Shopee: média de R$ 200 nas compras do dia das mães

Brasileiros pretendem gastar em média R$ 200 para o Dia das Mães, aponta pesquisa da Shopee.

Dados do levantamento da plataforma mostram que o preço é um dos fatores determinantes para mais de 60% dos respondentes. Menos de 30% dos participantes escolheram o presente e 40% deles pretendem presentear com roupas na data.

Celebrado no segundo domingo de maio, o Dia das Mães é uma das datas mais esperadas pelo varejo no primeiro semestre. De acordo com uma pesquisa da Shopee, plataforma de comércio eletrônico que conecta vendedores, marcas e consumidores, os brasileiros pretendem gastar em média R$ 200 com o presente. Além disso, apenas 27% dos respondentes já sabem o que vão dar para suas mães. Entre os itens de preferência na hora da escolha estão roupas e acessórios (41%), itens de casa, cozinha e decoração (22%), produtos eletrônicos e de Saúde e Beleza (16%).

Preço é determinante na hora da escolha

Segundo o levantamento, para 61% dos respondentes o preço é o mais importante na hora da compra. Na sequência, vem a facilidade de encontrar o produto (15%), ser o presente que a mãe realmente deseja ganhar (15%) e, por fim, ser um presente que surpreenda (6%).

“O preço é o fator que mais preocupa os brasileiros. Por isso, eles pesquisam e procuram ofertas que caibam no bolso, sem deixar de presentear suas mães. Também notamos que a experiência de compra precisa ser fácil para que o consumidor não esvazie seu carrinho sem levar nada”, analisa Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee.

Hábitos na hora da compra

A pesquisa aponta também alguns hábitos dos brasileiros na hora de comprar durante datas comemorativas. A compra online é a escolha principal para 68% dos respondentes que afirmam ter o costume de comprar pela internet, seja para escolher o presente e depois procurar a loja com a melhor oferta (52%) ou primeiro olhar a faixa de preço e depois pesquisar na internet (31%).

Em relação às ferramentas utilizadas pelos consumidores para pesquisar os melhores presentes e descontos, o Google continua sendo a plataforma mais utilizada por 48% dos respondentes, enquanto 38% compram em lojas recomendadas e 31% seguem a indicação de amigos, comprovando que o “boca a boca” ainda é uma boa publicidade. Para 25% dos entrevistados, o Instagram é a melhor rede social para procurar produtos e 11% confiam no Youtube.

Sobre a Shopee

A Shopee é uma plataforma global de comércio eletrônico que conecta compradores, marcas e vendedores, capacitando qualquer pessoa a comprar e vender em qualquer lugar e a qualquer momento. O marketplace oferece uma experiência fácil, segura e envolvente que é apreciada por milhões de pessoas diariamente.

Além disso, a Shopee oferece uma ampla variedade de produtos de vendedores brasileiros e internacionais, apoiados por pagamentos e logística integrados, sendo uma das principais contribuintes para a economia digital da região, com o firme compromisso de ajudar marcas e empreendedores locais a terem sucesso no comércio eletrônico.

Lançada pela primeira vez no Sudeste Asiático e em Taiwan em 2015, a Shopee iniciou suas operações no Brasil em 2019 com equipe local e escritório na cidade de São Paulo. A empresa faz parte da Sea Limited (NYSE: SE), líder global de internet para consumidores cuja missão é melhorar a vida dos consumidores e pequenas empresas com tecnologia por meio de seus três negócios principais: Shopee, Garena e SeaMoney.

Governo finaliza plano para enquadrar sites como Shein e Shopee

Após polêmica por tentativa frustrada de acabar com isenção de US$ 50 para remessas entre pessoas físicas, Receita Federal inicia ação de ‘conformidade’ para tributar importados.

O Ministério da Fazenda finaliza, nesta semana, medidas para fazer com que empresas de e-commerce, especialmente os estrangeiros (como Shein e Shopee), paguem os tributos devidos e respeitem a legislação brasileira.

A lista de ações será encaminhada para as empresas, que poderão fazer a adesão a uma espécie de plano de conformidade. A ideia surgiu depois da polêmica criada pela intenção do governo de acabar com a isenção de US$ 50 nas remessas de importados de pessoa física para pessoa física — forma pela qual a Receita Federal acredita que as plataformas de comércio eletrônico estrangeiras “burlam” o pagamento dos impostos. O presidente Lula mandou suspender a ideia depois da má repercussão.

Integrantes da Fazenda ressaltam agora que não haverá aumento nem criação de tributos, porque o imposto já existe. Trata-se de um esforço para que os impostos de importação devidos sejam efetivamente pagos.

A equipe do ministro Fernando Haddad e ele pessoalmente conversaram com representantes das empresas asiáticas Shein, AliExpress e Shopee nas últimas semanas para que as empresas façam a adesão ao plano de conformidade.

Embora o governo tenha evitado citar o nome das empresas, são elas os principais alvos das medidas. Mas a Fazenda também manteve conversas e vai enviar o plano para outras companhias do ramo, como a americana Amazon.

Entre as medidas, está a determinação para que o site indique o valor total da compra, com os tributos incluídos. O site também deve se comprometer a respeitar as leis brasileiras de proteção ao consumidor.

A plataforma de e-commerce que assinar o plano também terá que preencher antecipadamente a declaração de remessa de um produto de fora vendido no Brasil e recolher o tributo devido.

Com esse dado em mãos, a Receita fará a gestão de risco enquanto o avião com as encomendas estiver a caminho do país. A ideia é que, antes de a mercadoria chegar, seja informado se o produto vai para o canal verde (onde é liberado e vai direto pra casa do adquirente) ou vermelho (onde é fiscalizado pela Receita).

Atualmente, todas as remessas vão para um local de triagem, a maior parte delas em Curitiba. Com a nova sistemática, boa parte dos pacotes poderá ir direto para a casa do consumidor.

Crise derruba vendas do marketplace da Americanas

Hub Magis5 apontou recuo de cerca de 40% nas vendas diárias e de 5% no número de vendedores ativos.
A crise vivida pela Americanas) por conta do rombo contábil de R$ 20 bilhões fez as vendas diárias de seu marketplace recuarem quase 40%, de acordo com dados coletados pela plataforma Magis5, hub que atua no segmento do e-commerce.

O estudo mostrou que em fevereiro, um mês após a crise, houve uma redução de 35,3% na média de pedidos diários e de 30,79% em relação ao volume bruto de mercadorias (GMV, em inglês). Ao fazer o comparativo com os dois últimos trimestres de 2022, a redução é ainda maior: 47,3% na média diária de pedidos e de 39,6% em GMV.

Além do volume de vendas recuar, os vendedores ativos na plataforma igualmente tiveram alteração em relação ao período de anúncio da crise até o início do mês de março, com uma redução de 5,1% de sellers ativos.

“Os dados apontam a possibilidade de os compradores estarem mais receosos com a compra ou mesmo para a redução de ações feitas pela Americanas para atrair mais consumidores”, avaliou a Magis5, em nota.

“Isso faz com que outros marketplaces aumentem sua participação, como o AliExpress, que é apontado como o sexto maior marketplace em acessos mensais, já próximo de alcançar a Americanas”.

Segundo dados da recuperação judicial da Americanas, o faturamento dos canais online recuou 7,7 vezes de novembro de 2022 até fevereiro, caindo de R$ 1,4 bilhão para R$ 180 milhões.

Perspectivas para o Dia das Mães 2023 – Levantamento realizado pelo DEINM

Principal data comercial do primeiro semestre, o Dia das Mães neste ano será comemorado no próximo domingo 14/05, movimentando a economia.

O Departamento de Inteligência de Mercado dos Correios (DEINM) elaborou um estudo que apresenta a intenção dos consumidores, os principais players para a data, dados de anos anteriores, expectativa do e-commerce para 2023, com base no Relatório Conversion e na Pesquisa Globo/Dia das Mães.

Confira o estudo completo disponível na Biblioteca do RadarIC: Paper Dia das Mães 2023.

E-commerce brasileiro fatura R$ 40 bilhões no 1º tri

Resultado representa queda real de 4,3% em relação ao resultado do primeiro tri de 2022; para o Dia das Mães, ABComm projeta crescimento de 3% nas vendas em relação à data comemorativa no ano passado.

As vendas online no Brasil somaram R$ 40 bilhões entre janeiro e março desde ano, queda real de 4,3% em relação ao resultado do primeiro trimestre de 2022, informou na última segunda-feira (8), a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Para o Dia das Mães, que ocorre no domingo (14), a entidade projeta crescimento de 3% nas vendas em relação à data comemorativa no ano passado. Mas o crescimento mais representativo nas vendas ficará para o segundo semestre.

No acumulado de 2023, a expectativa da ABComm é de que as vendas on-line somem R$ 172 bilhões, um avanço tímido de 1,5% sobre o ano passado.

“A redução no faturamento de empresas que enfrentam problemas no balanço, a questão fiscal que afetou companhias estrangeiras e a manutenção dos juros, que prejudicou as vendas a prazo, são alguns dos motivos por trás dessa queda”, disse Mauricio Salvador, presidente da associação, em comunicado.

“Apesar dos desafios, acreditamos que haverá recuperação nos próximos meses”, completou o presidente da entidade sem fins lucrativos, que reúne 9 mil associados. Entre eles, estão representantes de lojas virtuais, fornecedores de serviços de tecnologia, mídia e meios de pagamento.

Faturamento do e-commerce deve aumentar 10% em 2023

Expectativa é de que o mercado movimente aproximadamente R$ 186 bilhões neste ano.
O mercado de e-commerce vem crescendo ano a ano, e para 2023 as expectativas são boas. Conforme notado pela HostGator, empresa especialista em domínios e hospedagem de sites, a projeção é de que esse crescimento possa chegar a 10% até o final de dezembro.

Ao observar os dados divulgados pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), é possível observar que os ganhos para 2022 foram de R$ 169,59 bilhões, e para este ano as estimativas de faturamento são de R$ 186,7 bilhões. Até 2027, espera-se que essas cifras batam R$ 273 bilhões.

Vale lembrar que muitos desses ganhos devem vir de datas especiais para as vendas e que normalmente já movimentam bem o mercado, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Black Friday e Natal, apenas para citar alguns exemplos.

“Como não existe restrição geográfica, o alcance de público é muito maior e com custo operacional mais baixo que uma loja física. As vendas online só aumentam ao redor do mundo e ainda há muito espaço para novos negócios”, aponta Daniel Dias, vice-presidente de operações da HostGator Latam.

Aprender para empreender

Para aqueles que desejam investir neste mercado ou já possuem lojas montadas e querem aprimorar suas técnicas de venda, a HostGator vai organizar um evento no dia 9 de maio totalmente focado em estratégias para e-commerce.

Com mais de três horas de duração, o evento vai reunir diversos especialistas, lojistas e influenciadores. Entre os temas debatidos, haverá dicas sobre plataformas disponíveis no mercado, vendas, marketing digital e ferramentas para utilizar nas tarefas diárias.

Alguns dos tópicos abordados estão a seguir:

O evento em questão será totalmente gratuito, e para participar basta acessar o canal no YouTube da DLoja Virtual. O link será enviado por e-mail para os que fizerem seu cadastro na página do evento.
Serviço – Evento Online – É Hora DLoja Virtual

Quando: 9 de maio, a partir das 18h30

Onde: no canal do YouTube da DLoja Virtual

Outras informações: participação gratuita, e as inscrições podem ser feitas na página dedicada ao evento

Website: https://www.hostgator.com.br/

Relatório Neotrust E-commerce 1T23

A Confi Neotrust empresa especialista em dados e inteligência sobre o e-commerce brasileiro, apresentou o relatório de desempenho do primeiro trimestre de 2023.

Com uma base composta por dados transacionais de vendas capturadas em tempo real a Confi Neotrust produz estudos sobre o desempenho do e-commerce, suas projeções, últimas estatísticas e tendências.

Na edição do primeiro trimestre de 2023 o Relatório Desempenho do E-commerce apresenta:

• A tendência do movimento no mercado;
• Os setores que mais ganharam no primeiro trimestre;
• Performance dos diferentes métodos de pagamento no Brasil;
• Os efeitos do Dia do Consumidor no e-commerce brasileiro;
• Projeções e estatísticas;

O estudo completo já está disponível para download na Biblioteca do RadarIC e pode ser acessado em: Relatório Neotrust Desempenho E-commerce 1T23

Pesquisa Dia das Mães 2023: dados e expectativas para e-commerce e lojas físicas

Dia das Mães 2023 deve crescer 3,8% em intenção de compra em relação ao último ano.
Para este Dia das Mães, a Conversion fez uma pesquisa com 400 brasileiros conectados à internet para saber quais são as expectativas do consumidor e entender as tendências de compra.

O Dia das Mães é a segunda data mais importante para o varejo, ficando atrás somente do Natal. É muito cultural para o brasileiro homenagear a mãe nesta data e essa tendência de presentear na ocasião cresce a cada ano, principalmente após a crise causada pela pandemia do Coronavírus. De acordo com a pesquisa realizada pela Conversion, 94% dos consumidores pretendem comprar ou já compraram presentes para o Dia das Mães. Isso mostra um crescimento de 3,8% na intenção de compras em comparação com 2022.

Segundo os resultados da pesquisa, 52,1% dos entrevistados planejam fazer suas compras online, o que indica uma tendência de crescimento nas vendas do setor de e-commerce em relação às lojas físicas.

O objetivo do relatório é entender como os e-commerces podem se preparar em relação às ações dos consumidores digitais.

Para uma análise de eventos sazonais, em alguns momentos usaremos o estudo também feito pela Conversion sobre a Black Friday 2022. Isso permitirá uma melhor compreensão das mudanças nas preferências e comportamentos dos consumidores em diferentes ocasiões ao longo do ano.

Conheça o estudo completo disponível na Biblioteca do RadarIC clicando em: Pesquisa Dia das Mães 2023 – Expectativas para o e-commerce e lojas físicas

Relatório Setores do E-commerce Conversion: Dia da Mulher impulsiona e-commerce brasileiro após quatro meses de baixa

A Conversion apresenta o novo Relatório Setores do E-commerce no Brasil: mensal, gratuito, análises de audiência, setores, canais de tráfego e rankings dos maiores sites de cada categoria.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro.

Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce da Conversion.

Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Diego Ivo, CEO da Conversion, acredita que só a ocasião da data sazonal não explica o desempenho de março. Para ele, entra nessa conta o próprio contexto econômico do país e a situação financeira das famílias nessa época do ano.

Confira o relatório completo disponível na Biblioteca do RadarIC: Relatório Setores do E-commerce no Brasil Abril/2023 – Dados referente a Março 2023

Consumo apático se espalha e afeta até varejo resiliente

Juros elevados, inadimplência e fraco volume afetam operações; redes ainda enfrentam questões pontuais de seus próprios negócios.

A apatia que predomina no ambiente de consumo tem afetado não apenas as empresas menos resilientes à períodos de crise de demanda, mas também companhias de “primeira prateleira”, historicamente mais protegidas das crises econômicas.

Juros elevados, que levam a uma desaceleração do ritmo de consumo por um período mais longo que o previsto pelas empresas, e questões pontuais de cada negócio têm contaminado o humor do mercado – e, por tabela, o desempenho no ano de ações de redes líderes como Renner, Assaí e Carrefour (Atacadão). Soma-se a isso o impacto da escassez de crédito, após o escândalo contábil na Americanas, e a taxa de inadimplência das famílias ainda resistente.

Como resumiu ontem o sócio de uma gestora, “o investidor não tem dado mais o benefício da dúvida a quase nenhuma empresa de consumo pelo que se prevê para este semestre, que já está meio perdido para o varejo”, diz.

Como se não bastasse o baque que as redes têm sentido com a escalada nos juros desde o ano passado, que eleva as despesas financeiras, os números dos balanços do primeiro trimestre mostram taxas de crescimento da receita nominal em desaceleração frente a 2022, e retomada de pressões em gastos fixos. As vendas têm subido mais forte em casos de comparações mais fracas com 2022 e no varejo para classe de alta renda.
Ontem (04.05), o site do Valor noticiou a onda de cadeias de capital aberto vendendo ativos, como lojas, depósitos e até a sede (caso do GPA) como forma de reduzir alavancagem, e num cenário de incerteza sobre a retomada.

“Há uma questão neste ano, e que não víamos antes, que é essa ‘gordura’ que o comércio tinha, com a taxa de expansão na receita bem acima do crescimento do volume. Isso vinha ajudando parte do varejo até ano passado”, disse diz Fabio Bentes, economista senior da CNC, a confederação do comércio.

“Essa ‘gordura’ refletia a capacidade de as empresas fazerem os seus repasses de preços ao cliente, algo que diminuiu neste ano com a deterioração contínua no ambiente macro. Há uma inércia no consumo que se arrasta há muito tempo e isso vai contaminando mesmo setores mais protegidos, como alimentos” disse.

Dados da CNC que cruzam receita e volume, utilizando os números da pesquisa de comércio do IBGE, mostram que a receita nominal chegou a subir pouco mais de 15% em março do ano passado – no primeiro bimestre, crescia 14,3%, para um volume que subia 1,5%. Já neste ano, essa receita avançou menos, 13,8%, na média do primeiro bimestre, para um volume que também perdeu o fôlego, e subiu 1,3%. O “gap” entre as taxas nos períodos, ou seja, a “gordura”, como diz a CNC, encolheu.

Esse movimento de repasses aos preços em moda e varejo eletrônco cresceu em 2022 como forma de proteger margem. Bentes reforça que mesmo com o recente desaquecimento da inflação, não há efeito imediato em consumo. Isso porque a renda continua comprometida em patamar elevado – com base em dados do Banco Central, esse nível atingiu recorde de 18 anos da pesquisa neste ano. E certos segmentos, como alimentos, não crescem de forma acelerada quando há melhora em renda. “Ninguém passa a comer mais porque a inflação cai, a renda vai a outras áreas, como serviços.”

O comando do Carrefour citou, nesta semana, a desaceleração da inflação de preços ao consumidor, que afeta a receita nominal em vendas “mesmas lojas” (com mais de um ano), e a competição mais acirrada no atacarejo. Esse segmento vem crescendo de forma mais forte, mas tem sentido, além da “desinflação”, a canibalização maior após aberturas em ritmo acelerado, disse na quarta-feira o CEO do Carrefour, Stéphane Maquaire.

O grupo teve alta de 5,7% nas vendas “mesmas lojas” até março, abaixo do previsto por analistas.
No balanço do primeiro trimestre, o rival Assaí menciona resultados das ações tomadas para o aumento das vendas, mas cita impacto do ambiente macro e da base de comparação forte. Desde janeiro, as ações de Carrefour e Assaí caíram 36,5% e 39,5%, respectivamente, e o Ibovespa recuou quase 4%.

Questões específicas ligadas à cada negócio também tem afetado esses papéis na B3. “No atacarejo, há uma questão de mercado muito ofertado em número de lojas, além da canibalização dos pontos”, disse Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

Analistas ainda citam desafios de integração de negócios, no caso do Atacadão (comprou a rede Big) e do Assaí (comprou lojas do Extra), que acontecem exatamente nesse período mais difícil, e que elevam despesas operacionais, junto com a alta nas despesas financeiras pelos juros.

Outra varejista, também líder em seu mercado, a Renner sentiu, no primeiro trimestre, uma reação negativa à estratégia da empresa de lançar coleção inverno com preço “cheio”, e reviu seus posicionamento após março, disse ontem o comando do grupo. O mercado já aguardava uma desaceleração após a rede já ter sinalizado a investidores dificuldades no período. Isso afetou a ação nas últimas semanas – no ano, a ON da Renner cai 20%, também acima do recuo do Ibovespa de 4%.

A varejista disse que entrou o primeiro trimestre muito estocada e precisou reduzir esse volume e, ao mesmo tempo, decidiu cancelar a coleção de transição, normalmente criada entre as quatro estações. E ainda preferiu antecipar a coleção inverno de 2023. Essa estratégia já havia sido usada em 2022, mas neste ano não funcionou. A venda de janeiro a março subiu 2,2% (se descontar a Camicado cresceu 3,5%).

Foi feito um repasse de preços que “feriu o consumidor” e a venda desacelerou após março, disse ontem o CEO da Renner, Fabio Faccio, em teleconferência, reforçando que desde abril, há sinais mais positivos dos ajustes feitos.

“O momento está um pouco difícil, o ambiente não nos ajuda muito, e o tempo [clima] e o ambiente ‘macro’ são incontroláveis, mas a empresa tem que ajudar. Podemos não ter feito bem, mas a equipe está unida trabalhando”, disse o presidente do conselho de administração da rede, José Galló, durante evento anual com investidores ontem.

Ainda nesta semana, após a divulgação pela Arezzo de seus números de janeiro a março – mesmo com vendas acima do esperado pelo mercado – mesmo com vendas acima do esperado pelo mercado – as ações da empresa caíram 5,7% no pregão. Número mais fraco em margem bruta, dizem gestores ouvidos, ajudou a afetar o humor dos investidores. A ação da varejista cai 19,7% no ano.

Levantamento feito pelo Valor Data, sobre balanços das empresas no fim de 2022 já indicava esse cenário mais complexo. A receita líquida das varejistas e indústrias de consumo do país, presentes na base no Ibovespa (são 12 companhias), subiu 22,6% de outubro a dezembro, e as despesas operacionais cresceram 25,4%. Já o valor do ebit, indicador que mede o lucro operacional (antes dos efeitos de despesas financeiras) subia apenas 3%. A margem bruta no período encolheu 0,4 ponto, para 25,8%, a e a margem ebit diminuiu 0,9 pontos, para 4,5%.