Negócio de Encomendas dos CTT vai superar Correio “certamente este ano”

O investimento nas soluções de e-commerce, aliado à queda “monótona e constante” dos proveitos do correio tradicional, vão garantir que o negócio de Expresso e Encomendas dos CTT irá representar mais de metade das receitas totais do CTT no cômputo deste ano, dos 40% registados no primeiro semestre, afirmou João Bento, CEO da empresa, no quinto episódio do podcast do ECO ‘À Prova de Futuro’, focado em empresas e tecnologia (com o apoio da Altice).

Na primeira metade de 2024, os rendimentos operacionais do grupo atingiram 524,3 milhões de euros, dos quais 210,4 milhões foram no negócio de Expresso & Encomendas, com um aumento de 48,9% em termos homólogos.

Questionado sobre notícias de que a União Europeia estará a ponderar aplicar um travão a plataformas chinesas como Temu e Shein, cujos produtos os CTT entregam praticamente em exclusivo em Portugal, João Bento reconhece que é um tema importante, mas adianta que vê a “via fiscal” como um tiro ao lado.

O CEO dos CTT salienta por diversas vezes a inovação da empresa com a rede de cacifos Locky e sublinha o investimento em tecnologia – mais de 37 milhões de euros por ano (nos cinco anos desde que chegou ao cargo), cerca do dobro do que pagou em dividendos aos acionistas.

Sabemos que o comércio eletrónico é uma parte importante da estratégia dos CTT e os CTT são uma parte importante do e-commerce em Portugal. Qual é a vossa função? Qual é a importância disto no vosso negócio?

A importância é total e nós queremos afirmar-nos. A nossa equity story [história de bolsa] desenvolve-se em torno do conceito de sermos uma plataforma logística para o comércio eletrónico. Em inglês, quando vamos para o mercado de capitais, dizemos que queremos ser um ‘e-commerce logistics player‘, porventura aquele que mais cresce hoje em dia na Ibéria e na Europa. O e-commerce representa já a maior parte do que fazemos no Expresso e Encomendas, e o Expresso e Encomendas representa já cerca de 40% dos nossos proveitos e é de longe a área área que mais cresce.

Queremos ser um parceiro importante em Portugal e em Espanha. Em Portugal, onde temos uma posição muito relevante, sentimos que somos nós que temos que ajudar o mercado a crescer e em Espanha, em que nos comportamos como um attacker, também estamos a crescer muito. Somos, como disse, de longe, o operador que mais cresceu o ano passado, mas queremos também ganhar escala e continuar a alargar a nossa presença. Porque em Espanha o que fazemos, no essencial, é entregas.

O que é que estamos a fazer em Portugal para ajudar o mercado a crescer? Quisemos posicionar-nos em toda a cadeia de comércio eletrónico. Para alguém que queira estar no comércio eletrónico, fazemos publicidade física ou digital, ajudamos a construir com tecnologia nossa a loja, temos obviamente a nossa área de pagamentos, fazemos tudo o que a logística de e-commerce, portanto armazenagem, preparação, fulfillment e fazemos a parte mais importante das entregas e também ainda as devoluções.

Isso é para empresas desde microempresas a grandes empresas?

Microempresas a grandes empresas. Fazemos isto de forma integrada ou modular. Podemos oferecer cada um destes serviços ou todos eles. E em Portugal cobrimos toda esta cadeia. Em Espanha começámos também a alargar agora a presença na cadeia de valor de forma mais cirúrgica. Temos uma operação já com muito significado de desalfandegamento, porque o comércio eletrónico que mais cresce hoje no mundo é aquele que tem origem na Ásia e em particular na China e, portanto, obviamente requer desalfandegamento para os produtos entregues em Portugal, em Espanha, aliás, na Europa em geral. Começamos por aí e temos também uma operação de devoluções já com muito significado. Temos a maior rede de pontos de presença na Península Ibérica de Pudos (pickup and drop off points, pontos de entrega e levantamento), portanto lojas, sítios onde se pode ir recolher encomendas. São 17.000 postos em Espanha e 3.500 em Portugal.

Temos a maior rede de parcel lockers, de cacifos, em Portugal, com a marca própria Locky, que fizemos de forma, para alguns surpreendente, em rede aberta. Serve não só as nossas entregas mas as entregas de todos os operadores, incluindo os nossos concorrentes. E estamos também, neste momento, já com as primeiras instalações em Espanha. Portanto, indo à sua pergunta de novo, é absolutamente decisivo. É a área que mais cresce, é a área que mais contributo teve para o processo de transformação dos CTT nestes últimos anos.

Falou de crescimento e de como o Expresso & Encomendas, do qual o e-commerce faz uma grande parte, já representa 40%. Isso é uma transformação nos CTT nos últimos anos, de simples operador postal para para ecommerce logistics player. Qual é o outlook? Quando é que poderemos para ver esses 40% passarem para mais de metade?

Vai passar certamente este ano, em 2024. O ritmo de crescimento é muito elevado. Esta dinâmica depende também do comportamento das outras áreas de negócio, sendo que a mais importante é, obviamente, o correio. E nós continuamos a assistir a uma queda de correio muito significativa. Ela é monótona e constante. É assim no mundo inteiro, à medida que, no caso português, o modelo de financiamento do serviço público de correio, que ainda é uma parte importante do que fazemos em correio, é apenas pelo preço. Portanto, para os portugueses, os nossos impostos não contribuem para o serviço público, ele é pago diretamente pelos utilizadores.

Temos agora um contrato de concessão com um mecanismo de preço que permite equilibrar automaticamente a queda de volumes e a inflação, o que significa que temos aumentos de preço maiores e esses aumentos de preços maiores servem para estabilizar a receita, mas servem também para dinamizar ainda mais a passagem para meios digitais e, portanto, acelera.

Dá alguma margem de manobra.

Dá uma margem de manobra, mas não resolve o problema principal, o problema principal é estrutural e o correio perdeu importância no funcionamento da sociedade e da economia. Portanto, vai depender muito da queda de correio, mas passar os 50% passará já certamente este ano.

“Todas as áreas de retalho e que se dirigem ao mercado de consumo, tudo que é B2C (business to consumer, das empresas para o consumidor) não vai sobreviver sem uma presença significativa no comércio eletrónico. E há setores em que isso é mais evidente. O setor do vestuário, o setor da eletrónica, por exemplo.” – João Bento.

Quais são as áreas de crescimento? Estamos a falar de vários aspetos, de vários segmentos na cadeia de e-commerce, desde alguém ir buscar o produto até entregarem em casa, o processo todo. Quais são as áreas em que veem as empresas a precisarem mais?

Eu acho que todas as áreas de retalho e que se dirigem ao mercado de consumo, tudo que é B2C (business to consumer, das empresas para o consumidor) não vai sobreviver sem uma presença significativa no comércio eletrónico. E há setores em que isso é mais evidente. O setor do vestuário, o setor da eletrónica. Só para dar um exemplo, hoje damos a um dos nossos grandes clientes, a Amazon Espanha, horas de corte muito tarde. É frequente acontecer, ainda há dias acontecia-me fazer uma encomenda às nove e meia da noite e recebê-la na manhã seguinte. Ora, com este tipo de conforto, com este tipo de agilidade, o apelo do comércio eletrónico é de facto muito grande. Há depois setores que estão também a começar a emergir. Ainda há pouco, antes de começarmos esta conversa, falávamos do setor da farmácia, mas tudo o que tem como destino final clientes B2C não vai resistir a ter uma presença muito forte no comércio eletrónico.

Mas, no entanto, há outros segmentos também a crescer no e-commerce, o B2B (business to business) e o C2C (consumer to consumer), com o mercado de pessoas a fazerem produtos eles próprios ou de consumo, mas para passarem diretamente através de algumas plataformas de revenda pessoal para os consumidores.

E é por isso que estamos absolutamente apostados em oferecer soluções também para C2C. Temos alguns casos já muitos de marcas bem conhecidas e ofertas bem conhecidas, de natureza global algumas delas, que são nossos clientes e para isso é muito importante o que estamos a fazer em termos de desenvolvimento de tecnologia, de inovação, justamente com a nossa rede de lockers. Há bocado referi um aspeto que pareceu surpreendente para alguns, que foi fazermos uma rede aberta, pareceu também muito surpreendente nós queremos ter tecnologia própria. Os nossos lockers são fabricados em Portugal. O hardware, o software, a eletrónica, as partes metálicas, é tudo feito em Portugal. Uma fábrica virtual, a fábrica não é nossa, é um conjunto de sítios onde funciona, porque nós sentimos que precisávamos de ter total agilidade para fazer o que quisermos com os nossos lockers.

E o C2C é um exemplo. Hoje temos uma oferta em que, em boa verdade, conseguiríamos ter uma oferta postal, de correio, de encomendas, do que fosse, apenas com lockers e sem lojas, na medida em que nos nossos lockers é possível deixar e levantar qualquer objeto que cabe. E portanto, essa é uma tendência muito grande. Não é necessariamente bom para o que se passa em termos desenvolvimento social, mas gosto de citar este exemplo. Um dos nossos grandes clientes internacionais fez um estudo no Reino Unido sobre as preferências das pessoas para receber encomendas fora de casa. E hoje em dia, nas camadas mais jovens, a preferência é de longe receberem em parcel lockers, mais do que em Pudos ou do que em lojas.

Não há filas.

Não há filas, mas o que eu ia dizer é que para os jovens, nesse estudo, o argumento mais importante para preferirem lockers era para evitar contacto social. Não é uma boa notícia para a sociedade em que estamos empenhados e envolvidos. Mas, em todo o caso, seja por que razões for, sobretudo de conveniência, é evidente que o mercado C2C vai também crescer muito por esta via.

Falou em gerações e isso é sempre interessante numa sociedade como a portuguesa, que tem uma demografia europeia e uma pirâmide relativamente específica. Como é que como é que os CTT participam em trazer as gerações mais velhas para o e-commerce? Há alguma relutância ainda ou estão a ver alguma transformação?

Estamos a ver alguma transformação na medida em que, quanto mais convenientes forem as soluções, maior adesão vai haver. Mas a demografia e o tempo vão resolver isso porque, em boa verdade, são, creio eu, no seio das famílias, justamente os mais jovens que acabam por pilotar, digitalizar e depois converter os ecossistemas e as suas próprias famílias. Portanto, é um processo que não para. E só para voltar ao tema dos lockers, é muito interessante, nós começamos este exercício há relativamente pouco tempo, o do Locky em Portugal, e cada vez que instalamos novos lockers — e instalamos vários lockers por semana — era natural que o uso médio por semana baixasse, porque temos mais, as encomendas não crescem ao mesmo ritmo. O que nós verificamos é que há um uso que é monótono e parece uma válvula.

Cada vez que alguém usa um locker para receber uma encomenda, nunca mais deixa de usar. Portanto, há toda uma alteração de hábitos que são muito assentes na conveniência. Por exemplo, estamos equipar as nossas lojas todas com um locker que esteja disponível 24 horas por dia, ou através da janela ou num espaço próprio. Porquê? Porque, no fundo, a loja pode continuar a funcionar para todos os serviços de logística, tanto de correio e de expresso, ao longo das 24 horas do dia, quer haja pessoas, quer não haja, independentemente do seu horário. Portanto, essa conveniência é imbatível e portanto até os mais velhos vão também aderir.

Falámos há pouco de tecnologia. Que tecnologias novas é que os CTT têm que usar nesta operação crescente? Estamos a falar de inteligência artificial (IA), machine learning, toda uma série de ferramentas das quais falamos quase todos os dias. Como é que estas ferramentas são utilizadas para melhorar o serviço e avançar o negócio?

A nossa inovação com base em tecnologia é muito significativa. Temos investido neste período em que estou nos CTT, há cinco anos, cerca de 37 milhões de euros por ano, cerca do dobro do que pagamos em dividendos, só para dar uma ideia do esforço. Grande parte deste esforço de investimento tem que ver com equipamentos e sistemas, obviamente não necessariamente tudo, mas o grosso em equipamentos e sistemas. Portanto, estamos muito empenhados em trazer tecnologia e trazer eficiência com base em tecnologia.

Nalgumas dessas situações, o que a tecnologia traz são também alguma inovação de formas novas ou de oferecer produtos ou de suportar operações. A IA é, obviamente, hoje em dia, incontornável. Só para dar uma ideia a quem nos ouve, nós entregamos cerca de 600.000 encomendas. Varia muito, no fim do peak season bastante mais, tem vindo a crescer muito. Crescemos em volume na Ibéria este ano 54%. Entregamos no primeiro semestre mais 54% de encomendas do que no primeiro semestre anterior. Para este crescimento ser exportado, ele é muito assente em tecnologia. No caso da IA, temos tido um conjunto muito interessante de iniciativas em parceria ou internamente. Temos uma agenda de inovação estruturada, que foi construída há muito tempo, que está permanentemente em gestão, em atualização. O que fazemos é identificar tendências e oportunidades futuras. Tínhamos identificado a IA como uma das tendências, quando iniciamos esse esforço há uns anos. Temos cerca de 85 iniciativas em curso no quadro desta agenda e que envolve projetos com startups, com universidades.

Têm também um fundo de startups.

Temos também um fundo, a que chamamos o fundo 1520 Innovation Fund, porque é o ano da fundação do correio em Portugal. Está dotado com oito milhões de euros. Já investimos quatro milhões, em oito startups. A ideia do fundo é investir em startups que possam estar a fazer coisas que estão na franja do que nós fazemos ou que possam estar no core do que nós fazemos ou queremos fazer. É o caso e tem muito que ver com inteligência artificial, com machine learning, com realidade aumentada, algumas coisas com pagamentos.

Voltando a um tema que falou há uns minutos, o e-commerce é um negócio internacional. Os CTT aproveitaram algumas parcerias com a Ásia como já mencionou, por exemplo, as retalhistas chineses, já conhecidas por quase todos os portugueses, a Temu, a Shein e a AliExpress. Recentemente, surgiram notícias de que a Comissão Europeia quer eliminar a isenção de taxas alfandegárias até 150 euros por encomenda para combater o crescimento de importações de artigos de baixo valor a partir destas plataformas. Isto ameaça o vosso crescimento? Segunda pergunta, qual é a importância mais geral da geopolítica neste negócio?

É enorme. O comércio eletrónico hoje em dia é sobretudo transfronteiriço. Portanto, em qualquer geografia do mundo, em qualquer grande plataforma, com a exceção da China, em que o comércio eletrónico é sobretudo interno, ele é internacional. Não é só na Europa que há essa tendência, nos Estados Unidos a ameaça para ser ainda maior. Para nós, o assunto é importante, damos muita atenção e achamos que envolve ameaças e oportunidades. Em primeiro lugar, não querendo parecer irresponsável, dou um exemplo, que gosto muito de dar que é o desta pulseira do meu relógio. Comprei esta pulseira num desses marketplaces chineses, custou-me talvez a vigésima parte do que custa se eu for comprar aqui uma loja onde se vendem pulseiras desta marca deste relógio. E a via fiscal vai ser absolutamente ineficaz para o comércio eletrónico deste género.

É um tiro ao lado?

É um tiro ao lado, na medida em que se esta pulseira, em vez de me ter custado dois euros, contra os cerca de 100 euros que custará numa loja aqui ao lado, seja qual for o imposto, ela vai continuar a ser ridiculamente mais barata. Há um tema de ineficiência, que é um drama para a Europa, que o Covid mostrou ser muito sério, que tem que ver com toda uma trajetória de desindustrialização e de aposta numa economia de serviços, contra a qual não tem nada, mas tornou-se realidade. A globalização trouxe-nos isto. Estamos obviamente numa agenda mais fraturante, em que a globalização vai desaparecer, mas é um processo que vai demorar muito tempo.

Portanto, do ponto de vista da eficiência, da elasticidade introduzida por meios fiscais, acho que não há grande risco, mas temos que estar atentos. Do ponto de vista das oportunidades, vai haver certamente uma maior oportunidade para intervir, por exemplo, em processos desalfandegamento, que é justamente uma das áreas em que nós somos pioneiros. Hoje desalfandegamos 100% do tráfego da Temu em Portugal, quase tudo da Shein, a maior parte também da AliExpress, em Espanha, também com grandes quotas, mas desalfandegamos isso num quadro usando tecnologia operacional em que integramos a operação de desalfandegamento com operação de sorting e de entrega. No fundo há aqui outras oportunidades que resultam daí e, portanto, estamos obviamente atentos. Também direi que o nosso maior cliente nesta fase para entrega de comércio eletrónico nos últimos cinco anos foi sempre diferente. Começou por ser a Amazon e depois outros.

Portanto é um mercado dinâmico?

É um mercado dinâmico e há outros mercados a surgir. Há, neste momento, operadores muito relevantes também a partir da Índia, há também operadores europeus que se estão a desenvolver e nós o que temos é continuar a ter as melhores ofertas para sermos capazes de, num mercado que é muito competitivo, um mercado de entregas com grandes operadoras globais, sermos capazes de continuar a crescer. Para isso também nos interessa acelerar o crescimento e estamos atentos para tentar crescer e acelerarmos o crescimento na Ibéria.

Fonte: “https://eco.sapo.pt/entrevista/negocio-de-encomendas-dos-ctt-vai-superar-correio-certamente-este-ano/”

 

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As inovações da Amazon para realizar entregas por todo Brasil, incluindo comunidades ribeirinhas do Amazonas

Entregas mais rápidas agora são uma realidade para comunidades de Manaus e diversas regiões remotas do país, promovendo inclusão e desenvolvimento.

Em 2019 as operações da Amazon no Brasil contavam com apenas 1 Centro de Distribuição e um portfólio de 1 milhão de produtos disponíveis para venda. 5 anos depois, com mais de 100 polos logísticos e um portfólio entre varejo e serviços de marketplace, a Amazon realiza entregas para clientes em 100% dos municípios brasileiros.

Foi com esse propósito que desenvolvemos um projeto de entregas na Amazônia, incluindo a zona rural de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus. Com poucas rodovias, muitas delas em condições precárias, e com acessos interrompidos em dias de chuva, além da necessidade de barcos para chegar até a porta dos moradores, essa comunidade vivia isolada. Porém, desde o lançamento do projeto, as 86 famílias que vivem ali agora recebem suas encomendas com velocidade de até dois dias para milhares de produtos, graças a um barco voadeira que realiza as entregas diretamente às suas portas.

Entregas a cada vez mais CEPs em cada vez menos tempo

Na Amazon, otimizar as entregas é uma prioridade constante. Com o apoio da nossa inteligência artificial de última geração, conseguimos aprimorar nossas operações de maneira significativa. Tecnologias como empacotamento e roteamento otimizados, baseadas em algoritmos de Machine Learning, nos permitem escolher o tamanho ideal das embalagens e as rotas mais eficientes, o que resulta em uma redução no uso de materiais, maior aproveitamento do espaço nos caminhões, diminuição do tempo de entrega e cortes no consumo de combustível e emissões de carbono.

Além disso, analisamos cada região individualmente, adaptando os meios de transporte às necessidades específicas, seja por via aérea, terrestre ou fluvial. Manaus é um exemplo disso. Por lá, combinamos transporte aéreo e fluvial, com as entregas de última milha realizadas via lancha para a comunidade ribeirinha do Lago do Catalão que, até então, não recebiam encomendas de quaisquer ordens uma vez que nem os Correios chegam nessa região.

Mas não é só no Norte do país que a Amazon se dedica em realizar entregas. Nossa prioridade é que os clientes recebam seus produtos de forma rápida, segura e com nosso padrão de qualidade em todas as regiões. Só nesse ano, a Amazon Brasil e a Azul anunciaram 18 novas rotas aéreas para acelerar o atendimento nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste do país, como parte da missão de otimizar entregas para ainda mais clientes, reduzindo prazos de até sete para dois dias em diversas localidades. Totalizando 42 rotas em todo o país, a Amazon e Azul já entregaram mais de 12 milhões de produtos por diversas regiões do Brasil, e nosso objetivo é continuar a ofertar entregas cada vez mais seguras em um menor tempo possível para todo o território nacional.

Mais que produtos: inclusão e desenvolvimento

Levar o consumo para a comunidade ribeirinha de Manaus e região Norte não diz respeito apenas aos produtos. É um passo fundamental para promover a inclusão social e o desenvolvimento econômico local. A maior acessibilidade a produtos e serviços impacta positivamente a vida das pessoas, gera oportunidades de emprego e renda, e contribui para o desenvolvimento da região.

Afinal, a expansão abraça o jeito Amazon de impactar positivamente a comunidade à qual atende e na qual opera. Para isso, contratamos mão de obra local e de comunidades próximas. Além disso, providenciamos a instalação de um poço artesiano, que serve como ponto estratégico para as entregas realizadas por barco.

A Logística da Amazon opera por meio de uma rede interconectada de pessoas, centros logísticos e tecnologias avançadas, fortalecida por provedores parceiros de entregas. Essa infraestrutura visa oferecer um serviço mais rápido e confiável, aprimorando a experiência geral do cliente.

A ação soma-se a diversas de nossas iniciativas recentes, que incluem envolvimento em projetos sustentáveis, como a parceria com a To Do Green, focada na neutralização de carbono, com a Favela Log, focada na entrega em favelas, e com a Azul Linhas Aéreas, que busca encurtar os tempos de entrega nas distâncias mais longínquas do nosso país.

Na Amazon somos comprometidos em constantemente melhorar a experiência do cliente e, ao mesmo tempo, impactar positivamente o país, gerando novos empregos (diretos e indiretos), capacitação e oportunidades de negócios para todos os tipos de empresas e membros das comunidades onde operamos.

Fonte : https://www.aboutamazon.com.br/noticias/operacoes/as-inovacoes-da-amazon-para-realizar-entregas-por-todo-brasil-incluindo-comunidades-ribeirinhas-do-amazonas

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DHL Aero Expreso é a mais nova companhia aérea a operar no Brasil

Empresa de transporte de cargas foi autorizada pela Anac a realizar voos regulares no país.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou no Diário Oficial da última terça-feira, 17 de setembro , a companhia aérea estrangeira DHL Aero Expreso a iniciar operações regulares no Brasil. A empresa do Panamá pretende facilitar o transporte de cargas, especialmente de produtos de alto valor agregado, como medicamentos e eletrônicos.

A DHL Aero Expreso, subsidiária da DHL panamenha, está expandindo sua presença no mercado de carga na América Latina. A companhia possui uma frota de aeronaves cargueiras, incluindo modelos Boeing 757-200 e 767-300, que atendem a diferentes rotas internacionais. Em breve, a empresa estará apta a registrar voos no Sistema de Registro de Serviços Aéreos da Anac (Siros).

Transporte de carga aérea na América Latina

A autorização da DHL Aero Expreso é mais um passo no fortalecimento da liberalização de serviços cargueiros na América Latina. Brasil e Panamá são signatários do Memorando de Entendimento sobre Liberalização de Serviços Cargueiros da Comissão Latino-americana de Aviação Civil (CLAC), celebrado em dezembro de 2023.

Por meio do Memorando, os países membros da CLAC podem conceder mutuamente direitos de tráfego de 7ª Liberdade do Ar para serviços exclusivamente cargueiros. Na prática, isso significa que a empresa aérea de um país signatário poderá realizar transporte entre outro país signatário e um terceiro país sem que o transporte comece ou termine no território do país de bandeira da empresa operadora.

Link: https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2024/dhl-aero-expreso-e-a-mais-nova-companhia-aerea-a-operar-no-brasil

Fonte : https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202409/dhl-aero-expreso-e-a-mais-nova-companhia-aerea-a-operar-no-brasil

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Serviços de comércio eletrônico transfronteiriço ajudam mais produtos brasileiros a entrar no mercado chinês

Beijing, 16 set (Xinhua) — Em muitas cidades da China, a “Natural One”, uma marca de sucos vinda do Brasil, está se tornando cada vez mais comum em supermercados e obtendo sucesso entre consumidores, devido aos seus ingredientes limpos e o sabor de frutas tropicais.

“Esse é o primeiro produto brasileiro que nossa empresa introduziu no mercado chinês por meio do modelo ‘negócio para negócio’ (business to business, ou B2B, em inglês)”, disse Xiong Tao, vice-gerente-geral de relações públicas da Alibaba International Digital Commerce Group (AIDC), na Feira Internacional de Comércio de Serviços da China (CIFTIS) 2024. “Esperamos trazer mais produtos do Brasil para a China por esse meio, oferecendo aos consumidores chineses opções mais diversificadas.”

O comércio de serviços é uma parte importante do comércio internacional e uma área importante da cooperação econômica e comercial internacional. Em 2017, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Alibaba Group assinaram um memorando de cooperação sobre comércios eletrônicos transfronteiriços. Em setembro de 2023, a “Natural One” concluiu a entrega do primeiro lote de pedidos por meio de modelo B2B na China, atingindo um valor total de pedidos de US$ 1,6 milhão no final do ano, segundo o Alibaba.

Na opinião de Xiong, esse “teste-piloto” bem-sucedido destaca o enorme papel dos serviços de comércio eletrônico transfronteiriço na promoção de marcas estrangeiras no mercado chinês.

Até o momento, a ApexBrasil já ajudou 60 empresas brasileiras a se estabelecerem no site internacional do Alibaba. Além do Alibaba, várias plataformas que oferecem serviço de cadeia de suprimentos transfronteiriços, como Jingdong e Bringbuys, também apareceram na CIFTIS deste ano, oferecendo novos modos de cooperação e oportunidades de desenvolvimento para expositores estrangeiros.

Para os expositores, o comércio eletrônico internacional possui várias vantagens, como atualização de informações em tempo hábil, baixo limite e ampla cobertura de mercado. No estande brasileiro dessa edição da CIFTIS, produtos como açaí em pó e chocolate do Brasil atraíram muitos visitantes.

“O mercado chinês é enorme, e a demanda dos consumidores por alimentos de alta qualidade está subindo. Por meio desta feira, esperamos encontrar mais parceiros para que as marcas brasileiras aumentem a visibilidade e as vendas no mercado chinês”, manifestou Zhou Wu, analista da Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

Para os consumidores, o comércio eletrônico internacional proporciona uma experiência de compra mais conveniente. Segundo um funcionário da Jingdong, gigante chinesa de comércio eletrônico, o modelo de comércio eletrônico transfronteiriço, por meio da aquisição direta de produtos no país original, reduz os custos de aquisição e, por fim, diminui os preços de compras para consumidores; ao mesmo tempo, contando com equipes profissionais de aquisição em todo o mundo, os consumidores domésticos podem aproveitar mais novidades e produtos interessantes.

No início deste mês, o Gabinete Geral do Conselho de Estado da China divulgou um conjunto de diretrizes para promover o desenvolvimento de alta qualidade do comércio de serviços com a abertura de alto padrão, exigindo uma supervisão de processo integral do comércio transfronteiriço, aperfeiçoamento de serviços de logística internacional, etc, de modo a promover o comércio eletrônico transfronteiriço.

“A China tem um dos ecossistemas de comércio eletrônico transfronteiriço mais completos do mundo. Os produtos de café, própolis e açaí em pó do Brasil já são disponíveis nas plataformas online. Acreditamos que no futuro, poderemos introduzir mais produtos de alta qualidade de todo o mundo, incluindo o Brasil, para o mercado doméstico, oferecendo aos consumidores chineses mais uma opção do mundo”, disse o expositor da Jingdong.

Fonte : https://monitormercantil.com.br/servicos-de-comercio-eletronico-transfronteirico-ajudam-mais-produtos-brasileiros-a-entrar-no-mercado-chines/

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A transformação da logística integrada e o impacto para a experiência do cliente

Tradicionalmente vista como uma operação de bastidores, a logística vem ganhando um papel central na experiência do cliente, impulsionada pelo avanço tecnológico e pela crescente demanda por inovação e serviços personalizados. Nesse cenário, empresas que já vêm investindo em operações multimodais estão redefinindo o conceito de atendimento ao consumidor ao resolver suas necessidades com novas soluções.

Isso porque a logística integrada não se trata apenas de conectar diferentes etapas da cadeia de suprimentos, mas sim de criar um sistema fluido, no qual a informação e os produtos são interligados com agilidade e precisão. Quando bem implementada, essa integração permite uma visão completa de todo o processo, desde a produção até a entrega final, o que facilita a gestão, reduz custos e aprimora a tomada de decisão.

A tecnologia tem um papel de destaque nessa nova era do setor logístico. Plataformas avançadas de gestão, como sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) e WMS (Warehouse Management System), permitem a coleta e análise de dados em tempo real, proporcionando visibilidade para tomar decisões, como a otimização de rotas ou o gerenciamento de estoques em tempo real. Além disso, a automação de processos aumenta a precisão e a velocidade do fluxo de operações, impactando diretamente na satisfação do cliente.

Entre as mais recentes inovações tecnológicas implementadas pelo setor logístico estão a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA), que permitem previsões precisas de demanda, automação de processos e personalização da entrega. A IA, por exemplo, pode ser usada para prever demandas e otimizar rotas, enquanto a IoT permite o monitoramento contínuo das mercadorias, garantindo que possíveis problemas sejam identificados e resolvidos antes que impactem o cliente.

Integração de modais

Além das novas tecnologias, a combinação de diferentes modais de transporte, como a cabotagem e o rodoviário, também oferece uma série de benefícios estratégicos para as operações logísticas. Essa integração não só reduz custos, como também otimiza a eficiência operacional, contribuindo significativamente para a sustentabilidade das empresas.

A cabotagem, por exemplo, é uma opção econômica para o transporte de grandes volumes em longas distâncias, enquanto o modal rodoviário se destaca na distribuição final, garantindo entregas rápidas e precisas até a porta do cliente. Essa sinergia entre os modais permite uma gestão mais eficiente da cadeia de suprimentos, melhorando o tempo de trânsito e facilitando ajustes rápidos em situações emergenciais.

Outro ponto fundamental é a contribuição para a sustentabilidade. A cabotagem emite significativamente menos CO₂ em comparação ao transporte rodoviário, o que torna essa integração uma escolha estratégica para empresas que buscam reduzir sua pegada de carbono. Além disso, a diminuição do número de caminhões nas estradas contribui para a redução de congestionamentos e aumenta a segurança das mercadorias em trânsito.

A utilização de operações multimodais permite, ainda, a otimização dos recursos e a minimização do consumo de combustível. O transporte marítimo, por exemplo, é mais eficiente em termos de energia por tonelada-quilômetro do que o rodoviário. Ao reservar o transporte rodoviário apenas para os trechos finais de entrega, as empresas conseguem não só reduzir as emissões de CO₂, mas também maximizar a capacidade de transporte ao consolidar cargas em hubs logísticos estrategicamente localizados.

Desta maneira, a integração desses modais oferece uma cadeia de suprimentos mais eficiente, sustentável e capaz de responder de maneira mais eficaz às demandas do mercado e às expectativas dos clientes, tornando-se uma estratégia fundamental para empresas que buscam competitividade e responsabilidade ambiental.

Mais integração, mais qualidade

Entretanto, no mercado atual, os consumidores não mais buscam somente serviços ou produtos de qualidade, mas também uma experiência positiva de ponta a ponta. Assim, a logística integrada contribui para a satisfação do cliente ao garantir que o produto certo chegue no lugar certo por meio de processos integrados que garantem maior consistência e precisão, aumentando a confiança dos clientes na marca e na experiência de compra. E, mais do que isso, toda essa integração ainda permite que as empresas ofereçam opções de entrega flexíveis, rastreamento em tempo real e um atendimento pós-venda eficiente, o que reduz a espera e a incerteza dos clientes.

Além disso, a gestão eficiente de recursos já é uma prática comum na cadeia de suprimentos integrada, com a adoção de embalagens recicláveis e reutilizáveis, além da minimização de resíduos nos centros de distribuição. Empresas também estão incorporando tecnologias de energia renovável, como painéis solares, para alimentar armazéns e centros de distribuição, diminuindo a dependência de fontes de energia não renováveis. Em um cenário onde a responsabilidade ambiental é cada vez mais valorizada pelos consumidores, essa abordagem soma como mais um diferencial competitivo.

De modo geral, as estratégias de integração criam um serviço logístico mais eficiente, confiável e personalizado, que busca atender plenamente às expectativas dos clientes e destaca as empresas que desenvolvem essas soluções. A evolução contínua da logística integrada, portanto, aponta para um futuro em que a experiência do cliente será o centro das decisões da empresa. O estudo da jornada do cliente é impreterível para a melhor decisão logística da sua cadeia de suprimentos. À medida que as tecnologias avançam e as expectativas dos consumidores aumentam, as empresas que conseguirem integrar perfeitamente suas operações logísticas, com total visibilidade do processo do cliente, estarão mais bem posicionadas para oferecer uma experiência de compra de alto valor agregado.

Fonte : https://www.segs.com.br/seguros/405372-a-transformacao-da-logistica-integrada-e-o-impacto-para-a-experiencia-do-cliente

A transformação da última milha: o potencial do out of home delivery no Brasil

Considerando que o faturamento do e-commerce brasileiro em 2022 alcançou R$ 262,7 bilhões, conforme dados do E-commerce Brasil, o setor enfrenta desafios na logística de última milha, especialmente com a crescente demanda por entregas rápidas e eficientes.

Os desafios da logística urbana no Brasil ficaram mais evidentes com o crescimento exponencial do e-commerce, especialmente na última etapa do processo logístico, conhecido como última milha de entrega ou last mile delivery, que compreende o trecho final da entrega, no qual o produto é transportado do centro de distribuição até o destino final, geralmente a residência do cliente. Esse estágio é amplamente reconhecido como o mais complexo e dispendioso de toda a cadeia logística, podendo representar até 65% do custo total de transporte (Last Mile Experts, 2024).

No Brasil, a última milha enfrenta adversidades únicas devido às características dos grandes centros urbanos: congestionamentos, infraestrutura urbana desigual, dificuldades de acesso a determinadas áreas por falta de endereçamento, código de endereçamento postal ou insegurança local. Essas adversidades resultam em aumento dos custos operacionais, atrasos e insatisfação dos consumidores, que exigem entregas rápidas e seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023; Resende et al., 2023).

O que é out of home delivery?
Diante dos desafios crescentes da logística de última milha, o modelo de out of home delivery (OOHD) surge como uma solução inovadora e eficiente. OOHD envolve a entrega de pacotes em locais alternativos ao endereço residencial, como lockers, pontos de coleta (PUDOs) e estabelecimentos comerciais parceiros.

Essa abordagem não só aumenta a flexibilidade para os consumidores, permitindo que escolham pontos de retirada convenientes, mas também melhora a eficiência operacional ao reduzir a dependência das entregas domiciliares.

Ao atender à crescente demanda por conveniência e personalização no e-commerce, o OOHD se estabelece como uma estratégia crucial para otimizar a logística de última milha (Janinhoff et al., 2024).

Além disso, a experiência europeia em OOHD pode servir como um exemplo para o mercado brasileiro. Na Europa, países como Polônia, Reino Unido, França, Alemanha e Itália lideram a adoção desse modelo, com um número expressivo de lockers e PUDOs.

Por exemplo, em 2024, a Polônia contava com aproximadamente 79.590 pontos de entrega, seguida pelo Reino Unido com 66.300 e França com 63.370. Esse crescimento rápido na Europa demonstra como a expansão de uma rede robusta de pontos de entrega pode melhorar significativamente a eficiência logística e a satisfação do consumidor (Last Mile Experts, 2024).

Vantagens do out of home delivery no contexto brasileiro
Adaptabilidade às realidades urbanas: no Brasil, onde o tráfego urbano e a insegurança em certas áreas urbanas podem dificultar as entregas, o OOHD oferece uma alternativa segura, eficiente e efetiva para o transportador. Locais de coleta podem ser posicionados em áreas de fácil acesso, reduzindo a necessidade de o entregador enfrentar dificuldades em áreas menos seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Redução de custos logísticos: a centralização das entregas em pontos estratégicos, como lockers e PUDOs, ajuda a diminuir os custos operacionais tanto para as empresas de logística quanto para os comerciantes. Em cidades onde a última milha tradicional tem custo relevante, o OOHD se apresenta como uma solução para otimizar os recursos. Essa eficiência é reforçada pela efetividade da entrega, em que muitas encomendas podem ser entregues em um único ponto, diferentemente do modelo tradicional de entrega (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Sustentabilidade ambiental: o modelo de out of home delivery (OOHD) desempenha um papel fundamental na promoção de práticas logísticas mais sustentáveis ao reduzir o número de entregas domiciliares individuais, o que diminui o consumo de combustível e as emissões de carbono. Além disso, a consolidação de entregas em lockers e PUDOs contribui para a eficiência no uso de veículos, minimizando as distâncias percorridas e, consequentemente, o impacto ambiental. Essas iniciativas alinham-se com as metas globais de sustentabilidade, promovendo uma logística urbana mais limpa e eficiente (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; ONU, 2015).

Melhoria na experiência do consumidor: a flexibilidade de escolher onde e quando retirar suas compras é um grande diferencial para os consumidores brasileiros, que enfrentam rotinas cada vez mais dinâmicas ou residem em locais com restrições de entrega. A facilidade de uso dos lockers e a conveniência de pontos de coleta em estabelecimentos comerciais parceiros tornam a experiência de compra mais satisfatória para o consumidor (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Desafios na implementação do OOHD
A implantação de redes de lockers e PUDOs pode enfrentar desafios significativos nas dimensões comportamento do consumidor, integração com marketplaces, engajamento da comunidade, infraestrutura e capacidade tecnológica.

No que diz respeito ao comportamento do consumidor, muitos mercados ainda são fortemente voltados para a entrega domiciliar. A mudança dessa mentalidade, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas, é essencial para a popularização do OOHD.

Campanhas educativas e incentivos podem ser necessários para promover a adoção de lockers e PUDOs como alternativas convenientes e eficazes. Essa transição cultural é crucial para a implementação bem-sucedida do modelo (Janinhoff et al., 2024).

Na dimensão de integração com marketplaces, a eficiência do OOHD depende da capacidade de conectar esses pontos de entrega com as operações de marketplaces e plataformas de e-commerce. Isso exige a criação de uma infraestrutura tecnológica avançada que suporte automação de processos, sistemas de rastreamento em tempo real e comunicação eficaz entre todos os atores envolvidos na cadeia de entrega (Last Mile Experts, 2024).

Engajamento com a comunidade: outro desafio importante, principalmente em áreas urbanas de difícil acesso, como favelas e comunidades urbanas, é o engajamento das lideranças comunitárias com o OOHD. Nessas áreas, o sucesso do modelo depende não apenas da instalação de pontos de entrega em locais estratégicos, mas também da construção de parcerias com líderes comunitários e do engajamento direto com os moradores.

Conforme discutido no estudo “E-COMMERCE WILL NOT GO UP THE HILL!”, adaptar as operações logísticas às realidades locais e garantir a aceitação do modelo pela comunidade são fundamentais para superar os impedimentos logísticos e aumentar a eficiência. Além disso, iniciativas que envolvem a criação de empregos locais e o fortalecimento do relacionamento com a comunidade podem ajudar a consolidar o OOHD como uma solução viável e sustentável.

Em termos de infraestrutura, a implantação de redes de lockers e PUDOs enfrenta desafios significativos, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Nessas áreas, a falta de recursos adequados pode dificultar a expansão dessas redes, exigindo um planejamento cuidadoso e investimentos substanciais para garantir o sucesso do modelo.

Por fim, a capacidade tecnológica é um ponto crucial. A eficiência do OOHD requer sistemas de TI que consigam integrar perfeitamente as operações logísticas com os pontos de coleta. A diversidade de provedores de serviços e a falta de padronização tecnológica em alguns mercados representam barreiras significativas para a implementação eficiente dessas soluções (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Enquanto muitos mercados ainda enfrentam esses desafios, o segmento de e-commerce na Europa já superou várias dessas barreiras. O alto grau de capilaridade e a densidade de pontos de entrega foram alcançados por meio de um planejamento estratégico que levou em consideração a demografia e a distribuição geográfica dos consumidores. Esse modelo pode servir de inspiração para outros mercados ao redor do mundo, como o Brasil, que devem adaptar-se às suas realidades urbanas e logísticas para alcançar resultados semelhantes.

Estudos de caso e exemplos no Brasil
No Brasil, a implementação do modelo de out of home delivery (OOHD), com foco em lockers e PUDOs, tem ganhado força, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os desafios da última milha são mais evidentes. Um exemplo bem-sucedido é a utilização de lockers em estações de metrô e centros comerciais nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e de São Paulo/SP.

Devido ao crescimento do comércio eletrônico e às adversidades existentes nessas localidades, esses pontos de entrega oferecem ao consumidor um endereço alternativo, proporcionando uma opção de entrega conveniente e segura. Isso é particularmente relevante para aqueles que enfrentam dificuldades com entregas domiciliares, seja por horários de trabalho inflexíveis ou por problemas de segurança em seus bairros.

Na Figura 1, os círculos vermelhos representam os terminais de lockers implantados na cidade, enquanto os círculos azuis indicam as áreas de maior concentração de usuários. Quanto maior o círculo azul, maior o número de pessoas utilizando os terminais naquela localização específica.

Esse exemplo prático não apenas destaca a eficácia do modelo OOHD em uma área densamente povoada, mas também reforça a importância da proximidade dos pontos de entrega para aumentar a conveniência e a eficiência logística. Com base nesses dados, é possível maximizar o valor percebido pelos consumidores e aprimorar ainda mais sua experiência de compra.

Figura 1 – Cidade de São Gonçalo/RJ – julho de 2024.
Outros estudos conduzidos em mercados emergentes, como o artigo An Investigation of Consumer Intention to Use Pick-up Point Services for Last-mile Distribution in a Developing Country (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023), mostram que o sucesso dos PUDOs em países como o Brasil está diretamente relacionado à percepção de conveniência e segurança por parte dos consumidores.

No caso brasileiro, o crescimento da adoção de PUDOs em locais estratégicos, como supermercados e estações de transporte público, tem sido uma resposta às adversidades ambientais e à necessidade da população urbana, que passa a maior parte do tempo fora de casa devido à rotina intensa.

Potenciais e desafios do out of home delivery no Brasil
O modelo de out of home delivery (OOHD) tem o potencial de transformar significativamente a logística urbana no Brasil.

Em um cenário de crescimento acelerado do e-commerce, o OOHD surge como uma solução que beneficia tanto as empresas quanto os consumidores, oferecendo maior flexibilidade e conveniência.

No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados: adaptar a mentalidade dos consumidores habituados a entregas domiciliares, superar as limitações de infraestrutura em algumas regiões e garantir que a tecnologia esteja preparada para atender às demandas.

Apesar desses obstáculos, as vantagens do OOHD são evidentes. Ele pode reduzir custos, emissões de gás carbônico, otimizar operações logísticas e aumentar a satisfação dos clientes.

A experiência europeia, na qual o modelo já está consolidado, serve como um exemplo de sucesso que pode ser adaptado ao Brasil. Aqui, o segredo para o sucesso está em unir esforços entre empresas, governo e consumidores para criar uma rede eficiente e acessível de lockers e pontos de coleta.

Com os investimentos adequados e a conscientização dos consumidores, o Brasil tem todas as condições de aproveitar os benefícios do OOHD, assim como já acontece em outros países. O futuro da logística urbana brasileira pode ser mais eficiente, sustentável e seguro, e o OOHD certamente desempenhará um papel fundamental nessa transformação.

Referências:

1. Bispo, A. S., Resende Jr., P. C., Fujihara, R. K., Santana, R. S., & Albuquerque, B. B. M. (2023). E-commerce will not go up the hill! Anais do Semead – Seminários em Administração, Universidade de São Paulo.

2. E-commerce Brasil. (2023, 23 de janeiro). E-commerce fatura R$ 262 bilhões em 2022. E-commerce Brasil. https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-fatura-r-262-bilhoes-em-2022

3. Guarino Neto, L., & Vidal Vieira, J. G. (2023). An investigation of consumer intention to use pick-up point services for last-mile distribution in a developing country. Journal of Retailing and Consumer Services, 74, 103425. https://doi.org/10.1016/j.jretconser.2023.103425

4. Janinhoff, L., Klein, R., Sailer, D., & Schoppa, J. M. (2024). Out-of-home delivery in last-mile logistics: A review. Computers & Operations Research, 168, 106686. https://doi.org/10.1016/j.cor.2024.106686

5. Last Mile Experts. (2024). Out-of-home delivery in Europe 2024: PUDOs and Automated Parcel Machines.

6. Organização das Nações Unidas (ONU). (2015). Transformando nosso mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

7. Resende, P., Silva, T., & Souza, A. (2023). Last Mile Logistical Constraints in Slums. Journal of Harbin Engineering University.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-transformacao-da-ultima-milha-o-potencial-do-out-of-home-delivery-no-brasil

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Shein anuncia mais uma expansão do marketplace no Brasil: Paraná é o novo foco

A varejista global de moda, beleza e lifestyle Shein vem ampliando seu marketplace no Brasil. Desta vez, o Paraná é a nova região estratégica em seu plano de expansão. Focada nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel, a empresa pretende atingir 1.500 vendedores locais até o final de novembro. O marketplace, lançado em abril de 2023, cresceu rapidamente no país, passando de 10 mil vendedores em novembro para 25 mil em agosto de 2024.

“Atualmente, as vendas do marketplace representam 55% da receita da Shein no Brasil. Isso reforça nosso comprometimento com o país e nossa meta de alcançar 85% de vendas locais até o final de 2026, combinando produtos do marketplace e da produção nacional”, afirma Felipe Feistler, country manager da Shein no Brasil.

Em 2024, a empresa prioriza a expansão em cinco estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

“Já expandimos para o Rio de Janeiro e Minas Gerais no primeiro semestre, e em setembro chegamos ao Paraná. Nosso objetivo é continuar ampliando nosso ecossistema em todas as regiões do Brasil. Queremos tornar a beleza da moda acessível a todos”, destaca Feistler.

Por que o Paraná?
A proximidade do Paraná com outros estados do Sul e Sudeste, além de seu polo têxtil, faz da região uma escolha estratégica para o crescimento da Shein. O estado conta com um ecossistema logístico robusto, essencial para o desenvolvimento do marketplace.

“Vemos grande potencial em Curitiba, Londrina, Cascavel e Maringá para atrair vendedores e escalar o marketplace. Esperamos ter 1.500 vendedores da região até novembro, principalmente micro, pequenas e médias empresas, que poderão alcançar um mercado maior com o apoio da expertise e do alcance da Shein no país”, acrescenta Feistler, destacando o acesso a 45 milhões de usuários da plataforma.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shein-anuncia-mais-uma-expansao-do-marketplace-no-brasil-parana-e-o-novo-foco

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Quais são as impressões dos consumidores sobre a “taxa das blusinhas”?

Os consumidores veem a taxa das blusinhas como uma barreira, afinal ela aumenta o custo de todas as compras internacionais.

A chamada “taxa das blusinhas” gerou reações negativas entre os consumidores brasileiros nas redes sociais. Prova disso é que na semana anterior à aplicação do imposto, a Latam Intersect Intelligence elaborou um Relatório de Análise Emocional. O monitoramento, feito com base na tecnologia Delta Analytics, se deu entre 26 de julho (sexta-feira) e 1º de agosto (quinta-feira).

Vale lembrar que o imposto de importação começou a ser aplicado sobre aquisições internacionais de até US$ 50 em 1º de agosto. A regra foi determinada pela Medida Provisória (MP) n.º 1.236/2024.

As novas diretrizes estipulam que todas as compras internacionais com valor até US$ 50 agora são taxadas. Ou seja, o novo imposto de importação adiciona 20% sobre compras de até 50 dólares em itens importados. Com isso, o objetivo do governo é equilibrar a competitividade entre os varejistas nacionais e suas contrapartes internacionais, como Shopee, Shein e AliExpress. A justificativa é que, ao tributar essas compras, o governo pode gerar uma receita estimada de R$ 1,3 bilhão em 2024. E, por consequência, o valor aumentará para R$ 2,7 bilhões em 2025. Esse dinheiro seria redirecionado para financiar investimentos e desenvolvimento nacional.

Taxa das blusinhas sob a ótica dos consumidores

Em suma, a pesquisa da Latam Intersect Intelligence garante: as opiniões consideram a taxa desproporcional. E, em suma, ela é considerada como um fardo adicional para os consumidores. Vários especialistas em economia destacam que a taxa, inclusive, pode impactar principalmente as camadas mais vulneráveis da população, que já enfrentam dificuldades financeiras.

Em suma, a pesquisa analisou as conversas no Facebook, Instagram, TikTok e Twitter/X sobre o assunto “imposto de importação”.

E então, o relatório da agência de relações públicas especializada em campanhas corporativas e de consumo para clientes em toda a região da América Latina revelou o seguinte: os usuários do Facebook expressaram principalmente surpresa. Em segundo lugar, no Instagram houve uma combinação de expectativa e medo. Analogamente, no TikTok, foi registrada uma mistura de medo e felicidade. Por sua vez, no Twitter/X predominou a raiva e o medo.

As emoções mais registradas foram 67,74% de surpresa no Facebook. Na sequência, aparece o medo, com 33,33% no Twitter/X. Foi registrado 29,49% de expectativa no Instagram e 28,17% de felicidade no TikTok.

“Medo e surpresa não são as melhores emoções esperadas em relação a um problema político. Principalmente, se esse problema for altamente controverso para o governo brasileiro, como essa taxa”, observa Roger Darashah, diretor da Latam Intersect PR. “Embora haja um pouco de felicidade refletida no TikTok, bem como expectativa no Instagram, a perspectiva geral é,  em grande parte, negativa”.

Outro dado importante é que 7 de cada 10 brasileiros apreciam realizar compras em sites internacionais. E, na verdade, são os consumidores de menor poder aquisitivo que mais utilizam essas plataformas. Estatisticamente, são os jovens e as mulheres os mais inclinados a comprar online. Resta saber como as redes sociais, que também abrigam vozes jovens, continuarão a reagir a este tema. Principalmente com o passar do tempo, conforme mais consumidores forem enfrentando os novos impostos em suas compras, conforme explica Roger.

Monitoramento

“Certamente, é algo que continuaremos a monitorar”, conclui Roger. “E talvez o governo devesse considerar essa análise emocional. Isso porque a tecnologia, inegavelmente, permite que marcas e organizações vejam o mundo – ou uma questão específica – através da perspectiva de outros. Em outras palavras, é possível ver a maneira como os consumidores, estejam ou não informados, buscam um determinado produto. Analogamente, também é possível verificar como eles buscam informação antes ou depois da compra”.

Em síntese os Relatórios de Análise Emocional (AE Reports) destacam as emoções mais associadas a uma marca. Mas eles também buscam analisar as emoções que estão por trás de produtos, serviços, ou assunto nas webs, notícias e em qualquer plataforma social.

Vale destacar que os dados de AE são específicos por idioma e país. Eles permitem que os gestores de marca comparem os sentimentos frequentemente associados à sua marca ou produto com os principais concorrentes. Ademais, eles podem monitorá-los ao longo do tempo ou em relação a marcos importantes (eventos, lançamentos, campanhas, etc).

Golpes

Com a recente implementação da taxa das blusinhas, golpistas encontraram uma nova forma de enganar os consumidores. Relatos nas redes sociais, desde o fim de julho, mostram que muitos consumidores receberam SMS fraudulentos solicitando o pagamento de taxas alfandegárias. A princípios, essas mensagens vêm com links que levam a páginas falsas.

Nesse ínterim, essas páginas imitam sistemas de rastreamento de encomendas. Por consequência, elas solicitam informações pessoais, além do pagamento de taxas através de cartão de crédito ou Pix para a liberação de supostas compras retidas.

A Kaspersky, especializada em cibersegurança, descobriu mais de 50 domínios maliciosos utilizados nos últimos dias para realizar golpes relacionados à taxa das blusinhas.

Os valores demandados pelos fraudadores variam entre R$ 1,50 e R$ 88,90. Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina, destaca a importância de ter cautela nas compras online e ficar atento a qualquer mensagem suspeita recebida durante o processo.

Como Funciona a Taxa?

Daniel Coêlho, presidente da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fenacon), explica que a taxação do imposto de importação é oficial e calculada pela aduana, sendo responsabilidade da Receita Federal.

“Como se trata de um imposto federal, a sociedade que adquirir produtos internacionais por meio de sites ou outras plataformas deve estar atenta ao receber notificações de pagamento de imposto. Dessa forma, é fundamental verificar se a informação está realmente vindo do site onde a compra foi feita, evitando links clonados ou mensagens fraudulentas, especialmente devido a esse novo imposto que não era cobrado anteriormente. Há muitos golpistas enviando mensagens ou falsos links que redirecionam para outros canais”, afirma.

Ele acrescenta que, muitas vezes, é necessário que o consumidor verifique se o nome do remetente do pagamento via Pix ou boleto corresponde ao da loja onde foi realizada a compra. “A orientação é que, ao receber a notificação da taxação, você deve checar na plataforma oficial onde adquiriu o produto para garantir que pagará o imposto corretamente e para a entidade adequada. Lembre-se de que a alíquota é de 20% do imposto devido, além dos 17%”, conclui.

Repercussão

A repercussão dessas fraudes tem se destacado nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), onde muitos usuários compartilharam suas experiências e alertaram outros consumidores. Curiosamente, até pessoas que normalmente não fazem compras internacionais tornaram-se alvos desses golpes, evidenciando a ampla atuação dos criminosos.

O método de fraude que está sendo aplicado por causa da taxa das blusinhas não é uma novidade. É comum que golpistas explorem assuntos de grande interesse público para lançar seus ataques. Só para exemplificar, destaque para as fraudes relacionadas aos valores a receber anunciados pelo Banco Central em 2022 e estratégias fraudulentas durante a distribuição do auxílio emergencial na pandemia. Em contrapartida, esses eventos ressaltam a importância de se manter alerta e verificar a autenticidade de qualquer comunicação relacionada a pagamentos e informações pessoais.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/taxa-blusinhas-consumidores/”

Com bicicletas, J&T Express quer reduzir volume mensal de emissões de CO2 em até 50%

De acordo com a companhia, expectativa é que bicicletas sejam usadas em 10% de todas as entregas realizadas no Brasil até o final deste ano.

A J&T Express investiu na expansão das operações com foco no uso de bicicletas como meio de transporte. Segundo a companhia, a iniciativa tem como objetivo melhorar a eficiência das entregas que atualmente são feitas por motocicletas. Com as bikes, a meta é reduzir emissões mensais de CO2 em até 50% em nove das unidades regionais da companhia.

A expectativa é que o uso de bicicletas atinja 10% de todas as entregas realizadas no Brasil até o final deste ano.

Atualmente, a J&T Express conta com uma frota de mais de 590 bicicletas, com uso concentrados nas regiões Norte e Nordeste do país. De acordo com a companhia, são entregues 150 mil pacotes mensalmente por meio desse modal.

O intuito é aumentar o número de bicicletas para cerca de 1,2 mil nos próximos meses, ampliando esse modelo no Sudeste do país.

“De acordo com estimativas calculadas pela nossa equipe de Redes, devemos diminuir nosso volume diário de emissão de CO2 em cerca de 5 mil kg, graças ao aumento da frota de bicicletas em circulação”, explicou o responsável pela Gestão de Redes da J&T Express Brasil, Eduardo Caires.

Segundo o executivo, a companhia prevê duplicar a quantidade de bicicletas utilizadas em entregas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pará, Goiás, Ceará e Bahia. “Já em Minas Gerais e no Maranhão, onde esse modal ainda é pouco utilizado, o número de entregadores com bicicletas deve crescer dez vezes, até dezembro de 2024”, disse.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/bicicletas-j-t-express-quer-reduzir-emissao-co2-em-50

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Mark Zuckerberg discretamente se tornou dono de império do comércio eletrônico maior que a Amazon

Facebook Marketplace já tem quatro vezes mais usuários no mundo do que a gigante varejista.

Ethan Gaskill, um criador de conteúdo de 29 anos, começa o dia sempre da mesma forma: “Quando acordo de manhã – a maioria das pessoas pega o celular e começa a verificar o Instagram – eu verifico o Facebook Marketplace.”

Com sua casa em Los Angeles, EUA, mobiliada quase que exclusivamente com itens de segunda mão e um TikTok com mais de 220 mil seguidores interessados em suas compras econômicas, Gaskill confia que a plataforma é uma fonte confiável de pepitas ocultas: uma luminária e um pendente Herman Miller de US$ 1 mil que ele conseguiu por US$ 400; uma cama de US$ 5 mil do mesmo designer que ele comprou por 20% do preço original; e uma cômoda Founders centenária no valor de US$ 4 mil que Gaskill conseguiu por US$ 800.

“O site oferece uma oportunidade para que as pessoas possam trazer para suas casas itens realmente raros ou itens únicos que, de outra forma, não teriam se não pudessem ir a um mercado de pulgas ou a uma venda de imóveis”, disse Gaskill à Fortune.

O Facebook Marketplace não se tornou apenas uma fonte confiável para items de segunda mão de Los Angeles. Ele se tornou um verdadeiro concorrente para competir de igual para igual com sites de comércio eletrônico bem estabelecidos. O Facebook cresceu para 3,07 bilhões de usuários ativos mensais (MAUs) até o final de 2023, um aumento de 3% em relação ao ano anterior. Desses, até 40%, ou 1,2 bilhão, são usuários ativos que compram no Marketplace, de acordo com um relatório de março da Capital One Shopping.

O mercado online de segunda mão da Meta já está desafiando os gigantes do setor. O Marketplace eclipsou os MAUs do site Craigslist anos atrás, com o CEO do Meta, Mark Zuckerberg, dizendo em 2018 que havia 800 milhões de MAUs do Marketplace, em comparação com os 55 milhões de visitantes do Craigslist em 2017. Em contrapartida, a Amazon tinha 310 milhões de usuários mensais em 2023, de acordo com o Tech Report, cerca de um quarto dos MAUs do Marketplace. O Marketplace é o segundo site mais popular para compras de segunda mão, atrás do Ebay, de acordo com um relatório da Statista de 2022.

“Essa é uma área em crescimento”, diz Charles Lindsey, professor associado de marketing da Universidade de Buffalo, à Fortune. “Não me surpreenderia se, em três ou cinco anos, ela realmente ultrapassasse o Ebay.”

A Amazon e o Ebay não responderam ao pedido de comentário da Fortune.

De venda de garagem online a gigante do comércio eletrônico
O crescimento astronômico do Marketplace se deve, em grande parte, ao fato de a plataforma ser simplesmente fácil de usar e já estar vinculada a um site em que muitas pessoas já são membros, argumenta Lindsey.

“Há um fator de confiança porque ela está associada ao Facebook”, diz ele. “Ele tem uma interface fácil de usar. É integrado ao Facebook Messenger, então é fácil ir e voltar.”

Lançado em 2016, o Marketplace era originalmente uma forma de facilitar as vendas entre vizinhos, com a maioria dos usuários oferecendo um item usado para venda a um preço razoável, e os compradores pegando o item e coordenando com o vendedor pelo Facebook Messenger sobre a coleta e o pagamento. Mas o Marketplace se transformou em uma formidável plataforma de comércio eletrônico, com um em cada três usuários americanos do Facebook na plataforma até 2018. Durante a pandemia, o Marketplace explodiu graças ao aumento da dependência do comércio eletrônico e da cadeia de suprimentos e aos atrasos nas entregas que prejudicaram as compras tradicionais.

“Estamos vendo todo mundo prosperar, desde artesãos que fabricam produtos à mão, passando por madeireiros e vendedores de carros”, diz Deb Liu, fundadora e então vice-presidente do Marketplace, à Modern Retail em 2021.

Naquela época, o Marketplace havia se tornado uma bênção não apenas para os compradores que gostam de economizar, mas também para as pequenas empresas que buscavam canais de vendas exclusivos. A Beautiful Fight Woodworking, sediada em Springfield, Missouri, gerou US$ 168 mil de sua receita de US$ 266 mil em 2020 exclusivamente por meio de vendas no Marketplace.

No entanto, o fato de a Meta se orgulhar de ter um público crescente em sua plataforma Marketplace não significa que seja um braço lucrativo da empresa. A Meta não respondeu ao pedido de comentário da Fortune sobre como ganha dinheiro com o Marketplace, mas a professora de marketing Lindsey sugere que a empresa se beneficia das taxas de transação do vendedor, bem como de mais olhos nos anúncios do site.

“De modo geral, quanto maior a probabilidade de alguém usar o Facebook Marketplace, provavelmente maior será a probabilidade de ele também acessar o Facebook”, diz ele. “Então, o Facebook se aproveita disso para que as empresas paguem por anúncios que chegam ao meu feed e ao seu feed.”

A Comissão Europeia da UE alegou, em dezembro de 2022, que o Facebook e o Marketplace se unem e usam dados de uma forma que infringe as regras de concorrência da UE, de acordo com um registro da SEC de dezembro de 2023.

O Marketplace é, em parte, uma faceta importante do quebra-cabeça financeiro do Facebook porque suas trocas locais são de baixo custo, de acordo com Sucharita Kodali, analista do setor de varejo da empresa de pesquisa de mercado Forrester – especialmente em comparação com o Ebay, que exige uma enorme infraestrutura internacional.

“É um volume enorme de transações”, diz ela à Fortune. “Com esse volume de transações, há uma espécie de investimento necessário em muita automação, atendimento ao cliente, gerenciamento de vendedores, ferramentas para vendedores, etc.”

Embora o Facebook Marketplace não precise de um sistema elaborado para gerenciar transações locais, isso também significa que ele provavelmente não está ganhando tanto dinheiro quanto seus concorrentes do comércio eletrônico. Na verdade, Kodali chegou a chamar o Marketplace de uma plataforma “anticomércio” porque tem muitos grupos de “não compre nada” e trocas entre pares. Ela adotou uma postura semelhante à de Lindsey, argumentando que o mérito financeiro da plataforma é ajudar a direcionar melhor os anúncios para os usuários ativos.

“Não se trata realmente de, por exemplo, ‘Vamos ganhar dinheiro com o volume de publicações que vemos na seção do marketplace'”, diz ela.

As vibrações da venda de garagem virtual do Marketplace e a sensação de comunidade da plataforma podem não estar gerando bilhões de dólares para o Meta, mas são exatamente o que faz com que os usuários voltem ao site.

“Você nunca sabe quando a próxima coisa incrível vai aparecer”, diz Gaskill. “Essa é a graça da coisa. É mais ou menos isso que o torna viciante.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

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Fonte : https://www.terra.com.br/byte/mark-zuckerberg-discretamente-se-tornou-dono-de-imperio-do-comercio-eletronico-maior-que-a-amazon,84c42cc0dbbfde9eae9a3eec8688ffb011dn5yev.html

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