A última milha e a experiência do consumidor

Em tendências de consumo, a última milha é um termo usado para descrever a etapa final da viagem do produto antes que ele chegue à porta do cliente. Com o crescimento do e-commerce, esta etapa virou foco de muita atenção, já que a entrega para o consumidor final pode representar 20% do custo logístico total.

De olho nessa necessidade, cada vez mais startups criam alternativas revolucionárias para entregar o produto ao cliente e algumas delas são bem interessantes.

Veja algumas inovações que tendem a reduzir o custo e tempo de entrega, além de criar novas e melhores experiências para o consumidor:

Drones

Aeronaves autônomas que poderão fazer entregas de até 15 quilos, reduzindo consideravelmente o tempo e o custo de pequenas compras.

Crowdsourcing

Neste modelo, as pessoas se cadastram em uma rede e podem escolher entregas específicas para fazer. A flexibilidade pode ser a principal vantagem para as empresas, pois podem usar recursos já existentes, como os motoristas de aplicativos ou de táxi para completar as entregas.

Veículos autônomos

Vans cheias de gavetas com senha, tipo aquelas de correspondências, param na frente da casa do cliente, que só precisa digitar a senha para desbloquear a entrega.

Bicicleta

Entregas via bicicleta já são comuns para documentos, flores e comida, mas a tendência é este modal avançar para outros tipos de produtos, principalmente, por ter um apelo ecológico.

Droids

São robôs que trafegam pelas calçadas para entregas pequenas e mais próximas do consumidor final.

Essas são apenas algumas das inovações. Estima-se que as compras online alcancem 8,8% das vendas no mundo e, neste percentual, as tecnologias citadas vão ajudar muito. Mas a realidade é que o mundo ainda é offline. A grande maioria das pessoas prefere sair de casa, ir até uma loja e comprar o que precisa.

Em uma pesquisa recente da Reuters/Ipsos Poll “Por que o shopper dos EUA não faz suas compras em supermercado online?”, três quartos dos compradores online entrevistados disseram que raramente ou nunca compram mantimentos dessa maneira. Outros 75% responderam que, simplesmente, preferem ir pessoalmente fazer suas compras. Resumindo, em mais de 90% das vendas, quem faz a última milha é o consumidor e, pelos números, parece que isso não vai mudar. Um dos grandes desafios é proporcionar soluções para melhorar esse cenário.

Só no Brasil, a indústria lança mais de 18 mil produtos ao ano. O cliente, quando questionado ao sair das lojas, diz que só percebeu cinco lançamentos. Neste caso, podemos até tê-lo inspirado a comprar o produto recém-lançado, mas não estamos conseguindo mostrar para ele onde comprar.

Já é possível melhorar a experiência de quem compra em lojas físicas. Uma alternativa é mostrar a informação de disponibilidade dos produtos para o consumidor. Agregar à campanha de marketing um localizador de produtos pode direcionar os clientes para as lojas certas, que já têm o produto em estoque. Isso aumenta as vendas, reduzindo a ruptura de estoque e melhorando a experiência dos consumidores.

Outra prática importante é dar visibilidade, em tempo real, da distribuição dos lançamentos para a área de Marketing. Com essas informações é possível escolher qual o local e o momento mais apropriado para fazer uma campanha geolocalizada. Ao usar o dado de disponibilidade para decidir onde e quando disparar uma campanha, o lojista evita atingir consumidores em regiões que seu produto ainda não esteja disponível e melhora a eficiência do dinheiro investido na comunicação.

Os novos meios para realizar as entregas, a possibilidade de localizar os produtos em lojas físicas e o uso da tecnologia para gerar mais visibilidade das informações em tempo real são apenas algumas inovações. Ainda há muito espaço para novidades na última milha do consumidor de loja física. Fique de olho!

Fonte: ecommercebrasil.com

Bilionário investe em e-commerce para enfrentar Amazon na Índia

O homem mais rico da Ásia está ajustando seu foco para o comércio eletrônico com uma série de pequenas aquisições e compras de participações.

(Bloomberg) – Uma farra de gastos de US$ 2,5 bilhões envolvendo mais de duas dúzias de negócios dá algumas dicas sobre como Mukesh Ambani está desenvolvendo uma estratégia para enfrentar a Amazon na Índia.
O homem mais rico da Ásia está ajustando seu foco para o comércio eletrônico com uma série de pequenas aquisições e compras de participações para enfrentar a maior varejista online do mundo, depois de abalar a indústria de telecomunicações da Índia com dados baratos e chamadas gratuitas.

As aquisições representam uma nova estratégia para o Reliance Group, de Ambani, cujo fundador, seu pai Dhirubhai Ambani, começando do zero, construiu uma empresa petroquímica e o maior complexo de refino de petróleo do mundo.

É claramente um pivô para ofertas de consumo em um país que está se tornando um campo de batalha para gigantes como a Amazon e o Flipkart do Walmart.

“Os acordos podem ser bem pequenos, mas é mais provável que estejam montando uma equipe de pessoas talentosas por meio de aquisições, que pode receber investimento para construir plataformas de produtos maiores”, disse Kunal Agrawal, analista da Bloomberg Intelligence.

Ambani está correndo para conquistar uma fatia de um mercado de compras online que, segundo estimativa do Morgan Stanley, vai crescer a US$ 200 bilhões em 2028, em comparação aos US$ 30 bilhões do ano passado.

A Índia terá 829 milhões de usuários de smartphones até 2022, de acordo com a Cisco Systems, em comparação ao meio bilhão projetado para este ano. Isso significa um aumento potencial na demanda por serviços e produtos online, de música a entrega de comida, aparelhos eletrônicos e roupas.

A plataforma vai usar realidade aumentada, holografias e realidade virtual para criar uma “experiência de compra imersiva”, disse Ambani, de 61 anos. Os negócios de consumo da Reliance contribuirão tanto para os ganhos gerais do conglomerado quanto seus negócios de energia até o fim de 2028, ele disse.

O serviço vai tentar incluir as milhões de lojas familiares que dominam o mercado de varejo indiano. Redes e grandes lojas de departamento respondem por apenas 10% do mercado.

Em um movimento amplamente interpretado como uma ajuda para os negócios locais, no final do ano passado, o governo impôs restrições aos gigantes mundiais, exigindo que cortassem pagamentos em dinheiro e descontos.

Para se ajustar às regras, a Amazon e o Walmart removeram milhares de produtos das prateleiras virtuais e precisam redigir novos contratos com comerciantes e marcas, e se preparar para uma política de comércio eletrônico completa que está em revisão. Representantes do Walmart e da Amazon preferiram não comentar.

Matéria sugerida pelo colaborador Joni Hansen

Fonte: infomoney.com

Rivais, Multiplan e brMalls são sócias de empresa de entregas

Não existe regra para satisfazer a nova jornada de compras do consumidor, que muitas vezes começa numa rede social e termina na loja física. Por isso, os modelos seguidos pelos shoppings são os mais variados. Na semana passada, por exemplo, a Multiplan desembolsou R$ 12 milhões para comprar 18,79% de uma empresa de entregas, a Delivery Center.

A Multiplan seguiu o caminho da concorrente, a brMalls, dona de 39 shoppings. Em maio de 2018, a brMalls também ficou sócia da Delivery Center. A empresa desenvolveu um sistema de integração de marketplaces, como são chamadas várias lojas num mesmo ambiente online, que permite usar os shoppings como centros de distribuição.

“Essa é uma solução muito boa para ajudar na integração do varejo físico com o online”, diz Daniel Peres, gerente de Inovação Digital da Multiplan. A operação já funciona no BarraShopping e há um cronograma de instalação nos outros 17 shoppings. Ele diz que “em breve” todos os shoppings da rede terão marketplace.

Vicente Avelar, diretor da brMalls, afirma que o modelo de integração do varejo físico com o virtual que transforma shoppings em minicentros de distribuição, agora também seguido pela Multiplan, comporta vários empreendedores porque precisa de escala para ser um negócio rentável e diluir custos. “Essa estratégia de plataforma aberta (com empreendimentos de vários grupos participando) é vencedora se tiver efeito de rede”, diz.

Três anos atrás, a brMalls fez seu primeiro projeto de e-commerce no Shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo. Hoje, seis shoppings do grupo têm marketplace. Até o fim deste ano, a empresa quer ter a mesma operação em 20 shoppings.

A interação entre o varejo físico e digital é mais recente nos shoppings voltados para os consumidores de maior renda. Desde setembro o Shopping Cidade Jardim, do Grupo JHSF, tem um marketplace, no qual o consumidor pode comprar pela internet e pegar o produto no shopping ou receber a compra em casa em até duas horas. Thiago Alonso de Oliveira, CEO do JHSF, explica que o shopping virtual aumentou o giro das vendas e tem ajudado a reduzir o custo de ocupação para os lojistas. O grupo também estuda um shopping virtual para Catarina, um shopping de descontos (outlet), mas o modelo está em fase de teste.

Fonte: aquinoticias.com

Panvel aposta em lockers como alternativa ao delivery

A exemplo do iFood, a Panvel está instalando lockers em pontos estratégicos para retirada de produtos comprados pelo site ou aplicativo da marca. Nesta semana, os armários inteligentes da rede de farmácias chegou a Caxias do Sul. Assim, os lockers operam em 11 cidades: São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Eldorado do Sul, Pelotas, Novo Hamburgo, Rio Grande, Pelotas, Londrinas e Caxias.

Os armários foram instalados na parte externa de lojas localizadas em ruas de grande circulação e fácil estacionamento. “Trata-se de uma opção para as pessoas que prezam pela conveniência de retirar seus produtos na hora mais adequada, bem como aqueles que desejam privacidade em relação às suas compras”, disse a empresa, em comunicado à imprensa.

Os clientes que querem usar a solução sinalizam no momento do checkout, clicando na opção “retirar no locker”. Quando o pedido for colocado no armário, uma mensagem será enviada para o cliente avisando que está disponível para retirada. O consumidor recebe uma senha para abrir a porta do armário.

No total, são 15 lockers próprios da Panvel em operação, além de cinco armários compartilhados em São Paulo. Na capital paulista, foram instalados em condomínios residenciais. A empresa pretende instalar mais quatro lockers em 2019.

Fonte: portalnovarejo.com.br

Conheça 3 passos para melhorar a experiência da entrega no e-commerce

Antes de tomar uma decisão relacionada à experiência de entrega no e- commerce, reflita sobre o perfil do seu negócio. Qual é o ticket médio de compra? Quais são os produtos mais procurados? Quais são as principais reclamações sobre o recebimento dos pedidos?

Essa recomendação é feita com base em inúmeras experiências que comprovam que o processo de decisório deve ser baseado em dados reais. Muitas vezes, as tendências e insights não se concretizam ou não são adequadas para o seu público.

Por isso, confira as nossas dicas e verifique quais são compatíveis com a sua estratégia e planejamento. Acompanhe!

Como aprimorar a experiência de entrega no e-commerce? A satisfação do cliente somente pode ser obtida com a otimização de cada etapa na sua experiência de compra. Por isso, confira as dicas que separamos para tornar o seu e-commerce cada vez mais relevante no mercado.

  1. Ofereça entrega expressaO conceito de Same Day e Next Day Delivery já não são novidade nas lojas online. Essa é uma modalidade que garante o envio dos produtos adquiridos até certo horário ainda no mesmo dia.

    Caso a compra passe desse horário limite, a entrega expressa ocorrerá no dia seguinte. Tal característica é essencial para os clientes que estão dispostos a pagar as tarifas do serviço, pois requerem maior agilidade.

    Porém, a empresa que deseja implementar esse serviço deve criar parcerias com transportadoras qualificadas e definir qual será a área de atendimento. Geralmente, os grandes centros urbanos, como São Paulo, são as regiões cobertas.

  2. Possibilite o rastreamento da entregaA espera até a chegada do produto é um dos fatores que mais incomoda os clientes. Para contornar essa situação, o comércio eletrônico pode optar por disponibilizar ao cliente uma plataforma de consulta.

    Desse modo, cada etapa da distribuição, desde o faturamento até a chegada ao destinatário, pode ser acompanhada remotamente. Para oferecer maior comodidade, é possível também enviar notificações por e-mail sempre que houver uma mudança no status do transporte.

  3. Invista no Ship from Store

Essa é uma nova modalidade de entrega que permite ao cliente receber a sua encomenda a partir na loja física na localidade que lhe for mais conveniente. Essa opção possibilita a redução dos custos logísticos, entrega mais ágil e garante a satisfação do cliente.

Essa estratégia é geralmente adotada pelos principais nomes do varejo que dispõem de:

  • grande rede de lojas físicas;
  • ferramentas de controle dos pedidos;
  • parceiras com diversas transportadoras; e
  • espaço para armazenagem dos pedidos.

Portanto, essa tática tem o objetivo de oferecer maior comodidade para o cliente e, ao mesmo tempo, aumentar o número de visitantes nas lojas.

Qual é o impacto da experiência do cliente?

Cada interação com um cliente, seja ela satisfatória ou não, representa a imagem que o seu negócio transmite para o mercado. Como consequência, a reação do cliente pode gerar dois resultados: a construção de uma imagem positiva ou causar danos à reputação.

No primeiro cenário, o efeito obtido é a satisfação com a sua compra e com o atendimento recebido. Nesse caso, comprador recomenda a loja e volta a fazer negócio no futuro. Por outro lado, a segunda situação é grave, porque o cliente reclama publicamente nos canais de comunicação, o que afeta a percepção dos outros clientes.

Portanto, o comportamento do cliente e experiência de entrega no e-commerce estão ligados, já que o último é uma das fases mais importantes de compra.

Isso faz com que o gestor precise acompanhar de perto esse processo para que o negócio continue a desenvolver esse diferencial.

Fonte: ecommercenews.com.br

Ela criou um guarda-volumes inteligente para baratear as entregas

Raquel Schramm, da EntregAli, quer incluir quem não consegue receber o carteir.

Para o setor de vendas à distância — e-commerce, televendas e afins —, o Brasil tem menos do que os 200 milhões de habitantes contabilizados pelo IBGE. Bem menos. Milhões de pessoas estão excluídas do mercado de consumo — e limitadas no próprio exercício da cidadania — pela incapacidade de receber uma encomenda. Fazem parte desse grupo 29% das residências em São Paulo e 39% no Rio de Janeiro, aonde os Correios não chegam, alegando falta de segurança. Além destes, existem barracos em favelas, sem endereço formal ou CEP. Eventualmente, também entram na conta aqueles que moram em casa mas passam boa parte do tempo fora, sem ninguém para atender o carteiro — nada menos que 76% da população. É esse o tamanho do problema que a engenheira Raquel Schramm, 35 anos, e Thiago Lopes, 34, querem resolver.

Os dois são sócios na EntregAli e fazem a CollectSpot, uma caixa postal inteligente — a primeira no Brasil homologada pelos Correios. Inspirada em um modelo visto na Inglaterra e em exemplos como o do Amazon Locker, a startup quer reduzir os gastos de entregas no Brasil, garantindo que, mesmo em caso de ausência do destinatário, o objeto seja recebido e fique em segurança até a retirada.

O guarda-volumes inteligente pode viabilizar o e-commerce de produtos de menor valor. Cerca de um terço dos custos de logística se devem à última milha, do ponto de distribuição à casa. Ao centralizar as entregas, o custo cai. Ao evitar o retorno do carteiro porque o dono da casa não está, o custo cai mais ainda. “Existe uma estimativa que 10 milhões de encomendas retornem às lojas virtuais por trocas, destinatário ausente ou endereço não encontrado”, diz Raquel. Três visitas aumentam o custo a ponto de zerar o lucro do vendedor.

As primeiras caixas inteligentes foram instaladas em quatro condomínios de alto padrão em São Paulo, um ambiente controlado onde a dupla poderá testar a praticidade e robustez da tecnologia. Após esse ensaio, a EntregAli pretende oferecer uma conveniência a mais em lojas de serviços e, principalmente, chegar a regiões periféricas — para dar caixa postal a quem não tem.

O CollectSpot visualmente se assemelha a um caixa eletrônico de banco — ou a um armário de vestiário de academia. Funciona como um guarda-volumes automatizado. Por um painel de controle ou aplicativo de smartphone, o entregador pode abrir a porta e deixar a encomenda. Graças ao convênio firmado com os Correios, os carteiros vão aprender a operar o equipamento. O armário emite um comprovante de entrega e avisa ao destinatário que a encomenda chegou. O cliente pode retirar com uma senha ou por biometria.

Atualmente, o serviço pode ser adquirido por meio de um contrato de aluguel mensal cujo valor varia de acordo com o número de módulos desejados. Um módulo possui dez compartilhamentos e, de acordo com os testes já observados pela EntregAli, consegue administrar um prédio de até 60 apartamentos. Esse é um método de eximir os porteiros e zeladores da responsabilidade sobre os itens recebidos pelos condôminos — que podem reunir encomendas de diversos valores — , ao mesmo tempo em que inibe assaltos aos prédios. “As máquinas são todas filmadas, todas as portas têm sensor de abertura e, em regiões de risco, também haverá uma pessoa de segurança para tentar inibir roubo e fraudes”, diz Raquel.

Nos próximos meses, a EntregAli quer instalar seu guarda-volumes inteligente em Capão Redondo, periferia de São Paulo. Num ambiente menos controlado, o CollectSpot estará sujeito a tentativas de arrombamento, assaltantes atentos ao entra e sai de mercadorias e à falta de luz. Raquel diz que o equipamento é robusto, capaz de operar por longas horas sem luz ou internet.

Fonte: revistapegn.globo.com.br

Como fazer o pacote chegar intacto ao destino? Uma história de bicicletas

Imagine que você é dono de uma fábrica de bicicletas. O negócio vai bem, suas vendas estão crescendo, mas há um problema: na entrega, a falta de cuidado dos carregadores ao manusear os volumes acaba danificando várias delas. E o lucro da venda de bicicletas vira prejuízo. O que você faz?

Imagine que você é dono de uma fábrica de bicicletas. O negócio vai bem, suas vendas estão crescendo, mas há um problema: na entrega, a falta de cuidado dos carregadores ao manusear os volumes acaba danificando várias delas. E o lucro da venda de bicicletas vira prejuízo. O que você faz?

A VanMoof, fabricante holandesa de bicicletas elétricas, estava diante do mesmo dilema. A marca é famosa entre os jovens por produzir bicicletas inteligentes. Tanto que é chamada de “a Tesla das bicicletas”, numa comparação com a avançada montadora de carros elétricos.

Se você faz compras pela internet, talvez já tenha recebido um pacote danificado no transporte. É uma chateação para todo mundo, mas, para a empresa que vai repor o produto, significa prejuízo. Era especialmente prejudicial à fabricante holandesa, que usa equipamentos sensíveis e caros, como dispositivos antirroubo e motores elétricos. Muitas vezes a bicicleta era entregue, nas palavras de um diretor, “como se tivesse passado por uma colheitadeira de metal”.

Será que escrever “frágil” na embalagem resolve? A revista Popular Mechanics em 2010 enviou vários pacotes, contendo localizadores e sensores, para testar. Alguns não tinham nenhum aviso, porém outros tinham etiquetas indicando “frágil”.

Um problema é que, ao pedir cuidado, você não está sozinho. Em um centro de triagem, uma boa quantidade de pacotes tem o mesmo aviso de “frágil”, o que dificulta o tratamento especial a todos ou só a um deles. E destacar a fragilidade do produto também deixa irritadas algumas pessoas. Os carregadores agiam com muito menos cuidado e as caixas com o aviso chegaram muito mais maltratadas ao destino.

A VanMoof tentou lidar primeiro com o problema fazendo o óbvio: trocou de transportadora. Mas não funcionou e logo depois precisou fazer o mesmo. E assim foi trocando para serviços maiores e menores, sem que as bicicletas deixassem de chegar destruídas.

Finalmente a empresa inovou na resposta, se valendo de um truque emprestado dos estudos de comportamento. Entregadores não manuseiam bicicletas sem maiores cuidados para estragá-las, mas por imaginar que o equipamento é resistente. Há uma razão: por décadas, os modelos foram mesmo simples, sem adicionais eletrônicos sofisticados.

Já as TVs sempre foram reconhecidas como equipamentos frágeis, que precisam ser manuseados com mais delicadeza. Essas duas informações são uma referência mental para os entregadores em um dia de trabalho.

E se em vez de explicar aos entregadores que o equipamento é frágil fosse estampada a imagem da TV na caixa de bicicleta?

Nem foi preciso mudar tanto: as caixas da bicicleta e de uma TV tela plana são parecidas. No começo de 2016, as novas embalagens começaram a ser enviadas. Com um “puxão” nos entregadores – uma pequena mudança de cenário para mudar um comportamento -, a VanMoof viu os danos na entrega caírem entre 70 e 80%.

Será que se trata de um caso bem específico ou será que daria certo com outro tipo de produto? Seja como for, é um exemplo de como conceitos econômicos podem ajudar a resolver problemas do dia a dia. Só não avisem os entregadores.

Matéria sugerida pelo colaborador: Gerson Diacov

Fonte: G1.com.br

Estudo apresenta panorama e traça o futuro dos marketplaces no país

Em uma parceria inédita, o ANYMARKET, plataforma de vendas em marketplaces, criada e desenvolvida pelo Grupo DB1 para atender ao universo e-commerce, e a Olist, plataforma de gestão e performance para venda em marketplaces, lançam hoje um superkit sobre o mercado de markeplaces no Brasil. O material traz um panorama dos diversos aspectos relacionados a operação de marketplaces, além de insights sobre as principais tendências do mercado global.

Por meio de pesquisas organizadas pelas duas empresas com mais de 800 profissionais de e-commerce, é possível ter acesso às principais tendências dos marketpaces, tais como participação de mercado, logística, tecnologia, operação e rentabilidade. A Olist destaca algumas:

Faturamento: O grupo de lojistas que fatura até R$10 mil caiu consideravelmente em relação a 2017 (de 60% para 36,8%). Isso representa uma migração para camadas mais elevadas de receita, indicando a rentabilidade do modelo.
Profissionalização: Os lojistas que atuam em marketplaces reforçaram ainda mais o profissionalismo em 2018. Isso se manifesta no aumento do uso de ERPs (53,7% do total) e na contratação de funcionários dedicados à operação do modelo (58%).
Otimismo: A maioria absoluta dos lojistas (97,1%) pretende continuar vendendo nos marketplaces nos próximos 12 meses. Essa projeção é ainda mais favorável do que 2017, quando 91,9% dos lojistas sinalizavam essa intenção.
Já o ANYMARKET listou as principais tendências, além de um comparativo com o que já é realidade em mercados como EUA, Europa e China, e como mapear os caminhos que o mercado de e-commerce vai seguir no Brasil.

Cenário: qual foi a trajetória dos marketplaces até se consolidarem no mercado nacional? O contexto passado e o atual deixam aprendizados valiosos para o que vem pela frente.
Comparativos: o que os pioneiros do mercado digital ao redor do mundo estão colocando em prática? Analisamos as diferenças e o que já está dando sinais de se concretizar nos marketplaces brasileiros.
Tecnologias e tendências: os meios de pagamento e métodos de pesquisa são exemplos do que pode mudar drasticamente nos próximos anos. O avanço da realidade aumentada, pesquisas por voz ou imagem, Machine Learning, Inteligência Artificial, Inteligência aplicada na Logística, sistemas de combate às fraudes, SEO, Blockchain, Bitcoins e Big Data marcarão o comércio digital no Brasil em breve.
Análise: o cenário para daqui cinco anos, na visão de quem atua no mercado. Todas as tendências citadas no material são temas das perguntas feitas para grandes marketplaces como Netshoes e sellers experientes.
Fonte: ecommercenews.com

Rappi faz parceria com Sanofi de olho em mercado digital da saúde

Aliança entre Rappi e Sanofi tem como foco o compartilhamento de dados e a criação de novas plataformas de saúde.

A Rappi fez uma parceria com a farmacêutica francesa Sanofi. A colaboração entre as duas empresas irá cobrir o mercado latino-americano (Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai, além do Brasil). Mais do que entregas de medicamentos da Sanofi, o acordo prevê o compartilhamento de dados dos usuários e criação de novas plataformas voltadas ao mercado de saúde.

Segundo apuração da HBW Insight, a Sanofi tem uma estratégia de tornar-se mais digital e acredita que ter mais dados de potenciais clientes é fundamental para alcançar este objetivo. Na mesma linha, a Rappi pretende “transformar o setor” com inovação e tornar-se líder em e-commerce de saúde na América Latina.

Alan Main, líder em cuidados de saúde para cliente da Sanofi, constata que o universo digital está transformando como as pessoas tratam a própria saúde e interagem com o negócio da empresa. “Dados estão no coração dos avanços que estamos fazendo. Usando dados, entendemos melhor nosso consumidor e podemos entregar o produto personalizado que ele espera”, disse Main, durante conferência em Paris.

A Rappi já vende alguns medicamentos da Sanofi, mas através do serviço de delivery em parceria com farmácias. A partir de abril, o aplicativo deve começar a entregar os produtos diretamente da fabricante francesa. A maior expectativa, porém, é para o futuro da parceria, quando novas estratégias para dominar o setor de saúde digital na América Latina serão reveladas.

Fonte: startse.com

Mais de 40% das vendas no e-commerce em 2019 foram feitas pelo celular, diz Ebit/Nielsen

Depois de aumentar 12% em 2018, o e-commerce deve ter mais um ano de crescimento na casa dos dois dígitos. Segundo o 39º Webshoppers, o comércio eletrônico no Brasil deve saltar 15% em 2019 e faturar R$ 61,2 bilhões.

De acordo com o relatório, divulgado pela Ebit/Nielsen nesta segunda-feira (25), os celulares foram parte essencial para o resultado positivo em 2019 e fonte de expectativa para este ano.

Em 2019, 42,8% das vendas foram finalizadas em dispositivo móveis, um recorde desde que a empresa começou a levantar os dados.

Enquanto o crescimento do e-commerce foi de 12%, as transações mobile tiveram um salto de 41%, e essa tendência deve se manter em 2019.

Outro fator fundamental foi a entrada de novos consumidores – movimento influenciado pela maior penetração de internet na população, especialmente pelo aumento no número de celulares no país.

Esses dois cenários mostram quem o comércio eletrônico está para entrar em um novo estágio no que a empresa chama de “rota do e-commerce”. Hoje, as compras online representam 4,3% do varejo nacional, ainda segundo a consultoria.

“Na maior parte dos países onde há e-commerce desenvolvido, existe uma rota. Começa pelo entretenimento, depois vai para turismo, serviços. Aí, entra em bens duráveis. No ano passado, percebemos que o mercado deu um salto e está em no patamar de bens não-duráveis”, afirmou Ana Szasz, líder de unidade de negócio de e-commerce no Brasil. “O próximo passo é a entrada de perecíveis [a última etapa no desenvolvimento]”, completou.

Categorias
Em todos os levantamentos – seja no geral ou no recorte por dispositivos móveis -, perfumaria e cosméticos foi a categoria com maior volume de pedidos, 16,4% do total.

Fonte: ecommercebrasil.com