Chatbots de grandes e-commerces são incapazes de ajudar efetivamente o consumidor

O estudo analisou a experiência de compra e infraestrutura tecnológica de 25 e-commerces de varejo do Brasil durante toda a temporada da Black Friday de 2022.

A experiência do consumidor é alvo de constante preocupação dos varejistas. Pensando nisso, muitos adotam o sistema de atendimento via chatbot. Porém, o sistema automatizado não é o suficiente para atender às expectativas de apoio eficiente do cliente. É o que aponta a terceira edição do estudo FlashBlack, realizado pela R/GA, a pedido do Google Cloud.

O estudo analisou a experiência de compra e infraestrutura tecnológica de 25 e-commerces de varejo do Brasil durante toda a temporada da Black Friday de 2022, incluindo aspectos como recursos de acessibilidade, tempo de carregamento das páginas, demora na entrega e eficácia do sistema de busca.

Somente 3 sites de varejo utilizam chatbots com linguagem natural. A variação do chatbot permite que a ferramenta realize mais do que perguntas pré-definidas no aplicativo, promovendo uma relação de identificação com o consumidor. Além disso, nenhum chatbot dos e-commerces conseguiu responder dúvidas sobre entregas ou itens colocados no carrinho.

“As soluções de IA ajudam os e-commerces a melhorar aspectos como a recomendação de produtos e um atendimento humanizado a partir de linguagem natural. Os varejistas que desejam obter sucesso na Black Friday deste ano precisam olhar para essas tecnologias desde já”, destaca Marco Bravo, head do Google Cloud no Brasil.

Errar na hora de digitar é algo muito comum, até quando é feita uma busca em sites de varejo. Entretanto, o estudo mostra que 9 dos 25 e-commerces analisados não entregam resultados quando há erros de digitação, e 18 não apresentam alternativas quando um termo não é encontrado.

Além disso, apenas 3 varejistas online chegaram perto do desempenho de acessibilidade considerado ideal (de 90 a 100). Com média geral de 78, os problemas mais recorrentes envolvem contraste de cores, ausência de texto alternativo para imagens, tag de dimensão de tamanho, e link e botão ilegíveis.

Lentidão na abertura do site e nas entregas
O carregamento de páginas também apresentou problemas. Nenhum e-commerce carregou o principal conteúdo do site no tempo ideal, de 2.5 segundos.

Todas as 17 empresas de varejo estudadas demoram mais de uma semana para entregar pedidos para consumidores que não residem em São Paulo. Na capital paulista, 4 das 17 plataformas de e-commerce demoram mais de uma semana para entregar os produtos. Quando é feito agendamento, o cliente pode levar até 45 dias para receber sua compra.

“Analisando o estudo, os desafios tecnológicos do setor varejista e o elevado interesse dos brasileiros por compras na internet, é possível entender que existe uma clara necessidade por adoção de tecnologias que vão além de suportar tráfego em picos de acesso, mas que envolvem uma melhor experiência de compra, com entregas mais ágeis. atendimento mais inteligente, recomendação de produto mais eficiente, além de maior inclusão”, explica Marisa Kinoshita, gerente sênior de Marketing do Google Cloud Brasil.

Mercado Pago anuncia nova “maquininha”, que funciona diretamente no celular do vendedor

Em uma coletiva de imprensa realizada dentro do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, ontem (12 de abril), o Mercado Livre e o Mercado Pago anunciaram diversos novos produtos e novidades sobre a identidade de marca das duas empresas.

Um dos destaques da apresentação é Point Tap, uma “maquininha sem maquininha”, que processa pagamentos por aproximação diretamente no celular do vendedor.

A novidade funcionará a partir do aplicativo do Mercado Pago instalado no smartphone do vendedor que já é cadastrado no sistema de pagamentos e estará disponível para pagamentos realizados pelo modelo NFC, tanto para cartões como outros smartphones que utilizem carteiras digitais.

Novas estratégias do Mercado Livre e do Mercado Pago
A estratégia faz parte de um esforço da empresa em democratizar os meios de pagamentos oferecidos à sua base de clientes. Segundo Túlio Oliveira, vice-presidente sênior do Mercado Pago no Brasil, existe um movimento de incentivo por trás da iniciativa, que prevê facilidades para os vendedores uma experiência mais fluida.

“Conforme o awareness de banco digital avança, também vemos o crescimento das linhas de negócios de banco digital. Nossa campanha teve início em fevereiro e já observamos um marco em emissões de cartão de crédito no Brasil no mês de março”, afirma Pethra Ferraz, vice-presidente de marketing do Mercado Pago para a América Latina.

Outra vantagem do modelo, além da praticidade de carregar um único aparelho, é a rapidez do processamento, uma vez que o valor da compra é direcionado para o vendedor automaticamente no mesmo dia.

“Muitos consumidores já pagam por Pix, mas os lojistas ainda carregam a maquininha por causa dos pagamentos de cartão, então o recebimento pelo celular na hora é um diferencial para o lojista. Nosso diferencial em relação ao mercado é a segurança com compras acima de 200 reais, que exigem a senha, que pode ser digitada diretamente no celular”, explicou Oliveira.

Para os vendedores
Questionado sobre a facilitação das vendas de smartphones para vendedores através do Mercado Livre e interação com o WhatsApp Pay, anunciado esta semana, Oliveira respondeu que “O Mercado Livre e o Mercado Pago querem facilitar a vida do cliente em qualquer condição de compra, independente de onde ele deseja comprar, então são estratégias complementares”.

Estar presente como uma das empresas disponíveis para as transações do WhatsApp Pay e anunciar uma nova modalidade de pagamentos para estabelecimentos físicos são, dessa forma, estratégias complementares, não excludentes: “como estratégia comercial de fomento, ainda estamos desenvolvendo estratégias para a venda dos aparelhos no lugar da maquininha”, ele explica. “Além disso, com o Point Tap não deixaremos de oferecer a maquininha tradicional para nossos clientes, elas ainda vão existir e há mercado para elas também”.

Para o executivo, há amplitude suficiente no mercado para trabalhar mais de uma modalidade. Estabelecimentos maiores ou com ticket médio mais alto ainda vão precisar da maquininha.

Taxas de recebimento
No momento, o Point Tap ainda está em uma fase de realização de testes, de maneira que não há um número fixo para a taxa de transações, porém nada será cobrado do lojista para utilização do aplicativo, como acontece com quem adquire a máquina por um valor, ou paga uma mensalidade sobre sua utilização.

“Substituímos o valor da produção da maquininha, subsidiado pela sua compra pelos lojistas, além de estarmos agregando experiência e usabilidade. Também não existe valor de entrada, o que facilita a conquista de novos usuários”, completa Oliveira.

Nova identidade
As empresas anunciaram também outras novidades, como diversificação da carteira de investimentos, possibilidade de financiamento de veículos diretamente pelo marketplace e novas parcerias de seguros para consumidores.

O anúncio foi realizado dentro do Aeroporto de Congonhas justamente para dar visibilidade ao novo avião do Mercado Livre, o 4º da frota de entregas domésticas do marketplace. O avião foi decorado com a nova identidade e posicionamento da marca que une ainda mais o Mercado Livre e o Mercado Pago como empresas de um mesmo grupo, unificadas para proporcionar uma melhor experiência.

Análise do Google traz alertas aos e-commerces brasileiros para a próxima Black Friday

Pela terceira vez o Google organizou o FlashBlack, evento para apresentar sua análise de experiência de compra em 25 e-commerces durante a Black Friday. Além do objetivo de promover a preparação e antecipação do varejo à próxima data de vendas, o estudo mostra os pontos de preocupação (e atenção) que os sites devem considerar. No dia da Black Friday 2022, por exemplo, nenhum dos e-commerces pesquisados carregou o principal conteúdo do site em 2,5 segundos, tempo ideal estimado pelo Google.

Marisa Kinoshita, gerente sênior de marketing no Google Cloud Brasil, comentou que todos os e-commerces tiveram algum tipo de dificuldade durante as avaliações. “Só 8 deles permitiram o uso da câmera do celular para buscar um produto. E, para o cliente, muitas vezes é mais fácil usar uma imagem de referência para encontrar o produto desejado”, alertou. Para o gigante das buscas, adotar tecnologias já disponíveis ajudaria a reduzir o índice de abandono de pesquisas — que impede aos varejistas brasileiros o ganho de R$ 1,6 trilhão ao ano.

Ferramenta de buscas do Google para e-commerce
Em uma das oportunidades no evento, o Google mostrou os benefícios da ferramenta de buscas oferecida pela empresa (paga, pode ser plugada em qualquer e-commerce). Segundo o Google, 15% das buscas na plataforma são inéditas todos os dias, mas sua inteligência supre essa demanda. A novidade é que é possível replicar esse recurso dentro dos e-commerces. “Essa ferramenta pode ser ajustada de acordo com o segmento da empresa, assim como sua região”, explicou Marcelo Dolis, consultor de indústria e bens de consumo no Google Cloud LATAM.

Marco Bravo, head do Google Cloud no Brasil, deu mais detalhes para o E-Commerce Brasil sobre a ferramenta de buscas do Google para e-commerces. “Ela pode ser adotada em qualquer modelo de negócio, seja um grande marketplace ou uma pequena loja virtual. Isso porque tudo é baseado em tecnologia na nuvem, o que torna democrático”. No caso do valor do serviço, Bravo não soube mensurar, explicando que ele ocorre de acordo com a demanda das buscas.

A mesma solução do Google pode contornar um outro problema dentro dos e-commerces: o erro de digitação nas buscas. Dos 25 e-commerces analisados, 9 não entregaram resultados na Black Friday quando houve erros de digitação. Além disso, 18 não mostraram alternativas quando o produto não foi encontrado — em tese, esse problema também pode ser contornado com a solução.

Chatbot e recomendação personalizada
Um dos tópicos apresentados por Maycon Fernandes, diretor de vendas e head de indústrias no Google Cloud Brasil, foi sobre recomendação personalizada de produtos. Segundo o executivo, a expectativa do consumidor é alta sobre ofertas deste tipo, sendo que 78% disseram que fariam um novo negócio se tivesse esse tipo de atendimento. “O hábito do consumidor muda o tempo todo, e na maioria das vezes o e-commerce recomenda o produto conforme sua popularidade. A recomendação do Google mostra o interesse do consumidor muito além da plataforma, como por exemplo algo que a pessoa pesquisou via smartwatch, por exemplo”.

Por falar em personalização, o levantamento mostrou que das 25 empresas apenas 3 possuíam chatbot com linguagem natural, que vão além de perguntas pré-definidas. “Vimos que somente 5 dos e-commerces permitiam fazer a solicitação de um atendente humano pelo chatbot. Em um momento de frustração, é imprescindível que o chatbot entenda o cliente e busque uma alternativa, ainda que humana”, relatou Kinoshita. Vale ressaltar que nenhum chatbot foi capaz de responder dúvidas sobre entregas ou ítens do carrinho durante a análise na Black Friday.

Marcelo Dolis também destacou que o chatbot do Google está a cada dia mais evoluído, sempre com foco na simplificação do atendimento. “Hoje é possível, por exemplo, que a empresa treine o seu chatbot para ajudar o cliente a encontrar o que ele quer. Dá para colocar a voz da pessoa na conversa e aproximar ainda mais essa conversa. Sem falar que é possível transferir o atendimento do robô para um humano, transcrevendo tudo o que já foi falado com a pessoa, sem o risco de repetir as perguntas”.

Logística e entregas na Black Friday
Por fim, o tópico da logística do e-commerce na Black Friday também entrou no palco do evento. Entre os participantes da pesquisa, somente 2 ofereceram ao menos 3 opções de entrega. Um dado assustador: em um teste para entregas agendadas, o envio passou de 2 para 14 dias! “Foi um verdadeiro choque para nós, uma vez que sabemos que isso pode ser resolvido com a Inteligência Artificial”, pontuou Kinoshita.

Perguntamos para Marco Bravo sobre a possibilidade de “taguear” um produto do e-commerce e rastreá-lo como um alimento entregue pelo iFood, e ele nos respondeu: “Tecnologia para isso já existe, mas é preciso saber o que colocar na lista de prioridades dos negócios. Será que esse é o desejo que o consumidor mais quer e está disposto a pagar? Hoje há muito o que se fazer para otimizar a experiência do cliente, por isso é mais uma questão de identificar o percentual de clientes que irá valorizar o recurso”, encerrou.

Saúde & Farma vai na contramão e se destaca no e-commerce nacional

Dados da Neotrust mostram que as tendências para o e-commerce brasileiro, em 2023, são de queda em faturamento, vendas e pedidos. Após o boom durante a reclusão exigida pela pandemia, a análise de Luís Cambraia, head de Vendas da empresa, é de que os próximos meses sejam de resiliência e criatividade nas estratégias. Um dos destaques, no entanto, é o segmento Saúde & Farma.

A projeção para o e-commerce geral no Brasil neste período envolve retração em pedidos (13%) e faturamento (7%). Mais do que isso, o cenário entre janeiro e março é de uma macroeconomia sem melhora nos índices, com queda nas vendas e em consumidores únicos (2%).

Por outro lado, de acordo com o especialista, o ticket médio é maior que as negativas em faturamento e pedidos. No mesmo caminho, Saúde & Farma também conta com estes atributos para o ano, com o Canal Farmácia aumentando o faturamento em 40%.

O desenvolvimento deste mercado continua no Brasil, mesmo com o quadro mais amplo enfrentando problemas neste ano. A tendência é positiva para Saúde & Farma, despontando como uma das principais apostas de segmentos consolidados˜, explicou Cambraia.

Outro dado interessante sobre a categoria é que 40% dos seus pedidos online são de farmácias. Além disso, o frete grátis é um dos fatores centrais que explicam o sucesso que contraria o e-commerce em geral. Atualmente, são 17% a mais de usuários únicos frente ano passado.

Outras tendências
Além de Saúde & Forma, o estudo da Neotrust, que utilizou sua própria base de cinco mil lojas cadastradas, outras apostas para 2023 foram listadas. São elas:

– Crescimento expressivo em A&B;

– Consolidação das categorias Puts e Farmácia;

– Queda na importância do canal de consumo;

– Pequenos e médios sellers performando melhor que grandes empresas;

– Pix com ainda maior destaque nas transações, principalmente relacionado aos descontos do modelo.

“O caminho para driblar as adversidades no setor está conectado a estratégias ainda mais fluidas e focadas nas experiências dos clientes. Aprimorar a micro segmentação dos consumidores e criar condições de consumo são algumas das formas para isso, conclui Cambraia.

Governo brasileiro acabará com insenção de imposto em remessas internacionais de até US$ 5o

Os sites estrangeiros, sobretudo os asiáticos, viraram febre entre consumidores de todo o mundo, inclusive do Brasil. Por aqui, as compras realizadas no valor equivalente a até RS$ 50 (cerca de R$ 250) são isentas de impostos cobrados sobre remessas internacionais quando feitas por pessoas físicas, mas essa realidade está prestes a mudar.

Confirmada pela Receita Federal, a informação de que o governo taxará as compras de e-commerces internacionais divide lojistas e consumidores. A mudança deve acontecer devido às fraudes que abusam do benefício restrito às pessoas físicas.

Medida Provisória
O objetivo da Medida Provisória (MP) é fortalecer o combate à sonegação de impostos sobre produtos comercializados online. Empresas como a AliExpress, Shopee e Shein, por exemplo, serão as principais afetadas pela mudança.

Por um lado, os consumidores que defendem vendas mais acessíveis, e do outro, lojistas e indústrias brasileiras que destacam a falta de transparência nos processos produtivos, bem como concorrência desleal, pressionam o governo.

De acordo com a Receita Federal, a legislação vigente é antiga e não previa a quantidade de vendas online realizadas no Brasil atualmente. Com um aumento considerável das vendas online e facilidades de entrega, uma das maiores preocupações é o combate à sonegação fiscal. Não estão previstas, no entanto, mudanças na alíquota de importação de varejistas estrangeiras.

O que muda?
Com a MP, a Receita disponibilizará um sistema eletrônico para que o exportador registre informações antecipadas e completas sobre o item enviado, incluindo dados do importador. Por sua vez, as transportadoras, sejam empresas privadas ou os Correios, também terão que prestar informações mais detalhadas sobre os produtos.

Além disso, a Receita passará a cobrar multa em caso de encomendas simplificadas com subfaturamento ou dados incompletos.
O cerco à entrada de produtos de maneira ilegal no país faz parte do pacote de medidas que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planeja para aumentar a arrecadação. Também estão na lista a taxação de apostas esportivas e a revisão de subvenções a grandes empresas.

Rappi fecha compra da Box Delivery para reforçar atuação em Last Mile

A Rappi anunciou na segunda-feira (10) a compra da startup brasileira Box Delivery. Com modelos de negócio complementares, as operações das duas empresas serão integradas gradualmente.

A Box Delivery é uma startup que opera o modelo Last Mile de entregas rápidas, que atende, especialmente, o mercado de food service. Com forte atuação no mercado B2B, a aquisição é uma novidade para o atendimento dos parceiros da Rappi e para o mercado de delivery como um todo.

Esse é um novo momento para o mercado e para nós, e estamos muito animados. O crescimento da Rappi, no mercado brasileiro e na América Latina, tem sido constante e consistente nos últimos anos. A aquisição de uma empresa especializada em last mile só reforça a potencialidade da Rappi no Brasil, que é um mercado prioritário para nós e ganha ainda mais protagonismo agora”, afirma Sebastian Mejia, fundador da Rappi.

O acordo de compra foi firmado e submetido ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Agora, a autarquia fará a avaliação da aquisição até a conclusão completa do negócio.

Brasil ganha 36 mil novas lojas virtuais em 2022 e vendas passam de R$ 169 bilhões

ABComm estima que o e-commerce deve movimentar R$ 186 bilhões no País até o fim de 2023.

O Brasil ganhou 36 mil novas lojas virtuais durante o ano de 2022, segundo os dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). O número total de lojas passou de 529.193 em 2021 para 565.300 no ano passado, o que representou um crescimento 6,82%.

Ainda de acordo com a ABComm, as vendas totais registradas no e-commerce brasileiro atingiram a marca de R$ 169,6 bilhões em 2022, o que equivale a um crescimento de 5% em relação ao ano anterior. As lojas virtuais registraram cerca de 368,7 milhões de pedidos. O ticket médio foi de R$ 460 por cliente no ano passado.

“O período da pandemia foi propício para um crescimento expressivo. O número de lojas online teve um salto muito grande e o comércio eletrônico continua em constante evolução. Hoje em dia o consumidor tem a variedade para comprar tanto no varejo físico quanto no e-commerce, o que torna o ambiente encorajador para os varejistas desenvolverem novas tecnologias, melhorar o atendimento ao consumidor e sua experiência”, diz o presidente da ABComm, Maurício Salvador.

As projeções da ABComm para 2023 são de um crescimento de 9,5% no faturamento. O e-commerce poderia atingir, assim, a cifra de R$ 186 bilhões ao fim do ano. No período, o ticket médio deve se manter ainda em equilíbrio, chegando a R$ 470. Já a quantidade de pedidos pode alcançar os 395 milhões.

Biometria de voz no e-commerce é solução antifraude econômica e segura

De acordo com pesquisas da Receita Federal, o e-commerce deve crescer a uma taxa anual de 20% nos próximos anos, saltando de US$ 211 bilhões em 2022 para US$ 400 bilhões em 2026. Sempre atentos a possíveis novas brechas para atuação, os fraudadores também enxergam muitas possibilidades nesse cenário, tornando inimaginável a existência saudável de um negócio que não conte com um trabalho eficiente de prevenção à fraude e gestão de riscos.

Para ajudar a coibir as fraudes no e-commerce, preparamos quatro dicas para as empresas colocarem em prática e protegerem seus clientes e usuários de criminosos. Confira:

1) Cadastro na plataforma
A fraude no cadastro da plataforma tem origem, em grande parte, no roubo de dados pessoais. De posse dessas informações, os fraudadores criam “contas” ou cadastros falsos para fazer compras em nome de outra pessoa.

A autenticação por voz dos usuários é uma etapa fundamental para evitar cadastros indevidos em contas por outras pessoas. Ela pode ser feita durante o processo de cadastramento de dados.

2️) Alteração de dados cadastrais
Na alteração de dados cadastrais do e-commerce, o fraudador pode invadir a conta de outra pessoa, modificar o endereço da entrega e realizar compras enviando a mercadoria para o seu endereço. Nesse sentido, podemos utilizar a biometria de voz como uma aliada caso haja a necessidade de alterar algum dado dentro do e-commerce.

3️) Cadastros de meios de pagamento
É importante pedir a confirmação do cadastro do cartão de crédito, validando o usuário por meio da biometria de voz. Certifique-se de que não é um fraudador que está se passando pelo cliente e de que não houve alteração cadastral fraudulenta para desviar o pagamento da compra. Muitas vezes, o usuário já tem um cartão cadastrado na plataforma e quer alterar ou incluir dados de outro cartão. No momento dessa alteração, podemos pedir para o usuário autenticar sua voz para confirmar se é ele mesmo que está fazendo essa operação.

4) Criação de anúncio pelos vendedores
Antes de o seller começar a vender nas plataformas de marketplaces, é necessário passar pelo processo de onboarding realizado pelo player em que ele deseja vender. Para evitar invasões de fraudadores, o uso da biometria de voz é um fator de autenticação, podendo inibir fraudadores de entrarem na conta de terceiros e fazerem anúncios falsos.

A biometria pode ser considerada um dos métodos mais seguros de identificação, pois se baseia em características exclusivas de cada pessoa. Aliando esse método à inteligência artificial, o nível de confiança e velocidade da biometria chega a ser altíssimo. Nesse sentido, a biometria de voz é uma tecnologia que permite confirmar a identidade de uma pessoa enquanto ela fala. Se estiver integrada aos sistemas da empresa, também é capaz de identificar comportamentos suspeitos de usuários, visando à prevenção de fraudes.

Pequenas e médias empresas movimentaram R$ 2,7 bilhões com o e-commerce em 2022

Ao todo, as PMEs venderam 46,5 milhões de produtos online, quantidade 4,5% superior ao volume de 2021

Durante o ano de 2022, as pequenas e médias empresas (PMEs) faturaram com e-commerce uma quantia equivalente a R$ 2,7 bilhões. O valor é 17% maior que o registrado no ano anterior, que era de R$ 2,3 bilhões. Os dados são da 8ª edição do NuvemCommerce, estudo anual sobre e-commerce e empreendedor brasileiro realizo pela Nuvemshop.

Ao todo, as PMEs venderam 46,5 milhões de produtos online, quantidade 4,5% superior ao volume de 2021. Para Luiz Natal, gerente de desenvolvimento da plataforma da Nuvemshop, as empresas tiveram que superar um cenário econômico desafiador nesse período.

Segundo o executivo, no último ano o e-commerce passou por dois cenários bem diferentes. “O primeiro semestre do ano manteve o crescimento acelerado, mesmo após o retorno do comércio físico à normalidade. Já no segundo semestre, o varejo online enfrentou desafios por conta do contexto econômico mundial, eleições presidenciais e eventos esportivos, resultando em taxas menores de crescimento”, explicou.

O volume de pedidos também foi outro dado que apresentou crescimento, atingindo 10,9 milhões no mesmo período. Bem como o ticket médio em 2022, que foi de R$ 246,81, valor 12,5% maior do que em 2021.

Na área de meios de pagamento, o levantamento mostrou que o cartão de crédito foi a principal opção dos consumidores, representado aproximadamente 52% dos pedidos. Outro destaque foi o Pix, com 22%, 16 pontos percentuais a mais que em 2021.

A lista de estados que apresentaram o maior faturamento com e-commerce no último ano é liderada por São Paulo, com R$ 1,3 bilhão. Na sequência estão Minas Gerais, com R$ 289,5 milhões, Rio de Janeiro, cerca de R$ 189,4 milhões, e o Ceará, com R$ 150,6 milhões. Ao analisar os estados com maior crescimento durante o ano, Santa Catarina e Goiás apresentaram 39% e 75% de aumento no faturamento, respectivamente.

Perfil do empreendedor
O estudo também analisou o perfil do empreendedor no e-commerce e os principais desafios que enfrenta. Um dos insights, inclusive, mostrou que o empreendedorismo ainda é uma jornada solitária, com 55% dos negócios sendo administrados por uma só pessoa. EM contrapartida, 41% possuem de dois a cinco colaboradores.

A pesquisa ainda apontou que a maioria, 72%, não possui loja física. Além disso, o e-commerce muitas vezes nem é o foco total para 41% dos lojistas, que possuem outro trabalho ou fonte de renda.

Entre os desafios citados, 40% afirmaram que a falta de capital de giro para reinvestir no negócio foi a maior dificuldade. Também foram citadas a falta de tempo, 19%, e conhecer e dominar ferramentas necessárias para crescer, por 18%.

Cenário do e-commerce do Brasil é positivo para empreendedores investirem nas lojas virtuais

O e-commerce está mais forte do que nunca no Brasil. A pandemia mudou de forma definitiva a relação dos consumidores com as compras on-line. Atualmente, conforme pesquisa da Blackhawk Network Brasil, 55% dos brasileiros preferem adquirir produtos pela internet. Entre os mais jovens, que integram a chamada Geração Z, esse número chega a 64%.

Além dessa questão relacionada ao comportamento, os números também são bastante positivos. O e-commerce do Brasil apresentou o maior crescimento entre os países da América Latina. Conforme o Latin America 2022, levantamento realizado pela Retail X, do Reino Unido, a receita do varejo digital brasileiro cresceu US$ 8,1 bilhões em 2022. A receita total do ano passado no Brasil foi de US$ 49,2 bilhões.

Todos esses fatores levam os empreendedores digitais a projetar investimentos para 2023. Uma pesquisa feita pela Nuvemshop em parceria com o E-Commerce Brasil apontou algumas das tendências dos lojistas para o ano. Entre as mudanças projetadas, a expansão dos canais de vendas foi a principal, sendo citada por 50% dos entrevistados. Outros 42% revelaram a necessidade de integrar seus canais de venda. A pesquisa também apontou que 18% dos lojistas pretendem contratar mais ferramentas de e-commerce.

Ampliação do e-commerce com BaseLinker
Com o cenário favorável para o comércio eletrônico no Brasil, cabe aos empreendedores investir em tecnologia para conquistar novos clientes e ampliar as vendas. O hub de integração polonês BaseLinker é capaz de suprir as principais necessidades reveladas pelos lojistas: expandir e integrar os canais de vendas.

A automatização é fundamental para os empresários que desejam surfar a onda do e-commerce brasileiro e ampliar suas vendas on-line em 2023. Com a BaseLinker, é possível integrar o gerenciamento das vendas em diferentes marketplaces em uma única plataforma. A ferramenta também automatiza a gestão de pedidos, produtos e envios. Assim você garante o controle de estoque e preços, por exemplo, com muito mais facilidade.

A BaseLinker chegou ao Brasil no ano passado, mas já atua há 16 anos no mercado europeu. São mais de 20 mil clientes, mais de 700 integrações e 30 milhões de pedidos processados por mês. Toda a experiência de uma ferramenta que é líder no e-commerce da Europa pode trabalhar a seu favor e ajudar a acelerar suas vendas. O hub conta com planos voltados a diferentes perfis de clientes, partindo de 49 reais por mês. Faça um teste grátis e comece 2023 dando um novo impulso ao seu negócio.