FedEx tem retração no lucro e receita no 2º tri fiscal

Empresa vem sofrendo com queda na demanda.

A FedEx registrou lucro líquido de US$ 788 milhões no segundo trimestre fiscal, queda de 24,5% na comparação anual. A companhia de logística somou receitas de US$ 22,8 bilhões entre setembro e novembro, queda de 2,81% sobre o mesmo período de 2021.
“O time da FedEx trabalhou com urgência para fazer progresso rápido em nosso processo de transformação enquanto navegamos um cenário de demanda reduzida”, diz Raj Subramaniam, diretor-presidente da FedEx, em nota.
O executivo afirma que os resultados superaram as expectativas da empresa, impulsionados pela boa execução do plano estratégico e de redução de custos, mas pressionado pela continuidade na fraqueza na demanda por serviços.
O lucro superou a estimativa do mercado de US$ 720,5 milhões, de acordo com analistas ouvidos pela agência FactSet. As receitas abaixo da projeção de US$ 22,8 bilhões.
A companhia destaca que as receitas do FedEx Express, serviço de entregas global, tiveram queda de 64% no lucro operacional, com menores volumes, parcialmente compensado por um maior rendimento por pacote após reajustes de preços.
Há pouco, as ações da FedEx tinham alta de 3,44% no pós-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse).

O Serviço Postal dos EUA anunciou uma transição massiva para o transporte elétrico

O Serviço Postal dos Estados Unidos (USPS) recentemente se preocupou não apenas com a entrega de pacotes de férias, mas também está trabalhando na atualização da frota de veículos para entrega de correspondência aos clientes. O serviço estatal anunciou a sua intenção de mudar para a entrega de encomendas e cartas por transporte elétrico, a fim de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.

O Postmaster General dos EUA, Louis DeJoy, anunciou na quarta-feira uma estratégia para fazer a transição para entregas de veículos elétricos. Agora, o USPS começará a substituir uma frota envelhecida, algumas das quais estão em serviço há pelo menos 30 anos, não têm ar condicionado e usam cerca de 23 litros de combustível por 100 quilômetros.

Um total de 66.000 veículos elétricos serão adquiridos, 45.000 dos quais serão fornecidos pela empreiteira de defesa Oshkosh, que já está fazendo negócios com o USPS e possui contratos conjuntos existentes. Os veículos restantes serão adquiridos de montadoras conhecidas. Até 2026, todos os novos veículos adquiridos pelo USPS serão elétricos. O USPS é obrigado a entregar correspondências e pacotes para 163 milhões de endereços 6 dias por semana e cobrir o custo de fazê-lo, disse DeJoy, mas isso deve ser feito da maneira mais ecológica.

DeJoy disse que o USPS começará imediatamente a integrar a infraestrutura de veículos elétricos às instalações de serviço existentes. O chefe dos correios nomeado por Trump está trabalhando para reduzir as emissões de carbono, otimizar a logística, o que pode reduzir o volume de entrega de mercadorias por via aérea e o tempo total de viagem do transporte terrestre.

A transição de US$ 9,6 bilhões para veículos elétricos é apoiada em parte pela Lei de Redução da Inflação recentemente aprovada, que planeja gastar US$ 400 milhões em segurança energética e combate às mudanças climáticas. A administração do atual presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que as agências federais adquiram apenas veículos de emissão zero até 2035. Embora os 66.000 veículos elétricos sejam apenas uma fração da frota total de 220.000 veículos do USPS, será uma das maiores frotas de veículos elétricos do país. Além disso, os Correios pretendem continuar comprando veículos elétricos, com 108.000 veículos de emissão zero a serem adquiridos até 2028.

A administração Biden e os ativistas ambientais esperam que o uso de veículos elétricos em serviços de missão crítica, como entrega de correspondência, forneça um incentivo para mudar para novos veículos para aqueles que ainda não decidiram fazê-lo antes.

Amazon pede a cliente prova que não houve entrega de encomenda e vídeo viraliza

Postagem no TikTok já acumula mais de 15 milhões de visualizações.

O usuário do TikTok DadofDrama enviou um vídeo à Amazon que acabou viralizando no TikTok. Com mais de 15 milhões de visualizações, o usuário recebeu um pedido inusitado da empresa e enviou um vídeo inusitado de volta. Após realizar uma compra online, e reclamar pelo pedido não ter sido entregue, a Amazon pediu uma prova do ocorrido e foi quando o usuário gravou um vídeo abrindo a porta de casa, e não recebendo nada.

No vídeo, DadofDrama abre a porta de casa e procura a encomenda na frente de sua casa. Depois de olhar para os lados, ele abre os braços e o vídeo encerra. Na descrição ele comenta: “A Amazon me pediu de verdade por provas de que nunca recebi minha encomenda, então enviei pra eles esse vídeo”.
Nos comentários da postagem, diversas pessoas comentam já terem passado por algo parecido e reclamam da postura da Amazon. Afinal, é um pouco difícil provar que algo que, supostamente, não chegou até você realmente não chegou. O mais correto seria a empresa tentar provar ter enviado o produto. A brincadeira viralizou e trouxe muitas visualizações ao canal do homem de meia idade que posta conteúdo humorístico sobre sua vida de casado.

Você nunca sabe o que vai viralizar no TikTok
A popular rede social, famosa por dancinhas, e até mesmo alguns desafios perigosos, que já resultaram na morte de adolescentes, está sempre viralizando alguma coisa. Como é o caso do usuário DadofDrama, que usualmente posta vídeos irônicos sobre as coisas que acontecem no seu casamento.

Recentemente, o filtro AI Manga, que transforma qualquer pessoa em personagem de Anime se tornou a nova febre da rede social. Enquanto senadores dos Estados Unidos tentam proibir a plataforma, por medo de espionagem, os americanos, e o restante das pessoas no mundo, parecem gastar cada vez mais tempo no TikTok.

E-commerce ganha preferência para compras de Natal

Foco em Presentes

Um levantamento feito pelo Mercado Ads, unidade de negócios de publicidade do Mercado Livre, apontou que 90% dos consumidores farão alguma compra online para presentear em dezembro.

Do total, 56% afirmaram que vão comprar presentes para amigos e familiares, 54% comprarão produtos de uso pessoal que farão parte das festas de fim de ano e férias de verão, 51% terão como foco alimentos e bebidas para as festas de dezembro e 45% farão compras para casa com a intenção de receber amigos e familiares para as festividades.

‘Social selling’ e ‘conversation commerce’ entram em cena

Comércio on-line deve reforçar ações de integração e socialização com o cliente.

Um faturamento estimado de R$ 169,5 bilhões é o que projeta a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcoom) para o e-commerce brasileiro este ano. Em 2021, as vendas alcançaram R$ 150,8 bilhões. O volume de consumidores eletrônicos também deve saltar de 78,9 milhões para 83,7 milhões no mesmo período. Com números atraentes e desempenho acima da média dos países da América Latina, de acordo com o relatório Latim America 2022, da britânica Retail X, fica a pergunta: como será o comércio on-line num futuro próximo?

Para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail, é difícil traçar tendências a longo prazo para um segmento tão dinâmico como o comércio eletrônico e o mundo digital. “Após o avanço brutal na pandemia, atravessamos um momento de busca de equilíbrio entre expansão e vendas com qualidade”, afirma o consultor. “Diante disso, assistiremos a uma desaceleração na curva de crescimento do e-commerce, o que não significa retrocesso”. Num futuro próximo, segundo Serrentino, veremos as empresas olharem cada vez mais para dentro a fim de extrair mais valor da recorrência, apostando na intensidade de relacionamento com a base de clientes conquistada. “Isso implica em investimento em cadastros, dados, CRM, ativação de clientes, que custa mais barato do que conquistar novos consumidores”, afirma.

A opinião é compartilhada por Bruno Cury, COO da Corebiz, especializada em soluções digitais para comércio eletrônico. “Estudos apontam que o custo de captação de novos clientes chega a ser cinco vezes maior do que trabalhar a base”, declara. Segundo Cury, o sucesso do e-commerce do futuro passará pela maximização do Lifetime Value (LTV) – quanto em média os clientes investem nos produtos ou serviços durante o período que se relacionam com a empresa. “Com base nesses dados, é possível criar mais pontos de contato com os consumidores da base”, diz Cury.

Para Eduardo Souza, CMO da Evino, maior e-commerce de vinho da América Latina, o uso de dados é algo que cada vez mais diferenciará o varejo on-line, agregando valor a curto, médio e longo prazo. “Quem conseguir captar e trabalhar dados tanto de compras geradas quanto de navegação abandonada terá um diálogo relevante com seus clientes”, diz. “Paralelamente é preciso conectar a agenda social com o e-commerce, uma vez que o social commerce é uma tendência que se mistura com canais cada vez mais integrados”.

Serrentino observa, também, o avanço do amadurecimento na agenda de integração de canais, com a colocação efetiva do cliente no centro da operação e o uso cada vez maior do “conversation commerce”- interações em tempo real entre marcas e clientes – como parte da jornada e da ponte entre o varejo físico e digital, aumentando a possibilidade de criar personalização em escala. “É impressionante o que isso avançou, assim como o “social selling”, que cada vez mais embarca conteúdo, entretenimento e mídia”, diz o consultor. Segundo Serrentino, o uso de vídeo se expandirá de múltiplas formas na esteira da implantação do 5G.

Umas das primeiras marcas a investir em live commerce no país, a Evino transformou a plataforma em canal para entrar ao vivo nas redes sociais a fim de oferecer atendimento, conteúdo e promoções. “O tráfego na loja ao vivo é menor que no site, mas a conversão em compras chega a ser o dobro. A venda assistida ajuda a potencializar a conversão”, diz Souza. Recentemente, a Evino criou uma nova modalidade de loja ao vivo, onde o cliente pode marcar um horário com o sommelier e receber assessoria personalizada. “Caminhamos para agregar mais experiência em jornadas específicas do consumidor e não para gerar um grande volume de vendas na plataforma ao vivo”, diz o executivo.

Quando em 2013 a Bibi Calçados criou um canal de e-commerce para a rede de lojas, quase nada se falava de omnicanalidade. “Fomos estudar o que chamavam de novo varejo e em 2019 passamos a fazer a integração mais fortemente”, diz Camila Kohlrausch, diretora de marca e varejo. “Desde então o canal cresceu 173% e hoje responde por 9% do faturamento da rede, que este ano alcançará R$ 184 milhões. Do percentual de vendas on-line, 33% já são entregues a partir da loja física mais próxima”. Para ela, o maior desafio é conseguir capturar e usar os dados com velocidade, transformando as informações em ações relevantes para o consumidor, entregando uma experiência de compra fluida, que faça sentido para o cliente e aumente seu engajamento com a marca.

Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABCoom, observa, entretanto, que alguns desafios ainda pontuam o avanço do e-commerce no país, entre eles o alto índice de informalidade da mão de obra e a própria legislação. “Assistiremos a uma fusão cada vez maior do mundo físico e do digital, porém, para que isso decole a legislação, sobretudo o que está relacionado a questões fiscais, precisa acompanhar o movimento”, afirma.

E-commerce brasileiro prevê vendas de R$ 17,32 bilhões no Natal

Pesquisa da ABComm também revela aumento no ticket médio de compras e no número de pedidos.

E-commerce brasileiro prevê vendas de R$ 17,32 bilhões no Natal
As vendas do e-commerce brasileiro devem atingir R$ 17,32 bilhões no Natal deste ano. Se confirmado, o valor vai representar um aumento de 3,82% em relação ao mesmo período de 2021, quando foram registrados R$ 16,6 bilhões em vendas. Os dados são da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Segundo o levantamento, o ticket médio também deve subir neste ano, para R$ 450. No ano passado, a média do valor de compras foi de R$ 445. O número de pedidos deve chegar a 38,5 milhões, também maior que os 37,5 milhões registrados no Natal de 2021.

“Em um Natal que consolida a retomada econômica pós-pandemia, a intenção de consumo das famílias aumentou e a confiança do empresário também registrou altas seguidas este ano. A data é uma das mais importantes do varejo internacional e, aliada às perspectivas positivas para o Brasil no ano que vem, devemos contar com um Natal bem aquecido”, avalia Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

O aumento previsto tem gerado otimismo entre consumidores e lojistas e vem aquecendo o mercado do e-commerce já no terceiro trimestre de 2022. No período, o segmento de vendas do e-commerce chegou aos R$ 43 bilhões de faturamento, com 94 milhões de pedidos registrados.

Metade vai presentear
Outra pesquisa comprova que os brasileiros estão otimistas e pretendem gastar mais com as compras de Natal neste ano. Segundo pesquisa de intenção de compras encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) à PiniOn, 51,1% vão presentear na data e 43,8% disseram que vão gastar mais neste ano: 40,4% vão comprar presentes entre R$ 150 e R$ 450 e 26,5% manifestaram que devem desembolsar de R$ 300 a 600.

“Houve expressivo aumento dos que manifestaram intenção de compra e importante redução da porcentagem de entrevistados que não vão comprar neste Natal, se comparado com o ano passado”, afirma Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.

Realizada com 1.704 pessoas de todas as regiões do Brasil, a pesquisa aponta que 31,9% não têm intenção de dar presentes e outros 17% estão indecisos, mesmo patamar do ano passado.

A busca pela consolidação das entregas no mesmo dia

Com mais de 21 anos de experiência na área de logística e distribuição, Bruno Tortorello é um dos executivos mais destacados do setor. Graduado em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, com especialização em Administração pela FGV e MBA em Gestão Internacional pela FIA, Tortorello foi presidente da Total Express e, anteriormente, liderou áreas comerciais e operacionais do braço logístico do Grupo Abril. Chegou na Jadlog com a missão de alavancar as vendas e os negócios por meio das operações do e-commerce e do fortalecimento do negócio B2B de pequenas encomendas, contribuindo para que a transportadora alcançasse o faturamento de R$ 1 bilhão em 2020.

A satisfação do consumidor só estará completa quando o produto adquirido via e-commerce for entregue com segurança, dentro dos prazos estabelecidos. Ao mesmo tempo em que cresce o número de compradores no ambiente online, as exigências em favor da melhor experiência de compra também aumentam, incluindo as expectativas de entregas cada vez mais rápidas, com comunicação transparente e rastreamento em tempo real do pedido. O same day delivery, ou as entregas em domicílio no mesmo dia da compra, passa a ser o grande desafio do e-commerce dentro de todo esse contexto.
O same day delivery, ou as entregas em domicílio no mesmo dia da compra, é a grande meta do e-commerce brasileiro atual.

Importância da logística ágil
Pesquisas sobre o comportamento e os anseios do consumidor realizadas periodicamente pela PWC, em diversos países – entre eles o Brasil – revelaram a importância da logística ágil das mercadorias adquiridas via comércio eletrônico e a relevância que as entregas têm na experiência de compra. O recebimento da encomenda intacta dentro do prazo combinado é considerado cada vez mais um diferencial para os clientes. E esse fator está intimamente relacionado com a percepção de qualidade na prestação dos serviços por parte de varejistas e transportadores, além de ser um aspecto que pode definir o fechamento da venda.

Prova disso é que 42% dos entrevistados pela PWC em março do ano passado responderam que a entrega rápida e confiável está entre os três principais atributos buscados na experiência online. E podemos afirmar que a percepção sobre a importância do recebimento das encomendas só aumenta, paralelamente à elevação e à frequência de compras no ambiente virtual.

Levantamento da mesma consultoria aferiu que mais de 40% dos consumidores estavam dispostos a pagar uma taxa adicional no frete para que as entregas ocorressem no mesmo dia. E outros 24% aceitavam desembolsar um valor a mais para garantir a chegada da remessa no curtíssimo intervalo de uma ou duas horas após a compra.

Same day delivery é a meta
Com esses feedbacks, além de oferecer opções de entregas aos consumidores, o e-commerce busca reduzir o intervalo entre o clique final da compra e recebimento do produto. Por isso, a consolidação do same day delivery é a meta a ser alcançada atualmente no Brasil.
No exterior, especialmente em mercados mais maduros do e-commerce, como em países da Europa e nos Estados Unidos, a entrega em domicílio no mesmo dia já é uma realidade mais consistente. Só a Amazon, por exemplo, transporta mais de três milhões de encomendas nesse modelo no mercado internacional.
No território brasileiro, o same day delivery vem crescendo exponencialmente, trazendo uma nova realidade para o consumidor que se preocupa mais com a rapidez da entrega do que com o valor do frete. Contudo, os procedimentos logísticos e o tempo para a entrega precisam ser avaliados com cuidado, pois trata-se de um país continental com algumas localizações inacessíveis até aos serviços postais.
Por isso, a estratégia de adoção ao same day delivery no Brasil começa em capitais e nos principais centros urbanos, combinada com a utilização das dark stores, os centros de armazenamento com tamanhos reduzidos, mas localizados estrategicamente para fornecer o apoio logístico necessário.
Investimentos em tecnologia da informação, infraestrutura, mecanização e modernização dos terminais de cargas, veículos estruturados e adequados para a última milha e treinamento de pessoal já estão sendo feitos, e são igualmente fundamentais para o alcance da meta. As soluções OOH (Out of Home, ou fora de casa), que incluem os PUDOS (Pick Up Drop Off) e os lockers, também passam a ser facilitadores das entregas no mesmo dia, especialmente quando a retirada da encomenda nesses pontos é necessária pela impossibilidade de receber na residência.

Portanto, já são claras as movimentações dos players do comércio eletrônico nessa direção, englobando as transportadoras e os operadores logísticos, em favor da consolidação do same day delivery no Brasil. Neste momento, essa modalidade é mais operada por unicórnios do setor, gigantes varejistas e marketplaces com a logística adaptada, mas, em um curto espaço de tempo, ganhará escala e será oferecida mais amplamente aos consumidores brasileiros.

Correios têm lucro de R$ 1,5 bi neste ano

Desaceleração do comércio eletrônico impacta receita da estatal.

Prestes a completar 360 anos, os Correios fecham 2022 com lucro de R$ 1,5 bilhão, mesmo com a desaceleração do comércio on-line, uma importante fonte de receita.

“Os resultados da empresa neste ano não serão tão expressivos como no ano passado, mas não por culpa da empresa. Isso é reflexo da realidade mundial e nacional do comércio eletrônico”, disse ao Valor o presidente dos Correios, Floriano Peixoto.

A pandemia impulsionou o “e-commerce”, um dos fatores que contribuíram para a expansão da receita da estatal. No ano passado foram R$ 22 bilhões. Em 2020, R$ 17,9 bilhões, um recuo de 6% em relação a 2019, quando a receita totalizou R$ 19 bilhões.

A empresa ainda não dispõe da projeção de receita para 2022, porque os meses de novembro e dezembro tendem a ser os mais importantes, em virtude de eventos como Black Friday e Natal. Mas o presidente da estatal adiantou a expectativa de um lucro recorrente superior a R$ 1,5 bilhão.

Em março, a atual direção dos Correios apresentou ao conselho de administração um resultado recorde relativo a 2021: um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões. Foi o melhor balanço em 22 anos, o que permitiu à empresa retomar o pagamento dos dividendos, no valor de R$ 260 milhões, após um hiato de dez anos. Também foi possível à empresa compartilhar os lucros com os empregados, conforme acordo coletivo de trabalho. Atualmente, a estatal conta com um quadro de 87.351 empregados.

São cerca de 12 mil funcionários a menos em relação a 2019, quando havia 99.412 servidores. Essa redução do quadro se deu via programas de demissão voluntária (PDV) e aposentadorias.

Os Correios ainda convivem com um passivo trabalhista de R$ 1,23 bilhão, mas Peixoto diz que essa conta está sob controle. Lembrou que quando assumiu a direção da estatal, em junho de 2019, encontrou um rombo de R$ 18 bilhões, uma folha de pagamento para honrar no valor de R$ 1,1 bilhão, e somente R$ 130 milhões disponíveis no caixa. Outra dificuldade foi a greve de 33 dias dos servidores, que rendeu um prejuízo de R$ 330 milhões. O plano de saúde e o previdenciário (Postalis) eram problemas históricos, que segundo Peixoto, hoje se encontram estabilizados.

Peixoto ponderou que este ano foi marcado pelo retorno das lojas físicas abertas, impedindo um desempenho igualmente significativo das vendas on-line. Ele prefere comparar os resultados de 2022 com 2020 por uma questão de “lógica e de justiça”, porque naquele ano o “e-commerce” não estava aquecido. “O ano de 2021 foi atípico para todos”, alegou. Em contrapartida, ele cita os dados da pesquisa “The Future of Retail”, com previsões para o futuro do varejo, que projetou um crescimento de 42% do e-commerce brasileiro até 2025. “Com a consolidação do comércio eletrônico como opção viável, segura e conveniente, o setor de logística passa a ser o grande protagonista desse mercado”, diz.

O segmento de encomendas internacionais cresceu 900% em quatro anos, observou. A empresa, então, investiu em três novos centros internacionais de distribuição: um na região Centro-Oeste, outro na região Sudeste, e o terceiro no Aeroporto de Guarulhos. No terminal, a estatal alugou um espaço de 106 mil m2 que será transformado num “hub” latino-americano de encomendas. O memorando de entendimentos já foi assinado.
Peixoto reuniu-se com a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente, para compartilhar dados sobre a situação da estatal. “A reunião foi boa, a pauta nos foi repassada pelo Ministério das Comunicações para falarmos da estrutura, das ações mais relevantes, questões de caixa, dar uma moldura mais ampla da empresa, não houve aprofundamento em qualquer área, e se houver necessidade, isso vai passar pelo Ministério da Economia”, relatou.

Além do “hub” logístico em Guarulhos, outro projeto em andamento que Peixoto espera que a próxima gestão dê continuidade é o estudo para modernização da empresa, confiado ao Cimatec, escola de excelência na área de indústria vinculada ao Senai, com sede em Salvador (BA). “Temos contrato firmado com o Cimatec para a recomposição da estrutura de funcionamento da empresa”, diz Peixoto. A instituição visitará as unidades da estatal, e o projeto-piloto terá início no centro de Cajamar (SP).

Peixoto deixará o cargo no fim de dezembro. Os presidentes dos institutos ligados ao plano de saúde dos Correios e do Postalis (de previdência) permanecerão nos cargos para ajudar na transição até os sucessores, em razão da especifidade dessas instituições.
Na reunião, estavam representando o futuro governo Lula o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo e o ex-deputado Jorge Bittar, do PT fluminense.

Logística projeta movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas em 2023

Com uma gigantesca movimentação o e-commerce mundial é um dos grandes responsáveis por essa projeção.

O setor de logística parece estar em seu ápice. Pelo menos é o que garantem especialistas do mercado. De acordo com pesquisa da Transparency Market Research as previsões para o ano de 2023 são de que o mercado global de logística valerá R$ 15,5 trilhões com a movimentação de mais de 92 bilhões de toneladas de mercadorias. Com destaque para a gigantesca movimentação do e-commerce mundial.

Ao mesmo tempo, a área encara sua mais radical transformação digital, com a necessidade de incorporar veículos elétricos e ter mais controle sobre a gestão do consumo de combustível.

Também se faz necessário investir em tecnologia para desenhar rotas dinâmicas e mais eficientes, sobretudo no e-commerce, e construir projetos baseados em intermodalidade, ou seja, com trechos complementares de rodovia e hidrovia, por exemplo.

A logística é uma atividade de interesse público, além de ser fundamental para enfrentar o desafio de recuperar a economia após dois anos de tantas dificuldades.

A IBL Logística, empresa que oferece serviços de transportes aéreo para cargas de todos os segmentos, sendo os principais voltados ao mercado farmacêutico, eletrônico e alimentício, projeta para 2023 um crescimento entre 20% e 30% no sistema modal de transporte, dividido entre todos os segmentos.

Sendo que os setores eletrônico e fármaco estão entre os de maior crescimento para o próximo ano.

Vale destacar que o Grupo IBL, em março de 2020 (no auge da pandemia), buscou alternativas para atender a cadeia de suprimentos que, naquele momento, era atendida no modal aéreo.

Diante do cenário, a empresa criou rota com veículos refrigerados dentro do range de temperatura necessária, conduzidos por motoristas alternados durante o percurso.

Além disso, a empresa foi responsável pela entrega de vacinas contra a Covid- 19.

Black Friday: número de encomendas enviadas cresceu 16% em relação a 2021

Como consequência pelas vendas online durante a Black Friday 2022, somente na segunda-feira, 28/11, a Mandaê, unidade de logística da Nuvemshop, registou um aumento de 16% na quantidade de encomendas enviadas, em relação ao ano passado.

Durante a semana toda, entre de 22 a 28 de novembro de 2022, a Mandaê registrou mais de 160 mil envios nos centros de distribuição de São Paulo e Minas Gerais. Para atender à demanda do período, a empresa aumentou a capacidade de envios por hora em 70%.

“Para nos prepararmos para a Black Friday deste ano, ampliamos a capacidade operacional. Compramos novos equipamentos, aumentamos a frota de veículos e a capacidade técnica dos servidores e aplicativos, além de alinharmos com transportadoras e aumentarmos o quadro de colaboradores para o período”, comenta Vitor Cunha, Diretor de Operações da Mandaê.

“Com essas estratégias, conseguimos aumentar a nossa capacidade de envios, diminuindo os prazos de entrega para nossos lojistas e consumidores finais”, complementa Cunha.

Fundada em 2014, a Mandaê é uma plataforma logística que conecta os pequenos e médios comércios eletrônicos com transportadoras, traçando a melhor rota para cada encomenda enviada. A logtech foi adquirida pela Nuvemshop em 2021 com o objetivo de fornecer melhores serviços de entrega para seus mais de 100 mil pequenos e médios lojistas.