Mercado D2C: oportunidades e desafios da venda direta ao consumidor final

Nos últimos anos, o modelo de negócios direct-to-consumer (D2C) tem experimentado uma expansão significativa, especialmente no ambiente digital.

O D2C permite que marcas estabeleçam uma conexão direta com seus consumidores, eliminando intermediários e proporcionando maior controle sobre a experiência de compra e os dados de seus clientes.

Para empreendedores digitais, essa estratégia se tornou uma via estratégica para crescer, impulsionar a inovação e construir marcas sólidas e próximas do consumidor final.

Conheça mais sobre o cenário do D2C no Brasil, assim como as vantagens e os desafios desse modelo de negócio, ao longo do artigo.

Cenário atual: o crescimento do D2C no Brasil e no mundo

De acordo com um estudo da eMarketer, as vendas no modelo D2C nos Estados Unidos totalizaram US$ 182 bilhões em 2023. O Brasil segue essa tendência, impulsionado pelo aumento contínuo do comércio eletrônico. Estima-se que, nos próximos anos, o D2C venha a representar uma parcela cada vez maior das vendas online, especialmente em categorias como moda, cosméticos e eletrônicos.

A pandemia de Covid-19 foi um fator decisivo para acelerar esse movimento, com diversos negócios – tanto globais quanto locais – buscando novas formas de vender diretamente ao consumidor. Marcas como Nike e Apple investiram pesadamente em seus próprios canais digitais. No Brasil, startups e Digital Native Vertical Brands (DNVBs), como Amaro e Insider Store, têm ganhado relevância nesse formato.

De acordo com a Synapcom, as vendas D2C representam 15% do faturamento das indústrias nos Estados Unidos. No Brasil, essa fatia é de apenas 5%, destacando o grande potencial de crescimento desse modelo no país, especialmente com a crescente digitalização.

Vantagens do modelo D2C

O modelo D2C oferece uma série de vantagens competitivas para as empresas e os empreendedores digitais. Entre os principais benefícios estão:

– Controle total da experiência do cliente: ao eliminar intermediários, as marcas conseguem gerenciar diretamente o atendimento, a personalização da jornada de compra e o marketing;

– Acesso a dados estratégicos: no D2C, as marcas têm acesso direto aos dados de seus consumidores, o que permite a criação de estratégias mais direcionadas e insights valiosos. Isso inclui desde a customização de ofertas até o desenvolvimento de novos produtos com base no feedback direto dos clientes;

– Margens mais altas: sem intermediários, as marcas D2C conseguem operar com margens de lucro mais elevadas. Isso significa mais lucro ou maior competitividade em termos de preços;

– Agilidade e inovação: as marcas podem lançar produtos mais rapidamente e testar novas abordagens de marketing de forma ágil, algo que se torna mais complicado em canais de venda tradicionais. A startup de moda Amaro, por exemplo, utiliza dados de vendas em tempo real para ajustar coleções e estratégias de marketing em ciclos curtos, algo que seria inviável em um modelo tradicional de distribuição.

O boom das DNVBs

Dentro do modelo de negócio direct-to-consumer, uma tendência que se destaca são as Digital Native Vertical Brands. (DNVBs) No bom português, marcas verticais nativas digitais.

No Brasil, empresas como Insider Store, Sallve e Liv Up se destacam por operar exclusivamente no ambiente digital, oferecendo produtos diferenciados e experiências personalizadas.

Vale destacar que as marcas D2C nativas digitais são, em sua maioria, baseadas em um produto exclusivo que resolve as necessidades não atendidas dos clientes. Para isso, contam com posicionamento, design e embalagem inovadores.

E, segundo a eMarketer, os consumidores também são atraídos pelos produtos D2C devido à percepção de um produto de maior qualidade a um custo menor, justificado por um caminho mais curto até a compra.

Desafios do modelo de negócio D2C

Embora o modelo D2C ofereça vantagens claras, ele também traz desafios que os empreendedores precisam enfrentar. Os principais são:

– Concorrência crescente: com a facilidade de acesso ao e-commerce, há uma saturação crescente de novas marcas entrando no modelo D2C. Diferenciar-se torna-se cada vez mais difícil, especialmente em nichos competitivos. Nesse cenário, a construção de uma proposta de valor única, apoiada por um forte posicionamento da marca, é vital;

– Complexidade da cadeia de suprimentos e logística: indústrias que vendem diretamente para o cliente final precisam gerenciar todas as etapas da cadeia de fornecimento, desde a produção até a entrega final, o que exige alta eficiência logística;

– Aquisição de clientes: sem intermediários, atrair clientes diretamente pode ser caro e exigir investimentos consideráveis em marketing digital e construção de marca;

– Fidelização e retenção: manter a lealdade do cliente em um mercado com muitas opções exige estratégias sólidas de personalização, experiência do cliente e suporte pós-venda.

O D2C exclui outros canais de venda?

O modelo D2C não elimina completamente outros canais de venda. Inclusive, muitas marcas estão repensando suas estratégias para equilibrar o relacionamento direto com o cliente e a conveniência oferecida pelos canais tradicionais.

Embora o D2C ofereça às marcas controle total sobre a experiência do cliente e acesso direto aos dados, muitas DNVBs estão ampliando sua presença ao adotar canais de venda como varejistas físicos para alcançar mais clientes.

Um exemplo disso é a Sallve, que, além de vender diretamente em seu site, oferece seus produtos em varejistas físicos como a RaiaDrogasil, com o objetivo de atender à demanda dos consumidores por acesso mais rápido aos produtos em lojas físicas.

Até mesmo gigantes como Nike e Adidas ajustaram suas estratégias para incluir tanto o D2C quanto canais tradicionais, mostrando que a presença multicanal pode ser fundamental para impulsionar o crescimento e atender melhor os consumidores onde eles preferem comprar.

Em conclusão, o modelo D2C representa uma transformação significativa no relacionamento entre marcas e consumidores, proporcionando maior controle, personalização e competitividade no mercado digital. No entanto, junto às oportunidades, surgem também desafios complexos, como a gestão da logística e a fidelização do cliente em um cenário cada vez mais competitivo.

No Brasil, embora o modelo ainda esteja em crescimento, o potencial é imenso, impulsionado pela digitalização e pelo comportamento dos novos consumidores. Para obter sucesso no D2C, as marcas precisam não apenas de agilidade e inovação, mas também de uma visão estratégica que equilibre a eficiência operacional com a criação de uma experiência única para o consumidor.

Afinal, o D2C não deve ser visto como uma substituição de canais, mas como uma oportunidade de integrar o melhor dos dois mundos – o digital e o físico – e oferecer ao consumidor uma jornada de compra cada vez mais fluida e personalizada.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mercado-d2c-oportunidades-e-desafios-da-venda-direta-ao-consumidor-final”

 

 

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Mercado Ads revela as preferências de compra de cada geração no e-commerce

O estudo lançado na última quarta-feira (07) pelo Mercado Ads, elaborado com dados exclusivos coletados do Mercado Livre, traz uma ampla análise das preferências de compra de diferentes gerações, estilos de vida e categoria de produtos, explorando o comportamento do consumidor do e-commerce. Entre os destaques, estão a ascensão do retail media e a importância do First Party Data.

A pesquisa aponta que os hábitos mudaram e agora o marketplace é o novo motor de busca, pois a cada 10 buscas, 8 começam no e-commerce. O que indica que o canal passou a ser essencial no processo de procurar e comprar produtos. Além disso, muitos consumidores também não especificam a marca dos produtos no ato, indicando uma oportunidade para as marcas fortalecerem seu brand equity e estreitarem a comunicação.

Retail Media

Conhecida como a “terceira onda da publicidade digital”, a tendência veio para ficar. Com um investimento de U$S 61.25 bilhões em 2024, comparado aos U$S 13.23 em 2010, segundo a eMarketer, o retail media abre um leque de possibilidades e redefine a forma que os consumidores interagem com as marcas. O uso de dados reais dos consumidores permite às marcas a criação de anúncios para audiências específicas e personalizadas.

Audiência por geração

  • Baby Boomers (+55 anos): valorizam a comodidade e conveniência do e-commerce, investem em eletrodomésticos e itens de casa, móveis e decoração. São responsáveis por um aumento de 60% em gastos com alimentos e bebidas na comparação com a média do Mercado Livre;
  • Geração X (45-54 anos): gostam de passar tempo em casa; por isso, gastam 60% a mais em música, filmes e séries. Eles têm ticket médio acima da média do Mercado Livre;
  • Millennials (25-44 anos): estão construindo a vida e representam mais da metade do faturamento do Mercado Livre. Entre os produtos mais comprados, estão os itens de construção e artigos para bebês, que cresceram 30%;
  • Geração Z (18-24 anos): definidores de tendências, este é o grupo que mais cresce, apresentando um crescimento de 48% em gastos, especialmente em celulares e itens tecnológicos.

Tipos de estilo de vida

O relatório também identificou variados perfis de consumidor, definidos por seus estilos de vida, elencando oito tipos, definidos por interesses e comportamento de compra:

  • Focados na família: são a maior audiência, com 24% de representatividade em faturamento e responsáveis pelo crescimento de 75% em itens para bebês e ferramentas;
  • Decoradores da casa: a segunda maior audiência e o terceiro estilo em faturamento, com crescimento de 128% em eletrodomésticos. Gostam de comprar portáteis, acessórios de cozinha, casa e jardim;
  • Esportistas: tiveram um crescimento de 217% em itens relacionados ao futebol, +41% no ciclicsmo e 112% em celulares. Líderes também na compra de roupa íntima;
  • Gamers: com um ticket médio 56% acima da média, tiveram um aumento de 84% em compras de smartphones;
  • Beauty-lovers: cresceram 49,2%, com destaque para produtos de cuidados pessoais, roupas íntimas e suplementos. Também gastam com itens de casa e decoração, vestuário e cuidado pessoal;
  • Fashionistas: 30% do faturamento são em roupas para esportes, destaque para o crescimento de 57,8 em beleza e cuidado pessoal. É o estilo que mais cresce em transações na plataforma;
  • Petlovers: compram cinco vezes mais itens para cães do que para gatos e 25% dos seus gastos também são com decoração;
  • Techies: tem o tênis como uma das categorias mais compradas, garantiram um aumento de +80% no faturamento de celulares em relação ao ano passado e gastam 17% a mais vs. média do Mercado Livre.

“A capacidade de entender a fundo nossos usuários, suas preferências de compra e conectar marcas com essas audiências valiosas e com real intenção de compra é o que nos diferencia. Este relatório comprova o poder transformador do First Party Data, fornecendo insights que ajudam marcas e vendedores a otimizar suas estratégias e se conectar de maneira mais eficaz com suas audiências.” afirma Mario Meirelles, Diretor Sênior de Mercado Ads.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tray-e-amazon-juntam-forcas-para-acelerar-varejo”

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Estratégia de retail media precisa funcionar como um circuito fechado, explicam especialistas

Nesta terça-feira (30), primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil, a plenária de Marketing e Vendas recebeu a masterclass sobre retail media, que contou com a presença de três especialistas do mercado para falar sobre estratégias e resultados dessa tendência de anúncios no varejo digital.

Surfando nas ondas da publicidade

O prólogo da apresentação foi conduzido por Gerson Ribeiro, Partner & CGO da Vitrio e B&Partners. O palestrante falou sobre a primeira onda da publicidade, quando a comunicação, ainda veiculada por meios tradicionais (rádio, TV, jornal e revista) até os anos 2000, deu um salto para a era dos dados a partir de 2008, com a ascensão do search e dos comparadores de preço.

A segunda onda chegou em 2013 com as redes sociais, e no impulso das interações em tempo real, o marketing de influência ganhou sucesso, despontando em 2017. Um movimento parecido com o live marketing no ano seguinte, dando uma nova dimensão às conexões entre as pessoas. Até o período pandêmico com boom do TikTok em 2022.

A bola da vez é a IA e sinaliza a terceira era da comunicação com novos aspectos, como a retail media, o Connected TV (CTV) e a Mídia FOOH (uso de realidade aumentada, experiencia ilusória construída com IA).

“Tudo que se faz em retail media vai impactar sua marca como um todo”, afirmou Ribeiro. Nos EUA, por exemplo, o tempo de investimento em retail media passou de US$ 1 bilhão para US$ 30 bi em cinco anos. Além disso, a pesquisa da eMarketer revelou que, entre o retail media está entre os canais com maior crescimento em 2023. Mesmo com um share um pouco menor do que o search e as redes sociais, a “mídia dentro do varejo” vem provando seu impacto nas decisões de compra dos consumidores.

O palestrante ressalta a importância da integração das estratégias de brand, performance e trade marketing para adotar o retail media. “O centro precisa ser o consumidor e isso tem que ser mensurado. É preciso obter entendimento da jornada do consumidor”, afirma.

Para ele, o retail não deve ser apenas um canal dentro do varejo digital, mais do que isso, ele precisa ser tratado como uma estratégia omnichannel, porque permite fazer ativações no varejo físico e levá-las também para o varejo digital. A discussão, embora incipiente no mercado e com poucas empresas adeptas da estratégia na comunicação, também precisa ser vista como uma etapa na jornada.

Desvendando o plano de comunicação

Apesar de parecer ultrapassado, o “planejamento de comunicação” é importante para mapear custos e estratégias que serão adotadas dentro das marcas, inclusive previsão dos imprevistos. É o que disse Gabriel Lima, CEO da Enext.

Para um plano de comunicação eficiente, o palestrante recomenda o levantamento da audiência com base nos seguintes dados:

  • Geográficos (região, pais, população, clima);
  • Comportamentais (perfis comportamentais de qual tipo de benefício procuram, propensão de compra);
  • Psicográficos (estilo de vida, características pessoais);
  • Demográficos (gênero, faixa etária, ocupação, renda e tamanho da família).

De acordo com os dados da Enext, o mercado atual de varejo brasileiro atinge cerca de US$ 200 bilhões, enquanto o de e-commerce tem US$ 40 bilhões. Já o mercado publicitário, obtém a fatia de US$ 20 milhões. “O retail media é a intersecção dos meios publicitários dentro dos canais de varejo, aponta Lima, que acrescenta a melhora da tecnologia e das operações logísticas como estímulos para a prosperidade do comércio eletrônico.

A tendência é que a comunicação dentro dos canais de varejo continue a crescer. A audiência do e-commerce é especialmente receptiva a mensagens publicitárias, impactando sete vezes mais do que outras estratégias, segundo a Kantar. Em relação às ferramentas que podem ser utilizadas, os canais mais eficazes incluem marketplaces digitais, varejistas multicategorias, intermediários (como iFood e Rappi) e plataformas verticais (como RD Ads e VTEX).

Para definir o seu planejamento de Marketing Mix Model (MMM) e alocar o orçamento, a dica dada pelo palestrante é integrar dados de vendas, informações de produtos, custos de marketing, além de dados do consumidor e da concorrência.

“A proposta do retail media é fazer com que o consumidor compre o produto no momento em que é impactado, independentemente da etapa em que se encontra na jornada de compra”, diz Lima. Por isso, é fundamental conhecer profundamente o próprio produto e as necessidades dos consumidores.

O destaque também vai para a DSP (Demand-Side Platform), uma solução programática que revolucionou o mercado ao permitir que as marcas comprem audiências específicas em vez de apenas espaços publicitários. Isso tem impulsionado significativamente o crescimento do retail media no Brasil, oferecendo uma abordagem mais direcionada para atingir os consumidores.

Por fim, o executivo indicou duas plataformas para estruturar campanhas de retail media:

  • Mercado Ads;
  • Amazon.

Retail media: um circuito fechado

Leonardo Naressi
Co-CEO & CIO
DP6″

Após montar sua campanha de retail media e adquirir espaço publicitário, chega o momento de mensurar os dados. Leonardo Naressi, Co-CEO & CIO da DP6, destacou a viewability como um ponto fundamental. Embora possa parecer básico, saber se o seu anúncio foi efetivamente visto ajuda as marcas a atribuir corretamente o sucesso das campanhas.

Antes, o varejo focava apenas em métricas de faturamento e vendas. Com a nova abordagem publicitária, a construção de marca agora exige dados sobre a awareness dos clientes, como impressões, visibilidade, cliques e brand lift.

Dados, dados e mais dados

O palestrante enfatizou que todo esse caminho é traçado por meio de dados. O e-commerce não é apenas um canal, mas a própria jornada do consumidor, que agora é híbrida. Nesse percurso, desde o conhecimento da marca até a aquisição do item, as métricas devem considerar a omnicanalidade e integrar dados de vendas de outros canais para obter insights mais abrangentes.

Páginas de marca, vídeos e banners podem ser avaliados com base em métricas como o last click, que indica a última interação do lead antes da conversão. Para análises personalizadas da jornada de cada cliente, é recomendável discutir com o gerente de sua conta e o time de dados, a fim de mapear os dados com precisão.

As métricas de new to brand permitem identificar se o cliente é totalmente novo ou se já comprou nos últimos 12 meses.

A “mídia do varejo” oferece informações extremamente valiosas, combinando dados próprios da marca com dados dos varejistas. O palestrante alerta sobre a segurança desses dados, que devem ser cruzados respeitando a LGPD. Para Naressi, uma ferramenta eficaz para isso é o data clean room, ao permitir a análise de dados sem expor informações sensíveis dos clientes.

Top 5 pontos para não esquecer:

  • Métricas de Mídia do Varejo: avalie cuidadosamente as métricas disponíveis para otimizar suas campanhas;
  • Atribuição: trate a atribuição com a mesma importância que se dá à mídia digital;
  • Omnichannel: considere tanto métricas de canais offline quanto online para uma visão integrada;
  • New to Brand: explore métricas de competitividade para entender melhor sua base de clientes;
  • Brand Lift: avalie os resultados para evitar a canibalização de campanhas;
  • Data Clean Room: utilize novas tecnologias para cruzamento seguro de dados.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/estrategia-de-retail-media-precisa-funcionar-como-um-circuito-fechado-explicam-especialistas”

TikTok fará evento próprio de vendas para competir com Amazon Prime Day em julho

De acordo com um anúncio do TikTok, o mês de julho será um embate de promoções. Isso porque a rede social pretende fazer um evento de vendas junto ao Amazon Prime Day. O “Deals For You Days” acontecerá nos EUA a partir de 9 de julho, em anúncio pouco após a Amazon informar que o Prime Day será nos dias 16 e 17 de julho.

No evento do TikTok, haverão promoções em produtos de moda e beleza, itens essenciais de entretenimento para quintal, decoração, best-sellers de leitura de verão, entre outros. E, tal qual as ofertas do Prime Day, o Deals For You Days contará com promoções exclusivas em produtos selecionados. Marcas como L’Oréal Paris, Maybelline New York, NYX Professional Makeup, Our Place, Too Faced e Zwilling USA terão vendas exclusivas durante o evento.

Evento terá vídeos ao vivo de promoções

Outras características do evento serão os desafios de conteúdo para vídeos curtos e eventos de compras AO VIVO, onde poderão interagir com seus seguidores e compartilhar seus produtos favoritos e best-sellers. Esses eventos AO VIVO oferecerão descontos em produtos populares em tempo real.

Como já mostrado, o TikTok tem investido pesado no e-commerce nos EUA, com intenção de alcançar até US$ 17,5 bilhões este ano. Com este novo evento de vendas, a empresa busca se inserir em um dos maiores eventos de vendas dos EUA. Vale lembrar que, além da Amazon, a rede social enfrentará outras empresas populares, como Temu e Shein.

No ano passado, a Bloomberg informou que se esperava que a TikTok acumulasse cerca de US$ 20 bilhões em valor bruto de mercadorias globalmente em 2023, com a maioria das vendas ocorrendo no Sudeste Asiático. Agora, o TikTok está investindo para replicar esse sucesso nos EUA.

As ambições da TikTok no e-commerce são compreensíveis, uma vez que previsões do eMarketer mostram que o segmento deverá chegar aos US$ 144,5 bilhões até 2027 (em 2023 o número foi de US$ 67 bi).

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tiktok-fara-evento-proprio-de-vendas-para-competir-com-amazon-prime-day-julho”

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E-commerce na América Latina: como os varejistas podem explorar todo o potencial?

Não podemos negar que a América Latina é um dos mercados mais promissores para o segmento de e-commerce. Para se ter uma ideia, um levantamento recente do eMarketer/Insider Intelligence mostra que as vendas por meio dessa categoria devem atingir US$ 200 bilhões na região até 2026. Além disso, o Brasil é considerado um dos principais mercados, com um estudo da PagSeguro apontando que a movimentação esperada no país para daqui a dois anos é de R$ 435 bilhões. Há também o dado da E-commerce and Payment Landscape in Latin America, que mostrou que essa foi a localidade onde as vendas do varejo online mais cresceram em 2023.

Para termos uma ideia dessa última informação, foi um aumento de 30%, contra 14% nos Estados Unidos e 12% na Europa, mercados de igual importância. Tudo isso acontece por conta de diversos fatores, sendo eles a crescente penetração da internet, o aumento da conectividade móvel e o surgimento de uma classe média digitalmente ativa.

Para reforçar esses pontos, temos o levantamento da SmC+ Digital Public Affairs, que projeta que a América Latina deve ter 134 milhões de assinantes de banda larga em 2027. Somado a isso, uma outra pesquisa, dessa vez feita pela GSMA, aponta o sucesso do mobile no continente, prevendo que 74% da população terão o celular como único acesso à internet até o ano que vem.

Explorando o potencial do seu e-commerce

Meios de pagamento

Dessa maneira, como o varejista da região pode explorar todo o potencial do seu e-commerce? Um ponto de extrema importância e que praticamente dita as regras atualmente são os métodos de pagamento, principalmente os alternativos, algo que é lei na América Latina.

Recentemente, o estudo Global Payments Report 2024, da Worldpay, apontou que a região é líder mundial na utilização dos chamados A2As (Account-to-Account – Conta-a-Conta, na tradução livre), método no qual o dinheiro é transferido instantaneamente para a conta do favorecido. Tanto isso é verdade que 20% das operações do comércio eletrônico do último ano no continente foram por meio dessa categoria, que tem projeção de chegar a 29% em 2027.

Esse sucesso se deve praticamente à popularidade do Pix por aqui, já que essa opção praticamente revolucionou a forma de se transacionar dinheiro na região, transformando o Brasil no país da América Latina que mais utiliza A2A, com 30% do total das operações acontecendo aqui. No entanto, outros países do continente também estão começando a criar soluções parecidas com o método brasileiro favorito, como a Colômbia, em que 25% das transferências online acontecem por meio da solução PSE, e o Peru, com 20% delas ocorrendo por plataformas como Yape e PLIN. Isso só mostra a tendência desse segmento e como que o investimento em tecnologias desse mercado só vêm a calhar para as empresas de e-commerce.

Outro método de pagamento alternativo e de bastante sucesso por aqui são as carteiras digitais, com 21% das compras no e-commerce acontecendo por meio delas, de acordo com o mesmo estudo da Worldpay. Para 2027, a previsão é de que a porcentagem aumente para 28%. Além disso, um estudo atual da Morning Consult mostrou que o Brasil é um dos países que mais utilizam essa opção no mundo, ficando apenas atrás de China, Índia e Alemanha. Em se tratando de projeções, levantamento da Juniper Research aponta que essa modalidade pode ultrapassar US$ 16 trilhões em 2028, o que só reforça a sua importância e relevância para o mercado. O segredo para tamanha adoção também se dá por conta da praticidade, já que os pagamentos podem ser feitos por diferentes dispositivos, como celular, relógios inteligentes e tablets.

Engana-se, porém, quem pensa que pessoas fora do sistema bancário não conseguem fazer compras online. De acordo com o Beyond Borders 2024, 9% das compras na América Latina são feitas por meio de métodos cash-based. Nesse modelo, o consumidor faz sua compra pelo ambiente online normalmente. Porém, na hora de fazer o pagamento, ele recebe um voucher para pagamento em uma loja física, sendo a maioria dessas transações feitas em dinheiro em papel. Após a confirmação do pagamento, as informações são encaminhadas para o varejista online, que então libera o produto. Vale reforçar que, mesmo com o advento da tecnologia e os planos dos comércios operarem de forma 100% digital, dados do Banco Central do final de 2023 mostram que há ainda mais de R$ 327 bilhões circulando pelo país.

SaaS e influenciadores

Saindo um pouco de pagamentos, a adoção de ferramentas de SaaS (Software as a Service) e computação em nuvem também são pontos-chave. Um estudo da NTT DATA e da MIT Technology Review aponta que 57% das empresas da região enxergam um aumento de 75% a 100% nos serviços em nuvem, sendo que quase 100% delas já iniciaram, de certa forma, a jornada de migração para esse modelo. Em se tratando de e-commerce, o cloud computing pode ser útil por ter baixo custo inicial, já que não exige a compra e manutenção de uma infraestrutura robusta de TI para guardar seus dados. Além disso, os sites de comércio eletrônico conseguem alcançar clientes em diferentes países quando há uma infraestrutura completa distribuída globalmente.

Criadores de conteúdo também têm grande influência nas compras online realizadas na região. O levantamento E-Commerce Trends 2024 mostra que 41% dos consumidores virtuais já adquiriram algo por ter seguido recomendação de algum influenciador digital. Em se tratando de perfil de público que compra seguindo as celebridades digitais, a maioria são mulheres jovens da geração Z, que é mais adepta das novidades tecnológicas. Com isso, é seguro dizer que parcerias com esses profissionais de mídia tendem a trazer bons resultados para a marca, aumentando sua visibilidade junto ao público final e também sua confiança. No entanto, é necessário um estudo minucioso para checar se o perfil é compatível com o varejista e se sua reputação é boa.

Dessa forma, podemos concluir que uma estratégia bem-sucedida de expansão na América Latina deve ser multifacetada, abraçando as tendências digitais únicas da região, os comportamentos do consumidor e as preferências de pagamento. Ao compreender e adaptar-se a esses aspectos, as empresas podem desbloquear todo o potencial do mercado latino-americano de e-commerce.

O e-commerce transformou o modo como consumimos, negociamos e pensamos o varejo. Esta transformação não é apenas uma tendência, mas uma realidade consolidada no âmbito B2C, que agora desafia o segmento B2B a se reinventar na era digital. Este artigo visa explorar a maturidade do e-commerce B2C em contraste com a imaturidade do B2B, destacando oportunidades, desafios e a necessidade de adaptação das indústrias ao comércio eletrônico.

A consolidação do e-commerce B2C: uma revolução no varejo

O universo do e-commerce B2C já transcendeu a fase de inovação para se tornar um elemento fundamental e inseparável do varejo moderno. As gigantes do mercado digital, como Amazon, Alibaba e Mercado Livre, não apenas desbravaram esse caminho; elas o pavimentaram com inovações que redefiniram as expectativas dos consumidores. O sucesso dessas plataformas ressalta a capacidade do e-commerce de oferecer uma diversidade sem precedentes de produtos, combinada com a eficiência de um serviço de compras que é simultaneamente pessoal e universal, acessível com um simples clique.

Experiência do usuário: o coração do e-commerce B2C

A jornada de compra no e-commerce B2C é meticulosamente projetada para ser uma experiência. Não se trata apenas de adicionar itens ao carrinho e realizar uma transação; é sobre criar um ambiente onde cada interação é intuitiva, cada recomendação é personalizada e cada entrega supera as expectativas. Esta é uma era onde a personalização não é um luxo, mas uma expectativa, com sistemas inteligentes capazes de prever desejos dos consumidores, muitas vezes antes mesmo deles mesmos reconhecêlos.

A democratização do acesso

A evolução tecnológica, especialmente a universalização dos smartphones e o avanço da infraestrutura de internet, democratizou o acesso ao e-commerce. Hoje, consumidores de diferentes perfis socioeconômicos, faixas etárias e localidades geográficas estão igualmente aptos a explorar, descobrir e adquirir produtos com uma facilidade que era inimaginável há uma década. O e-commerce B2C não conhece fronteiras, rompendo barreiras físicas e conectando consumidores a mercados globais com a ponta dos dedos.

Aceleração pandêmica: um ponto de inflexão

A pandemia de COVID19 atuou como um catalisador para o e-commerce B2C, transformando-o de uma conveniência em uma necessidade. Diante de lojas físicas fechadas e restrições de movimento, consumidores que antes hesitavam em adotar o comércio eletrônico foram compelidos a mudar. Esta transição forçada revelou a conveniência, a segurança e a eficácia do e-commerce, convertendo reticentes em adeptos e multiplicando a base de consumidores online. O que começou como uma medida temporária evoluiu para um hábito permanente para muitos, solidificando ainda mais o e-commerce B2C como uma faceta essencial do varejo moderno.

A imaturidade do e-commerce B2B: um desafio à transformação digital

O setor B2B, apesar de ser o alicerce sobre o qual repousam grandes estruturas econômicas, ainda se encontra em uma fase inicial de adaptação ao universo do e-commerce. Enquanto o B2C tem se desenvolvido e expandido com velocidade impressionante, o B2B enfrenta um cenário de hesitação e resistência à mudança que limita seu potencial de crescimento e inovação no ambiente digital.

Resistência cultural e estrutural

Uma das principais barreiras ao avanço do e-commerce B2B é a resistência cultural dentro das organizações. Muitas empresas B2B têm raízes profundas em modelos tradicionais de negócios que priorizam relações pessoais e processos manuais de vendas. Essa abordagem antiquada cria um ambiente resistente à digitalização, onde a inovação é vista como um risco, em vez de uma oportunidade.

Além disso, a complexidade inerente às transações B2B, que frequentemente envolvem negociações personalizadas, termos de pagamento variados, logística complexa e contratos de longo prazo, apresenta desafios significativos para a implementação de sistemas de e-commerce. A necessidade de personalização em escala, segurança de dados e integração com sistemas internos existentes exige investimentos consideráveis em tecnologia e desenvolvimento de competências digitais.

O cenário no Brasil

No Brasil, a situação é ainda mais pronunciada. Mais da metade das indústrias brasileiras ainda não incorporou o e-commerce em suas estratégias de vendas B2B, um contraste marcante com a rápida adoção do comércio eletrônico em outros mercados globais. Essa lacuna reflete não apenas uma resistência à mudança, mas também limitações em termos de infraestrutura digital, competências tecnológicas e visão estratégica focada no futuro.

A transformação digital no setor B2B brasileiro é prejudicada por sistemas de TI obsoletos, que são incapazes de suportar as demandas de um ambiente de e-commerce dinâmico. Adicionalmente, muitas empresas enfrentam desafios em reformular sua cultura organizacional e processos de negócios para se adaptarem a um cenário digital em constante mudança.

Necessidade de mudança

Para superar esses obstáculos, é imperativo que as indústrias B2B reconheçam a transformação digital não apenas como uma necessidade operacional, mas como uma estratégia vital para sua sobrevivência e crescimento no mercado moderno. Isso requer uma mudança fundamental na mentalidade das lideranças, que devem priorizar o investimento em tecnologia, a capacitação de suas equipes e a reinvenção de seus modelos de negócios para explorar as oportunidades do e-commerce.

A imaturidade do e-commerce B2B é, portanto, não apenas um reflexo da resistência à mudança, mas também uma chamada à ação. As empresas que conseguirem navegar por essa transformação digital não apenas se posicionarão à frente da concorrência, mas também desbloquearão novos horizontes de inovação, eficiência e crescimento no mercado global.

A transição para o e-commerce B2B no Brasil e ao redor do mundo é uma jornada desafiadora, mas necessária. As empresas que abraçarem essa mudança, superando as barreiras culturais e estruturais, não só sobreviverão à era digital, mas prosperarão, definindo o futuro do comércio global B2B. É uma oportunidade não apenas para transformar operações de vendas, mas para reimaginar a própria essência dos negócios B2B na era digital.

Reinventando o B2B com a digitalização

Em meio aos desafios enfrentados pelo e-commerce B2B, emergem oportunidades significativas para as empresas que buscam liderar a transformação digital neste espaço. A lentidão na adoção digital pode ser vista como um campo fértil para inovação e estabelecimento de novas práticas de mercado. Empresas brasileiras têm, em suas mãos, a chance de redefinir padrões, estabelecer lideranças e explorar vantagens competitivas inéditas, transformando desafios em diferenciais de mercado.

Para as empresas B2B no Brasil, a digitalização não é apenas uma questão de modernização tecnológica, mas uma estratégia crítica para capturar novos mercados e criar valor sustentável. Implementar soluções de e-commerce que permitam pedidos online 24/7, por exemplo, pode significar a captura de demanda em momentos em que o modelo tradicional estaria inoperante, ampliando o alcance de mercado e a satisfação do cliente.

A personalização de ofertas através de análises preditivas e inteligência artificial (IA) pode revolucionar o relacionamento com os clientes B2B. Por meio da análise de dados de compra, é possível identificar padrões, preferências e necessidades específicas, permitindo que as empresas ofereçam soluções sob medida que agregam valor e fidelizam clientes. Esta abordagem não só melhora a experiência do cliente, mas também otimiza o inventário e a produção, alinhando a oferta com a demanda real.

Inovação na gestão da cadeia de suprimentos

A integração de tecnologias emergentes como Big Data, IA e Blockchain no e-commerce B2B tem o potencial de transformar radicalmente a gestão da cadeia de suprimentos. No Brasil, onde a logística representa um desafio significativo para muitas indústrias, soluções inovadoras podem oferecer vantagens substanciais. O Blockchain, por exemplo, pode garantir a rastreabilidade e a segurança das transações, reduzindo fraudes e melhorando a confiança entre parceiros comerciais.

Empresas brasileiras podem se beneficiar enormemente da automação proporcionada pela IA, que pode prever demandas, otimizar estoques e melhorar a eficiência logística. Essas tecnologias não apenas reduzem custos, mas também aceleram a entrega e melhoram a satisfação do cliente, elementos cruciais para a competitividade no mercado global.

Empresas como a Embraer, que tem investido em digitalização para aprimorar sua cadeia de suprimentos e processos de vendas, mostram o caminho para a transformação digital no setor B2B. Outro exemplo é a Weg, multinacional brasileira do setor de equipamentos elétricos, que utiliza IA para oferecer soluções personalizadas a seus clientes industriais, melhorando a eficiência energética e a performance de seus produtos.

Para as empresas B2B brasileiras, o momento de investir na transformação digital é agora. A digitalização oferece uma oportunidade única para reinventar modelos de negócios, melhorar a eficiência operacional e criar experiências de cliente excepcionais. Através da adoção de tecnologias emergentes e da inovação em processos e ofertas, as empresas podem estabelecer vantagens competitivas duradouras, posicionando-se à frente no mercado tanto nacional quanto globalmente. O futuro do B2B no Brasil depende da capacidade de abraçar a mudança, inovar e liderar a jornada digital.

Navegando pela Transformação Digital no e-commerce B2B

A transformação digital no setor B2B não é mais uma opção, mas uma necessidade imperativa para empresas que desejam permanecer competitivas na nova economia digital. O caminho para o sucesso envolve uma mudança estratégica profunda que vai além da simples adoção de novas tecnologias; requer uma redefinição completa de processos, cultura e abordagem ao mercado.

Estratégias para a Transformação Digital

1. Cultura de inovação e adaptabilidade:

Para iniciar a jornada digital, as empresas B2B devem primeiro cultivar uma cultura organizacional que valorize a inovação, a aprendizagem contínua e a adaptabilidade. Isso implica em lideranças que não apenas endossem a transformação digital como uma estratégia de negócios, mas que também estejam dispostas a reavaliar e modificar práticas arraigadas em favor de novas abordagens mais ágeis e eficientes.

2. Educação e capacitação digital:

O investimento em educação e capacitação é crucial. As empresas precisam desenvolver programas de treinamento para suas equipes, focando em habilidades digitais essenciais, como análise de dados, gestão de plataformas de e-commerce e marketing digital. Estas competências são fundamentais para operar com sucesso no ambiente online e garantir que todos os níveis da organização possam contribuir para a transformação digital.

3. Parcerias tecnológicas estratégicas:

A colaboração com parceiros tecnológicos que possuem expertise em soluções digitais pode acelerar significativamente o processo de transformação. Essas parcerias permitem às empresas B2B implementar rapidamente plataformas de e-commerce avançadas, sistemas de gestão integrados e outras ferramentas digitais, adaptando-os às suas necessidades específicas sem a necessidade de desenvolver soluções internamente do zero.

Primeiros passos no mundo B2B Online

Implementação de plataformas de e-commerce B2B

Começar com uma plataforma de e-commerce robusta é essencial. No Brasil, empresas podem explorar soluções personalizáveis que se integram facilmente com sistemas de gestão existentes, oferecendo uma experiência de compra simplificada para clientes B2B. Essas plataformas devem suportar funcionalidades específicas do setor B2B, como pedidos recorrentes, preços variáveis e gestão de contratos.

Adoção de tecnologias emergentes

Investir em tecnologias como Inteligência Artificial (IA) para análise preditiva, Blockchain para transações seguras e Internet das Coisas (IoT) para otimização da cadeia de suprimentos pode transformar operações B2B, oferecendo insights valiosos sobre o comportamento do cliente, melhorando a eficiência logística e garantindo a integridade das transações.

Foco na experiência do cliente

Desenvolver estratégias centradas no cliente, utilizando dados para personalizar a experiência de compra e oferecer suporte proativo, pode diferenciar empresas no mercado B2B. A capacidade de antecipar necessidades e oferecer soluções sob medida pode fortalecer relacionamentos de longo prazo e promover a fidelidade do cliente.

O ponto de mutação

Para as empresas brasileiras, a adoção do e-commerce B2B representa um ponto de mutação que pode redefinir sua posição no mercado. Ao embarcar nesta jornada digital, elas não apenas expandirão seu alcance de mercado e otimizarão operações, mas também estabelecerão bases sólidas para inovação contínua. A transformação digital no setor B2B é uma oportunidade para reinventar modelos de negócios, criar vantagens competitivas sustentáveis e impulsionar o crescimento no longo prazo.

Para as indústrias que buscam se destacar no cenário do e-commerce B2B, é vital não apenas a implementação de tecnologias, mas também a adoção de uma mentalidade voltada para a experiência do cliente empresarial. Isso envolve compreender as necessidades únicas dos clientes B2B, que muitas vezes buscam não apenas produtos, mas soluções completas que incluam suporte técnico, flexibilidade logística e facilidade de reordenamento.

Estratégias para a Transformação Digital B2B

1. Personalização e experiência do usuário:

Assim como no B2C, o B2B deve priorizar a personalização e a experiência do usuário. Isso pode ser alcançado através de plataformas de e-commerce que ofereçam recomendações personalizadas, suporte proativo ao cliente e interfaces intuitivas.

2. Digitalização de processos de vendas e operações:

A transformação digital interna é fundamental. A automação de processos de vendas, gestão de estoque e logística pode aumentar a eficiência operacional, reduzindo custos e tempos de entrega.

3. Integração de tecnologias avançadas:

O uso de IA para análise de dados, Blockchain para segurança de transações e IoT para gestão de cadeia de suprimentos pode oferecer vantagens significativas, desde a previsão de demanda até a otimização de rotas de entrega.

4. Educação e cultura organizacional:

Promover uma cultura de inovação e flexibilidade, onde a educação e o treinamento contínuos são incentivados, é crucial para a adaptação às novas demandas do mercado e às tecnologias emergentes.

Ajuste fino

A maturidade do e-commerce B2C contrasta acentuadamente com a imaturidade do B2B, oferecendo um panorama de desafios e oportunidades para as indústrias. A transformação digital no B2B não é apenas uma questão de tecnologia, mas uma reconfiguração de processos, cultura e estratégias de negócios voltadas para a inovação e a excelência operacional.

À medida que avançamos na era digital, as indústrias que abraçarem o e-commerce B2B e investirem em transformação digital estarão melhor posicionadas para liderar em seus mercados, oferecendo soluções que atendem às necessidades complexas e em constante evolução dos clientes empresariais. A jornada é complexa e desafiadora, mas as recompensas potenciais em termos de crescimento, eficiência e competitividade são imensuráveis.

A China, como líder global em inovação digital e e-commerce, oferece lições valiosas sobre o desenvolvimento e a expansão do comércio eletrônico B2B. Seu mercado dinâmico e altamente digitalizado apresenta exemplos de sucesso que podem inspirar e orientar empresas em todo o mundo na implementação e otimização de estratégias de e-commerce B2B. Vamos explorar algumas dessas lições:

1. Adoção de tecnologias avançadas

O mercado chinês está na vanguarda da adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial (IA), big data, computação em nuvem e blockchain. Estas tecnologias são utilizadas para otimizar processos de negócios, melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos, personalizar a experiência do cliente e garantir transações seguras. Empresas fora da China podem aprender a integrar essas tecnologias para tornar seus processos B2B mais eficientes e seguros.

2. Plataformas de e-commerce B2B integradas

Empresas chinesas como Alibaba e JD.com desenvolveram plataformas de e-commerce B2B que facilitam não apenas a compra e venda, mas também oferecem serviços integrados, como financiamento, logística e análise de dados. Essas plataformas oferecem uma experiência de compra e venda seamless (sem fricções), melhorando a eficiência e a satisfação do cliente. A lição aqui é a importância de construir ou adotar plataformas que não apenas facilitam transações, mas também adicionam valor através de serviços complementares.

3. Foco no relacionamento de longo prazo com o cliente

O e-commerce B2B na China enfatiza a construção de relacionamentos de longo prazo com os clientes. Isso é feito através do entendimento profundo das necessidades dos clientes, oferecendo suporte personalizado e garantindo uma alta qualidade nos produtos e serviços. O sucesso no B2B muitas vezes depende da confiança e da capacidade de atender consistentemente ou exceder as expectativas dos clientes.

4. Digitalização de toda a cadeia de valor

A China mostra a importância de digitalizar toda a cadeia de valor, não apenas os pontos de venda. Isso inclui digitalizar a gestão da cadeia de suprimentos, a produção, o inventário e a logística. Tal abordagem integrada garante eficiência operacional, reduz custos e melhora a capacidade de resposta às demandas do mercado.

5. Inovação contínua

O mercado chinês de e-commerce B2B é caracterizado por uma rápida inovação e adaptabilidade. As empresas estão constantemente experimentando novos modelos de negócios, tecnologias e estratégias de marketing para melhor atender às necessidades dos clientes e se manterem à frente da concorrência. A lição para empresas fora da China é a importância de cultivar uma cultura de inovação e estar sempre procurando maneiras de melhorar.

6. Expansão global

Empresas chinesas de e-commerce B2B não se limitam ao mercado interno; elas buscam ativamente a expansão global. Isso é feito através da adaptação de suas plataformas e operações para atender às necessidades e preferências de clientes internacionais, bem como estabelecendo parcerias estratégicas em mercados-chave. Para empresas buscando entrar no e-commerce B2B, há uma valiosa lição sobre a importância de pensar globalmente desde o início.

E ai?

A experiência da China com o e-commerce B2B oferece uma visão rica em estratégias de sucesso que podem ser adaptadas e aplicadas em diferentes contextos nacionais. A chave está em entender essas lições dentro do contexto cultural e econômico local, garantindo que as estratégias implementadas sejam relevantes e eficazes. A inovação, a tecnologia e um foco inabalável no cliente são fundamentais para replicar o sucesso do e-commerce B2B chinês globalmente.

Fonte: “E-commerce na América Latina: como os varejistas podem explorar todo o potencial? – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)