Shopee muda regras e dará frete grátis apenas a poucos lojistas; entenda

Redução da entrega gratuita acontece depois de a empresa asiática encerrar operações no Chile e na Colômbia; Mercado Livre, o Magazine Luiza, a Americanas e Via também limitaram benefício.

A Shopee anunciou uma mudança em sua política de frete grátis nesta sexta-feira, 23. A partir do dia 1º de outubro, os dois cupons de frete grátis mensais por cliente ficarão disponíveis apenas para os lojistas virtuais que fazem parte do “Programa Frete Grátis” da plataforma. Nesse programa, os lojistas pagam um porcentual a mais sobre as vendas para ter acesso a mais benefícios.

Enquanto a taxa cobrada dos lojistas comuns está em 14%, os que aderem ao programa pagam 20% do valor de suas vendas para a Shopee. No entanto, a plataforma ainda vai oferecer 3 cupons de 50% de desconto no frete mensais por cliente para todos os lojistas.

O valor mínimo de compra para que os clientes possam usar os cupons também sofreu alterações. Ele passou de R$ 29 para R$ 39 nas lojas virtuais que participam do programa de benefícios e de R$ 59 para R$ 69 para os que não aderiram a essa opção.

A plataforma tem 2 milhões de lojistas registrados no Brasil, número que, em geral, não corresponde, aos lojistas ativos da plataforma, que realmente vendem por ali.

A asiática Shopee não informa quantos desses vendedores fazem parte do programa que dá acesso a mais cupons de frete grátis. Vale lembrar que a empresa tem outros cupons de frete grátis disponibilizados aos consumidores independentemente das taxas pagas pelos lojistas.

Promoções agressivas
Conhecida por uma estratégia promocional agressiva, a Shopee vem, aos poucos, buscando mais racionalidade na gestão de seus custos. Outras plataformas, como o Mercado Livre, Magazine Luiza, a Americanas e a Via (dona da Casas Bahia e do Ponto) fizeram movimentos de limitação do subsídio a frete e maiores tarifas cobradas dos vendedores.

A tendência faz parte de uma adaptação a um cenário de juros altos e maior racionalidade do mercado, no qual queimar caixa para crescer já não parece uma boa ideia.

Dificuldades
Recentemente, a Shopee revisou seu plano de expansão pela America Latina. A companhia informou em seu site argentino o fim de suas operações no país a partir do dia 8 de setembro.

No México, a companhia também comunicou o fim das atividades locais, mas os clientes poderão continuar a comprar produtos de vendedores internacionais, o chamado “cross border”. As operações da Colômbia e do mercado devem seguir o mesmo processo. No anúncio, a empresa deixou claro que a mudança de foco na expansão não dizia respeito à operação brasileira.

Segundo a líder do time de análises da XP, Danniela Eiger, o fato da companhia ter resolvido focar seus esforços no Brasil, era uma notícia de impacto “neutro ou marginalmente negativo” para as concorrentes brasileiras. Isso porque a concorrência da gigante de Cingapura incomoda as brasileiras e a gestão aparentava ver no Brasil condições mais rentáveis de operar do que nos países vizinhos.

O que diz a Shopee
Em nota, a Shoppe afirmou que “está construindo um ecossistema inclusivo que torna a compra e a venda acessíveis a todos. Além de apoiar os empreendedores brasileiros a se beneficiarem do crescimento da economia digital, oferecemos diversos benefícios para que os consumidores economizem nas compras online. Além das ofertas e cupons sempre disponíveis, temos campanhas especiais todos os meses com os Dias Shopee do mês, geralmente datas duplas, quando oferecemos vantagens adicionais para os usuários. A próxima ação (10.10) começa na segunda-feira”.

França cria taxa de entrega sobre vendas online de livros para ajudar lojas contra Amazon

Governo anunciou taxa mínima de entrega de 3 euros para encomendas online de livros que custem menos de 35 euros.

A França planeja impor uma taxa mínima de entrega de 3 euros para encomendas online de livros que custem menos de 35 euros para nivelar a concorrência de livrarias independentes contra gigantes do comércio eletrônico, disse o governo na sexta-feira (24).

Uma lei francesa de 2014 já proíbe entregas gratuitas de livros, mas a Amazon e outras grandes vendedoras como Fnac contornaram isso cobrando 1 centavo por entrega. As livrarias locais normalmente cobram até 7 euros pelo envio de um livro.

A lei foi aprovada em dezembro de 2021 para fechar a brecha de um centavo por meio de uma taxa mínima de envio, mas a lei não poderá entrar em vigor até que o governo decida o tamanho dessa taxa. A França notificará a Comissão Europeia de seu plano e a taxa mínima de entrega entrará em vigor seis meses após a aprovação da União Europeia.

O Ministério da Cultura disse que a taxa de três euros – que inclui impostos – não pode ser contornada por meio de programas de fidelidade de clientes ou compras conjuntas de livros com outros itens. A pasta acrescentou que, para pedidos de valor superior a 35 euros, os fornecedores online ainda podem propor uma taxa de entrega de um centavo.

A associação francesa de livrarias SLF disse em comunicado na sexta-feira que a taxa de três euros é insuficiente, pois significa que as livrarias ainda venderão com prejuízo ao enviar livros aos clientes. A entidade apelou ao governo para reduzir as taxas dos correios franceses para o envio de livros pelas livrarias.

FedEx aumenta preços de seus serviços, após resultados do primeiro trimestre

A FedEx informou na quinta-feira, 22, que estava aumentando os preços cobrados por seus serviços, porque opera em um ambiente mais difícil no momento. A transportadora com sede em Memphis, Tennessee, informou que as taxas de FedEx Express, FedEx Ground e FedEx Home Delivery aumentariam em média 6,9% a partir de 2 de janeiro.

A mudança ocorre em momento em que a FedEx alertou na semana passada que sua receita no segundo trimestre ficou abaixo de suas expectativas e estava dando início a uma série de mudanças para compensar a queda nos volumes de pacotes.

A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre na quinta-feira (22).

FedEx desaba 22% com freada na economia; CEO fala em ‘recessão global’

A FedEx reportou um trimestre fiscal bem abaixo da expectativa — com a freada na economia global acertando em cheio a operação da companhia — e disse que terá que fazer um programa “profundo” de corte de custos.

A receita com as entregas de e-commerce nos Estados Unidos ficou US$ 300 milhões abaixo das projeções apresentadas pela própria empresa em junho. Já as operações na Ásia e na Europa tiveram um resultado US$ 500 milhões abaixo do previsto.

Os resultados, ainda preliminares, saíram na quinta-feira depois do fechamento do mercado, e a ação da empresa abriu na segunda (20), em queda de 22%.

Outras empresas de entrega de mercadorias sofreram com a notícia. A UPS caía 7%, e as principais concorrentes da FedEx na Europa também operavam no vermelho: queda de 5% para o Deutsche Post e 10% para o Royal Mail.

FedEx desaba 22% com freada na economia

Os resultados frustrantes da FedEx indicam uma freada na atividade econômica, particularmente no e-commerce. Mas a empresa também está sob a pressão de investidores ativistas para melhorar as suas margens operacionais, o que, segundo os analistas, contribuiu para amplificar a queda nas ações.

O CEO Raj Subramaniam disse que a FedEx congelou a contratação de novos funcionários, fechará 90 escritórios e deixará no chão parte de sua frota de aviões cargueiros. As entregas aos domingos também serão reduzidas.

Em entrevista à CNBC, o executivo disse que se prepara para uma recessão global. “Estou decepcionado com os resultados,” disse Subramaniam, que assumiu o cargo em junho. “O principal fator é a situação macro que estamos enfrentando.”

Com a reabertura da economia pós-pandemia, as pessoas voltaram a viajar, estão gastando mais com restaurantes e serviços. Ao mesmo tempo, reduziram as compras no comércio eletrônico. A Amazon e outras companhias de e-commerce já sentiram os efeitos dessa transição.

GOLLOG lança novos serviços com entregas no mesmo dia e promoção do Dia do Cliente

A GOLLOG, unidade de soluções logísticas da GOL, é a única no mercado de logística a operar com entregas domiciliares interestaduais, em até de 24 horas, a partir de 32 aeroportos espalhados pelo Brasil.

Em comemoração ao Dia do Cliente, durante todo o mês de setembro, o serviço do CHEGOL terá o frete fixo no valor de R$ 34,90 para retirada no aeroporto, já para entrega domiciliar em capitais e regiões metropolitanas, o valor será de R$ 49,90.

A mudança vem para reforçar um dos diferenciais do CHEGOL, a simplicidade, uma vez que o peso não influencia no valor do frete e a caixa para envio está inclusa no preço.

Essa ação poderá ser definitiva, dependendo a aceitação dos Clientes.

Além disso, a GOLLOG está trazendo uma novidade para o CHEGOL Super Expresso e URGENTE com entrega no mesmo dia, a partir de agora, além das cidades da Grande São Paulo, será possível contratar o serviço para as cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo e região metropolitana do Rio de Janeiro.
Ao todo, serão 17 novas cidades de destino onde as entregas poderão ser realizadas no mesmo dia. Na Grande São Paulo, o número permanece em 31 cidades. Os Clientes poderão escolher o voo em que o produto será embarcado e a entrega será realizada no mesmo dia, desde que o voo escolhido pouse até 18h, em dias úteis.

Lembrando que ao contratar a entrega no mesmo dia o valor da taxa de entrega é calculado de maneira definitiva por quilometragem, por meio das variáveis de distância em km entre o aeroporto destino/endereço de destino e por tipo de veículo compatível com as dimensões do item transportado.

Pelo CHEGOL, é possível transportar tudo o que couber na caixa específica, que mede 35 x 30 x 10 cm. Pelo GOLLOG Urgente, o peso máximo por volume transportado é de 80 kg, e as dimensões máximas são de 80 cm x 80 cm x 80 cm.

Amazon Logística anuncia duas estações de entrega no Centro-Oeste

A Amazon Logística inaugurou duas novas estações de entrega na região Centro-Oeste: uma em Hidrolândia (GO) e outra em Brasília (DF). De acordo com a empresa, o objetivo é fortalecer a operação no país.

Neste primeiro momento, os espaços devem gerar mais de 60 empregos diretos e a contratação de 125 motoristas parceiros. Esse quadro tende a dobrar em períodos de pico como o Prime Day e a Black Friday.

As estações de entrega têm grande peso na operação de last mile da Amazon, já que são desses locais que as encomendas são despachadas para o destino final. A empresa ressaltou que a expansão aumenta o atendimento da Amazon para mais de 24 mil códigos postais.

Segundo o líder da Amazon Logística no Brasil, Rafael Caldas, as operações da companhia são projetadas com foco em eficiência e segurança. “O fortalecimento da nossa rede logística tem como pilares a segurança, para proteger nossas equipes e parceiros, e a velocidade, para garantir uma entrega de qualidade e no menor tempo possível”, explicou.

Com o apoio de mais de 10 mil associados diretos e indiretos, a Amazon atende 100% dos municípios no Brasil. A estrutura da companhia no país é formada por 12 centros de distribuição e sete estações de entrega, que têm o intuito de aumentar a capilaridade logística da Amazon.

Azul Cargo completa 13 anos de operações e logística no Brasil

Há 13 anos, a Azul Cargo – empresa de logística da Azul – nasceu com um propósito: fazer diferente. Com o desafio de encantar o Cliente também no serviço de entregas e com a vantagem competitiva de ter à disposição a ampla malha aérea da Azul, a Azul Cargo inovou, cresceu e, hoje, comemora os bons resultados com uma das entregas mais rápidas do país.

Só no segundo trimestre de 2022, foram mais de 3 milhões de pacotes entregues – mais de 60% acima do mesmo período de 2019. Isso também alavancou a receita, que mais que triplicou em comparação ao mesmo período de 2019, acima da meta de R$ 1 bilhão.

“Hoje, a Azul Cargo é líder no mercado de cargas no Brasil. A retomada de algumas indústrias está impulsionando o crescimento em toda a cadeia de transporte e logística, o que nos deixa muito otimistas e empolgados com esta retomada e com os desafios que virão pela frente”, destaca a diretora da Azul Cargo, Izabel Reis.

Com a vantagem de poder aproveitar a malha da Azul, a Azul Cargo consegue realizar entregas em até 48 horas para mais de 2.000 cidades brasileiras, de norte a sul do País. No Nordeste as encomendas chegam em um dia. Além disso, a unidade de logística da Azul conta com 310 lojas servindo mais de 4.500 municípios de porta a porta, sempre com alto índice de pontualidade e regularidade nas entregas. “Em um país de dimensões continentais como o Brasil, garantir a entrega em até dois dias para mais de 2 mil municípios é algo que só nós conseguimos, graças a malha extensa e abrangente da Azul que permite chegar rapidamente aos mais distantes pontos do país com excelência e preços supercompetitivos”, explica Izabel. “Também temos a malha aérea internacional e, com nossos parceiros internacionais, levamos cargas para os principais continentes, das Américas ao Extremo Oriente”, completa a diretora.

Conectando o Brasil de ponta a ponta, a Azul Cargo também democratizou o acesso dos brasileiros ao e-commerce, já que as cargas transportadas via modal aéreo chegam 75% mais rápido do que via terrestre. Uma carga que sai de Porto Alegre, por exemplo, com destino ao Acre, levaria até 10 dias via terrestre – com a Cargo, a entrega é feita em menos de 4 dias.

Atualmente, a Azul oferece 300 rotas para mais de 150 destinos brasileiros e uma frota operacional de, aproximadamente, 160 aeronaves. A partir daí, a Azul Cargo consegue aproveitar a amplitude e a conectividade dessa malha aérea da companhia e ocupar a “barriga” das aeronaves para o transporte de cargas, reduzindo os custos e ganhando mais agilidade. Além disso, a unidade de logística da Azul possui uma frota própria de sete aviões dedicados a cobrir as rotas de maior densidade e garantir oferta de espaço e serviços diferenciados, com segurança e rapidez que o mercado exige. “Nossa frota é composta por dois aviões do modelo Boeing 737 e cinco Embraer 195 Classe F, os primeiros do mundo, que são adequados ao e-commerce e cargas expressas, trazendo agilidade e serviços ‘same day’ e ‘next day’ nas mais distantes regiões do Brasil”, explica Izabel, ressaltando que, com os jatos E195 a Azul Cargo consegue voar encomendas no mesmo dia para as regiões Norte e Nordeste.

A diversidade da frota de aeronaves e a amplitude da malha aérea da Azul, permitem que a Azul Cargo ofereça diversas soluções logísticas, desde distribuição para e-commerce com serviço “porta-porta” de entregas expressas até envio de encomendas críticas e cargas paletizadas.

Azul Cargo em números

– Fundada em 2009;

– 320 lojas Azul Cargo servindo mais de 4.500 cidades de porta em porta;

– Entrega em até 48 horas para mais de 2.000 cidades;

– 3 milhões de pacotes entregues no 2T22;

– 7 aeronaves cargueiras.

Prepare-se para atender à demanda e à expectativa do cliente

Sabe aquela história de que vendedor ganha o cliente na conversa? Ficou no passado. Hoje, especialmente em tempos de comércio eletrônico em alta, conquista o consumidor a marca que melhor o conhecer e, consequentemente, que conseguir entregar a ele a melhor experiência de compra possível.

Vai assegurar uma boa experiência ao cliente a empresa que entender quem ele é e, gerenciar do primeiro contato à entrega do produto.
Comunicar-se com seus clientes é mais importante do que nunca e essencial para a construção de um bom relacionamento e uma experiência de compra ímpar. Pesquisas mostram que as empresas que sabem se comunicar e conversar com seus clientes de maneira efetiva são aquelas que aumentam as vendas mês após mês.

A McKinsey, por exemplo, realizou um estudo com 79 companhias brasileiras, em que foi constatado que 58% delas ainda se encontram em níveis iniciais de maturidade quanto ao uso de dados. Isso significa que elas não contam com estruturas de integração entre os seus sistemas de coleta de informações dos consumidores, por exemplo, e que muitas das suas decisões não são apoiadas nessas evidências.

Dados para personalização
Entender a importância dos dados e da sua análise é a principal maneira de começar qualquer tentativa de personalização. Não é preciso ter um enorme banco com inúmeros dados para dar o primeiro passo – é possível começar pelo que a empresa já tem mapeado. Usando informações de bases de dados já existentes de uma grande empresa brasileira, reduzimos em quase 15% a perda de receita devido ao cancelamento de clientes. Em outra situação, foram aumentadas as taxas de conversão em vendas cruzadas em 60%, alavancando modelos analíticos que permitiam identificar o público com maior assertividade e, com isso, recomendar as melhores ofertas.

A pesquisa e a experiência mostram que a personalização, totalmente implementada, pode gerar um valor significativo de curto prazo para as empresas, como um marketing até 20% mais eficiente (o que representa aumento de receita e economia de custos), além de aumentar em até 30% a fidelização dos seus clientes.

E você? Já se perguntou se a sua empresa realmente conhece os seus clientes? Sabe quem ele é, quantos anos tem, em que região do país ele mora, quais os seus hábitos de consumo, se costuma comprar a partir de anúncios em redes sociais, se clica em campanhas via e-mail? Essas são apenas algumas perguntas que o seu departamento de marketing pode responder para se aproximar dos clientes, conquistá-los, fidelizá-los e ganhar novos consumidores.

Conhecer o cliente com estratégia de dados
A boa notícia é que estabelecer uma estratégia de dados e inteligência de negócios para levar as melhores experiências para os seus clientes pode ser menos complexo do que se imagina. Muitas vezes, a empresa já tem em casa boa parte das informações que precisa para isso – e faltam apenas a estratégia de dados e uma boa solução tecnológica certa para organizar tudo isso.

Há hoje no mercado ferramentas capazes de cuidar da jornada completa dos clientes. No entanto, o primeiro passo, antes mesmo de buscar essa solução, é entender que é fundamental desenhar uma estratégia que leve em conta que a jornada completa não acaba no momento em que a venda é realizada. Ela inclui o pós-venda: é necessário garantir que o produto seja entregue dentro do prazo estipulado para não frustrar o consumidor.

Compreendido isso, é hora de mapear quem são os seus clientes. É importante ter uma estrutura de dados que os identifique e trace o perfil de cada um. É o que chamamos de “buyer persona”. E aqui, sim, as soluções tecnológicas disponíveis no mercado começam a ajudar, a dar inteligência ao seu negócio e a trazer excelentes resultados.

Quando você entende quem é o seu cliente, é possível se comunicar de forma eficiente com ele. É possível abordá-lo através de diferentes canais e levar a mensagem de marketing adequada, considerando as aspirações, as necessidades e os desejos do cliente.

Quando a empresa entende as motivações de compra dos seus clientes e os seus hábitos de consumo, fica muito mais fácil casar ofertas ou encontrar a melhor forma de alcançar o consumidor.

A importância da entrega
Finalmente – e tão importante quanto os estágios anteriores -, é crucial cuidar para que o cliente receba o produto no prazo esperado e com uma apresentação que lhe surpreenda positivamente. O grande erro de muitas empresas hoje é falhar na entrega. Isso causa decepção e pode acabar com toda a boa experiência que vinha sendo proporcionada. É uma falha capaz de acabar com longos relacionamentos entre consumidores e marcas.

No fim das contas, vai assegurar uma excelente experiência ao cliente a empresa que entender de verdade quem é o seu cliente e, mais do que isso, souber gerenciar desde o primeiro contato que ele faz com a sua marca até a entrega do produto. Significa proporcionar uma excelente experiência ao cliente, garantindo que ele não apenas se mantenha fiel à marca, mas também a defenda, recomende e fale por ela. E isso se consegue por meio de uma boa gestão de inteligência dos negócios, fundamentada em soluções tecnológicas amigáveis e inteligentes.

Como a gestão pode ajudar as entregas no e-commerce.

O comércio eletrônico é um modelo de negócios em que pedidos pequenos – a maioria de um produto apenas – são vendidos a muitos consumidores localizados nos mais diversos pontos. Isso traz um grande desafio às operações de comércio eletrônico: fazer entregas fracionadas, com frequências incertas e pulverizadas, tendo lucro.

Ainda que esse formato seja vantajoso para os prestadores de serviços em logística, para as lojas virtuais esse cenário traz a necessidade de gerenciamento rigoroso com os custos de transporte. Uma equação complicada: ter o menor custo possível, sem comprometer a margem de lucro e evitar a queda no índice de conversão de vendas.

Uma boa gestão, guiada com o auxílio da tecnologia, pode ajudar e muito as operações de e-commerce. Saiba mais neste artigo.
O relatório Webshoppers, da Ebit/Nielsen, mostra que, em 2020, três de cada dez consumidores que fizeram alguma reclamação sobre compras online indicaram o prazo de entrega como motivo da queixa. Quando a reclamação era sobre frete grátis, a taxa foi de 5,9% do total de insatisfações. Já quando o frete não era gratuito, esse número foi de 15,7% do total de reclamações sobre lojas virtuais. Isso apenas comprova que o valor do frete é um elemento decisivo na decisão de compra.

Portanto, é fundamental para as operações de e-commerce colocar em prática estratégias que visem a oferecer fretes com o máximo custo-benefício. Essas estratégias envolvem uma boa dose de gestão e, é claro, auxílio da tecnologia. Vamos entender como.

Mix de transportadoras
A primeira iniciativa é, naturalmente, pensar nos fornecedores de transporte. Contratar e gerenciar essas parcerias é importantíssimo. Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil tem hoje cerca de 700 mil transportadores, entre empresas e autônomos. Dessa forma, o vendedor virtual chega a uma encruzilhada: ter poucas transportadoras, o que facilita o gerenciamento e dá mais poder de negociação, ou trabalhar com muitos fornecedores, o que otimiza preços e prazos, mas torna a gestão mais complexa?

Nesse ponto, você deve estar se lembrando dos Correios, certo? É natural, pois é a empresa que executa aproximadamente 45% das entregas no país (dados de 2020), contudo é limitada em entregas de grandes volumes ou do tipo expressas, o same day/same hour delivery. Os Correios, apesar disso, devem fazer parte da estratégia, especialmente nas entregas para localidades muito distantes.

Um bom caminho é ter transportadoras adequadas ao mix de produtos trabalhados pela operação. Correios para volumes pequenos, transportadoras especializadas em grandes volumes e mais uma ou duas opções para entregas expressas.

Escolha dos parceiros
Há critérios importantes para a escolha das transportadoras parceiras. São pontos que ajudam o vendedor a decidir pela contratação ou mesmo deixar de trabalhar com um fornecedor.

O primeiro deles é o custo. Diversas variáveis impactam o custo do frete: peso e dimensão dos pacotes, quantidade de produtos, valor na nota fiscal, distância, problemas de trajeto e acesso. Assim, deve-se verificar a credibilidade da transportadora, quão próxima ela está do CEP de origem e dos principais CEPs de destino, verificar se as tabelas de frete para o perfil da operação são condizentes e analisar outros fatores que possam interferir nesse curso.

O segundo é a aderência. Significa avaliar se o parceiro tem a estrutura necessária para fazer as entregas que a loja virtual precisa. Ver itens como: veículos apropriados para os tipos de produtos, capacidade de atender períodos de pico (como a Black Friday), franquia de volumes e taxas por ultrapassar essa franquia, tecnologias de rastreamento, seguros nas viagens, abrangência de atuação, entre outros.

O terceiro é a confiança, talvez o mais importante. Aqui, o empresário deve avaliar se a transportadora tem um bom nível de comprometimento. Itens como SLA, aumentos sazonais, faturamento mínimo mensal ou por coleta e limites de capacidade devem constar em contrato.

Negociando com transportadoras
Antes de contratar uma transportadora parceira, é interessante que o lojista compartilhe com ela algumas características de sua operação, como local de coleta, ticket médio das notas fiscais, rotas mais demandadas, média de remessas por mês, perfil dos compradores (B2B ou B2C), peso médio e dimensões dos pacotes e representatividade de cada estado, cidade ou CEP no total dos pedidos.

O lojista também deve entender as tarifas cobradas pela transportadora. As principais costumam ser frete-peso (despesas administrativas), frete-valor (cobertura de gastos com avarias e acidentes, custo de equipamentos especiais de carga/ descarga, seguros obrigatórios etc.) e taxas complementares (pedágios, tributos, tarifas de armazenagem etc.).

Outros itens como taxas de despacho, taxa de coleta e fator de cubagem também devem ser detalhados pelo fornecedor.

Tecnologia
Boa gestão conta com apoio de ferramentas e softwares. Do lado do vendedor, a principal é o ERP, sistema que dá apoio às informações de cada entrega e rastreamento. Para as transportadoras, é importante contar com sistemas de radiofrequência (RFID) nos pacotes, sistema de gestão de transportes (TMS) – software usado para otimizar a atividade de transporte como um todo -, roteirizador de entregas e coletas – sistema que planeja rotas mais eficientes e econômicas -, e sistema de gestão de entregas, solução que monitora as entregas e a produtividade da frota.

Nem sempre as transportadoras terão todas essas tecnologias, mas tendo algumas já é um diferencial. Esses pontos ajudam muito o vendedor on-=line a tornar o frete um aliado e não um obstáculo às vendas. Dá trabalho, contudo é um dos caminhos para o crescimento da operação, menos abandono de carrinho e mais vendas.

FedEx trava disputa com terceirizados após volume de entregas perder tração

A FedEx está enfrentando uma ameaça vinda de uma fonte incomum – um de seus maiores terceirizados para entregas.

O empresário Spencer Patton elevou a pressão sobre a FedEx para aumento da remuneração dos prestadores de serviço, depois que medidas tomadas pela empresa tornaram ainda mais difícil para eles obterem lucro, em meio a uma economia inflacionária e em desaceleração.

A FedEx Ground usa prestadores de serviços para reduzir custos fixos, impedir a sindicalização e manter a alavancagem nas negociações
Patton é um dos maiores terceirizados da FedEx Ground, unidade que cresce mais rápido dentro companhia e conta com 6 mil “prestadores de serviços independentes” para levar milhões de pacotes para residências e empresas todos os dias.

O empresário de 36 anos passou de um dos maiores incentivadores da FedEx para um de seus principais adversários.

“Não estou aqui para ser um lançador de bombas e para destruir a FedEx Ground e o presidente-executivo”, disse Patton à Reuters em conferência organizada por ele em Las Vegas no último fim de semana e que reuniu terceirizados da companhia.

Ele propõe que a FedEx e os prestadores conversem para encontrar soluções.

Patton também está formando um grupo comercial para defender todos os entregadores, incluindo aqueles que trabalham com a Amazon.

A FedEx tem sido tradicionalmente anti-sindical, mas se os esforços de Patton ganharem força, eles podem reduzir o lucro da empresa e impactar os negócios antes da crucial temporada de feriados de final de ano para o setor.

A empresa enviou há alguns meses a Patton – que fez uma fortuna com a FedEx Ground administrando 275 caminhões semirreboque e veículos de entrega, vendendo rotas para outros empresários e oferecendo serviços de consultoria – uma carta para encerramento das atividades (‘cease and desist letter’).

À medida que o “pêndulo” do crescimento impulsionado pela pandemia “retrocede”, “a FedEx Ground continua comprometida em trabalhar com cada um de vocês para encontrar soluções”, disse o líder da unidade, John Smith, em uma mensagem interna aos prestadores de serviço vista pela Reuters.

Sem Margem Para Erro
A FedEx Ground usa prestadores de serviços para reduzir custos fixos, impedir a sindicalização e manter a alavancagem nas negociações, disseram analistas.

Essas empresas terceirizadas arcam com o peso das crises econômicas porque são atingidas com os custos de mão de obra e veículos.

Patton disse que até 35% dos prestadores de serviços independentes (ISPs, na sigla em inglês) da FedEx Ground estão em risco de colapso financeiro.

O negócio dele, por exemplo, que opera 225 rotas em 10 Estados norte-americanos, trabalha com uma margem de -5% a -10%.

Ele pediu à FedEx pelo fim das não lucrativas entregas de domingo e elevação da fatia dos prestadores devido a combustível e sobretaxas de feriados.

A maioria dos 31 terceirizados que disseram na conferência à Reuters estarem perdendo dinheiro identificam o Natal de 2021 como o início da atual crise financeira.

Na ocasião, eles ficaram presos com contas gordas por causa de um volume impreciso de demanda previsto pela FedEx para a temporada de final de ano.

Consequentemente, eles perderam as metas de bônus baseadas na projeção excessivamente otimista da empresa. Isso os deixou sem proteção contra o aumento dos custos de combustível e as perdas com entregas de domingo que a FedEx executava para o Walmart e outros varejistas que competem com a líder de comércio eletrônico Amazon.

“Não há margem para erro agora”, disse John Pontefract, um terceirizado do estado norte-americano de Oregon.

A preocupação dos terceirizados em dificuldades se transformou em raiva em junho, quando executivos da FedEx disseram aos investidores que usaram os recursos das sobretaxas cobradas devido à alta de combustível para elevar a margem operacional da Ground.

A empresa não lucrou com a divisão da sobretaxa de combustível, disse Brie Carere, diretora de clientes da FedEx, à Reuters.

Patton disse que fechará seus negócios na Black Friday, que marca o início da alta temporada, se os terceirizados não obtiverem mais alívio.

Carere afirmou que a FedEx fez uma previsão de como será o pico de demanda neste ano e está confiante de que a companhia está mais bem preparada.

A FedEx “paga generosamente” por esse trabalho e outros terão fome de fazê-lo, disse Dean Maciuba, consultor e ex-executivo da empresa.

Patton também tem críticos entre os prestadores de serviços, incluindo Satgur “Singh” Athwal, terceirizado da FedEx Ground no Estado da Califórnia.

As empresas terceirizadas ganharam “muito dinheiro em 2020”, disse ele. “Algum de nós deu um passo à frente e disse: ‘Você está nos pagando demais’?”