PRODUTIVIDADE: 15 SOLUÇÕES PARA REDUZIR O TEMPO DO PROCESSO LOGÍSTICO

Diante do cenário econômico atual, as empresas de logística e distribuição buscam soluções para reduzir custos, melhorar prazos e aumentar a qualidade dos produtos e serviços.

Além da modernização e automação do processo logística, que traz mais agilidade. Afinal, processos logísticos longos e demorados prejudicam os negócios e comprometem, inclusive, a imagem e a sobrevivência das empresas.

Portanto, para melhorar a gestão, a Buonny listou dicas importantes para fazer a diferença no dia a dia. Confira:

Identificar fornecedores com capacidade de se ajustar aos prazos da empresa e comprometidos com a entrega ágil dos insumos.
Aprimorar o controle e a gestão de estoques conforme a previsão de demandas e a capacidade produtiva.
Investir em ferramentas para agilizar a comunicação entre os envolvidos no processo logístico e qualificar os dados disponibilizados.
Utilizar métodos de análise capazes de identificar pontos fortes e fracos da operação, a fim de priorizar os investimentos na solução dos principais gargalos da cadeia de suprimentos.
Considerar as demandas, necessidades e particularidades do processo logístico e dê atenção diferenciada a cada uma delas.
Automatizar as atividades operacionais, otimize os fluxos internos e dedique mais tempo à inteligência do processo logístico.
Agilizar a tomada de decisões com base em informações precisas, confiáveis e obtidas em tempo real.
Capacitar fornecedores e profissionais envolvidos no processo logístico.
Definir metas e objetivos claros, estabelecendo parâmetros para o acompanhamento do processo logístico.
Manter atualizados os dados sobre a necessidade de insumos, prazos de produção e entrega, estoques disponíveis e logística de transporte.
Apostar em sistemas de roteirização, gestão de armazém, gestão de frotas, controle de entregas e gerenciamento de riscos.
Fazer a integração de sistemas de forma a facilitar a interface entre todas as áreas da empresa que influenciam, de alguma forma, no processo logístico.
Pesquisar a opinião dos clientes e mensure o nível de satisfação sobre a qualidade dos produtos, reposições, prazos de entrega e preços.
Monitorar os transportes, que assim como a qualidade das mercadorias é uma das etapas de maior influência na satisfação dos clientes. Confira se as entregas estão no prazo, se a mercadoria é entregue sem avarias e se a frota recebe a manutenção necessária.
Apostar em inovação e tecnologias que reduzam os gargalos e aumentem a performance logística. A tecnologia ajuda na criação de um ambiente competitivo.

UELLO, STARTUP DE LOGÍSTICA URBANA, INICIA OPERAÇÕES NO PARANÁ

A Uello, logtech especializada em logística urbana, está expandindo a área de atuação e anunciou nesta segunda-feira (22) a chegada ao Paraná. O estado é o primeiro da região Sul a receber as atividades da startup.

“É com um enorme prazer que anunciamos essa expansão. A expertise da Uello é auxiliar nos processos logísticos dos parceiros e garantir entregas com alto padrão”, declarou o fundador da Uello, Fernando Sartori. “Queremos transformar a experiência de entrega e levar o melhor da logística eficiente para as empresas e aos moradores do estado do Paraná.”

Além do estado do Paraná, a logtech opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nos últimos dois anos ampliou o número de clientes e expandiu receitas. Em abril de 2022, foi adquirida pelas Lojas Renner.

Nesse momento, a atuação será concentrada no leste e no litoral do estado. As cidades que serão atendidas nessa expansão da Uello são: Araucária, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Colombo, Curitiba, Paranaguá, Pinhais, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Guaratuba, Matinhos, Contenda, Lapa, Adrianópolis, Agudos do Sul, Antonina, Balsa Nova, Bocaiuva do Sul, Campo Magro, Cerro Azul, Mandirituba, Morretes, Pien, Pontal do Paraná, Quitandinha, Rio Negro, Tijucas do Sul e Tunas do Paraná.

A logtech oferta ao mercado soluções tecnológicas (SaaS) e também de transporte associado ao uso de sistema de gestão de logística – desenvolvido pela própria Uello. A startup realiza mais de sete mil entregas por dia para mais de 150 clientes, entre eles MMartan, Petz, Polishop, Dengo e Mobly.

LOGÍSTICA REVERSA AJUDA VAREJISTAS A EVITAR ERROS E INSATISFAÇÃO DOS CLIENTES NO PÓS-VENDAS

Evitar erros na logística de entrega e devolução ainda é um desafio para muitos varejistas e grandes players do e-commerce. Um dos clássicos exemplos é no setor de moda: muitos consumidores recebem um pedido trocado ou com avarias, causados pelo transporte, o que gera insatisfação.

No momento do pós-venda e troca de produtos, grandes marcas do mercado ainda solicitam que o consumidor vá até uma agência dos Correios – ou procedimento similar – e enfrente filas para devolver o produto. Para solucionar essa questão é necessário que as marcas, lojistas, startups e empresas busquem por soluções tecnológicas que realizem a coleta de mercadorias de maneira conveniente e ágil, focando na satisfação dos consumidores e em sua fidelização.

Uma das soluções para esse problema é a logística reversa. A devolução ocorre de maneira mais rápida e pode ser facilmente acompanhada pelo consumidor e pelo varejista. O comprador não precisa se deslocar até uma agência dos Correios. A retirada do produto pode ser agendada pelo próprio consumidor, no qual a empresa varejista designa alguém para fazer a devolução do produto, de maneira segura, rápida e eficaz.

Para tratar do assunto, a logtech Uello, especializada em logística urbana, irá participar do painel “Logística Reversa: uma nova forma de alavancar vendas”, no Logística do Futuro. O evento é uma realização da MundoLogística em parceria com a Scambo Consultoria e será realizado nos dias 13 e 14 de setembro, em São Paulo. Para mais informações, acesse o site: www.logisticadofuturo.com.br

“A provocação é para que as empresas busquem soluções tecnológicas que realizem a coleta das mercadorias de forma conveniente (na casa do consumidor, por exemplo), em prazos expressos e com visibilidade e disponibilização de informação, ou seja, que informe data e horário estimado para execução desta retirada”, explucou o fundador da Uello, Fernando Sartori. “Assim, o consumidor pode se preparar antecipadamente quanto a deixar o produto preparado e estar disponível para entregá-lo – ou designar alguém a fazê-lo.”

ROUTEASY AUMENTA EM 66% A CAPACIDADE DE ENTREGAS POR DIA DA MAXFORT

Em redes de varejo com muitas lojas, uma das maiores dificuldades logísticas é a distribuição efetiva entre todas. Esse é um dos principais desafios da Maxfort Atacado e Varejo, rede que atua há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul, em mais de 106 cidades. A Maxfort buscou soluções capazes de melhorar os resultados de indicadores e alavancar a atuação. Para isso, a empresa buscou o auxílio da RoutEasy, startup que possui soluções 360º de gestão, otimização e orquestração da área.

Após um ano de implementação da ferramenta, houve um aumento de 66% na capacidade de entregas por dia, 15,5% de aumento no número de lojas atendidas em um mês. Outros dados da parceria foram a redução de 10% na quilometragem total percorrida pela frota, queda de 25% para 7% no percentual de entregas com ocorrências, além do aumento de satisfação do cliente para 4,89/5.

“Fazer roteirizações manuais gastava muito tempo da nossa equipe e, como eu já tinha um conhecimento técnico sobre ferramentas de roteirização, resolvi buscar algumas soluções no mercado. Antes da utilização do sistema da RoutEasy, fazíamos seis entregas por dia, agora entregamos 10”, pontuou Marcos Azevedo, Analista de Logística da Maxfort.

FOCO NA OTIMIZAÇÃO DE ENTREGAS
Atualmente, a RoutEasy apoia mais de 320 clientes com gestão, otimização e orquestração de serviços. A empresa foi criada em 2016 a partir das pesquisas feitas pelo fundador e atual CEO Caio Reina, durante o mestrado em Engenharia de Transportes na Poli-USP.

Nomes como Shopee, Royal Canin, Rodonaves, GPA, Magalu, Obramax e DHL estão na cartela de clientes da startup, que conta com equipe direcionada para a satisfação nos primeiros dias de implantação e time de suporte técnico com índice de 99,6% dos chamados solucionados e tempo médio de 6 minutos para a resolução de problemas.

“No mercado, não há solução de logística com atendimento em tempo real e é isso que acreditamos que atribui um NPS de nota 9,3 na pesquisa de avaliação dos nossos serviços”, pontuou Reina.

Mercado Livre e GOL apresentam 1ª aeronave cargueira que entra em operação em setembro

O Mercado Livre e a GOL Linhas Aéreas anunciaram na última terça-feira (23), a chegada da primeira das seis aeronaves modelo Boeing 737-800 BCF, que fazem parte do contrato de longo prazo, firmado em abril deste ano. A iniciativa visa democratizar o comércio para todas as regiões do país, com ênfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e faz parte do pacote de investimentos de R$ 17 bilhões que o Mercado Livre anunciou para este ano no Brasil.

O Mercado Livre e a Gol Linhas Aéreas anunciaram parceria em abril de 2022. Imagem: Divulgação
“Os primeiros voos terão como destino as cidades de Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Teresina (PI), onde o prazo atual de 4 dias cairá para apenas 1, considerando cargas armazenadas em fulfillment. Vamos reduzir o tempo de entrega em até 80%. Esta é a concretização de nosso propósito de entrega rápida e democratização do comércio para todo o país,” comemora Fernando Yunes, vice-presidente Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.

Esses Fullfilment Centers são os centros de distribuição de armazenamento de mercadorias do Mercado Livre, explica a companhia. Neles, os itens ficam estocados até que algum consumidor realize a compra. Após a compra, os produtos saem do CD de fullfilment e se dirigem ao cross dockings, que são galpões menores, mais próximos das regiões de entrega, onde eles serão redirecionados e sairão para a entrega final.

Evolução do tempo de entrega
Somando-se a esta primeira aeronave da GOL, outras duas entrarão em operação ainda neste segundo semestre e as demais serão integradas à frota até o terceiro trimestre de 2023. O acordo considera também a opção de adicionar outras seis aeronaves de carga até 2025.

“Esta aeronave simboliza o início de uma nova fase para a GOL e para a GOLLOG. Este modelo de negócio, inédito para a Companhia, não poderia ter um parceiro melhor, líder do mercado de e-commerce na América Latina. Fazer parte disso e contribuir para democratizar este serviço para milhões de brasileiros, de forma estruturada e sustentável, nos orgulha e nos motiva a seguir crescendo”, diz Celso Ferrer, presidente da GOL Linhas Aéreas.

Os aviões destinados à operação fazem parte da frota atual da GOL e passam por um processo de conversão para cargueiros, sendo designados como 737-800 BCF (Boeing Converted Freighter). Estas são as aeronaves de carga mais eficientes operando no mercado aéreo brasileiro, com capacidade de 24 toneladas.

“Estimamos que a GOLLOG registre um aumento de aproximadamente 80% na capacidade de oferta em toneladas”, calcula Julio Perotti, diretor executivo da GOLLOG. “Este é um grande movimento que amplia nossas operações no Brasil, aumentando a gama de serviços oferecidos, o que deve representar uma receita incremental de R$ 100 milhões ainda em 2022 e de mais R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos”, completa Perotti.

Todas as aeronaves terão a identidade visual do Mercado Livre, que foi aplicada pela GOL Aerotech, unidade de negócios da Companhia especializada em manutenção, reparos e revisões de aeronaves e componentes, a maior da América Latina, sediada em Confins-MG. A unidade está em processo de certificação para executar integralmente as conversões dos próximos aviões desta parceria.

Amazon acelera plano e abre 11 centros de distribuição em 2 anos

Menor do que as rivais no Brasil, companhia planeja seguir ampliando a estrutura de logística.

Gigante do comércio mundial, perde apenas para Walmart, a maior varejista do mundo, a Amazon investiu nos últimos dois anos no Brasil para ampliar sua participação no mercado brasileiro. A companhia passou, desde 2020, de um para 12 o número de centros de distribuição no país, com tamanhos entre 30 mil e 50 mil metros quadrados. A logística, apontam especialistas, ganha mais importância na atuação do varejo, diante de um consumidor que quer receber suas compras em prazos cada vez menores.

Mesmo com a expansão, o número de unidades da Amazon é menor que o de concorrentes, que chegam a ter 30 centros, como é o caso da Via (dona de Casas Bahia e Ponto). A Americanas S.A. (Lojas Americanas e B2W Digital) tem 25 de centros de distribuição, enquanto o total da Magazine Luiza é de 24. Mercado Livre tem 10.
Muitos varejistas também apostam no modelo “cross-docking” – um galpão menor para redirecionamento de entregas dentro da própria rede, como um entreposto. Ou ainda no uso de lojas físicas como “mini-hubs” de distribuição, não apenas de produtos próprios (1P, no jargão do setor), mas também de terceiros (conhecidos como “sellers”, no chamado 3P) – caso do Magazine Luiza.

Ao contrário do mercado mundial, onde é vice-líder, a Amazon ainda tem desempenho no Brasil muito aquém dos rivais, segundo estimativas de mercado. Ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) dos maiores “marketplaces”, plataformas on-line que comercializam produtos próprios e de terceiros, aponta a Amazon como sexta colocada, com R$ 3,832 bilhões de mercadorias vendidas em 2021. O valor não inclui as vendas de terceiros. Se consideradas essas outras vendas, o número estimado sobe para R$ 10 bilhões, de acordo com a consultoria Varese Retail.

Ainda assim, são cifras menores do que as das primeiras do ranking: Mercado Livre (R$ 68 bilhões), Americanas S.A. (R$ 42,195 bilhões), Magazine Luiza (R$ 39,751 bilhões) e Via (R$ 26,423 bilhões).
Sem revelar valores de investimentos nem de receita, Ricardo Pagani, líder de Operações da Amazon no Brasil, diz que foram feitos “investimentos importantes” e que a empresa está apenas no início de sua atuação no Brasil. Embora tenha chegado em 2012, inicialmente vendendo apenas livros digitais e o Kindle (leitor), a ampliação da oferta de produtos e categorias foi gradual. Os livros físicos começaram a ser vendidos em 2014, depois vieram os itens em parceria com terceiros (“sellers”) e só em 2019 passou a adquirir produtos para revenda e vender dispositivos como a assistente virtual Alexa.
Atualmente, a Amazon tem uma variedade de 50 milhões de produtos à disposição dos clientes, em 30 categorias.

“Assim como em outros mercados, a Amazon está no Brasil com uma visão de longo prazo. Estamos construindo uma operação de forma sustentada. São investimentos importantes feitos agora, inicialmente com um horizonte de retorno de cinco a dez anos”, afirma. Pagani minimizou a disputa por uma posição de liderança no Brasil e reforçou que é possível avaliar a posição de cada concorrente em diferentes categorias. No caso de livros vendidos pelo canal on-line, por exemplo, a Amazon está na dianteira.
Os investimentos em centros de distribuição, segundo o executivo, estavam previstos antes da covid-19 chegar ao país, mas foram acelerados durante a pandemia.

Cinco dos 12 centros estão na cidade de Cajamar (SP), dois em Cabo de Santo Agostinho (PE), um em Nova Santa Rita (RS), um em São João de Meriti (RJ), um em Santa Maria (DF), um em Betim (MG) e o outro em Itaitinga (CE). Cada um deles leva o nome do aeroporto mais próximo. Os de Cajamar, por exemplo, são GRU5 ou GRU8, em referência ao aeroporto de Guarulhos.

A Amazon pretende continuar a investir em novos centros de distribuição. A ideia é também ampliar o número de estações de entrega, que hoje são cinco: (três em São Paulo, além de Rio de Janeiro e Minas Gerais). As unidades respondem pela “última milha” da operação, que é a etapa final até o consumidor, e funcionam em determinadas situações.

A logística, diz o fundador e diretor da 360Varejo, Luiz Claudio Dias de Melo, é a bola da vez do varejo, e exige investimentos elevados. Um sinal da preocupação da Amazon com as entregas, segundo ele, é a compra recente de 10% da Total Express, empresa de logística e distribuição.

Só que a Amazon chegou depois nessa ofensiva do varejo em ampliar centros de distribuição no Brasil, observa Melo, que diz que a companhia enfrenta “um campo minado”. Enquanto domina o mercado americano, no Brasil enfrenta concorrentes maiores e à frente em termos de estrutura logística: “Esse movimento que a Amazon faz é tardio. O mercado é bastante ocupado e ‘minado’. Os investimentos dos grandes operadores vêm ocorrendo há anos”, diz ele.

A avaliação da chegada tardia é compartilhada pelo sócio e fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, que aponta uma escalada agressiva da varejista fundada por Jeff Bezos. “A Amazon começou depois, está se estruturando, mas vem escalando muito agressivamente, com investimentos pesados, com muitos ‘fulfillment centers’ “, diz Serrentino.

O especialista em varejo faz referência a centros que recebem os itens, estocam, embalam e despacham o produto, além de atender o cliente quando há alguma reclamação depois de ter recebido a encomenda. No caso do centro de Cajamar (GRU8), onde há operações de marketplace, também oferecem este tipo de serviço a terceiros que usam a plataforma. Os centros de distribuição que a Amazon está montando no país “vão dar a infraestrutura e a musculatura para melhorar o nível de serviço e a capacidade de prestar serviços de logística para os ‘sellers’, que é a fortaleza deles nos Estados Unidos”.

Um dos caminhos para a empresa ampliar a base de clientes no Brasil, diz Serrentino, é o programa Prime, que prevê entrega grátis para uma gama de produtos, independente do valor, e o Prime Video, que é o serviço de “streaming”.

Procuradas para comentar sobre o avanço da Amazon no Brasil, Mercado Livre, Americanas S.A., Magazine Luiz e Via preferiram não responder, mas deram indicadores sobre os prazos de entregas, um dos parâmetros nessa disputa pelo consumidor.

Segundo o diretor executivo de Logística da dona de Casas Bahia e Ponto, Fernando Gasparini, mais de 15% das entregas da empresa são feitas atualmente no mesmo dia da compra e mais de 40% dos produtos chegam no prazo de 24 horas. Na Americanas S.A., 61,2% das entregas são feitas em 24 horas, sendo 40% realizadas em apenas três horas, segundo dados do segundo trimestre do ano.
No Magazine Luiza, 80% dos pedidos de produtos próprios (ou seja, sem considerar os “sellers”) são entregues em até 48 horas, sendo uma parcela “importante” em até 24h, de acordo com a empresa.

A própria Amazon não divulga esses números, mas revela que, pelo Amazon Prime, o frete grátis em até um dia está em 100 cidades e o de dois dias, para mais de 1 mil municípios.

AliExpress estreia frete único para vendedores brasileiros e eleva número de itens com frete grátis

O AliExpress, app de varejo internacional do grupo Alibaba, estreou o serviço “Tarifa Simples Especial” no Brasil, que permite a todos os vendedores brasileiros saber, com antecedência, quais serão seus custos ao enviar um produto para compradores de diversas partes do país. A nova solução leva em conta apenas o peso e as dimensões do pacote para calcular o frete, que é sempre o mesmo, independentemente de seu destino.

Assim, ao anunciar um produto, o vendedor sabe antecipadamente que o custo do envio de seu item para, por exemplo, Fortaleza, no Nordeste, Goiânia, no centro do Brasil ou Uruguaiana, no extremo Sul, será sempre o mesmo. Isto permite aos vendedores planejar melhor seus gastos e, se desejarem, oferecer frete gratuito a seus consumidores.

De acordo com Yusuf Ibili, diretor de operações do AliExpress no Brasil, a “Tarifa Simples Especial” dará maior agilidade e competitividade aos vendedores que utilizam o marketplace. “Nós trabalhamos, ao longo dos últimos meses, em parceria com os vendedores brasileiros e, a partir de suas sugestões, criamos uma solução que simplifica o processo de vendas e lhes permite aumentar as ofertas de itens com frete gratuito, característica muito valorizada pelos consumidores”, diz Yusuf.

Inicialmente, não serão contemplados destinos na região Norte do Brasil, como Amazonas e Pará. Segundo Yusuf, no entanto, o AliExpress trabalha em novas soluções para assegurar aos consumidores desta região do Brasil igual acesso a itens isentos de frete.

De acordo com Rodrigo Rezende, diretor comercial do AliExpress no Brasil, a nova solução logística melhora não apenas os custos de envio, mas também o prazo necessário para entregas. “A Tarifa Simples Especial estreia ao mesmo tempo em que integramos as principais transportadoras comerciais ao nosso sistema logístico, o que reduz o prazo de entregas para até três dias no estado de São Paulo e até sete dias nas localidades mais distantes do país”, afirma Rezende.

Nesta etapa, apenas vendedores baseados na região metropolitana de São Paulo e alguns municípios do interior paulista podem se beneficiar da Tarifa Simples. Os sellers cadastrados no AliExpress podem checar todas as cidades inicialmente contempladas para participar do programa no site para sellers do AliExpress.

Segundo a empresa, o número de localidades de onde o vendedor pode se beneficiar da nova solução será gradualmente ampliado para outras áreas do país e, para incentivar mais vendedores a testar a nova modalidade de tarifa, durante um período promocional, cada pacote poderá receber algum grau de subsídio, pago pelo AliExpress.

Em todas as vendas, é obrigatória a emissão de nota fiscal, que deve acompanhar o pedido até sua entrega, ao consumidor final.

Walmart ultrapassa 1 milhão de entregas de last mile em um ano

O Walmart anunciou que seus serviços de entrega de última milha, chamado de Walmart GoLocal, superou 1 milhão de entregas em seu primeiro ano. Além da marca ultrapassada com a GoLocal, a varejista também reforçou às operações de entrega de comerciantes locais, caminhando para somar 5 mil locais de coleta ainda em 2022.

Anunciado em agosto de 2021 , o Walmart GoLocal é a tentativa da companhia de alavancar sua própria plataforma de entrega, atendendo desde os pequenos aos grandes estabelecimentos. Os comerciantes podem usar o serviço para uma variedade de entregas, incluindo programadas, não programadas e até mesmo no mesmo dia.

O serviço em si é alimentado por aqueles que o Walmart desenvolveu para suas próprias necessidades de entrega, incluindo seu serviço próprio de entrega expressa, que promete entregar a compra em duas horas ou menos.

As entregas da GoLocal, no entanto, não são tratadas pela própria equipe do Walmart, mas sim por trabalhadores terceirizados por meio do programa Spark Driver da empresa. Este também suporta as operações de entrega no mesmo dia do Walmart.

Expansão do Walmart GoLocal
Com o tempo, a gigante do varejo pretende transformar a GoLocal em um negócio maior, contando com a entrada de mais comerciantes para ambiente e-commerce. Recentemente, o Walmart também anunciou a compra de veículos eletrônicos com objetivo de incrementar o potencial das entregas de última milha.

“Continuamos a atrair clientes de maior escala e estamos avançando no desbloqueio maior, que são pequenas e médias empresas. Nossa tecnologia e experiência ajudarão muitos desses negócios a crescer enquanto contribuem para nossas margens operacionais ao longo do tempo”, explica Doug McMillon, CEO da companhia.

Em um ano, Ls Translog registrou 9 milhões de entregas no App Umov.Me

Solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas; só em junho de 2022, a transportadora chegou a 808 mil entregas.

A LS Translog realizou 9 milhões de entregas nos entre junho de 2021 e junho de 2022. O resultado foi alcançado por meio do uso do aplicativo de logística da uMov.me, solução desenvolvida por especialistas em tecnologia e negócio.

Só em junho deste ano, a LS Translog realizou 808 mil entregas, totalizando uma média de 202 mil entregas por semana e 40 mil por dia. A solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas da LS Translog.

Atualmente, a transportadora tem operações nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com grandes marcas como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, Centauro, Lojas Renner, Cobasi, Marisa, C&A, Mandaê, Polishop, Infracommerce, Centauro, Nike, entre outras. A uMov.me já desenvolveu mais de 30 mil aplicativos customizados para mais de 10 mil empresas.

Para o CEO da companhia, Alexandre Trevisan, a solução contribui tanto com a operação das empresas quanto com a experiência dos clientes finais. “Com o nosso aplicativo, os negócios ganham mais agilidade, segurança, economia e informações em tempo real. Dessa forma, os consumidores têm mais qualidade no last mile, tornando a experiência como um todo memorável”, completou o executivo.

Leandro Rebustini, gerente de Contas da LS Translog, destacou que as principais funcionalidades do uMov.me são a assinatura eletrônica, a URL pública de rastreio, a geolocalização de equipes em campo e a captura de fotos e vídeos. “Isso permite que o entregador registre o exato momento da entrega. Como resultado, o nosso processo logístico como um todo ganha em segurança e eficiência”, explicou.

O sistema da uMov.me envia uma mensagem ao cliente final com um link para que possa acompanhar o entregador até a sua porta. “Apenas esse procedimento já tem um impacto enorme, pois diminui a quantidade de reentregas por cliente ausente. A tecnologia atua a favor do negócio e das pessoas, garantindo satisfação até a última milha”, acrescentou Trevisan.

Esta startup faturou R$ 1,5 milhão em seis meses com app que “entrega de tudo”

Crescimento do delivery e altas taxas cobradas pelo apps tradicionais motivaram a criação do Papa Delivery.
A pandemia acelerou o crescimento do delivery no Brasil. De acordo com um estudo da GS&NPD em parceria com o Instituto Food Service Brasil, os gastos com delivery somaram R$ 40,5 bilhões em 2021, representando 24% a mais que no ano anterior.

Ciro Thiago Nogueira teve sua primeira experiência empreendedora aos 18 anos. Natural de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, ele abiu uma empresa de modalidade de laço em dupla para crianças. O negócio faliu em sete meses.

“Ali eu senti na pele todas as dificuldade de se empreender e, mesmo com a falência, aquilo me fortaleceu”, conta.

Quatro anos depois, Ciro criou o app CompreGados, que conecta compradores e vendedores de gados. O novo negócio deu certo e impulsionou o empreendedor a buscar novos projetos.

Ciro observou que os estabelecimentos, para fugir de altas taxas, começaram a lançar seus próprios apps. Acompanhando a movimentação do mercado, ele decidiu criar o Papa Delivery.

Criado em janeiro de 2022, o aplicativo Papa Delivery “entrega de tudo” e já faturou R$ 1,5 milhão. A marca faz parte da CG Holding, empresa com mais de 300 franquias e licenças em todo Brasil.

Neto pensou no delivery como um modelo de negócios, que funcionasse por meio de licenciamento. Ele investiu cerca de R$ 1 milhão na ferramenta.

Na prática, o app oferece três opções: licenciado, responsável por oferecer o modelo de negócios; investidor, que comercializa os planos da plataforma; e o lojista, que utiliza o app para seu comércio.

Para lojistas, a mensalidade é de R$ 99,00 no plano anual e R$ 109,90 no plano semestral. Ambos não pagam pelo faturamento dentro do app.

O investimento inicial para licenciados é a partir de R$ 19,9 mil e é cobrado 20% do faturamento.

Outra característica da plataforma é o conceito de comprar e vender de tudo: farmácia, pet shops, casa de material de construção, de eletrônicos, restaurantes.

“Notamos que os outros ramos além da alimentação ainda são pouco explorados no delivery”, explica.

Nesse formato, o CEO destaca que é possível também atender cidades pequenas, que no geral estão fora da cobertura dos grandes apps do segmento. Exemplo disso é a atuação do Papa Delivery em Iguape, município do interior paulista com cerca de 30 mil habitantes.

“Em cidades desse porte, o comércio online é pouco explorado. Além de gerar uma fonte de renda, o app ajuda a movimentar a economia local”, acrescenta.

Segundo Neto, atualmente o app já funciona em São Paulo, Goiás, Santa Catarina e Bahia. A projeção é chegar em todos os estados até o fim do ano. Para isso, uma das estratégias foi contratar o empresário Felipe Titto como embaixador da marca. Dessa forma, o fundador estima faturar R$ 6 milhões ainda em 2022.