Amazon mira expansão em logística e número de vendedores; Prime Day 2025 é confirmado para julho

A Amazon reforçou o compromisso com o mercado brasileiro durante o Amazon Conecta 2025, evento que reuniu vendedores e especialistas do setor nesta terça-feira.

Juliana Sztrajtman, presidente da Amazon Brasil, apresentou os principais números da operação local e destacou a estratégia de expansão logística e de incentivo a pequenas e médias empresas (PMEs) no marketplace.

Atualmente, a empresa atende todos os 5.570 municípios do país, com mais de 1,3 mil cidades cobertas por entregas em até dois dias e mais de 200 com entregas em um dia. A malha logística conta com 150 polos e 12 centros de distribuição (CDs), sendo o mais recente o GRU9, inaugurado em São Paulo, que é considerado o mais tecnológico da operação brasileira. Com 70 mil m², o CD tem capacidade para separar até 9,5 mil pacotes por hora. A empresa prevê a abertura de novas unidades ainda em 2025.

Segundo dados da NielsenIQ, a Amazon figura entre as primeiras posições em intenção de compra e lembrança de marca no Brasil. Juliana destacou que a companhia vem acompanhando de perto o comportamento do consumidor, com foco em ampliar a seleção de produtos e tornar as entregas mais seguras e rápidas.

Atualmente, são ofertados 150 milhões de produtos em 50 categorias no marketplace. Membros Prime compram, em média, sete vezes mais que usuários comuns. Embora o número de assinantes no país não tenha sido divulgado, o Brasil é o mercado onde o programa Prime mais cresceu globalmente.

Números regionais

As vendas realizadas por vendedores parceiros da Amazon apresentaram crescimento expressivo em todas as regiões do Brasil entre 2023 e 2024. O levantamento feito pela empresa revela expansão acima de dois dígitos em todos os estados com relação a novos sellers.

Os destaques foram o Sudeste, que manteve a liderança na chegada de vendedores, e o Norte, que registrou o maior avanço percentual. Veja:

  • Sudeste

Com um crescimento geral de 36%, a Região Sudeste segue como o principal polo de negócios para os parceiros da Amazon. O maior avanço foi registrado no Rio de Janeiro, com aumento de 76% — de 8.783 para 15.477 de novos vendedores, um acréscimo de mais de 6,6 mil. São Paulo também se destacou, com alta de 30% e mais de 11,5 mil vendedores em 2024. Espírito Santo e Minas Gerais registraram crescimentos de 27% e 25%, respectivamente.

  • Norte

A Região Norte teve o maior crescimento percentual do país, com expansão superior a 55% na base de vendedores parceiros. Roraima (68%) e Pará (67%) lideraram o avanço, seguidos por Amazonas (59%), Tocantins (47%), Amapá (45%), Acre (41%) e Rondônia (40%). O Pará se destaca ainda como o estado com maior número absoluto de parceiros, superando os 600 vendedores.

Além do crescimento comercial, a região também recebeu projetos logísticos inovadores. Um piloto de entregas foi implementado na comunidade do Catalão, zona rural de Iranduba, a 27 km de Manaus. A ação permite que 86 famílias ribeirinhas recebam produtos da Amazon.com.br em até dois dias, por meio de voadeiras que partem do Porto da Ceasa, na zona sul da capital amazonense.

  • Nordeste

O Nordeste registrou um crescimento geral de 33% no mesmo índice e se consolidou como uma das áreas de maior expansão. O Maranhão liderou o crescimento regional com alta de 61%, enquanto Alagoas (41%) e Ceará (34%) também se destacaram. Bahia, Pernambuco e Paraíba mantiveram trajetória positiva, com mais de 1.000 novas operações somadas. Sergipe e Piauí cresceram 21% cada.

  • Centro-Oeste

Com aumento médio de 33%, o Centro-Oeste manteve ritmo semelhante ao do Nordeste. Goiás teve o melhor desempenho da região, com alta de 41% nas vendas, seguido por Mato Grosso (43%), Mato Grosso do Sul (32%) e Distrito Federal (22%).

  • Sul

A Região Sul registrou crescimento médio de 24%, impulsionado principalmente por Santa Catarina, com alta de 27%. Paraná cresceu 24% e o Rio Grande do Sul, 21%. Os três estados somaram mais de 3 mil novos sellers no ano.

Marketplace com foco em PMEs

De acordo com Virginia Pavin, diretora de Marketplace da Amazon Brasil, a empresa encerrou 2024 com 100 mil vendedores ativos, crescimento de 30% em relação ao ano anterior. Desse total, 99% são pequenas e médias empresas.

“As vendas no marketplace somaram R$ 11,3 bilhões em 2024, com 78% dos pedidos feitos para fora da localidade do vendedor, refletindo o alcance nacional da plataforma. Além disso, mais de 3 mil vendedores brasileiros já comercializam seus produtos em outros países por meio da Amazon”, disse.

A executiva também anunciou novas ferramentas com apoio de inteligência artificial para simplificar o processo de entrada de lojistas na plataforma. Em 2025, a empresa contará com um Registration Hub, que oferece suporte especializado para o cadastro de novos vendedores, e o Listing Hub, com profissionais dedicados à criação de listagens. As soluções de IA permitirão a geração automática de páginas de produto a partir de uma breve descrição, imagem e URL do site.

A comunicação com os vendedores também passará a ser feita via WhatsApp, em mais uma iniciativa para aproximar a Amazon dos lojistas.

Logística e novas categorias

O programa Fulfillment by Amazon (FBA), que atualmente opera apenas para vendedores registrados em São Paulo, será expandido ao longo do ano. A empresa também reconhece que estados com maior incentivo fiscal seguem à frente na atração de novos polos logísticos.

Entre as prioridades do marketplace para 2025 está o aumento da variedade de produtos em categorias como automotivo e moda, com campanhas de incentivo a lojistas para ampliar o sortimento.

Prime Day e perspectivas

A edição de 2025 do Prime Day está confirmada para julho. Em 2024, a data promocional registrou crescimento de 71% em relação ao ano anterior, com 9 bilhões de entregas feitas no mesmo dia ou no seguinte.

Segundo os executivos, o evento Amazon Conecta reflete a estratégia da companhia de estar mais próxima da base de vendedores brasileiros, considerada peça-chave para o crescimento da operação local.

Fonte:  https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/amazon-mira-expansao-em-logistica-e-numero-de-vendedores-prime-day-2025-e-confirmado-para-julho

Setor de entregas da China registra crescimento robusto no volume de encomendas

Beijing, 14 abr (Xinhua) — O volume de entrega expressa da China ultrapassou 50 bilhões de pacotes em 11 de abril deste ano, atingindo o marco 18 dias antes do que em 2024, de acordo com dados divulgados pela Administração Estatal de Correios (AEC) do país no sábado.

Esse número corresponde a aproximadamente 35 pacotes por pessoa até agora neste ano, com cerca de 500 milhões de pacotes atravessando o país todos os dias.

Uma série de políticas pró-consumo apoiou o crescimento estável dos gastos dos consumidores, alimentando a expansão contínua do mercado de encomendas expressas, informou a autoridade.

Sob a iniciativa de substituição de bens de consumo do país, 100,35 milhões de novos eletrodomésticos foram vendidos até 10 de abril, impulsionando o aumento no volume de encomendas.

As especialidades locais estão alcançando mercados mais amplos em um ritmo mais rápido. Por exemplo, o café de Yunnan agora é servido em cafeterias em todo o país, o chá de Zhejiang está sendo apreciado em todo o país e os agrícolas sazonais, como brotos de bambu da primavera e plantas ornamentais, estão chegando aos consumidores mais rapidamente, graças à melhoria da logística e às promoções de primavera das plataformas de comércio eletrônico, indicou a AEC.

O crescimento robusto das encomendas reflete a recuperação estável do mercado consumidor, a aceleração da modernização industrial e uma economia estável e em melhoria, disse Liu Jiang, especialista do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento da AEC.

Em 2024, o setor de entrega expressa da China lidou com mais de 174,5 bilhões de pacotes e gerou mais de 1,4 trilhão de yuans (cerca de US$ 193 bilhões) em receita, marcando aumentos anuais de 21% e 13%, respectivamente. O país manteve sua posição como o maior mercado de entrega expressa do mundo por 11 anos consecutivos.

Olhando para o futuro, à medida que as políticas pró-consumo continuam a surtir efeito e os novos motores de crescimento ganham impulso, espera-se que o setor de encomendas acelere ainda mais a fluidez da atividade econômica e aumente a eficiência da economia real, injetando um impulso mais forte no desenvolvimento de alta qualidade, declarou o órgão. Fim

Fonte: “https://monitormercantil.com.br/setor-de-entregas-da-china-registra-crescimento-robusto-no-volume-de-encomendas/

Loggi lança canal de atendimento com Inteligência Artificial generativa na logística

Chamada Lori, canal está disponível para 100% dos clientes, desde empreendedores até grandes marcas e marketplaces.

Embarcando no trem da Inteligência Artificial, a Loggi, empresa brasileira de entregas, acaba de lançar a Lori, novo canal com IA generativa para atendimento aos clientes, desde empreendedores até as grandes marcas e marketplaces, que enviam pacotes para todo o Brasil, de forma exclusiva no segmento de logística.

Com a implementação da tecnologia, será utilizada uma arquitetura multi-agente que incorpora um modelo avançado de linguagem natural baseado em Inteligência Artificial generativa, especializado e treinado para cada demanda específica do cliente. Entre os benefícios, estão: escalabilidade, agilidade em atendimento de tarefas específicas e funcionamento contínuo.

“De forma pioneira na logística, estamos oferecendo para 100% dos nossos clientes um atendimento de IA com mais interações naturais”, revela Diego Cançado, vice-presidente de Produto e Tecnologia da Loggi.

O novo serviço com IA generativa, inédito na logística, ajudará de forma bastante interativa na troca de informações com clientes, como no rastreamento de pacotes, no apoio em temas como alteração de endereços e devoluções, além de fornecer orientações de coleta, entrega e postagem, entre outros.

“Disponibilizamos recursos mais simples de status, orientações e dúvidas em geral, e vamos continuar desenvolvendo esta solução para que cada vez mais o cliente tenha autonomia para resolver de forma mais rápida qualquer questão do seu dia a dia, desde comprar um envio e imprimir a etiqueta, até rastrear e adicionar instruções de entrega a um pacote”, explica Cançado.

O chatbot tem capacidade para resolver pelo menos 80% dos casos que os clientes apresentam e isso inclui também questões complexas de análise de dados, como relacionado ao rastreamento de pacotes em que o cliente necessita de mais informações. Assim, o chatbot interpreta o monitoramento e são fornecidos direcionamentos específicos para cada caso. Além disso, em situações que precisam de acompanhamento mais específico, será direcionado para os atendimentos humanos para tratativas e resoluções.

“Com esta iniciativa estamos realizando uma transformação no atendimento e na experiência do cliente com a logística brasileira. E buscamos nos fortalecer cada vez mais como uma das principais empresas do mercado”, finaliza o VP de Produto e Tecnologia da Loggi.
Fonte:https://mercadoeconsumo.com.br/05/03/2025/destaque-do-dia/loggi-lanca-canal-de-atendimento-com-inteligencia-artificial-generativa-na-logistica/

Drones e entrega expressa revolucionam a logística na China

Com liderança global, a China se destaca com inovações em drones e varejo instantâneo na logística.

Drones: o diferencial na logística chinesa

entrega expressa tem se consolidado como um dos pilares da logística na China. Entre as principais inovações está o uso de drones para entregas, que têm contribuído para a redução de custos para comerciantes, o aumento de receitas e a melhora na experiência do consumidor.

Segundo Cui Zhongfu, vice-presidente e secretário-geral da Confederação da Logística e Compras da China, o número de encomendas de entrega expressa alcançou 42 bilhões em 2023, atendendo a mais de 700 milhões de usuários. A projeção para 2024 é ainda mais ambiciosa, com um volume superior a 48 bilhões de encomendas, consolidando o país como líder global no setor.

Empresas impulsionam o mercado

O mercado de entrega expressa na China segue em crescimento robusto. Empresas líderes, como Meituan e Alibaba, demonstram dinamismo. Nos primeiros três trimestres de 2024, o aplicativo Meituan alcançou 18,7 bilhões de encomendas de entrega instantânea, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já a Alibaba, no relatório trimestral divulgado em setembro, mostrou um crescimento de 14% na receita de seu grupo de serviços locais. A receita de entrega relâmpago também teve alta, subindo de RMB 2,122 bilhões no primeiro semestre de 2023 para RMB 2,284 bilhões no mesmo período de 2024.

O avanço do varejo instantâneo

Outro destaque é o varejo instantâneo, um modelo de negócios baseado em entregas ultrarrápidas e alta eficiência. Segundo o Relatório de Pesquisa sobre o Desenvolvimento da Indústria de Varejo Instantâneo, publicado pelo Instituto de Pesquisa Comercial Internacional e Econômica do Ministério do Comércio, o setor tem crescido a uma taxa média anual superior a 50%.

Em 2023, o mercado de varejo instantâneo na China atingiu RMB 650 bilhões, representando um aumento de 28,89% em relação ao ano anterior. Esse avanço reflete como a logística e o consumo caminham lado a lado no país, impulsionados pela inovação tecnológica.

Este crescimento coloca a China como referência global em soluções logísticas de alta tecnologia.

Fonte: “Drones e entrega expressa revolucionam a logística na China | Exame

 

 

E-commerce fatura R$ 185,7 bilhões e logística potencializa experiência do cliente

Tema está presente na agenda do Logística do Futuro, evento que será realizado pela MundoLogística nos dias 2 e 3 de outubro, em São Paulo.

O setor de e-commerce brasileiro segue em forte crescimento. Em 2023, o faturamento atingiu R$ 185,7 bilhões, um aumento de 9,5% em relação a 2022. Para se ter ideia de expansão, em 2018 o setor faturou R$ 69,8 bilhões. As projeções são otimistas, com estimativas de alcançar R$ 204,2 bilhões em 2024 e R$ 277,8 bilhões em 2027, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Em meio ao crescimento do setor, como a logística impacta no atendimento ao cliente? À medida que o e-commerce cresce, a logística se torna essencial para garantir que os consumidores recebam seus produtos de forma eficiente e dentro do prazo.

De acordo com o executivo com mais de 19 anos de experiência em Logística e Supply Chain, Leandro Bernardino, em artigo publicado na edição 87 da MundoLogística, a logística vai além de transporte e armazenamento. A logística agrega valor ao produto, sendo decisivamente na satisfação do cliente, cumprindo prazos e até superando expectativas. Bernardino afirmou que “logística está em tudo”, e que garantir uma entrega eficiente é fundamental para conquistar a fidelidade do consumidor.

“Agregar valor ao produto significa não apenas vendê-lo, mas também garantir a promessa ao cliente, cumprir com o prazo acordado ou surpreender, oferecendo uma entrega após a efetivação de compra em um prazo mais curto ao qual foi prometido, gerando sensação de superação de expectativa pelo atendimento eficiente no fluxo operacional de entrega” afirmou o executivo.

ENTREGAS RÁPIDAS
Um exemplo claro dessa importância são as entregas rápidas, que se tornaram um diferencial competitivo para gigantes do e-commerce. Neste sentido, a Amazon Brasil e a Azul Linhas Aéreas Brasileiras ampliaram novas rotas aéreas para entregas em todo o país como estratégia para reduzir os prazos de entrega de sete para dois dias nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Rio Grande do Sul, Bahia e Maranhão, beneficiando cidades como Fernando de Noronha (PE), Santarém (PA) e Rondonópolis (MT) e Pelotas (RS).

Crescimento de Assinaturas Prime e Premium
Esse foco na conveniência, com entregas rápidas e frete grátis, também impulsionou o crescimento dos serviços de assinatura Prime e Premium, como mostra uma pesquisa da NielsenIQ em parceria com a Amazon. Com 45% dos brasileiros assinando esses serviços, a logística eficiente é, mais uma vez, o ponto central. O frete grátis (74%) é o principal motivo de adesão, reforçando que a logística não apenas apoia o crescimento do e-commerce, mas é o fator decisivo que molda os hábitos de consumo no Brasil.

“O maior desafio para garantir frete grátis e rápido em um país de dimensões continentais como o Brasil é a complexidade logística e, por isso, implementamos várias estratégias como o aumento no número de estações de entrega, parcerias estratégias [por exemplo, com a Azul Linhas Aéreas], além de outros incentivos para os clientes”, mencionou a companhia.

INOVAÇÃO E EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
A inovação em logística tem sido um diferencial estratégico para empresas do e-commerce que buscam melhorar a experiência do cliente. O Magalu anunciou recentemente a chegada do especialista Caio Gomes como Chief Data Officer & Chief AI Officer da companhia. Em comunicado, a empresa salientou que, entre outras demandas, um dos desafios do executivo é potencializar a entrega rápida do Magalu, com foco em experiência do cliente.

Essa é uma meta da varejista há alguns anos. Em 2021, o Magalu implementou a entrega rápida, em até uma hora, em 11 cidades brasileiras, que incluíam desde capitais como São Paulo (SP) e Salvador (BA) a grandes municípios do interior, como Ribeirão Preto (SP) e Campina Grande (PB).

Outro exemplo é a Fast Shop, que conseguiu triplicar suas vendas em 2023 com o serviço Ultra Fast, que entrega produtos de pequeno e médio porte, como celulares e tablets, em até uma hora. A empresa adotou um modelo de logística descentralizada, onde as lojas físicas atuam como centros de distribuição, garantindo que os produtos sejam mais voltados aos consumidores.

OMNICHANNEL
No contexto de um mercado cada vez mais conectado, a omnicanalidade surge como uma abordagem essencial para integrar todos os pontos de contato com o cliente.

Pesquisa de mercado realizada pela Opinion Box e a retail tech Bornlogic, em 2023, apontou que 90% dos entrevistados esperam que as empresas tenham uma estratégia de atendimento ao cliente integrada nos múltiplos canais de vendas da marca. Além disso, 77% dos consumidores afirmam já ter feito compras em mais de um canal de vendas da mesma empresa.

A consultoria empresarial americana McKinsey & Company, revelou que empresas B2B que investiram em estratégias omnichannel de atendimento tiveram aumento de 10% em participação de mercado, comparado a empresas que não adotaram essas estratégias.

Segundo dados da Deloitte, os consumidores que transitam entre os diversos canais de uma mesma loja gastam 82% a mais se comparados aos de uso mais tradicional, com apenas um ponto de contato.

Já no último relatório divulgado sobre a experiência do cliente, a Emplifi apontou que 86% dos consumidores não deixam de comprar de uma marca na qual já possuem fidelidade e o atendimento de qualidade importa mais ao consumidor do que o preço do produto ou serviço.

LOGÍSTICA DO FUTURO

Acompanhando as tendências do setor, esse tema está presente na agenda do Logística do Futuro, evento promovido pela MundoLogística que reunirá profissionais e especialistas do setor para discutir e explorar as tendências, inovações e melhores práticas que moldarão o futuro da logística.

Com mais de 70 palestrantes abordando temas como omnicanalidade, otimização de malha e responsividade, o evento será realizado nos dias 2 e 3 de outubro no Transamérica Expo, em São Paulo. As inscrições podem ser realizadas no site oficial: https://logisticadofuturo.com.br/.

A transformação da última milha: o potencial do out of home delivery no Brasil

Considerando que o faturamento do e-commerce brasileiro em 2022 alcançou R$ 262,7 bilhões, conforme dados do E-commerce Brasil, o setor enfrenta desafios na logística de última milha, especialmente com a crescente demanda por entregas rápidas e eficientes.

Os desafios da logística urbana no Brasil ficaram mais evidentes com o crescimento exponencial do e-commerce, especialmente na última etapa do processo logístico, conhecido como última milha de entrega ou last mile delivery, que compreende o trecho final da entrega, no qual o produto é transportado do centro de distribuição até o destino final, geralmente a residência do cliente. Esse estágio é amplamente reconhecido como o mais complexo e dispendioso de toda a cadeia logística, podendo representar até 65% do custo total de transporte (Last Mile Experts, 2024).

No Brasil, a última milha enfrenta adversidades únicas devido às características dos grandes centros urbanos: congestionamentos, infraestrutura urbana desigual, dificuldades de acesso a determinadas áreas por falta de endereçamento, código de endereçamento postal ou insegurança local. Essas adversidades resultam em aumento dos custos operacionais, atrasos e insatisfação dos consumidores, que exigem entregas rápidas e seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023; Resende et al., 2023).

O que é out of home delivery?
Diante dos desafios crescentes da logística de última milha, o modelo de out of home delivery (OOHD) surge como uma solução inovadora e eficiente. OOHD envolve a entrega de pacotes em locais alternativos ao endereço residencial, como lockers, pontos de coleta (PUDOs) e estabelecimentos comerciais parceiros.

Essa abordagem não só aumenta a flexibilidade para os consumidores, permitindo que escolham pontos de retirada convenientes, mas também melhora a eficiência operacional ao reduzir a dependência das entregas domiciliares.

Ao atender à crescente demanda por conveniência e personalização no e-commerce, o OOHD se estabelece como uma estratégia crucial para otimizar a logística de última milha (Janinhoff et al., 2024).

Além disso, a experiência europeia em OOHD pode servir como um exemplo para o mercado brasileiro. Na Europa, países como Polônia, Reino Unido, França, Alemanha e Itália lideram a adoção desse modelo, com um número expressivo de lockers e PUDOs.

Por exemplo, em 2024, a Polônia contava com aproximadamente 79.590 pontos de entrega, seguida pelo Reino Unido com 66.300 e França com 63.370. Esse crescimento rápido na Europa demonstra como a expansão de uma rede robusta de pontos de entrega pode melhorar significativamente a eficiência logística e a satisfação do consumidor (Last Mile Experts, 2024).

Vantagens do out of home delivery no contexto brasileiro
Adaptabilidade às realidades urbanas: no Brasil, onde o tráfego urbano e a insegurança em certas áreas urbanas podem dificultar as entregas, o OOHD oferece uma alternativa segura, eficiente e efetiva para o transportador. Locais de coleta podem ser posicionados em áreas de fácil acesso, reduzindo a necessidade de o entregador enfrentar dificuldades em áreas menos seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Redução de custos logísticos: a centralização das entregas em pontos estratégicos, como lockers e PUDOs, ajuda a diminuir os custos operacionais tanto para as empresas de logística quanto para os comerciantes. Em cidades onde a última milha tradicional tem custo relevante, o OOHD se apresenta como uma solução para otimizar os recursos. Essa eficiência é reforçada pela efetividade da entrega, em que muitas encomendas podem ser entregues em um único ponto, diferentemente do modelo tradicional de entrega (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Sustentabilidade ambiental: o modelo de out of home delivery (OOHD) desempenha um papel fundamental na promoção de práticas logísticas mais sustentáveis ao reduzir o número de entregas domiciliares individuais, o que diminui o consumo de combustível e as emissões de carbono. Além disso, a consolidação de entregas em lockers e PUDOs contribui para a eficiência no uso de veículos, minimizando as distâncias percorridas e, consequentemente, o impacto ambiental. Essas iniciativas alinham-se com as metas globais de sustentabilidade, promovendo uma logística urbana mais limpa e eficiente (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; ONU, 2015).

Melhoria na experiência do consumidor: a flexibilidade de escolher onde e quando retirar suas compras é um grande diferencial para os consumidores brasileiros, que enfrentam rotinas cada vez mais dinâmicas ou residem em locais com restrições de entrega. A facilidade de uso dos lockers e a conveniência de pontos de coleta em estabelecimentos comerciais parceiros tornam a experiência de compra mais satisfatória para o consumidor (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Desafios na implementação do OOHD
A implantação de redes de lockers e PUDOs pode enfrentar desafios significativos nas dimensões comportamento do consumidor, integração com marketplaces, engajamento da comunidade, infraestrutura e capacidade tecnológica.

No que diz respeito ao comportamento do consumidor, muitos mercados ainda são fortemente voltados para a entrega domiciliar. A mudança dessa mentalidade, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas, é essencial para a popularização do OOHD.

Campanhas educativas e incentivos podem ser necessários para promover a adoção de lockers e PUDOs como alternativas convenientes e eficazes. Essa transição cultural é crucial para a implementação bem-sucedida do modelo (Janinhoff et al., 2024).

Na dimensão de integração com marketplaces, a eficiência do OOHD depende da capacidade de conectar esses pontos de entrega com as operações de marketplaces e plataformas de e-commerce. Isso exige a criação de uma infraestrutura tecnológica avançada que suporte automação de processos, sistemas de rastreamento em tempo real e comunicação eficaz entre todos os atores envolvidos na cadeia de entrega (Last Mile Experts, 2024).

Engajamento com a comunidade: outro desafio importante, principalmente em áreas urbanas de difícil acesso, como favelas e comunidades urbanas, é o engajamento das lideranças comunitárias com o OOHD. Nessas áreas, o sucesso do modelo depende não apenas da instalação de pontos de entrega em locais estratégicos, mas também da construção de parcerias com líderes comunitários e do engajamento direto com os moradores.

Conforme discutido no estudo “E-COMMERCE WILL NOT GO UP THE HILL!”, adaptar as operações logísticas às realidades locais e garantir a aceitação do modelo pela comunidade são fundamentais para superar os impedimentos logísticos e aumentar a eficiência. Além disso, iniciativas que envolvem a criação de empregos locais e o fortalecimento do relacionamento com a comunidade podem ajudar a consolidar o OOHD como uma solução viável e sustentável.

Em termos de infraestrutura, a implantação de redes de lockers e PUDOs enfrenta desafios significativos, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Nessas áreas, a falta de recursos adequados pode dificultar a expansão dessas redes, exigindo um planejamento cuidadoso e investimentos substanciais para garantir o sucesso do modelo.

Por fim, a capacidade tecnológica é um ponto crucial. A eficiência do OOHD requer sistemas de TI que consigam integrar perfeitamente as operações logísticas com os pontos de coleta. A diversidade de provedores de serviços e a falta de padronização tecnológica em alguns mercados representam barreiras significativas para a implementação eficiente dessas soluções (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Enquanto muitos mercados ainda enfrentam esses desafios, o segmento de e-commerce na Europa já superou várias dessas barreiras. O alto grau de capilaridade e a densidade de pontos de entrega foram alcançados por meio de um planejamento estratégico que levou em consideração a demografia e a distribuição geográfica dos consumidores. Esse modelo pode servir de inspiração para outros mercados ao redor do mundo, como o Brasil, que devem adaptar-se às suas realidades urbanas e logísticas para alcançar resultados semelhantes.

Estudos de caso e exemplos no Brasil
No Brasil, a implementação do modelo de out of home delivery (OOHD), com foco em lockers e PUDOs, tem ganhado força, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os desafios da última milha são mais evidentes. Um exemplo bem-sucedido é a utilização de lockers em estações de metrô e centros comerciais nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e de São Paulo/SP.

Devido ao crescimento do comércio eletrônico e às adversidades existentes nessas localidades, esses pontos de entrega oferecem ao consumidor um endereço alternativo, proporcionando uma opção de entrega conveniente e segura. Isso é particularmente relevante para aqueles que enfrentam dificuldades com entregas domiciliares, seja por horários de trabalho inflexíveis ou por problemas de segurança em seus bairros.

Na Figura 1, os círculos vermelhos representam os terminais de lockers implantados na cidade, enquanto os círculos azuis indicam as áreas de maior concentração de usuários. Quanto maior o círculo azul, maior o número de pessoas utilizando os terminais naquela localização específica.

Esse exemplo prático não apenas destaca a eficácia do modelo OOHD em uma área densamente povoada, mas também reforça a importância da proximidade dos pontos de entrega para aumentar a conveniência e a eficiência logística. Com base nesses dados, é possível maximizar o valor percebido pelos consumidores e aprimorar ainda mais sua experiência de compra.

Figura 1 – Cidade de São Gonçalo/RJ – julho de 2024.
Outros estudos conduzidos em mercados emergentes, como o artigo An Investigation of Consumer Intention to Use Pick-up Point Services for Last-mile Distribution in a Developing Country (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023), mostram que o sucesso dos PUDOs em países como o Brasil está diretamente relacionado à percepção de conveniência e segurança por parte dos consumidores.

No caso brasileiro, o crescimento da adoção de PUDOs em locais estratégicos, como supermercados e estações de transporte público, tem sido uma resposta às adversidades ambientais e à necessidade da população urbana, que passa a maior parte do tempo fora de casa devido à rotina intensa.

Potenciais e desafios do out of home delivery no Brasil
O modelo de out of home delivery (OOHD) tem o potencial de transformar significativamente a logística urbana no Brasil.

Em um cenário de crescimento acelerado do e-commerce, o OOHD surge como uma solução que beneficia tanto as empresas quanto os consumidores, oferecendo maior flexibilidade e conveniência.

No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados: adaptar a mentalidade dos consumidores habituados a entregas domiciliares, superar as limitações de infraestrutura em algumas regiões e garantir que a tecnologia esteja preparada para atender às demandas.

Apesar desses obstáculos, as vantagens do OOHD são evidentes. Ele pode reduzir custos, emissões de gás carbônico, otimizar operações logísticas e aumentar a satisfação dos clientes.

A experiência europeia, na qual o modelo já está consolidado, serve como um exemplo de sucesso que pode ser adaptado ao Brasil. Aqui, o segredo para o sucesso está em unir esforços entre empresas, governo e consumidores para criar uma rede eficiente e acessível de lockers e pontos de coleta.

Com os investimentos adequados e a conscientização dos consumidores, o Brasil tem todas as condições de aproveitar os benefícios do OOHD, assim como já acontece em outros países. O futuro da logística urbana brasileira pode ser mais eficiente, sustentável e seguro, e o OOHD certamente desempenhará um papel fundamental nessa transformação.

Referências:

1. Bispo, A. S., Resende Jr., P. C., Fujihara, R. K., Santana, R. S., & Albuquerque, B. B. M. (2023). E-commerce will not go up the hill! Anais do Semead – Seminários em Administração, Universidade de São Paulo.

2. E-commerce Brasil. (2023, 23 de janeiro). E-commerce fatura R$ 262 bilhões em 2022. E-commerce Brasil. https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-fatura-r-262-bilhoes-em-2022

3. Guarino Neto, L., & Vidal Vieira, J. G. (2023). An investigation of consumer intention to use pick-up point services for last-mile distribution in a developing country. Journal of Retailing and Consumer Services, 74, 103425. https://doi.org/10.1016/j.jretconser.2023.103425

4. Janinhoff, L., Klein, R., Sailer, D., & Schoppa, J. M. (2024). Out-of-home delivery in last-mile logistics: A review. Computers & Operations Research, 168, 106686. https://doi.org/10.1016/j.cor.2024.106686

5. Last Mile Experts. (2024). Out-of-home delivery in Europe 2024: PUDOs and Automated Parcel Machines.

6. Organização das Nações Unidas (ONU). (2015). Transformando nosso mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

7. Resende, P., Silva, T., & Souza, A. (2023). Last Mile Logistical Constraints in Slums. Journal of Harbin Engineering University.

J&T Express investe R$ 330 mil em serviço de entregas com drones no Litoral Norte de São Paulo

Transportadora deve realizar nove mil entregas por essa nova modalidade, até o mês de julho, na rota entre os municípios de Caraguatatuba e Ilhabela.

A J&T Express Brasil anunciou o lançamento do novo serviço de entregas com o uso de drones no Litoral Norte de São Paulo, destinado ao segmento de logística expressa para o e-commerce. A iniciativa foi desenvolvida em parceria com a Speedbird Aero, startup de drone delivery, e contou com um investimento de R$ 330 mil.

A expectativa da transportadora é realizar a entrega de até nove mil encomendas, entre os meses de maio e julho, por meio dessa nova modalidade, chegando a um volume de aproximadamente 15 mil pacotes entregues com drones, até setembro. O projeto-piloto da empresa será implementado no trecho entre os municípios de Caraguatatuba e Ilhabela, com uma capacidade diária de manuseio de até 150 encomendas.

De acordo com o responsável pela Gestão de Redes da J&T Express Brasil, Eduardo Caires, nesse primeiro momento de testes, a transportadora pretende alcançar uma média mensal de três mil pacotes entregues com o auxílio de RPAs, em um percurso dividido em três etapas. “A ideia é que os drones partam da base de operações da J&T em Caraguatatuba e pousem em um ponto de coleta em Ilhabela, onde os pacotes serão retirados por um entregador, que ficará responsável por essa última parte do trajeto (last mile), em que a encomenda é encaminhada até a residência do consumidor final”, explicou o executivo.

“Após a retirada do volume pelo entregador, no ponto de coleta de Ilhabela, a RPA retorna automaticamente para nossa base em Caraguatatuba. Dessa forma, otimizamos e reduzimos significativamente o tempo de entrega, sem prejuízo aos nossos colaboradores e clientes. Além disso, com ajuda dos drones, conseguimos cobrir a travessia entre os dois municípios, que pode durar até seis horas em períodos de alta temporada, em um intervalo de apenas oito minutos”, complementou Caires.

De acordo com a companhia, além da agilidade no processo de entrega e da diminuição do tráfego e dos engarrafamentos em centros urbanos, os benefícios trazidos pela utilização de drones em processos de logística expressa também incluem a redução das emissões de CO2 na atmosfera e a ampliação do atendimento a locais de difícil acesso por via terrestre.

MERCADO DE DRONES NO BRASIL
De acordo com pesquisa da consultoria Emergen Research, ainda no ano de 2020, o mercado de entrega por drones já era avaliado em US$ 553,6 milhões, com perspectivas de movimentar mais de US$ 18,6 bilhões até 2028. Para a alemã Drone Industry Insights (Droneii), especializada em pesquisas do setor, a taxa de crescimento anual do mercado mundial de RPAs deve ficar em 13,8%, entre 2020 e 2025, quando deve chegar à marca de US$ 43 bilhões.

No Brasil, o faturamento anual estimado para o segmento é de US$ 373 milhões. Com isso, a expectativa é de que o setor dos drones siga gerando novos empregos, especialmente nas áreas de tecnologia da informação e desenvolvimento de softwares, em vista da elevação dos requisitos de serviço que esse novo modelo de entregas deve trazer ao mercado logístico.

A evolução do omnichannel e a importância da entrega rápida

Nos últimos anos, o conceito de omnichannel tem se tornado cada vez mais relevante no mundo do varejo. A capacidade de integrar diferentes canais de vendas e oferecer uma experiência fluida ao cliente tornou-se uma prioridade para muitas empresas. Uma das chaves para o sucesso dessa estratégia tem sido a entrega rápida, que não só aumenta a satisfação do cliente, mas também é um diferencial crucial em um mercado cada vez mais competitivo.

Os consumidores brasileiros, assim como os de todo o mundo, estão adotando o comportamento de compra omnichannel. Segundo dados divulgados pela Forrester, 68% dos consumidores pesquisam produtos online antes de comprá-los também online. Além disso, 56% buscam os produtos online antes de ir até a loja física e comprar, enquanto 35% pesquisam e adquirem os produtos diretamente na loja. A pesquisa ainda mostra que 34% dos consumidores olham produtos na loja física antes de comprar online, enquanto apenas 3% adquirem produtos sem fazer nenhuma pesquisa.

Dados da Amazon nos Estados Unidos mostram que, em 2020, 31% dos consumidores tinham a expectativa de receber seus pedidos em horas, no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte à compra. Já em 2022, esse percentual saltou para 71%, o que mostra que o consumidor tem buscado as opções mais ágeis de entrega.

O imediatismo do consumo faz com que o omnichannel bem sucedido passe inevitavelmente por uma logística eficiente e rápida. Tecnologias inovadoras, como inteligência artificial, machine learning e automação, têm revolucionado a logística, permitindo que as empresas otimizem suas operações e entreguem produtos de forma mais ágil e assertiva do que nunca.

Aqui na Intelipost, temos acompanhado de perto essa evolução. Nossa plataforma de gestão de fretes ajuda as empresas a otimizarem suas operações de entrega, garantindo que os produtos cheguem aos clientes de forma rápida e eficiente, independentemente do canal de venda.

Neste cenário cada vez mais dominado pelo imediatismo, a entrega rápida tornou-se um diferencial competitivo crucial. As empresas que investem em tecnologias inovadoras e processos eficientes de logística estão posicionando-se à frente da concorrência e garantindo o sucesso de suas operações de omnichannel.

Envio Fácil: Solistica inaugura serviço de entrega expressa em Manaus

Empresa lança segunda unidade, voltada ao consumidor final, e-commerces e pequenos distribuidores.

A Solistica inaugurou unidade de entrega expressa, a Envio Fácil, em Manaus. O serviço é voltado, principalmente, ao público final e empresas de varejo e e-commerce. Segundo a companhia, o plano é utilizar a expertise no setor de transporte para oferecer um serviço competitivo e com qualidade superior à concorrência na região.

“Manaus é uma cidade que cresce de forma exponencial e carece de um serviço de entrega que entenda suas particularidades. A Solistica possui forte conhecimento local, sendo assim capaz de proporcionar ainda mais facilidade e um serviço de qualidade aos diversos empreendedores da região”, explicou a gerente de Desenvolvimento de Transporte da Solistica, Marília Cordeiro.

De acordo com a companhia, a unidade conta com facilidades propostas no modelo de negócio do Envio Fácil, como atendimento rápido e ágil, estacionamento, diversidade nos meios de pagamento e embalagens para as postagens. Além disso, o serviço oferece entrega multimodal (rodoviário, aéreo e expresso) com opção de envio e coleta.

“Trata-se da segunda unidade da Envio Fácil, sendo a primeira na cidade de Limeira, interior de São Paulo. O objetivo é seguir a expansão em 2024, com foco nas cidades interioranas de São Paulo, devido ao potencial econômico, mas ainda com interesse em outras localidades”, afirmou a Solistica em comunicado à imprensa.

Fonte: “Solistica inaugura serviço de entrega expressa em Manaus (mundologistica.com.br)

Desafios duplos para a FedEx: Negociações cruciais com USPS e pilotos impactam lucratividade

A FedEx Corp (NYSE:FDX), uma das líderes mundiais em serviços de entrega, enfrenta desafios significativos em duas frentes distintas. A empresa está empenhada em negociar um contrato mais vantajoso com o Serviço Postal dos EUA (USPS) e, simultaneamente, busca um acordo trabalhista desafiador com seus pilotos. Estes esforços são vitais para fortalecer os lucros do seu principal segmento, o FedEx Express, que se especializa em entregas noturnas.

A renovação do contrato com o USPS, que é o maior cliente do Express e está previsto para expirar este ano, é crucial. Sem ele, a FedEx poderia perder quase $2 bilhões em negócios anuais, um golpe financeiro que afetaria diretamente centenas de postos de trabalho de pilotos. Além disso, um impasse nas negociações com os pilotos poderia levar a atrasos nas aposentadorias e novas contratações, fatores essenciais para reduzir os custos operacionais da Express. A incapacidade de aliviar essas despesas aumenta o risco de a FedEx enfrentar, pela primeira vez em seus 52 anos de história, a necessidade de demitir pilotos.

As discussões com os pilotos estão em curso desde maio de 2021, e ainda não há um prazo definitivo para uma resolução. Em um contexto de demanda global em declínio e redução das receitas do USPS, a FedEx afirma que possui um excesso de cerca de 700 pilotos para os 5.800 atuais. As margens de lucro no negócio Express continuam baixas, e os investidores pressionam o CEO Raj Subramaniam a adotar medidas mais agressivas de redução de custos.

A FedEx é a principal prestadora de serviços aéreos domésticos para o USPS, sendo responsável pela entrega rápida de correspondências prioritárias e outros serviços. No entanto, os pagamentos do USPS à FedEx diminuíram de $2,4 bilhões no ano fiscal de 2020 para $1,7 bilhão em 2023, após o serviço postal transferir parte do volume de cartas e pacotes de aviões para caminhões. Essa mudança impactou a lucratividade da operação aérea diurna da FedEx, que foi criada especificamente para o USPS.

O contrato com o USPS representa aproximadamente 4% da receita anual do Express, e a FedEx já sinalizou que pode encerrar sua relação de 22 anos com a agência postal se as condições financeiras não melhorarem. “Nosso foco é garantir que o contrato continue sendo mutuamente benéfico”, declarou a empresa.

Enquanto isso, o USPS está reestruturando suas operações para se adaptar à crescente proximidade dos centros de distribuição da Amazon.com (AMZN, AMZO34) com os consumidores, o que diminui a necessidade de serviços aéreos rápidos. “Não há justificativa para o USPS pagar mais pelo transporte aéreo doméstico”, observa Satish Jindel, ex-sócio da FedEx. Jindel realizou uma análise que revelou um aumento significativo no número de pacotes que percorrem distâncias menores, adequadas para transporte por caminhão.

Em um cenário onde a FedEx pode perder o contrato com o USPS, até 300 pilotos da empresa podem ficar desempregados, como reportado pelo FreightWaves. Além disso, a FedEx espera convencer 400 pilotos a se aposentarem antecipadamente. As negociações com a Air Line Pilots Association (ALPA) estão em andamento, e a FedEx reitera seu compromisso em alcançar um acordo justo. A resistência dos pilotos a concessões é evidente, com o capitão Billy Wilson, presidente do Conselho Executivo Mestre da FedEx ALPA, destacando a determinação dos membros em manter suas posições.

‘https://br.advfn.com/jornal/2024/01/desafios-duplos-para-a-fedex-negociacoes-cruciais-com-usps-e-pilotos-impactam-lucratividade