Open Delivery: nova linguagem promete acabar com os problemas nas entregas

Tecnologia busca baratear serviço e torná-lo mais eficiente para contratantes e consumidores. Linguagem unificada promete trazer economia e qualidade para o serviços de entrega de comida em todo o Brasil.

Quem usa aplicativos para pedir comida, com certeza, já viveu situações como a da professora Cibele Andrade que, certa vez, solicitou um prato para ela e a família, pagou no cartão de crédito e não recebeu o pedido. “O entregador do restaurante sofreu uma pane na moto e não conseguia terminar as entregas e, como depois do tempo que ficou para encontrar um mecânico, também terminou ficando sem bateria de celular”, conta.

O valor do pedido foi estornado, mas a espera e frustração ficaram. Na verdade, intercorrências como essas estão com os dias contados. Pelo menos é o que propõe a chegada do Open Delivery idealizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

De acordo com o Conselheiro da Abrasel e Co-criador da primeira versão implantada Célio Salles, o Open Delivery foi desenvolvido com o objetivo de desburocratizar e facilitar a operação de delivery no Brasil. “Ele não se configura como uma plataforma, um aplicativo, um sistema ou qualquer outro tipo de ambiente digital. Trata-se de uma série de padrões que integram os softwares de gestão do restaurante com os aplicativos / marketplaces e operadores logísticos reduzindo as ineficiências na gestão do cardápio, pedidos e logística”, esclarece.

Salles explica que, como a Abrasel é idealizadora e líder, o principal papel é articular e coordenar os esforços entre todos os atores do ecossistema de food delivery com objetivo de criarem juntos e estimularem ampla adesão aos padrões que permitirão a integração de todos. “A consequência disto será uma enorme redução de ineficiências e maior conforto operacional para os restaurantes, e como reduzirá barreiras para aumento de oferta e concorrência, também proporcionará mais equilíbrio nas negociações entre restaurantes e plataformas”, comemora Salles destacando que o fato de que o Open Delivery desburocratiza e qualifica os serviços de entrega.

Código aberto

Especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores, presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O), que reúne as maiores plataformas digitais em operação no país, e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP, Vitor Magnani explica que tudo estará um único sistema de código aberto será responsável por todos os serviços de entrega.

“Quando estiver pronto com as novas tecnologias e ferramentas, o consumidor vai pedir a refeição ou serviço normalmente, a mudança é que o Open Delivery age entre o restaurante e o aplicativo e ou site do pedido, com a padronização de cardápio, recebimento e organização de pedidos, trazendo mais agilidade e reduzindo a chance de atrasados na entrega. Sendo uma vantagem para o restaurante e o cliente”, complementa.

Vitor Magnani defende que o Open Delivery colaborará para o crescimento digital, inclusive de aplicativos e marketplaces.

Magnani assegura que o Open Delivery não comprometerá aplicativos como IFood e outras marketplaces, pois os restaurantes ainda vão poder continuar vendendo por essas plataformas. “O objetivo do Open Delivery é auxiliar no crescimento digital do segmento de bares e restaurantes para atender seus consumidores, reduzindo prejuízos e golpes”, diz o especialista, salientando que, os testes antes da utilização são fundamentais para se ter uma avaliação e continuar a utilização da tecnologia.

Para Priscila Fecchio, uma das fundadoras da Bdoo (primeira startup de tecnologia a conectar serviços logísticos ao Open Delivery), o sistema abrirá mais possibilidades para os restaurantes, principalmente aqueles 22% de bares e restaurantes que não estão em marketplaces. “Com mais opções e fornecedores dentro do protocolo Open Delivery, os restaurantes terão mais opções e poderão trocar mais facilmente seus sistemas, assim como um plug and play, se um fornecedor estiver caro demais ou não estiver atendendo aos prazos combinados, poderá o restaurante trocar mais facilmente, tornando o processo menos custoso e com ofertas de serviços mais adequadas”, defende.

Economia

Salles garante que a integração proporcionada pelo Open Delivery permite que os estabelecimentos economizem ao fazer a gestão por um único lugar, sem que eles precisem implementar diferentes esforços de desenvolvimento para cada novo parceiro integrado. “A economia nos processos de gestão por parte dos bares e restaurantes, por sua vez, impacta diretamente nos preços dos serviços de food delivery que serão adquiridos pelos consumidores finais”, reforça.

Para integrar o Open Delivery é importante que os empresários tenham um software que esteja nos padrões do sistema, possibilitando que o pedido será recebido em um único lugar, independentemente dos canais de venda de que eles vierem. “Além disso, o cardápio estará no software de gestão do restaurante. Qualquer ajuste no cardápio será enviado para os aplicativos que estejam integrados com o software no padrão do Open Delivery”, destaca o representante da Abrasel.

Salles defende que o Open Delivery estimulará um ambiente concorrencial dinâmico ao tornar mais fácil aderir e gerenciar um novo canal de vendas. “Por isso, para manter ou melhorar os resultados em relação aos concorrentes, os fornecedores precisarão investir em melhores condições de taxas e marketing, por exemplo”, diz.

Vale lembrar que o Open Delivery é um projeto da iniciativa privada que contou com 16 empresas patrocinadoras que acreditaram no projeto, inclusive a ABO20. A primeira operação oficial só aconteceu em abril desse ano, utilizando a tecnologia padrão do Open.

Após rever frete grátis no Brasil, Shopee dispensa 50 funcionários

Após os primeiros anos de atuação no Brasil tendo o frete grátis como um dos atrativos, a plataforma de marketplace Shopee, de Cingapura, dá os primeiros sinais de desgaste no país. Nesta semana, demitiu cerca de 50 dos cerca de 1,5 mil funcionários que a companhia, com dois escritórios na capital paulista, afirma ter por aqui.

As demissões foram atribuídas à rotatividade, e não à recente mudança na política de frete. “A Shopee continua crescendo no Brasil”, declarou em nota, acrescentando ter mais de 100 postos em aberto.

Conforme apurou o Estadão, a Shopee também dispensou cerca de 100 prestadores de serviço temporários em um centro de distribuição de Barueri, na Grande São Paulo. O frete grátis já vinha sendo tratado por especialistas como uma cartada para ampliar a base de clientes insustentável a longo prazo.

Qual é o futuro das entregas por drone?

Mais de 1,4 milhão de entregas por drone devem ser realizadas em 2022 em todo o mundo.

As entregas por drone estão se tornando cada vez mais populares nas operações logísticas modernas. As aeronaves não tripuladas transportam medicamentos, encomendas, documentos, alimentos e outros produtos de cuidados domésticos.

Essas operações de delivery por drones estão ganhando uma importância ímpar na logística de última milha, devido à precisão que apresenta, ao transporte ser mais sustentável, ao tempo de entrega mais curto e a um custo operacional menor do que os métodos tradicionais.

O setor foi impulsionado pela pandemia de covid-19. Apenas considerando os voos comerciais, nos últimos três anos mais de 660 mil entregas por drone foram realizadas no mundo, segundo a consultoria McKinsey. Somente no ano passado, foram cerca de 500 mil e, em 2022, cerca de 1,4 milhão de entregas deverão ser realizadas.

Quais empresas oferecem entregas por drone?

Mais de 100 empresas operam no mercado de entregas por drone. As líderes do mercado incluem Antwork (Líbano), Flytrex (Israel), Manna (Irlanda), Matternet (EUA), Skyports (Inglaterra), Swoop Aero (Austrália) e Zipline (EUA), entre outras.

A primeira entrega por drone foi de uma pizza, em novembro de 2016. A Domino’s, em parceria com a Flirtey, deixou um pedido na porta de um cliente em Whangaparaoa (Nova Zelândia). Mas a expansão do serviço aconteceu quando gigantes do comércio entraram no setor.

A Amazon tem um serviço próprio de delivery em testes. A Wing, do conglomerado da Google, oferece entregas por drones em parceria com a FedEx e a farmácia Walgreens. O Walmart também quer expandir a rede, em colaboração com a DroneUp, para 4 milhões de lares nos Estados Unidos até o final de 2022.

No Brasil, a startup Speedbird Aero é a única empresa com autorização para operar um serviço de entregas por drones. A companhia realiza o transporte de alimentos para o iFood e de sêmen de suínos para a BRF.

Desafios para expansão do delivery

Apesar do forte crescimento do setor nos últimos anos, ainda há muitos desafios para que as entregas por drones realmente decolem e se tornem mais comuns. O ambiente regulatório ainda é muito incipiente e pode limitar os voos a determinadas áreas, horários e condições climáticas, impactando os custos das operações.

O público também tem de confiar e aceitar o serviço. Uma pesquisa realizada pela McKinsey em seis países apontou que quase 60% dos entrevistados usariam um serviço de entrega de drones se tivesse disponível. Parece promissor, mas acidentes, como ocorreram no programa-piloto da Amazon, e o risco de perda de privacidade podem afetar a opinião pública.

Existe, ainda, a preocupação com os custos iniciais. A implantação de plataformas de lançamento, alinhando o movimento de drones com edifícios e espaços operacionais abertos, licenças, instalações de carregamento de baterias, software, tecnologia, treinamento, pesquisa e desenvolvimento exigem altos investimentos.

Perspectivas para o mercado

O mercado global de entrega de pacotes por drones deve crescer de US$ 1,5 bilhão, em 2021, para US$ 31 bilhões até 2028, com um boom anual de 53,94% no período, segundo projeção do Fortune Business Insight.

A crescente demanda por entrega rápida e eficiente de produtos e serviços, o desenvolvimento tecnológico de plataformas automáticas de transporte pesado, drones de longo alcance e novas empresas de serviços de entrega de pacotes são os principais fatores que impulsionam o crescimento do mercado.

Frete rodoviário registra maior alta desde fevereiro de 2021, segundo índice da FRETEBRAS

Após sucessivos aumentos no diesel, o preço do frete rodoviário finalmente começa a dar indícios de alta – ainda que sem acompanhar a escalada de preço do combustível. Os dados são da edição de maio do Índice Fretebras do Preço do Frete (IFPF). Entre maio de 2021 e maio de 2022, o custo do transporte por quilômetro rodado por eixo atingiu alta recorde de 3,79%, desde fevereiro de 2021 quando o índice começou a ser divulgado, enquanto o preço do diesel S500, no mesmo período, subiu 53,11%.

Com a nova alta de 14,26% anunciada em 17 de junho pela Petrobras, a expectativa da Fretebras é que os caminhoneiros autônomos intensifiquem as negociações dos fretes, para tentar compensar a escalada no custo do transporte.

No dia 17 de junho, a Fretebras realizou uma enquete com mais de 1.300 motoristas. O resultado apontou que 54,9% dos respondentes afirmou ser favorável à greve nos próximos três meses, após nova alta no combustível. Ainda mais, 44,8% dos participantes dizem que consideram deixar a profissão em breve, pelo mesmo motivo.

Segundo o diretor de Operações da Fretebras, Bruno Hacad, apesar das iniciativas do Governo Federal de gerar mudanças positivas, como o teto do ICMS e a redução do gatilho nos ajustes da tabela de preço mínimo, o principal fator que influencia no valor dos fretes é a lei de oferta e demanda. “Se os caminhoneiros não aceitarem mais viajar a um preço que não compensa, naturalmente o valor do frete vai aumentar. Está nas mãos dos próprios caminhoneiros a força para influenciar o preço no curto prazo, mas para isso eles precisam saber calcular bem os custos do trajeto”, explica.

O executivo destaca que o cenário representa desafios na rotina dos caminhoneiros, que precisam avaliar diariamente para optar por fretes que sejam vantajosos.

“Nós entendemos a real dificuldade do caminhoneiro em fazer o cálculo dos gastos. Por isso, incluímos no nosso aplicativo uma calculadora de custo do frete que permite a qualquer motorista saber a despesa do trajeto antes de negociá-la. Outro fator que dá mais poder de negociação para o motorista é ter muitos fretes à disposição. Nós notamos que nossos caminhoneiros parceiros têm rodado com mais lucro, justamente porque podem escolher entre milhares de fretes que temos disponíveis na nossa plataforma. É um reequilíbrio na balança das negociações.” – Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras.

De abril para maio de 2022, o aumento do preço do frete foi de apenas 0,98%, e o preço do diesel subiu 3,67%, reforçando essa disparidade entre os reajustes.

Os dados que compõem o Índice Fretebras de Preço do Frete (IFPF) têm base na análise de 4 milhões de fretes cadastrados até maio de 2022. A plataforma possui mais de 700 mil caminhoneiros cadastrados e 18 mil empresas assinantes, com fretes que cobrem 95% do território nacional. Foram analisados também os preços de combustíveis publicados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), principal índice de preço de combustíveis no Brasil.

SUDESTE E SUL REGISTRAM MAIORES ALTAS NO PREÇO DO FRETE
Os dados do IFPF mostram que o valor médio do frete por quilômetro por eixo no Brasil foi de R$ 1,02, em maio. As regiões Sudeste e Sul apresentaram o quilômetro por eixo mais caro no período, ficando em R$ 1,04 e R$ 1,03, respectivamente. Os valores mais baixos foram registrados no Norte e Nordeste, onde o frete custava R$ 0,99.

Na comparação entre maio do ano passado e maio deste ano, a maior alta no preço do frete foi registrada no Sudeste, que aumentou 7,20%. A região Sul apareceu logo em seguida, com alta de 4,10%. Segundo a empresa, as altas são indícios de que o mercado começa a fazer o repasse do aumento dos custos. O Norte e Nordeste, por sua vez, viram o preço médio do frete por km rodado por eixo cair 8,44% e 2,13%, respectivamente, no comparativo anual.

De abril a maio de 2022, a região Norte registrou o maior aumento (7,76%), seguida do Centro-Oeste (2,06%). Nas demais regiões, o preço ficou praticamente estável.

AGRONEGÓCIO TEM OS FRETES MAIS CAROS
O índice da Fretebras levanta dados dos setores que mais movimentam a economia brasileira. A pesquisa mostra que os fretes do agronegócio foram os mais altos registrados em maio de 2022, sendo fixados em R$ 1,03 por km rodado por eixo. Logo em seguida aparecem os fretes de produtos industrializados, que chegaram ao valor médio de R$ 1,02. Por fim há os fretes de insumos para construção, que ficaram em R$ 1,01 por km rodado por eixo.

Na variação anual, os fretes para produtos industrializados registraram aumento de 4,17%. No agronegócio, o valor dos fretes aumentou 3,92%. Já os fretes de insumos para construção subiram 1,31% em comparação com maio de 2021.

Quando comparados os dados de abril a maio de 2022, o setor de construção civil teve aumento de 2,29%. Os fretes de produtos industrializados registraram alta de 1,13%. Já no agronegócio houve queda de 0,04% no valor do frete.

Riachuelo aumenta frota de veículos elétricos para entregas na Grande São Paulo

Ao todo são nove carros destinados para reposição das lojas e entrega de pedidos feitos nos canais digitais.

De olho em novas iniciativas de ESG, a Riachuelo anunciou que fará entregas com carros elétricos para todos os municípios da Grande São Paulo. O projeto só foi viabilizado pela parceria entre a varejista de roupas e a CRIA!, plataforma que reúne ações e iniciativas sustentáveis.

O projeto começou com uma fase de testes em setembro de 2021, e agora a marca aumentou o número de modais de transporte elétricos. Ao todo são nove carros elétricos, sendo cinco no modelo Vuc, para abastecer lojas de São Paulo, e quatro veículos tipo HR e van para entrega de compras feitas pelos canais digitais.

“A mudança ocorre de maneira gradativa. Nosso objetivo é entregar uma moda consciente de ponta a ponta para os nossos consumidores. Ou seja, desde a escolha de matérias-primas, fornecedores certificados, processos de produção e produtos mais sustentáveis, até a chegada destas peças na casa do cliente”, destacou Mauro Mariz, diretor de executivo de gente e sustentabilidade.

De acordo com estudo feito pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), o setor de transporte é responsável por 14% das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Só em São Paulo, os carros representam 72,6% das emissões da cidade e são mais poluentes que os ônibus, se comparar a quantidade de material lançado por pessoa transportada.

O diretor executivo de Marketing e Canais da Riachuelo, Elio Silva, disse que a iniciativa vai de encontro à evolução digital do grupo. “Nos primeiros três meses de 2022, a participação do app na originação das vendas online foi de 45%, com crescimento de 134% no número de usuários diariamente ativos no aplicativo. Mesmo diante da retomada do fluxo para o varejo físico, a participação dos canais digitais nas vendas foi de 10,1%”, disse.

O executivo também reforçou que a companhia, ao somar o crescimento digital com o pilar de sustentabilidade, tem o objetivo de investir em ações mais robustas dentro de outros eixos. “Cadeia limpa e transparente, gestão de resíduos, mudanças climáticas, circularidade, eficiência hídrica e energética, produtos mais sustentáveis e investimentos sociais”, exemplifica Silva.

A Riachuelo informou que pretende adquirir mais veículos elétricos na operação de abastecimento de lojas e entregas do e-commerce. Além disso, a companhia estuda adotar caminhões elétricos na frota de logística ou firmar uma nova parceira para garantir entregas mais limpas.

Amazon começará entregas de drones na Califórnia, nos EUA, este ano 

Anúncio ocorre à medida que a corrida pelas entregas mais rápidas esquenta entre empresas como Walmart e FedEx.

A Amazon iniciará entregas de drones para clientes na Califórnia ainda este ano, à medida que a corrida pela distribuição rápida esquenta entre empresas como Walmart e FedEx. A Amazon disse que seus clientes em Lockeford, na Califórnia, estarão entre os primeiros a receber entregas de drones “Prime Air” nos Estados Unidos.

A empresa disse que está começando a entrar em contato com os clientes hoje sobre a próxima opção de entrega por drones em milhares de itens do dia a dia. A Amazon disse que será a maior seleção de itens já disponível para entrega por drone.

Clientes participantes verão itens qualificados para “Prime Air” na Amazon e farão um pedido como fariam normalmente, disse a empresa. Os drones voam até cerca de 80 quilômetros por hora a uma altitude de até 400 pés e podem transportar pacotes de até 2,2 quilos. Os drones também possuem um sistema de detecção e prevenção que permite que eles operem a distâncias maiores, evitando outras aeronaves e obstáculos, distâncias maiores, evitando outras aeronaves e obstáculos, disse a Amazon.

O anúncio da Amazon ocorre apenas algumas semanas depois que o Walmart disse que está expandindo suas operações de entrega de drones para cerca de 4 milhões de lares em seis Estados americanos.

As ações da Amazon estão em uma série de perdas em várias sessões, e operam em queda de 5,54% na Nasdaq, cotadas a US$ 103,57. As ações caíram 36,6% no acumulado do ano.

Delivery com drones: Speedbird Aero capta R$35 milhões e prepara serviço de entrega

A empresa SepeedBird Aero é a primeira empresa a ter uma aeronave não tripulada a receber certificação de operação comercial da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Para colocar os seus planos em prática, a startup captou no mercado um aporte série A de R$35 milhões, liderado pelo fundo americano Bela Juju Ventures.

“Pelo caráter disruptivo desse mercado, já sabíamos que levaria um tempo para captar mais recursos”, diz Manoel Coelho, cofundador e CEO da Speedbird Aero, ao NeoFeed. “Mas esse aporte está chegando no timing perfeito, sem pressa e sem atrasos.”

A SpeedBird já possui oito contratos assinados com diversas empresas, dentre elas o Ifood, que também já recebeu autorização da Anac para  uso diário comercial com drones.

“Nossa projeção é ter 40 DLVs em operação nos próximos 12 meses”, observa Coelho. “Já temos três deles operando e, até o fim desse mês, teremos mais dois em ação.”

A linha de produção está prevista para iniciar suas montagens em junho. A ideia é fabricar de três a quatro drones por mês e escalar, gradativamente, esse volume de acordo com os projetos fechados pela empresa. A Speedbird está montando uma fábrica em um espaço de 2 mil metros quadrados em Franca (SP).

Com presença em seis países da América Latina, Shippify cresceu 800% em dois anos

Empresa aposta na tecnologia para oferecer logística a clientes como Amazon e Petz; atualmente, são 37 mil entregadores cadastrados, que atuam meio dos modelos de ship from store e cross docking.

Com foco em oferecer soluções logísticas para o mercado B2B, a Shippify registrou expansão de 800% em dois anos – o que significa ser nove vezes maior do que em 2020. Atualmente, a empresa oferece inteligência logística baseada em tecnologia para clientes como Amazon, Petz e Lindt e possui operações físicas no Brasil, Chile e Equador, além de estar digitalmente presente no Peru, Colômbia e Argentina.

No Brasil, a operação da Shippify é formada por 12 centros de distribuição em sete estados das regiões Sudeste e Nordeste. Ao todo, são 37 mil entregadores cadastrados, que atuam por meio dos modelos de ship from store cross docking.

O diretor da Shippify Brasil, Lucas Grossi, destaca a oferta de uma plataforma que consolida serviços de logística urbana, gestão de entregas, frotas e armazenagem em único ambiente.

“Dessa forma, oferecemos todos os benefícios que esse modelo proporciona aos nossos clientes: descentralização do risco operacional; escalabilidade; velocidade nos prazos de entrega; custos competitivos. Todos esses diferenciais são alcançados pelas inovações internas que a nossa plataforma utiliza no processo de logística e transportes.” – Lucas Grossi, diretor da Shippify Brasil.

Segundo o executivo, outro diferencial da empresa é a capacidade de adaptar as operações para diferentes cenários geográficos, quantidades de entregas em momentos de pico e demais gargalos. A Shippify também oferece a possibilidade de desenvolver projetos logísticos sob demanda.

“A tecnologia nos diferencia das empresas tradicionais de entrega. Criamos um sistema operacional de logística funcional e seguro. E o diferencial é enorme, seja no cumprimento de prazos, segurança da carga e até mesmo no preço do serviço. É um sistema de alta performance, que tem atendido os consumidores mais exigentes”, afirma Grossi.

Amazon Brasil abre estação de entrega predominantemente feminina em Embu das Artes (SP)

A Amazon Brasil anunciou a abertura da nova estação de entrega em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo. A quinta estação de entrega no país terá 41 pessoas na equipe, das quais 70% destas serão mulheres. Para os períodos de pico, como Prime Day e Black Friday, a unidade esse quadro tem potencial para dobrar para atender a demanda.

As Estações de Entrega são estruturas importantes para a logística dos pacotes da Amazon: são desses locais que as encomendas são despachadas para o seu destino. As outras quatro instalações, sendo duas em São Paulo e uma no Rio de Janeiro e uma em Minas Gerais, possuem 250 colaboradores, dos quais ao menos 50% são mulheres.

Amazon Embu das Artes
Estação de entrega da Amazon em Embu das Artes (SP). Imagem: Divulgação

Segundo a varejista, a expansão das operações da Amazon Logística no Brasil contribui para que a empresa passasse a oferecer frete grátis e entrega para membros Prime, sem valor mínimo de compra, em até um dia útil para mais de 100 cidades, e em dois dias para mais de mil.

“Inaugurar uma nova estação de entrega cria um impacto real para os consumidores brasileiros. Um sistema de logística atualizado nos permite encurtar ainda mais o tempo de entrega. Continuamos fortalecendo nossa rede logística em cima de pilares como segurança, velocidade e eficiência, protegendo nossa equipe e rede de parcerias, enquanto buscamos oferecer a melhor experiência de entrega para nossos clientes”, explicou Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil.

Com o apoio dessa equipe e os entregadores do programa Delivery Service Providers, as entregas da Amazon já chegam a 100% dos municípios brasileiros. Hoje, já são mais de 200 motoristas desenvolvendo seus negócios de entrega em conexão com o programa, cuja capacidade logística foi expandida para todo o país a fim de beneficiar milhões de clientes.

Ipea: Brasil tem 1,5 milhão de motoristas e entregadores de produtos

No Brasil, aproximadamente 1,5 milhão de pessoas trabalham com transporte de passageiros e entrega de mercadorias, segundo dados divulgados na terça-feira (10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A maioria (61,2%) é de motoristas de aplicativo ou taxistas, 20,9% fazem entrega de mercadorias em motocicletas e 14,4% são mototaxistas.

Esses trabalhadores estão inseridos na chamada gig economy, termo que caracteriza relações laborais entre funcionários e empresas que contratam mão de obra para realizar serviços esporádicos e sem vínculo empregatício, principalmente por meio de aplicativos. Os trabalhadores atuam como autônomos.

De acordo com dados de 2021, existem no país 945 mil motoristas de aplicativo e taxistas, 322 mil motociclistas que fazem entregas, 222 mil mototaxistas e 55 mil trabalhadores que usam outro meio de transporte para entregar produtos.

O estudo mostra que a maioria desses trabalhadores é homem, preto ou pardo, e tem menos de 50 anos. O maior número de motociclistas que entregam mercadorias, de motorista de aplicativos e de taxistas concentra-se na Região Sudeste. As regiões Norte e Nordeste têm o maior número de mototaxistas no país.

Quanto à escolaridade, mais de 10% dos motoristas de aplicativo e dos taxistas e 5,6% dos entregadores de mercadorias via motocicleta têm ensino superior. Entre os mototaxistas, a porcentagem é 2,1% e, nesse grupo, 60,1% não concluíram o ensino médio.

Variações no rendimento

O levantamento do Ipea mostra que, entre 2016 e 2021, o número de entregadores de mercadorias via moto aumentou, passando de 25 mil para 322 mil, número que não teve redução durante a pandemia de Covid-19. Já o número de motoristas de aplicativos e taxistas caiu de 1,121 milhão, em 2019, antes da pandemia, para 782 mil, em 2020. Em 2021, o número cresceu para 945 mil, mas ainda sem voltar ao patamar de 2019.

O maior rendimento médio é dos motoristas de aplicativos e taxistas, em torno de R$ 1,9 mil. Em 2016, eles recebiam, em média, R$ 2,7 mil.

No subgrupo de motociclistas que fazem entregas, o rendimento é de aproximadamente R$ 1,5 mil por mês, valor que se mantém estável desde 2020. A remuneração dos mototaxistas, por sua vez, permaneceu praticamente constante, passando de aproximadamente R$ 1 mil, em 2016, para R$ 900, em 2021. É o único subgrupo da gig economy no setor de transportes com rendimentos abaixo do salário mínimo, que em 2021 era R$ 1.212.