Shopee está com os dias contados com maior tributação?

Com a expectativa do governo criar uma MP (Medida Provisória) para aumentar a taxação de produtos vendidos em aplicativos cross-border, ou seja, com atividade comercial vinda de outros países — como é o caso da Shopee, Shein, AliExpress e Wish —, a XP divulgou relatório sobre o possível impacto nas ações de varejo.

O possível aumento da tributação é uma demanda das varejistas brasileiras, que pedem maior fiscalização dessas plataformas, para conter sua escalada impulsionada principalmente pela alta competitividade de preço oferecido.

Entretanto, o relatório destaca que a medida pode ter uma receptividade positiva ou negativa, a depender do ângulo analisado.

Medida pode ser impopular em ano de eleições

Segundo o relatório, os principais desafios para a implementação da medida e que a tornam potencialmente impopular são a redução do poder de compra já pressionado do consumidor médio brasileiro e os desafios na fiscalização pelo lado da Receita, visto que apenas o Shopee foi responsável de 140 milhões de pedidos no 4º trimestre (média de 1,5 milhão ao dia).

Varejistas da moda serão as mais beneficiadas

Caso a Medida Provisória avance, os analistas da XP observam as varejistas de moda como as mais beneficiadas.

O impacto positivo é visto como mais estrutural para varejistas de moda, uma vez que o modelo de negócio da Shein é essencialmente baseado em importação enquanto seu baixo preço é um diferencial importante.

O relatório destaca que a XP segue cautelosa com as empresas de e-commerce, com uma visão mais construtiva para a Lojas Renner (LREN3).

Dia das Mães movimenta 142 milhões de reais no e-commerce em 2022

O e-commerce foi um importante canal de vendas para o Dia das Mães deste ano: o faturamento online das pequenas e médias empresas cresceu 6,8% no período relacionado ao Dia das Mães, em comparação a 2021, e alcançou um total de R$ 142 milhões. Os dados são do levantamento realizado pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas virtuais ativas, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.

Os segmentos de Moda (R$ 54,3 milhões), Saúde & Beleza (R$ 11,36 milhões) e Acessórios (R$ 11,3 milhões) lideraram as vendas online em 2022 no período relacionado à data comemorativa. Os produtos mais vendidos foram camisetas e óculos de sol. Este último representa mais de 8% do total comercializado neste último Dia das Mães.

“Apesar dos desafios econômicos, o Dia das Mães continua sendo uma das datas mais relevantes para o varejo. E os números indicam que o mercado do e-commerce no Brasil segue aquecido, especialmente para os pequenos e médios negócios, que têm um potencial maior de alcance de novos clientes de todos os estados ao vender online”, afirma Luiz Natal, especialista em e-commerce e Gerente de Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop.

No total, 2,48 milhões de produtos foram adquiridos nas lojas online nas três semanas analisadas, com um ticket médio de R$ 245, indicando um aumento de 11% no valor médio por cada compra online em relação ao mesmo período do ano anterior. Os estados São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideram o faturamento nacional do período.

Dentre as formas de pagamento, o cartão de crédito sobressaiu como a principal escolha, utilizado em 53,9% das compras online. O segundo meio de pagamento mais utilizado nas PMEs online é o Pix, que representou 18,2% dos pedidos do período. A ferramenta tornou-se popular por sua praticidade e substituí pedidos anteriormente pagos em boleto, que representou apenas 3,5% dos pedidos do Dia das Mães.

“A praticidade de compra e preços competitivos das lojas online se mostraram grandes atrativos para presentear as mães. Além disso, muitas PMEs apostaram em coleções especiais de produtos para a data e em condições especiais de compra, como frete gratuito e descontos, para se destacar no ambiente digital e competir também com as lojas físicas”, ressalta Natal.

Para o levantamento, foram consideradas as vendas realizadas na semana do Dia das Mães e nas duas anteriores, independentemente do ano.

Varejo marca primeira alta trimestral após duas quedas seguidas, diz IBGE

De janeiro a março, houve crescimento de 1,9%.

O volume de vendas no varejo restrito teve alta de 1,9% no primeiro trimestre de 2022, frente aos três meses antecedentes, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

É a primeira alta na série trimestral com ajuste sazonal desde o segundo trimestre de 2021 (2,2%). O comércio tinha recuado 0,1% no terceiro trimestre de 2021 e 2,3% no quarto trimestre daquele mesmo ano, ambos na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

Esse aumento de 1,9% entre janeiro e março é o maior resultado para um primeiro trimestre de ano, na série com ajuste sazonal, desde 2017, quando tinha sido de 2,9%.
Na comparação anual, o varejo restrito também fechou com aumento no primeiro trimestre, mas de 1,3%.

Considerando apenas o mês de março, o varejo restrito subiu 1% ante fevereiro. É a terceira taxa positiva seguida, o que não ocorria desde 2020, quando o comércio se recuperava do período mais intenso de quedas do início da pandemia de covid-19.
No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 2,3% nos três primeiros meses de 2022, frente ao trimestre anterior, na série com ajuste sazonal. É também o primeiro trimestre de alta após duas quedas: de 1,1% no terceiro trimestre de 2021 e de 1,8% no quarto trimestre daquele ano.

 

Via (VIIA3) tem queda de 90% no lucro do 1T22, a R$ 18 milhões, acima da expectativa

Via (VIIA3) encerrou o primeiro trimestre de 2022 com lucro líquido contábil de R$ 18 milhões no primeiro trimestre de 2022, queda de 90% ante mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta segunda-feira (9).

Já o lucro líquido operacional foi de R$ 86 milhões, queda de 52,2% na comparação com os R$ 180 milhões do mesmo ciclo do ano passado.

“No primeiro trimestre de 2022, houve R$ 29 milhões de incentivo de subvenção de maneira recorrente. Já no primeiro trimestre de 2021, houve efeito do incentivo de subvenção recorrente de R$ 33 milhões e R$ 117 milhões de períodos anteriores, totalizando R$ 150 milhões”, diz a Via para justificar a queda.

Mesmo assim, o número veio acima do esperado pelo consenso reunido pela Bloomberg, que apontava prejuízo de R$ 112 milhões.

“Esse avanço da margem acontece em razão dos fortes ganhos de produtividade e bom controle de despesas. Na linha do EBITDA, os ajustes não recorrentes relacionados à atualização dos processos trabalhistas (legado) foram de R$ 85 milhões no trimestre”, explica a empresa.

“A variação é explicada pelo decréscimo de 3,5% na receita das lojas físicas, apesar do avanço de 2,8% na receita online”, diz a Via.

O impacto da crise pandêmica da China no varejo brasileiro

Números de grandes companhias já têm demonstrado desaceleração ao longo dos últimos meses, enquanto a conjuntura difícil ainda não dá sinais de arrefecimento.

Com o endurecimento das medidas restritivas em função da Covid-19 na China, o mercado global se preocupa com o caos logístico implantado em meio ao frágil cenário econômico. O setor de varejo é um dos que se preocupam com essa conjuntura.

O Brasil é um grande importador para sua indústria de transformação, com o objetivo de sustentação do mercado de bens de consumo duráveis, semiduráveis e industriais.

Mas a política de combate à pandemia na China tem trazido fortes implicações ao país, o que inevitavelmente interrompe a oferta de determinados produtos.

Por mais que a potência asiática esteja ampliando seu apoio à economia, o suposto recrudescimento do novo coronavírus no país tem assustado os negociadores que veem os portos abarrotados de contêineres.

Importância de duráveis e semiduráveis para o varejo

A venda de geladeiras, máquinas de lavar, aparelhos televisores são grandes chamarizes de varejistas como Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas S.A. (AMER3), que têm barganhas em negociação de preços com fornecedores.

A venda desses produtos, inclusive, foi um dos principais combustíveis das varejistas entre 2020 e 2021. A renda artificial criada pelo auxílio emergencial, findada no fim do ano passado, gerou uma corrida para a “renovação” da residência, estimulados pela maior permanência em casa devido ao lockdown.

Esse tipo de produto tem tíquete médio alto e, em relação à receita, gerou bons trimestres ao setor varejista.

A fins comparativos, no terceiro trimestre de 2020, período em que o Brasil já lidava com a pandemia, o GMV (valor bruto de mercadoria) total da Via (à época chamada de Via Varejo) saltou 43% ante o mesmo período de 2019.

Via desacelera receita depois de pico após pandemia

Fonte: TradeMap
Fonte: TradeMap

No caso do Magalu, o salto foi ainda maior, de 81,2%. A empresa é líder de mercado de bens duráveis, patamar alcançado em 2020 justamente pelas mudanças de perfil de consumo provocadas pela pandemia, como a direção assumiu no quarto trimestre do ano passado.

Já para Americanas – especificamente Lojas Americanas -, a melhora foi de 31,1% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Embora as empresas não revelem de forma segmentada os dados relacionados às vendas de bens duráveis, não negam os impactos da conjuntura macroeconômica em seus modelos de negócio, enquanto os números de crescimento desaceleram.

A demanda por bens de capital estrangeiros havia se intensificado ao longo dos últimos meses, com o governo brasileiro reduzindo em 10% os impostos sobre a importação da categoria em março de 2021, e em mais 10% no mês passado.

Os números passados indicam que a China é a principal origem dessas importações. No ano de 2020, o país correspondeu a US$ 7,5 bilhões, ou 31% das compras do Brasil, de bens de capital e de produtos do setor de informática e telecomunicações.

Restrição da oferta acompanha queda da demanda

Se por um lado os preços tendem a cair em razão da demanda menor numa conjuntura “estável” de oferta de produtos, por outro os preços são sustentados e favoráveis às fabricantes devido à restrição da oferta, o que traz menos produtos ao mercado.

Isso não significa que as varejistas terão caminho livre neste segmento nos próximos meses. O setor opera com margens de lucro pequenas por causa da agressiva guerra de preços entre os players do mercado. Não há perspectiva de melhora de margens nos próximos resultados.

Além disso, um aumento significativo dos preços de bens duráveis deve pressionar ainda mais a procura dos consumidores, sobretudo em função da queda da renda da população e alta da inadimplência.

De acordo com a Pnad Contínua, a renda média da população brasileira caiu de R$ 2.876 em setembro de 2020, auge do pagamento do auxílio emergencial, para R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro deste ano – baixa de 13,4%. Com menos renda e crédito mais custoso, a inadimplência voltou a aparecer.

Se o brasileiro médio está com pouco recurso para pagar suas contas básicas, tampouco irá renovar a mobília de suas casas, como o fizeram durante a pandemia.

No saldo final, Magalu, Via e Americanas fazem parte do varejo que atua com o público de baixa renda e que aos poucos diversificam suas operações para as demais camadas da sociedade. As empresas, contudo, não divulgam dados segmentados.

Resultados recentes mostram desaceleração do varejo

Os números das grandes varejistas já têm demonstrado desaceleração ao longo dos últimos meses, enquanto a conjuntura difícil ainda não dá sinais de arrefecimento.

A temporada de balanços do primeiro trimestre ainda não foi iniciada pelas grandes companhias do varejo. A expectativa do mercado é a de que o período tenha sido mais desafiador que o quarto trimestre de 2021, quando os números já desagradaram.

No caso do Magalu, a economia ruim e a concorrência acirrada tiraram o brilho do crescimento do marketplace, um dos únicos pontos positivos do resultado.

O contexto mostra-se arriscado para a companhia, que preferiu puxar o freio de mão e segurar o processo de aquisições.

Primeiro, porque a escolha agora é por colher os frutos das compras já realizadas, mas também porque entre o quarto trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021, a empresa saiu de caixa líquido para dívida líquida de R$ 3,88 bilhões.

No caso da Via, o resultado mostrou uma baixa de 91,4% do lucro líquido contábil, para R$ 29 milhões.

Uma das justificativas da integrante do varejo brasileiro é o descasamento entre o fechamento de lojas e a abertura de novas unidades no período, além do aparecimento da ômicron – embora o período mais intenso da Covid-19 causada por essa variante no Brasil tenha sido entre janeiro e fevereiro deste ano.

O que fica de destaque é que a empresa tem preferido o crescimento em detrimento de margens. A margem líquida encerrou o trimestre em dezembro na casa de 0,4%. O impacto da queda nas vendas de bens duráveis, que oferecem margem mais robusta, é latente.

Já para a Americanas, o desempenho foi levemente mais positivo. A empresa viu suas vendas digitais dispararem 36% no quarto trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os dados de GMV, receita bruta, receita líquida e lucro líquido tiveram crescimento sólidos dois dígitos, mas o ponto fraco ficou para as margens.

A margem Ebitda, resultado da relação entre Ebitda e receita líquida, caiu 4,3 pontos percentuais entre o quarto trimestre de 2020 e o último trimestre de 2021, para 11,8%. O indicador mostra a eficiência da empresa exclusivamente com sua operação.

O caos pandêmico na China certamente tem trazido relevante impacto para o varejo brasileiro nas últimas semanas. O resultado disso virá ao mercado somente no segundo semestre, quando os balanços do período entre abril e junho forem divulgados. Por ora, cabe às empresas estancar as perdas estimadas.

O que está acontecendo na China

Desde o final de março, a megalópole Xangai, centro comercial da China que abriga cerca de 26 milhões de pessoas -mais que o dobro da cidade de São Paulo -, está de portas fechadas.

As rígidas restrições colocadas em prática pelo governo fazem parte da iniciativa de “Covid zero”. O país, marco zero da pandemia ainda no fim de 2019, tem por objetivo eliminar por completo e é avesso à mínima transmissibilidade da doença.

Esse “extremo” no combate à pandemia tem gerado insatisfação entre os moradores. Alguns estão confinados há mais de um mês e encontram dificuldades para suprirem suas necessidades básicas diárias.

Por conta das restrições à mobilidade terrestre, os portos da China estão congestionados, o que trouxe à tona novamente o entrave logístico instaurado sobre o comércio global durante o pico da pandemia.

O porto de Xangai, o maior do mundo em termos de toneladas transportadas, tem filas de espera, pressionando o escoamento da produção chinesa. A queda da atividade afeta particularmente a oferta de semicondutores e peças para produtos eletrônicos e eletroeletrônicos mundo afora.

A tolerância zero ainda não dá indícios de que está perto de acabar, com casos ainda sendo registrados fora das áreas sob forte lockdown em torno de Xangai. Na última segunda-feira (2), foram anotadas 58 infecções pelo vírus.

Dados do governo chinês registram pouco mais de 14 mil mortes pela Covid-19 desde o início da pandemia.

Do ponto de vista de expectativa para a “normalização” do cenário, pode-se esperar que os lockdowns na China não demorem muito a cessar, principalmente na capital Pequim, embora não haja indícios do fim.

No segundo semestre deste ano, ocorrerá o Congresso do Partido Comunista. O governo do país aprovou uma resolução no fim de 2021, podendo fazer com que o presidente Xi Jinping alcance seu terceiro mandato, o que até então não era possível.

Uma boa aceitação por parte de Pequim é bem-vinda, embora a ditadura do país dificilmente mude de plano em razão do descontentamento ou aprovação pública.

E-commerce brasileira investe em loja virtual com sede nos Estados Unidos

Acreditamos que o mercado norte-americano pode oferecer facilidades na gestão e melhores lucrosComércio eletrônico latino-americano cresceu 35% em 2021; investimento em um negócio on-line no exterior mira obter rentabilidade maior do que no Brasil, diz empresário

A América Latina ganhou destaque em 2021 como um dos principais mercados de comércio eletrônico do mundo, com um crescimento de mais de 35% em comparação ao ano precedente, segundo indicativos do relatório eMarketer Insider Intelligence. Para este ano, espera-se que o crescimento acelerado impulsione o patamar a 20,4%, consolidando a região como a segunda com maior potencial de crescimento mundial, atrás apenas do Sudeste Asiático, que tem estimativa de alta de 20,6%.

No Brasil, o comércio digital alcançou a marca de 1,59 milhão de sites em 2021, número que representa 6% do varejo do país, conforme resultados de um balanço do PayPal Brasil, em parceria com a BigDataCorp. As lojas virtuais obtiveram alta de 22,05% neste período em relação ao ano precedente.

Diante de resultados positivos por aqui, e-commerces brasileiras passam a considerar a expansão para novos horizontes. Exemplo disso, a CODE Brincos Masculinos, e-commerce de acessórios voltados para homens, anunciou que irá abrir um estoque na Flórida, nos Estados Unidos, para explorar o mercado norte-americano.

Cássio Borges, sócio da CODE, explica que a estratégia usada para manter um estoque nos EUA é chamada de fullfilment. “Uma empresa terceirizada nos auxiliou nos trâmites legais iniciais de abertura de empresa, registros e documentação. Além do serviço contábil, essa empresa terceirizada oferece assistência no armazenamento de produtos, controle e expedição de pedidos, sem necessidade da nossa presença em território norte-americano”.

Segundo Borges, o investimento inicial foi de aproximadamente USD 5000 (R$ 24642,50), que inclui o auxílio na abertura da empresa e registros individuais de cada sócio. “Ao iniciar a operação, teremos custos para cada etapa da operação da loja virtual, como recepção de mercadorias, armazenagem, e despacho de pedidos”.

O empresário conta que a previsão é que a empresa inicie a operação nos EUA até o fim de maio. A divulgação, desenvolvimento, elaboração de estratégias e fluxo de caixa da loja virtual será operada pela equipe no Brasil.

“Identificamos uma oportunidade de mercado no segmento de acessórios masculinos nos EUA, e este estudo de mercado indicou um potencial de volume de vendas próximo ao que temos no Brasil”, explica. “Encontramos nessa oportunidade uma forma de diversificar os investimentos e ter uma alternativa ao mercado brasileiro, que exige um esforço muito grande para obter baixa rentabilidade. Acreditamos que o mercado norte-americano pode oferecer facilidades na gestão e melhores lucros”, complementa.

Com relação à previsão de crescimento com a empreitada, o sócio da CODE Brincos Masculinos destaca que a empresa vem trabalhando com cenários de curto, médio e longo prazo. “Em um prazo de 1 ano, a meta é obter pelo menos 100 pedidos ao mês. Em até 2 anos, o objetivo é obter, pelo menos, 200 pedidos por mês, e acreditamos em um potencial de alcançar mais de 1000 pedidos mensais a longo prazo”.

Sancionada lei que cria Dia do Profissional de Logística

Foi sancionada a Lei 14.329, que institui a data de 6 de junho como o Dia Nacional do Profissional de Logística. A norma teve origem o PLC 35/2017, relatado pelo senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB). A nova lei foi publicada no Diário Oficial da União da última quarta-feira (4).

Transcrição
LOC: FOI SANCIONADA A LEI QUE INSTITUI A DATA DE 6 DE JUNHO COMO O DIA NACIONAL DO PROFISSIONAL DE LOGÍSTICA.

LOC: A NOVA LEGISLAÇÃO FOI PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER SABRINA DIAS.

Já está em vigor a lei que institui a data de 6 de junho como o Dia Nacional do Profissional de Logística. Segundo a Associação Brasileira de Logística (Abralog), 6 de junho é uma referência ao Dia D, a data do desembarque aliado durante a Segunda Guerra Mundial, na Normandia, uma região no norte da França. A operação, que marcou o início da derrota dos nazistas, é considerada um dos mais importantes movimentos logísticos da história. A lei tem como origem o projeto de autoria do ex-deputado Julio Lopes, apresentado em 2017 e aprovado pelo Plenário do Senado no dia 30 de março deste ano. A relatora, Daniella Ribeiro, do PSD da Paraíba, destacou a importância de reconhecer o trabalho desses profissionais: Daniella Ribeiro: São trabalhadores com perfil flexível, dispostos a encarar jornadas em horários não convencionais, necessárias para lidar com a operação de centros de distribuição, fábricas, portos, aeroportos e varejo. Esse reconhecimento se dá, entre tantas outras razões, pelo seu papel de destaque para a economia brasileira, seja no setor privado ou no setor público. Os profissionais de logística são responsáveis por tarefas como administração de materiais e recursos, melhoria do uso dos espaços físicos e busca da eficiência de processos de trabalho, além de controle de estoque e armazenagem.

 

Com inflação e queda no poder de compra, varejo aposta em produtos de alto valor

Venda desses produtos cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

Com a alta da inflação e a queda do poder de compra do consumidor, o varejo está focando nos produtos da chamada linha premium, aqueles de maior valor.

A venda de produtos desse tipo, como refrigeradores, churrasqueiras a gás e lava-louças, cresceu quase 30% nos primeiros dois meses do ano, segundo levantamento realizado pela GFK.

“A taxa de juros muito alta faz com que pessoas com melhor poder aquisitivo consigam manter o patrimônio que, no geral, está aplicado em investimentos que rendem mais do que a inflação e até mais do que o juro básico”, diz Juliana Inhasz, economista e professora do Insper.  “Então estão ganhando poder de compra daí eles ganham então espaço para poder comprar cada vez mais”.

Com as vendas desse segmento indo bem, a diversidade de produtos de alto padrão é cada vez maior. Na comparação do primeiro bimestre deste ano com o do ano passado, houve alta de oferta em várias linhas.

Em relação ao mercado de automóveis, o cenário também mostra um aumento de vendas de carros de alto padrão. Um levantamento da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores mostrou que, em março de 2022, os modelos de SUVs foram responsáveis por 48,70% das vendas no mês, uma alta de 44,68% na comparação com fevereiro.

A estimativa é que, pelo menos até o fim deste ano, os investimentos do comércio sigam voltados para as classes A e B, que apesar de representarem uma fatia bem menor da população, é onde hoje estão as pessoas que continuam comprando, mesmo com a economia instável.

“Hoje quem tem dinheiro para comprar justamente este público que vai olhar a geladeira mais cara, o fogão com maior tecnologia, que vai querer trocar uma televisão que já não era pequena por uma maior ainda, e aproveitar o momento em que o mercado ainda está muito vulnerável e procurando este comprador”, diz Inhasz.

Transporte e Logística: Os Impactos do Cenário Político e Econômico nas Operações

Pouco mais de um mês depois de registrado o primeiro ataque da Rússia contra a Ucrânia, foram implantadas diversas sanções econômicas para evitar ainda mais a preponderância dos russos visto sua decisão de dar início à guerra. Mas esses bloqueios na economia acarretaram diversas dificuldades financeiras em todo o mundo, inclusive no Brasil – em especial, na Logística e no Transporte.

Desde 24 de fevereiro os preços de diversas commodities no mercado dispararam. A cotação internacional do trigo subiu 45,3%, o preço do barril saltou 34,3% e também ficaram mais caros o milho (10,3%), o açúcar (4,9%) e o alumínio (4,2%).

As sanções de americanos e europeus impostas à Rússia colocam o Brasil numa condição desconfortável para um produto essencial para o setor, que é o preço do combustível, que tem oscilado com tendência de alta. Isso porque 35% da composição do custo operacional do transporte rodoviário são de diesel. Na navegação, esse número varia entre 40% e 50% do frete marítimo, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Os dois países que representam esse conflito são potências no mercado mundial: a Rússia é detentora da terceira posição neste ranking (com 12%) de maior produtor de petróleo no mundo segundo a elaboração do Instituto Brasileiro de Preparação Educacional (IBPE) com dados de São Paulo; já a Ucrânia é considerada um dos maiores produtores agrícolas.

Além desse fator, ambos os países são grandes parceiros comerciais do Brasil em relação à venda de fertilizantes e potassa para as agroindústrias do país. De acordo com o gerente administrativo da TKE Logística, Franco Gonçalves, esse bloqueio de exportações e importações trará complicações aos brasileiros, tendo em vista que a falta de fertilizantes pode ser o maior agravante.

“Podemos ter uma falta de fertilizantes, que provocará uma diminuição da produção e um aumento na demanda (visto que teremos um player a menos no mercado, ou dois se forem consideradas sanções à Rússia). O que vai acontecer com os custos dos produtos no mercado? Definitivamente podemos esperar um aumento nas gondolas.” – Franco Gonçalves, gerente administrativo da TKE Logística.

AUMENTO DOS COMBUSTÍVEIS

O solo brasileiro também se prejudicou consideravelmente com esse conflito devido ao aumento dos combustíveis, já que o barril de petróleo chegou a ser cotado a US$ 130 devido à guerra, sendo o maior registro da história em sete anos e obrigando a Petrobras a fazer reajustes consideráveis. Isso tudo acarreta diversas infrações, principalmente para as empresas transportadoras, que necessitam repassar esse aumento para os consumidores finais.

Mesmo com essa dificuldade, acredita-se dentro das empresas do setor de transporte e logística que a preocupação da organização empresarial pode ser o ponto crucial para driblar essas dificuldades. Vale ressaltar que esse assunto vem sendo debatido diariamente, visto que a pandemia ao longo dos últimos anos redobrou a atenção dos empresários quanto à economia.

Isso não vai mudar de uma hora para outra, mas será necessário sempre buscar a evolução. “É necessário termos cada vez mais domínio sobre os nossos custos e sobre onde não podemos errar. Também precisamos saber a hora de recuar e principalmente conversar com nossos parceiros comerciais, pois estamos todos interligados”, complementa Gonçalves.

IMPORTÂNCIA DE SE REIVENTAR

O mérito que envolve toda essa situação não engloba somente a questão da guerra, mas também da pandemia da Covid-19, que além dos gargalos enfrentados no transporte e logística trouxe uma reflexão ainda maior com os problemas e limites apresentados ao longo deste período. Isso, inclusive, pode servir de lição para conseguirmos passar por mais um “bombardeio”.

O gerente administrativo da TKE comenta que, devido a esses acontecimentos, não vamos poder deixar passar a oportunidade de nos reinventarmos, pois ainda existem diversos princípios a serem seguidos. “Talvez essa seja a melhor hora de termos nossas organizações mais preparadas estrategicamente, repensando a estrutura empresarial, implementando novas tecnologias e, claro, dando mais valor àqueles que estão à nossa volta”, pontua.

Segundo UNCTAD, impulso da pandemia no e-commerce continua forte

Em 2021, mostramos um estudo da ONU, o UNCTAD (Organização das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento), que apontava um salto de US$ 26,7 trilhões no e-commerce por conta da pandemia. Apesar do alívio das restrições em muitos países, um novo levantamento revela que esse incremento se manteve até os dias atuais, com as as vendas online aumentando acentuadamente em valor. Segundo o estudo, a parcela média de usuários da internet que fizeram compras online aumentou de 53% antes da pandemia, em 2019, para 60% após o início da crise sanitária em 66 países com estatísticas disponíveis.

Imagem de um cesto de compras amarelo sobre o teclado de um notebook
De acordo com a UNCTAD, capacidade (e velocidade) de se adaptar às tecnologias digitais para mitigar a disrupção econômica é o que difere o impulso das vendas de e-commerce entre os países.

Ainda assim, a situação anterior à pandemia e a extensão do impulso às compras online experimentadas variam entre os países. Afinal, muitas economias desenvolvidas já tinham níveis relativamente altos de compras online (acima de 50% dos usuários de internet) antes. Por outro lado, a maioria dos países em desenvolvimento tinha uma menor aceitação do comércio eletrônico pelos consumidores, aponta a UNCTAD.

Diferenças do e-commerce entre países

No estudo, uma razão para as diferenças no impulso das vendas online entre os países está na extensão da digitalização. Ou seja, na capacidade (e velocidade) de se adaptar às tecnologias digitais para mitigar a disrupção econômica. Países menos desenvolvidos, por exemplo, precisam de apoio para adotar o comércio eletrônico. Por conta disso, não estão representados nesta análise da UNCTAD devido à falta de dados sobre o uso de internet.

Entretanto, há estatísticas oficiais disponíveis para sete países que, juntos, representam cerca de metade do PIB global (incluindo Estados Unidos e China). Elas apontam que as vendas no varejo online aumentaram substancialmente nesses países, de cerca de US$ 2 trilhões em 2019 (antes da pandemia) para cerca de US$ 2,5 trilhões em 2020 e US$ 2,9 trilhões em 2021, aponta.

A mudança para as compras no e-commerce fortaleceu ainda mais a já forte concentração de mercado de negócios de varejo. Alibaba, Amazon, JD.com e Pinduoduo, por exemplo, aumentaram suas receitas em 70% entre 2019 e 2021. Enquanto isso, a UNCTAD afirma que a participação no total de vendas entre as 13 maiores plataformas aumentou exponencialmente: foi de cerca de 75% em 2018 e 2019 para mais de 80% em 2020 e 2021.