Dux Logistics anuncia investimento de R$ 130 milhões focado em transporte aéreo e last mile

Durante a Intermodal South America, a Dux Logistics anunciou investimentos de R$ 130 milhões até o fim do ano. Segundo a empresa, parte desses recursos serão destinados a uma nova operação voltada para entregas last mile em território nacional, envolvendo entrega porta a porta para atender em especial empresas que já são clientes no frete marítimo ou aéreo e agora precisam de logística doméstica. Os investimentos vão gerar 200 novos postos de trabalho.

Esse processo faz parte da divisão de transporte rodoviário do grupo, a Dux Trucking, que possui mais de 100 veículos e uma frota própria para atender demandas locais, serviços expressos, atuando em diversos segmentos como Aviation, Food & Beverage e Pharma & Healthcare. A Dux Trucking está presente em mais de 27 capitais brasileiras.

“As entregas last mile otimizam as operações logísticas e são fundamentais especialmente para empresas com e-commerce. Decidimos investir nesse segmento, complementando tudo que já oferecemos com o marítimo e o aéreo, com o objetivo de atender clientes que já são servidos pela DUX em outras etapas da operação logística” disse Raphael Rossi, CEO da Dux Logistics.

Do investimento previsto para este ano, R$ 30 milhões vão para o Last Mile e R$ 100 milhões para a DUX Express, a unidade de transporte aéreo do grupo.

Segundo o executivo, todas as etapas são feitas pela Dux e a média do tempo de entrega é de 12 horas e isso será garantido com a criação de pontos estratégicos em todo o Brasil e pequenos centros de distribuições, reduzindo o tempo de entrega.

Ship from store e same day delivery: quais os benefícios para o e-commerce?

Oprocesso que leva o produto do estoque ou da loja até a casa do consumidor é, de longe, um dos mais importantes para qualquer varejista no Brasil. Em um país com dimensões continentais e grandes entraves logísticos, planejar as melhores estratégias de entrega torna-se questão de sobrevivência no varejo – ainda mais com o cenário de aceleração digital a partir do avanço do novo coronavírus. Nesse sentido, duas técnicas se destacam: o ship from store, em que os itens saem diretamente da loja mais próxima do consumidor, e o same day delivery, com entregas realizadas em até 24 horas. Ambas se popularizaram a partir deste ano, mas como elas funcionam? Confira os principais benefícios:

1 – Agilidade nas entregas

A principal vantagem desses dois conceitos é desburocratizar e resolver um dos principais problemas do varejo brasileiro: a logística das entregas. São duas técnicas que, trabalhadas isoladamente ou de forma conjunta, proporcionam mais agilidade no departamento responsável pelo frete dos produtos. Ambas têm como objetivo realizar essa tarefa no menor prazo possível, seja para encontrar o produto em questão na loja (ou centro de distribuição) mais próxima ou fazer o delivery em menos de 24 horas da realização do pedido.

2 – Eficiência operacional

Com a missão de simplificar o processo de entregas, a utilização do ship from store e do same day delivery exigem maior eficiência das empresas em suas operações. É praticamente inviável fazer entregas no mesmo dia ou sincronizar o estoque das lojas físicas com pedidos do e-commerce se não houver alinhamento entre os diferentes canais da marca. Dessa forma, adotar as duas práticas implica um maior preparo e treinamento das equipes para que tudo saia conforme o planejado.

3 – Jornada omnichannel

A pandemia de Covid-19 acelerou a adoção de estratégias omnichannel no varejo brasileiro. Com as medidas de distanciamento social e a transformação digital, as lojas precisaram integrar seus diferentes canais – o que, por sua vez, obriga a adoção de um sistema de entregas que dê conta de todos os pedidos, independentemente dos locais em que foram realizados. Essa jornada omnichannel finalmente tornou-se realidade quando as lojas físicas passaram a fazer entregas de compras realizadas fora de seu ambiente e em prazos cada vez mais rápidos.

4 – Experiência do consumidor

Não é segredo para nenhum empreendedor digital que a entrega dos produtos é fator crucial para a melhor experiência do consumidor. O processo de compra pode ser difícil e as condições de pagamento pouco vantajosas, mas, se o frete for no tempo, no preço e nas condições esperadas, a pessoa vai considerar comprar novamente daquela marca. Assim, é fundamental adotar técnicas que possibilitem fazer o frete até no mesmo dia do pedido ou no menor tempo possível.

5 – Planejamento de estoque

Por fim, a adoção inteligente das técnicas de ship from store e same day delivery também impactam positivamente a gestão de estoque do comércio eletrônico e de suas eventuais lojas físicas. Como a integração entre os canais já é realidade, vai acontecer de um pedido efetuado pela Internet ser processado pela loja física. Sem um cuidado maior nessa tarefa, o risco de vender um produto já comprometido em outro canal é grande, causando insatisfação em todas as partes. Não à toa, o planejamento de estoque é um pilar estratégico para qualquer estratégia bem-sucedida de logística.

Prazo de entrega impacta experiência do consumidor

A pesquisa feita pela Capterra apontou que 73% dos consumidores brasileiros esperam que e-commerce realize entregas ultrarrápidas, garantindo, assim, a compra pela internet. Segundo a mesma pesquisa, um quarto dos que responderam também afirmaram que trocariam de site em função do prazo de entrega ser mais curto.

De acordo com a E-commerce Brasil, as compras realizadas pela internet tiveram uma expansão de 15%, referente à comparação entre dezembro de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior. A mesma pesquisa considerou os dados por região Norte (32,70%); Centro-Oeste (26,55%); Nordeste (23,69%); Sul (15,24%); e Sudeste (11,99%).

Para ele, essa tendência é justificada porque, ao contrário de outros modais, o ônibus não precisam estar com o bagageiro lotado para sair. “Como os ônibus têm horário de chegada e partida, isso proporciona uma garantia do horário de chegada, permitindo que o cliente possa programar a retirada da encomenda”, explica Gobbato.

Experiência do cliente

A experiência do cliente tem sido um fator determinante para os e-commerces. De acordo com a E-commerce Brasil, cerca de 27% das empresas passaram a se preocupar com a rapidez da entrega e a experiência do usuário, desde o início da compra até o recebimento do produto. Ainda segundo a pesquisa, a maioria das empresas modificaram suas ferramentas e meios de entrega, visando uma melhor experiência.

Gobbato conta que essa mudança no mercado foi impactada por alguns pontos da jornada do cliente, levando em consideração o tempo excessivo de espera para retirada e entrega de mercadorias, falta de rastreabilidade das cargas e formas de pagamento.

Segundo o Gartner, mudanças importantes nos modelos de negócios dispararam a automação nos centros de distribuição e atendimento no último ano, o que irá intensificar ainda mais em 2022 no que diz respeito a compras on-line. Haja visto que o faturamento do e-commerce teve um resultado expressivo no ano de 2021 com alta de 48,41%.

Semana do Consumidor 2022: Para ampliar vendas, varejistas apostam em descontos, cupons, fretes rápidos e parcerias

Amazon, Mercado Livre e Magalu oferecem até 70% de desconto.

As principais varejistas do país vão implementar, a partir desta semana, uma série de promoções para comemorar o dia do consumidor. A data é celebrada só no dia 15, mas muitas empresas decidiram antecipar suas ações.

“Queimar a largada da data” é estratégico: 2021 foi desastroso para as ações do Magazine Luiza (MGLU3), com queda de mais de 70%. Os papeis da Americanas (AMER3) caíram 58% no acumulado do ano, e as ações da Via (VIIA3), dona das Casas Bahia e Pontofrio, também despencaram 67,8%.

Somado a isso, a confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em janeiro, devido às incertezas sobre a situação econômica do país, segundo análise da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O InfoMoney selecionou as varejistas com promoções em vigor na Semana do Consumidor 2022. Veja:

Amazon

A Amazon preparou uma série de promoções com opções de entrega rápida e gratuita para todo país, desde programas para compras de supermercado ou de produtos recorrentes até lojas exclusivas para cupons de desconto e itens próximos do vencimento.

A “Quinta Relâmpago”, segue valendo na semana do consumidor: sempre às quintas, vários produtos entram em oferta.

Em nota, a Amazon ressaltou que os consumidores podem fazer pagamentos com cartões de crédito, cartões pré-pagos, Pix e boletos bancários. Cartões de débito (nas bandeiras Visa e Elo) podem ser usados apenas para assinaturas de Amazon Prime, Kindle Unlimited, Amazon Music Unlimited e Prime Channel.

Consumidores que realizarem a primeira compra no site ou no app contam com frete grátis para produtos enviados pela Amazon.

Segundo a empresa, entregas em um dia são realizadas em mais de 50 cidades de São Paulo, Minas Geris, Distrito Federal, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Entregas em dois dias estão disponíveis para mais de 700 cidades, incluindo: Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Vitória, assim como as principais cidades das regiões Sul e Sudeste. Para todas as outras regiões, a Amazon oferece frete expresso, que começa em apenas três dias.

Magazine Luiza

O Magazine Luiza adiantou somente que sua semana do consumidor começa em 14 de março e vai oferecer R$ 10 milhões em cupons promocionais aos clientes.

Mercado Livre

O Mercado Livre, por sua vez, tem ofertas de até 70% de desconto. Segundo a empresa, sua plataforma teve mais de 33 mil buscas por minuto em 2021, tornando o mês de março o segundo mais importante do ano — depois da Black Friday.

Há frete grátis para compras a partir de R$ 79 em produtos selecionados e opções de pagamento via Mercado Pago e Mercado Crédito.

Em 2021, as categorias mais vendidas na plataforma do Mercado Livre foram Eletrônicos, Moda, Acessórios para Veículos, Alimentos e Bebidas e Produtos para casa, segundo dados de comportamento de compra analisados por Mercado Ads.

“Com o e-commerce cada vez mais presente na rotina dos brasileiros, datas promocionais, como o Dia do Consumidor, são oportunidades para os usuários aproveitarem as ofertas com entrega rápida e segura e para os vendedores impulsionarem suas vendas e potencializarem seus negócios, atraindo mais consumidores por meio do ecossistema de serviços que o Mercado Livre oferece.”, afirma Fernanda Schmid, Diretora de Marketing Mercado Livre e Mercado Pago no Brasil.

A assinatura dá acesso a frete grátis e envios rápidos em milhares de produtos nas compras a partir de R$79, além de acesso gratuito a todo conteúdo dos canais de streaming Disney+ e Star+, descontos nas assinaturas de vídeo e música como Deezer, HBOMax e Paramount+, gratuidade na tag de pedágio Utrapasse, além de descontos em pagamentos via Mercado Pago ao usar o código QR em lojas e isenção de tarifa em dois saques por mês.

 

Predict agrega previsibilidade nas entregas do e-commerce

Ao mesmo tempo em que o setor de transportes de cargas fracionadas atua com grande volume de movimentações neste início de 2022, por conta do novo patamar de vendas no comércio eletrônico atingido durante a pandemia, mais fatores positivos são agregados na experiência de entrega dos produtos comprados pela internet.

A Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas expressas fracionadas do Brasil e a transportadora privada mais utilizada pelo e-commerce, vem atuando neste sentido com o Predict, o serviço inovador que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado. Assim, a transportadora está elevando a taxa de sucesso da primeira tentativa de entrega e melhorando a jornada de compra online.

“O Predict estabelece uma comunicação assertiva, ou seja, mais clara, dinâmica e respeitosa com os clientes, algo que aprimora as entregas. Ao mesmo tempo, confere mais conveniência e previsibilidade na logística de última milha tanto para o consumidor, que consegue se programar para receber seu produto, quanto para os embarcadores, porque tal tecnologia eleva a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega”, observa Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

Segundo Tortorello, o Predict, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, está diminuindo o tempo de espera por parte do consumidor final. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Implantado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict está no Brasil desde o fim de maio do ano passado. Atualmente, a solução está disponível para um número maior de embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, especialmente aqueles com entregas em cidades de regiões metropolitanas e capitais.

“O serviço informa o destinatário via SMS, já no dia da entrega, com a janela de 1 hora de variação de quando a encomenda será entregue. Com esta inovação, alcançamos um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas, bem como um novo padrão de excelência no mercado”, explica Tortorello.

Tratamento diferenciado

Nas compras dos embarcadores que optaram pelo serviço, a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado pela Jadlog, que já a insere no roteirizador e estima o horário previsto para a entrega. Em seguida, no dia da entrega, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se organize para receber a encomenda.

Assim, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso do produto e se programar com mais precisão para recebê-lo em casa. Esta é mais uma forma da Jadlog transmitir ao consumidor final, e ao cliente embarcador, pleno comprometimento em relação às operações de delivery.

Quick commerce: 95% dos consumidores gostariam de reduzir os prazos de entrega

Depois de analisar o comportamento dos consumidores no mobile commerce, a segunda parte da pesquisa do Capterra, plataforma líder mundial de avaliação e seleção de software para empresas, foca nos serviços rápidos de entrega, também chamados de quick commerce.

Com prazos mais curtos, quick commerce já é realidade no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, a logística pode parecer um entrave para o comércio eletrônico. Um exemplo é a Black Friday de 2021. Mal havia começado o evento e a principal reclamação na plataforma Reclame Aqui estava relacionada à entrega de produtos, já que muitas empresas passaram a oferecer prazos bastante curtos (e inalcançáveis).

O fato é que o consumidor espera seus pedidos entregues “para ontem”, conforme mostra nova pesquisa do Capterra, que entrevistou 1.063 pessoas de todo país para entender suas expectativas sobre o processo de entrega rápida de suas compras, em torno do conceito de quick commerce —confira a metodologia completa no final do texto.

Não alheias à realidade estão as grandes varejistas que já se empenham em oferecer entregas rápidas, inclusive batalhando pelo uso do slogan de “entregas mais rápidas” do Brasil.

Para ganhar mais agilidade no tema de logística e fazer entregas mais rápidas, a Amazon, por exemplo, inaugurou três centros de distribuição no país em apenas dois meses, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Além disso, o setor logístico também se mostra empenhado em atender às demandas dos consumidores. Por exemplo, o Brasil registra atualmente 19 startups consideradas unicórnios, sendo que três delas atuam na área de logística.

Apesar disso, o esforço realizado tem sido suficiente? Qual a expectativa dos consumidores acerca das entregas online? Veja os dados da pesquisa para entender o comportamento dos consumidores.

O que é o quick commerce?

Também conhecido pelo acrônimo q-commerce, o quick commerce é uma modalidade de comércio eletrônico em que o tempo de entrega é o protagonista das transações. Tratam-se de processos de entregas mais rápidos e ágeis que deixam de acontecer em dias para serem efetuados em horas, se possível.

Para essa estrutura se tornar realidade, emprega-se estruturas com foco em agilidade: entregas sob duas rodas (em bicicletas ou motos), armazéns estrategicamente organizados e posicionados, além do uso de “dark stores” —galpões destinados apenas ao armazenamento, separação e envio dos pedidos dos clientes. Outro importante fator é que as operações podem ser executadas 365 dias por ano, durante 24 horas, nos sete dias da semana, para atender os consumidores mais apressados.

Nesse sentido, empresas buscam estratégias para se tornar mais eficientes e reduzir o prazo de entregas. O Mercado Livre inaugurou um centro de distribuição na Grande São Paulo para itens de grande porte com o objetivo de reduzir para um dia o prazo de entrega na capital paulista –atualmente esse número varia entre 3 e 10 dias.

Já a Rappi lançou o serviço de entregas chamado Rappi Turbo, que promete entregas em até 10 minutos para produtos de conveniência, que ficam armazenados em suas próprias dark stores.

Consumidores querem entregas em até dois dias

Consumidores estão mais imediatistas em relação ao prazo de entrega das suas compras online. Isso porque a maior parte dos entrevistados (49%) declarou que a rapidez é o item mais importante na entrega dos seus pedidos, superando inclusive questões como preço.

Com q-commerce, rapidez é mais importante que preço

No entanto, de nove categorias de produtos analisadas pelos entrevistados, para cinco delas os respondentes disseram que a entrega demora mais de cinco dias para chegar, conforme demonstra o gráfico a seguir.

Maioria dos produtos são entregue em mais de 5 dias

Obviamente o tipo de mercadoria e sua finalidade influencia diretamente no tempo de entrega.

Enquanto os produtos de casa e decoração, que podem incluir utensílios grandes, são os que mais demoram para chegar na casa dos clientes (43% disseram que esse tipo de produto costuma ser entregue em mais de 5 dias), os medicamentos e produtos farmacêuticos são os que chegam com maior rapidez —34% dizem que eles costumam ser entregues em menos de uma hora.

Sendo assim, os resultados levantados pelo Capterra mostram que, nas compras online, expectativa e realidade parecem não caminhar juntas, e isso fica evidente especificamente por dois fatos:

  • Quase a totalidade dos entrevistados (95%) relatou que gostaria de reduzir os prazos de entrega.
  • Na análise do período de entrega aceitável para cada tipo de produto, a maioria dos entrevistados sinalizou que espera que seus pedidos sejam entregues entre um e dois dias úteis.

Em relação à última informação, as únicas exceções foram medicamentos e produtos farmacêuticos –para este tipo de produto, a maioria espera que chegue em menos de uma hora–, e produtos fitness que, na maior parte dos casos, não são comprados de forma online.

Metade quer entregas de supermercado em até uma hora

A crise de COVID-19 tirou as pessoas das prateleiras de supermercados e as levou a fazer compras em páginas web. Este hábito de consumo parece ter se consolidado porque, mesmo com a flexibilização do distanciamento social, as pessoas esperam entregas rápidas para supermercados. As compras de supermercado pela internet foram uma das categorias que mais cresceram na pandemia –o número de pessoas que fez pedido online em supermercados saltou de 9% em 2019 para 30% em 2021.

Depois de medicamentos e produtos de farmácia, a segunda categoria que as pessoas esperam entregas ultra rápidas, em menos de uma hora, são os produtos de supermercados. Um a cada dois entrevistados acham aceitável que sejam entregues em menos de uma hora. Os itens de supermercado incluem produtos de açougue, hortifrutis e empórios.

Embora os números possam parecer pouco realistas, as empresas tentam se adaptar às demandas. Grandes supermercados se organizam para acelerar entregas. Por exemplo, a plataforma de entregas Rappi, fez parceria com os supermercados para realizar suas entregas, entre eles, o Mambo em que passou a prometer entregas em até 10 minutos para uma de suas unidades na capital paulista.

Outro exemplo foi o fortalecimento de supermercados digitais, com foco em entregas rápidas. A plataforma Shopper recebeu duas rodadas de investimento em 2021 para impulsionar sua expansão. No mesmo caminho, a plataforma de supermercado online Daki, que oferece entregas em 15 minutos, tornou-se o novo unicórnio brasileiro com apenas 10 meses de existência.

Estimativa de entrega influencia nos pedidos de delivery em restaurantes

No estudo do Capterra, 85% dos entrevistados disseram que fazem pedidos online para entrega de comidas e bebidas.

De acordo com a maioria dos entrevistados (69%), o prazo aceitável para este tipo de transação é de 30 minutos a 1 hora. Em seguida, um quarto dos entrevistados defende que seus pedidos de comida deveriam ser entregues em menos de 30 minutos.

Quick commerce em restaurantes: como cada item influencia na entrega

Na avaliação do estabelecimento onde compram bebidas e comidas online, 81% dos entrevistados disseram que o tempo estimado de entrega influencia muito. Ainda sobre questões logísticas, para 63%, as informações de rastreamento possuem muita influência.

Entretanto, embora as questões logísticas tenham um peso importante, a avaliação de um restaurante é mais influenciada pela qualidade da comida e bebida, já que 87% dos entrevistados disseram que esse fator tem muita influência.

Maioria vê relevância em entregas no mesmo dia

O lançamento de serviços como Amazon Prime deu visibilidade às entregas rápidas. Também chamadas de same day delivery, no estudo do Capterra, a maior parte dos entrevistados (73%) disse acreditar que a modalidade de entrega no mesmo dia é relevante.

Para algumas pessoas, inclusive, este é um fator que as levaria a deixar de comprar em uma loja. Por exemplo, as pessoas entre 26 e 35 anos, também denominadas como geração millennial, são as que estão mais propensas a não comprar em uma loja que não oferece entregas no mesmo dia.

Millennials são os mais influenciados por quick commerce

Atualmente, 38% disseram pagar por um serviço premium que dá mais rapidez às entregas de seus pedidos. Dos que pagam, 8 em cada 10 disseram que estão satisfeitos com o serviço e pretendem continuar pagando por ele.

Já aqueles que não pagam pelo serviço, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acham o preço muito alto desses serviços.

Clientes querem entregas rápidas, mas não pretendem pagar a mais por elas

Embora sejam entusiastas das entregas no mesmo dia, a maioria dos consumidores não está disposta a pagar a mais, em nenhum tipo de produto, para recebê-lo no mesmo dia.

No entanto, na categoria de eletrônicos, é relativamente expressiva a quantidade (50%) daqueles que topam pagar entre 5% e 10% para receber rapidamente seus produtos.

Quanto a mais as pessoas topam a pagar por produtos dentro do q-commerce

No outro extremo, os produtos que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais para receber com rapidez são cosméticos e produtos fitness —ambos registraram uma cifra acima de 50%.

Atualmente, somente 25% dos entrevistados disseram que estão dispostos a deixar de comprar em uma loja que não oferece entrega no mesmo dia. Apesar de a maioria não deixar de comprar por esse motivo, ainda assim é importante ter em mente que as pessoas buscam agilidade na entrega de seus pedidos.

Decisão de compra também está atrelada à logística

O nível de satisfação com uma loja é muito influenciado pelo serviço de entrega, de acordo com a maior parte dos entrevistados (56%).

Na seleção de um fornecedor, quase dois terços dos entrevistados (64%) são influenciados em algum grau pelo tempo de entrega oferecido por uma loja.

Ainda assim, o principal problema com as entregas das compras são as altas taxas de frete (38%), e, em seguida, os atrasos na entrega (26%).

Com pandemia, consumidores esperam pagar menos pela entrega dos pedidos

A guinada das empresas ao oferecimento de serviço q-commerce parece ter sido impulsionada pela pandemia, que influenciou mais pessoas a comprar online. Segundo a pesquisa do Capterra, 66% compram mais em lojas online atualmente do que costumavam comprar antes da crise sanitária.

Antes do COVID-19, 72% costumavam comprar online mais de uma vez por mês. Após março de 2020, quando houve a disseminação do coronavírus, 90% passaram a fazer compras online mais de uma vez por mês.

Em relação à expectativa com logística, 41% disseram que ela mudou com a pandemia, pois passaram a esperar pagar menos pela entrega dos produtos. Em seguida, 40% passaram a esperar que os produtos cheguem no mesmo dia.

4 importantes pontos para a criação de um sistema de entregas rápidas

Não apenas grandes redes de supermercado fortaleceram sua presença online. Pequenos e médios mercados também tiveram que modificar a operação para abocanhar os clientes digitais. Pesquisa da Sincovaga mostra que, dos mercados que aumentaram as vendas na pandemia, 63% dos estabelecimentos registrou alta com venda online. Para criar uma operação online para mercado é necessário:

1. Recebimento de pedidos

Crie um canal para receber os pedidos online de seus clientes. Através de softwares para criação de sites, você poderá criar uma versão online da sua loja ou restaurante. Se quiser oferecer mais um tipo de canal para atendimento, vale a pena considerar a criação de um aplicativo próprio –plataformas low code tornam mais acessível o desenvolvimento. Contas de redes sociais também são uma opção para a criação de uma operação online.

Outra maneira de receber os pedidos de seus clientes é por meio de uma conta WhatsApp  Business, em que os pedidos podem ser feitos via chat.

2. Administração de pagamentos

Para finalizar as compras, é possível tramitar as transações por meio de sistemas de pagamentos, que ajudam a processar vendas por cartão de crédito, por exemplo. Segundo pesquisa do Capterra, o cartão de crédito ainda é o principal método escolhido pelos brasileiros para pagar suas compras, no entanto, não há como ignorar outros potenciais métodos, como PIX e cartão de débito.

Além disso, dependendo do suporte que você escolher para levar a sua operação online, será necessário pensar em outros métodos de recebimento. Por exemplo, sistema de pagamentos por celular pode ser relevante em uma operação focada em dispositivos móveis.

3. Expedição de mercadorias

Uma das partes críticas para a criação de uma logística rápida é um bom serviço de separação e expedição de mercadorias. A boa organização do estoque é o primeiro passo. É possível realizá-lo manualmente, mas ferramentas como software de gestão de estoque e sistema de controle de estoque ajudam no gerenciamento de pedidos ao permitir um rápido rastreamento de mercadorias, também emitindo relatórios que ajudam a reposição do estoque.

Software de código de barras também ajuda na eficiência do inventário e, no caso do software de impressão de etiquetas, a emissão de etiquetas dá agilidade no processo de embalagem de mercadorias.

4. Organização da entrega

Para montar um sistema de entrega a domicílio é necessário decidir entre a criação de uma frota própria ou uso de aplicativos de entrega.

No caso da frota própria, além da aquisição de veículos e contratação de funcionários, é importante usar ferramentas que tornem a entrega mais eficiente. Por exemplo, sistemas de roteirização e softwares de gestão de entregas ajudam na criação de uma rota mais inteligente, inclusive quando inclui diversas paradas. Já programas rastreadores de GPS e sistemas de gestão de frotas colaboram com a administração e manutenção dos veículos utilizados na entrega.

Para dar visibilidade aos consumidores acerca do seu pedido, vale a pena usar software de rastreamento de entregas, que ajuda a mantê-los informados.

No caso da escolha de aplicativos de entrega, além de administrar o serviço de delivery, essas plataformas administram o fluxo de usuários, a distribuição entre entregadores e o sistema de pagamento mediante a cobrança de uma taxa. Neste caso, é importante avaliar qual empresa oferece as melhores condições para o seu negócio.

Na escolha da melhor opção logística, tenha em mente que atualmente o grau de sustentabilidade de uma empresa influencia a escolha dos consumidores por uma marca. Portanto, é importante considerar o uso de entregas sustentáveis.


Metodologia

Para reunir os dados presentes neste estudo, o Capterra realizou um levantamento online entre os dias 7 e 9 de novembro de 2021. Na ocasião, foram ouvidos 1.063 consumidores que costumam comprar online, com mais de 18 anos e de todas as regiões do país (com 50% dos entrevistados do sexo feminino e 50% do sexo masculino), pertencentes a diferentes faixas de renda. Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.

O que o varejo pode esperar do novo consumidor pós-pandemia?

Conheça as preferências desse novo consumidor e para onde as empresas já direcionam esforços para se tornarem relevantes para este público.

Com avanços tecnológicos em curso, aliados a uma esperança de normalização pós-pandemia, 2022 começa apontar caminhos que remodelam o comportamento de um novo consumidor – nosso conhecimento sobre consumo – e, por consequência, o próprio varejo.

No entanto, reside nessa evolução a oportunidade para varejistas reconstruírem seus serviços e criar um ecossistema de consumo atual para as novas gerações. Primordial nesse processo é a atenção aos anseios desses novos consumidores e, principalmente, a capacidade de digitalização e ao poder de criar lealdade para um comportamento mais sofisticado de consumo.

Essa conclusão vem a partir de um recentemente estudo da Euromonitor International, no qual a empresa aponta as preferências desse novo consumidor e para onde varejistas e seus pares já direcionam esforços para se tornarem-se relevantes para este público.

Trabalhando a lealdade

Cerca de 40% dos profissionais do varejo pesquisados já estão aprofundando a lealdade do cliente como uma iniciativa chave para o seu negócio. Isso porque os consumidores estão ficando mais “sofisticados”, e cria-se um espaço propício para marcas trabalharem essa lealdade por meio de melhores serviços.

Amazon é um dos melhores exemplos de um varejista que criou seu próprio ecossistema para manter consumidores comprando. Esta abordagem coloca os consumidores no centro de suas interações e cria vantagens para que surjam laços de lealdade entre a marca e seus clientes.

Impulsionando o “social shopping”

Outro exemplo de atenção a este novo comportamento de consumo, vem da chinesa TikTok. Com o aumento de seus usuários e sua permanência na plataforma, varejistas começaram a combinar conteúdo com desejos de compra dos usuários TikTok. O surgimento de uma abordagem “social shopping”, que impulsiona a ligação do varejo com uma nova geração de consumidores.

Modelos preditivos de gestão

Outro ponto destacado é que as empresas devem abandonar modelos reativos de gestão. Daqui para frente, obterá sucesso aquelas empresas que mitigarem a gravidade de eventos indesejados com seus clientes – e até mesmo ameaças de segurança online –  por meio de modelos preditivos, antecipando e ampliando suas ações de atendimento, relacionamento e segurança com base na análise de dados.

Mais conveniência

Apesar de 42% dos consumidores pesquisados informarem que entregas em grandes centros urbanos são um desafio para empresas, o desejo pela agilidade nas entregas de última milha (aquelas em distâncias menores dentro das cidades) fez surgir ótimas soluções para varejistas. A norte americana GoPuff é um bom exemplo. Fazendo a entrega de comidas bebidas e outros itens de consumo, ela construiu seu sucesso na entrega rápida. Espalhada em 900 cidades dos EUA, em novembro de 2021 ela expandiu para o Reino Unido, onde atende 12 grandes centros urbanos.

Outra nesse caminho é a plataforma de entrega Rappi. A empresa colombiana anunciou no final de 2021 o lançamento de seu Rappi Turbo Fresh, um programa que oferece entrega de supermercado em menos de 10 minutos em centros urbanas.

Por outro lado, o estudo avalia que com o aumento das compras online e a sobrecarga dos e-commerce, os consumidores estão cada vez mais optando por pegar suas compras digitais. O motivo: descontos atrativos (até 20% em alguns casos) ou outras vantagens. A modalidade “click and collect” cresce não apenas para atender à essa demanda do consumidor por urgência na aquisição do produto e vantagens para uma nova compra, mas, para o próprio benefício dos varejistas, que eliminam entraves logísticos e diminuem investimentos em plataformas de entrega.

E-commerce verde

Na esteira dessa evolução não há como desvencilhar consumo e cuidado com o meio ambiente. Para 65% dos consumidores pesquisados há uma preocupação com a mudança climática e de como as empresas estão trabalhando para mitigar esse impacto. Em 2021, a DHL já havia anunciado investimentos significativos para acelerar a eletrificação de sua frota de entrega de última milha e muitas outras empresas estão se mexendo para isso. No entanto, a transição para um e-commerce verde exigirá de marcas e varejistas ajustes estratégicos e investimentos, segundo o estudo.

O que esperar do futuro das relações de compra online?

  •  Consumidores mais exigentes partir de interações mais sofisticadas com a marca;
  • Experiências personalizadas e imersivas elevando a lealdade da próxima geração de consumidores;
  • Ecossistema digital  como principal ferramenta de retenção destes novos clientes;
  • Empresas passando de estratégias reativas para preditivas, por meio da análise de dados. 

 Cinco tendências que devem remodelar o comércio online nos próximos anos, segundo a Euromonitor International

Tendência nº 1: Personalização Preditiva

O conceito de lealdade está em fluxo. A noção do que significa ser leal e como essa lealdade é recompensada está evoluindo. Ao mesmo tempo, os consumidores são mais experientes digitalmente, levando a expectativas crescentes. Felizmente, há um maior volume e variedade de dados que as empresas podem usar não só para obter mais informações destes consumidores, mas também ser mais preditiva em seu modelo de negócio.

Tendência nº 2: Entrega em minutos

A evolução da entrega tem sido marcada por um desejo crescente dos consumidores por maior velocidade e conveniência. Com uma infinidade de start-ups surgindo para fornecer entregas ultrarrápidas em centros urbanos, muitos moradores da cidade em breve poderão esperar prazos de entrega entre 10-30 minutos em comidas e bebidas etc.

Tendência nº 3: E-commerce Verde

O e-commerce se transformou no principal canal de compras durante a pandemia. Ao mesmo tempo, isso levantou preocupações ambientais nos consumidores em meio à crescente urgência de debates sobre ações climáticas. Com as expectativas dos consumidores em rápida mudança e uma regulamentação mais rigorosa se aproximando, uma transição para o comércio eletrônico sustentável parece inevitável.

Tendência nº 4: Compre e retire

Mais consumidores optarão pela retirada nas lojas. A tendência provavelmente será ainda mais acelerada à medida que varejistas e até mesmo operadores de food service oferecem descontos e outros incentivos para que os consumidores escolham a coleta em vez da entrega. Um esforço para reduzir custos dos varejistas também está por trás disso.

Tendência nº 5: Uma loja metaverso

As novas tecnologias para e-commerce têm o potencial de levar as compras online para um outro patamar. A novidades imersivas do metaverso poderão adicionar uma dimensão ainda maior daquelas que já presenciamos para uma experiência de compra.

Especialistas em logística apostam em proximidade com o cliente para gerar entregas mais baratas e rápidas

Uma das principais engrenagens para que o andamento de uma operação de e-commerce seja considerada de sucesso, sem dúvidas é a logística. Nesse âmbito, seja do ponto de vista do cliente ou do lojista, o frete é sempre um ponto delicado. Afinal, é ele o responsável pelos maiores custos logísticos de uma operação e também um fator de peso na hora do checkout para o consumidor.

Para diminuir os problemas, grandes players têm investido bilhões em frotas próprias e parcerias com operações de fullfilment e esse foi um dos principais assuntos abordados pelos especialistas no setor logístico quando falaram com a redação do E-Commerce Brasil, em entrevista para o Prêmio ECBR 2021. Acompanhe os melhores momentos das conversas com os finalistas da categoria Logística.

Como unir entrega rápida e frete gratuito

Luis Kfouri, diretor de logística e fullfilment no Magazine Luiza, acredita que o grande desafio existente na logística é “conseguir fazer uma entrega rápida, que você cumpra o prazo prometido, com direito a rastreamento desses pedidos, tudo pelo menor custo possível”.

Indagado sobre como diminuir o frete e entregar rápido, o co-Founder da NextMiles, Marcelo Vieira, brincou dizendo que “só com milagre”. “Mas, falando sério, quanto mais a gente conhece nosso produto, quanto mais a gente conhece o nosso cliente, mais fácil é de nós conseguirmos esse custo mais baixo e atender o que o cliente quer”, pontua ele.

Vieira justifica a resposta: “Se eu conheço esse cliente, conheço as características desse cliente, o local em que estou entregando, as características do meu produto, eu consigo ter parceiros nas entregas e consigo selecionar esses parceiros de uma forma muito melhor, para que ele tenha menor custo e, consequentemente, me cobre menos.”

Kfouri complementa reforçando que é preciso estar próximo ao consumidor. “Como eu uso toda essa malha logística? Eu costumo dizer que hoje é impossível fazer uma logística de qualidade sem ter muita tecnologia”, afirma. Dentre essas tecnologias, ele ressalta que é importante: “Minerar muitos dados, já que a gente fala tanto do data mining, usar algorítmos de machine learning e inteligência artificial para cruzar todo o universo logístico.”

Proximidade com o cliente

Quando pensamos em Brasil, com dimensões continentais, o desafio fica ainda mais complicado, mas não impossível, segundo Luiz Vergueiro, Diretor de Operações no Mercado Livre. “Com a pandemia, a gente precisou chegar em regiões muito distantes com uma condição de velocidade que a gente só entrega na região sul e sudeste.”

Para ele, o interessante não é conseguir entregar rápido na “[Avenida Brigadeiro] Faria Lima, em São Paulo. A gente quer entregar rápido, sei lá, no Chuí, no interior da Bahia, no interior de Minas [Gerais”. “Esse consumidor tem o mesmo direito de ter uma experiência positiva, rápida de entrega, de boa logística, que o consumidor que está em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte tem.”

Vergueiro defende que o grande ponto para a logística se tornar mais barata e mais rápida é volume, densidade. “Conforme a penetração do e-commerce vem avançando, a gente naturalmente vai conseguir isso”, diz.

A oportunidade de sinergia é a resposta para esse desafio. “Os negócios não são só digitais e não são só reais e físicos. Por isso, ainda existem muitas oportunidades de sinergias nas cadeias logísticas. Lógico, elas não podem concorrer entre si, mas aproveitar a sinergia dos diversos negócios. Aproveitar a sinergia dos negócios diferentes, de canais diferentes, para poder conseguir se apropriar dessa escala e dessa velocidade”, complementa.

Logística que mira na satisfação do cliente

Com a aceleração do e-commerce na pandemia, a entrega rápida ganhou importância a cada trimestre de 2020. No primeiro, 43% das pessoas afirmaram que o frete era a razão principal na hora de fechar uma compra online. Esse número subiu para 46%, 47%, 48%, 49% e chegou a 51% no segundo trimestre de 2021.

“A gente está tendo hoje de fato entregas extremamente rápidas, o que é bom, mas a gente está tendo também aquela preocupação de olhar para esse cliente e entender um pouquinho do que esse cliente precisa. Então se é uma entrega rápida eu vou fazer uma entrega rápida, mas se ele precisa de uma entrega agendada, se ele precisa de um cuidado diferente com aquele produto, a gente está conseguindo olhar para isso – coisas que até pouco tempo não eram prioridade no nosso negócio”, reconhece Vieira.

Como prova disso, Suellen Bellinassi, Fullfillment Mananger do Mercado Livre, conta que “índices recentes de 2021 mostraram que o setor fechou com 48% a mais de receita de faturamento, 35% a mais de volume de vendas, comparado a 2020, que já foi um ano de muita alavancagem do e-commerce”.

Na “receita para o sucesso” ela acrescentaria alguns ingredientes que chegou a implementar no Mercado Livre. “Para ofertar uma entrega mais agressiva, acho que ter um caminho de logística própria – do nosso lado aqui como marketplace, isso foi um movimento super importante, para garantirmos que isso aconteça. A estratégia de fullfilment, de ter o estoque nas nossas mãos, também garante sortimento, garante disponibilidade de produto, e isso abrevia algumas etapas para sermos mais agressivos em entrega”.

No Magazine Luíza, Kfouri conta que também conseguiu avançar com as categorias de mercado, de bens de consumo, porque a empresa percebeu que o varejo alimentar para e-commerce era muito defasado. “A gente saiu de 200 lojas para 1.000 lojas, trabalhando com o conceito de dark store. Então, quando o cliente compra o produto, a gente, por geolocalização, oferece o produto mais próximo desse cliente para ele receber no raio de 7 km a 10 km”.

Todo esse investimento foi sentido pelo consumidor, que se acostumou a um novo padrão de entregas e essa será a nova “régua” para as próximas entregas. “O futuro do e-commerce é a gente entregar além do que o consumidor ou o vendedor deseja. Em níveis de excelência. Esse é o padrão. Acho que todas as empresas devem caminhar olhando para frente e pensando “Como eu posso surpreender?”, finaliza Bellinassi. O desafio está lançado!

Varejo: consumidor quer entrega do produto cada vez mais rápida

A pandemia colocou uma série de novos desafios ao varejo, principalmente em relação ao comércio digital, e alguns desses desafios vieram para ficar. Mais do que vender, é necessário garantir a satisfação do consumidor, que deseja uma entrega rápida e eficiente – de preferência no mesmo dia.

supply chain foi um dos temas principais da 110ª National Retail Federation (NRF), realizada em Nova York, um dos mais prestigiados eventos anuais globais sobre tendências do varejo. Nesta edição, o evento voltou a ser presencial, e contou com a participação de representantes do varejo e de consultores de todo o mundo

Quando essa cadeia de suprimentos não funciona direito, todo o varejo fica comprometido. Ou seja, quando essa logística não é devidamente gerenciada pelo varejista, pode levar à perda de vendas.

Atender a esse cliente cada vez mais exigente requer uma cadeia de suprimentos que funcione bem, em sintonia e com a precisão de um relógio, da a captação da matéria-prima para a elaboração do produto até a entrega final no endereço do consumidor ou na pronta-entrega na loja física.

Para entender a importância da gestão do supply chain, o que acontece quando a pessoa deseja determinado produto e não encontra à disposição na loja física ou virtual? Simples: ela vai comprar em outro lugar, muitas vezes ao alcance de um clique na loja on-line da concorrência.

“O supply chain ganha importância cada vez maior, pois ele é parte relevante para uma boa experiência de compra por parte do consumidor”, explica Natália Sperati, sócia de consultoria em Transformação de Negócios da EY para o setor de Varejo e Bens de Consumo. “Também está ganhando protagonismo muito grande no varejo, pois a entrega eficiente é parte do valor de compra que o consumidor deseja”, completa.

Opinião semelhante tem o sócio-líder de Operações em Supply Chain da EY para a América do Sul, Lucas Horta. “O perfil do consumidor está mudando rapidamente. Há novas exigências de customização, personificação e celeridade. Isso aumenta muito o nível de exigência do supply chain”, explica.

Horta reforça a importância da cadeia de suprimentos para o processo como um todo, da logística para a elaboração do produto até a venda. “Se o supply chain não for bom, o seu produto não vai estar na gôndola.”

Não à toa, um dos assuntos discutidos nos Estados Unidos foi o “quick commerce” – processo de entrega entre 15 minutos e 2 horas. O consumidor deseja que a sua encomenda seja entregue em um prazo cada vez menor, o que aumenta os desafios logísticos para o varejista.

Afinal, não é fácil lidar com questões como falhas no abastecimento de matéria-prima, falta de entregadores e trânsito pesado nas cidades. Caso o varejista não consiga superar os desafios cotidianos, corre o risco de perder para a concorrência. “Isso torna o supply chain uma área cada vez mais estratégica do negócio”, alerta Natália.

CHINA 

Outro assunto de destaque na NRF é a força crescente do consumidor na China, o que torna um país um verdadeiro hub de tecnologia para o varejo, com novas soluções para toda a cadeia de consumo, por meio da tecnologia avançada. “A China tem pelo menos 500 milhões de consumidores com bom poder de compra, e a classe média chinesa hoje é maior do que os Estados Unidos – o que mostra a importância do mercado chinês”, diz Natália.

Em meio ao crescimento dos aplicativos de entrega, Lalamove anuncia integração com a Nuvemshop focada em PMEs

A Lalamove, plataforma online de soluções em entregas que conecta usuários e empresas a motoristas parceiros, acaba de anunciar parceria inédita e direcionada para PMEs com a Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas. O intuito da aliança é promover mais eficiência para os processos logísticos dos e-commerces, visando as entregas super expressas (em até duas horas), área de especialidade da Lalamove, com foco maior em capitais e regiões metropolitanas.

As entregas feitas por aplicativos estão aumentando nos últimos tempos, porque as PMEs estão diversificando cada vez mais a logística dos seus e-commerces e investindo em entrega rápida, principalmente em datas importantes para o comércio. Segundo dados disponibilizados pela Nuvemshop, houve um crescimento significativo no percentual de envios realizados por aplicativos de entrega no último ano, que partiu de 27,5% (no primeiro trimestre do ano) para 39,3% (no último trimestre).

“Esses dados apontam uma mudança nos hábitos dos lojistas e consumidores, que passaram a demandar serviços de transporte mais rápidos. Com isso, no mesmo período, também observamos uma diminuição de 30% nos envios realizados por serviços tradicionais de entrega. Essa é uma tendência que deve continuar forte neste ano”, aponta Luiz Natal, Gerente de Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop.

Para Albert Go, Diretor Regional LATAM da Lalamove, a ação não poderia ter vindo em melhor hora, “trata-se de uma união estratégica entre negócios. A integração trará inúmeros benefícios para os parceiros a curto e longo prazo. Agora, os lojistas poderão contar com a expertise da Lalamove e garantir qualidade e eficiência para os processos logísticos de seus negócios”, completa o executivo. O forte da empresa está nas entregas expressas, principal demanda para os comerciantes com a valorização do e-commerce, principalmente após o crescimento desse segmento na pandemia. Durante esse período, a Lalamove registrou um aumento de 30% no número de entregas expressas.

A Lalamove conta atualmente com cerca de 100 mil usuários e mais de 40 mil motoristas parceiros cadastrados, que realizam em média 50 mil entregas diárias, em serviços promovidos por carretos, utilitários, SUVs, minivans e motos.

Um dos principais benefícios com a parceria é a experiência do cliente, que contará com uma forma de envio mais rápida e eficaz, além de um valor de frete condizente a cada região, de acordo com a cobertura oferecida. A integração chega para atender às demandas dos clientes, visto que condições como prazos de entrega muito longos influenciam no abandono do carrinho de compras.

A pesquisa “Compras e pagamentos em lojas online”, desenvolvida pela Nuvemshop com o apoio das plataformas Iugu e Pagar.me., revelou que para 10% dos consumidores o longo prazo para entrega de um produto os influenciaram a desistir de uma compra. Este dado reforça a importância das entregas expressas para o e-commerce.

Por meio dessa nova integração, a Nuvemshop amplia a gama de serviços focados em logística para o e-commerce, especialmente em entrega expressa. “Reforçamos o DNA de plataforma aberta da empresa, integrando ao ecossistema novos parceiros para oferecermos diversas ferramentas e tecnologias que facilitam a gestão e o dia a dia do negócio online. Com a Lalamove, investimos em uma integração para entrega expressa, que faz muita diferença para segmentos como alimentos e outros produtos mais perecíveis. Nosso objetivo é construir o maior ecossistema de e-commerce da América Latina e apoiar todos os tipos e tamanhos de empresas e PMEs”, afirma Natal.

Como funciona a integração

A integração é feita por meio de um plugin da Lalamove disponível diretamente na plataforma da Nuvemshop, onde o lojista consegue fazer o download dessa extensão para utilizar o serviço. Caso ainda não seja cadastrado, a Lalamove entrará em contato com o lojista para efetuar o cadastro.

Para utilizar o serviço, o comerciante deve abrir uma solicitação de transporte com a Lalamove, feito isso, será analisado o tamanho da entrega e o melhor veículo (caminhão/carro/moto), para atender a demanda, já com as especificações de valor apresentadas. A partir da confirmação pelo motorista parceiro, é gerado o código de rastreio, além de ser possível acompanhar em tempo real o trajeto da encomenda.

Caso não haja a confirmação para o transporte, serão feitas até três tentativas (pelo próprio app da integração), para encontrar um veículo disponível para realizar a entrega. Se a situação persistir, será necessário realizar uma nova solicitação.