“As estripulias que marcam o período Trump 2.0, com seus impactos em todo o mundo na economia, na política e no comércio, combinadas com a busca da pavimentação do improvável caminho para Lula 4.0, em tempos de queda acentuada de popularidade, têm gerado um cenário no qual a turbulência de moderada a forte é o quadro com o qual teremos que conviver, pelo menos, pelos próximos 15 meses.
O que tem acontecido no mundo depois dos anúncios que marcaram o logo depois da eleição, e a confirmação das medidas após a posse nos Estados Unidos, gera impactos praticamente em todos os países e tem reconfigurado as relações políticas, militares, econômicas, comerciais e sociais entre nações, inspiradas pela singela lógica de que é preciso reinventar a ainda maior potência mundial.
Como resultado, o mundo busca entender o alcance, a profundidade, a extensão e a repercussão do que tem sido anunciado e implantado, e as consequências que se seguem também são reavaliadas em todas as suas dimensões, com um claro processo de reagrupamento e realinhamento entre países.
E haja Inteligência Artificial para combinar todos os elementos e fatores para encontrar o provável desenho da realidade futura ainda em construção, pois toda ação gera reação em alguma escala.
E, de fato, só o tempo mostrará como tudo se reorganizará, sem esquecer a real possibilidade de reversão de parte do que está sendo implantado, caso o dano seja maior do que o benefício pretendido, como no crescimento da inflação para produtos e serviços nos Estados Unidos.
Sempre lembrando que caminhamos para um cenário em que, nas economias mais maduras, os serviços predominam, e boa parte do que tem sido pretendido foca na revitalização industrial. Alguém se lembra da mesma miopia por aqui?
Mas não se pode ignorar que, no cenário global, as variáveis mutantes e mutáveis determinam um momento de volatilidade extrema e indefinições intensas.”
No ambiente interno, ainda impactado pelo cenário externo, as cartas estão colocadas. Tudo será feito para tentar viabilizar uma improvável reeleição em 2026, não importando as consequências no longo prazo.
Alternativas vêm sendo buscadas para conquistar um mínimo de adesão, em especial entre as classes mais baixas e a população menos informada, em nome dessa remota perspectiva, num cenário de dramática queda de popularidade espalhada por todo o País.
Mais programas sociais, mais bolsas, seja do que for, antecipação de benefícios futuros, crescimento dos gastos publicitários, verbas parlamentares, aumento de salários, penduricalhos e benesses para o setor público, e tudo o que a imaginação puder criar para reverter a queda generalizada.
Na essência da perda de popularidade está a combinação perniciosa e nada virtuosa que envolve o aumento da inflação, em especial de alimentos, as taxas de juros, a inadimplência, o encarecimento do crédito ao consumo, tudo isso coroado com a queda da confiança. Um coquetel amargo, com garantia de ressaca memorável.
Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/04/2025/artigos/apertem-os-cintos-estamos-atravessando-zona-com-turbulencia-de-moderada-a-forte-e-seus-impactos-no-consumo-e-varejo/”