Entregas expressas procuram ir além do B2B

Empresas especializadas no transporte de encomendas preveem grandes desafios a enfrentar neste ano.

A percepção entre as empresas especializadas no transporte de encomendas é a de que enfrentarão um grande desafio em 2023. Com expectativa de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), as companhias estão empenhadas em ampliar sua participação no mercado e investem para ganhar eficiência nas operações.
No caso da Jadlog, por exemplo, o objetivo é buscar uma integração muito rápida com o cliente, diz o CEO Bruno Tortorello. “Também investimos em segurança da informação contra invasões para roubo de dados. Com essa estratégia, crescemos 20% no ano passado em faturamento e vamos repetir esse crescimento neste ano”, afirma.

Tortorello acredita que 2023 será um ano difícil, de baixo crescimento econômico e alto endividamento, o que afeta o consumo. “Mas seguiremos com os cuidados que toda empresa precisa ter em anos assim, que é racionalizar investimentos e buscar mais eficiência nas operações”, explica.

Ele destaca que o segmento de e-commerce cresceu de forma expressiva durante a pandemia e vem se ajustando com o fim do distanciamento social. No B2B, negócios entre empresas, houve avanço e as vendas retomaram o patamar pré-pandemia. No ano passado, o segmento cresceu 20% e tem mantido esse ritmo. Avança menos do que o B2C – voltado ao consumidor final –, que cresceu 50%.

“A Jadlog nasceu com o B2B, mas tem crescido bastante alavancada pelo B2C”, afirma o executivo. Para entender cada vez mais o consumidor final, a empresa conta com a experiência e os investimentos da GeoPost, holding controlada pelo grupo La Poste (correios franceses), que desde 2020 detém 98% do capital da Jadlog.

De acordo com Tortorello, o B2C representava 20% dos negócios da Jadlog em 2016 e hoje já chega a 70%, com potencial de avançar mais. Por isso, a empresa tem investido mais no segmento, buscando viabilizar o e-commerce como um todo. Uma das iniciativas nesse sentido foi criar uma rede de três mil pontos locais, onde o consumidor pode retirar sua encomenda no dia e horário que escolher. Segundo ele, hoje a empresa tem a maior abrangência no país depois dos Correios e alcança 5.300 municípios.

Também especializada em soluções logísticas para transporte de mercadorias, a Jamef segue a mesma estratégia. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Botelho, com o fortalecimento do e-commerce durante a pandemia, a companhia, que atua principalmente na cadeia B2B, ampliou o atendimento ao consumidor final.

“Na pandemia, o B2C chegou a representar 45% de toda a carga que a empresa transporta. Com o fim do distanciamento social, esse segmento voltou aos patamares anteriores e hoje representa 30% do que é transportado, ficando os 70% restantes com o B2B”, informa. Com o aumento da demanda pelo comércio eletrônico, cresceu também a necessidade de maior controle da operação e de ganho de eficiência no manuseio da carga, o que impulsionou o desenvolvimento tecnológico.

Para enfrentar esse cenário, a Jamef investiu R$ 30 milhões num grande centro operacional em Osasco, na Grande São Paulo, que terá software de separação automática de pacotes cuja capacidade é duas vezes superior à do centro de Barueri. A expectativa é de movimentar em média 60 mil volumes diariamente nesse centro, podendo chegar a 102 mil volumes/dia, em datas estratégicas, como Natal e Black Friday. A empresa também procurou aumentar a proximidade com o consumidor final e implantou uma rede de postos avançados, para dar agilidade ao processo de entregas B2C.

Especializada no transporte de carga tradicional, com maior valor agregado, a empresa utiliza protocolos de segurança e gerenciamento de risco, com escolta quando necessário. “Neste ano, devemos manter dois dígitos de crescimento, com o aumento de nossa participação dentro do segmento de entregas expressas”, diz Botelho. A Jamef vai investir R$ 12 milhões em tecnologia, com foco em ampliar a integração com o cliente, para que ele tenha em tempo real o posicionamento da carga. “Dentro do B2B, queremos dar a máxima eficiência e capilaridade: nosso papel é tirar o produto da fábrica e entregar diretamente aos pontos de venda, sem necessidade de distribuidores”, diz.

Glaucia Megna, diretora de vendas da FedEx no Brasil, também destaca a importância do e-commerce para o segmento. Ela acredita que o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado ao vigor da economia do que os demais tipos de serviço, mas afirma que a popularização do comércio eletrônico, muito por conta dos novos hábitos de compra adquiridos durante a pandemia, é um fator positivo para o segmento expresso.

“As empresas precisam estar preparadas para atender seus clientes na velocidade que eles precisam. Mesmo com o fim da pandemia e o menor crescimento do comércio eletrônico, esse é um tipo de serviço que continuará em evidência e com muitas oportunidades de avançar, o que também beneficiará o segmento expresso”, afirma.

De acordo com ela, na FedEx, o e-commerce é um dos pilares de crescimento em todo o mundo e, no Brasil, é uma das prioridades operacionais. Por isso, a empresa procura sempre melhorar a sua estrutura e o portfólio de produtos. Um dos investimentos mais recentes foi a modernização das infraestruturas do centro logístico em Cajamar (SP) e a abertura de dois novos centros logísticos: um em Serra (ES) e outro em Conde (PB). Outros investimentos foram feitos na automatização das suas instalações, para padronizá-las em termos de tecnologia e segurança, tendo como referência as instalações da empresa nos Estados Unidos.

Apesar do cenário positivo, a empresa anunciou cortes em suas equipes, com o desligamento de mais de 10% de seus executivos em nível mundial, incluindo o Brasil. “É sempre uma decisão difícil, mas temos a obrigação de ajustar nossas estruturas para nos alinharmos às novas demandas dos clientes e realidades do mercado”, diz Megna.

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Tíquete médio deve encolher no e-commerce

Mesmo com previsão de leve crescimento nas vendas em 2023, empresas precisarão ter maior controle sobre os custos da operação.

Apesar da incerteza sobre os rumos da economia brasileira em 2023, a perspectiva é positiva para o comércio eletrônico. Pelas projeções da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o faturamento de 2023 deverá avançar 5% em relação a 2022, totalizando R$ 185,7 bilhões.

“A previsão coincide com a consolidação do e-commerce, à medida que as pessoas voltaram a comprar nas lojas físicas. Mas o ritmo de crescimento será mais lento, se comparado ao boom de 2020”, analisa Rodrigo Bandeira Santos, vice-presidente da ABComm, que representa empresas de varejo e prestadores de serviços nas áreas de tecnologia da informação, mídia e meios de pagamento.

Já o número de pedidos poderá atingir a marca de 395 milhões em 2023, gerados por 88 milhões de compradores, destaca Santos. No ano passado, segundo a associação, foram 301,1 milhões de pedidos, puxados por 77 milhões de compradores, com tíquete médio mantido em R$ 420.

Nessa mesma direção, a Neotrust, empresa que monitora vendas reais do varejo digital, aponta um crescimento tímido em 2023 sobre 2022, diz Luis Cambraia, head of sales da companhia, sem mencionar a variação estimada. Os dados da empresa apontam movimentação de 379,2 milhões de pedidos em 2022, variação de 0,4% em relação ao ano anterior. No mesmo p período, o faturamento caiu 4,2%, para R$ 168,7 bilhões.

Os dados de mercado podem variar de acordo com a base pesquisada. A 47ª edição do relatório Webshoppers, elaborado anualmente pela NielsenIQ eBit, destaca, por exemplo, que a quantidade de pedidos cresceu 7,9% em 2022, na comparação com o ano anterior. Mas houve baixa geral de 7,5% no tíquete médio, nas 12 categorias analisadas.

A tendência de mais vendas on-line de produtos de menor valor, assim considerados aqueles que custam abaixo de R$ 300, deverá permanecer em 2023. Dessa maneira, controle sobre custo de frete e prazo de entrega assumem caráter ainda mais nevrálgico para as operações das empresas em cenário de juros altos, escalada inflacionária, pressão por rentabilidade e disciplina de caixa, além do risco de uma crise de crédito por conta do caso da Americanas.

“A logística vem ganhando espaço como um dos diferenciais competitivos”, afirma Santos, da ABComm. Frete no Brasil é caro e precisa ser encarado como investimento no cliente, argumenta. Segundo Cambraia, da Neotrust , no ano passado muitos lojistas passaram a zerar o frete para não perder clientes. “Ações como essa devem ser tendência para o e-commerce em 2023, especialmente em datas sazonais”, prevê.

Outras inciativas incluem condicionar o frete grátis a um valor mínimo de compra. “E cada vez mais a entrega de urgência, ou programada, fará parte da oferta das empresas para atrair consumidores. Nesse segundo caso, o consumidor já considera que o frete é por conta dele”, acrescenta Santos. De acordo com Cambraia, 59% das compras no e-commerce em 2022 ofereceram frete grátis, a maior porcentagem desde 2019.

A pesquisa Webshoppers da NielsenIQ eBit informa que, em 2022, 49% dos pedidos tiveram frete grátis, aumento de três pontos percentuais em relação a 2021. O estudo também indica que quanto mais distante está o consumidor dos centros de distribuição dos produtos, menos consegue frete grátis. De acordo com o relatório, 60% das compras entregues em cidades do Sudeste tiveram frete grátis. No Nordeste, esse percentual cai para 17%; no Sul, para 12%; no Centro-Oeste, para 6%; e no Norte, para 5%.

Não por acaso, os planos de grandes players do setor passam pela descentralização de seus pontos de distribuição, a fim de atender clientes diretos ou consumidores que compram de vendedores reunidos nos marketplaces que administram. Três deles – Via (dona de marcas como Casas Bahia, Ponto Frio e Extra), Magazine Luiza (que opera o Magalu, além de Kabum, Netshoes, Zattini, Shoestock e Época) e Amazon Brasil – mantêm expectativas positivas para 2023. “Vamos, sim, crescer o GMV, preservando a rentabilidade”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de logística da Via. GMV é a sigla para Gross Merchandise Volume, métrica que calcula as vendas por canais digitais. Em 2022, o GMV da companhia atingiu R$ 44,3 bilhões, queda de 0,5% sobre 2021. A receita líquida da Via anotou R$ 30,8 bilhões, repetindo o ano anterior, com prejuízo líquido de R$ 342 milhões, mostra o balanço financeiro.

Entre os projetos da área de logística, Gasparini cita a recente implantação do sistema de gestão automatizada (WMS) no Centro de Distribuição da empresa em Jundiaí (SP). “A expectativa é que a ferramenta atinja 90% da malha logística da Via e de seu ecossistema ainda em 2023, o que garantirá ainda mais a integração digital demandada especialmente pela área de e-commerce”, explica. O projeto é parte da estratégia da Via de buscar soluções que tornem as entregas mais rápidas e sustentáveis.

A Via conta com 30 CDs espalhados pelo Brasil e 1.133 lojas que funcionam como mini-hubs para entregas de última milha e recebimento de mercadorias em 450 cidades, tanto dos produtos próprios como dos 151 mil sellers do marketplace. No ano passado, a companhia comprou duas logtechs, a partir das quais lançou serviços de fulfillment e full commerce para sellers, como também no mar aberto (fora de sua carteira de clientes).

Segundo o balanço financeiro, a malha própria de logística sustentou 72% de todas as entregas de produtos vendidos diretamente pelas marcas da Via, que representaram 4,5 vezes o volume de 2019. Em função dessa estrutura, Gasparini observa que, atualmente, cerca de 15% das entregas da Via estão disponíveis para que aconteçam no mesmo dia.

O Magazine Luiza também conta com a abrangência da malha e omnicanalidade para impulsionar as vendas. “Na logística, os nossos sellers têm à sua disposição toda a estrutura do Magalu”, afirma Felipe Cohen, diretor de operações do marketplace da empresa, que fechou 2022 com 260 mil sellers.
Com e-commerce total, entre venda de produtos próprios e de terceiros, a companhia obteve GMV de R$ 43,3 bilhões (crescimento de 9% sobre 2021), sendo R$ 15,4 bilhões sustentados pelo marketplace (aumento de 18%). De acordo com o diretor, o foco é ampliar ainda mais as entregas dos sellers pelo Magalu Entregas, já responsável por 80% dos pedidos, dos quais 43% são entregues em até 48 horas, diz Cohen.

Para isso, a companhia conta com uma malha que abrange 1.430 pontos, sendo 1.339 lojas físicas em 21 Estados. Completam a malha 269 unidades de logística, entre 23 CDs, cinco deles funcionando como fulfillment, e 246 cross-docking (armazéns de passagem rápida).

Segundo Cohen, em 2022, o e-commerce representou 72% das vendas totais do Magazine Luiza. A receita líquida da empresa registrou R$ 37,2 bilhões no ano passado, aumento de 5,7% na comparação com 2021, conforme o balanço divulgado. Mas operou com prejuízo de R$499 milhões.

Como os outros dois players, a Amazon Brasil revela confiança de que seguirá a tendência de crescimento registrada em 2022. “Nós já começamos o ano com ótimos resultados durante o período de volta às aulas”, afirma Daniel Mazini, presidente da companhia no país, sem informar dados locais. “A Amazon fechou 2022 com uma receita mundial de US$ 514 bilhões, crescendo dos US$ 469,8 bilhões de 2021”, destaca.

Ele atribui o bom desempenho à combinação de uma vasta seleção de produtos, preços competitivos e frete ágil. “Nossa capacidade de entrega está cada dia mais rápida para todo o Brasil e a expansão de nossos programas de logística para vendedores parceiros nos ajuda nesse crescimento”, ressalta. Ele conta que a expansão inclui o FBA – Logística da Amazon, que realiza desde o armazenamento e empacotamento do produto até o envio e atendimento ao cliente, e acordos logísticos, como o firmado com a Azul Cargo para acelerar as entregas na região Norte do Brasil.

A operação da Amazon no Brasil envolve 11 centros de distribuição, dez abertos entre 2019 e 2022, mais 13 estações de entrega. Mazini destaca que a empresa realiza entregas em cerca de mil cidades brasileiras em até dois dias úteis. “E em mais de 200 cidades em até um dia útil”, complementa. O catálogo para o mercado brasileiro reúne 100 milhões de produtos disponíveis em 50 categorias. Desses, em torno de 10 milhões têm remessa gratuita e rápida para membros do serviço Prime.

Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Alibaba anuncia maior reestruturação da história da empresa

Gigante chinesa irá dividir companhia de e-commerce em seis unidades independentes.

A Alibaba, grupo de empresas de propriedade privada cujos negócios são baseados em e-commerce, anunciou na últia terça-feira (28) que irá se dividir em seis unidades independentes com objetivo de otimização e agilidade em tomadas de decisão. A reestruturação é a maior em seus 24 anos de história.

* O conglomerado chinês terá agora as unidades de inteligência de nuvem, serviços locais, logística, comércio eletrônico, mídias digitais e entretenimento;

* A decisão vem um dia após o retorno do fundador da companhia, Jack Ma, que passou mais de um ano no exterior. O empresário adotou uma vida discreta desde que a China iniciou uma supervisão regulatória mais rígida contra empresas de tecnologia;

* A volta de Ma, que desde 2020 tem rara aparição pública, acontece após Pequim prometer aliviar repressão regulatória e apoiar empresas privadas.

Com o anúncio da Alibaba, as ações da empresa em Nova York dispararam na manhã desta terça, subindo até 8% — as ações haviam caído cerca de 70% desde que a repressão regulatória começou no final de 2020.

“A intenção original e o propósito fundamental desta reforma é tornar nossa organização mais ágil, encurtar os vínculos de tomada de decisão e responder mais rapidamente”, disse Daniel Zhang, atual presidente e CEO do Alibaba Group, em uma carta enviada à Reuters.

O diretor acrescentou que cada um dos seis grupos de negócios será administrado por seu próprio CEO e conselho de administração. Elas terão flexibilidade para levantar capital externo e buscar uma oferta pública inicial.

A única exceção seria o Taobao Tmall Commerce Group (unidade de comércio eletrônico). O setor continuará sendo uma unidade de propriedade integral do Alibaba Group. Zhang pontuou que os processos de trabalho também serão “refinados”, mas não esclareceu se realizará cortes de empregos — Alibaba demitiu, em 2022, 10 mil funcionários em três meses.

Segundo especialistas em investimentos, o anúncio traz um respiro para a Alibaba, afastando a preocupação de que a companhia tenha perdido potencial de crescimento.

“Parece uma coincidência que isso esteja acontecendo no momento em que Ma parece confortável em retornar. Para mim, isso sugere que o Alibaba está querendo fazer algo há algum tempo, mas estava esperando a oportunidade para fazer”, disse Stuart Cole, macroeconomista chefe da corretora Equiti Capital, à Reuters.

Uber Resolve- Nova ferramenta de transporte e deslocamento de mercadorias

Inovação em App de Transporte. Uber escolhe Curitiba para lançamento de nova ferramenta de serviços extras.

A Uber está trazendo ao Brasil uma nova modalidade que permite a execução de atividades extras por motoristas do aplicativo. Chamado de Uber Resolve, o novo recurso desembarca inicialmente na cidade de Curitiba, onde passará por testes de usabilidade antes de sua expansão nacional.

Com o Uber Resolve, a ideia é que motoristas possam exercer outras atividades por meio do aplicativo, desde que relacionadas ao transporte e deslocamento de mercadorias em um determinado trajeto. A funcionalidade permite o envio ou retirada de encomendas em pontos determinados, sejam eles residências ou lojas. O serviço também permitirá a coleta de assinaturas.

Para ter acesso ao novo serviço, será necessário estabelecer um limite de tempo de deslocamento que pode variar de uma a quatro horas, e as entregas também precisarão acontecer em um raio de até 40 quilômetros de distância em relação ao solicitante.

De acordo com a Uber, caso a viagem exceda algum dos dois valores contratados, o usuário será cobrado pelo excedente. Viagens com duração inferior ao contratado também serão cobradas de forma integral.

De olho em tendências

A proposta do Uber Resolve vai de encontro a modelos similares já adotados por empresas do setor de entregas que, até então, não assumiam o papel de concorrentes diretos da Uber — que se limitava ao transporte de passageiros. Um exemplo está no unicórnio de entregas Rappi e a startup de logística Loggi. O diferencial, nos dois casos, está na ausência da opção de transporte de passageiros, como na Uber.

A empresa chinesa de delivery Lalamove também entra na lista. Em comum, todos os aplicativos se propõem a agilizar o processo de envio e retirada de encomendas em diferentes pontos de coleta.

Como utilizar o Uber Resolve:

* Após abrir o aplicativo da Uber, clique na aba “Envios”;
* Selecione “Envios por período”;
* Defina o tempo da tarefa, o endereço de retirada e o destino. É possível também modificar e adicionar paradas durante a viagem;
* Clique em “Escolher Resolve”;
Utilize o chat do aplicativo para informar o motorista sobre os detalhes do serviço e auxiliá-lo, caso necessário.

Plataforma de comércio eletrônico chinês ocupa top 3 de apps de compras na Espanha

O app Miravia superou a Shein em volume de downloads e se tornou o aplicativo de compras mais popular da Espanha.

A China está entre os três primeiros lugares no ranking de aplicativos de comércio eletrônico mais baixados na Espanha, segundo a plataforma de informações, data.ai.

Entre eles, Miravia e AliExpress, os dois maiores negócios estrangeiros da Alibaba, são o primeiro e o terceiro, respectivamente, de acordo com uma matéria do DoNews.

A lista de downloads do aplicativo de comércio eletrônico espanhol mostra que o app Miravia superou a Shein em volume de downloads e se tornou o aplicativo de compras mais popular na Espanha.

Em dezembro do ano passado, a nova plataforma de comércio eletrônico espanhola da Alibaba Group Holding Limited, Miravia, foi oficialmente lançada, focando nas operações de localização da empresa no mercado europeu e se posicionando como um mercado de comércio eletrônico europeu de alto nível.

Mais de um mês após seu lançamento, alguns funcionários internos revelaram que o número de usuários ativos diariamente, o número de pedidos e o volume de negócios na plataforma Miravia, excederam as expectativas do mercado.

Além da Miravia, a AliExpress também apareceu no topo da lista de aplicativos de compras mais baixados pelos espanhóis. Em março deste ano, a AliExpress lançou o Canal Choice no exterior, e anunciou que aumentaria os investimentos na Espanha, na Coréia do Sul e em outros países.

Atualmente, na Coréia do Sul, Espanha e outros países, o volume de downloads do AliExpress subiu para os três primeiros lugares.

Dona da Shopee, Sea surpreende e registra lucro líquido no 4º trimestre após reestruturação

Por outro lado, no acumulado de 2022, a companhia registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior.

A Sea, dona da Shopee, registrou lucro líquido de US$ 422,8 milhões no quarto trimestre, revertendo o prejuízo de US$ 616,2 milhões de um ano antes. As receitas entre outubro e dezembro somaram US$ 3,45 bilhões, crescimento de 7,12% na comparação com o mesmo período de 2021.

“Nossa decisão de mudar o foco dos negócios para eficiência e lucro já se traduz em melhora significativa na última linha do nosso balanço”, diz Forrest Li, diretor-presidente da Sea. “Entregamos resultado positivo, mostrando a resiliência e execução do nosso modelo de negócios.”

No acumulado de 2022, a Sea registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior. As receitas totais chegaram a US$ 12,4 bilhões entre janeiro e dezembro, o que representa um crescimento de 25,1% no ano.

Nas operações da Shopee, as receitas chegaram a US$ 2,1 bilhões, crescimento de 31,8% no ano. Retirando efeitos cambais, o crescimento foi de 42,3%. No Brasil, a companhia destaca uma redução de 53,9% no prejuízo por pedido, na comparação com setembro, a US$ 0,47.

O volume bruto de mercadorias da Shopee chegou a US$ 18 bilhões, queda de 1% na comparação anual. Retirando efeitos cambiais, o indicador apresentou crescimento de 7,7%. Segundo a Sea, a partir de 2023 a divulgação do GMV passará a ser anual e não mais trimestral.

Na Garena, desenvolvedora do jogo “Free Fire”, a Sea registrou receitas de US$ 948,9 milhões, crescimento de 6,27% no ano, mesmo com queda no número de usuários ativos. Em serviços financeiros, as receitas da Sea subiram 92,5% no ano, a US$ 380,2 milhões, destaca.

O diretor-presidente da Sea afirma que as incertezas macroeconômicas vão continuar em 2023, com flutuações de curto prazo nas operações da companhia, mas estão confiantes que a reestruturação os deixou em posição melhor e confia no potencial de crescimento de longo prazo.

Amazon expande entrega no mesmo dia enquanto enfrenta desafios por crescimento lento

Gigante da tecnologia continua a dedicar recursos a instalações e serviços estruturados para entregar pacotes aos clientes em menos de um dia.

A Amazon está expandindo as opções de entrega ultrarrápida, um sinal de que continua comprometida em aumentar a velocidade de seu sistema de logística enquanto reduz os planos em outras áreas.

A gigante da tecnologia continua a dedicar recursos a instalações e erviços estruturados para entregar pacotes aos clientes em menos de um dia. As expansões estão acontecendo em um momento crucial para a Amazon, que enfrenta concorrência por opções de entrega rápida, enquanto o diretor-presidente Andy Jassy coloca um foco renovado nos lucros.

Uma parte central da estratégia de entrega ultrarrápida da Amazon é sua rede de galpões que a empresa chama de locais no mesmo dia. As instalações são uma fração do tamanho dos grandes galpões de atendimento da Amazon e são projetadas para preparar produtos para entrega imediata. Em contraste, os galpões maiores da Amazon normalmente contam com estações de entrega mais próximas dos clientes para o estágio final de remessa.

A Amazon abriu cerca de 45 dos locais menores desde 2019 e pode expandir para pelo menos 150 centros nos próximos anos, de acordo com a MWPVL International, que rastreia as operações de armazenamento da Amazon.

Os locais abriram principalmente perto de grandes cidades e entregam os 100 mil itens mais populares do catálogo da Amazon, disse MWPVL. Novos locais foram abertos recentemente em Los Angeles, San Francisco e Phoenix, de acordo com a Amazon, que se recusou a fornecer informações sobre quantos locais no mesmo dia possui.

Com entrega ultrarrápida, a empresa de tecnologia está buscando novas maneiras de usar seu amplo aparato de logística para competir com empresas como Walmart e Instacart, que também oferecem opções de remessa rápida aos clientes. O Walmart usou suas milhares de lojas para ajudar a atender pedidos online rápidos.

Analistas dizem que o serviço da Amazon pode ajudar a empresa a reter usuários de sua assinatura Amazon Prime de US$ 139 por ano, que também oferece streaming, descontos no Whole Foods Market e outras regalias. O serviço de remessa rápida da Amazon pode adicionar taxas para pedidos pequenos.
“Estamos sempre explorando maneiras de oferecer aos nossos clientes novos níveis de conveniência e opções de entrega que funcionem melhor para eles. A entrega no mesmo dia é uma das inovações mais recentes”, disse uma porta-voz da Amazon, acrescentando que mais de 1,5 milhão de clientes um mês estão tentando a entrega no mesmo dia pela primeira vez.

O que significa “exortar entrega” na Shein?

Recurso do site e aplicativo é indicado para agilizar as encomendas com muitos dias de atraso e está disponível na seção de rastreamento.

A Shein é um dos serviços de fast fashion mais populares e bem sucedidos do mercado, em razão da alta disponibilidade de produtos, nichos, e pelo bom custo-benefício na maioria dos itens. Recentemente, tanto o site quanto o app inseriram um novo recurso, chamado “Exortar Entrega”, o qual tem gerado algumas dúvidas nos consumidores.

De formal geral, o ícone para exortar a entrega está disponível na seção de rastreamento da encomenda e possui como finalidade adiantar o envio do produto quando ele estiver em atraso. Confira a seguir algumas informações importantes a respeito desta nova função.

Quando devo exortar a entrega?

É muito comum que, ao solicitar o envio de um produto por meio da internet, o site forneça uma estimativa para realizar a entrega no endereço cadastrado. Contudo, em razão de problemas logísticos das entregadoras ou por motivos de força maior, estas encomendas podem atrasar.

O botão para exortar/adiantar a entrega deve ser acionado quando o objeto já estiver com muitos dias de atraso, isto é, longe daquela estimava de entrega já fornecida pelo site onde a compra foi realizada.
O que acontece ao exortar a entrega?

Ao acionar o recurso, seja pelo site ou aplicativo da Shein, o software vai atualizar e informar que “O feedback foi recebido”. Logo, os administradores serão informados de que a encomenda se encontra em atraso e vão notificar as transportadoras responsáveis para agilizar o processo.

Por que a plataforma criou esta função?

É possível que a maioria dos clientes não se incomode que o envio dos produtos atrase. Contudo, há circunstâncias especiais em que o usuário precisa da encomenda até uma data prevista. Portanto, imagine que você comprou um presente de aniversário para sua amiga e a encomenda está atrasada. Se for uma prioridade tê-lo em mãos para entregá-la até a data da festa, é imprescindível agilizar o processo de entrega.

DHL Supply Chain expande e moderniza estrutura com novo Centro de Distribuição em Goiás

Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, está expandindo e modernizando suas operações em Goiás com um novo Centro de Distribuição (CD) em Aparecida de Goiânia (cerca de 150 km de Brasília e 20 km de Goiânia). As novas instalações têm 12 mil m² de área, layout customizado, docas dedicadas para carga e descarga e um sistema anti-incêndio padrão NFPA-13 de última geração. Agrega também práticas sustentáveis como sistema de climatização baseado em amônia e CO2, utilização de caixas retornáveis e o reaproveitamento de água para redução de impacto ambiental. O CD emprega cerca de 150 pessoas. Além da armazenagem, são oferecidas soluções logísticas end to end por meio da malha de transportes da DHL que já atende empresas do mercado de saúde em nível nacional.

“Já tínhamos uma operação em Goiás, mas com a demanda do mercado de saúde sentimos a necessidade de expandir e modernizar nossas instalações no Estado. Além disso, com uma política de incentivos, Aparecida de Goiânia vinha atraindo muitos investimentos. Agora, as empresas poderão acessar com mais facilidade nossas soluções, contando com uma infraestrutura mais robusta e eficiente e serviços de ponta a ponta”, afirma Marcos Cerqueira, vice-presidente de Saúde da DHL Supply Chain.

O centro de distribuição presta serviços de armazenagem, transportes (rodoviário e aéreo), logística reversa e processos de valor agregado como etiquetagem e montagem de kits. Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

As operações logísticas no local já iniciam com quatro clientes ativos: as farmacêuticas Roche, Teva, United Medical e Zambon. Para isso, o CD conta com todas as certificações e aprovações necessárias e quatro tipos de áreas climatizadas: 15º a 25º C; 8º a 16º C; 2º a 8º C; e -20º a -25º C. Destaque também para o sistema de combate a incêndio NFPA-13 que traz práticas de combate e prevenção mais severas, como o maior volume de sprinklers, outros elementos químicos antifogo, dentre outras iniciativas.

Práticas sustentáveis
Em linha com seu plano de ESG, que dentre outros prevê zerar as emissões até 2050, o novo CD adotou práticas sustentáveis importantes. Primeiro, o teto foi revestido com uma película que reflete calor e luz solar, o que reduz em até 20% a temperatura ambiente e em consequência o consumo de energia. São utilizados condensadores com maior eficiência energética no sistema de climatização, o que reduz o impacto ambiental.

Destaque ainda para a utilização de caixas retornáveis, reduzindo o custo com embalagem e o impacto ambiental. Inclusive, a DHL faz o reaproveitamento da água utilizada nas caixas de medicamentos oriundos de importação, reutilizando-a na própria operação. Com isso, estima-se que serão reaproveitados 260 mil litros de água por ano e evitado o descarte de 12 mil caixas no mesmo período.

“Tivemos uma boa aceitação do mercado às novas instalações e temos planos de outras expansões nos próximos anos, além de estudar trazer soluções verdes como o uso de veículos elétricos para a distribuição de produtos”, finaliza Marcos Cerqueira.