Black Friday deve movimentar R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro

Se confirmado, esse valor vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação ao ano passado.
A Black Friday de 2022 deve movimentar cerca de R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro, mostra levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Se confirmado, esse número vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação à mesma data do ano passado.

O número de pedidos feitos online deve ultrapassar 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas na Black Friday deste ano serão telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

A ABComm classifica o crescimento de 3,5% como “tímido” e destaca que esta é uma tendência para as grandes datas do varejo neste ano. Ressalta, porém, que a Black Friday e essas outras datas são oportunidades importantes para o empreendedor otimizar seus resultados.

O e-commerce cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Entre os motivos para este resultado, está o aumento dos combustíveis. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas.

Outros motivos, como o boom do e-commerce na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e eleições 2022 também podem afetar as vendas na Black Friday.

Em 2021, a modalidade “pick up in-store”, na qual o cliente faz o pedido online e retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo online caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.

“É importante que as empresas estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Apesar dos desafios da economia e do crescimento leve no setor, o volume de receita é um estímulo aos empreendedores”, afirma Alexandre Crivellaro, diretor de Inteligência de Mercado da ABComm.

A Black Friday se consolidou no Brasil como data importante não só para o comércio eletrônico, mas para o varejo em geral. “É uma data que as pessoas esperam um volume maior de vendas, uma vez que já caiu no gosto popular. Os consumidores esperam esse período para comprarem diversos produtos, que geralmente são mais caros, com um desconto mais atrativo. É muito importante que os varejistas sempre se antecipem para atenderem a esse aumento de vendas por meio da preparação de estoque, logística e dos canais de atendimento pós-venda”, finaliza Alexandre Crivellaro.

Sites internacionais conquistam metade dos shoppers brasileiros

Vendas Decolam
O e-commerce brasileiro apresentou um salto em evolução nos últimos anos. Mostra disso é a presença do comércio cross-border, que envolve o transporte de um produto de um país para o outro, ultrapassando fronteiras. Durante o primeiro semestre de 2022, 54% dos brasileiros realizaram compras online em plataformas estrangeiras. É o que diz o último relatório Webshoppers, elaborado pela NielsenIQ.

Asiáticos São Destaque
Entre os sites mais buscados, destaque para a Shopee, com 42% de participação, seguida de Aliexpress (34%), Amazon (31%), Shein (16%) e Wish (7%). A Shopee, inclusive, cresceu 270% em receita no Brasil no 2º trimestre de 2022, e figura em segundo lugar como site mais acessado no e-commerce nacional (10,1%), atrás apenas do Mercado Livre (13,8%), em uma pesquisa da Conversion. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criaram muito senso de urgência com suas promoções e construíram uma verdadeira experiência de busca de achados, que faz com que as pessoas queiram passar cada vez mais tempo dentro do site e do app”, analisa Diego Ivo, CEO da Conversion, em nota divulgada.

Perfil do Shopper Cross-Border
Entre os clientes cross-border, 58% representam o gênero masculino, sendo que 62% têm entre 25-49 anos e 64% possuem ensino superior. A renda familiar de até R$ 4.800 faz parte de 39% dos shoppers. Para Luiz Henrique Didier Jr, CEO da Bexs Pay, banco de câmbio e pagamentos digitais, o segmento vem conquistando os consumidores brasileiros e promete aumentar sua representatividade no País. “Maior eficiência nas lojas cross-border, prazos de entrega sendo expressivamente reduzidos, suporte local e uma ampla gama de meios de pagamento do Brasil são alguns dos principais fatores que fizeram crescer a confiança dos e-shoppers para o consumo além das fronteiras brasileiras”, afirma, em comunicado à imprensa.

Categorias
O levantamento Webshoppers também revela as categorias em evidência, que são Moda e Acessórios, além de Eletrônicos. No período, 28% dos consumidores realizaram compras na primeira categoria, enquanto outros 24% compraram eletrônicos. Em seguida, vêm as categorias de Informática (18%), Casa e Decoração (17%) e Brinquedos e Games (9%). A amostra da Webshoppers teve 2.837 respondentes no Brasil e o período de coleta foi de 2 a 8 de agosto de 2022.

Marisa e Sebrae se unem para fomentar capacitação de micro e pequenas empresas

Nesta fase, serão contemplados apenas os estados do Ceará, Pernambuco e Santa Catarina.

Em busca de desenvolver micro e pequenas empresas, a Marisa, varejista de moda feminina, anunciou um programa de capacitação destinado a elas. O projeto foi desenvolvido em parceria com o Sebrae e subsidiará em 90% o custo do programa, que terá a duração de 18 meses, para os empreendedores selecionados.

O objetivo principal da iniciativa é dar mais instrumentos aos pequenos empresários para que eles consigam ampliar suas empresas e obter ganhos em competitividade. Ao todo serão escolhidas 50 empresas para o programa e será dada prioridade para mulheres empreendedoras. Nesta fase, serão contemplados apenas os estados do Ceará, Pernambuco e Santa Catarina.

A iniciativa surgiu com a meta de profissionalizar e capacitar mulheres na cadeia produtiva da moda. Atualmente, o Brasil possui a quinta maior indústria têxtil do mundo e, se somada ao setor de confecção, responder por 16,7% dos empregos de transformação no país.

Em sua origem, em 2010, a Marisa criou um Programa de Auditoria de Fornecedores, para realização de auditorias em toda a sua cadeia de fornecimento, envolvendo fornecedores e subcontratados. Agora, o projeto recebeu o apoio do Sebrae para servir de ferramenta para desenvolvimento das pequenas empresas do setor.

Como foco principal, o programa visa desenvolver seis pontos principais: competitividade, produtividade, lucratividade, inovação, ampliação de mercado e desenvolvimento sustentável. Para apresentar o conteúdo aos empresários, o projeto fará mentorias, oficinas, cursos, rodas de conversa e consultorias.

Além disso, serão ensinadas técnicas e conceitos para coleta e registro de dados, processos produtivos, pensamento sustentável, gestão financeira, engajamento. Por conta do subsídio quase integral do programa, o custo individual para os empresários selecionados será de R$ 1.600,00.

“Entendemos o papel propulsor da mulher dentro do nosso segmento. Então, temos muita clareza de que, com uma proposta de empoderamento efetivo, é possível termos políticas melhores, não só de gestão e de governança, mas também políticas mais sustentáveis, mais justas, mais inclusivas para toda uma cadeia produtiva”, destacou Anny Tonet, coordenadora de Moda do Sebrae Nacional.

Deflação chega a comércio eletrônico; índice E-Flation recua 2,23%, diz Ibevar

O índice E-Flation, que mede a inflação no comércio eletrônico, calculado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo (Ibevar), mostra que a deflação chegou na internet.

Em setembro, o indicador caiu 2,23% quando comparado ao mesmo mês de 2021.

No acumulado desse período, recuou 8,57%. O E-Flation cobre 40 categorias com um total de mais de 21 mil produtos no comércio eletrônico.

A alta das taxas de juros pelo Banco Central, que saltaram de 2,00% para 13,75% vem impactando as margens das operações comerciais, em especial, aquelas realizadas no comércio eletrônico, destaca o Ibevar.

O presidente do Ibevar, Claudio Felisoni de Angelo, observa que produtos comercializados na internet são, de modo geral, muito mais facilmente comparáveis uns com os outros.

E uma das razões é a facilidade que o consumidor dispõe de obter informações sobre os referidos itens e as respectivas condições de pagamento.

“Isso obviamente acirra a competição. Em um ambiente de aperto do orçamento os varejistas são forçados a acomodar aumentos de custos comprimindo as margens por meio de reduções dos preços reais”, comenta em nota.

Marketplace brasileiro foca em público com mais de 60 anos

Inspirada em seus pais maduros, empreendedora co-funda marketplace voltado ao público 60+

As mudanças trazidas pela internet são tão rápidas que mesmo quem nasceu no mundo digital às vezes tem dificuldade em acompanhar. Imagine então quem não nasceu an era digital… Foi assim, inspirada na experiência dos próprios pais, que uma empresária decidiu reescrever a história do e-commerce.

A paulista Arine Rodrigues, 33 anos, formada em Relações Internacionais, com especialização em engenharia de alimentos, desenvolveu um e-commerce para, além de digitalizar negócios feitos por longevos e ajudá-los a vender mais, facilitar suas escolhas reunindo produtos e serviços que atendam aos seus desejos e necessidades.

A empreendedora acompanhou de perto as dificuldades que seus pais tinham com tecnologia ao fazer uma pesquisa, agendamento de serviços e até mesmo compras online. A executiva via que era necessário muito esforço e adaptação por parte dos pais para “fazerem parte” da era digital.

Foi assim que, em 2020, nasceu o Vida60mais, um marketplace totalmente focado neste público, tanto em layout, publicidade, cores, usabilidade e produtos/serviços aderentes aos desejos e necessidades longevos se atentando para não cair em estereótipos.

“Por ser filha caçula, acompanhei de perto as frustrações e falta de interesse dos meus pais ao lidarem com a tecnologia por não se sentirem representados e isso sempre ficou na minha cabeça. Sendo assim, resolvi criar um produto feito pelos e para os longevos, unindo cores, fontes, layout e toda a comunicação focada neles”, explica Arine Rodrigues.

Recursos próprios para o investimento inicial
Com R$ 50 mil para investir, Arine fez parceria com a também paulista Gabriela Manhoso, 31 anos, formada em Relações Internacionais, com MBA em Finanças. Elas fizeram entrevistas com 3 mil pessoas de todo o Brasil, com faixa etária a partir de 50 anos, e constataram que: 77% dos entrevistados não se sentiam representados nas plataformas atuais e não se identificavam nas campanhas publicitárias disponíveis.

E mais: 67% preferiam marcas e empresas com valores semelhantes aos seus e 87% gostariam de ser mais ouvidos pelas empresas e encontrar um espaço de consumo dedicado a eles.

O projeto teve sua estreia online em 2021 e hoje conta com 150 produtos/serviços cadastrados. O plano é encerrar 2022 com 400 opções para facilitar as escolhas dos maduros e mirar um faturamento na casa de R$ 500 mil em 2023.

“A princípio buscamos R$ 300 mil para uso nas melhorias mapeadas inicialmente focando em nossa base tecnológica e usabilidade, alcance com investimentos em marketing e eventos, estrutura física e contratação de equipe dedicada”, explica a cofundadora Gabriela Manhoso.

A longevidade como fatia de mercado de um bom negócio
“Acreditamos que o mercado da longevidade pode ser um unicórnio. Isso porque ainda é um mercado que ocupa pouco espaço nas agendas das empresas, mas que conta com números potenciais muito relevantes como ter girado R$ 1 trilhões de renda total em 2020, R$ 949 bilhões em consumo, ter uma representação expressiva em nosso PIB, representar mais de 20% do volume investido na B3, dentre outros dados econômicos importantes”, conta Arine, com base em dados da SeniorLab.

“Queremos nos tornar o portal referência dos longevos e criar uma comunidade 60+, um espaço onde eles queiram ficar conectados por confiarem e encontrarem informações relevantes e opções de compras que se conectem com eles e com seus familiares. Estamos avançando nesse sentido, aumentando o número de pessoas que nos acompanham (hoje são cerca de 14 mil, sendo 80% delas 50+), aumentando as vendas, gerando conteúdos, compartilhando informações relevantes e fortalecendo nossos reconhecimentos e parcerias”, finaliza Arine.

Alibaba lança experiência de compra de luxo no metaverso

A ideia é multiplicar as maneiras pelas quais as marcas de luxo podem se conectar com os compradores ricos da China.

O Alibaba Group está introduzindo recursos metaversos à sua plataforma interativa de compras de luxo, a tmall Luxury Pavilion, que realizará um desfile de moda de realidade aumentada e distribuirá um Meta Pass, que confere acesso digital prioritário aos produtos das marcas, da Burberry à Bogner.

Segundo a companhia, a ideia é multiplicar as maneiras pelas quais as marcas de luxo podem se conectar com os compradores ricos da China no metaverso com uma série de atualizações digitais e eventos este mês.

Nos últimos anos, a plataforma já havia implantado experimentações de compras em 3D, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para produtos, avatares digitais e colecionáveis digitais.

Também neste mês, em Xangai, executivos de luxo participaram de uma cerimônia de premiação e exploraram uma exposição sobre realidade estendida (XR) para visualizar o futuro do varejo.

Janet Wang, chefe da divisão de luxo da Alibaba, reconheceu que a pandemia foi desafiadora para os varejistas, mas disse que a companhia caminha para construir o maior mercado de luxo do mundo até 2025. “Antes de o metaverso se tornar uma palavra de ordem, já tínhamos transformado essa palavra de ordem em uma realidade comercial”, disse Wang.

Cinco anos da Tmall Luxury Pavilion
Marcas de luxo, como Richemont, Kering, LVMH e OTB, se reuniram na semana passada em uma festa de gala em Xangai para marcar o aniversário de cinco anos do Tmall Luxury Pavilion. Eles conheceram a exposição temporária criada pelo Laboratório XR da Damo Academy e pelo Tmall Luxury Pavilion para mergulhar em uma maquete de uma boutique de luxo do futuro, experimentaram óculos AR, segurar uma bolsa de luxo digital e a colocar em uma caixa de presente.

Os executivos também puderam brincar com os mascotes das marcas e segurar um pequeno cereador Burberry na palma da mão. Quando eles clicaram em um produto, uma janela apareceu na frente deles com detalhes de listagem de produtos.

A mostra oferece uma prévia de uma experiência imersiva de navegação e interação durante as compras, incluindo visualização 3D de produtos e gamificação multidimensional.

O desfile de moda com realidade aumentada será feito em colaboração com a Vogue China, vários artistas e os mascotes da marca.

Outra novidade é o Meta Pass, entrada gratuita no metaverso da gigante do comércio eletrônico. O passe dá ao titular direitos a serviços de luxo, como compra prioritária de produtos e entrada para atividades offline das marcas.

Parte deste pacote será mandada via certificados digitais no blockchain e dará direito a edições limitadas, incluindo o snowboard de 90º aniversário da Bogner, um suéter oversized de coleção outono/inverno 2022 da Max Mara, a bolsa Lola da Burberry e os tênis Pablo revestidos de lã da Marni.

Alta à vista: varejo deve ter aumento real de receita em novembro, estima IDV

Melhora do cenário econômico, queda do desemprego e da inflação, vendas de Black Friday e corte de impostos geram boas expectativas para setor.

A receita das redes de varejo deve se manter em queda em setembro e outubro, descontada a inflação, mas já pode mostrar alta no mês de novembro. É o que apontam dados de antecedência de vendas do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) publicados na quarta-feira (21).

As vendas para setembro devem cair 1%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Apesar do recuo previsto, o número é mlehor do que a estimativa de queda de 1,4% para o mês apontado em relatório de agosto.

Para outubro, o IDV espera recuo de 0,7%. A previsão para o mês também melhorou. Antes estava sendo esperada queda de 1,1%. Já para novembro, a estimativa é de alta de 0,5%.

Conforme o instituto, a melhora do cenário econômico, observada nas revisões para cima do PIB (Produto Interno Bruto), a queda do desemprego e da inflação, além das vendas de Black Friday, em novembro, e o corte de impostos geram boas expectativas para setor.

Por outro lado, a entidade cita as turbulências políticas pelas eleições, o cenário de inadimplência e a dificuldade de acesso ao crédito pelas famílias – efeito da constante alta dos juros – como desafios para a atividade nos próximos meses.

Os associados ao IDV incluem grandes empresas varejistas de capital aberto, como Americanas (AMER3), Carrefour (CRFB3), Pão de Açúcar (PCAR3), Soma (SOMA3), Renner (LREN3), Magazine Luiza (MGLU3), Marisa (AMAR3), Petz (PETZ3), Raia Drogasil (RADL3), Via Varejo (VIIA3) e Vivara (VIVA3).

Black Friday 2022: quais as expectativas para este ano?

O que esperar da Black Friday 2022?

A data, um dos eventos mais importantes do varejo, levanta algumas dúvidas sobre o seu sucesso este ano, já que o cenário econômico do país não é o melhor atualmente.

A Inflação, o desemprego, o dólar alto, a escassez de mercadorias e a taxa de juros elevada, por exemplo, diminuem o poder de compra do consumidor.

Então, como esses problemas afetarão a Black Friday deste ano?

Panorama sobre o mercado
Diante dos problemas que o Brasil enfrenta, o mais comum é esperar números baixos em relação à venda de produtos que não fazem parte da categoria de necessidades básicas.

Contudo, dados como os divulgados pela Pesquisa Mensal de Comércio, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram justamente o contrário. O estudo revela que o volume de vendas do varejo chegou em julho ao patamar de 0,5%, praticamente no mesmo nível de fevereiro de 2020. Ou seja, melhor do que no período pré-pandemia.

E, além dessa, existem outras pesquisas que mostram que o mercado está bem aquecido:

O e-commerce brasileiro apresentou, segundo pesquisa da Neotrust, um crescimento de 4,3% no número de pedidos no segundo trimestre de 2022, quando comparado ao mesmo período de 2021;
O faturamento do comércio eletrônico nos cinco primeiros meses do ano foi 785% maior do que o mesmo período antes da pandemia;
O comércio eletrônico brasileiro fechou o primeiro semestre de 2022 com R$118,6 bilhões em vendas, exibindo um crescimento de 6% em relação a 2021.
Entre as possíveis explicações sobre esse cenário positivo no e-commerce está a chegada de novos consumidores que vieram para o mundo das compras online devido à pandemia e ficaram.

Uma prova disso é o aumento de 27% nas compras feitas pela internet, segundo levantamento da Neotrust.

Mas, apesar de esses números revelarem uma boa expectativa para a Black Friday este ano, ainda existem alguns desafios a serem enfrentados.

Quais desafios globais podem afetar a Black Friday 2022?
A Black Friday 2022, assim como as últimas duas (2020 e 2021), enfrenta algumas dificuldades que podem afetar o desempenho das vendas: inflação, crescimento do PIB previsto para abaixo de 0,5%, dólar acima de R$ 5, desemprego e taxa SELIC alta.

Em relação à inflação, ela é hoje uma consequência de muitos problemas enfrentados em 2021, como a crise hídrica e energética, o que pressionou a alta de preços em diferentes setores.

A expectativa do Banco Central é de que o índice caia de 10,06% para 7,1% até o final do ano, resultando em um alívio para o bolso dos brasileiros.

E, com a inflação em alta, era esperado que a Selic, taxa básica de juros, também subisse. Infelizmente, as expectativas são de que ela continue crescendo, pois é uma forma utilizada pelo Banco Central para impedir o aumento dos preços.

Nesse sentido, setores como o varejo, que dependem do crédito em circulação, vão sofrer mais, já que o poder de compra do consumidor é reduzido.

Isso, aliado ao desemprego e à baixa na renda, deveria resultar em uma Black Friday fraca para 2022.

Contudo, uma pesquisa da Globo, disponibilizada pela Plataforma Gente, mostra que o consumidor está otimista: para 62%, existe uma expectativa de melhora para o segundo semestre do ano.

Isso resulta em um maior desejo de realizar compras na Black Friday 2022.

Já em relação a quais são os principais interesses dos consumidores nessa Black Friday e o que eles esperam da data, uma pesquisa realizada pelo Instituto Reclame AQUI revela que:

74,4% apontam que o preço será definitivo na decisão de compra;
73% preferem e desejam ver descontos em eletrodomésticos e eletroportáteis, linha branca e eletrônicos;
38,2% pretendem pagar itens de valor alto à vista, desde que as lojas ofereçam um bom desconto.
Portanto, a disposição em comprar existe, mesmo em meio a um cenário de alta no preço dos produtos.

Diante disso, é fundamental que os donos de lojas virtuais criem boas condições de pagamento e descontos relevantes, o que será um desafio diante da inflação nos custos de fabricação.

Outro ponto que merece atenção é o preço do frete. Com as altas dos combustíveis, como no diesel, esse pode ser um dos principais motivos que podem resultar em um baixo volume de vendas na Black Friday 2022.

Como comparação, em 2021, apesar de 80% dos consumidores se declararem satisfeitos ou muito satisfeitos com suas compras na data, 39% afirmaram ter deixado de realizar uma aquisição por conta do preço do frete.

O que esperar da Black Friday 2022?
Mesmo diante dos desafios e do cenário econômico incerto, o mercado brasileiro de comércio eletrônico está otimista e tem altas expectativas para a Black Friday 2022.

De acordo com um levantamento da Nuvemshop, quase a metade dos empreendedores entrevistados espera um aumento de 30% no faturamento de novembro na comparação com outubro.

É importante considerar também que a Black Friday deste ano pode vir com mais força em relação a 2021 por conta da Copa do Mundo, que também acontece em novembro.

Segundo dados da ABV (Associação Brasileira do Varejo), essas datas comemorativas devem aumentar as vendas em 12% em comparação ao primeiro semestre, além de injetarem mais de R$ 20 bilhões na economia.

Já o faturamento do comércio eletrônico brasileiro no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), foi de R$ 73,5 bilhões, enquanto a Neotrust projeta crescimento de receita de 9% em relação a 2021, no valor de R$174 bilhões, devido a datas como Dia dos Pais, Black Friday e Natal.

Além disso, de acordo com o mesmo levantamento da Neotrust, o número de pedidos online deve chegar a 379 milhões, representando um crescimento de 8%. Já o ticket médio deve ficar em torno de R$460 por consumidor, 1% maior do que em 2021.

As expectativas para as vendas na Black Friday 2022 estão ótimas, mas e os consumidores?

A mesma pesquisa da Globo, disponibilizada pela Plataforma Gente, mencionada acima, aponta que 50% dos consumidores brasileiros pretendem fazer compras, um crescimento de 3% em comparação com 2021. Na classe A, esse número é ainda maior: 65% pretendem realizar alguma aquisição na data.

Dez dicas para não falhar na Black Friday 2022
Agora que você já conferiu os desafios e as expectativas para a data, vamos às dez dicas essenciais para que o seu e-commerce não falhe na Black Friday deste ano. Confira a seguir.

Dica #1 – Planeje-se
Para que a sua loja virtual tenha uma Black Friday 2022 de sucesso, o planejamento é o fator mais importante, e o ideal é que ele sempre seja feito ainda no primeiro semestre, no máximo até agosto.

Isso porque é preciso ajustar muitos processos internos que precisam estar funcionando bem para não decepcionar os clientes e perder vendas, como comercial, atendimento, logística, entre outros.

Além disso, é preciso pensar na cara da sua Black Friday. Como serão o marketing, a identidade visual, a comunicação da sua loja nesse período?

Afinal, a concorrência é acirrada e você definitivamente não quer passar despercebido no meio da multidão.

E, como aqui no Brasil é muito comum estender a data para uma semana Black Week, crie um calendário de promoções para que seja possível oferecer diferentes atrativos e descontos a cada dia.

Dica #2 – Defina seus objetivos e metas
Sucesso significa algo diferente para cada um. Então reserve um tempo para definir algumas métricas e metas importantes que você gostaria de alcançar nessa Black Friday.

A ideia por trás da data é que ela se baseia em uma sensação de excesso, mas você não deve sentir que precisa buscar um aumento de 400% nas vendas.

Defina valores de referência de anos anteriores ou campanhas semelhantes e aponte para o que você acha que deve ser uma meta realista e alcançável.

Não esqueça também que as projeções que você fizer são a base para convencer os fornecedores parceiros a embarcar nessa com você e oferecer descontos maiores.

Portanto, calcule uma expectativa real, uma pessimista e uma otimista, e trabalhe em cima desses números.

Dica #3 – Escolha os produtos certos
Embora seja fácil se empolgar e diminuir seus preços para gerar mais vendas, você não deve perder o controle de seus resultados.

Não sacrifique a margem por causa de algumas vendas extras. Fazer isso só vai te custar mais a longo prazo.

Coloque à venda e com descontos apenas os itens que fazem parte da sua estratégia comercial, de preferência com o apoio dos fornecedores, para que suas ofertas sejam competitivas.

Dica #4 – Otimize a comunicação
Não adianta criar um bom plano comercial para a Black Friday 2022, se ninguém ficar sabendo, concorda?

Então, separe um orçamento voltado apenas para a comunicação. Esse investimento deve cobrir as despesas com banner, anúncios nas redes sociais e conteúdos especiais para a data.

Durante a criação do plano de comunicação, tenha em mente que na Black Friday as pessoas estão procurando itens para presentear a si mesmas.

Diante disso, é uma boa ideia utilizar gatilhos mentais como “você merece esse presente” ou similares, para estimular a compra.

Dica #5 – Treine a equipe comercial
Sem um time comprometido e muito bem treinado para lidar com o alto volume de clientes e uma concorrência tão acirrada, sua Black Friday pode não alcançar os resultados esperados.

Portanto, garanta que eles estejam muito bem preparados com antecedência, evitando que você perca vendas ou tenha problemas com clientes durante o evento.

Dica #6 – Preocupe-se com a logística
Todas as lojas virtuais estarão usando serviços de entrega durante a Black Friday. Então, pode ser que as transportadoras com as quais você já trabalha simplesmente não estejam disponíveis.

Ou, então, se você entrega pelos Correios, pode enfrentar grandes filas e não dar conta do alto volume de pedidos, atrasando algumas entregas.

A saturação do transporte não é algo que está no seu controle, mas existem algumas medidas que podem ajudar a superar isso:

Faça testes antecipados com outras transportadoras para saber se você pode contar com elas durante um momento de aperto;
Considere criar novas jornadas de trabalho e contratar temporários;
Antecipe a compra de mercadorias;
Revise, crie e treine muito o seu time de separação e envio de pedidos para que tudo esteja bem automático e eles saibam o que fazer em situações adversas.
Dica #7 – Atenção ao atendimento
Atrasos nos pedidos da Black Friday podem desencadear um aumento nas solicitações de contato para sua equipe de atendimento ao cliente. Portanto, certifique-se de ter uma boa equipe e estar totalmente informado.

Responda aos e-mails em tempo hábil com respostas sucintas e úteis, e nunca demore para responder outros canais, como WhatsApp e redes sociais.

O consumidor da Black Friday é ansioso e quer se manter informado sobre o status do seu pedido. Se algo der errado, ofereça toda a ajuda possível, atualize-o sempre e atenda-o bem.

Um bom atendimento pode fazer grande diferença diante de uma situação inesperada e até aumentar as chances de fidelização do cliente.

Dica #8 – Certifique-se de que seu site pode lidar com o volume
Mesmo que você não esteja prevendo um grande aumento de visitantes, certifique-se de que há um plano de contingência em vigor com a sua hospedagem, caso você tenha um aumento repentino no tráfego para garantir que seu site não seja derrubado.

Dica #9 – Faça o controle de estoque
Se você tem uma loja física e uma virtual, é imprescindível realizar um bom controle de estoque para impedir que você comercialize um item esgotado, perdendo vendas e manchando a imagem do seu negócio perante o cliente.

Se você tem dificuldade de fazer controle de estoque, gerenciamento de pagamentos e de compras, por exemplo, considere adquirir um ERP antes da Black Friday.

O ERP para e-commerce atua para fazer esses controles de forma automática e sincronizada entre departamentos e entre integrações.

Ao receber um pedido, o ERP faz junto à equipe verificações de estoque, impressão de romaneio, verificação do pedido, emissão de etiqueta e nota fiscal, solicitação de postagem junto à transportadora e acompanhamento da entrega até o cliente final.

Dica #10 – Expanda seus canais de vendas
A Black Friday sempre traz uma onda de clientes maior do que aquela com você já está acostumado, aumentando significativamente as vendas.

Então, por que se contentar com apenas uma plataforma? Você pode expandir seus canais de venda e ganhar mais dinheiro durante as datas comemorativas como a BF.

FedEx aumenta preços de seus serviços, após resultados do primeiro trimestre

A FedEx informou na quinta-feira, 22, que estava aumentando os preços cobrados por seus serviços, porque opera em um ambiente mais difícil no momento. A transportadora com sede em Memphis, Tennessee, informou que as taxas de FedEx Express, FedEx Ground e FedEx Home Delivery aumentariam em média 6,9% a partir de 2 de janeiro.

A mudança ocorre em momento em que a FedEx alertou na semana passada que sua receita no segundo trimestre ficou abaixo de suas expectativas e estava dando início a uma série de mudanças para compensar a queda nos volumes de pacotes.

A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre na quinta-feira (22).

Pitney Bowes: China é o primeiro país a enviar 100 bilhões de encomendas

A Pitney Bowes Inc. divulgou na última quinta-feira (22),o novo Índice de Envio de Encomendas com dados de 2021 de 13 principais mercados ao redor do mundo, que revelaram que o Reino Unido gera 80 encomendas por pessoa – o maior índice de todos os países.

O índice revela que a China gerou 108 bilhões de encomendas em 2021, tornando-se o primeiro país a ultrapassar 100 bilhões de encomendas em um ano, conforme previsto no relatório do ano passado. O Reino Unido gerou 80 encomendas por pessoa – a mais alta de todos os países do Índice. O volume global de encomendas atingiu 159 bilhões em 2021, o que equivale a 5.000 encomendas por segundo. A receita total das operadoras atingiu US$ 491,5 bilhões. O Índice estima que o volume de encomendas pode chegar a 216 bilhões ou até 300 bilhões até 2027, com um CAGR de 5,5% a 11,5% de 2022 a 2027.

A sétima edição do Índice de Envio de Encomendas da Pitney Bowes mostra que o volume de encomendas aumentou em todas as regiões em 2021. O crescimento do volume de encomendas da China representa um marco para o setor de remessas. A cada dia, a China envia 300 milhões de encomendas, o que é mais do que o menor mercado do Índice – Suécia – embarca em um ano. Em todo o Índice, as encomendas enviadas per capita tiveram uma média de 41. O volume de encomendas por domicílio é uma nova medida incluída no Índice deste ano. Uma média de 137 encomendas foram enviadas por família em todos os países, com a China enviando mais 218.

Todos os países relataram crescimento duplo da receita das operadoras digitais, exceto o Japão. Os EUA mais uma vez geraram a maior receita das operadoras, com US$ 188 bilhões. A França gerou a maior receita por encomenda, com US$ 9,63. A receita média por pacote foi de US$ 3.
Principais volumes de encomendas do Reino Unido, receita e participação de mercado e resultados de receita:

· Per capita, o Reino Unido gerou 80 encomendas por pessoa em 2021 – a mais alta de todos os 13 países do Índice e um aumento de 74 em 2020
· 5,4 bilhões de encomendas foram geradas no Reino Unido em 2021, um aumento de 9% em relação aos 5 bilhões em 2020
· 171 encomendas foram geradas a cada segundo, o que equivale a cerca de 15 milhões de encomendas por dia
· Cerca de 192 encomendas foram enviadas por domicílio
· Todas as principais operadoras do Reino Unido relataram crescimento de receita de encomendas em 2021
· O Royal Mail gerou a maior receita de todas as principais operadoras com US$ 6,88 bilhões, um aumento de 13% ano a ano
· A Amazon Logistics seguiu o Royal Mail em termos de receita, atingindo US$ 3,12 bilhões em 2021
· Yodel teve o maior aumento de receita ano a ano de 33% para US$ 1,36 bilhão, acima dos US$ 1,03 bilhão do ano anterior
· A Amazon Logistics gerou o maior CAGR em crescimento de receita de 44% durante 2015-2021
· A UPS cresceu 27% ano a ano para US$ 2,15 bilhões, acima dos US$ 1,69 bilhão
· O crescimento da receita da Hermes caiu de 161% em 2020 para 20% em 2021. A receita atingiu US$ 2,98 bilhões

As principais descobertas do mais recente Índice de envio de encomendas incluem:
· O volume de encomendas atingiu 159 bilhões em 2021, um aumento de 21% em relação aos 131,2 bilhões em 2020
· 5.000 encomendas enviadas por segundo em comparação com 4.160 em 2020
· A receita de encomendas atingiu US$ 491,5 bilhões, um aumento de 14% em relação aos US$ 429,5 bilhões em 2020
· O maior CAGR 2015-21 para o volume de encomendas foi gerado pela China com 32%, seguido pelo Brasil com 20%
· O maior CAGR 2015-21 para receita de encomendas foi gerado pela China com 26%, seguido pela Índia com 15%
· A China continua sendo o maior mercado em termos de volume de encomendas, atingindo 108 bilhões e gerou o maior crescimento de encomendas ano a ano no Índice, 30% acima dos 83 bilhões em 2020
· Os Estados Unidos continuaram sendo o mercado com a maior receita de operadoras, atingindo US$ 188 bilhões, um aumento de 16% ano a ano
· A Índia gerou o maior crescimento de receita de operadoras, recuperando-se após um declínio em 2020. Em 2021, a Índia gerou um aumento de 32% ano a ano na receita de encomendas, atingindo US$ 5,25 bilhões
· O Reino Unido gerou 80 parcelas per capita, a maior parcela por pessoa de todos os 13 países do Índice

“2021 foi um momento crucial para o setor de envio de encomendas, pois experimentou os tremores secundários de 2020 e enfrentou novos desafios”, disse Jason Dies, vice-presidente executivo e presidente de soluções de tecnologia de envio da Pitney Bowes. “É incrível ver as operadoras gerando um forte crescimento de receita apesar dos ventos contrários. Agora em seu sétimo ano, nenhum outro relatório de remessa chega perto da precisão, credibilidade e autoridade do Índice de Envio de Encomendas e, embora nossos analistas prevejam que a China ultrapassará 100 bilhões de encomendas em 2021, ainda é um marco extraordinário para o setor de remessas que nós estamos animados para revelar.”

O Índice de Envio de Encomendas da Pitney Bowes mede o volume e os gastos para remessas entre empresas, empresas para consumidores, consumidores para empresas e de consumidores com peso de até 31,5 kg (70 lbs.) em 13 mercados principais, representando 3,8 bilhões de pessoas nos EUA, Canadá, Brasil, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Noruega, Suécia, China, Japão, Austrália e Índia. Com base em dados proprietários e publicados, o Índice tornou-se uma referência valiosa da indústria e uma fonte confiável de previsões precisas desde o relatório inaugural em 2016.
Para informações detalhadas por região, faça o download do eBook em https://www.pitneybowes.com/us/shipping-index.html , onde você pode ver o vídeo, o infográfico e o mapa.