Estudo do Mercado Livre mostra consumidor mais conectado e decidido

Os consumidores de hoje estão mais conectados, mais interessados e mais decididos. É o que aponta um estudo elaborado pelo Mercado Ads, unidade de negócio do Mercado Livre dedicada à publicidade, sobre o comportamento dos atuais Compradores Digitais.

O relatório aponta o quê, quando e onde esses consumidores realizam compras no cenário digital. Os dados mostram que 17% navegam mais tempo na plataforma. A quantidade de buscas cresceu 39% e as ordens de compra, 29%.

“O relatório consolida a mudança de mindset que sentimos neste ano. Podemos dizer que o mundo digital está em plena expansão. Somente em setembro, tivemos 290 mil pedidos da seção de alimentos e mais de 322 mil compras de itens de maquiagem. Esses são apenas alguns exemplos da grande gama de vendas que estão revolucionando o e-commerce em 2020″, diz Fernando Yunes, Senior VP e Líder do Mercado Livre no Brasil.

Atualmente, 76% das compras são realizadas pelo celular. “É cada vez mais comum vermos concretizações de negócios via smartphone. Não é à toa que o aplicativo do Mercado Livre é encontrado em um a cada três celulares no Brasil”, complementa Yunes.

Terça é melhor dia de vendas

O dia da semana com maior quantidade de vendas – também revelado no estudo – é a terça-feira. Entre 11h e 14h, existe um pico de maior volume de compras. O meio de pagamento mais utilizado é o cartão de crédito, seguido do boleto bancário e pelo dinheiro em conta do Mercado Pago.

Dentre os produtos mais escolhidos por esses novos compradores digitais, o recorte exclusivo mostra que, em setembro de 2020, foram registrados 757 mil clientes realizando compras de ferramentas. Em seguida, apareceram 648 mil consumidores interessados em jogos e brinquedos. Finalizando o ranking, 364 mil compradores de calçados.

O relatório também traçou um perfil desses atuais consumidores, dividindo-os em categorias. Entre elas, está a dos “frequentes”, aqueles usuários que compram uma quantidade maior de itens. São conhecidos por adquirirem produtos para os cabelos (duas, três vezes mais do que um usuário comum) e fraldas (compram 50% mais que um consumidor médio).

O estudo destaca, ainda, os “especialistas em ofertas”. Eles normalmente aguardam datas especiais para aproveitar os descontos. Seus artigos preferidos são: tênis e celulares e smartphones. Os “premiums” são aqueles que compram itens com um alto ticket médio, com notebooks, caixas acústicas, bicicletas e bebidas alcoólicas.

Outro perfil apontado é o de “exploradores”, que são aqueles que pesquisam intensamente antes de concretizar uma compra. Para adquirirem televisores, por exemplo, visitam páginas 60% mais do que um usuário médio e o tempo de navegação é cerca de 30% maior que o habitual. E existem os “consumidores leais”, que acumulam um volume maior de compras no Mercado Livre.

19 compras por segundo

De acordo com o Mercado Livre, são realizadas 19 compras por segundo em sua plataforma. Seu crescimento, de janeiro a setembro de 2020, foi de 51% em relação ao mesmo período no ano passado. Somente no terceiro trimestre, o avanço foi de 74%.

Os dados mostram como este ano está revolucionando o e-commerce que, cada vez mais, mostra seu potencial, relevância e importância e é um espaço indispensável para as marcas que desejam alavancar seus negócios.

Entre janeiro e setembro de 2020, o Mercado Livre registrou um total de 8,4 milhões de novos compradores, um crescimento de 48% na comparação com 2019.

Confira o estudo completo em: Compradores digitais.

Amazon perde participação nos EUA, mas fim de ano deve marcar retomada

Líder do e-commerce em taxas de conversão e criadora de seguidores leais com mais de 120 milhões de membros Prime nos Estados Unidos, a Amazon conquistou mais de 40% do comércio eletrônico no país em 2019. Mas, neste incomum ano de 2020, a gigante luta para acompanhar o crescimento explosivo do varejo on-line – que beneficiou, também, suas concorrentes.

Quando milhares de lojas fecharam por causa da pandemia, no início do ano, os consumidores migraram para o e-commerce e as vendas da Amazon no primeiro e no segundo trimestre dispararam. A empresa registrou vendas líquidas globais de US$ 89 bilhões no segundo trimestre, superando o pico dos feriados de 2019, com seu valor bruto de mercadoria no varejo (GMV) crescendo aproximadamente 47%.

Mas, embora o crescimento da Amazon tenha sido impressionante, outros varejistas aumentaram seus negócios on-line ainda mais rapidamente. De acordo com análise da consultoria Bain & Company, a gigante perdeu cerca de 2,5 pontos de participação on-line durante o segundo trimestre.

Por que a Amazon perdeu mercado?

Vários são os motivos que explicam essa perda de mercado. O pico da demanda da pandemia pressionou a rede de logística da Amazon e a velocidade de envio diminuiu dois dias, em média, de março a maio, segundo estudo da Bain com a Rakuten. Até agosto, o prazo não havia voltado à media pré-pandemia. Embora os prazos de entrega ainda sejam melhores do que os dos concorrentes, a Amazon decepcionou os clientes que esperavam (e pagaram por) “velocidade máxima”.

Esses atrasos no envio tiveram um impacto duradouro. Em 74 mil postagens de mídia social relacionadas à velocidade de envio da Amazon, o sentimento negativo cresceu de março a maio, quando as postagens negativas chegaram a 49% do total de menções. Apesar dos melhores tempos de envio no verão e no outono, as frustrações dos clientes não diminuíram. Em outubro, 36% das postagens foram negativas, em comparação com a média de 15% em todo o ano de 2019.

Disponibilidade de produtos foi outro quesito em que a Amazon deixou a desejar. De acordo com pesquisa realizada em parceria com a Edge by Ascential, as taxas de falta de estoque permanecem bem acima das médias de 2019 na maioria das categorias, exceto vestuário – um setor cuja demanda caiu muito durante a pandemia.

A vantagem histórica da Amazon em preços também diminuiu. A pesquisa da Bain com a DataWeave mostra que, em outubro e novembro de 2019, a Amazon igualou ou superou os preços dos concorrentes 81% do tempo nas categorias avaliadas. Em novembro de 2020, essa taxa caiu para 74%.

O desempenho dos preços da empresa de Jeff Bezos é pior em categorias como produtos domésticos, que dependem mais fortemente das vendas de terceiros. Enquanto a Amazon se esforçava para remover os vendedores que praticavam preços abusivos em produtos essenciais nos primeiros meses da pandemia, as vantagens de preço caíram mesmo em categorias não essenciais.

Consumidores estão dispostos a gastar

A análise da Bain & Company, no entanto, aponta que a empresa deve retomar sua participação no mercado neste fim de ano. Primeiro, porque o varejo todo, em si, tem mostrado bom desempenho. Embora os rumores de um temido “apocalipse” continuem circulando, a realidade tem sido outra. As vendas totais no varejo dos EUA cresceram 12% em setembro e 11% em outubro, comparado com índices de 2019.

Os compradores estão preparados para continuar gastando: o sentimento do consumidor atingiu seus níveis mais altos desde março e a renda disponível aumentou em setembro em comparação com o ano passado. A intenção do consumidor de gastar também está crescendo, e apenas ligeiramente abaixo de 2019, de acordo com o Consumer Health Index (CHI) da Bain.

As prateleiras dos varejistas estão se enchendo para atender à demanda. Os volumes portuários – um indicador importante para os níveis de estoque – atingiram recordes históricos em setembro, com um aumento de 12,5% ano a ano, e em outubro, com um aumento estimado de 6,5% ano a ano, compensando a falta de oferta no início de 2020.

Aumento de clientes Prime

O desempenho do terceiro trimestre da Amazon sugere que ela está fazendo um rápido progresso para recuperar a participação. A empresa quebrou recordes mais uma vez, atingindo vendas líquidas trimestrais globais de todos os tempos de U$$ 96 bilhões, incluindo mais de U$$ 47 bilhões de seus negócios de varejo primários e terceirizados.

Mesmo com a mudança do Prime Day do terceiro para o quarto trimestre, o GMV de varejo da Amazon nos Estados Unidos cresceu 44% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Por meio da análise da Pyxis, a Bain & Company estima que a Amazon tenha atingido aproximadamente US$ 6 bilhões em vendas nos EUA em 13 e 14 de outubro, um aumento de cerca de 50% em comparação com o Prime Day de 2019, em 15 e 16 de julho.

Além disso, a estimativa é de que a Amazon tenha ganhado de 10 a 15 milhões de novos membros Prime – que tradicionalmente gastam o dobro do cliente médio, o que deve dar um impulso para a temporada de compras de fim de ano.

A Amazon também tem expandido sua capacidade de atendimento e entrega para garantir que possa atender às expectativas dos clientes nesta temporada de férias, adicionando mais de 20 novos jatos de carga Boeing e 2.200 caminhões de entrega, reduzindo ainda mais a dependência de outras transportadoras, que estão antecipando atrasos e aumentando as sobretaxas em novembro e dezembro.

Além dos 175 mil trabalhadores que contratou em março e abril para atender à demanda crescente, a Amazon planeja contratar outros 100 mil para as festas de fim de ano.