Brasil se destaca no cenário global com crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce

O Brasil tem se destacado no cenário global com o crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce nos últimos anos. Esses setores têm registrado um aumento significativo no país, impulsionados pela maior adesão à tecnologia e pela mudança nos hábitos de consumo da população.

Um dos principais fatores que contribuem para esse crescimento é a crescente adesão das empresas aos marketplaces, como a Amazon, que tem ganhado espaço no mercado brasileiro. A gigante do e-commerce americana desembarcou no Brasil em 2012 e, desde então, tem ampliado sua presença e atuação no país.

Além disso, a adoção de estratégias de marketing, como a oferta de cupons de desconto, tem se mostrado uma prática eficaz para atrair consumidores e fidelizar clientes. Essa é uma tendência que tem sido cada vez mais comum no varejo brasileiro e tem contribuído para o crescimento do setor.

Crescimento do e-commerce
O Brasil tem se destacado no cenário global com o crescimento expressivo do mercado de varejo e e-commerce. De acordo com dados recentes divulgados pela Ebit Nielsen, o faturamento do comércio eletrônico no país cresceu 41% em 2022, totalizando R$ 238 bilhões. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela pandemia, que acelerou a digitalização das empresas e dos consumidores.

Esse crescimento é resultado da maior adesão da população à tecnologia e da mudança nos hábitos de consumo, que têm impulsionado o comércio eletrônico no país. Além disso, a pandemia do novo coronavírus acelerou ainda mais esse processo, levando muitos consumidores a optarem pelas compras online como forma de evitar aglomerações em lojas físicas.

Marketplaces em ascensão
Os marketplaces, plataformas de venda online que reúnem diversos vendedores em um único lugar, também têm se destacado no cenário do e-commerce brasileiro. Grandes empresas, como a Amazon, Magazine Luiza e Mercado Livre, são exemplos de marketplaces que têm ganhado espaço no mercado brasileiro.

Essas plataformas têm se tornado cada vez mais populares entre os consumidores, que buscam praticidade e comodidade na hora de comprar produtos pela internet. Além disso, a adesão dos vendedores a essas plataformas têm permitido que pequenos e médios negócios possam ter uma maior visibilidade e alcance de clientes.

Oferta de cupons de desconto
A oferta de cupons de desconto tem se mostrado uma estratégia eficaz para atrair clientes e fidelizar consumidores no mercado de varejo e e-commerce. Essa prática tem sido cada vez mais comum entre as empresas brasileiras, que utilizam os cupons como forma de incentivar as compras online e de conquistar novos clientes.

Grandes empresas do varejo, como Magazine Luiza e Casas Bahia, são exemplos de empresas que têm adotado essa estratégia em suas operações online. Além disso, existem diversos sites e aplicativos que oferecem cupons de desconto para diversos estabelecimentos comerciais no Brasil, como forma de incentivar o consumo e as vendas.

Aumento no uso de cupons de desconto
Outro fator que impulsiona o mercado de e-commerce e varejo no Brasil é o uso de cupons de desconto. Cada vez mais populares, os cupons de desconto são utilizados por consumidores em busca de economia nas compras. Houve um aumento de aproximadamente 50% no uso de cupons em compras online no Brasil durante a pandemia. Essa tendência é refletida nas empresas, que estão investindo cada vez mais em promoções e descontos para atrair consumidores.

A Amazon Brasil também está presente nessa estratégia, oferecendo cupons da Amazon em seus produtos e serviços. A empresa lançou recentemente uma campanha de cupons, que oferece descontos em categorias como eletrônicos, livros e moda. Essa iniciativa é uma forma de conquistar novos clientes e fidelizar os antigos.

Perspectivas para o futuro
O mercado de varejo e e-commerce no Brasil apresenta um cenário de crescimento contínuo e expressivo, mesmo diante de desafios como a pandemia e a crise econômica. A perspectiva é de que esse setor se mantenha em ascensão nos próximos anos, impulsionado pelo aumento do acesso à internet e do uso de dispositivos móveis, bem como pela crescente demanda por comodidade e praticidade nas compras.

A entrada da Amazon Brasil no mercado de varejo e e-commerce do país representa uma concorrência forte para as empresas já estabelecidas, que precisam se reinventar para se manterem competitivas. Por outro lado, a presença da gigante norte-americana também pode trazer benefícios para os consumidores, que terão acesso a uma maior variedade de produtos e serviços, além de preços mais competitivos.

O uso de tecnologias e ferramentas como os marketplaces e os cupons de desconto são estratégias cada vez mais utilizadas pelas empresas para se destacarem no mercado e conquistarem novos clientes. No entanto, a qualidade do atendimento e a experiência do consumidor também são fatores fundamentais para a fidelização e para o sucesso no mercado de varejo e e-commerce.

Assim, é importante que as empresas estejam sempre atentas às mudanças do mercado e às necessidades dos consumidores, investindo em tecnologia, inovação e melhoria contínua para se manterem competitivas e em constante crescimento.

“Brusinha” barata: estudo compara preços da Shein, Renner e Riachuelo

Relatório do BTG Pactual mostra que roupas de varejistas locais, como Renner, Riachuelo e C&A, são até 400% mais caras do que as da Shein.

A Shein vendeu mais de R$ 7 bilhões em produtos no Brasil no ano passado, o que a alçou à posição de terceira maior varejista de moda no país, atrás apenas da Riachuelo e da Lojas Renner.

A varejista asiática, que era pouco ou nada conhecida por consumidores brasileiros até pouquíssimo tempo atrás, tinha potencial de alcançar a liderença no mercado de moda local ainda neste ano.

Segundo cálculos do banco BTG Pactual, a Shein faturaria algo como R$ 16 bilhões em 2023, mais do que dobrando seu volume de vendas. Mas a decisão do governo federal de aumentar a fiscalização sobre encomendas trazidas do exterior é um obstáculo para o plano.

A maior parte das remessas estrangeiras para o Brasil toma proveito do limite de US$ 50 para compras entre pessoas físicas – embora as remessas de empresas como a Shein tenham origem jurídica.

A promessa do governo é ser mais criterioso nas inspeções, o que deve aumentar o volume de encomendas taxadas pela Receita Federal.

Se confirmada, a nova realidade pode frear as vendas das varejistas no Brasil e deve retirar um importante diferencial competitivo da Shein: o preço.

Um relatório produzido pelo banco BTG Pactual divulgado na última terça-feira (2/5) mostra que as peças vendidas pela Shein (e que hoje vêm da China) são até 400% mais baratas do que as das suas principais concorrentes no Brasil – Lojas Renner, Riachuelo e C&A.

O banco levantou o preço médio de roupas e acessórios vendidos nos sites e lojas de moda e, ao final, estimou o custo de montar um “guarda-roupa” completo de cada marca. Veja comparativo no quadro acima do texto.

A maioria das peças sai mais em conta, se compradas na Shein. A única exceção são as blusas, que saem até 40% mais baratas nas concorrentes locais – as “brusinhas” da Shein, quem diria, são mais caras do que as brasileiras.

No saldo final, montar um guarda-roupa com peças da varejista asiática é mais vantajoso em todos os casos. O cliente da Renner pagaria quase 70% mais para comprar um conjunto de roupas e acessórios similares aos disponíveis na Shein.

Produção nacional
No mês passado, em meio à discussão sobre a tributação de produtos de varejistas estrangeiras, a Shein anunciou um investimento de R$ 750 milhões no Brasil.

O plano da empresa é firmar parcerias com fornecedores locais, para que 80% das vendas sejam de peças produzidas em solo brasileiro.

É possível que, ao nacionalizar sua produção, a Shein perca o diferencial de preço, uma vez que estará atuando sob a mesma estrutura de impostos e custos que suas principais concorrentes.

No relatório, o BTG lembra que o próprio processo de encontrar fornecedores locais e montar uma estrutura de produção em escala já é desafiador para empresas estrangeiras.

Esse foi o principal gargalo para a atuação da Zara no Brasil, por exemplo. Basta lembrar dos casos de trabalho escravo entre fornecedores da empresa, um episódio que maculou a imagem da Zara no país.

Por outro lado, a Shein parece ter algo que as varejistas estrangeiras não têm. Além do preço, seu diferencial competitivo mais forte é a capacidade de ler o gosto do consumidor, a produção rápida e em pequenos lotes e a forte presença nas redes sociais.

Isso, diz o BTG, deve preservar parte da força da Shein entre os consumidores brasileiros, mesmo que o preço das “brusinhas” aumente no médio prazo.

Taxação em compras internacionais: entenda o que muda

Recentemente, houve um grande debate sobre a revogação da isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Essa isenção era uma das medidas implementadas na década de 90 para incentivar as importações e o comércio exterior no país.

Entretanto, o Governo Federal decidiu há pouco revogar a medida, na intenção de nivelar a concorrência comercial entre lojas brasileiras e internacionais que se valiam da brecha para burlar a lei. A notícia pegou muita gente de surpresa e causou divisão de opiniões.

Recentemente, o Governo Federal revogou a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50 que entrassem no Brasil. Como isso afeta o mercado brasileiro?

Isenção no Brasil
Antes de entrarmos nessa discussão, é importante entendermos um pouco mais sobre a história dessa medida. A isenção foi criada no Brasil em 1991 e tinha como objetivo incentivar as importações e estimular o comércio exterior. Na época, a medida foi considerada uma importante ferramenta para a abertura do mercado brasileiro e a entrada de novos produtos no país, que vivia uma época de recessão econômica, conhecida como pré-plano real.

Com a isenção, os brasileiros podiam comprar produtos importados no valor de até US$ 50, sem pagar nenhum tipo de taxa ou imposto de importação. Isso fez com que muitas pessoas começassem a fazer compras em sites internacionais, especialmente aqueles que ofereciam produtos mais baratos do que os vendidos no Brasil. Com o tempo, a medida se tornou uma espécie de “direito adquirido” dos brasileiros e foi muito popular entre aqueles que faziam compras online.

Isenção revogada
No entanto, nas últimas semanas foi anunciada a decisão do Governo Federal de revogar a isenção de taxas para compras internacionais no valor de até US$ 50. A medida foi justificada como uma forma de dar ferramentas de controle ao sistema tributário do país e combater a sonegação fiscal. Segundo o governo, “empresas” que atuam na informalidade estavam se aproveitando da isenção para importarem produtos em excesso e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e a economia do país.

A revogação dessa MP que garantia a isenção de taxas para compras internacionais gerou grande polêmica nos últimos dias – houve principalmente confusão diante o anúncio. Muitas pessoas criticaram a medida e alegaram que ela vai prejudicar os consumidores, especialmente aqueles que não têm condições financeiras de pagar impostos adicionais nas compras internacionais. Alguns também argumentaram que a medida vai desestimular as importações e limitar a diversidade de produtos disponíveis no mercado brasileiro.

Por outro lado, defensores da revogação da isenção acreditam que a medida é necessária para combater a sonegação fiscal e proteger a economia do país. Eles argumentam que muitos brasileiros estavam abusando da isenção para importar produtos em larga escala e revendê-los no mercado interno, o que prejudicava os empresários locais e gerava perda de arrecadação para os cofres públicos.

Repercussão
Poucos comerciantes brasileiros perceberam que, ao receberem encomendas internacionais com destinatário não jurídico, acontecia a isenção. E isso se tornou um padrão de comportamento entre muitos comerciantes, que já assinalavam no ato da compra a necessidade do envio fracionado das mercadorias e a sonegação dos valores em nota.

Segundo estimativas do próprio Ministério da Fazenda, em 2022 os cofres públicos podem ter deixado de arrecadar algo em torno de R$ 6 bilhões em taxas de importação. Com isso, a mudança significa que pessoas que agiam na ilegalidade encontraram mais resistência na tentativa de fraudar o sistema, mas para o consumidor geral que já adquiria suas compras no mercado legalizado, como os grandes e-commerces, não acontecerá nenhuma alteração.

No fim das contas, a revogação da isenção de taxas para compras internacionais é uma medida controversa, e gera muitas discussões. É certo que ela terá um impacto significativo na vida dos brasileiros que fazem compras online, especialmente aqueles que dependem de produtos importados vendidos de forma ilegal. No entanto, também é importante lembrar que o governo tem o dever de proteger a economia do país e combater qualquer tipo de desvantagem competitiva. Com isso, é garantido que os preços sejam páreos, evitando a vulnerabilização dos postos de empregos, já que o comércio e o varejo são responsáveis por gerar mais de 40% dos empregos no país, segundo dados do último censo do IBGE, em 2022.

E-commerce brasileiro registra primeira alta nos acessos em quatro meses

Acessos às plataformas de e-commerces saltaram 8% em março, puxados pelo Dia da Mulher; participação de marketplaces asiáticos aumenta.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro. Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Segundo a Conversion, o início do ano é marcado por uma situação financeira complicada das famílias. As dívidas contraídas no fim de 2022, com as compras de Natal, estão sendo liquidadas agora, o que permite que as pessoas possam voltar a consumir bens não essenciais ou mesmo para presentear alguém novamente.

O impacto do Dia da Mulher se vê melhor pelos setores mais acessados em março: o de Presentes e Flores registrou o melhor desempenho, subindo 17%. Além dele, o de Joias e Relógios também cresceu significativamente (13,3%). Ambos estão diretamente ligados a presentes costumeiramente dados na data.

Já o setor mais relevante do e-commerce, o de marketplaces, que engloba desde grandes redes de varejo até pequenos lojistas inseridos no mercado online, cresceu 9% no mês, atingindo 989,5 milhões de visitas – um aumento que também pode ser analisado a partir dos presentes procurados para o 8 de Março.

A melhora no mês foi tão significativa, na verdade, que somente um único setor analisado na pesquisa perdeu acessos: o de produtos para pets, que caiu sutilmente em 1,3%.

E-commerces asiáticos são os mais acessados

Como não poderia deixar de ser, o desempenho positivo de março afetou o tráfego das marcas. O Mercado Livre permanece na ponta, somando quase o dobro de visitas únicas do segundo lugar, a Amazon Brasil. Em março, a plataforma argentina cresceu 8%, chegando a 340 milhões de acessos. A Amazon, por sua vez, cresceu 13,7%, enquanto a Shopee teve uma alta mais tímida, de 4%.

Mas as plataformas asiáticas ganham tráfego mês a mês. Hoje, além da Shopee, a AliExpress já se consolidou na quinta colocação entre as mais visitadas, subindo seus acessos em 14% no mês passado. Com 82,2 milhões de visitas, ela vê a chinesa Shein – que ocupa a sexta posição – se aproximar, com 75,9 milhões.

Esses dados são ainda mais relevantes considerando as últimas discussões acerca da taxação de encomendas internacionais, visto que os e-commerces asiáticos retém grande parte da participação no mercado online brasileiro. Prova disso é que das 10 plataformas mais visitadas do País, um quarto é asiática.

Ainda sobram dúvidas sobre os anúncios da Shein e do governo

Replicar o modelo da plataforma asiática com produção local não é tarefa simples.

Em poucas horas, ainda com o governo sob o desgaste do tema dos impostos em remessas internacionais, um conjunto de ações foram anunciadas na quinta-feira pelo Ministério da Fazenda e pela Shein, relativas à nacionalização nas vendas da plataforma de comércio eletrônico e investimentos. Dessa forma, Fazenda e Shein mudaram a narrativa negativa sobre o tema na semana passada, acalmaram as redes sociais, mas deixam para trás pontos pouco claros, especialmente em relação à lógica econômica do projeto.

Governo e Shein falam em transformar o país em “plataforma de exportação” para América Latina – de um setor golpeado por carga tributária pesada e forte importação chinesa -, com geração de empregos (100 mil indiretos, ou 7% do total do setor produtivo hoje) e investimentos de R$ 750 milhões pela Shein em três anos.

A soma irá para tecnologia e treinamento e é parte de um plano de nacionalização de 85% das vendas da empresa até 2027. O montante anual é inferior ao que redes como Renner ou Riachuelo investiram em tecnologia em 2022.

Para esse projeto de nacionalização, foi fechada parceria com as empresas têxteis Coteminas e Santanense, ambas do grupo fundado por José Alencar (vice-presidente da República de 2003 a 2010, no governo do PT), pai de Josué Gomes, presidente da Coteminas.

Nacionalização esbarra no Custo Brasil, o que pode afetar o modelo da Shein, que tem os preços baixos como atrativo .

Além disso, há um plano de conformidade em discussão entre plataformas estrangeiras e a Receita Federal. Não há muitos detalhes sobre esse debate, mas um ponto refere-se aos marketplaces arcarem com os impostos que são pagos pelo consumidor brasileiro.

Nos últimos dias, executivos, especialistas e pessoas envolvidas nas negociações levantaram desafios e aspectos não esclarecidos sobre esses anúncios. Entre os pontos está o risco que o plano pode representar ao modelo de negócios da Shein no país, e a sua maior fortaleza, os preços competitivos. É algo que ocorre exatamente porque a plataforma importa 100% das mercadorias da China – país que responde por cerca de 60% da produção mundial de artigos têxteis.

Outro aspecto é a decisão de as plataformas recolherem os impostos (em vez do consumidor), e se isso não acabará sendo repassado ao preço final. Investidores ainda levantaram pontos sobre o acordo com a Coteminas.

Um ponto central é se, com a nacionalização, a Shein pode ficar mais “careira” – hipótese criticada duramente por consumidores nas redes sociais a partir da ideia inicial da Fazenda de tributar remessas internacionais de até US$ 50. Essa discussão pegou muito mal e não avançou, por isso o governo tratou de buscar alternativas.

Faltam detalhes sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas.
A ideia de nacionalização tem sido debatida pela Shein há anos, com avanços pontuais no mundo. Hoje, a plataforma com sede em Cingapura vende para mais de 150 países e é 100% abastecida por seis mil fornecedores da China, num sistema ultrainformatizado, extremamente ágil e barato. Foram US$ 22,7 bilhões em vendas no mundo em 2022, segundo a imprensa chinesa (menos que Nike e Zara, mas com crescimento mais rápido).

O Brasil teria, calculam analistas, 7% a 9% disso (até US$ 2 bilhões), perto do faturamento da Renner. O que a Shein ainda não explicou é como reproduzirá seu modelo aqui, para atingir 85% de nacionalização, mesmo usando parte da escala da Coteminas.

Terá que encarar desafios de uma operação têxtil local, que carrega uma carga tributária média de 18% (em alguns itens chega a 40%) e com menores níveis de produtividade que a China – apesar de avanços da indústria local.

Para vender mais aqui, pode ter que dar mais espaço, no site e “app”, a produtos locais – afetados pelos altos custos fiscais e trabalhistas, e esses repasses encarecem a venda. “Há o desenho de um plano que depende de alguns aspectos ainda. E para que isso pare de pé, eles terão que lidar com o Custo Brasil, que é sem dúvida o ‘x’ da questão. A Shein tem um modelo inovador, mas não vai repetir o mesmo sistema de fora por conta dos nossos custos, não há como fazer milagre nisso”, diz Alberto Serrentino, diretor da Varese Retail.

Segundo uma fonte a par dos planos, a Shein não vai produzir no país itens de todas as categorias. “Eles devem se adequar àquilo que o Brasil é mais forte, como fabricação de jeans, e nisso podem ser exportadores de peso para América Latina, gerando escala e preços mais baixos. Moda baseada em tecido sintético não deve ser foco. Eles vão se ajustar para se manter competitivos”, diz a fonte.

Para não perder vendas, a Shein pode ter que considerar ações como aumentar subsídios ao frete e ampliar a oferta de cupons de descontos. São medidas que ampliam vendas, mas afetam margens.

Outra hipótese é trazer mais lojistas brasileiros para sua base de vendedores (dos polos de moda e calçados, por exemplo) eliminando do processo os intermediários, como atacadistas, que tornam o produto final mais caro, diz Eduardo Terra, sócio da BTR Consultoria.

Questionada sobre eventuais ações para compensar o custo Brasil e atingir os 85%, a Shein afirmou que abrirá outro marketplace local para vendedores brasileiros, com variedade maior de produtos (há nove lojistas no projeto piloto hoje). E afirma que os lojistas vão usufruir da experiência da Shein, que será dividida com eles, em marketing e logística, por exemplo.

Sobre o assunto, Marcelo Claure, chefe da Shein na América Latina (ex-Softbank), admitiu que o plano é uma “grande transformação” para a Shein. Disse contar com a capacidade de a empresa reproduzir vantagens competitivas e se adaptar, e acrescentou que já tem contatado parceiros no Brasil para testes de produção. Mas, pelo seu tom, tem consciência que China e Brasil são mundos bem diferentes. Apesar disso, fala que a Shein “não deve falhar” no que se propôs.

Outra dúvida é se a meta de 85% de nacionalização considera os produtos vendidos por lojistas locais, mas que são importados da China. “Se isso entrar como nacionalização vai ser fácil aumentar a taxa hoje, que é mínima. E na prática, ainda é tudo venda de produto chinês, e não brasileiro”, afirma um varejista on-line. A Shein não informa os critérios para as estimativas dessa nacionalização.

Uma outra fonte a par do tema diz que nem toda a nacionalização virá de produtos vendidos no país. “O plano é que 85% das vendas sejam de produção local, então pode ser fabricação vendida para América Latina”, diz.

Também há dúvidas sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas, que bancarão o custo no lugar do consumidor. Esse anúncio também ocorreu na quinta pela Fazenda.

Pelo sistema de pagamento digital de impostos (“digital tax”), em discussão, o tributo sai discriminado como um item a ser pago na hora da compra. Em outros países, há diferentes modelos de “digital tax”. Na Amazon no Brasil, quem paga é o consumidor.

Haddad disse que quem arcará com esse pagamento de imposto é o vendedor – seja o terceiro que tem uma loja on-line ou a plataforma mesmo. E afirmou que os marketplaces concordaram. Segundo ele, a Shein afirmou que não vai repassar isso ao consumidor.

Pode ser algo difícil de garantir, em se tratando de uma empresa privada que define metas de resultado e as revisa constantemente com acionistas e diretoria.

Outro aspecto dos anúncios recentes envolve o acordo entre Coteminas e Shein, e como o governo acabou entrando nesse tema.

A parceria entre Shein e Coteminas vinha sendo discutida há cerca de um mês e meio atrás, segundo uma fonte próxima à empresa brasileira. Na posição de CEO da Coteminas, Josué Gomes ajudou a costurar o contato na quinta-feira (20) entre Shein e Haddad, que levou ao anúncio posterior da plataforma. “A temperatura subiu muito nos últimos dias e era preciso abrir um canal de comunicação [entre Fazenda e Shein]”, diz uma fonte.

Das cerca de 3 mil confecções parceiras da Coteminas, 2 mil serão fornecedoras da marca Shein para atender Brasil e América Latina. A Santanense, do grupo Coteminas, também é parte do acordo.
Um ponto que não está tão claro refere-se ao fato de a Coteminas não produzir moda, o forte da Shein, diz um gestor de fundo sem ação da Coteminas na carteira. A empresa é referência em cama, mesa e banho, e a Santanense, em vestuário profissional. Uma fonte diz que a empresa pode fornecer insumos a Shein, para fabricação local de vestuário, e a Shein pode treinar confecções na produção.

Fato relevante da Coteminas de quinta-feira, que informa a parceria, ainda fala em financiamento para capital de giro da empresa, e um contrato de exportação de produtos para o lar. Na prática, é dinheiro da Shein que entra na Coteminas para dar fôlego para que o projeto saia do papel.

Perguntado sobre pontos ainda em aberto nos projetos com as plataformas, o Ministério da Fazenda se posicionou especificamente sobre o “digital tax”. Disse que é um imposto que já existe, mas que será recolhido antes do envio da mercadoria, sem criação ou majoração de tributo, e com recolhimento eletrônico facilitado. “A medida está em elaboração e será detalhada em breve. Cabe enfatizar que o objetivo principal é garantir a concorrência justa para que o consumidor seja beneficiado no curto, médio e longo prazos”.

Tíquete médio deve encolher no e-commerce

Mesmo com previsão de leve crescimento nas vendas em 2023, empresas precisarão ter maior controle sobre os custos da operação.

Apesar da incerteza sobre os rumos da economia brasileira em 2023, a perspectiva é positiva para o comércio eletrônico. Pelas projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento de 2023 deverá avançar 5% em relação a 2022, totalizando R$ 185,7 bilhões.

“A previsão coincide com a consolidação do e-commerce, à medida que as pessoas voltaram a comprar nas lojas físicas. Mas o ritmo de crescimento será mais lento, se comparado ao boom de 2020”, analisa Rodrigo Bandeira Santos, vice-presidente da ABComm, que representa empresas de varejo e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia da informação, mídia e meios de pagamento.

Já o número de pedidos poderá atingir a marca de 395 milhões em 2023, gerados por 88 milhões de compradores, destaca Santos. No ano passado, segundo a associação, foram 301,1 milhões de pedidos, puxados por 77 milhões de compradores, com tíquete médio mantido em R$ 420.

Nessa mesma direção, a Neotrust, empresa que monitora vendas reais do varejo digital, aponta um crescimento tímido em 2023 sobre 2022, diz Luis Cambraia, head of sales da companhia, sem mencionar a variação estimada. Os dados da empresa apontam movimentação de 379,2 milhões de pedidos em 2022, variação de 0,4% em relação ao ano anterior. No mesmo p período, o faturamento caiu 4,2%, para R$ 168,7 bilhões.

Os dados de mercado podem variar de acordo com a base pesquisada. A 47ª edição do relatório Webshoppers, elaborado anualmente pela NielsenIQ eBit, destaca, por exemplo, que a quantidade de pedidos cresceu 7,9% em 2022, na comparação com o ano anterior. Mas houve baixa geral de 7,5% no tíquete médio, nas 12 categorias analisadas.

A tendência de mais vendas on-line de produtos de menor valor, assim considerados aqueles que custam abaixo de R$ 300, deverá permanecer em 2023. Dessa maneira, controle sobre custo de frete e prazo de entrega assumem caráter ainda mais nevrálgico para as operações das empresas em cenário de juros altos, escalada inflacionária, pressão por rentabilidade e disciplina de caixa, além do risco de uma crise de crédito por conta do caso da Americanas.

“A logística vem ganhando espaço como um dos diferenciais competitivos”, afirma Santos, da ABComm. Frete no Brasil é caro e precisa ser encarado como investimento no cliente, argumenta. Segundo Cambraia, da Neotrust , no ano passado muitos lojistas passaram a zerar o frete para não perder clientes. “Ações como essa devem ser tendência para o e-commerce em 2023, especialmente em datas sazonais”, prevê.

Outras inciativas incluem condicionar o frete grátis a um valor mínimo de compra. “E cada vez mais a entrega de urgência, ou programada, fará parte da oferta das empresas para atrair consumidores. Nesse segundo caso, o consumidor já considera que o frete é por conta dele”, acrescenta Santos. De acordo com Cambraia, 59% das compras no e-commerce em 2022 ofereceram frete grátis, a maior porcentagem desde 2019.

A pesquisa Webshoppers da NielsenIQ eBit informa que, em 2022, 49% dos pedidos tiveram frete grátis, aumento de três pontos percentuais em relação a 2021. O estudo também indica que quanto mais distante está o consumidor dos centros de distribuição dos produtos, menos consegue frete grátis. De acordo com o relatório, 60% das compras entregues em cidades do Sudeste tiveram frete grátis. No Nordeste, esse percentual cai para 17%; no Sul, para 12%; no Centro-Oeste, para 6%; e no Norte, para 5%.

Não por acaso, os planos de grandes players do setor passam pela descentralização de seus pontos de distribuição, a fim de atender clientes diretos ou consumidores que compram de vendedores reunidos nos marketplaces que administram. Três deles – Via (dona de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra), Magazine Luiza (que opera o Magalu, além de Kabum, Netshoes, Zattini, Shoestock e Época) e Amazon Brasil – mantêm expectativas positivas para 2023. “Vamos, sim, crescer o GMV, preservando a rentabilidade”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de logística da Via. GMV é a sigla para Gross Merchandise Volume, métrica que calcula as vendas por canais digitais. Em 2022, o GMV da companhia atingiu R$ 44,3 bilhões, queda de 0,5% sobre 2021. A receita líquida da Via anotou R$ 30,8 bilhões, repetindo o ano anterior, com prejuízo líquido de R$ 342 milhões, mostra o balanço financeiro.

Entre os projetos da área de logística, Gasparini cita a recente implantação do sistema de gestão automatizada (WMS) no Centro de Distribuição da empresa em Jundiaí (SP). “A expectativa é que a ferramenta atinja 90% da malha logística da Via e de seu ecossistema ainda em 2023, o que garantirá ainda mais a integração digital demandada especialmente pela área de e-commerce”, explica. O projeto é parte da estratégia da Via de buscar soluções que tornem as entregas mais rápidas e sustentáveis.

A Via conta com 30 CDs espalhados pelo Brasil e 1.133 lojas que funcionam como mini-hubs para entregas de última milha e recebimento de mercadorias em 450 cidades, tanto dos produtos próprios como dos 151 mil sellers do marketplace. No ano passado, a companhia comprou duas logtechs, a partir das quais lançou serviços de fulfillment e full commerce para sellers, como também no mar aberto (fora de sua carteira de clientes).

Segundo o balanço financeiro, a malha própria de logística sustentou 72% de todas as entregas de produtos vendidos diretamente pelas marcas da Via, que representaram 4,5 vezes o volume de 2019. Em função dessa estrutura, Gasparini observa que, atualmente, cerca de 15% das entregas da Via estão disponíveis para que aconteçam no mesmo dia.

O Magazine Luiza também conta com a abrangência da malha e omnicanalidade para impulsionar as vendas. “Na logística, os nossos sellers têm à sua disposição toda a estrutura do Magalu”, afirma Felipe Cohen, diretor de operações do marketplace da empresa, que fechou 2022 com 260 mil sellers.
Com e-commerce total, entre venda de produtos próprios e de terceiros, a companhia obteve GMV de R$ 43,3 bilhões (crescimento de 9% sobre 2021), sendo R$ 15,4 bilhões sustentados pelo marketplace (aumento de 18%). De acordo com o diretor, o foco é ampliar ainda mais as entregas dos sellers pelo Magalu Entregas, já responsável por 80% dos pedidos, dos quais 43% são entregues em até 48 horas, diz Cohen.

Para isso, a companhia conta com uma malha que abrange 1.430 pontos, sendo 1.339 lojas físicas em 21 Estados. Completam a malha 269 unidades de logística, entre 23 CDs, cinco deles funcionando como fulfillment, e 246 cross-docking (armazéns de passagem rápida).

Segundo Cohen, em 2022, o e-commerce representou 72% das vendas totais do Magazine Luiza. A receita líquida da empresa registrou R$ 37,2 bilhões no ano passado, aumento de 5,7% na comparação com 2021, conforme o balanço divulgado. Mas operou com prejuízo de R$499 milhões.

Como os outros dois players, a Amazon Brasil revela confiança de que seguirá a tendência de crescimento registrada em 2022. “Nós já começamos o ano com ótimos resultados durante o período de volta às aulas”, afirma Daniel Mazini, presidente da companhia no país, sem informar dados locais. “A Amazon fechou 2022 com uma receita mundial de US$ 514 bilhões, crescendo dos US$ 469,8 bilhões de 2021”, destaca.

Ele atribui o bom desempenho à combinação de uma vasta seleção de produtos, preços competitivos e frete ágil. “Nossa capacidade de entrega está cada dia mais rápida para todo o Brasil e a expansão de nossos programas de logística para vendedores parceiros nos ajuda nesse crescimento”, ressalta. Ele conta que a expansão inclui o FBA – Logística da Amazon, que realiza desde o armazenamento e empacotamento do produto até o envio e atendimento ao cliente, e acordos logísticos, como o firmado com a Azul Cargo para acelerar as entregas na região Norte do Brasil.

A operação da Amazon no Brasil envolve 11 centros de distribuição, dez abertos entre 2019 e 2022, mais 13 estações de entrega. Mazini destaca que a empresa realiza entregas em cerca de mil cidades brasileiras em até dois dias úteis. “E em mais de 200 cidades em até um dia útil”, complementa. O catálogo para o mercado brasileiro reúne 100 milhões de produtos disponíveis em 50 categorias. Desses, em torno de 10 milhões têm remessa gratuita e rápida para membros do serviço Prime.

Alibaba anuncia maior reestruturação da história da empresa

Gigante chinesa irá dividir companhia de e-commerce em seis unidades independentes.

A Alibaba, grupo de empresas de propriedade privada cujos negócios são baseados em e-commerce, anunciou na últia terça-feira (28) que irá se dividir em seis unidades independentes com objetivo de otimização e agilidade em tomadas de decisão. A reestruturação é a maior em seus 24 anos de história.

* O conglomerado chinês terá agora as unidades de inteligência de nuvem, serviços locais, logística, comércio eletrônico, mídias digitais e entretenimento;

* A decisão vem um dia após o retorno do fundador da companhia, Jack Ma, que passou mais de um ano no exterior. O empresário adotou uma vida discreta desde que a China iniciou uma supervisão regulatória mais rígida contra empresas de tecnologia;

* A volta de Ma, que desde 2020 tem rara aparição pública, acontece após Pequim prometer aliviar repressão regulatória e apoiar empresas privadas.

Com o anúncio da Alibaba, as ações da empresa em Nova York dispararam na manhã desta terça, subindo até 8% — as ações haviam caído cerca de 70% desde que a repressão regulatória começou no final de 2020.

“A intenção original e o propósito fundamental desta reforma é tornar nossa organização mais ágil, encurtar os vínculos de tomada de decisão e responder mais rapidamente”, disse Daniel Zhang, atual presidente e CEO do Alibaba Group, em uma carta enviada à Reuters.

O diretor acrescentou que cada um dos seis grupos de negócios será administrado por seu próprio CEO e conselho de administração. Elas terão flexibilidade para levantar capital externo e buscar uma oferta pública inicial.

A única exceção seria o Taobao Tmall Commerce Group (unidade de comércio eletrônico). O setor continuará sendo uma unidade de propriedade integral do Alibaba Group. Zhang pontuou que os processos de trabalho também serão “refinados”, mas não esclareceu se realizará cortes de empregos — Alibaba demitiu, em 2022, 10 mil funcionários em três meses.

Segundo especialistas em investimentos, o anúncio traz um respiro para a Alibaba, afastando a preocupação de que a companhia tenha perdido potencial de crescimento.

“Parece uma coincidência que isso esteja acontecendo no momento em que Ma parece confortável em retornar. Para mim, isso sugere que o Alibaba está querendo fazer algo há algum tempo, mas estava esperando a oportunidade para fazer”, disse Stuart Cole, macroeconomista chefe da corretora Equiti Capital, à Reuters.

Cashback, lives, entregas-relâmpago: quais são as estratégias das grandes varejistas para reconquistar clientes

Rombos e falências, além de quedas nas vendas, ressaltam a importância de adotar o relacionamento on-line como prioridade.

O varejo anda machucado. Mas como continuar atraindo o consumidor neste cenário? A Americanas relatou rombo contábil de R$ 20 bilhões, a Marisa busca renegociar dívidas brutas de curto prazo de menos de R$ 300 milhões e a Livraria Cultura teve a falência decretada. Pouco antes, o setor havia encerrado 2022 com o crescimento mais fraco em seis anos, segundo o IBGE. Apesar da alta de 1% nas vendas no período, foi o pior desempenho desde 2016 (-6,2%) e abaixo do ganho de 1,4% em 2021 – a escalada dos juros, com o encarecimento do crédito, é considerada uma das razões do freio nas compras.

Para consultores de mercado e executivos de grandes varejistas, os números “doloridos” não devem tirar o foco do ativo mais importante desse ramo da economia: o consumidor. A estratégia agora é tirar as melhores mágicas da cartola para que o espetáculo de compra & venda continue, com o relacionamento on-line como protagonista do show.

Antigos artifícios para seduzir o comprador, como o frete grátis e promoções-relâmpago, continuam na mesa, mas abrem espaço para novos apelos de gastos, como sessões de ofertas ao vivo nas madrugadas nos stories das redes sociais das fornecedoras; cupons de cashback, que permitem usar “créditos” em pedidos futuros, e até campanhas por divisão geracional.

“Uma das frentes que contribuem para engajar consumidores são as lives, transmissões ao vivo no app, com demonstração e vendas de produtos”, diz Felipe Piringer, head de marketing da Shopee, plataforma nascida em Cingapura que reúne mais de 30 categorias de itens de vendedores brasileiros e internacionais. No ar desde março de 2022, o recurso acumula mais de 750 transmissões e 10 milhões de visualizações. Alguns comerciantes com itens exibidos nas sessões chegaram a ter 70% de aumento no fluxo das lojas, comparado a um dia normal, e as vendas chegaram a representar 30% do total faturado em um único dia. Em fevereiro, foi realizada a primeira live na madrugada – entre 23h45 e 2h.

No Brasil desde 2019, a Shopee, que também opera com um site, não abre o número de consumidores ativos e prefere apostar as fichas de relacionamento na abordagem “app first” ou prioridade por operações feitas no aplicativo – mais de 95% das vendas são fechadas pelo celular. E a razão disso não está longe do aparelho: a varejista ultrapassou 15 milhões de seguidores, somando todas as redes sociais. “Sempre avaliamos como podemos ajudar empreendedores, consumidores e marcas a se beneficiarem do crescimento da economia digital”, afirma Piringer.

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A busca ativa pelo comprador inclui ainda cupons de cashback, para garantir o retorno aos balcões virtuais, e os “dias Shopee”, geralmente em datas de dígitos duplos (2/2, 4/4), em que as vantagens para os usuários são concentradas por períodos e categorias de produtos, como tecnologia ou moda. A campanha “2.2”, a primeira de 2023, ofereceu R$ 6milhões em cupons de descontos e vouchers de frete grátis para faturas acima de R$ 29. A fim de manter os usuários por mais tempo no app, o marketplace também coleciona joguinhos desenvolvidos para a plataforma, como Candy, Bolhas e Letras, inspirados em similares do mercado.

“Nosso consumidor é, na maioria, mais jovem”, justifica o executivo. Em uma pesquisa recente com 12 mil consumidores, ao serem questionados sobre o que buscam no app, a maior parcela (29%) apontou “renovar o guarda-roupa”, enquanto 14% optam por equipamentos de segurança para residências e negócios e 11% procuram itens para incrementar carros e motos. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná são os estados onde a Shopee finaliza mais negócios.

Apesar das novidades em curso, Piringer destaca que campanhas “mais tradicionais” de descontos não decepcionam. Até hoje, a promoção de maior sucesso aconteceu em novembro de 2022, em dois dias de Black Friday. Foi registrado um aumento de mais de 300% nas vendas de lojas locais ante um dia comum – com uma movimentação de R$ 65 milhões somente de vantagens para os usuários, como cashbacks e cupons.

“Por conta da facilidade de comparação de preços no mundo digital, os descontos são os recursos que mais chamam a atenção do consumidor”, diz Maurício Morgado, coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV-Eaesp. Com isso, os preços dinâmicos, aqueles que mudam ao longo dos dias com base em variáveis como demanda e popularidade, acabam perdendo força. “É muito fácil fazer pesquisa de preço on-line, então não adianta organizar promoções como concursos ou sorteios. As pessoas comparam os valores entre as lojas.”
Aquilo que parece funcionar melhor hoje para fisgar o consumidor passa pelas redes sociais, segundo Morgado, que acaba de voltar da feira de negócios americana NRF Retail’s Big Show, um dos maiores eventos sobre varejo do mundo. “Isso faz com que o comprador entre em interação com a marca”, afirma. A “pesca” já acontece no Instagram e, mais recentemente, no TikTok. “Como esse relacionamento se inicia no celular, as varejistas podem continuar a conversa no WhatsApp, o que acaba trazendo melhores resultados.”

Porém, diz o especialista, uma interação digital sem informações úteis sobre o usuário não se sustenta por muito tempo. As empresas precisam, cada vez mais, juntar dados sobre os consumidores e mandar somente as ofertas que eles gostariam de receber. “Para isso, é necessário saber captar o estilo de vida, idade e gênero, além de deduzir a renda do público, para gerar mensagens mais customizadas”, diz Morgado.
Marcelo Giugliano, diretor de varejo para moda, casa & garagem e entretenimento da Amazon Brasil, que oferece mais de 50 milhões de produtos em 30 categorias via site ou app, diz que o trabalho de escuta é constante. “Estamos sempre observando o que o cliente quer”, destaca. Um exemplo foi o lançamento de novas divisões de mercadorias, como instrumentos musicais e cervejas, com base nas buscas dos internautas em 2022.

Em campanha recente de volta às aulas, iniciada em dezembro do ano passado, a marca disparou uma pesquisa para “centenas” de consumidores para checar a experiência de compras na plataforma. Descobriu que o brasileiro queria, além da conveniência da aquisição a distância, preços mais baixos. Isso levou à criação de uma nova ferramenta de busca de itens, dividida por personagens famosos nas papelarias, como Harry Potter e Hello Kitty, que facilitasse a visualização dos artigos. “Também foi possível direcionar a seleção por marcas ou idade escolar”, diz Giugliano.

Relatório destaca importância da ênfase na segurança dos dados de usuários, personalização de serviços e solução de problemas na compra

Fora das vitrines digitais, uma das principais ferramentas de fidelização da Amazon continua sendo o programa de benefícios Prime, que dá acesso a promoções exclusivas no comércio eletrônico, entrega gratuita de bens selecionados e opções de entretenimento no streaming de filmes, séries e músicas. “São 200 milhões de membros, em todo o mundo.”

No Brasil, Giugliano diz que a companhia fundada pelo bilionário Jeff Bezos está acelerando o potencial de remessa de mercadorias. De 2019 até hoje, o grupo passou de 1 para 12 centros de distribuição no país, o que ajuda a enxugar os prazos de chegada das encomendas. Já é possível enviar os pacotes em mais de mil cidades em até dois dias úteis e em mais de cem, em um dia.

Na opinião de Fernando Gambôa, sócio-líder de consumo e varejo da consultoria KPMG no Brasil e América do Sul, além do fator preço, o tempo de recebimento dos pedidos é o que mais pesa na decisão de finalizar uma compra nos apps. “Não adianta a loja ter boas ofertas se continua com prazos maiores de entrega e taxa de frete acima das concorrentes.”

O consultor de empresas César Souza, autor do livro “O jeito de ser Magalu” (editora Rocco), que fala sobre o modelo de negócios e filosofia de gestão do Magazine Luiza, diz que o comércio vai ter que se reinventar além da rapidez do envio e da possibilidade de compra em redes sociais. “O varejo está meio obsoleto e pobre de ideias novas”, diz.

Para ele, nos próximos meses ganharão relevância a flexibilidade de pagamentos, como customizar condições especialmente para itens mais caros, e a melhor “apresentação” das mercadorias nas vitrines virtuais. “É preciso diferenciar os produtos, apontando os benefícios para o consumidor, em vez de mostrar somente descrições técnicas”, afirma. “Uma coisa é dizer que o equipamento tem 500 GB de memória e outra é informar que ele vai eliminar dez minutos por hora de trabalho.”

A mudança na relação do varejo com um consumidor mais exigente, apontada por Souza, aparece no Relatório Global de Excelência na Experiência do Cliente, levantamento conduzido pela KPMG em 2022 com mais de 89 mil consumidores em 25 países, inclusive o Brasil. O documento identifica os pilares essenciais para a construção de melhores ligações com o comprador. Entre eles, estão a ênfase na segurança dos dados dos usuários, a resolução da “dor” do cliente ou como priorizar a solução de um problema durante a compra antes de nvestigar a causa do “perrengue” e a personalização dos serviços.

No último caso saudar o cliente pelo nome ou lembrar de datas de aniversário em e-mails pode ter até um efeito positivo, mas o público não se impressiona mais com isso – além do fator preço, o tempo de recebimento dos pedidos é o que mais pesa na decisão de finalizar uma compra nos apps. “O foco na experiência do cliente não deve ser apenas uma atribuição da força de vendas, na etapa da pré-venda, mas um mantra a ser adotado por toda a organização”, diz Gambôa, da KMPG.

É o que promete fazer o GPA, dono das bandeiras Pão de Açúcar e Extra, com mais de 30 milhões de clientes cadastrados. “As vendas on-line representam atualmente cerca de 10% do faturamento do grupo [era de 3% antes da pandemia] e temos como meta dobrar essa participação até 2024”, afirma Marcelo Rizzi, diretor-executivo de digital e transformação.

Uma das frentes de trabalho é incrementar o app com recursos de “push notification” (mensagem de alerta) para ofertas personalizadas. Para isso, o GPA está investindo em um novo sistema de CDP (Customer Data Plataform) que ajuda a armazenar, organizar e enriquecer os dados coletados dos clientes. Hoje, mais da metade dos consumidores que compram nos canais digitais do grupo é composta de mulheres (53%), e a maioria (63%) tem entre 25 e 49 anos, informa Rizzi.

No varejo alimentar, quando se fala em compras pela internet, especialmente as de produtos perecíveis, há o desafio também de fazer com que cheguem o quanto antes a casa do cliente, com a mesma qualidade e na embalagem correta, lembra o executivo.

Nessa linha, a principal aposta para não deixar ninguém insatisfeito é encurtar o prazo de entrega, especialmente para remessas consideradas “ultrarrápidas”. O GPA ampliou os horários dos envios (até 22h) em mais dias (incluindo sábados e domingos) e em menos tempo (até 60 minutos). Faz parte desse esforço a incorporação do James Delivery, aprovada em novembro. Lançado em 2019 pelo próprio GPA e concorrendo com iFood e Rappi, o negócio corresponde agora a 15% das expedições realizadas em até 90 minutos e conseguiu elevar a participação desse tipo de despacho de 40% para 70%, nos últimos anos, com o apoio de 200 lojas.
O corte no tempo dos envios visa abrir ainda novas alternativas de receita, segundo o diretor. “Uma das ideias é aumentar a venda de sushis, feitos nos supermercados, atendendo a uma demanda dos clientes.”
Para Elói Assis, diretor-executivo de produtos de varejo da Totvs, que desenvolve sistemas sob medida para empresas de vários setores, há uma nova geração de consumidores que ajuda a pressionar os projetos. “São usuários com ciclos de engajamento e atenção cada vez menores, embalados pelos 280 caracteres permitidos no Twitter ou os vídeos de 15 segundos do TikTok”, compara.

Para o especialista, por causa desse novo freguês, “mais apressado”, a tendência é de crescimento do conceito conhecido como “hiperconveniência”. O cliente prefere consumir via apps ou sites capazes de proporcionar uma entrega entre 15 minutos e, no máximo, duas horas; procura lojas de conveniência dentro dos condomínios, “vending machines” em locais de fácil acesso e comércios “grab and go” (pegue e saia, do inglês), com pedido antecipado pelo celular.

Outro movimento que tem ocupado as agendas dos varejistas, diz Assis, é o “social commerce”, ou a venda direta em plataformas sociais. O Índice de Produtividade Tecnológica (IPT) de Varejo, levantamento elaborado pela Totvs em parceria com a H2R Pesquisas Avançadas, concluiu que 94% dos lojistas dispõem de, ao menos, um canal de vendas digital. O estudo ouviu 673 empresas nacionais e multinacionais de todas as regiões do Brasil, com faturamento igual ou superior a R$ 2 milhões.

De acordo com a pesquisa, os canais on-line mais usados são o “chat commerce” (via WhatsApp ou Messenger, com 80% de participação), seguido por Instagram e Facebook (67%) e o site próprio da marca (61%). “Ou seja, o ‘social’ já representa, para todos os efeitos, a maioria dos recursos digitais. O varejo tem de ir onde o consumidor está.”

Prova disso é a recente movimentação da fintech Magalu, braço financeiro do Magazine Luiza, que pretende criar um token nativo próprio para servir como moeda digital em um programa de benefícios voltado para consumidores e lojistas do ecossistema de varejo.

A marca, com 37 milhões de clientes, também estuda permitir a compra de produtos por meio de criptomoedas. “O consumidor encontra tudo o que precisa aqui, do umidificador de ar à cerveja e amendoim”, diz Felipe Cohen, diretor de operações de marketplace, na companhia há mais de sete anos.
Júlia Rueff, diretora sênior de marketplace do Mercado Livre, com mais de 88 milhões de usuários ativos em 18 países e 36 vendas realizadas por segundo, de acordo com a empresa, diz que é preciso estudar melhor como a divisão geracional dá as cartas no varejo digital – inclusive entre aqueles que não dão muito bola para os “feeds” do Instagram.

Pesquisas da empresa indicam que a geração Z, dos nascidos a partir de 1997 e considerada a mais “digital”, é o grupo que mais cresce nas filas dos caixas, representando 13% dos compradores da plataforma. Os millennials (1981-1996) são os que mais gastam, principalmente na seção de tecnologia, com 18% a mais de despesas ante a média dos outros usuários.
“Já os baby boomers (1946-1964) são os visitantes mais frequentes e acumulam 12% a mais de idas às compras em relação à média”, explica. “Gastam 28% mais com vinhos, por exemplo, do que os demais consumidores.” A executiva destaca ainda que o aumento da adesão a meios de pagamentos digitais deu um salto na pandemia e alargou a base de clientes. A possibilidade de pagar com Pix incluiu 700 mil novos usuários ao cadastro.

Para dar conta da diversidade de público, o plano do Mercado Livre é investir em novas tecnologias e nas categorias em oferta – somente no ano passado, foram aplicados R$ 17 bilhões, 70% a mais do que o registrado em 2021. Neste ano, os investimentos devem somar R$ 19 bilhões em operações no Brasil, principalmente nas áreas de tecnologia, logística e publicidade. Na cesta da inovação, entram sistemas de “machine learning” (aprendizado de máquina) que conseguem prever vendas futuras e garantir que os produtos estejam armazenados no centro de distribuição mais próximo do comprador. Nessa operação, mais de 200 mil previsões são feitas por minuto.

Nas “prateleiras”, a intenção é que a seção de moda ganhe mais reforço em 2023. Mais de 4 milhões de pesquisas de peças são realizadas diariamente e 27 milhões de interessados são registrados, ao mês, por essa linha, que conta com 1,7 mil marcas. “Já implementamos ferramentas como tabelas de medida para roupas e melhoramos a qualidade das fotos das mercadorias”, diz Rueff. “O cliente espera não só encontrar um look perfeito, mas conseguir escolher tamanho e caimento ideal.”

Enquanto os lojistas refinam estratégias de contato com o consumidor, a indústria do varejo tem um nó para resolver nos bastidores. Dirigentes do setor estão se movimentando contra plataformas internacionais, principalmente as asiáticas sob a alegação de concorrência desleal.

“Não é só uma questão de não pagar tributos por produtos fabricados lá fora e entregues aqui [a estimativa de representantes do segmento é que a evasão fiscal no país, por conta do comércio via apps estrangeiros, gire em torno de R$ 14 bilhões anuais], mas pela facilidade de oferecer as mercadorias em qualquer lugar”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), entidade que produz estudos de mercado para as empresas do setor. Compras internacionais entre pessoas físicas são isentas de taxas até o valor de US$ 50 e, muitas vezes, as remessas das fornecedoras orientais são consideradas transações dessa natureza.

“Queremos trabalhar com essa mesma facilidade, ou seja, vender um produto para qualquer usuário no mundo e postar pelo correio, sem burocracia.” Para discutir esse tema com autoridades e pares estrangeiros, Terra e uma comitiva de 40 varejistas devem desembarcar na China em setembro. “O mercado depara com uma questão global, de ‘cross border’ [modalidade de negócio baseada no fluxo de itens entre diferentes países], que poderá definir o futuro do varejo.”

Amazon já acumula 27 mil demissões desde janeiro

A maioria das 9 mil demissões anunciadas nesta segunda-feira ocorrerá na unidade de computação em nuvem, na plataforma de streaming de videogames e nas áreas de RH e publicidade.

A Amazon está demitindo mais 9 mil funcionários, que se soam às 18 mil demissões anunciadas em janeiro. A gigante do comércio eletrônico e da computação em nuvem foi forçada a tomar a decisão em razão da queda dos gastos do consumidor.

A maioria dos novos cortes ocorrerá na unidade de computação em nuvem, a Amazon Web Services, na plataforma de streaming de videogames Twitch e em seus departamentos de recursos humanos e publicidade.

A companhia emprega mais de 1,5 milhão de trabalhadores no mundo, principalmente trabalhadores em depósitos e atendimento. Os recentes cortes de empregos da Amazon visaram cargos corporativos, num esforço de reformulação de suas operações de apoio administrativo.

“Diante das incertezas na economia e quanto ao futuro próximo”, optamos por simplificar mais nossos custos e o quadro de funcionários”, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo da companhia, Andy Jassy.

A decisão acontece depois que a empresa sediada em Seattle paralisou a construção de uma nova sede na Virgínia, parou de lançar novos supermercados físicos e fechou depósitos no Reino Unido nos últimos meses.

Assim como outros grupos, a Amazon contratou intensivamente nos últimos anos para atender a demanda mais forte por seus serviços, da parte de clientes que permaneceram fechados em casa durante o auge da pandemia de covid-19. Essa expansão “fazia sentido diante do que estava acontecendo em nossos negócios e na economia como um todo”, disse Jassy.

Mas as taxas de juros mais altos e uma redução do poder de compra dos consumidores forçaram as empresas de tecnologia a cortar seus gastos. Assim, quase 140 mil trabalhadores de grupos de tecnologia perderam o emprego em 2023, comparado a 161 mil em todo o ano de 2022, segundo o Layoffs.fyi, um site da internet que monitora as demissões no setor.

Os investidores vêm recompensando os grupos de tecnologia pelas demissões, com os preços das ações da Meta, Alphabet, Amazon e Microsoft subindo desde o começo deste ano.

Mas essas medidas para melhorar a eficiência têm um preço. Esses quatro grandes grupos de tecnologia revelaram que incorreram coletivamente em despesas de mais de US$ 10 bilhões relacionados às demissões em massa e outras medidas de corte de custos.

A Amazon começou a reduzir seu quadro de funcionários em novembro, começando com um programa de “demissões voluntárias”. Em janeiro, ela anunciou que iria demitir 18 mil pessoas. O preço de sua ação acumula uma valorização de 14% no ano, o que elevou seu valor de mercado para mais de US$ 1 trilhão. A ação da Amazon fechou em queda de 1,25% nesta segunda-feira.

Jassy disse que as demissões estão sendo anunciados em etapas, à medida que as equipes concluem análises internas, e as decisões finais serão tomadas até a metade de abril.

A Amazon gastou US$ 640 milhões em indenizações no quarto trimestre de 2022, além de um adicional de US$ 720 milhões relacionados ao abandono de projetos imobiliários.

Shopee prepara maior campanha do semestre no Dia do Consumidor

Entre as vantagens estão descontos de até 60%, vouchers de frete grátis e show de prêmios

A Shopee, plataforma de comércio eletrônico que conecta vendedores, marcas e consumidores, iniciou a campanha ‘15.3 Dia do Consumidor’, uma das principais datas promocionais do semestre, com diversas vantagens para os usuários. A ação teve início em 27 de fevereiro e oferece cupons de até R$ 30 de desconto e cupom de frete grátis para o app. Além de 50% off na categoria de Tecnologia e Essenciais, 40% de desconto em itens de Casa e Decoração e no mínimo 20% off em produtos de Moda.

Já no principal dia da ação, 15 de março, a plataforma oferecerá R$ 7 milhões em cupons de desconto, ofertas de 30% a 50% off em produtos de diversas categorias e voucher adicional de frete grátis para compras acima de R$ 29.

“O Dia do Consumidor já é uma data esperada pelos consumidores. Estamos trazendo a maior campanha do semestre para que os nossos usuários aproveitem as vantagens para economizar e encontrar na Shopee tudo o que precisam, de uma maneira fácil, segura e divertida. Ao mesmo tempo, contribuímos para que os nossos vendedores impulsionem suas vendas e cresçam seus negócios online”, explica Felipe Piringer, responsável pelo marketing na Shopee.

Roleta Premiada e mais ofertas
A partir do dia 8 de março, a Shopee lança a ‘Roleta Premiada’, com rodadas de sorteios diários, das 21h às 22h, até o dia 15 de março. Os usuários poderão concorrer a cupons de desconto para usar em compras de todas as categorias do app ou ainda em lojas exclusivas e Moedas Shopee.

Além disso, neste 6 de março, a Shopee lança o Clube do Bebê, um novo espaço one stop shop com itens para grávidas e para bebês de até 3 anos. Durante o lançamento, os usuários terão descontos de até 40% em marcas como Pampers, Fisher Price, Nuk, Lillo e Planeta do Bebê.

Já de 8 a 10 de março, os consumidores contarão com promoções de roupas femininas, sapatos, bolsas e acessórios com até 60% de desconto e cupons para serem utilizados na categoria de Moda de R$ 10 e de R$ 35 off. Os usuários Shopee poderão contar também com a ‘Super Shopee Live – Dia do Consumidor’, às 19h do dia 15 de março, apresentada por Lucas Vivot, com distribuição de cupons, Moedas Shopee e a curadoria das melhores ofertas do dia, sendo possível realizar as compras ao vivo.