Acelerada pela pandemia, revolução do e-commerce enfim chega à Índia e América Latina

Daqui a alguns anos, quando o impacto da pandemia sobre o setor empresarial tiver sido analisado, é provável que o aspecto mais lucrativo seja como a Covid-19 empurrou enormes mercados para a nova era do comércio eletrônico.

Em muitos países, as compras on-line não avançavam devido à infraestrutura deficiente e à relutância ou impossibilidade de uso de bancos e meios eletrônicos de pagamento. Em muitos lugares, o crescimento estava paralisado, mas o tumulto trazido pelo coronavírus forçou mudanças rápidas.

No México, menos da metade dos adultos tem conta bancária e menos de 5% das vendas no varejo eram realizadas pela internet antes da pandemia, o equivalente a um terço da média global. A falta de acesso ao sistema bancário e a falta de confiança no sistema financeiro deixaram o país de fora da disparada do comércio on-line observada nos EUA, Europa e China.

Mas quando as lojas foram fechadas para conter o contágio pela Covid-19, milhões de mexicanos começaram a comprar pela internet. As empresas locais foram rápidas no gatilho e avançaram o ecossistema on-line em anos, gerando um salto de 54% nas vendas pela web.

Turbulência semelhante sacudiu outras grandes economias, como Índia, Rússia e Brasil, que demoraram a abraçar o e-commerce.

A Covid acelerou a migração no mundo todo, mas o movimento tem potencial para ser mais lucrativo em países onde boa parte da população está comprando on-line pela primeira vez. Na Índia, o e-commerce representou apenas 6,5% do mercado no ano passado, menos de um quarto da parcela observada na China.

Alguns desses mercados são mais fragmentados e disponíveis porque há menos empresas dominantes. As varejistas nesses locais estão correndo atrás de líderes globais, criando sistemas de pagamento mais seguros, expandindo redes de distribuição para agilizar as entregas e ampliando o atendimento aos clientes em plataformas como Facebook e WhatsApp.

O MercadoLivre, maior e-commerce de varejo da América Latina, chegou a usar aviões próprios para reduzir o tempo de envio de remessas.

No Brasil, as vendas on-line aumentaram 66% em 2020, mais que o dobro da taxa de crescimento nos EUA, de acordo com a Euromonitor. Companhias tradicionais, como Via Varejo e Magazine Luiza, estão usando plataformas de mensagens como WhatsApp para oferecer promoções e finalizar transações, segundo pesquisa do Goldman Sachs. As redes varejistas também estão testando transmissões ao vivo para vender produtos e começando a enviar encomendas a partir das lojas, o que já é prática comum em outros mercados.

A Índia é ainda mais atraente, com mais de 1 bilhão de habitantes e o terceiro maior mercado de varejo do mundo, atrás apenas dos EUA e da China. Porém os obstáculos são maiores. Apenas metade das residências está conectada à internet. Segundo o Goldman, a projeção é que o mercado on-line do país triplique até 2024, movimentando cerca de US$ 100 bilhões. O impulso viria dos pedidos a supermercados e das iniciativas da Reliant Industries, a maior companhia da Índia, nas áreas de tecnologia e comércio eletrônico.

No mundo todo, a expansão do comércio eletrônico também pode reduzir as margens de lucro porque varejistas precisam gastar mais com frete e redes de distribuição. E os compradores fazem menos compras por impulso na internet do que nas lojas, o que significa algumas vendas perdidas.

Mas com a Covid ainda avançando, as empresas não podem deixar de aderir à onda on-line que colabora para os lucros históricos do setor.

“O crescimento do nosso negócio no México tem sido notável”, disse o diretor financeiro do MercadoLivre, Pedro Arnt, durante a teleconferência de discussão dos resultados, em novembro. E há “grande oportunidade ainda por vir”.

 

As 6 grandes tendências do e-commerce brasileiro para 2021

Depois de um ano em que vimos um crescimento histórico, o que vem por aí neste 2021?

Para o bem ou para o mal, os últimos 12 meses foram inesquecíveis. A pandemia acelerou a digitalização do varejo de uma forma que seria impossível imaginar: no primeiro semestre de 2020, o e-commerce teve o maior crescimento dos últimos 20 anos, avançando 47%. As empresas precisaram investir em canais digitais para poder continuar em contato com os clientes. Quem tinha um e-commerce atualizou seus sistemas, quem estava off-line correu para abrir um site ou entrar em um marketplace. O WhatsApp se tornou estratégico e as lojas físicas ganharam a função de hub de distribuição.

E o crescimento do e-commerce continuou acelerado no segundo semestre. Uma boa referência é a Black Friday, em que as vendas cresceram 32% na comparação anual, considerando somente a sexta-feira. Em todo o mês de novembro, a expansão foi de 70%. O varejo foi de vez para o on-line, incluindo segmentos como materiais de construção e supermercados, e o consumidor gostou.

Como resultado, o varejo brasileiro nunca mais será o mesmo.

O novo ano começa com a expectativa de tempos melhores, mas ainda com a promessa de turbulências. O fim do apoio emergencial e indefinições a respeito de um cronograma de vacinação (ou mesmo de quais vacinas estarão disponíveis) criam mais tensão, mas todos nós estamos imersos nesse ambiente e vamos precisar lidar com ele. A diferença estará em quem conseguir identificar os caminhos para estar mais próximo dos clientes e digitalizar ainda mais seus negócios.

Por isso, neste 2021 todo varejista deveria estar atento aos seguintes pontos, que farão a diferença entre ser líder e ficar para trás:

1) Integração on-line e off-line

O fechamento das lojas físicas de todo o varejo considerado não essencial (responsável por cerca de dois terços das vendas do setor) teve um efeito benéfico inesperado. Com as lojas fechadas ao público, ficou claro que o PDV poderia – e deveria – ser mais que um lugar para a venda de produtos. No melhor exemplo de “se Maomé não vem à montanha, a montanha vai a Maomé”, a loja passa a estar à disposição do cliente de todas as formas possíveis.

Os varejistas perceberam que suas lojas físicas poderiam funcionar como hubs avançados de distribuição para atender os pedidos on-line dos clientes da vizinhança. Dessa forma, conseguem reduzir significativamente os custos logísticos e os prazos de entrega e ganhar competitividade. O ship from store ganhou um enorme impulso ao longo de 2020: dados da Linx Digital mostram que, na Black Friday, essa modalidade teve um aumento de 142% no número de pedidos e representou 63% de todos os pedidos omnichannel.

Em 2021, mais varejistas irão adotar a entrega a partir das lojas físicas, estimulando a modernização dos sistemas e acelerando a implementação de sistemas OMS. Ao mesmo tempo, o “clique e retire”, a forma mais conhecida de omnichannel, voltará a ganhar força com a vacinação e o aumento do fluxo de clientes nas lojas.

2) Siga as letras: ESG

Os cuidados com práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) ganharam espaço durante a pandemia e, neste ano, serão um fator cada vez mais importante na escolha das marcas e na fidelização dos clientes. Empresas com um posicionamento ESG relevante terão uma melhor imagem e tenderão a crescer mais rápido – desde, é claro, que as ações ESG sejam reais.

Isso é muito positivo para o e-commerce, que pode se beneficiar de várias maneiras: usando embalagens recicláveis ou retornáveis; comunicando melhor suas ações de redução da “pegada de carbono” ou para ajudar comunidades carentes; e se envolvendo em causas sociais e/ou ambientais. Empresas que são referência em ESG mostram aos clientes que têm um propósito mais nobre que a venda de produtos. E isso traz resultados financeiros.

3) Inteligência Artificial que funciona

Inteligência Artificial (IA) foi uma das expressões mais presentes nas conversas, em eventos e nos materiais de marketing. Fornecedores dizem que seus sistemas se baseiam em IA, empresas dizem que usam a tecnologia para conhecer melhor seus clientes, e assim se conquista uma imagem de modernidade. Mas é preciso ir muito além disso.

A IA oferece benefícios reais em qualquer atividade que dependa da coleta e da análise de dados para melhorar o relacionamento com os clientes. Neste ano, mais e mais aplicações de tecnologia terão IA embutida. A chave para o sucesso é entregar valor real ao cliente. A IA que funciona é aquela que antecipa demandas dos consumidores para solucionar problemas do varejo e da indústria, como ruptura, planejamento de demanda e personalização de promoções e ações de comunicação.

4) Live streaming

No meio da pandemia, o varejo descobriu o live streaming como uma forma de levar calor humano para as transações on-line. Uma maneira de tornar o e-commerce mais “com cara de loja física”. Em um primeiro momento, com um jeito bem vintage: apresentar ofertas em vídeo e estimular o cliente a acessar um outro canal para fechar a transação é uma forma de descrever os canais 1406 dos anos 90 (em que o cliente ligava para um número de telefone para fazer o pedido).

O exemplo da China aponta o caminho para o que será o live streaming neste 2021: comprar diretamente do vídeo, sem sair da transmissão e sem direcionar o cliente para outro canal de relacionamento. A integração dos mecanismos de compra às transmissões oferece uma experiência mais imersiva.

Não é à toa que o Interactive Advertising Bureau estima que as vendas geradas pelo live streaming alcancem US$ 120 bilhões em todo o mundo neste ano. Os consumidores querem sentir uma conexão com as marcas, não querem somente comprar produtos. O live streaming consegue oferecer essa conexão, mantendo a segurança do isolamento social. É de se esperar que, passada a crise, os consumidores voltem às lojas, mas o live streaming continue sendo uma força importante para o relacionamento com as marcas.

5) Social commerce, finalmente!

Há anos as vendas pelas redes sociais são uma tendência indicada como “agora vai”. Com a pandemia, mais pessoas passaram a interagir on-line com suas marcas preferidas, encurtando o caminho para as compras on-line. Como Instagram, Facebook e TikTok são sinônimo de internet para boa parte dos seus usuários, as experiências de compra nas redes sociais estão se sofisticando. Projeções indicam um crescimento da ordem de 30% nas vendas globais via social commerce nos próximos cinco anos. Mais poder para as big tech, mais desafios para as marcas de varejo.

6) Uma nova logística

A logística é um aspecto estratégico do e-commerce, já que a velocidade de entrega dos produtos é um enorme fator de diferenciação e um dos principais elementos decisivos de compra, ao lado do valor do frete. Novas soluções de entrega diminuem o prazo e reduzem o custo do delivery de produtos, o que torna o e-commerce ainda mais interessante para os clientes e alavanca vendas.

Além do ship from store, que transforma as lojas físicas em hubs logísticos, outro movimento importante dos varejistas on-line é a busca por novas modalidades de entrega. Os marketplaces estão reforçando suas estruturas de entrega, com investimentos em Centros de Distribuição, carros elétricos, aviões e drones. Startups dedicadas à logística de última milha aumentam as possibilidades do uso de lockers e parceiros de coleta e retirada de entregas. O varejo precisa levar em conta essas novas realidades e desenvolver um mix de entregas que alie velocidade e custos baixos. Essa será uma equação vencedora no e-commerce de 2021.

 

Adequação do E-commerce à LGPD

A LGPD impôs, às pessoas jurídicas e físicas que realizam, em território nacional, operações de tratamento de dados pessoais para fins comerciais, a necessidade de adequação aos seus preceitos.

Com o E-Commerce não foi diferente! Os dados são a base para suas estratégias comerciais e empresariais, sendo imprescindível que esteja em conformidade, para continuar no mercado de forma competitiva, trazendo maior transparência e segurança tanto à empresa quanto ao consumidor.

Desde setembro de 2020, com a entrada em vigor da LGPD, passou a ser inadmissível a operação de tratamento de dados de forma indiscriminada. Sendo que todo tratamento de dado deve ter uma finalidade específica e sua respectiva autorização.

Conceitos Básicos Da Legislação

A princípio, para maior elucidação, convém evidenciar de forma simples, alguns conceitos importantes trazidos pela lei.

DADO PESSOAL- é toda informação relacionada a pessoa natural que a identifique ou possa, de alguma forma, identificá-la.

TRATAMENTO – toda forma de operação realizada com dado pessoal, tais como: coleta, transferência, armazenamento, arquivo, descarte, dentre outros.

CONSENTIMENTO – é a autorização concedida pelo titular de dados para o tratamento dos seus dados.

ENCARREGADO – profissional contratado para atuar dentro da empresa como um canal de comunicação entre o controlador, o titular de dados e a Agência Nacional de Proteção de Dados.

O que muda para o E-Commerce?

A forma de coleta e uso dos dados dos seus clientes, sendo imprescindível que o E-Commerce siga as novas regras impostas pela legislação, devendo tratar apenas dados essenciais ao exercício de suas atividades, mediante autorização do titular de dados e indicação da finalidade a que se destina aquele tratamento.

A consciência que deve prevalecer é de que o dado pertence ao titular e não ao E-commerce e, portanto, deve ser tratado dentro das diretrizes da lei e nos limites da autorização. Pondo fim, com isso, à coleta de dados de forma indiscriminada, em formulários padronizados, com consentimentos gerais e obrigatórios, como de costume até então.

Exemplo típico e recorrente é a imposição ao cliente da informação de determinado dado para que então, tenha acesso à determinado benefício ou promoção. Ou ainda, um e-commerce que comercializa produtos de beleza exigir em seu formulário de cadastro que o consumidor informe seu estado civil, sua religião, etc.

Se o dado não é essencial para o uso do produto ou acesso ao serviço, é vedada a obrigatoriedade de sua informação.

Toda forma de tratamento de dados deve ser transparente. O consentimento do titular, além de ser expresso deve ser claro, de modo que o titular compreenda as necessidade e finalidade do tratamento e tenha autonomia para consentir ou não.

Como se adequar às novas regras?

Primeiramente é altamente recomendado que o E-commerce, através de um profissional qualificado, crie um projeto de implementação da LGPD, em sua empresa. Após a análise de todo o processo de tramitação de dados dentro daquela empresa, desde a sua entrada até a sua eliminação, serão criadas políticas e processos para que tudo ocorra nos termos da lei de modo a reduzir os riscos ao titular e à empesa.

Criado o projeto de implementação, vários processos serão executados, sendo primordial a criação ou adequação, se já existente, dos termos de uso e política de privacidade de dados da empresa de modo que estejam em conformidade, dando total transparência ao seu negócio e deixando claro a forma como trata os dados coletados.

Não basta simplesmente, ao final do texto, inserir uma caixa de seleção com os termos Li e Aceito, devendo sim, de forma clara e expressa viabilizar a possibilidade de o cliente analisar e escolher cada item para o qual deseja emitir o seu consentimento.

Recomenda-se que a autorização para tratamento de dados pessoais esteja destacada das demais cláusulas contratuais ou até mesmo a criação de um contrato próprio para tanto.

Criar pop-ups de consentimento é uma alternativa interessante para o E-Commerce.

É indicado o pedido de autorização para envio de mensagens por whatsapp, email ou outros meios de comunicação, dando a possibilidade de escolha ao cliente se deseja ser contatado e por qual meio, bem como sempre lhe permitir o cancelamento do consentimento.

Outro ponto importante, é a política de uso de cookies, sendo que o uso dessa ferramenta e seu modo de funcionamento devem ser indicados de forma clara, possibilitando ao cliente a permissão individualizada para cada um de seus campos, ficando vedada a obrigatoriedade do amplo e geral consentimento para acesso ao site.

Aconselha-se às empresas de comércio eletrônico a implantação de um canal de comunicação com o cliente, uma vez que com a LGPD, o titular de dados passa a ter direitos de exigir que a empresa lhe esclareça quais dados mantém em seus cadastros, de que forma estão sendo armazenados, como foram coletados, bem exigir sua exclusão. Por isso, é altamente recomendável que a empresa, além do canal e da equipe especializada e apta para atendar às exigências e dentro do prazo legal, contrate um profissional especializado em proteção de dados, denominado pela lei como encarregado de dados (DPO), a fim de garantir o atendimento à lei e ao projeto de implementação.

As empresas precisam estar atentas ao fato de que o consentimento tem uma finalidade específica, assim como o tempo de armazenamento e toda e qualquer alteração à estas questões devem ter novo consentimento.

Relevante também, é a transferência dos dados à terceiros, sua possibilidade deve estar prevista expressamente nos termos de uso e política de privacidade, sendo que qualquer transferência somente poderá ocorrer após ciência e consentimento do titular.

Por bem frisar que o consentimento é uma das bases legais para o tratamento de dados, mas não é a única, sendo que a empresa pode coletar os dados para cumprimentos de obrigação legal ou regulatória, bem como para execução de contratos, dentre outros.

O que acontece se o E-commerce não se adequar à LGPD?

O descumprimento às regras estabelecidas por esta legislação pode trazer sérias consequências à empresa que vão desde o pagamento de multa, que pode chegar até 2% de seu faturamento, até a suspensão do direito ao uso do banco de dados, ou seja, o impedimento ao uso das informações coletadas, o que pode ser fatal à saúde de uma empresa de comércio eletrônico. Prevendo ainda a necessidade de emissão de nota pública, por parte da empresa, para justificar as razões do vazamento, extensão dos danos e medidas adotadas para sanar as consequências, ou seja, uma péssima consequência a imagem empresarial.

 

 

Dayani Cardoso

Advogada proprietária do escritório Dayani Cardoso Advocacia, Compliance Officer em LGPD e DPO as a Service, Pós graduanda em Direito Digital, Membro da ANPPD®,  ANADD® e Mulheres da LGPD®. Consultora especialista em Direito Médico e da Saúde. Mediadora Judicial – CNJ.

 

Pesquisa detecta aumento de 24% nas transações de e-commerce mundiais em dezembro de 2020

Novos dados da ACI Worldwide revelaram um aumento de 24% nas transações de comércio eletrônico mundiais em dezembro de 2020, em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Os destaques foram as transações de e-commerce nos setores de varejo, que cresceram 31%, e de jogos, onde a escalada foi de 90%.

Enquanto muitos comerciantes implementaram inicialmente o canal de entrega de compras on-line e retirada na loja (BOPIS, do inglês, buy on-line pickup in store, compra on-line e busca na loja) durante a pandemia, aqueles que já tinham esta opção disponível antes da COVID-19 experimentaram um aumento de 70% em volume e 58% em valor em 2020. Entretanto, a fraude BOPIS também teve um aumento significativo, com uma taxa de 7% de tentativas de fraude em comparação a 4,6% em relação a outros canais de entrega.

Os dados da ACI também mostram que os estornos não-fraudulentos aumentaram 26% em dezembro de 2020 em comparação ao mesmo mês do ano anterior, impulsionados por atrasos nos envios durante o período de férias.

Tendências de compra do e-commerce:

  • Dezembro de 2020
    – As viagens e a emissão de bilhetes continuaram a sofrer um decréscimo significativo em dezembro devido à pandemia, diminuindo 27% e 76%, respectivamente.
    – As transações no setor de jogos aumentaram 90%.
    – No quarto trimestre de 2020, as transações globais de comércio eletrônico aumentaram 22% em comparação com o quarto trimestre de 2019.
  • Janeiro a dezembro de 2020
    – As transações globais de comércio eletrônico aumentaram 19% em comparação com 2019.
    – O Reino Unido alcançou um aumento de 28% nas transações e os EUA de 14%, de janeiro a dezembro de 2020, em comparação com o mesmo período em 2019.
    – O setor de jogos teve crescimento de 84% de janeiro a dezembro de 2020, em comparação ao mesmo período de 2019.
    – Já o setor varejista teve crescimento de 48% nesse período.
  • Tendências de fraude:
    – O valor das tentativas de compra fraudulenta diminuiu em US$ 10 em 2020 em comparação com 2019; este foi o impacto do declínio na compra de passagens aéreas, eventos esportivos e concertos, que têm uma média alta de preço. O valor médio de compras genuínas diminuiu em US$ 18.
    – A taxa de tentativas de fraude por valor aumentaram ligeiramente em 0,2% a 3,4%, de forma semelhante aos períodos de férias anteriores, como resultado do aumento dos gastos genuínos do consumidor em relação às fraudes.

* Os estornos levam aproximadamente 45 dias para serem processados. Os dados completos mais atuais são de novembro de 2020.

 

 

Com aporte de R$ 3,5 mi, Unbox quer ser a ferramenta de e-commerce das PMEs

Lançar um negócio na hora certa pode fazer toda a diferença para o sucesso da operação. No caso da startup brasileira Unbox, o momento do lançamento não poderia ter sido melhor. A companhia, que oferece uma solução de comércio eletrônico para pequenos varejistas, entrou no mercado em novembro de 2019, poucos meses antes da pandemia de coronavírus tomar o mundo e forçar a digitalização de dezenas de milhares de lojistas, que precisaram vender on-line para sobreviver.

Com um produto pronto para e-commerce, a empresa passou de 50 clientes em março para mais de 1.000 em dezembro. Agora, para escalar sua operação, recebeu um aporte de 3,5 milhões de reais da gestora Maya Capital.

O fundo, administrado por Lara Lemann e Mônica Saggioro, busca empresas que possam resolver grandes problemas da América Latina. Em seu portfólio estão startups como Gupy (de software para RH), Trybe (escola de programação), NotCo (de comidas a base de planta) e Truora (de soluções antifraude).

De acordo com Bruno Pereira, presidente e cofundador da Unbox, foi o fato de sua solução ser pensada para mercados emergentes que chamou a atenção do fundo. “Acreditamos que nosso modelo, pensado para o Brasil, possa ser replicado para outros países da região”, afirma.

Trajetória do negócio

A ideia da Unbox nasceu da junção de experiências pessoais e profissionais de Pereira. Ele cresceu com pais empreendedores, que administram um atacado de materiais de construção em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Acompanhando o trabalho dos pais, via a dificuldade que era não ter processos de gestão digitais.

Pensando em um dia assumir o negócio, ele foi estudar administração de empresas na Fundação Getúlio Vargas. Saindo da faculdade, conseguiu um emprego no banco americano Merrill Lynch, onde descobriu os gargalos do e-commerce em países emergentes.

Em 2019, após quatro anos no banco, decidiu deixar o emprego para empreender. Para ajudá-lo na empreitada, convidou dois amigos para serem seus sócios:  Gabriela Alves (que estava na Loggi) e Lucas Leite (do James Delivery).

Juntos, os três criaram uma plataforma que simplifica as decisões que o pequeno empresário tem que tomar para ter um e-commerce. Em menos de dez minutos, respondendo um questionário de dez perguntas, qualquer empreendedor consegue colocar uma loja no ar, que já nasce conectada às redes sociais. A empresa oferece também soluções de meio de pagamento e também um serviço de logística, feito em parceria com Correios, Loggi e Total Express.

Como funciona

A Unbox cobra uma mensalidade de 49,90 reais e mais 3,5% de cada venda efetuada pela loja on-line. Os custos de meio de pagamento e logística não estão inclusos no pacote. Segundo o presidente, a taxa de pagamento é de 2,79% e o preço do envio é 50% mais barato que o praticado pelas operadoras logísticas.

Hoje, as principais clientes da Unbox são empresas que faturam de 10.000 a 50.000 reais por mês com as vendas digitais. A empresa tem força especialmente no segmento de alimentação saudável e de moda.

Em 2021, usando o dinheiro do aporte, a empresa vai investir em tecnologia para melhorar as integrações de venda da plataforma com as redes sociais e também os serviços de logística e pagamento. Até o final do ano, o plano é ter dezenas de milhares de PMEs usando o serviço.

“Nosso desafio é conseguir criar uma solução que ajude a reduzir o atrito para o lojista chegar até seu cliente final. A integração com as redes sociais são um bom começo, mas há outras opções que estamos de olho, usando inteligência artificial e dados. Queremos apontar para os nossos clientes o que eles precisam fazer para vender mais”, diz Pereira.

O boom do e-commerce

O e-commerce brasileiro cresceu 122% em 2020, na comparação com o ano anterior, segundo dados da empresa Neotrust, que monitora o segmento no Brasil.

Esse salto fez os investidores se voltarem para empresas com soluções de comércio eletrônico. Além da Unbox, companhias focadas em PMEs, como Olist e Nuvemshop conquistaram investimentos multimilionários para expandir suas operações pelo país.

Mas o aporte mais significativo em uma empresa do setor foi o da VTEX. Em setembro, a companhia levantou 225 milhões de dólares em rodada de captação série D liderada pelo fundo Tiger Global. Na transação, a empresa foi avaliada em mais de 1 bilhão de dólares, o que lhe garantiu o cobiçado título de unicórnio.

 

6 coisas que o “Dia dos Solteiros” na China pode ensinar à Black Friday

No dia 11 de novembro, a China celebrou o “Single’s Day”, o “Dia dos Solteiros”. A data, criada pela gigante do varejo Alibaba em 2009, é o maior evento focado em compras em todo o mundo. Não é por acaso: neste ano, US$ 74 bilhões foram transacionados em apenas um dia no país.

Enquanto no ocidente o “Dia dos Namorados” é uma data importante para o varejo, no oriente (e no mundo inteiro) o “Dia dos Solteiros” se tornou o maior evento de compras. Também chamada de 11/11 ou “Double Eleven”, a data é conhecida por vender mais do que países inteiros em um dia.

Mesmo com a pandemia, o cenário não foi diferente em 2020. As vendas quase dobraram de um ano para o outro, pontuando uma recuperação econômica positiva na China. A efeito de comparação, o recorde do ano passado foi de US$ 40,2 bilhões. Já a Black Friday, comemoração criada nos Estados Unidos e esperada anualmente devido às promoções, foi de cerca de US$ 20 bilhões em 2019, de acordo com a Salesforce.

Adaptação em tempos de pandemia

O “Dia dos Solteiros” é marcado por lives ao longo de todo o dia, com direito a shows de artistas como Taylor Swift e Katy Perry. É a união do entretenimento com o live shopping, engajando os clientes e fortalecendo a marca. Neste ano, devido à pandemia, o evento sofreu algumas mudanças.

1.   Começou mais cedo!

O 11/11 teve início quase 10 dias antes. Pequenas empresas foram o foco de vendas entre 1 e 3 de novembro, como forma de fortalecer o mercado que sofreu com a pandemia do novo coronavírus. As 24 horas de oferta continuaram acontecendo ao longo de todo o dia 11, como manda a tradição.

2.   Abertura ao mercado internacional

Pela primeira vez, as lives foram traduzidas ao inglês. Estima-se que marcas estadunidenses tenham protagonizado US$ 5,39 bilhões da venda do período. De acordo com Michael Evans, presidente da Alibaba, os Estados Unidos foi o país com maior número de vendas além da China. Segundo o portal Alizila, as marcas foram “bem recebidas” principalmente porque os cidadãos não possuem a oportunidade de viajar internacionalmente devido à pandemia.

No total, 31.766 marcas estrangeiras venderam em plataformas da Alibaba na data comemorativa. Alvin Liu, gerente de exportação do T-Mall (plataforma da Alibaba), 26 mil marcas de 84 países participaram do 11/11. “Nós buscamos auxiliar ainda mais marcas internacionais a acelerarem a entrada e crescimento na China”, afirmou.

Entre as marcas participantes deste ano, estão o McDonald’s, Starbucks, Unilever e L’Oréal.

3.   Atenção ao mercado de luxo

Em abril deste ano, após a reabertura do comércio físico na China, a Hermés vendeu US$ 2,7 milhões em apenas uma hora. O interesse por marcas de luxo se repetiu no Single’s Day. De acordo com o Alibaba, algumas varejistas alcançaram suas metas na primeira hora do evento – a exemplo da Coach, Michael Kors, Bottega Veneta, entre outros.

A venda de joias ultrapassou os números da categoria de 2019 em apenas trinta minutos.

4.   Sustentabilidade

A empresa trabalhou para tornar as entregas menos ofensivas ao meio ambiente. Alguns pacotes enviados eram biodegradáveis; os consumidores foram encorajados a reciclar as embalagens; houve a reutilização de caixas, entre outros.

5.   Compras planejadas com antecedência

Antes mesmo de o 11/11 começar, os compradores já podiam visualizar as ofertas e colocá-las no carrinho. Os cupons de desconto foram ativados assim que virou o dia.

6.  Entretenha

Neste ano, o show do 11/11 da Alibaba teve participação da Katy Perry, que se apresentou remotamente no estádio. Os shows são uma tradição da empresa – em anos anteriores, Jack Ma (fundador) se fantasiava para surpreender e apresentar o evento. Enquanto isso, o público poderia interagir pelo computador ou celular.

“O vender acontece. Mas há a parte de se divertir, de entreter. Vale para os shows, mas qualquer ação pode ter um impacto grande na mente do consumidor: seguir uma marca e ganhar pontos, moedas… Há uma ideia de fidelidade, curiosidade, interesse”, afirmou Pedro Eugênio, fundador do BlackFriday.org.br, em uma live especial da StartSe sobre o Single’s Day, que contou com especialistas no varejo chinês.

 

 

Reclamações sobre compras on-line crescem 285% em 2020, diz Procon-SP.

Atraso, produto não entregue e cobrança indevida foram as principais reclamações de consumidores em 2020 ao Procon-SP sobre compras on-line. O número de reclamações sobre compras on-line cresceu 285% em no ano passado em relação a 2019, passando de 78.419 para 301.672.

  • Atraso ou não entrega do produto comprado: de 19.124 em 2019 para 70.279 em 2020
  • Cobrança indevida: de 5.605 em 2019 para 36.221 em 2020

O diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, afirma que o comércio estava preparado para vender, mas não estava para entregar.

“Em 2020 as empresas foram pegas de surpresa, mas agora já devem estar prontas para atender os consumidores”, afirma Capez. “O Procon-SP aguarda que os problemas registrados no ano passado não se repitam e multará quem agir em desacordo com a lei”.

As reclamações sobre o e-commerce podem ser feitas pelo site ou aplicativo do Procon-SP. Também é possível fazer denúncias nas redes sociais do órgão.

Aliexpress promove mega saldão com entregas em menos de 30 dias à casa dos brasileiros

Vai até o próximo sábado (16), às 5h da manhã, o Mega Saldão Queima de Estoque do AliExpress, que oferece produtos de marcas renomadas por preços 50% menores que no resto do ano. Consumidores em busca de ofertas podem encontrar 750 mil itens de todas as categorias do marketplace com preços reduzidos.

Além dos preços promocionais, o site e o aplicativo do AliExpress distribui cupons de desconto que reduzem o preço final do pedido. Todas as compras podem ser parceladas em até seis vezes sem juros e as encomendas chegam até a casa dos consumidores em prazos que variam de uma semana a 30 dias. A otimização crescente do prazo de entrega acontece por conta do investimento do AliExpress em logística, como o fretamento de quatro voos semanais para o Brasil.

Os consumidores também contam com um número ampliado de itens com frete grátis. No aplicativo, é possível encontrar um canal especial que direciona o usuário diretamente para produtos sem custo de frete. Também é possível acessar o canal “AliExpress Direct” e filtrar produtos disponíveis para entrega pelo serviço, que junta pedidos de várias lojas em uma única remessa, reduzindo o custo total de frete e prazos de entrega.

Caso seja necessário efetuar a troca ou devolução de produtos após receber a compra, os pacotes já podem ser enviados para um endereço no Brasil. Para itens marcados com o selo “Free Return”, o custo de envio é totalmente gratuito.

Comércio eletrônico na China e o futuro do varejo do mundo

Tendências adotadas por e-commerces chineses, como o uso de redes sociais e influenciadores, podem definir o futuro do varejo no Brasil e no mundo.

O sucesso do comércio eletrônico chinês pode definir o futuro do varejo. Atualmente, a China é o maior mercado virtual do mundo. Com crescimento de cerca de 40% ao ano, as vendas digitais no país movimentaram mais de US$ 1 trilhão em 2020.

De acordo com projeções eMarketer, e-commerces como Alibaba e JD.com superaram a gigante americana Amazon em termos de valor bruto da mercadoria, Gross Merchandise Volume (GMV). Os principais pontos de destaque para o crescimento do varejo eletrônico na China é, basicamente, a integração do on-line com o off-line, investimento em tecnologia, logística e nas redes sociais. Essas tendências do mercado chinês podem impactar o futuro do varejo ao redor do mundo.

Integração entre on-line e off-line, logística e tecnologia

A saída encontrada pelos empresários chineses para atender diferentes perfis de consumidores foi investir em um modelo de negócio híbrido conhecido como “omnicanal”, ou seja, integrando lojas físicas e virtuais. Dessa maneira, o consumidor pode escolher comprar o produto on-line e receber em casa, comprar on-line e retirar na loja física ou ir diretamente na loja para fazer as compras, podendo escolher entre levar o produto ou pedir para entregar. Todas essas opções de entrega acabam facilitando o processo de logística.

Além disso, as campanhas e promoções também são integradas, sendo possível encontrar os mesmos produtos pelos mesmos preços tanto nos canais on-line quanto off-line. As lojas também adotam sistemas capazes de unir todos os dados das vendas off-line e digitais em um único lugar.

A tecnologia é outro fator decisivo para o sucesso do comércio eletrônico da China. O Alibaba, por exemplo, está investindo em modelos de lojas sem funcionários, conhecido como smart store. O consumidor pode ir até uma loja escanear o código dos produtos que deseja comprar e o pagamento é detectado automaticamente na carteira digital Alipay.

Esse modelo de negócio adotado na China pode definir o futuro do varejo ao redor do mundo. Inclusive, o Brasil já possui um supermercado do futuro, o Zaitt. De acordo com Christian Abramson, diretor de marketing da empresa, o Zaitt foi “a primeira loja autônoma das Américas e começou a funcionar antes da Amazon GO”.

A importância das redes sociais no e-commerce chinês

O chamado “comércio social” tem um impacto muito grande nas vendas. O foco das ações de marketing das empresas chinesas está no uso das redes sociais e streaming ao vivo. As marcas usam aplicativos como, Douyin, Tik Tok e WeChat para realizar ações promocionais e gerar vendas. Lembrando que o WeChat é uma plataforma que funciona como se fosse o WhatsApp chinês, mas oferece diversos recursos extras como transferência de dinheiro, pedido de delivery e muito mais.

Outro recurso bastante explorado é o lives treaming. O Taobao Live é uma plataforma de transmissão ao vivo muito usada no país. Vendedores e influenciadores digitais fazem lives mostrando produtos e deixam o link para compra. O que acaba contribuindo para o aumento das vendas. Somente em 2019, as vendas feitas via live streaming movimentou cerca de US$ 61 bilhões.

Futuro do varejo on-line no Brasil segue tendências do comércio eletrônico Chinês

Aqui no Brasil grandes varejistas já estão apostando nas tendências no mercado chinês. Em entrevista à Folha de São Paulo, Mariana Castrioca, gerente do marketplace do Magazine Luiza, disse que depois da unificação dos canais on-line e off-line, a empresa conseguiu dar um salto de crescimento. Em 2015, o Magazine faturava cerca de R$ 400 milhões e em 2020 já teve um faturamento médio de R$ 180 bilhões.

Mariana destaca que investir no digital, mas manter a opção de lojas físicas, dá mais possibilidades ao cliente, que pode escolher a forma de entrega que melhor atenda suas necessidades. Além disso, a empresa também investe nas redes sociais como Tik Tok, Twitter, Instagram e ainda possibilita atendimento via WhatsApp. O Magazine Luiza conta ainda com sua própria influenciadora virtual, a assistente Lu. Segundo Mariana a proposta é “criar estímulos para gerar vendas”. Investir em novas estratégias pode definir o futuro do varejo on-line e off-line.

A Natura é outra empresa que vem investindo em um modelo de negócio híbrido. De acordo com o vice-presidente de negócios da Natura no Brasil, Erasmo Toledo, a pandemia acabou acelerando esse processo. Erasmo destaca que muitas consultoras acabaram descobrindo a possibilidade de vender pela internet durante a pandemia. Os consumidores podem comprar pelo site no espaço da consultora ou ainda fazer o pedido por meio da revista digital da Natura. O mercado digital vem crescendo ao redor do mundo e no Brasil não é diferente. Em 2020, as vendas on-line no Natal cresceram cerca de 45%. As empresas precisam ficar de olho nas novas tendências mercadológicas, pois o futuro do varejo depende dessas inovações.

 

Estratégia de Vendas: Cupons de desconto geram R$ 6 bilhões no e-commerce em 2020

O mercado de cupons de desconto gerou R$ 6 bilhões em vendas ao e-commerce em 2020, sendo R$ 1 bilhão exclusivamente pelo Cuponomia, segundo pesquisa da plataforma.

Os cupons de desconto são alternativas para economizar na hora de fazer compras on-line. No período, as categorias preferidas dos brasileiros para comprar usando os cupons foram eletroeletrônicos e delivery.

Outros grupos que também tiveram vendas expressivas com uso de cupons foram: Moda, Aplicativos de transporte e Beleza. Os usuários da Cuponomia conseguiram economizar R$ 50 milhões com cupons e cashback.

O diretor de marketing da plataforma disse que o e-commerce cresceu como nunca no ano passado e que o mercado deve crescer ainda mais neste ano.

“Milhares de pessoas passaram a consumir majoritariamente pela internet. Vender on-line virou prioridade no varejo, que precisou se reinventar em pouco tempo. Acreditamos que neste ano o mercado tende a ter um crescimento ainda mais expressivo”, afirmou Zeredo ao 6 Minutos.