Vendedores brasileiros terão pavilhão made in Brazil no marketplace Alibaba

Ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa.

A partir de novembro, vendedores brasileiros vão contar com um pavilhão de vendas exclusivo chamado Made in Brazil no site do Alibaba, empresa que controla o AliExpress. A ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa para encontrar potenciais importadores. Atualmente, 26 milhões de empresas internacionais ativas usam as plataformas do grupo.

A inauguração do espaço virtual brasileiro é parte de uma parceria entre o Alibaba e a ApexBrasil, visando expandir os canais de exportação de produtos brasileiros para os mercados asiáticos e globais por meio das plataformas de comércio eletrônico do grupo.

O acordo prevê que as organizações vão apoiar as empresas brasileiras em seu processo de transformação digital por meio de programas, cursos e treinamentos.

“O Alibaba se compromete a fornecer serviços exclusivos para estas 100 empresas, o que inclui montar lojas online, listar produtos, fazer design de sites e fornecer relatórios trimestrais de operação”, diz Wang Xia, diretor de negócios do Alibaba International Station.

Em junho de 2022, o Alibaba um projeto de importação comercial chamado Alibaba Fulfillment Service, com a intenção fornecer suporte às vendas de empresas nacionais para o mercado global.

Momento do comércio chinês
O comércio eletrônico na China é o maior do mundo em termos de volume e vendas. Dos mais de 1 bilhão de chineses com acesso à internet, dos quais 800 milhões compram online. Para se ter uma ideia do volume, o total de vendas digitais chinesas excede o volume combinado de transações online nos EUA, Reino Unido e Alemanha.

Além disso, o Brasil também é um dos mercados mais dinâmicos no comércio eletrônico, com expressivo crescimento nos últimos dois anos. Em 2021, as vendas cresceram 35%.

Cresce consumo online entre brasileiros acima dos 65 anos

Estudo mapeou o comportamento das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

O Brasil presencia uma mudança significativa nos perfis etários dos consumidores de diferentes redes sociais. É o que mostra o Beyond Age, relatório global produzido pela divisão de mídia da Kantar. No levantamento, para cada usuário adicional entre 12 e 19 anos que acessou o Facebook de 2015 a 2021, foram mais de sete usuários adicionais entre 65 e 75 anos navegando pela plataforma.

Com informações do Target Group Index — pesquisa sindicalizada presente em 45 mercados ao redor do mundo —, o levantamento visa explorar diferentes facetas das gerações brasileiras, desde valores e atitudes, até escolhas de marcas e comportamentos de mídia.

É válido destacar que as gerações coincidem com os grandes saltos de comportamento da sociedade e com uma nova forma de ditar o mercado. Lembrando que, no Brasil desde 2000, o estudo possui quatro atualizações anuais:

Baby Boomers (1946-1964);
Geração X (1965-1980);
Millennials (1981-1996);
e Geração Z (1997 em diante).

Crescimento do público acima dos 65 anos em outras plataformas
Dados do Target Group Index mostram que as gerações mais velhas se tornaram mais frequentes em mídias digitais. O Facebook, por exemplo, passou por um aumento significativo na proporção de adultos com mais de 65 anos acessando a rede social — foi de 2% em 2015 para 7% em 2022. A rede, aliás, saiu de 47 milhões de usuários para 53,4 milhões no mesmo período, dentro do universo pesquisado.

No mesmo período, a representatividade do grupo de 12 a 19 anos caiu de 22% para 11%, enquanto os usuários de 20 a 24 anos foram de 14% para 11%. Isso mostra uma nova percepção do público online, sendo que os mais velhos agora são parte do mainstream de consumo e não mais uma minoria para o mercado.

Vale destacar que outras plataformas também apresentaram um movimento dos públicos mais velhos superando o aumento dos grupos mais jovens. Os dados relativos ao período entre 2015 e 2022 mostram que os maiores crescimentos percentuais se deram exatamente entre os 65+. Neste intervalo, o crescimento foi de 255% no Facebook, 886% no YouTube, 707% no WhatsApp e 4937% no Instagram.

Outros comportamentos do público mais experiente
A idade também pode ser um bom parâmetro para mensurar atitudes. Segundo o estudo Beyond Age, os brasileiros se tornam mais contrários a correr riscos ao longo do tempo – 54% da faixa etária entre 25 e 34 anos está disposta contra 33% entre 55 e 65 anos.

Certos eventos vividos em um período de 12 meses também são mais prováveis de acontecer em determinadas gerações. Por exemplo, sair da casa dos pais ou terminar a escola são voltados para públicos mais jovens, enquanto quitar o financiamento de um imóvel é mais provável de acontecer com um consumidor mais velho.

Quando o assunto é relação com a renda, por sua vez, os resultados são bastante similares em todas as faixas etárias. 58% dos brasileiros de 25 a 34 anos concordam com a frase “Como eu gasto meu tempo é mais importante que o dinheiro que ganho”. Entre o público de 55 a 65 anos, a taxa é de 55%.

Black Friday, Dia do Solteiro e dos Supermercados: novembro será mês das promoções

Num cenário de poder de compra reduzido e produtos mais caros, três datas prometem mobilizar os consumidores em novembro em busca de preços mais atrativos: além da já tradicional Black Friday, este ano realizada no dia 25, o Dia do Solteiro, no dia 11, e o Dia dos Supermercados, no dia 12, devem impulsionar as vendas. O mês das promoções terá ainda descontos para quem está negativado regularizar as dívidas.

– Ter três datas num único mês é interessante, mesmo que uma delas ainda não tenha uma cultura consolidada, mas que pode ganhar força ao longo dos anos. Sem dúvida pode levar a um aumento substancial de vendas e boas oportunidades para o consumidor – avalia Marcos Caiado, da Escola de Negócios da PUC-RJ.

Um levantamento encomendado pelo Google ao Instituto Ipsos, divulgado em setembro, apontou que depois de dois anos com medidas de distanciamento social, a expectativa é que sete em cada dez brasileiros irão às compras na Black Friday de 2022, principal evento de preços reduzidos do ano no Brasil.

Roupas e acessórios aparecem em primeiro lugar (47%), seguidos por livros e itens de papelaria (43%), antecipando compras de material escolar. Calçados (38%) e celulares (36%) seguem a lista, além de eletroportáteis (33%), o que sinaliza que os entrevistados querem equipar a casa para a Copa do Mundo e Natal.

Coordenador do Núcleo de Varejo da FGV Rio, Ulysses Reis analisa que as três datas devem mobilizar as varejistas, aumentando as vendas. Segundo ele, quem puder deve antecipar as compras de fim de ano, já que no período natalino os preços tendem a subir.

– A partir de 15 de novembro temos o pagamento da primeira parcela do 13º e em dezembro, lojistas de shopping pagam um aluguel dobrado. Com mais custos, não tem jeito, o lojista sobe os preços – explica.

Reis também orienta que consumidores que preferirem as lojas físicas devem ficar atento a chamada “desova“ dos estoques, quando os lojistas reduzem os preços de produtos parados antes da Black Friday – e que podem ter preços mais vantajosos.

Mas é preciso cuidado: com quase 40% da população adulta negativada, como mostrou pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), antes de ir às compras e acabar cedendo aos impulsos de descontos atrativos, consumidores precisam se planejar e avaliar bem o que é ou não necessário para evitar ainda mais endividamento.

Dia do Solteiro

A data que estimula pessoas solteiras a comprar presentes é uma oportunidade para comprar roupas, calçados, acessórios e pequenos objetos de decoração, por exemplo, mas também smartphones e até drones.

O dia é uma tradição na China há quase três décadas, mas foi a partir de 2009 que se tornou o maior evento de compras do mundo, com o impulso do conglomerado Alibaba. Dados do setor apontam que, em 2021, o Dia do Solteiro chinês teve um faturamento 2,8 vezes maior que a Black Friday dos Estados Unidos.

Um das marcas do grupo Alibaba, a gigante do e-commerce AliExpress trouxe a data para o Brasil no ano passado. Nesta segunda edição, a empresa promete descontos de até 90%, além de iniciativas para impulsionar ainda mais as vendas, como live-ecommerces (vendas ao vivo) em português, descontos progressivos, cashback e frete grátis.

Mas a AliExpress não está sozinha. O dia 11 vai coincidir com o Dia Shopee de novembro, dia que concentra, uma vez ao mês, as maiores promoções da plataforma de vendas. A Black Friday antecipada do marketplace terá descontos de até 50% e cupons de frete grátis.

Já a Shein também vai celebrar a data dupla, que acontece nos mesmos moldes da Shopee, até o dia 14, antecipando ofertas da Black Friday. Os descontos começaram em 22 de outubro, e até o fim da campanha, chegam a 90% em peças selecionadas. Além disso, a empresa vai distribuir cupons de frete grátis, cartões presente de R$ 800 e sortear 99 clientes para um pedido totalmente gratuito.

Black Friday dos mercados

Apesar da deflação de setembro, terceira queda consecutiva do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE, a inflação dos alimentos continua pesando no bolso das famílias, com a alimentação em casa acumulando alta de 13,28% nos últimos 12 meses.

Neste cenário, a “Black Friday dos Supermercados” pode ser uma boa oportunidade para encher o carrinho e se preparar para as festas de fim de ano.

A data, criada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para aquecer o consumo em meio a alta dos preços, acontece pela primeira vez em 2022 e será celebrada anualmente no segundo sábado de novembro.

Segundo a entidade, segmentos da indústria, como de bebidas, carnes e laticínios, estão antecipando ofertas do fim do dia 25 para impulsionar os descontos no dia 12. Ainda segundo a Abras, redes como a catarinense Top, o grupo Muffato, do Paraná, e a Nordestão, do Rio Grande do Norte, aderiram à data.

No Rio, no entanto, o movimento ainda é tímido. O Intercontinental, com 20 unidades na Região Metropolitana, planeja promoções em diversos segmentos de produtos no dia 12, mas os percentuais de desconto ainda não foram definidos.

Já outras redes vão focar em descontos apenas na Black Friday tradicional. É o caso das redes Mundial, Pão de Açúcar e Mercado Extra, que planejam promoções no fim de semana da Black Friday.

Black Friday

A já tradicional Black Friday encerra o mês com os descontos focados em eletrônicos e eletrodomésticos, principalmente nas vendas online. Mas ainda faltando quase duas semanas para o dia 25, grandes varejistas como Magalu, Americanas e Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, já estão em ritmo de esquenta, com promoções antecipando a data.

Historicamente como produto mais procurado pelos consumidores, segundo o setor as televisões devem bater recorde de vendas este ano por conta de uma coincidência inédita: a Copa do Mundo começa no dia 20, cinco dias antes da Black Friday.

Representante do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Economia Digital (camara-e.net), Gerson Rolim explica que o setor está aquecido, com um crescimento de 4,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

– O segundo semestre costuma ser maior em vendas do que o primeiro por conta das sazonalidades do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, mas esse ano é mega atípico com a Copa. As pessoas querem ver os jogos numa tela maior, de melhor resolução e com um bom sistema de som. Estamos muito otimistas. A expectativa é de descontos de pelo menos 20% a 50% – afirma.

Além das TVs, as vendas de celulares também devem aumentar por conta do torneio – com consumidores investindo em celulares turbinados para assistir os jogos mesmo quando estiverem distantes de uma televisão – assim como o segmento de vestuário e acessórios esportivos, como camisas da Seleção Brasileira, chuteiras e bolas de futebol.

Promoção para limpar o nome

Os descontos não ficarão restritos a hora de comprar roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos: quem está com o nome sujo também terá neste mês oportunidades de renegociar débitos e se preparar para começar 2023 com mais tranquilidade.

A Serasa já iniciou o Feirão Limpa Nome, que reúne 260 empresas dos segmentos de telefonia, bancos, varejo e universidades, entre outros. Os descontos podem chegar a 99% da dívida, com negociação em até três minutos e baixa da negativação em até 24 horas.

O Feirão vai até o dia 5 de dezembro. A negociação pode ser feita no site da iniciativa (serasalimpanome.com.br), no aplicativo da Serasa (disponível no Google Play e App Store), por telefone (no 0800 591 1222), pelo WhatsApp (11 99575-2096) ou presencialmente em qualquer agência dos Correios.

Dívidas com bancos também podem ser renegociadas no Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, que reúne instituições bancárias e financeiras de todo o país. A iniciativa é uma ação conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central do Brasil (BCB), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país.

Podem participar pessoas físicas com dívidas sem bens dados como garantia e com parcelas de empréstimos e financiamentos em atraso. A negociação pode ser feita através dos canais oficiais dos bancos (meubolsoemdia.com.br/Materias/mutirao-da-negociacao) ou no site da Senacon (consumidor.gov.br).

Cuidado para não se endividar

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Balck Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Como não cair em armadilhas

Seja no mercado, nas lojas de roupas e calçados ou na hora de comprar uma nova TV na black friday das grandes varejistas, quem quiser garantir bons descontos precisa, antes de tudo, pesquisar os preços dos produtos desejados para não cair em nenhuma oferta “pela metade do dobro”.

Sites como Zoom, Buscapé e BondFaro, que comparam preços, são boas ferramentas para o acompanhamento das preços, além dos Procons e o site Reclame Aqui, onde é possível consultar a reputação da empresa, se ela cumpre suas obrigações e como lida com problemas com o consumidor.

Outro cuidado deve ser com a segurança nas compras online: detalhes como a presença do “https” no início do endereço do site, o cadeado no canto direito da barra de navegação e selos de segurança indicam que o portal é confiável.

– Temos muitas fraudes nesse período. Muitas pessoas mal intencionadas usam nomes muitos parecidos aos de grandes varejistas para cometer fraudes. É preciso estar atento – orienta David Douglas Guedes, do Idec. A entidade reúne em seu site (idec.org.br/blackfriday) uma página com dicas e recomendações para que o consumidor não caia em pegadinhas.

Quem encontrar alguma oferta falsa, deve prestar queixa ao Procon. Já se for vítima de fraude, o consumidor precisa registrar um boletim de ocorrência numa delegacia.

Vai adiantar as compras do Natal? Atenção

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Black Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

China: melhorar os índices de logística reflete a recuperação econômica do país

Vários índices de logística recentemente reverteram suas trajetórias de queda com melhorias na demanda do mercado e nas operações comerciais, indicando que o motor econômico da China está a caminho de voltar graças a políticas acordadas de pró-crescimento.

Durante o feriado nacional da semana passada, as empresas de entrega expressa da China ficaram lotadas de pedidos, lidando com mais de 4,1 bilhões de encomendas no total, informou a Agência dos Correios do Estado no último sábado (8).

Um índice da indústria mostra que o mercado de correio da China se recuperou de seus baixos índices anteriores para se tornar vivo em setembro.

O índice de desenvolvimento de entrega expressa do país asiático, uma medida das atividades e tendências gerais de negócios de entrega expressa, chegou a 353,1 no mês passado, um aumento mensal de 13,5%.

O índice de logística de comércio eletrônico reverteu a contração de agosto subindo para 108,1, perto da alta deste ano de 108,9 registrada em fevereiro, segundo apontou uma pesquisa realizada em conjunto pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, na sigla em inglês) e a gigante do comércio eletrônico JD.com.

E as melhorias não se limitam ao setor de comércio eletrônico. O índice que acompanha o desempenho do mercado de logística da China ficou em 50,6% em setembro, um aumento de 4,3% em relação a agosto, revertendo uma sequência de perdas de dois meses, segundo a CFLP.

Hu Han, pesquisador do Centro de Informações Logísticas da China, atribuiu a recuperação à implementação de macropolíticas, à recuperação constante do consumo doméstico, ao rápido crescimento em energia e logística, bem como à restauração da capacidade de abastecimento logístico.

A maioria dos subíndices apresentou alta no mês passado. O subíndice de novos pedidos ficou em 50,1%, acréscimo de 3,2% em relação a agosto, indicando um aumento nos pedidos e a recuperação da demanda no mercado de logística, observou He Hui, presidente adjunto da CFLP.

A infraestrutura logística do país asiático foi tranquila em setembro, disse Hu, destacando a forte resiliência da rede expressa de comércio eletrônico, conforme indicado pela rápida recuperação do volume de negócios e subíndices de novos pedidos.

Devido ao aumento nos pedidos e receitas, a lucratividade de empresas de tamanhos variados mostrou sinais de melhora, observou Hu, acrescentando que o desempenho das empresas no terceiro trimestre deste ano foi significativamente mais forte do que no trimestre anterior.

“À medida que as políticas para estabilizar a economia e apoiar as empresas gradualmente entraram em vigor, as operações comerciais no setor de logística tiveram uma melhora geral”, disse Hu.

Este ano, a China divulgou um pacote de medidas para combater as interrupções induzidas pela Covid e coordenar o controle da pandemia. No final de setembro, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang pediu a implementação de políticas e pediu esforços para garantir uma logística tranquila e o fornecimento constante de carvão e eletricidade.

Em relação ao futuro, analistas acreditam que situações econômicas internacionais complicadas combinadas ao ressurgimento de casos de Covid-19 em várias regiões e à demanda fraca podem pesar nas operações de logística no quarto trimestre.

Americanas lança 2ª edição do programa para capacitação de consultores do marketplace

O programa acontece de forma online e é gratuito. Ao todo são três módulos com diferentes conteúdos sobre varejo.

A Americanas, um dos principais players do setor varejista, anunciou a segunda edição de seu curso voltado para capacitação de consultores para o marketplace. O projeto visa estimular o empreendedorismo e proporcionar uma renda extra para a nova leva de especialistas capacitados. Na primeira edição do programa, foram certificados 1.150 consultores.

Para realização do projeto, a Americanas conta com a parceria do E-commerce na Prática. O curso é dividido em três módulos com conteúdo sobre varejo, transformação digital, marketing e finanças. Com carga horária de 8 horas, as aulas são gravadas em vídeo para auxiliar os que precisam conciliar o curso com a rotina do dia a dia.

“Criamos esse curso para expandir as possibilidades de mais pessoas poderem ganhar dinheiro e entrar no mercado de venda online. Qualquer um que se interessar em aprender mais sobre como funciona esse universo e os marketplaces, pode fazer a capacitação e, assim, trabalhar com uma nova fonte de renda”, destacou Mayra Gianoni, gerente de negócios da Americanas Marketplace.

A executiva ainda contou que no final da capacitação, os inscritos terão um módulo especial sobre consultoria na prática. Além disso, serão abordados os diferenciais e o ecossistema de soluções da plataforma.

Após a conclusão, aprovação na avaliação final e obtenção de certificado, os consultores podem começar a atuar na função. Eles são remunerados pelas vendas de cada novo parceiro que se cadastrar na plataforma por sua indicação, durante o período de um ano. A remuneração do consultor é totalmente custeada pela Americanas Marketplace, sem cobrança sobre a venda dos lojistas.

Aos interessados em participar do programa de consultores da Americanas Marketplace, as inscrições já estão abertas no site oficial do programa e podem ser feitas até o dia 14 de novembro. Para se inscrever e atuar como consultor, é necessário ter um CNPJ.

Dia das Crianças: Gastos com presentes devem ser maiores que no ano passado, mostra pesquisa Iasmin Rao Paiva

Mais brasileiros pretendem comprar presentes neste Dia das Crianças, e a média de preços que estão dispostos a pagar é mais alta do que em 2021, aponta pesquisa da empresa de inteligência analítica Boa Vista.

O estudo revela que 76% dos consumidores têm intenção de comprar presentes no feriado, um aumento de 12 pontos percentuais em relação aos que declararam o mesmo em 2021.

Além disso, o valor médio que esses consumidores estão dispostos a pagar também aumentou. O ticket médio do Dia das Crianças 2022 é de R$ 221, ante R$ 195 registrados no ano anterior.

Apenas 28% dos entrevistados demonstraram intenção de pagar mais pelos presentes em 2022, uma queda de 15 pontos percentuais em relação ao ano passado.

Mas 42% dos consumidores alegaram que pretendem gastar quantia similar ao ano de 2021, enquanto outros 30% afirmaram que gastarão menos.

Preços x necessidades
Mais da metade dos consumidores serão impactados pelos preços.

Ao todo, 36% afirmaram que vão levar os preços em conta neste Dia das Crianças, enquanto 29% apontaram que irão considerar a necessidade do presente como fator decisivo.

Outros fatores determinantes para o consumidor no feriado será a qualidade do produto, importante para 18%, o atendimento, importante para 10%, e a sustentabilidade das marcas, relevante para 4% dos consumidores, são outros fatores levados em conta.

O pagamento à vista será prioridade para 59% dos consumidores neste Dia das Crianças, aumento de 6 pontos percentuais em relação à 2021.

O meio de pagamento que mais será utilizado é o cartão de crédito, mencionado por 39% dos entrevistados, seguido pelo cartão de débito, escolhido por 26%, enquanto Pix foi mencionado em 16% das respostas.

Impacto da economia
O comportamento do consumidor no Dia das Crianças deve ser bastante influenciado pelo cenário econômico, na avaliação de Flávio Calife, economista responsável pela área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista.

Para o especialista, faz sentido que os preços estejam na frente numa escala de prioridades, da mesma forma que o consumidor prefira pagar as compras à vista.

“O cenário econômico é um pouco mais delicado ao consumidor por conta da inflação e do aumento nas taxas de juros. A renda está mais comprometida e vimos que a inadimplência das famílias cresceu num ritmo forte desde o início do ano”, explica.

Calife também ressalta que o varejo físico voltou a ganhar espaço, mas o varejo online continua sendo importante.

Na avaliação do economista, muitos consumidores experimentaram as compras online durante a pandemia e perceberam que ela há uma série de vantagens, como comodidade, praticidade e segurança.

“Houve uma mudança de hábito no que se refere às compras online durante a pandemia e isso não se perdeu depois que as restrições deixaram de existir”, explica.

Plataformas
Dentre os meios mais buscados para realizas as compras para o Dia das Crianças, as redes sociais se destacaram como a principal plataforma de busca.

Segundo um levantamento da All In, da Locaweb, em parceria com a Opinion Box, cerca de 75% dos consumidores devem utilizar as redes como principal meio de busca de um presente para o feriado.

A preferência por esse meio se deve principalmente pela possibilidade dos consumidores terem acesso à avaliação de outros clientes, apurou o estudo.

Dentre as redes sociais, a mais popular é o Instagram, utilizado por 70% dos entrevistados, seguido pelo Google Shopping, com 55% e Facebook, com 53%. O YouTube é utilizado por 46% dos consumidores, e o WhatsApp, por 36%.

Varejo paulista deve registrar aumento de R$ 800 milhões nas vendas no mês do Dia das Crianças

Os desempenhos mais acentuados devem ser nas lojas de eletrônicos, perfumaria e vestuário.

Considerando a movimentação na primeira dezena de outubro, que antecede o Dia das Crianças, o varejo paulista projeta um aumento de R$ 800 milhões nas vendas, em comparação ao mesmo período do ano passado.

Segundo estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), se o esse montante for confirmando-se , o resultado indicará uma alta de 4% em relação ao registrado em outubro de 2021.

A previsão considera o faturamento de todas as atividades que, direta ou indiretamente, poderão se beneficiar do movimento de consumidores no período. No geral, o Dia das Crianças apresenta pouca influência para o varejo, mas provoca um impacto interessante no movimento de vendas nos dias em que a antecedem a data.

A ocasião afeta segmentos varejistas muito específicos, como brinquedos, vestuário e, mais recentemente, loja de eletrônicos (em virtude, principalmente, de videogames, smartphones e laptops).

Os desempenhos mais acentuados devem ser observados nas lojas de eletrônicos, perfumaria e vestuário. Os supermercados, por sua vez, devem apresentar uma movimentação menor em comparação ao ano passado.

Outro reflexo do Dia das Crianças para o comércio é antecipação das compras dos presentes de Natal, já que os clientes podem encontrar, em muitos casos, preços mais atrativos nesta época do que em dezembro. Além disso, diante da forte característica de entretenimento familiar, o Dia das Crianças poderá alavancar outras atividades, principalmente nos shopping centers.

Empresas de guarda-móveis agora priorizam o e-commerce

Com a falta de galpões nas grandes cidades, empresas passaram a aproveitar lojas desativadas a estacionamentos como espaço de armazenamento.

A falta de galpões perto da casa do consumidor para agilizar as entregas do e-commerce está mudando a paisagem da cidade de São Paulo e abrindo novas frentes para as empresas de armazenagem. A GoodStorage, por exemplo, que começou em 2013 como um guarda-móveis, hoje se posiciona como uma empresa de logística urbana, oferecendo armazenagem para pessoas físicas e empresas.

Um exemplo dessa transformação foi a compra da fábrica de trens da Alstom, na Lapa, na zona oeste da cidade. Com a ida da indústria para Taubaté (SP), ficou vago um terreno de 80 mil metros quadrados, com 65 mil m² de galpões.

“Estamos reformando esses galpões, que vão dar origem a um parque logístico no coração da Lapa”, conta Thiago Cordeiro CEO da GoodStorage. O Lcomeça a funcionar em fevereiro e já tem uma parte pré-locada.

A fábrica da Alstom foi adquirida antes da pandemia, assim como outros imóveis, vários deles ocupados por indústrias.

Todos estão para dentro das Marginais e com localização estratégica, a fim de serem transformados em galpões de armazenagem voltados para entregas rápidas.

Hoje a companhia tem sete parques logísticos urbanos, que somam uma área de 150 mil m² e investimentos de US$ 150 milhões. Quatro já estão em operação, com 90% de ocupação.

Em cinco anos, o plano é ter 500 mil m² de galpões logísticos na cidade de São Paulo, com investimentos adicionais de US$ 250 milhões. “A despeito do juro alto não ser favorável ao investimento imobiliário, continuaremos investindo e bastante, porque falta infraestrutura.”

Pandemia
Outra empresa que mudou o posicionamento foi a Unlog. Começou há dois anos como uma plataforma de locação de vagas de estacionamento, mas não deu certo.

Michele D’Ippolito, sócio diretor da companhia, diz que a saída foi virar a empresa para a logística urbana, no qual o aluguel é mais valorizado. Foram então abertos pequenos galpões, com tamanhos que variam entre 200 e 1.000 m², que estão espalhados por bairros dentro de grandes cidades.

“Miramos numa formiguinha e acertamos num elefante”, afirma D’Ippolito. Com a mudança, imediatamente ele conseguiu conquistar clientes como Ambev, Mercado Livre, Americanas e outras gigantes.

O empresário explica que “granularização” da armazenagem dentro dos grandes centros é a nova tendência. Com isso, passaram a ser aproveitados os espaços mais variados: de lojas desativadas a galpões e também parte de estacionamentos ociosos. “Somos bem ecléticos, e o nosso modelo é bem híbrido.”

Na Rua 25 de Março, polo de comércio popular do centro da capital, a empresa ocupa parte de um estacionamento. A área alugada foi transformada em ponto de armazenagem em contêineres e também é aproveitada para o transbordo e retirada de itens.

Na Vila Olímpia, zona sul da cidade, a companhia tem uma área de armazenagem de 400 m², dividida em pequenos hubs logísticos. Eles são alugados pelo varejo online, como Amaro, Riachuelo e empresas como a Infracommerce, voltada à parte de implementação de e-commerce para as indústrias.

Aliás, indústrias de bens de consumo, como Philip Morris e Canon, que estão nessa unidade, são os principais clientes da companhia.

Pré-sal
“Para a gente, a pandemia foi mágica”, diz o empresário, que no meio da crise sanitária da covid-19 viu seu negócio dar um salto. “Em 2021, crescemos o faturamento em 1.600%.”

O negócio deu tão certo que foi criada uma divisão específica de armazéns, a Undock. Hoje são 28 unidades que somam cerca de 20 mil m² de área de armazenagem em mais de 20 cidades.

A meta é ter 700 hubs de armazenagem em seis anos. E a próxima fronteira a ser explorada será o “pré-sal”, brinca o empresário.

Ele se refere às áreas subterrâneas das grandes cidades que estão ociosas e necessitam de muita tecnologia para serem exploradas. “Esse é o próximo passo que a gente enxerga como sendo o metro quadrado com grande potencial de ser ressignificado para a logística.”

Varejo está 1,1% acima do pré-pandemia e 5,2% abaixo do pico de 2020, diz IBGE

O volume de vendas do varejo chegou a agosto em patamar 1,1% acima do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas operam 3,0% abaixo do pré-pandemia.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio e foram divulgados nesta sexta-feira, 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados e material de construção estão operando acima do patamar pré-crise sanitária.

O segmento de artigos farmacêuticos opera em patamar 20,1% acima do pré-crise sanitária; combustíveis e lubrificantes, 16,6% acima; material de construção, 1,6% acima; e supermercados, 2,3% acima.

Os veículos estão 8,4% aquém do nível de fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 17,2% abaixo; vestuário, 14,6% abaixo; equipamentos de informática e comunicação, 13,8% abaixo; outros artigos de uso pessoal e domésticos, 3,8% abaixo; e livros e papelaria, 34,8% abaixo.

Abaixo de pico de 2020

Após um recuo de 0,1% no volume vendido em agosto ante julho, o varejo passou a operar 5,2% abaixo do pico alcançado em outubro de 2020, dentro da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio, iniciada em 2000.

Já o varejo ampliado, que caiu 0,6% em agosto ante julho, está em nível 8,7% aquém do ápice registrado em agosto de 2012.

E-commerce: pequenos e médios faturaram R$ 52 mi no trimestre

Levantamento da Nuvemshop sobre vendas pela internet no terceiro trimestre deste ano apontou que o faturamento de pequenos e médios lojistas no comércio eletrônico do Rio de Janeiro alcançou R$ 52 milhões no período, ante R$ 36 milhões em 2021, um aumento de 44%. O tíquete médio chegou a R$ 241, ante R$ 203 em 2021.

Os segmentos de moda e acessórios lideraram as vendas no período; e cartão de crédito e Pix foram os meios de pagamentos mais utilizados.

O levantamento foi realizado com a base de mais de 100 mil lojistas cadastrados na plataforma da empresa.

Já projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) aponta que o período da Black Friday deve movimentar R$ 6,05 bilhões no comércio eletrônico brasileiro. Segundo o levantamento, o número de pedidos pela internat deve ultrapassar os 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas este ano serão: telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

Apesar dos números volumosos, o montante representa um aumento de 3,5% em relação a 2021. Segundo a ABComm, o crescimento tímido é uma tendência para as datas especiais deste ano, mas não deixa de ser uma oportunidade importante para o empreendedor otimizar seus resultados.

O comércio eletrônico cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Os motivos orbitam diversas variáveis, como o aumento dos combustíveis, já que a recente diminuição do preço não se aplicou ao diesel, que é responsável pela maior parte do transporte de produtos. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas. Uma pesquisa da ABComm aponta que o preço do frete pode influenciar até 90% a decisão de compra de um item nas vendas pela internet.

Outros motivos, como o boom do comércio eletrônico na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e as eleições deste ano também podem afetar as vendas durante a Black Friday.

Em 2021, a modalidade “pick up in-store” na qual o cliente faz o pedido pela internet, mas retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo virtual caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.