garante a base para um mercado multibilionário.

Em 2020, o mercado chinês de varejo social commerce fechou em US$ 242.41 bilhões.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

WeChat como estratégia de vendas no e-commerce

A pesquisa Inside Retailtechs Report 3, do Distrito, destaca que um dos aplicativos chineses mais usados na China é o WeChat. O superapp atualmente possui mais de 1,2 bilhões de usuários mensais ativos e disponibiliza em uma única plataforma uma infinidade de recursos, como a função de conversas, compra de centenas de produtos e transferência de dinheiro. Também é possível fazer pedidos por delivery, chamar um táxi e reservar quartos em hotéis.

Para que as vendas on-line aconteçam, o aplicativo tem alguns programas que possibilitam o acesso a marcas e marketplace parceiros, o que gera tráfego ao e-commerce.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

O estudo do Distrito destaca que a Tencent (controladora do WeChat) anunciou, no relatório anual, que o valor total gerado por esses programas em 2019 ultrapassou os US$ 115 bilhões.

O mercado americano e projeções para o Brasil

A amostragem de dados do Distrito releva que o mercado chinês de social commerce representa cerca de 10x do mercado americano. Apesar das redes sociais estadunidenses terem forte apelo com os usuários, o número mostra que a mistura entre as mídias sociais e o e-commerce é menos desenvolvida no Ocidente.

Embora o mercado seja menor por aqui, a tendência do social commerce tem chegado às redes sociais mais conhecidas. O Instagram checkout, lançado em março de 2019, é um exemplo: faz com que a projeção do mercado aumente.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

O report do Distrito aponta que 18,3% dos usuários estadunidenses fizeram uma compra pelo Facebook nos últimos anos. No Instagram, a porcentagem cai para 11,11%. Por fim, os usuários que compraram pelo Pinterest somam 2,9%.

Para o Brasil, o destaque está principalmente no TikTok, onde o país representa o 3º maior mercado. Apesar de não estar tão avançado no quesito social commerce, 58% dos usuários brasileiros ficam mais interessados em um produto ao vê-lo no stories do Instagram e 88% dos usuários que salvaram um item no Pinterest acabaram o comprando posteriormente.

Startups mais influentes em social commerce

As referências de soluções de startups para o social commerce estão principalmente nos três maiores mercados do setor: China, Estados Unidos e Índia. A ação das empresas está focada em especial nas plataformas para compras em comunidade e revenda, como funciona no WeChat. São destaques as empresas Pinduoduo, Meesho e Poshmark.

Imagem: Inside Retailtechs Report | Distrito

Além das plataformas, as startups também atuam com soluções que oferecem infraestrutura para marcas e varejistas venderem nas redes, com destaque para chat commerce, como acontece na empresa malaia Alavana.

E-commerce terá economia de 40% nos envios com DANFE simplificado

A Secretaria da Fazenda colocou em vigor a nova norma técnica para geração do Danfe Simplificado, que permite a utilização de uma etiqueta tecnológica. A nova etiqueta deve apresentar a nomenclatura “Danfe Simplificado”, a chave de acesso para NFe no canto superior direito horizontal ou vertical, código de barras da Danfe, protocolo de autorização, dados do emitente e dados do destinatário. Este benefício é aplicado para e-commerce focado no consumidor final.

A impressão da nova etiqueta substitui o antigo formato exigido de documento impresso em A4 e colocado em um envelope plástico canguru, gerando uma diminuição expressiva nos custos de envio de até 40%. A TR Service, empresa do Grupo Tecnoset, especialista na produção de materiais e equipamentos para a produção das novas etiquetas, é referência na impressão por impressoras térmicas, formato que agiliza a fixação dos documentos na base dos transportes e reduz a mão de obra.

Esta é mais uma oferta que antecipa as tendências digitais e acompanha o crescimento do e-commerce, garantindo a produtividade, pois com a etiqueta há redução no tempo de preparo das embalagens e agilidade do processo logístico.

De acordo com um levantamento feito pela Orion Commerce Consulting a pedido da TR Service, o Danfe em etiqueta reduziria em R$ 161 milhões de custo das operações logísticas, se tivesse sido aplicado em todo ano de 2020, baseado nos volumes de pedidos on-line registrados no período.

A mesma análise aponta ainda que seriam ganhos 30 segundos de produtividade na confecção de cada embalagem, economia de R$ 12 milhões em salários no processo de manuseio (o que representa 16% do total) e 148 milhões de embalagens plásticas deixariam de ser depositadas na natureza.

 

“Essa mudança chega em um momento muito oportuno, em meio a um crescimento expressivo nas vendas pela internet, e oferece uma oportunidade de redução de custos significativa para as empresas do segmento. Nós, como TR Service parte do Grupo Tecnoset, o qual oferece tecnologia one-stop-shop para várias verticais, trabalhamos com tecnologias de última geração. Para acompanhar o avanço do mercado, estamos ampliando em 70% a nossa capacidade de produção em uma nova fábrica.” – André Pimentel, sócio-diretor executivo da TR Service.

“Ao observar a rápida mudança de comportamento do consumidor, as empresas de e-commerce passam a ter a necessidade de fornecedores capazes de atender ao aumento expressivo de demandas de acordo com a sazonalidade, como a Black Friday, com custos competitivos e fornecimento ininterrupto de tecnologia de ponta e alinhamento às tendências.” – Juliano Martins, diretor de marketing do Grupo Tecnoset.

Para 2021, o aumento previsto de vendas via e-commerce é de 26%. Com o uso do Danfe em etiqueta, a economia estimada é de mais de R$ 200 milhões.

China é o primeiro país onde o varejo on-line supera o varejo físico

A China se tornará o primeiro país do mundo com vendas de comércio eletrônico ultrapassando as vendas em lojas físicas, segundo estudo da empresa de pesquisa de mercado, eMarketer, que analisou dados quantitativos e qualitativos de empresas de pesquisa, agências governamentais, empresas de mídia e empresas públicas, e também entrevistou altos executivos de editoras, compradores de anúncios e agências. O varejo on-line deve representar 52,1% de todas as vendas no varejo (em valor) este ano.

De acordo com a eMarketer, as vendas on-line chinesas devem acelerar acentuadamente dos 44,8% do total alcançado em 2020. Atingir esse marco de acima de 50% está fora do alcance de qualquer outro país no momento. O segundo colocado, a Coreia do Sul, deve atingir apenas 28,9% neste ano e 31,6% no próximo. O Reino Unido vem em terceiro lugar, com um varejo on-line que deve representar 28,3% do total neste ano e 28,5% em 2022.

O restante do top 10 são países onde as vendas on-line representam ou representarão entre 10% e 20% do total neste ano e no próximo. Em ordem decrescente, os países são: Dinamarca, Noruega, Estados Unidos, Finlândia, Suécia, França e Espanha. Apesar dos Estados Unidos estarem um pouco à frente da China em termos vendas globais de varejo (5,506 trilhões de dólares em 2021, em comparação com 5,130 trilhões em 2020), a China irá ultrapassar em quase 2 trilhões de dólares em comércio eletrônico este ano.

PRINCIPAIS IMPULSIONADORES

Então, o que estaria impulsionando o boom do varejo on-line na China? Afinal, este é um país que conseguiu reabrir seu varejo físico antes de muitos outros países devido ao seu sucesso na contenção da pandemia. Isso significa que não era esperado que o varejo on-line acelerasse tanto.

Segundo a eMarketer há vários fatores por trás do boom. Um é o comércio social. A estimativa é que ele tenha crescido 44,1% na China no ano passado e cresça mais 35,5% neste ano, atingindo 363,26 bilhões de dólares. Nos Estados Unidos, o comércio social deve alcançar apenas 36,09 bilhões de dólares este ano.

Os “Mini Programs” do WeChat se tornaram “onipresentes”, uma vez que o aplicativo da Tencent está na China há quase uma década. Mas foi “apenas recentemente que sua interface começou a facilitar o comércio eletrônico de terceiros”, de acordo com o eMarketer. “Os ‘Mini Programs’ permitem que as empresas aproveitem melhor a base de usuários do WeChat e provaram ser extremamente populares entre comerciantes e consumidores”.

O Pinduoduo (PDD) também impactou, já que o “fenômeno inovador de rede social de compra em grupo saltou de 0,5% do mercado em 2016 para 13,2% do e-commerce da China este ano”. O PDD “desbloqueou a participação do comércio eletrônico rural da China de forma mais eficaz do que qualquer outra plataforma”.

A transmissão ao vivo também teve um grande impacto, especialmente combinada com a atividade de mídia social em plataformas centradas em vídeo, com a Douyin sendo muito importantes na região.

E, claro, não devemos ignorar o coronavírus, embora a China tenha suprimido a ameaça muito mais rapidamente do que qualquer outro país (e sua economia esteja operando quase normalmente por quase três trimestres consecutivos), o comportamento do consumidor ainda foi afetado.

E o e-commerce não deve desacelerar. A eMarketer prevê um crescimento de 11% nas vendas on-line no próximo ano e espera que a barreira de 3 trilhões de dólares nas vendas de e-commerce seja ultrapassada em 2022.

LOJAS FÍSICAS

Então, o que tudo isso pode significar para o varejo físico no país? Bem, talvez não seja tão doloroso quanto em alguns mercados, visto que o varejo ainda é muito menos desenvolvido em grandes partes do país. A eMarketer não diz muito sobre isso, mas os maiores problemas devem ser vistos provavelmente na Europa e na América do Norte.

O Reino Unido viu uma devastação física no varejo no ano passado, com redes populares desaparecendo das ruas, empregos eliminados e um grande número de vacâncias no varejo causando prejuízo para o setor imobiliário. Isso é algo que os varejistas do Reino Unido poderiam estar esperando, mas não nesta velocidade. Mudanças que poderiam levar uma década ou mais para acontecer foram vistas em questão de meses por causa da pandemia. É provável que outros mercados possam ver um declínio semelhantes nas lojas físicas, mas espalhado por um longo período.

 

Lojas on-line ganharam 42 milhões de consumidores únicos em 2020

Em 2020, as lojas on-line tiveram 42,9 milhões de consumidores únicos, sendo 47% deles — cerca de 20 milhões — estreantes nesta modalidade de compra. É o que aponta o mapeamento da All iN e da Social Miner, em parceria com a Opinion Box, Compre & Confie | Neotrust, Clearsale e Aftersale.

Dados revelam, por exemplo, que entre março e maio, quando a Covid-19 passou a dominar a agenda da mídia — representando cerca de 56,5% de toda cobertura de imprensa e com pico de 70% no final de março —, a grande aderência à campanha “fique em casa” fizeram as buscas por delivery no google crescerem 390%; as pesquisas por “como fazer comida em casa” aumentarem 110%; “como fazer pães”, 110%; e “como fazer bolos”, 61%.

Não à toa, em abril, a representatividade das visitas em sites de Alimentos e Supermercado subiu 68% em relação ao volume total de visitas no mês anterior, e a representatividade de multicategoria cresceu 284% no mesmo período, como podemos ver no gráfico abaixo:

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

Na contramão de Alimentos e Supermercado, que tiveram alta procura, é possível notar uma queda significativa de representatividade da categoria Moda e Acessórios, que caiu 26%, e Beleza, que perdeu 15% do total de visitas em um comparativo de março a abril, segundo o levantamento.

Cadastros nas lojas

De acordo com o estudo, esses impactos não refletiram apenas nas visitas. O número de cadastros também caiu nas categorias de Moda e Acessórios (6%) e Beleza (28%), de março a abril.

Foi só entre os meses de agosto e setembro, com a saturação do tema Covid-19 nas mídias e a diminuição na intensidade da cobertura da imprensa — que acabaram influenciando o retorno do consumidor à circulação, de acordo com dados do Google mobilidade —, que os cadastros nos sites de Moda e acessórios voltaram a crescer, 53%, enquanto os cadastros em sites de Alimentos e Supermercados caiu 78%, já que as pessoas voltaram a frequentar ambientes físicos.

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

Vendas

Quando o assunto é vendas, Alimentos e Supermercado se destaca, quase triplicando sua representatividade em abril em relação a março, crescendo 181%, e se mantendo acima dos 14% pelos meses seguintes, até cair 52% em setembro no comparativo com agosto.

A categoria bebidas também apresentou um aumento na representatividade das vendas, com crescimento de 159% em março em comparação a fevereiro. Entre março e abril, por exemplo, no momento de maior volume de notícias sobre a pandemia, o interesse das pessoas pela compra de vinho aumentou 122%. A variação é maior que a registrada em períodos de festas de final, quando a alta não passou de 56%.

Além disso, com a maior permanência das pessoas em casa, a atenção de muita gente provavelmente se voltou às “reformas”, segundo o levantamento. Isso porque no final de setembro, o termo atingiu um pico e, em outubro, a representatividade do segmento de Casa e Construção nas vendas do varejo on-line teve destaque, ao apresentar um crescimento 16 vezes superior ao valor apurado em março.

Em julho, a representatividade das vendas na categoria Farmácia e Saúde saltou 429% no comparativo com junho.

*dados referentes a base da Social Miner, levantados no estudo “O Comportamento do Consumidor em 2020”

Chinesas e norte-americanas dominam top 10 de unicórnios do e-commerce

Pesquisa de consultoria inclui apenas unicórnios, ativos e aportadas por venture capital. Subsidiárias e empresas de proprietário majoritário ficaram de fora.

As startups chinesas e norte-americanas dominaram o top 10 da lista de unicórnios do e-commerce com foco no consumidor recém-divulgado pela consultoria CB Insight. No ranking, três empresas empresas chinesas e três norte-americanas estão entre as que mais receberam aporte de investidoras de capital de risco em rodadas de investimentos a partir da segunda metade de 2020.

A consultoria frisa que a pesquisa inclui apenas unicórnios (empresas privadas valendo mais de US$ 1 bilhão), ativas e aportadas por venture capital. Subsidiárias e empresas de proprietário majoritário ficaram de fora. A análise foca nas startups voltadas ao consumidor no e-commerce, excluindo as empresas com serviços de in-store do setor.

Ao apresentar o ranking, a CB Insights lembra que as plataformas estão transformando o e-commerce por dentro, e, sobretudo, as formas pelas quais as compras são feitas. Ainda que a pandemia tenha pego o e-commerce de surpresa, com o isolamento forçando boa parte das compras a serem on-line, muitos clientes hoje pretendem manter o hábito mesmo com restrições de mobilidade mais amenas. Assim, “a mudança para o digital está criando novas oportunidades às companhias de e-commerce no espaço do consumidor”, explica a consultoria.

Na segunda metade de 2020, o financiamento no e-commerce aumento 68% em comparação com a primeira metade do ano. A quantidade de unicórnios também cresceu.

As mais valiosas

Das unicórnios do e-commerce com foco no cliente que mais valem no mundo hoje, boa parte opera no marketplace em C2C ou B2C. A mais valiosa delas no momento, a Instacard, de São Francisco, por exemplo, trabalha na entrega de mercados e mercearias. A empresa totalizou US$ 17,7 bilhões em 2020, em sua oitava rodada de investimento. As financiadoras são a Valiant Capital Partners e a D1 Capital Partners.

Veja a lista das mais valiosas:

  • Instacard (São Francisco – EUA): US$ 17,7 bilhões
  • Shenzhen (China): US$ 15 bilhões
  • Chehaoduo (China): US$ 9 bilhões
  • Coupang (Coreia do Sul): US$ 9 bilhões
  • Tokopedia (Indonésia): US$ 7 bilhões
  • Fanatics (EUA): US$ 6,2 bilhões
  • Xingsheng Selected (China): US$ 4 bilhões
  • Gopuff (EUA): US$ 3,9 bilhões
  • Auto1 (Alemanha): US$ 3,5 bilhões
  • Bukalapak (Indonésia): US$ 3,5 bilhões

Como a lista mostra, a maioria das startups unicórnio da lista está localizada na Ásia.

A CB ressalta que nove destas dez companhias levantaram fundos diante da pandemia. A Xingsheng Selected voltada à cadeia de alimentos frescos, por exemplo, levantou US$ 800 milhões em sua rodada de investimento em julho e mais US$ 700 milhões em dezembro.

Enquanto isso, a Gopuff, de delivery geral, levantou US$ 380 milhões também em dezembro. A Bukalapak recebeu aporte de US$ 100 milhões da Microsoft, da GIC Group e da Erlang Tecnology, chegando seu valor na casa dos US$ 3 bilhões em novembro.

Para a CB Insights, o e-commerce claramente pautou os investimentos e valorizações das unicórnios do varejo pelo mundo, uma vez que foi no comércio eletrônico que se concentraram os nascimentos das empresas de US$ 1 bilhão na segunda metade de 2020. “É o e-commerce que permite companhias e plataformas de vendas especializadas conquistarem o interesse do investidor e ter mais valor”.

Vendas no e-commerce pelas redes sociais saltam de 22% para 34% em 2020

O e-commerce foi um dos setores que mais movimentaram a economia do País no ano passado. Os negócios on-line registraram um aumento de 185% entre 2019 e 2020 e, neste cenário, as redes sociais assumiram um papel fundamental: representaram um terço dessas vendas.

No último ano, as compras realizadas por intermédio das redes sociais saltaram de 22% para 34%, aponta a 6ª edição do estudo NuvemCommerce, realizado pela Nuvemshop, plataforma com mais de 70 mil lojas virtuais na América Latina – em sua maioria, de pequenos e médios empreendedores (PMEs).

O Instagram tem se destacado pela importância na estratégia dos lojistas. Essa rede social já corresponde a 87% das vendas. Dentre todos os empreendedores, 57% afirmam utilizar a ferramenta Instagram Shopping, enquanto a Loja do Facebook é utilizada por 46%. Embora outros canais de venda tenham sido mencionados pelos comerciantes, 21,5% afirmaram que não usam nenhum outro canal além de sua própria loja virtual.

Entre os entrevistados, 96% utilizam o Instagram para divulgação da marca, 80% estão no Facebook e 71% estão no WhatsApp, que apresentou aumento de 13 pontos porcentuais em relação ao ano anterior. O TikTok aparece pela primeira vez no levantamento e é utilizado por 15% dos lojistas.

No quesito atendimento, o Whatsapp  é adotado por 95%, consolidando-se como principal canal, seguido por Instagram (83,5%), e-mail (51%), Facebook (49,5%), telefone (42%), chat on-line (17%) e outros (5,5%).

Parceria com influenciadores

A parceria com influenciadores digitais é realidade para quase metade dos empreendedores: 39,5% afirmam que fornecem produtos em troca de divulgação, enquanto 8% investem algum valor para isso. No entanto, ainda há espaço para crescimento, uma vez que 33,5% ainda não fizeram ações com os famosos, mas têm interesse. Por outro lado, 19% não pretendem utilizar esta estratégia.

Outro destaque da pesquisa é a consolidação das vendas por dispositivos móveis, que representam 71%. O crescimento total foi de 5,4% em relação a 2019.

De acordo com Alejandro Vázquez, cofundador e CCO da Nuvemshop, os números evidenciam a mudança do comportamento do consumidor durante a pandemia, uma vez que o e-commerce ganhou novos compradores. “Mais de 10 milhões de pessoas começaram a adquirir produtos pela internet e gostaram, incorporando esse hábito em seu dia a dia. Além disso, quem já estava familiarizado com as compras on-line começou a encontrar itens diferentes. Isso fez com que a penetração do e-commerce no varejo dobrasse de 5% para 10% em menos de um ano. E é fato que as redes sociais funcionaram e continuam sendo a porta de entrada nesse sentido, ao facilitar o alcance do lojista ao seu consumidor”, afirma.

Faturamento aumentou 47%

Além dos dados de comportamento de lojistas e de consumidores relacionados ao uso das redes sociais, o estudo NuvemCommerce compila e apresenta dados relevantes do setor no Brasil e no mundo por meio de dados exclusivos de seu ecossistema e fontes de pesquisas externas.

O levantamento registra os números recordes do setor. No mundo, o faturamento do comércio eletrônico bateu os US$ 4,28 trilhões, representando aumento de 27,6%. No Brasil, o crescimento foi disparado, chegando a 47%. Por conta do isolamento social, 46% dos brasileiros aumentaram as compras on-line e 7% realizaram a primeira experiência.

Lojas virtuais alcançam quase 20 bi de acessos no país em 2020, revela pesquisa

As maiores lojas virtuais no Brasil atingiram a marca de quase 20 bilhões de acessos de consumidores ao longo de 2020, ano em que se intensificou a migração dos clientes do varejo físico para as vendas on-line. Os dados constam do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, da consultoria Conversion.

O levantamento traz uma análise dos 200 maiores sites de vendas (no total, 217 lojas) e 15 setores que compõem o cenário do e-commerce nacional.

Segundo o relatório, dos 15 setores analisados, 13 tiveram aumento de visitas entre o início e o final do ano, como Farmácia & Saúde (64,10%), Pet (73,20%), Comidas & Bebidas (91,20%) e Moda & Acessórios (82,10%). As categorias de Turismo e Infantil tiveram queda de 27% e 11%, respectivamente.

Em 2020, o comércio eletrônico teve um incremento de 34% nas visitas totais, impulsionado principalmente pelo aumento em Varejo (39%) e Moda e Acessórios (82%). De acordo com o estudo, maio foi o mês que mais alavancou o crescimento dos acessos mensais e se tornou um marco do novo patamar do e-commerce nacional. O varejo ampliado deteve 52% dos acessos no on-line, seguido por Moda e Acessórios, que ampliou seu market share em 36%.

“Enquanto as lojas de rua e shopping centers estão reabrindo gradativa e intermitente no Brasil, o e-commerce não para de crescer e mudou para sempre o hábito de compras do consumidor. Prova disso é que, mesmo com a reabertura do varejo físico, o comércio eletrônico tem registrado recordes constantes, consolidando-se como o principal canal de vendas no país”, comenta Diego Ivo, CEO da Conversion.

Maio com mais visitas

Pelo mapeamento da Conversion, o segundo semestre de 2020 foi o período de maior visita dos consumidores às lojas virtuais, com crescimento de 24% em relação aos seis meses anteriores.

O comércio eletrônico registrou em janeiro deste ano 1,77 bilhão de acessos, o que marca um aumento de 25% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Já com relação a dezembro de 2020, o e-commerce teve queda de 6,86%.

Dos 15 setores analisados, dez tiveram aumento de mais de 20% no YoY (Year over Year), como Farmácia & Saúde (90,42%), Pet (75,38%), Comidas & Bebidas (74,07%) e Casa & Móveis (61,21%). Turismo teve queda de 25,26% comparado ao ano anterior, porém, segue em recuperação com aumento de 3% no MoM.

Farmácia & Saúde liderou o ranking de setor com maior crescimento (200%) no pós-pandemia (Janeiro de 2020 vs. Fevereiro de 2020) e também no comparativo anual. Shopee e Shein, da categoria importados, tiveram em janeiro os maiores crescimentos no YoY (2.100% e 922%) de todos os sites analisados. Mercado Livre, o maior site do segmento, perdeu 15% de market share no YoY, já a Amazon Brasil cresceu 30% no mesmo período.

“Neste mês, o canal de busca orgânica e paga foi o que mais contribuiu nas visitas, com participação de 59%, seguido pelo canal direto, 32%. A expectativa para os próximos meses é de um crescimento irrefreável nos acessos diários”, ressalta o CEO da Conversion.

O acesso ao estudo completo pode ser feito no endereço https://www.conversion.com.br/blog/relatorio-ecommerce-mensal/

Suíça lidera índice global de comércio eletrônico

A Suíça é o país mais bem equipado para compras pela internet, de acordo com uma comparação das Nações Unidas de mais de 150 países.

No ano passado, 97% da população suíça utilizou a Internet, revelou o estudo anual da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), sediada em Genebra. A nação alpina recebeu uma das notas mais altas (97 de 100) pela fiabilidade dos serviços postais. Este é um elemento-chave das compras on-line, que em 2018 foram estimadas em 4,4 trilhões de dólares globalmente, 7% a mais do que no ano anterior.

Oito dos dez principais países estavam na Europa (Singapura e Hong Kong foram os outros dois), tornando-o o principal continente para o comércio eletrônico. Mais de 70% da população adulta no Canadá, nos Estados Unidos e em 10 países europeus fazem compras pela Internet. Mas na maioria dos países de baixa renda, essa proporção está bem abaixo de 10%.

“A clivagem do comércio eletrônico continua enorme”, disse Shamika N. Sirimanne, que chefia a divisão baseada em Genebra responsável pela preparação do índice. Com a pandemia da Covid-19, tornou-se mais urgente para os países que ficaram para trás reforçar sua disposição para o comércio eletrônico, acrescentou ela, para que suas populações possam se beneficiar da economia digital. Globalmente, a pandemia deu um impulso às compras on-line.

Para estabelecer o ranking, a UNCTAD avaliou os países quanto ao acesso a servidores seguros de Internet, fiabilidade dos serviços postais e o acesso das pessoas à Internet e a uma conta bancária ou serviços financeiros móveis.

Brasil sobe 10 posições em índice que mede grau de preparação no comércio digital

O Brasil subiu dez posições e alcançou o 62º lugar no Índice Mundial de Comércio Eletrônico de 2020, da Unctad – Agência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento, que classifica 152 países pelo seu grau de preparação no comércio digital entre empresas e consumidores (B2C).

O País, que estava em 72º no ano de 2010, subiu 10 posições devido ao que a agência chama de “confiabilidade fiscal”. Ainda de acordo com o relatório, o B2C no Brasil teve faturamento de US$ 20 bilhões em 2019 e o Mercado Livre é considerado o maior site de e-commerce da América Latina para o B2C.

Em 2020, segundo Felipe Dellacqua, vice-presidente de vendas e sócio da Vtex, multinacional que desenvolve plataformas de e-commerce presente em mais de 30 países, além de alimentação, setores como como móveis, decoração, material de construção, itens de cama, mesa e banho e material de escritório tiveram forte crescimento neste ano de pandemia.

“Uma categoria que surpreendeu bastante foi a de cama mesa e banho, que era pouco representativa, mas cresceu muito e continua muito grande, beirando os percentuais de alimentação”, conta Felipe. Segundo o especialista, o crescimento foi de mais de 300% em número de pedidos a partir de março – entre as empresas atendidas pela Vtex – puxado por alimentos.

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), entre abril e setembro de 2020, 11,5 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra pela internet. A associação registrou ainda a criação de mais de 150 mil novas lojas on-line no período. Outro estudo da Neotrust Compre&Confie, em parceria com a ABComm, indicou que o número de transações no comércio eletrônico, entre janeiro e agosto de 2020, cresceu 80%. O faturamento foi ainda 75,5% maior em relação ao mesmo período de 2019.

Outra pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen mostrou que as vendas no comércio eletrônico devem crescer 26% e alcançar R$ 110 bilhões de reais no ano de 2021. De acordo com o estudo, o desempenho das vendas pela internet será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, consolidação dos e-commerces locais, fortalecimento dos marketplaces e logística mais ágil. A pesquisa indicou ainda que 95% das pessoas pretendem continuar fazendo compras on-line em 2021.

“É uma tendência que veio para ficar. Estamos digitalizando muitos processos que antes eram totalmente físicos para garantir ainda mais conforto ao consumidor. Muitos varejistas físicos adotaram o Whatsapp como canal de compra digitalizando uma compra que seria física. Grande parte do varejo também permite que se faça a compra por marketplace ou Whatsapp e a retirada seja por meio de drive-thru, o que também é confortável para o consumidor que quer retirar a compra de forma rápida”, explica.

 

AliExpress freta quatro voos semanais para o Brasil e promete entregas em 10 dias

O AliExpress, marketplace do Grupo Alibaba, está fretando quatro voos semanais para o Brasil para garantir entregas em prazos menores. Segundo a empresa, uma compra que antes demorava até meses para chegar à casa dos consumidores agora leva cerca de dez dias. A oferta de produtos com frete grátis é cada vez maior.

O objetivo do alto investimento em logística é dar conta da alta da demanda, especialmente depois que a pandemia da Covid-19 fez com que muita gente que nunca havia comprado pela internet passasse a adotar o hábito.

O AliExpress nasceu na China, mas já possui vendedores de outros país e opera em vários idiomas, entre eles português, inglês, russo, espanhol, italiano e francês. Assim, para o cliente brasileiro, a inteligência artificial ajuda na tradução das ofertas e os times de atendimento ao consumidor estão preparados para atender em português. A organização pretende se tornar uma plataforma para que comerciantes possam vender local e globalmente.

Alta do e-commerce na pandemia

Uma pesquisa feita pela consultoria Price Survey entre 18 e 28 de dezembro de 2020 mostra que o AliExpress oferece os preços mais baratos em 85% dos itens pesquisados e, na média, os valores praticados são 39,2% mais baixos que os de outros nove marketplaces que atuam no Brasil.

Segundo dados do relatório Webshoppers 2020, da Ebit/Nielsen, as vendas on-line subiram 47% no primeiro semestre de 2020, atingindo R$ 38,8 bilhões, maior alta em 20 anos de comércio eletrônico.

Neste período, 7,3 milhões de brasileiros fizeram uma compra pela primeira vez na internet. Com uma expansão de 40% no total, o Brasil chegou à marca de 41 milhões de usuários no comércio eletrônico.