Como Shein e Shopee usam games para ‘prendê-lo’: conheça a gamificação do varejo

Apps utilizam estratégias para usuário acessar serviço todos os dias e deixar comentários sobre produtos

Antes de dormir, a artesã Simone Tomaz, 60, abre o aplicativo da Shopee e se distrai com joguinhos ao estilo do popular “Candy Crush” no próprio app. Não é só diversão: enquanto joga, ela acumula pontos que podem ser utilizados para compras. Entre uma fase e outra, assiste a anúncios que também garantem pontos e adiciona sugestões de produtos ao carrinho para comprar mais tarde. “Tem toda uma estratégia. O aplicativo fala para acessar uma loja nele por 30 segundos e ganhar moedas. Aí, vejo uma coisa interessante e adiciono ao carrinho”, descreve.

Ela é a cliente ideal de uma estratégia utilizada há anos por diferentes marcas, hoje aperfeiçoada por empresas como as chinesas Shopee e Shein. Como as redes sociais, o desejo das marcas é manter o consumidor o máximo de tempo possível no aplicativo e fazê-lo retornar, como um jogo de videogame em que é necessário passar de fase. É a “gamificação” do varejo.

“A grande estratégia por trás disso, a diversão e o entretenimento, é gerar algum tipo de engajamento para que a pessoa volte e continue comprando ou indique alguém”, pontua o professor de game design do curso de Sistemas da Informação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) Vicente Martins Mastrocola. Na Shopee, por exemplo, 95% dos pedidos são feitos via smartphone. Os usuários passam, em média, 25 minutos só nos joguinhos do app todos os dias, segundo a empresa.

A ideia fundamental da gamificação é tão velha quanto os cartões de fidelidade que os restaurantes dão a clientes e os programas de milhagem das companhias aéreas. Mas ganham uma roupagem moderna e cada dia mais sofisticada com os apps de compras, que conseguem reunir um volume gigantesco de dados sobre o comportamento e preferências dos clientes. E não é coincidência que se concentrem nos celulares: eles são uma ferramenta preciosa para o marketing dessas empresas, explica o professor Mastrocola.

“O app está vinculado ao seu smartphone e pega alguns tipos de dados que o computador não pega, como geolocalização. Por isso, as marcas querem tanto que você compre pelo app e não pelo site e fazem um sistema de recompensa diferenciado. Alguns apps vinculam o login à conta de Gmail e do Facebook, porque, aí, têm acesso a mais dados”, avalia.

Graças à gamificação, o consumidor também encontra dezenas de comentários e fotos sobre os produtos nos aplicativos. Quem comenta, envia fotos da encomenda e ganha curtidas, recebe mais pontos nos apps. É a lógica das redes sociais aplicada ao consumo. “Eu não mandava avaliações quando comprava online antes, mas agora faço porque isso dá moedas”, reconhece Simone, do início da reportagem.

Só a gamificação, porém, não basta para convencer o cliente, destaca Mastrocola, da ESPM. “Ela é uma das muitas ferramentas para manter o consumidor engajado”, diz. E lembra que o preço baixo não deixa de ser um motor poderoso: “A boa e velha promoção, entrar no site e ter 30% de desconto, ou ‘pague um, leve dois’, é uma das coisas mais antigas que temos em marketing”.

A Shein, por exemplo, apoia-se em três pilares para tomar o mundo: preços baixos, oferta de estilo e marketing nas redes sociais, avalia a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International. Além de cobrar menos, em geral, do que as outras lojas de fast fashion, ela utiliza grandes bases de dados para guiar seus novos designs e investe alto em propagandas nas redes sociais. Outra aposta da marca é a inclusividade, especialmente para o tamanho plus size.

Como é o sistema de games e pontos das marcas
Shein
Cada cem pontos da Shein valem um dólar. Há várias maneiras de conquistá-los. Só de entrar no app todos e fazer um check-in, o usuário ganha pontos — e, assim, a marca fideliza o consumidor e garante que ele sempre verá promoções. Também é possível participar de jogos para ganhar pontos e cupons. Comentar um post garante cinco pontos, anexar uma foto vale dez e um comentário com informações de tamanho, dois. Confira o sistema de pontos completo da Shein.

Shopee
Comprar com cupons de cashback ou com vendedores indicados garante uma moeda Shopee a cada real gasto na plataforma. Como na Shein, também é possível ganhar pontos avaliando produtos e deixando comentários com foto — o que vale de cinco a dez moedas. O check-in diário no app participar de jogos é outra forma de acumular pontos.

Mercado Livre
O Mercado Livre aposta em um sistema de níveis de consumidor. Quanto mais você compra, mais avança na hierarquia e tem acesso a diferentes benefícios. São seis níveis, e as vantagens variam de descontos no frete a partir de determinado valor a acesso a serviços de streaming, como Disney+ e Star.

Quando as compras online se tornam um vício
“Olá, estou perdendo minha esposa para o aplicativo, ela não liga pra mim. Vive me pedindo dinheiro para comprar roupas e acessórios no aplicativo. Nosso casamento está prestes a acabar, sem falar que ela anda influenciando a própria filha menor e um monte de amigas”, diz um comentário registrado no site do Reclame Aqui. Talvez seja uma brincadeira irônica do usuário, mas também pode ser lido com a manifestação de um problema real.

Coordenador do grupo Devedores Anônimos de Belo Horizonte (DA BH), Vicente* não culpa as empresas ou as estratégias de gamificação pela compulsão em compras dos colegas. Mas avalia que as vendas online são parte do problema: “O perfil mais comum de devedor é o gastador compulsivo. Um dos grandes problemas deles são as propagandas na internet. A verdade é que as empresas querem vender, faz parte do objetivo delas fazer com que as pessoas gastem”, pondera.

Os DA utilizam a metodologia de passos dos Alcoólicos Anônimos (AA). As reuniões de BH, online, ocorrem às 19h30, aos sábados. A agenda e o link para participar no Zoom estão na página da instituição.

*Nome fictício.

Setor logístico busca obter uma regulação própria

Falta de um regramento legal gera burocracia para o setor.

Pode parecer um contrassenso que um segmento atualmente livre de regras esteja em busca de legislação própria. Entretanto, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) tem como uma das principais bandeiras a aprovação do Projeto de Lei 3757/20, que busca normatizar a atividade de forma ampla e nacional.

Segundo importantes representantes do ramo reunidos em evento promovido pela entidade no início de abril, a criação de um marco regulatório tem três principais funções: resolver problemas comuns à atividade, melhorar o ambiente de negócios e garantir segurança jurídica aos envolvidos.

De autoria do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o PL propõe a criação da figura do Operador Logístico (OL) no Brasil – que hoje atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE) – e a atualização do Decreto de 1903 sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no País.

O texto tramita em caráter conclusivo, sendo examinado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Na análise do advogado especialista em políticas de regulação, Luís Felipe Valerim Pinheiro, a falta de um regramento legal gera burocracia e ineficiência aos processos logísticos: “O fato de a atividade não ter um CNAE, por exemplo, gera problemas de ordem trabalhista e sindical, dos órgãos intervenientes”.

Um segundo papel do PL, destaca Pinheiro, é aprimorar a eficiência, “pois nesse tipo de dispositivo incluem-se as lógicas para a melhora a locação de riscos sobre a atividade e as responsabilidade sobre prazos e perdas. “Quando um setor tem um marco regulatório e o seu ministério, ele tem a quem reportar. Hoje, o setor não tem esse capitaneador de política pública”, destaca.

Com integração de todos os atores que envolvem o transporte e infraestrutura portuária, a partir da recente criação do Ministério de Portos e Aeroportos, o governo federal sinaliza o interesse no tema. De acordo com o diretor de gestão e modernização da Portuária da Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários, Otto Burlier, a pasta debate neste momento um novo programa de investimentos, focado na sustentabilidade e na inovação.

“Vivemos em um ambiente de restrições orçamentárias, em um país que tem muitas necessidades, por isso trabalhamos muito para atrair também investimentos privados”, explica o dirigente. Segundo ele, o objetivo maior “é contribuir para aumentar a competitividade econômica brasileira, regulamentar a BR do Mar e melhorar a eficiência e a padronização”, completa Burlier.

“Fica difícil se imaginar que qualquer atividade hoje em dia prescinda de um operador logístico, seja alguém em um hospital precisando de medicamento, seja o agronegócio ou alguém precisando de uma peça da indústria mecânica”, sublinha o vice-presidente Jurídico da DHL, Eduardo Nogueira. Nesse sentido, a padronização das regras visa “regular para desburocratizar”.

O diretor executivo da Tecon Salvador e Centro Logístico, Wilson Sons, avalia que a regulação da operação logística se faz necessária por integrar diversos serviços. Para ele, a falta de regras próprias deixa o setor sujeito a um sem número de entendimentos dos órgãos reguladores que envolvem todas as áreas envolvidas “seja transporte, seja armazenagem, seja gestão de estoque, ou mesmo a grande gama de serviços acessórios advindos dessas três atividades”. “E cada órgão regulatório tem suas interpretações e entendimentos, apenas olhando para um pedaço e não para o todo”, ressalta.

O que propõe o projeto de lei
O PL 3757 foi apresentado em julho de 2020 na Câmara dos Deputados Federais e tem dois objetivos principais:

1  Criar a figura do Operador Logístico (OL) no Brasil
2  Atualizar o Decreto sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no país, de 1903.
Autor do projeto
Deputado Hugo Leal (PSD-RJ)
Justificativa
Atualmente, o setor atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE).
Descrição
Pelo texto aprovado, a operação logística compreenderá serviços como recebimento de produtos, carga, descarga, armazenagem, gerenciamento de estoque, fracionamento, etiquetagem, separação, processamento de pedidos e transporte em qualquer modal.
A atividade independerá de concessão, permissão, autorização, licença ou registro, exceto quando a mercadoria possuir leis específicas de transporte e armazenagem.

Direitos e deveres
O texto contém regras sobre os contratos de operação logística, responsabilidades e direitos do operador e das empresas de armazenagem. Entre elas estão:
 Os contratos de operação logística envolvendo atividades de transporte deverão conter, entre outras cláusulas, o prazo de entrega ou os critérios para a sua definição;
 O OL terá direito à indenização pelas despesas que houver comprovadamente efetuado com a conservação e transporte da mercadoria. Também tem direito de retenção das mercadorias para garantia do pagamento de frete e outros custos;
 O OL é responsável, perante seus contratantes, pelas ações ou omissões de seus empregados ou contratados;
 Fica excluída a responsabilidade do OL por avarias, deteriorações ou perecimento da mercadoria nos casos de inadequação da embalagem e vício oculto da mercadoria;
 Prescreve em 12 meses o direito à reparação pelos danos relativos aos contratos de operação logística, a partir do conhecimento do dano pela parte interessada; e
 Nas atividades de transporte e de armazenamento, a responsabilidade do OL não excederá o valor da mercadoria indicado na nota fiscal.

Títulos
O projeto prevê ainda a habilitação de empresas de OL para emissão de dois tipos de “títulos armazeneiros”. O primeiro é o conhecimento de depósito, que atesta que a mercadoria existe e está armazenada na empresa. O segundo é o warrant, que confere direito de penhor da mercadoria ao seu proprietário.
Os dois títulos poderão ser negociados por meio de endosso. Qualquer constrição judicial, como penhora ou arresto de bens, incidirá sobre os títulos, e não sobre as mercadorias. Estas só poderão sofrer restrição judicial em caso de falência do contratante ou de perda de título armazeneiro.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Conceito de OL pretendido a partir da aprovação do projeto (taxonomia)
“O Operador Logístico (OL) é a pessoa jurídica capacitada a prestar, por meios próprios e/ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física ou regime fiscal) e gestão de estoques (utilizando sistemas e tecnologia adequada)”.
Internacionalmente, o OL é conhecido como “3PL” (Third Party Logistics Provider), ou seja, aquele que oferece soluções logísticas integradas aos seus clientes, donos da carga. A importância do OL, enquanto “one-stop-shopping” está justamente em atender necessidades e demandas por vezes específicas, da forma mais adequada possível, demonstrando versatilidade e adaptabilidade.
Fonte: Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL)

JSL anuncia conclusão da aquisição da IC Transportes

Aquisição teve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e as companhias concluíram a transação

A JSL (JSLG3), empresa de logística do grupo Simpar (SIMH3), informou nesta terça-feira (2) que foram concluídas todas as condições precedentes à aquisição da Unitum, holding que detém 100% das quotas da IC Transportes, da Artus Administradora Ltda. e da Fortix Veículos Ltda., todas denominadas conjuntamente (IC Transportes).

Segundo comunicado, a aquisição teve a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e as companhias concluíram a transação.

A companhia da família Simões desembolsou R$ 338 milhões pelo equity value (valor de mercado menos dívidas) da companhia, que foi avaliada em R$ 587 milhões.

A IC Transportes conta com uma equipe com mais de 1.700 pessoas com larga experiencia em seus segmentos de atuação e uma frota com mais de 2.400 ativos que se destaca no transporte de gases, combustíveis, químicos e no agronegócio, incluindo a cadeia de suprimentos.

Com o fechamento da transação, a JSL adiciona R$ 1,75 bilhão de receita considerados os últimos doze meses (UDM) – não auditada – e reforça ainda mais sua diversificação em setores e clientes, consolidando sua liderança e posicionamento único no mercado de logística no Brasil. Combinando asreceitas UDM das duas Companhias o faturamento alcança R$9,2 bilhões.

Como a Loggi quer fazer 1 milhão de entregas por dia?

Expectativa da startup é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos.

Em seu primeiro grande movimento estratégico depois dos ajustes em sua operação, a Loggi colocou no ar nessa terça (02.05), um novo braço de atuação, o Loggi Fácil. Com o serviço, pessoas físicas e pequenas empresas poderão receber e enviar pacotes para todo o Brasil agendando a coleta pelo aplicativo.

A modalidade está disponível a partir de hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto e Londrina. A expansão acontecerá gradualmente ao longo do ano. Atualmente são duas janelas de agendamento ao longo do dia, também com previsão de ampliação. Dependendo da cidade, o pedido pode ser feito até 45 minutos antes da coleta. Hoje a Loggi tem operação própria em 4 mil cidades, e complementa sua malha por meio de uma parceria com os Correios para chegar às 1.568 restantes.

O novo serviço representa uma espécie de volta às origens para a logtech, que nasceu em 2013 como um serviço de entrega ponta a ponta para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, e acabou crescendo com o atendimento de grandes players.

“O consumidor brasileiro não faz muitos envios para fora de sua cidade por conta da complexidade do processo. Então isso abre o leque para muitas coisas novas”, diz Grégoire Balasko, vice-presidente da Loggi. O executivo cita como referência de potencial os EUA, onde as pessoas enviam cerca de 65 pacotes por ano. No Brasil esse número é entre 6 e 7. “É um mercado com potencial para crescer 10 vezes”, diz.

Segundo ele, a expectativa é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos. Hoje, a companhia faz 500 mil entregas por dia em suas duas modalidades de atuação – seu produto original, de entrega ponta a ponta, e a oferta para grandes empresas e marketplaces.

Em desenvolvimento desde o fim de 2021, o Loggi Fácil é um novo investimento feito em um momento de mais restrição e busca por eficiência. De acordo Grégoire, ele se encaixa bem neste contexto. A ideia é que, com o uso de tecnologia para roteirização e agrupamento de coletas e com o aumento do volume, a Loggi consiga ser mais eficiente em termos de custos e também oferecer preços competitivos para os consumidores.

“Fizemos uma série de ações voltadas a aumentar a eficiência operacional, priorizando grandes desafio estratégico para atender um mercado que mudou mundo e lidar com um ambiente mais desafiador. E os ajustes estão trazendo frutos. Crescemos quase 50% na comparação com o ano passado”, conta.

De acordo com ele, o cenário de curto prazo com inflação e o mercado de capitais menos receptivo é complicado, mas a perspectiva de longo prazo para o mercado de logística é crescimento. “Então focamos em eficiência operacional e no que vai fazer da Loggi a empresa mais relevante em envios no Brasil”, diz.

FedEx Freight fechará 29 localidades

A FedEx Freight é a divisão LTL (less-than-truckload) que lida com mercadorias, mercadorias ou cargas que pesam mais de 150 libras e geralmente são paletizadas. A empresa planeja fechar e consolidar as 29 operações a partir de 13 de agosto.

“Revisamos continuamente nossa rede para garantir que tenhamos o design certo para lidar com as mudanças na dinâmica do mercado”, disse a FedEx em comunicado.

“Através desse processo, identificamos oportunidades para consolidar operações em vários locais para melhorar os níveis de atendimento ao cliente e aumentar a eficiência com menos pontos de contato, ao mesmo tempo em que reduzimos nosso custo de atendimento. Nossa principal prioridade é ajudar os membros da equipe afetados a encontrar outras posições abertas sempre que possível.”

Além disso, a FedEx disse que oferecerá aos funcionários elegíveis “oportunidades de transferência permanente” para outros mercados com necessidades de contratação, e que os funcionários que estão de licença continuarão a receber benefícios de saúde.

“Este é um ajuste temporário da força de trabalho e todos os funcionários licenciados serão convocados até 25 de agosto de 2023”, acrescentou a FedEx. “A FedEx continua a manter as operações normalmente, fornecendo os serviços essenciais dos quais nossos clientes dependem.”

Essa decisão provavelmente se deve à diminuição da demanda e ao aumento dos custos, semelhante ao que a FedEx encontrou em dezembro passado, quando também dispensou um número indeterminado de funcionários.

Embora a FedEx Freight não tenha divulgado quantos funcionários essa nova licença afetaria, a empresa disse que seria apenas um pequeno número.

Embora a FedEx esteja em uma reorganização de suas inúmeras empresas operacionais, como FedEx Express e FedEx Ground, em uma única organização sob o nome FedEx Express Corporation, ela excluiu especificamente a FedEx Freight desse realinhamento corporativo.

Para os expedidores LTL, é improvável que essa mudança temporária de economia de custos signifique mudanças significativas em suas operações.

FedEx Freight é a divisão LTL (less-than-truckload) que lida com mercadorias, mercadorias ou cargas que pesam mais de 150 libras e geralmente são paletizadas.

Geralmente, a divisão Freight é principalmente um negócio B2B, mas a FedEx Freight também opera o programa FedEx Freight Direct , uma solução de comércio eletrônico para itens maiores entregues em endereços residenciais.

Transpo Express abre nova filial em Pernambuco para atender a região nordeste

Transportadora especializada em distribuição e entregas de livros consolida sua expansão pelo país.

A Transpo Express – empresa especializada em logística e transporte para o setor do livro – está abrindo uma nova filial em Pernambuco, para atender entregas da Grande Recife e de João Pessoa. Com serviços completos de transporte (entregas e coletas) e logística, a nova filial tem um galpão com 2 mil m², inserido dentro de um condomínio com total segurança, em Jaboatão dos Guararapes, na região metropolitana do Recife (PE).

A ideia é oferecer para editoras e distribuidoras um posto avançado de abastecimento na região nordeste do país, com o objetivo de reduzir custos de transporte e encurtar prazos de entrega. Lojas e livrarias da região passam a ter uma aliada importante para atender suas necessidades de forma cada vez mais célere e com reposições mais ágeis.

Entre os serviços oferecidos pela Transpo Express, estão coleta com equipe especializada e veículos rastreados; distribuição nas praças de atendimento com qualidade e rapidez; atendimento exclusivo para entregas agendadas nas grandes redes; entregas de encomendas porta a porta; comprovantes disponíveis on-line para consulta e rastreabilidade total de suas mercadorias desde a coleta até a entrega; e o Sistema TMS apto para toda e qualquer integração via EDI (Electronic Data Interchange) ou Webservice; bem como a aplicação de crossdocking e fullfilment para marketplaces.

Depois de abrir filiais nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Brasília, expandindo sua atuação já consolidada a partir de São Paulo, a Transpo Express marca um novo momento de expansão com o objetivo de oferecer a mesma qualidade de serviços e atendimento também para os clientes de Pernambuco, Paraíba e estados vizinhos.

“A abertura dessa nova filial representa a ampliação da cobertura de atendimento oferecido pela Transpo, com o objetivo de atender com maior rapidez toda a região nordeste, tanto no serviço de transporte, como com o serviço de logística”, comenta a CEO da Transpo, Mariana Martins. “Lojas, livrarias e distribuidoras terão acesso a serviços de entrega, coleta e logística com prazos muito menores, com a qualidade já atestada por clientes de outras regiões do país”.

Abertura da filial marca um novo momento de expansão da empresa
Fundada em 1993, a Transpo Express cria soluções integradas na área de transportes, com o objetivo de contribuir na distribuição logística de seus clientes. A empresa se dedicou nos últimos 16 anos no atendimento a livrarias, distribuidoras e editoras de livros, obtendo expertise entre as transportadoras.

Qual o futuro dos marketplaces no Brasil?

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os marketplaces se tornaram um dos principais canais de comércio no Brasil, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores possam oferecer seus produtos e serviços online para um público muito maior. Mas qual será o futuro dos marketplaces no país?

De acordo com o “Cenário da Adoção do Marketplace Online” – pesquisa realizada pela Mirakl, em 2021 – 86% da população brasileira reconhece as compras online como a forma mais favorável para consumir produtos. No ano seguinte, a pesquisa feita pela Retail X, mostrou que o varejo digital brasileiro registrou o maior crescimento durante o ano, registrando um total de US$ 8,1 bilhões (R$ 39,2 bilhões), e a estimativa é que, em 2023, tenha um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões segundo levantamento recente da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Os marketplaces no Brasil têm um futuro promissor, pois têm sido uma opção cada vez mais popular para compras online. Essa popularidade é impulsionada pelo fato de que os marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos de diferentes fornecedores, permitindo aos consumidores encontrar o que precisam em um só lugar, com entrega do pedido até no mesmo dia.

Pensando nisso, listo abaixo 3 tendências para os marketplaces nos próximos anos:

Mudança no comportamento dos consumidores

Após a mudança repentina por conta da crise sanitária da Covid-19 e o avanço da tecnologia, muitos consumidores adotaram a prática de comprar seus produtos através da internet e se tornaram mais exigentes em relação a alguns processos, como a entrega, que deve ser sempre rápida e a troca ou devolução de um produto sem maiores transtornos. Por mais que as compras sejam realizadas à distância, os clientes continuam com altas expectativas para receber seus produtos em ótimo estado e com um atendimento eficiente.

Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, mas, o desejo de ser bem atendido e ter sucesso em uma negociação, continua o mesmo. Com a diferença na rotina do consumidor, é necessário que os marketplaces tenham um planejamento para atingir todas as expectativas e necessidades dos clientes, gerando valor aos mesmos.

Hoje, os marketplaces contribuem com a confiança do cliente no momento da compra online. Ter uma grande empresa por trás da venda faz com que eles percam o “medo” de estar se envolvendo em uma fraude ou golpe, além disso, traz a garantia de que caso aconteça qualquer problema, terão o suporte necessário para que seja resolvido.

Concorrência no mercado brasileiro

O mercado brasileiro é altamente competitivo, e isso acontece pois diversas empresas disputam a preferência dos consumidores a todo tempo, fazendo com que o setor se expanda e tenha mais opções de mercadorias e serviços. Mas o que observamos com muita clareza, é que os comércios digitais brasileiros são obrigados a pensarem fora da caixa para conseguirem se equiparar aos players internacionais, como a Amazon que está presente no mercado há alguns anos e a SHEIN e a Shopee, que se consolidaram aqui mais recentemente. O motivo de eles ‘roubarem’ os holofotes do mercado nacional, se deve as opções de entrega e aos produtos com custo benefício que enchem os olhos do consumidor, e que não são encontrados com essas opções facilmente aqui.

Essa competição que acontece entre os marketplaces é normal, é uma forma de estratégia que muitos estabelecimentos utilizam para se sobressaírem. Se realizarmos uma pesquisa, é possível ver que existe uma variedade de valores em cima do mesmo produto, fazendo com que os consumidores tenham uma preferência pelas lojas que estão mais em conta. Um diferencial que as empresas adotam para gerar uma experiência melhor para os consumidores, é a utilização de cupons de descontos e frete com um valor mais acessível.

Consolidação dos big players

A consolidação dos “big players” está cada vez mais presente no comércio online. Esse processo ocorre quando uma grande empresa se funde ou adquire empresas menores, para ganhar mais escala e aumentar sua participação no mercado, diminuindo a concorrência.

Enquanto nos EUA existem três a quatro marketplaces consolidados, como Amazon, eBay, Walmart e Aliexpress, no Brasil este número é de duas casas decimais. A tendência é que as pequenas sejam absorvidas ou dizimadas pelas grandes, e isso não é necessariamente ruim, pois mantém o mercado mais focado.

E-commerce brasileiro registra primeira alta nos acessos em quatro meses

Acessos às plataformas de e-commerces saltaram 8% em março, puxados pelo Dia da Mulher; participação de marketplaces asiáticos aumenta.

A primeira data comemorativa de peso do ano – o Dia da Mulher, no começo de março – impactou positivamente o tráfego das plataformas de e-commerce brasileiro. Depois de uma queda de quase 15% em fevereiro, o número de acessos subiu 8% no mês seguinte, alcançando 2,31 bilhões de visitas únicas, segundo o Relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Foi a primeira alta no tráfego do comércio eletrônico do país em quatro meses – puxada principalmente pelos acessos via web (9,2%).

Segundo a Conversion, o início do ano é marcado por uma situação financeira complicada das famílias. As dívidas contraídas no fim de 2022, com as compras de Natal, estão sendo liquidadas agora, o que permite que as pessoas possam voltar a consumir bens não essenciais ou mesmo para presentear alguém novamente.

O impacto do Dia da Mulher se vê melhor pelos setores mais acessados em março: o de Presentes e Flores registrou o melhor desempenho, subindo 17%. Além dele, o de Joias e Relógios também cresceu significativamente (13,3%). Ambos estão diretamente ligados a presentes costumeiramente dados na data.

Já o setor mais relevante do e-commerce, o de marketplaces, que engloba desde grandes redes de varejo até pequenos lojistas inseridos no mercado online, cresceu 9% no mês, atingindo 989,5 milhões de visitas – um aumento que também pode ser analisado a partir dos presentes procurados para o 8 de Março.

A melhora no mês foi tão significativa, na verdade, que somente um único setor analisado na pesquisa perdeu acessos: o de produtos para pets, que caiu sutilmente em 1,3%.

E-commerces asiáticos são os mais acessados

Como não poderia deixar de ser, o desempenho positivo de março afetou o tráfego das marcas. O Mercado Livre permanece na ponta, somando quase o dobro de visitas únicas do segundo lugar, a Amazon Brasil. Em março, a plataforma argentina cresceu 8%, chegando a 340 milhões de acessos. A Amazon, por sua vez, cresceu 13,7%, enquanto a Shopee teve uma alta mais tímida, de 4%.

Mas as plataformas asiáticas ganham tráfego mês a mês. Hoje, além da Shopee, a AliExpress já se consolidou na quinta colocação entre as mais visitadas, subindo seus acessos em 14% no mês passado. Com 82,2 milhões de visitas, ela vê a chinesa Shein – que ocupa a sexta posição – se aproximar, com 75,9 milhões.

Esses dados são ainda mais relevantes considerando as últimas discussões acerca da taxação de encomendas internacionais, visto que os e-commerces asiáticos retém grande parte da participação no mercado online brasileiro. Prova disso é que das 10 plataformas mais visitadas do País, um quarto é asiática.

Ainda sobram dúvidas sobre os anúncios da Shein e do governo

Replicar o modelo da plataforma asiática com produção local não é tarefa simples.

Em poucas horas, ainda com o governo sob o desgaste do tema dos impostos em remessas internacionais, um conjunto de ações foram anunciadas na quinta-feira pelo Ministério da Fazenda e pela Shein, relativas à nacionalização nas vendas da plataforma de comércio eletrônico e investimentos. Dessa forma, Fazenda e Shein mudaram a narrativa negativa sobre o tema na semana passada, acalmaram as redes sociais, mas deixam para trás pontos pouco claros, especialmente em relação à lógica econômica do projeto.

Governo e Shein falam em transformar o país em “plataforma de exportação” para América Latina – de um setor golpeado por carga tributária pesada e forte importação chinesa -, com geração de empregos (100 mil indiretos, ou 7% do total do setor produtivo hoje) e investimentos de R$ 750 milhões pela Shein em três anos.

A soma irá para tecnologia e treinamento e é parte de um plano de nacionalização de 85% das vendas da empresa até 2027. O montante anual é inferior ao que redes como Renner ou Riachuelo investiram em tecnologia em 2022.

Para esse projeto de nacionalização, foi fechada parceria com as empresas têxteis Coteminas e Santanense, ambas do grupo fundado por José Alencar (vice-presidente da República de 2003 a 2010, no governo do PT), pai de Josué Gomes, presidente da Coteminas.

Nacionalização esbarra no Custo Brasil, o que pode afetar o modelo da Shein, que tem os preços baixos como atrativo .

Além disso, há um plano de conformidade em discussão entre plataformas estrangeiras e a Receita Federal. Não há muitos detalhes sobre esse debate, mas um ponto refere-se aos marketplaces arcarem com os impostos que são pagos pelo consumidor brasileiro.

Nos últimos dias, executivos, especialistas e pessoas envolvidas nas negociações levantaram desafios e aspectos não esclarecidos sobre esses anúncios. Entre os pontos está o risco que o plano pode representar ao modelo de negócios da Shein no país, e a sua maior fortaleza, os preços competitivos. É algo que ocorre exatamente porque a plataforma importa 100% das mercadorias da China – país que responde por cerca de 60% da produção mundial de artigos têxteis.

Outro aspecto é a decisão de as plataformas recolherem os impostos (em vez do consumidor), e se isso não acabará sendo repassado ao preço final. Investidores ainda levantaram pontos sobre o acordo com a Coteminas.

Um ponto central é se, com a nacionalização, a Shein pode ficar mais “careira” – hipótese criticada duramente por consumidores nas redes sociais a partir da ideia inicial da Fazenda de tributar remessas internacionais de até US$ 50. Essa discussão pegou muito mal e não avançou, por isso o governo tratou de buscar alternativas.

Faltam detalhes sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas.
A ideia de nacionalização tem sido debatida pela Shein há anos, com avanços pontuais no mundo. Hoje, a plataforma com sede em Cingapura vende para mais de 150 países e é 100% abastecida por seis mil fornecedores da China, num sistema ultrainformatizado, extremamente ágil e barato. Foram US$ 22,7 bilhões em vendas no mundo em 2022, segundo a imprensa chinesa (menos que Nike e Zara, mas com crescimento mais rápido).

O Brasil teria, calculam analistas, 7% a 9% disso (até US$ 2 bilhões), perto do faturamento da Renner. O que a Shein ainda não explicou é como reproduzirá seu modelo aqui, para atingir 85% de nacionalização, mesmo usando parte da escala da Coteminas.

Terá que encarar desafios de uma operação têxtil local, que carrega uma carga tributária média de 18% (em alguns itens chega a 40%) e com menores níveis de produtividade que a China – apesar de avanços da indústria local.

Para vender mais aqui, pode ter que dar mais espaço, no site e “app”, a produtos locais – afetados pelos altos custos fiscais e trabalhistas, e esses repasses encarecem a venda. “Há o desenho de um plano que depende de alguns aspectos ainda. E para que isso pare de pé, eles terão que lidar com o Custo Brasil, que é sem dúvida o ‘x’ da questão. A Shein tem um modelo inovador, mas não vai repetir o mesmo sistema de fora por conta dos nossos custos, não há como fazer milagre nisso”, diz Alberto Serrentino, diretor da Varese Retail.

Segundo uma fonte a par dos planos, a Shein não vai produzir no país itens de todas as categorias. “Eles devem se adequar àquilo que o Brasil é mais forte, como fabricação de jeans, e nisso podem ser exportadores de peso para América Latina, gerando escala e preços mais baixos. Moda baseada em tecido sintético não deve ser foco. Eles vão se ajustar para se manter competitivos”, diz a fonte.

Para não perder vendas, a Shein pode ter que considerar ações como aumentar subsídios ao frete e ampliar a oferta de cupons de descontos. São medidas que ampliam vendas, mas afetam margens.

Outra hipótese é trazer mais lojistas brasileiros para sua base de vendedores (dos polos de moda e calçados, por exemplo) eliminando do processo os intermediários, como atacadistas, que tornam o produto final mais caro, diz Eduardo Terra, sócio da BTR Consultoria.

Questionada sobre eventuais ações para compensar o custo Brasil e atingir os 85%, a Shein afirmou que abrirá outro marketplace local para vendedores brasileiros, com variedade maior de produtos (há nove lojistas no projeto piloto hoje). E afirma que os lojistas vão usufruir da experiência da Shein, que será dividida com eles, em marketing e logística, por exemplo.

Sobre o assunto, Marcelo Claure, chefe da Shein na América Latina (ex-Softbank), admitiu que o plano é uma “grande transformação” para a Shein. Disse contar com a capacidade de a empresa reproduzir vantagens competitivas e se adaptar, e acrescentou que já tem contatado parceiros no Brasil para testes de produção. Mas, pelo seu tom, tem consciência que China e Brasil são mundos bem diferentes. Apesar disso, fala que a Shein “não deve falhar” no que se propôs.

Outra dúvida é se a meta de 85% de nacionalização considera os produtos vendidos por lojistas locais, mas que são importados da China. “Se isso entrar como nacionalização vai ser fácil aumentar a taxa hoje, que é mínima. E na prática, ainda é tudo venda de produto chinês, e não brasileiro”, afirma um varejista on-line. A Shein não informa os critérios para as estimativas dessa nacionalização.

Uma outra fonte a par do tema diz que nem toda a nacionalização virá de produtos vendidos no país. “O plano é que 85% das vendas sejam de produção local, então pode ser fabricação vendida para América Latina”, diz.

Também há dúvidas sobre como se dará o acerto sobre pagamentos de impostos de importação pelas plataformas, que bancarão o custo no lugar do consumidor. Esse anúncio também ocorreu na quinta pela Fazenda.

Pelo sistema de pagamento digital de impostos (“digital tax”), em discussão, o tributo sai discriminado como um item a ser pago na hora da compra. Em outros países, há diferentes modelos de “digital tax”. Na Amazon no Brasil, quem paga é o consumidor.

Haddad disse que quem arcará com esse pagamento de imposto é o vendedor – seja o terceiro que tem uma loja on-line ou a plataforma mesmo. E afirmou que os marketplaces concordaram. Segundo ele, a Shein afirmou que não vai repassar isso ao consumidor.

Pode ser algo difícil de garantir, em se tratando de uma empresa privada que define metas de resultado e as revisa constantemente com acionistas e diretoria.

Outro aspecto dos anúncios recentes envolve o acordo entre Coteminas e Shein, e como o governo acabou entrando nesse tema.

A parceria entre Shein e Coteminas vinha sendo discutida há cerca de um mês e meio atrás, segundo uma fonte próxima à empresa brasileira. Na posição de CEO da Coteminas, Josué Gomes ajudou a costurar o contato na quinta-feira (20) entre Shein e Haddad, que levou ao anúncio posterior da plataforma. “A temperatura subiu muito nos últimos dias e era preciso abrir um canal de comunicação [entre Fazenda e Shein]”, diz uma fonte.

Das cerca de 3 mil confecções parceiras da Coteminas, 2 mil serão fornecedoras da marca Shein para atender Brasil e América Latina. A Santanense, do grupo Coteminas, também é parte do acordo.
Um ponto que não está tão claro refere-se ao fato de a Coteminas não produzir moda, o forte da Shein, diz um gestor de fundo sem ação da Coteminas na carteira. A empresa é referência em cama, mesa e banho, e a Santanense, em vestuário profissional. Uma fonte diz que a empresa pode fornecer insumos a Shein, para fabricação local de vestuário, e a Shein pode treinar confecções na produção.

Fato relevante da Coteminas de quinta-feira, que informa a parceria, ainda fala em financiamento para capital de giro da empresa, e um contrato de exportação de produtos para o lar. Na prática, é dinheiro da Shein que entra na Coteminas para dar fôlego para que o projeto saia do papel.

Perguntado sobre pontos ainda em aberto nos projetos com as plataformas, o Ministério da Fazenda se posicionou especificamente sobre o “digital tax”. Disse que é um imposto que já existe, mas que será recolhido antes do envio da mercadoria, sem criação ou majoração de tributo, e com recolhimento eletrônico facilitado. “A medida está em elaboração e será detalhada em breve. Cabe enfatizar que o objetivo principal é garantir a concorrência justa para que o consumidor seja beneficiado no curto, médio e longo prazos”.

FedEx prevê corte de US$ 4 bilhões em custos ao fundir operações de entrega

Plano do novo CEO, Raj Subramaniam, é unir negócio de entregas por via aérea com a operação terrestre.
A FedEx pretende cortar US$ 4 bilhões em custos ao combinar suas duas principais redes de entrega, em um plano ambicioso do novo CEO, Raj Subramaniam, para aumentar as margens de lucro.

A companhia há décadas opera um negócio de pacotes expressos, entregues por via aérea, separadamente de sua unidade terrestre, que a FedEx adquiriu em 1998 e depende de terceiros para fazer a entrega de encomendas. A partir de junho de 2024, será “uma única empresa operando uma rede ar-terra unificada e totalmente integrada sob a respeitada marca FedEx”, informou a empresa nesta quarta-feira (05) em comunicado.
“A FedEx está em um momento crucial da história”, disse Subramaniam, durante uma reunião com investidores em Nova York.

A FedEx está atrás da United Parcel Service (UPS) em termos de margem de lucro, embora sua maior rival tenha uma força de trabalho sindicalizada e pague a seus motoristas mais que o dobro do que ganham o motoristas na rede terrestre da FedEx. Muitos analistas apontam para a eficiência da rede de entrega única da UPS como o motivo. No último trimestre, a UPS reportou margens operacionais ajustadas de 13%, em comparação com apenas 5,2% da FedEx.

A empresa não deu detalhes na declaração sobre cortes de empregos e um porta-voz não ofereceu detalhes sobre o escopo ou cronograma. A FedEx já vinha reduzindo sua força de trabalho nos últimos meses, incluindo a eliminação de 10% dos cargos de alta administração.

“Continuaremos a nos concentrar no gerenciamento responsável de pessoal em nossas operações, bem como em funções corporativas”, disse a porta-voz Rachael Simmons em um e-mail nesta quarta-feira.

A FedEx está tentando recuperar o equilíbrio depois que a Subramaniam foi forçada a descartar as metas de crescimento de lucro traçadas em setembro passado devido à queda nos volumes de encomendas. Ele revelou essas metas logo após assumir oficialmente o cargo de CEO em junho.
A empresa espera atingir US$ 4 bilhões em reduções permanentes de custos no ano fiscal de 2025. A FedEx disse que busca economizar US$ 2 bilhões adicionais com a renovação de sua rede de entrega até 2027.