PMEs brasileiras do varejo online faturam R$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2024

O levantamento é da plataforma de e-commerce Nuvemshop.

Nos primeiros seis meses do ano, as pequenas e médias empresas (PMEs) do varejo online brasileiro movimentaram R$ 2 bilhões, de acordo com levantamento realizado pela plataforma de e-commerce Nuvemshop. Esse montante é 33% superior ao total registrado em 2023 (R$ 1,5 bilhão).

Entre os meses de janeiro e junho de 2024, foram vendidos 31,8 milhões de produtos, volume que representa um crescimento de quase 26% em comparação com o ano passado. Os segmentos que apresentaram maior faturamento foram:

  • Moda (R$ 680,3 milhões)
  • Saúde & Beleza (R$ 187,3 milhões)
  • Acessórios (R$ 133 milhões)

“Apesar de as vendas online já fazerem parte do comportamento do consumidor no Brasil, é visível o potencial desse mercado frente a outros negócios para empreendedores de todos os segmentos. O e-commerce é e continuará sendo uma das melhores oportunidades para pequenos e médios varejistas que desejam iniciar ou mesmo expandir suas vendas”, comenta Daniela Spinardi, diretora de Pequenas e Médias Empresas na Nuvemshop.

Em relação aos meios de pagamento preferidos pelos consumidores, o cartão de crédito segue sendo a opção mais utilizada, representando 45% de todos os pedidos pagos no e-commerce. No ano passado, o Pix representava 35% do montante, e em 2024 esse total atingiu 44,5% das preferências, sendo o segundo meio de pagamento mais escolhido para as compras online. O ticket médio nacional foi de R$ 244,20.

Entre os estados onde as PMEs online mais faturaram no primeiro semestre, São Paulo lidera com R$ 976,5 milhões, seguido por Minas Gerais com R$ 193,6 milhões, Santa Catarina com R$ 149,4 milhões, Rio de Janeiro com R$ 149,3 milhões, e Paraná com R$ 106 milhões completam o top 5.

Fonte: “PMEs brasileiras do varejo online faturam R$ 2 bilhões no primeiro semestre de 2024 – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Oportunidades no e-commerce para categoria de Ferramentas e Construção

O mercado de ferramentas e construção tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado pela digitalização e pelo aumento do interesse dos consumidores em projetos de “faça você mesmo”. Em 2024, esse setor promete oferecer novas e excitantes oportunidades, especialmente no e-commerce e em marketplaces. Vamos explorar as tendências, números de desempenho e casos de sucesso que destacam essas tendências emergentes.

O e-commerce continua a se expandir, com consumidores cada vez mais confiando na conveniência das compras online. Ferramentas e materiais de construção não são exceção. A facilidade de comparar preços, ler avaliações e a conveniência da entrega em domicílio são fatores-chave que impulsionam essa tendência. Em 2024, espera-se que as vendas nessas categorias cresçam significativamente, aproveitando a crescente confiança do consumidor nas compras online.

Com a expansão do e-commerce e com os consumidores cada vez mais confiando na conveniência das compras online, a categoria Ferramentas e Materiais de construção está vendo um aumento substancial nas vendas online. Em 2024, espera-se que o mercado global de e-commerce de ferramentas e construção gere aproximadamente $150 bilhões em receita, um aumento de 25% em relação ao ano anterior.

Expansão dos Marketplaces

Marketplaces como Amazon, Mercado Livre, Shopee e Alibaba tornaram-se plataformas essenciais para a compra de ferramentas e materiais de construção. Além disso, os marketplaces fornecem uma infraestrutura robusta para vendedores de todos os tamanhos, permitindo que alcancem uma base de consumidores maior e mais diversificada. Esses marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos e a confiança de marcas conhecidas, proporcionando uma experiência de compra conveniente e segura. Em 2024, marketplaces são responsáveis por 40% das vendas totais de ferramentas e construção no e-commerce.

Personalização e Atendimento ao Cliente

Com a concorrência crescente, a personalização e o atendimento ao cliente são diferenciais críticos. Ferramentas de análise de dados permitem às empresas entender melhor o comportamento do consumidor e oferecer recomendações personalizadas. Além disso, um atendimento ao cliente eficiente e acessível pode melhorar significativamente a experiência de compra, fidelizando clientes e aumentando as vendas.

Caso de SucessoLeroy Merlin

A Leroy Merlin é um excelente exemplo de como uma empresa tradicional de varejo pode se adaptar ao mundo digital. Em 2023, a Leroy Merlin ampliou significativamente sua presença online, integrando sua loja virtual com seus estoques físicos. Essa estratégia permitiu à empresa oferecer uma experiência omnichannel, onde os clientes podem comprar online e retirar na loja ou receber em casa. Em 2024, a Leroy Merlin viu um aumento de 30% nas vendas online, gerando uma receita de $2 bilhões.

Caso de Sucesso: Amazon

A Amazon continua a liderar o setor de e-commerce, e em 2024, espera-se que s ua categoria de ferramentas e construção cresça ainda mais. A Amazon investiu fortemente em logística e infraestrutura, permitindo entregas rápidas e eficientes. Além disso, a plataforma de avaliações de produtos ajuda os consumidores a tomar decisões informadas, aumentando a confiança nas compras online. Em 2024, a Amazon espera gerar $50 bilhões em receita de vendas de ferramentas e construção.

Pensando em novas oportunidades, empresas podem explorar novas linhas de produtos, como ferramentas inteligentes e sustentáveis, que estão em alta demanda. A inovação contínua nesses produtos pode atrair consumidores que buscam soluções modernas e eficientes.

Formar parcerias com marketplaces estabelecidos pode ampliar significativamente o alcance de uma marca. Além disso, colaborar com influenciadores e especialistas em DIY (faça você mesmo) pode aumentar a visibilidade e a credibilidade dos produtos.

Investir em tecnologias como inteligência artificial e realidade aumentada pode melhorar a experiência de compra. Ferramentas de IA podem oferecer recomendações personalizadas, enquanto a realidade aumentada permite aos consumidores visualizar como os produtos se encaixam em seus projetos.

Fonte: “Oportunidades no <nowrap>e-commerce</nowrap> para categoria de Ferramentas e Construção – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Confira os produtos mais procurados no comércio eletrônico durante o inverno

A chegada do inverno, na última quinta (20), trouxe oportunidades para o mercado digital. Pensando nisso, a Nubimetrics analisou os principais produtos que estão se tornando tendência no varejo online durante a estação. Entre os destaques, estão as categorias de roupas, calçados e itens para casa.

Embora passando por sucessivas ondas de calor, as temperaturas tendem a cair, e com elas, as buscas por cobertores no comércio eletrônico disparam. Seguindo o padrão do ano passado, quando o interesse por esses produtos quase dobrou em junho, registrando seu melhor desempenho no marketplace. Pelo terceiro ano consecutivo, as mantas de microfibra são as preferidas dos brasileiros durante a estação, liderando as consultas na categoria.

Além disso, os consumidores também procuram manter os pés quentinhos durante o outono-inverno. Isso representa uma excelente oportunidade para as pantufas, especialmente as femininas, que continuam a subir no ranking de pesquisas com palavras mais buscadas.

Também seguindo a tendência de 2023, os pijamas estão em alta. No ano passado, os compradores procuraram principalmente pijamas femininos adultos, enquanto em 2024, os modelos masculinos e infantis são os mais desejados.

As roupas de frio também começam a se destacar no comércio online. Agasalhos, por exemplo, estão em alta e apresentam uma concorrência equilibrada, sendo uma boa categoria para trabalhar durante a baixa das temperaturas. A temporada marca o melhor período de negócios do ano.

Pelo segundo ano consecutivo, lareiras e calefatores continuam gerando interesse dos consumidores. Mesmo que a demanda ainda não esteja no auge, a chegada do frio deve impulsioná-la, atraindo novos compradores. Os dados da Nubimetrics indicam que, no último mês, menos de 30% desses produtos tiveram algum tipo de desconto – um fator importante a ser considerado. Os vendedores precisam entender o comportamento da categoria para aplicar as estratégias vencedoras e posicionar melhor seus produtos.

Devido às dimensões continentais do Brasil e seu clima variado, é importante que os vendedores analisem seu tipo de público e as regiões onde seus produtos têm mais busca. Eles devem considerar que o outono e o inverno são mais amenos em algumas partes do país do que em outras, e por isso, vale a pena ampliar o portfólio de produtos para comercialização, mas sempre com base em uma estratégia de vendas bem elaborada.

Fonte: “Confira os produtos mais procurados no comércio eletrônico durante o inverno – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Empresas internacionais aumentam sua participação nos marketplaces do Brasil

O comércio digital transfronteiriço, ou cross-border, avança no país oferecendo mais opções de marketplaces aos consumidores brasileiros. Com uma ampla infraestrutura digital, o mercado busca maior movimentação, enquanto explora novos negócios na América Latina. É o caso da nocnoc, companhia uruguaia de tecnologia e e-commerce que participou do episódio #220 do Insights, o podcast produzido pelo Bradesco.

Criada em 2018 com o objetivo de conectar vendedores internacionais, marketplaces e o consumidor nas regiões em que opera, a companhia tem pouco mais de mil vendedores e quatro milhões de produtos cadastrados para venda em sua plataforma. É uma organização que tem como clientes empresas da China e dos Estados Unidos, e oferta produtos importados por meio de megalojas em grandes marketplaces no Brasil, como Amazon, Mercado Livre, Magalu, Americanas e Casas Bahia.

Na conversa, o country manager da nocnoc, Rafael Mandia, comentou sobre a aprovação da chamada “taxa das blusinhas” — nome dado popularmente à cobrança prevista de imposto de 20% sobre compras de até US$ 50, que antes eram isentas dessa tributação — pelo Congresso recentemente. A iniciativa faz parte do Projeto de Lei (PL) 914/24, que cria o programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do governo federal. “Só com a mudança implantada é que vamos ver os impactos reais”, analisou o executivo.

Alíquotas e descontos

Mandia lembrou que o projeto de lei traz ainda um desconto para produtos que custam mais de US$ 50. “É uma alteração que foi pouco comentada. Acima de US$ 50, vai haver um desconto bruto de US$ 20 sobre o imposto tributado da carga. Então, os produtos de US$ 50 a US$ 100 devem se tornar bem mais atrativos”. Para produtos acima de US$ 50 e até US$ 3mil, o imposto será de 60%, com desconto de US$ 20.

O convidado do podcast avaliou com otimismo a regulamentação do setor de cross-border, já que ela tende a inspirar mais confiança para o consumidor. “O Remessa Conforme, por exemplo, veio para regulamentar esse mercado. Há um controle de quem compra, quanto compra e a tributação que permite a competitividade. Por outro lado, há mais agilidade aduaneira, que garante que o produto chegue mais rápido ao consumidor”, complementou.

“Para vocês terem uma ideia do que estou falando, no Brasil, só 5% das ofertas online são de fora do país. Isso é praticamente nada”, destacou Mandia, para explicar o reflexo da desconfiança no comércio digital cross-border. “Em outros países, quase metade da publicidade que o consumidor vê é de anúncios estrangeiros.”

A superintendente-executiva do Bradesco Corporate, Gina Montone, perguntou a Mandia, durante o Insights, sobre os desafios de lidar com a alfândega no Brasil. Ele ponderou que não adianta ter um mercado regulamentado se o processo for confuso. “Quando a gente fala de importação de pessoa física, tributação e alfândega, o Brasil é o mais complexo da América Latina, onde a gente atua hoje. É o que tem as regras tributárias mais trabalhosas de entender, de lidar, de conseguir explicar”, ressaltou o executivo.

Fonte: “https://pipelinevalor.globo.com/conteudo-de-marca/bradesco/noticia/empresas-internacionais-aumentam-sua-participacao-nos-marketplaces-do-brasil.ghtml”

 

 

 

 

 

Entrevista exclusiva traz insights sobre inovações e desafios na logística moderna do e-commerce

Para Vanderlei Ferreira, country manager da Zebra Technologies, eficiência e precisão na logística são cruciais para o sucesso de qualquer operação de e-commerce. Para trazer insights valiosos ao leitor do portal, entrevistamos com exclusividade o executivo, que compartilhou sua visão sobre a importância da rastreabilidade para a cadeia de suprimentos, expectativas e desafios das entregas ultrarrápidas, logística reversa e muito mais.

A seguir, você acompanha alguns dos segredos para otimizar a logística do seu negócio e garantir a satisfação dos clientes nesse mercado cada vez mais competitivo!

ECBR – O que impede o e-commerce brasileiro de utilizar um recurso de rastreio similar ao do iFood, com a visibilidade em tempo real do entregador e o respectivo produto?

Ferreira – A tecnologia necessária para melhorar a logística no varejo já existe e pode ser implementada. No entanto, ao considerar o segmento mais amplo do varejo, o número de SKUs é enorme, o que complica a maturidade do mercado. Embora existam grandes empresas bem consolidadas no e-commerce no Brasil, muitas pequenas empresas ainda estão em estágios iniciais e dependem de marketplaces para vender seus produtos.

Um dos grandes desafios apontados em um estudo da Zebra é que mais de 70% das empresas que trabalham com logística no Brasil não possuem uma forma totalmente integrada de rastreamento e gestão de inventário. No varejo de pequeno e médio porte, isso significa que muitas empresas ainda não têm uma visão precisa do que têm em estoque, do que está sendo pedido e do que está em trânsito.

Sem um sistema bem implementado é difícil ter essa visibilidade. A maioria das pequenas empresas está mais preocupada em receber pedidos dos clientes e enviá-los rapidamente. No entanto, elas sabem que podem evoluir. Muitas empresas de médio porte já começam a implementar sistemas mais avançados para obter visibilidade em tempo real.

O investimento em tecnologia pode parecer caro, mas é crucial entender o retorno sobre ele. Uma melhor prestação de serviço, que inclui rastreabilidade e garantia de entrega, é um facilitador importante. Muitas empresas ainda não têm controle mínimo, como a prova de entrega, o que é um grande desafio, especialmente em grandes centros como São Paulo.

É uma evolução natural. As empresas estão aprendendo com aquelas que já implementaram essas tecnologias e sabem que é possível. Com o tempo, elas também adotarão essas práticas, garantindo que o produto seja entregue corretamente e que todos fiquem satisfeitos. Acredito que essa adoção ocorrerá em um futuro próximo, inclusive no e-commerce.

ECBR – Nos EUA, a entrega em até 3 horas já é uma realidade, com empresas como Target, Amazon e Walmart apostando cada vez mais nisso. Você acha que é possível esse modelo rodar no Brasil hoje? O que implica para que ele seja assertivo?

Ferreira – Grandes empresas conseguem realizar entregas extremamente rápidas devido a uma grande capilaridade. Elas utilizam tanto o modelo de “dark store” quanto suas próprias lojas como pontos de envio. Essa capilaridade permite uma operação eficiente. O segundo ponto, que é complementar ao primeiro, é o conhecimento preciso e a visibilidade do inventário. Algumas empresas no Brasil já oferecem entregas em uma, duas ou três horas porque têm um controle perfeito de onde cada item está localizado.

Para o consumidor, essa precisão permite saber exatamente o que pode ser entregue rapidamente e o que não pode. Portanto, é possível rodar esse modelo no Brasil, desde que a empresa tenha um controle eficiente do inventário e uma visibilidade clara de seus produtos.

Se uma empresa não possui grande capilaridade para atender todo o Brasil ou um grande estado como São Paulo, é essencial estabelecer parcerias com outras empresas de logística. A formação de parcerias com duas, três, ou até mais empresas de logística pode cobrir áreas extensas e garantir a agilidade nas entregas.

Portanto, os fatores chave são: visibilidade precisa do inventário, capilaridade, e parcerias estratégicas. Além disso, é crucial manter a transparência com o consumidor. Informar claramente quais produtos podem ser entregues rapidamente e quais levarão mais tempo ajuda a garantir a satisfação do cliente e contribui para a fidelização.

ECBR – Como aumentar a eficiência das operações logísticas em áreas rurais, de riscos e regiões mais remotas do Brasil, como regiões ribeirinhas?

Ferreira – As comunidades ribeirinhas no Brasil representam um grande desafio logístico. É essencial entender a complexidade dessas regiões para desenvolver soluções eficazes. Como mencionei anteriormente, a formação de parcerias é crucial. Conheço várias empresas de logística e e-commerce no Brasil que trabalham com até 15 diferentes empresas parceiras. Cada uma opera em uma região específica: algumas se encarregam do transporte aéreo, outras visitam frequentemente comunidades mais distantes, e algumas operam com lockers (armários) onde os clientes podem retirar seus produtos.

Na minha opinião, a logística é o segredo para o sucesso de qualquer operação, especialmente no varejo. Isso depende fortemente de parcerias. Não adianta uma empresa pensar que apenas contratar os Correios, que cobre todo o Brasil, será a solução mais eficiente. Muitas vezes, essa não é a melhor opção. Por isso, é comum que empresas de e-commerce tenham mais de 10, 15 parceiros para garantir uma boa distribuição e também para facilitar a logística reversa.

No Brasil, é essencial estabelecer parcerias. As grandes empresas já possuem seus próprios hubs e formatos de captura e devolução de produtos. Por exemplo, muitos consumidores imprimem etiquetas e levam seus produtos aos Correios, que se encarrega da devolução para a empresa, um processo que funciona muito bem. No entanto, para empresas de médio e pequeno porte, essas parcerias são fundamentais para garantir capilaridade e eficiência.

Essas parcerias não só aumentam a capacidade de distribuição, mas também ajudam a fidelizar os consumidores. Quando uma empresa presta um bom serviço e entrega o produto de forma correta e no tempo desejado, ela conquista a confiança e a lealdade do cliente.

ECBR – Estima-se que aproximadamente 23% dos roubos ocorridos no Brasil no primeiro trimestre de 2024 tiveram como alvo o transporte de mercadorias compradas online. Quais dicas você daria para empresas brasileiras mitigarem as perdas e roubos durante o transporte de mercadorias?

Ferreira – No nosso estudo global de consumidor, constatamos que a questão de roubos e fraudes é uma grande preocupação para o varejo. No entanto, não temos um sistema específico de prevenção contra roubos. O que oferecemos são sugestões sobre como utilizar algumas tecnologias para melhorar a prevenção e rastreamento de itens.

Uma das soluções interessantes é a tecnologia RFID (identificação por radiofrequência). Ela permite rastrear a posição de uma carga ou item em tempo real utilizando redes 5G. Isso pode ser feito através de sensores ou dos nossos próprios computadores móveis, que podem estar nas mãos dos funcionários responsáveis pelo armazenamento e transporte.

Com a RFID, é possível acompanhar os processos de separação, armazenagem e transporte para garantir que o produto esteja no lugar correto. Essa tecnologia também ajuda a identificar desvios antes mesmo que o produto saia do depósito, permitindo uma ação rápida.

Outro ponto importante é o uso de sensores e computadores móveis para os entregadores e motoristas de caminhão. Com isso, é possível capturar a geolocalização em tempo real e garantir a prova de entrega. A prova de entrega pode ser melhorada com a captura de geolocalização no momento da entrega, além do nome e RG da pessoa que recebe o produto. Isso adiciona uma camada extra de segurança e rastreabilidade ao processo de entrega.

Sendo assim, embora não tenhamos um sistema específico de prevenção contra roubos, nossas tecnologias podem ser utilizadas para melhorar a rastreabilidade e segurança dos produtos em todo o processo logístico.

ECBR – Quais os principais pontos que uma empresa de e-commerce/logística deve levar em questão para otimizar a cadeia de suprimentos?

Ferreira – Eu acredito que um ótimo serviço às vezes pode ser inimigo de um bom serviço. Quando falo de “bom”, refiro-me ao seguinte: é fundamental prestar muita atenção no sistema de gestão do seu próprio inventário. A parte mais crítica para qualquer varejo é o controle do inventário, que inclui o que está sendo pedido e o que está em trânsito. Esse é o grande segredo para uma operação bem-sucedida.

O grande desafio é a precisão na separação e no envio dos produtos. Em e-commerces de grande volume, se você não tiver uma equipe bem treinada e os equipamentos corretos, acaba separando e enviando produtos errados, o que gera insatisfação do cliente e o custo da logística reversa. Portanto, a gestão eficiente do inventário e uma equipe bem treinada, equipada com as ferramentas adequadas, são fundamentais para evitar esses problemas.

A velocidade também é crucial. As empresas de logística enfrentam um alto índice de turnover, especialmente em posições de entrada ou com jovens trabalhadores. É importante ter os equipamentos corretos e fornecer um bom treinamento para esses funcionários, que podem não ficar na empresa por muito tempo. Assim, você não precisa investir tanto tempo na formação de cada colaborador.

Os pontos principais são: ter visibilidade precisa do inventário, fornecer ferramentas adequadas para que os colaboradores possam trabalhar de forma rápida e eficiente, e evitar a insatisfação do consumidor e a logística reversa.

Algumas ferramentas podem ajudar nesse processo. Por exemplo, os equipamentos vestíveis, como os “wearables“, permitem que os trabalhadores tenham as mãos livres enquanto coletam dados. Eles podem receber informações no pulso sobre os itens a serem separados, indo rapidamente até o local correto no armazém. Essa tendência é aplicável a empresas de todos os tamanhos.

Outro exemplo são os sistemas de conferência automática para validação de itens separados e embalados. Tais sistemas verificam automaticamente se tudo está correto, o que melhora a eficiência e a precisão.

Em resumo, o uso de tecnologias como os equipamentos “hands-free” e sistemas de validação automática são tendências fortes que ajudam a melhorar a gestão de inventário e a eficiência operacional em empresas de todos os portes.

ECBR – Qual é o principal desafio logístico enfrentado pelo e-commerce na distribuição de alimentos frescos no Brasil? Indique algumas estratégias mais eficazes para garantir a qualidade e a segurança desses produtos durante o transporte e armazenamento?

Ferreira – Hoje já existem tecnologias de rastreabilidade de temperatura e geolocalização. A Zebra é uma das empresas que oferecem soluções nesse sentido, especialmente para a cadeia de refrigerados e congelados. A preocupação com a qualidade e a segurança alimentar é grande, e temos uma linha altamente especializada para atender a essas necessidades, assim como outras empresas.

Essas tecnologias permitem monitorar e manter a temperatura adequada de um item desde a indústria até o varejista ou consumidor final, durante o armazenamento e transporte. Existem sensores que registram a temperatura e transmitem esses dados em tempo real. Outra opção são as etiquetas visuais, que mudam de cor se a temperatura ultrapassar uma faixa de tolerância pré-estabelecida. Por exemplo, se uma carga de carne refrigerada sofrer uma variação de temperatura além do permitido, a etiqueta mudará de cor, indicando que em algum momento do processo logístico houve um problema.

Nos caminhões frigorificados, há todo um controle teórico da temperatura, mas problemas podem ocorrer, como motoristas que desligam o sistema de refrigeração durante longas viagens. Infelizmente, isso é comum não só no Brasil, mas no mundo todo. A adoção de tecnologias adequadas pode ajudar a evitar que produtos cheguem ao destino com qualidade comprometida.

É totalmente factível implementar essas tecnologias para garantir a responsabilidade em diversos níveis da cadeia de frio. É possível começar com um modelo básico para testar a eficiência e depois avançar para soluções mais sofisticadas, conforme necessário.

ECBR – Quais os impactos da logística sustentável no e-commerce brasileiro? Você reconhece alguma atenção das empresas em busca da redução da pegada ambiental nas operações de entrega? O que a logística sustentável pode trazer de benefícios ao negócio além da questão do impacto global?

Ferreira – Vários aspectos demonstram a preocupação das empresas em reduzir as emissões de gases de efeito estufa, conforme observado em nosso estudo. É amplamente reconhecido que essa é uma questão importante, e muitas empresas de e-commerce já estão adotando estratégias para mitigar seu impacto ambiental.

Uma dessas estratégias é a reutilização de caixas e papelões para evitar quebras e desperdícios. Hoje, muitas indústrias trabalham com embalagens retornáveis, e há um controle rigoroso dessas caixas, utilizando tecnologias como RFID para rastrear seu retorno e garantir uma gestão eficiente.

Outro ponto interessante é a preocupação com a longevidade e a destruição correta dos equipamentos industriais. As empresas, incluindo a nossa, tentam maximizar a vida útil dos equipamentos para evitar trocas frequentes, o que também contribui para a sustentabilidade. Nos últimos cinco anos, nossos equipamentos se tornaram pelo menos 30% mais eficientes em termos de consumo de energia elétrica. Essa preocupação não é exclusividade nossa, mas compartilhada por várias indústrias sérias que buscam eficiência energética.

Incentivamos o uso de equipamentos eficientes por nossos clientes, como os vestíveis. Equipamentos eficientes permitem que os colaboradores realizem suas tarefas mais rapidamente, consumindo menos energia e outros recursos. Isso também ajuda a evitar desperdícios e a necessidade de logística reversa, contribuindo para a sustentabilidade.

Portanto, quando falamos de sustentabilidade ambiental, é crucial considerar todos os aspectos e a contribuição de cada setor, incluindo a indústria, a logística, o varejo, o consumidor e a tecnologia. Somando os esforços de todos esses elementos, podemos trilhar um caminho sólido para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

ECBR – Como você percebe a abordagem da logística reversa pelos lojistas de e-commerce no Brasil, especialmente diante do aumento das devoluções de produtos?

Ferreira – Percebemos em nossas pesquisas que a maioria dos consumidores prefere comprar em lojas de e-commerce que também tenham uma loja física. Isso não se deve apenas à segurança, mas também à facilidade de troca de produtos. Esse é um aspecto muito importante. Quando falamos em logística reversa, precisamos pensar em como evitá-la, pois ela impacta diretamente na margem do varejista.

Primeiro, o site deve ser bem desenhado e fácil de navegar. O cliente precisa ter uma visão clara do que está comprando para ter certeza de que é o item que ele realmente deseja. Muitos problemas de logística reversa ocorrem porque o produto recebido não corresponde às expectativas do consumidor. Por exemplo, minha esposa recentemente comprou uma malha cuja cor era muito diferente da mostrada no site. A empresa lidou bem com a troca, mas isso é um problema que ocorre diariamente. O site precisa fornecer informações claras e relevantes para que o cliente tenha confiança na compra.

Além disso, a eficiência na gestão de inventário e na separação de produtos também é crucial. Um sistema de inventário bem gerenciado e uma equipe bem treinada reduzem os erros e, consequentemente, a necessidade de logística reversa.

Resumindo, todo o processo, da experiência do e-commerce até a interação com o consumidor, precisa ser bem implementado. Não existe uma solução mágica, mas há processos consagrados e testados que, quando bem executados, reduzem significativamente a necessidade de logística reversa. Isso preserva a margem do varejista e melhora a satisfação do cliente. Todos esses aspectos, desde a separação até a equipe, devem ser cuidadosamente considerados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/entrevista-exclusiva-inovacoes-e-desafios-logistica-moderna”

Vendas no comércio eletrônico atingem R$ 44,2 bilhões no primeiro trimestre do ano no Brasil

Crescimento no primeiro trimestre foi de 9,7%, segundo pesquisa da ABComm.

O comércio eletrônico registrou vendas totais de R$ 44,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024 no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O número representa um crescimento de 9,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O ticket médio do período foi de R$ 492 por cliente, enquanto em 2023 chegou a R$ 470.

“As boas experiências em sites e lojas virtuais, além da comodidade em comprar pela internet, têm deixado os consumidores cada vez mais confiantes. Isso favorece a ascensão do mercado virtual. O importante é estar sempre atento às tendências e ao comportamento do cliente”, analisa Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Os segmentos de eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios, informática, saúde e beleza foram destaque no primeiro trimestre no comércio eletrônico brasileiro. O levantamento mostra ainda que as mulheres lideram as compras e representam 51% dos clientes. Os dados reforçam o crescimento do e-commerce, que representa hoje uma boa fatia de todo o segmento do varejo nacional.

Para 2024, a expectativa é atingir R$ 205,11 bilhões até o fim do ano, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Já os pedidos podem alcançar os 418,6 milhões, com um total de 91 milhões de compradores.

Maiores empresas do setor

A gigante asiática do comércio eletrônico Shopee superou a Amazon (com mais de 195 milhões de acessos) e se tornou a segunda maior plataforma de comércio eletrônico do Brasil, atrás apenas da argentina Mercado Livre, que registrou mais de 363 milhões de acessos. O e-commerce registrou um tráfego de mais de 201 milhões de visitas no País, com um aumento nas visitas de 10,8% em relação a abril.

Os dados são do Relatório de Setores do E-commerce do Brasil da Conversion e apontam que a celebração do Dia das Mães, em maio, teve forte impacto sobre o tráfego do e-commerce brasileiro. O volume geral de visitas às plataformas registrou um crescimento de 5,2% em comparação ao mês anterior, que não teve datas comemorativas, representando o segundo resultado mais positivo de 2024, com 2,52 bilhões de acessos únicos.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/25/06/2024/ecommerce/vendas-no-comercio-eletronico-atingem-r-442-bilhoes-no-primeiro-trimestre-do-ano-no-brasil/amp/”

Novo Relatório Conversion – Setores do E-commerce

O Dia das Mães, em maio, teve forte impacto sobre o tráfego do e-commerce brasileiro. O volume de visitas às plataformas subiu 5,2% em comparação a abril, mês sem datas comemorativas, atingindo o segundo melhor resultado de 2024, com 2,52 bilhões de acessos únicos. Ficou atrás de janeiro, que contou com 2,67 bilhões. Entretanto, mesmo com essa diferença, ambos os meses empataram em acessos via apps, com 550 milhões.
A repercussão da data também pode ser vista nos setores que mais cresceram no mês. O de Eletrônicos e Eletrodomésticos, por exemplo, teve o salto mais alto do período (12,5%). Depois dele, vem o de Presentes e Flores, que subiu 10,8% em comparação a abril. Ambos costumam ser presentes comuns nesta data.
Diego Ivo, CEO da Conversion, chama atenção, inclusive, para a elevação de um setor que não costuma ser relacionado com vendas no Dia das Mães: o de esportes. Para ele, esses dados podem já revelar uma novidade no padrão de consumo desse tipo de data.
O relatório Setores do E-commerce no Brasil completo já está disponível para download na Biblioteca do RadarIC ou clicando no link abaixo:

 

Fulfillment: uma solução transformadora para e-commerce e B2B

No dinâmico e competitivo mundo do e-commerce, a eficiência logística é um diferencial crucial. O fulfillment, conhecido por seu papel fundamental no comércio eletrônico, vem se destacando não apenas para o B2C, mas também como uma solução valiosa para operações B2B. Este artigo explora como o fulfillment está revolucionando a logística, otimizando processos e elevando a experiência do cliente em ambos os setores.

O conceito de fulfillment no e-commerce

– Definição e funções: o fulfillment engloba todas as etapas desde o recebimento e o armazenamento de produtos até o processamento de pedidos e a entrega final ao cliente. No e-commerce, essa função é essencial para garantir que os pedidos sejam atendidos de maneira rápida e eficiente.

– Benefícios para o e-commerce: a velocidade e precisão oferecidas pelos centros de fulfillment são cruciais para atender às expectativas dos consumidores, que demandam entregas rápidas e sem erros. Empresas de e-commerce que adotam fulfillment conseguem escalar suas operações sem os desafios logísticos de gerenciar grandes estoques internamente.

Fulfillment no contexto B2B

– Expansão para o B2B: o modelo de fulfillment, tradicionalmente associado ao B2C, está se tornando igualmente relevante para o B2B. Empresas B2B estão adotando o fulfillment para melhorar a eficiência operacional e proporcionar um melhor atendimento aos clientes empresariais.

– Eficiência operacional e redução de custos: ao centralizar operações logísticas em centros de fulfillment, empresas B2B podem reduzir custos, otimizar processos e melhorar a gestão de inventário. A utilização de tecnologia avançada, como sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS), melhora ainda mais a eficiência.

Impacto na experiência do cliente

– Melhoria na satisfação do cliente: no e-commerce, a experiência do cliente é um fator decisivo para o sucesso. O fulfillment garante que os pedidos sejam entregues de forma rápida e precisa, aumentando a satisfação do cliente e a fidelidade à marca.

– Exemplos práticos: plataformas de e-commerce como Shopify e Amazon utilizam fulfillment para oferecer serviços de entrega rápida e eficiente, permitindo que pequenas e médias empresas compitam com grandes players do mercado.

Tecnologias e inovações no fulfillment

– Automatização e inteligência artificial (IA): a automação nos centros de fulfillment, através do uso de robótica e inteligência artificial, melhora a eficiência e a precisão no processamento de pedidos. Sistemas automatizados de armazenamento e recuperação (AS/RS) e robôs móveis autônomos (AMRs) agilizam o movimento e a seleção de produtos, reduzindo significativamente o tempo de processamento e minimizando erros.

– Sistema de Gerenciamento de Pedidos (OMS): o OMS desempenha um papel crucial na modernização do fulfillment. Esse sistema centraliza a gestão de pedidos, fornecendo uma visão unificada de todas as etapas do processo logístico. Com o OMS, as empresas podem monitorar o status dos pedidos em tempo real, otimizar a alocação de estoque e melhorar a coordenação entre diferentes canais de venda e centros de distribuição.

– Integração tecnológica: a integração de diferentes tecnologias, como o WMS e o OMS, permite uma operação mais coesa e eficiente. Essa sinergia tecnológica garante que todas as etapas do fulfillment sejam coordenadas de maneira eficiente, desde a entrada do pedido até a entrega final.

Fulfillment e sustentabilidade

– Práticas sustentáveis: o fulfillment também pode contribuir para práticas logísticas mais sustentáveis. Centros de fulfillment otimizados reduzem o desperdício e melhoram a eficiência energética, alinhando-se com os princípios de logística verde.

– Exemplos de sustentabilidade: empresas que implementam soluções sustentáveis em seus centros de fulfillment, como a utilização de embalagens recicláveis e a otimização de rotas de entrega, conseguem reduzir sua pegada de carbono e melhorar sua imagem corporativa.

Desafios e futuro do fulfillment

– Adaptação e integração: a implementação de fulfillment requer mudanças significativas nos processos internos e na integração de novas tecnologias. Empresas precisam estar dispostas a investir em infraestrutura e treinamento para maximizar os benefícios.

– Gestão de demanda: a gestão eficiente da demanda e a manutenção de níveis ótimos de estoque continuam sendo desafios críticos. A previsão precisa de demanda e o gerenciamento de inventário são essenciais para o sucesso do fulfillment.

– Inovação contínua: a evolução contínua das tecnologias e das práticas logísticas exigirá uma constante inovação e adaptação por parte das empresas. Investir em tecnologias emergentes, como drones e veículos autônomos para entregas, pode posicionar empresas na vanguarda da inovação logística.

Conclusão

O fulfillment está transformando a logística para o e-commerce e B2B, oferecendo uma série de benefícios que vão desde a eficiência operacional até a melhoria na experiência do cliente. Com a adoção de tecnologias avançadas e práticas inovadoras, o fulfillment se consolida como uma solução estratégica essencial para a competitividade e o sucesso dos negócios modernos. À medida que o mercado continua a evoluir, o papel do fulfillment será cada vez mais crucial, destacando-se como um elemento vital na cadeia de suprimentos global.

Fonte: “Fulfillment: uma solução transformadora para <nowrap>e-commerce</nowrap> e B2B – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Tokenização: como essa tecnologia garante melhores taxas de conversão no e-commerce?

O comércio eletrônico já está consolidado no Brasil. Mas, na mesma medida em que se torna parte do dia a dia dos consumidores e um espaço fértil para o empreendedorismo, esse ambiente é muito visado por atacantes para coletar dados sensíveis e utilizá-los em diversos tipos de golpe com o objetivo de conseguir vantagens financeiras.

Nesse contexto, todos os participantes do mercado devem estar comprometidos com a proteção do fluxo transacional e dos dados dos clientes transmitidos ao longo dessa cadeia.

Uma tecnologia recente e extremamente eficaz que foi lançada pelas bandeiras de cartão foi a tokenização de cartão.

Conheça neste artigo o funcionamento da tokenização de cartão via bandeiras e entenda de que forma essa tecnologia, criada para garantir a segurança transacional, contribui para o aumento da conversão de pagamentos no e-commerce.

O que é tokenização?

Um token é uma combinação alfanumérica criada por um algoritmo com o objetivo de substituir algum dado sensível dentro de um fluxo de informações.

No contexto das transações financeiras, o token é utilizado para substituir as informações de cartões de crédito de consumidores – como o número (PAN), CVV, nome do titular e data de validade.

Assim, mesmo que um ataque aos bancos de dados seja bem-sucedido, o atacante não conseguirá fazer uso dessas informações, que estão codificadas.

O processo de tokenização, portanto, é o trabalho de transformar em tokens todos os dados de cartões de crédito que são disponibilizados em um checkout – no tópico seguinte, o processo será melhor explicado.

Vale destacar ainda que um mesmo cartão pode ter inúmeros tokens, associados a diferentes dispositivos ou contas, como smartphones, carteiras digitais e sites de e-commerce.

Se um desses elos for interceptado por golpistas (furtado, hackeado, invadido etc.), o token referente àquela conta pode ser simplesmente deletado, sem comprometer os demais tokens e o cartão físico.

Quem cuida da tokenização e como ela é feita?

As bandeiras são os agentes reguladores do fluxo transacional e têm a função de intermediar as transações entre os meios de pagamento (gateway, adquirentes, subadquirentes etc.) e a instituição emissora do cartão.

No âmbito da tokenização, os meios de pagamento são os responsáveis por receber os dados sensíveis dos clientes e repassar o pedido de tokenização para a bandeira, que armazena o dado original em seus bancos de dados e retorna o token para o player de pagamento.

Logo, o serviço de tokenização é disponibilizado pelas bandeiras de cartão.

A instituição emissora, por sua vez, tem a função de ceder o crédito ao cliente e aprovar a transação em caso de saldo/crédito suficiente. Com a tokenização, o emissor é o agente que recebe da bandeira o criptograma, que é a chave capaz de ler o token e que é trocado a cada transação.

Benefícios da tokenização

Melhor aprovação de vendas

De acordo com um levantamento da Visa, a tokenização aumenta as taxas de autorização da compra em 2,1%.

Afinal de contas, são as próprias bandeiras as responsáveis por fazer a codificação dos dados sensíveis e o armazenamento deles em seus bancos de dados. Assim, as informações são consideradas idôneas e seguras pelas bandeiras e pelos emissores, tornando a aprovação de vendas mais rápida e assertiva.

Mitigação de fraudes

Em linha com o ponto anterior, os tokens reduzem as taxas de fraude nas compras digitais em 26%. Os dados também são do levantamento da Visa.

As informações criptografadas tornam impossível o roubo de dados por dentro dos sistemas de pagamento. No entanto, esses golpes ainda podem acontecer via engenharia social, pegando os dados diretamente da fonte: o usuário.

Atualização de informações de forma automática

Quando um cartão é trocado ou bloqueado e reemitido, normalmente, o consumidor final é obrigado a fazer a atualização dessa informação em todos os canais nos quais faz uso do cartão. Isso gera transtorno, fricção e, possivelmente um churn involuntário, no caso de compras recorrentes.

Em resposta a esse cenário, alguns players de pagamento oferecem a funcionalidade de Card Updater, que faz justamente a atualização dessas informações de forma automática.

A tokenização dá um passo além, tornando a experiência do lojista e do cliente muito mais completa, já que o processo de tokenização garante essa atualização automática, sem ações necessárias por parte do consumidor, lojista ou player de pagamento.

Próximos passos da tokenização no Brasil

Com o objetivo de acelerar o processo de tokenização nas transações digitais e tornar o ecossistema de pagamentos mais seguro, as bandeiras de cartão têm feito o movimento de cobrar um percentual mais elevado das transações processadas com os dados de cartão aberto.

Ou seja, em um futuro próximo, as transações com token, além de mais seguras e mais assertivas, tornarão o processo de aprovação de uma compra dentro do fluxo de pagamento mais barato para os lojistas, ao passo que a não utilização do token encarece o valor do processamento do pedido.

Em conclusão, a tokenização de bandeira no e-commerce representa um avanço significativo na segurança das transações online, proporcionando não apenas proteção contra fraudes, mas também impulsionando as taxas de conversão. Com o contínuo desenvolvimento dessa tecnologia e sua adoção de forma ampla pelo mercado, podemos esperar uma experiência de compra online cada vez mais segura e eficiente para consumidores e lojistas.

Fonte: “Tokenização: como essa tecnologia garante melhores taxas de conversão no <nowrap>e-commerce</nowrap>? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

Imposto sobre compras estrangeiras até US$ 50 pode entrar em vigor em julho

A chamada “taxa das blusinhas”, como ficou conhecida a volta do Imposto de Importação sobre compras estrangeiras até US$ 50, pode entrar em vigor já no mês de julho se a Câmara dos Deputados aprovar a proposta na semana que vem e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionar a lei. Nesta sexta (7), o limite chega a R$ 263 segundo a cotação do dia.

Isso porque, de acordo com os especialistas da Warren Investimentos, a Constituição livra o tributo da chamada “noventena”, que é o período de anterioridade para um imposto entrar em vigor após a promulgação da lei.

A taxação das compras online estrangeiras de até US$ 50 foi aprovada nesta semana pelo Senado após passar pela Câmara dos Deputados, em uma negociação apertada entre o presidente Lula e Arthur Lira (PP-AL).

Ficou definida uma alíquota de 20% sobre cada compra, além dos 17% de ICMS dos estados, cobrados cumulativamente. Com o novo imposto, especialistas calculam que o governo deve arrecadar R$ 1,3 bilhão ainda em 2024 e chegando a R$ 2,7 bilhões ao ano.

A medida, no entanto, não foi bem recebida pelas varejistas estrangeiras. A Shein, que chegou a negociar com o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, nacionalizar parte da produção e apoiou o Remessa Conforme, classificou a taxação como “retrocesso”.

“Com o fim da isenção, a carga tributária que recairá sob o consumidor final, passará a ser de 44,5%, o que com a isenção se mantinha em torno de 20,82% devido à cobrança do ICMS, no valor de 17%. Ou seja, um vestido que o consumidor da SHEIN comprava no site por R$ 81,99 (com ICMS de 17% incluso), agora custará mais de 98 reais com a nova carga tributária, formada pelo imposto de importação de 20% mais o ICMS de 17%”, disse a Shein em nota à Gazeta do Povo.

Fonte: “https://www.gazetadopovo.com.br/economia/taxa-blusinhas-saiba-quando-comeca-imposto-us-50/#:~:text=Imposto%20sobre%20compras%20estrangeiras%20at%C3%A9,entrar%20em%20vigor%20em%20julho”