Dux Logistics anuncia investimento de R$ 130 milhões focado em transporte aéreo e last mile

Durante a Intermodal South America, a Dux Logistics anunciou investimentos de R$ 130 milhões até o fim do ano. Segundo a empresa, parte desses recursos serão destinados a uma nova operação voltada para entregas last mile em território nacional, envolvendo entrega porta a porta para atender em especial empresas que já são clientes no frete marítimo ou aéreo e agora precisam de logística doméstica. Os investimentos vão gerar 200 novos postos de trabalho.

Esse processo faz parte da divisão de transporte rodoviário do grupo, a Dux Trucking, que possui mais de 100 veículos e uma frota própria para atender demandas locais, serviços expressos, atuando em diversos segmentos como Aviation, Food & Beverage e Pharma & Healthcare. A Dux Trucking está presente em mais de 27 capitais brasileiras.

“As entregas last mile otimizam as operações logísticas e são fundamentais especialmente para empresas com e-commerce. Decidimos investir nesse segmento, complementando tudo que já oferecemos com o marítimo e o aéreo, com o objetivo de atender clientes que já são servidos pela DUX em outras etapas da operação logística” disse Raphael Rossi, CEO da Dux Logistics.

Do investimento previsto para este ano, R$ 30 milhões vão para o Last Mile e R$ 100 milhões para a DUX Express, a unidade de transporte aéreo do grupo.

Segundo o executivo, todas as etapas são feitas pela Dux e a média do tempo de entrega é de 12 horas e isso será garantido com a criação de pontos estratégicos em todo o Brasil e pequenos centros de distribuições, reduzindo o tempo de entrega.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/dux-logistics-anuncia-investimento-de-r$-130-milhoes-focado-em-transporte-aereo-e-last-mile

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Empresas apostam em frota 100% elétrica para cumprir demanda por redução de emissões

Diante das dificuldades em conquistar um público consumidor maior no país, os veículos eletrificados vêm ganhando espaço entre empresas de diferentes setores. Os modelos ajudam as companhias na otimização de processos de logística e no atendimento aos critérios ESG, que são cada vez mais levados em conta por investidores.

“São empresas de grande porte, comprometidas com uma pauta de descarbonização, que têm feito investimentos interessantes, fazendo com que suas frotas de entrega de curta duração sejam eletrificadas”, pontua a sócia da área líder do setor automotivo da KPMG, Flavia Spadafora.

É o caso da Via, controladora das Casas Bahia e do Ponto. Em 2019, a empresa adotou iniciativas sustentáveis em seus modais logísticos. Na época, a Via estabeleceu como objetivo reduzir de maneira significativa a emissão de carbono gerado pela companhia até 2025.

“Pela natureza do negócio, é natural que nossa frota seja responsável por grande parte da emissão de carbono. Então, vimos na implantação de veículos elétricos e no uso de combustíveis renováveis uma maneira de diminuir o impacto ambiental.” – Daniel Ribeiro, diretor executivo de Logística da Via, Daniel Ribeiro.

Ribeiro ressalta que, se os elétricos são mais caros, os valores investidos no abastecimento e na manutenção desses veículos são menores que os convencionais.

A frota logística da Via conta com dez furgões com capacidade de transportar até 720 kg de cargas e com autonomia de 300 quilômetros. Eles atendem prioritariamente a região Sul da cidade de São Paulo.

O Magazine Luiza começou a eletrificar sua frota no segundo semestre do ano passado. A empresa iniciou um período de testes em junho de 2021. O Magalu, que tem frota terceirizada, ajudou a intermediar a compra com seus parceiros.

Já são 51 veículos urbanos de carga, que circulam em cidades dos estados de São Paulo, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro.

Nesse primeiro período, a empresa afirma que o principal obstáculo é a quilometragem. Segundo a gerente de transportes do Magalu, Grasiella Nascimento, o carro carregado roda em torno de 200 quilômetros, o que ainda é pouco para uma varejista de grande porte.

Desde o início do teste, já foram realizadas mais de mil entregas para as lojas e mais de 2 mil a clientes. “O retorno de investimento é um retorno normal de mercado, entre 26 meses e 30 meses. Depois disso, pelas nossas contas, passamos a ter um ganho muito significativo. O combustível é 40% do custo do frete”, disse Grasiella.

Mas não é só no varejo que os elétricos ganham força. A locadora Unidas anunciou em janeiro a compra de 2 mil veículos eletrificados para sua frota em 2022, sendo 1.600 carros 100% elétricos. A aquisição faz parte do plano da empresa de neutralizar as emissões de carbono e gases de efeito estufa em todas as suas operações até 2028.

O investimento é de R$ 370 milhões. A empresa possui mais de 400 veículos em sua frota. Os novos carros serão usados nos setores de aluguel de veículos e de gestão e terceirização de frotas.

“Muitos dos nossos clientes têm uma agenda ESG muito forte. A locadora vai ajudar as empresas na utilização dessa matriz energética e no engajamento para usar o veículo elétrico”, afirmou o Head de Frotas da Unidas, Breno Davis Campolina.

FROTA ELÉTRICA ATÉ 2030

A Neoenergia tem veículos elétricos em sua frota administrativa desde março de 2020. Ao todo, são 85 veículos híbridos e 44 totalmente elétricos. O objetivo é que toda a frota de veículos leves e administrativos seja completamente substituída até 2030.

“A mobilidade elétrica vem para potencializar essa mudança em nossos hábitos e comportamento, e as novas tecnologias servirão de caminho para viabilizar e aumentar a acessibilidade desses produtos à população em geral”, diz o gerente de P&D da Neoenergia, José Antonio Brito.

A empresa também oferece soluções de recarga de veículos elétricos para consumidores residenciais e empresariais.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/empresas-apostam-em-frota-100-eletrica-para-cumprir-demanda-por-reducao-de-emissoes

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Lalamove: ‘Todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado’

Todo cuidado é pouco quando se trata de fazer negócios no Brasil. É com essa desconfiança que a Lalamove, startup chinesa de entregas que chegou ao País em 2019, tenta percorrer um mercado disputado por nomes como Uber, Rappi, Loggi, Frete.com (ex-CargoX) e Mandaê. Após desacelerar durante a pandemia, a companhia pretende fincar raízes nas 15 cidades onde passou a operar no ano passado.

“Ter cautela é algo nosso. Primeiro observamos o que acontece, e aí decidimos nossos próximos passos”, conta ao Estadão Helena Lizo, gerente regional da Lalamove no Brasil. Por isso, a executiva não faz promessas para 2022, ano em que a recessão econômica e as eleições presidenciais assustam os mercados e investidores. “Todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado”.

Apesar do cuidado ao pisar por aqui, o Brasil é um dos principais mercados da Lalamove, que já soma 170 mil usuários no País. Helena diz que foi fácil a adaptação do negócio da Lalamove em território brasileiro. Similar ao iFood e ao Uber, o modelo da chinesa permite que motoristas façam entregas de diversos tipos de pacotes (de motoboys a carretos de mudança) à casa dos consumidores — a tal da “última milha” da jornada da logística.

“Temos o foco de ir atrás de cidades mais acostumadas com Uber, iFood, Rappi. Elas já têm um movimento de educação do consumidor e do prestador de serviço”, explica Helena. Ao final, a startup fica com 16% da remuneração das entregas feitas por esses prestadores de serviço.

Abaixo, leia os principais trechos da entrevista.

Como tem sido a operação da Lalamove no Brasil, desde a chegada em 2019?

Vir para cá foi uma grata surpresa. A empresa entendeu a necessidade brasileira pela “última milha”. E crescemos em ritmo muito bacana: do primeiro ano para o segundo, quando operamos só alguns meses, crescemos 47 vezes. Em 2021, pouco mais que triplicamos de tamanho, o que é algo expressivo. Entendo que hoje o modelo de negócio da Lalamove se adaptou bem ao modelo da demanda brasileira.

Por que a adaptação por aqui foi boa?

Por causa da educação do usuário. Já ter pessoas que prestam serviços como motoristas e já se cadastram em vários apps facilita muito a nossa vida. Quando temos uma base grande de pessoas prestando serviço acostumadas com esse modelo, o negócio costuma se adaptar e se desenvolver mais facilmente.

O quão representativo é o Brasil para a Lalamove?

Somos um mercado bem importante para a empresa. Temos atuação global, mas concentrada na Ásia. Na América Latina, estamos no México e no Brasil. Já operamos em mais de 20 mercados e o Brasil opera entre os dez maiores.

Como está a expansão pelo País?

Começamos em 2019 por Rio de Janeiro e São Paulo e hoje estamos em 17 cidades. Na pandemia, não sabíamos como as coisas iriam se desenrolar, porque tínhamos de crescer o time e a empresa de forma remota. No ano passado, resolvemos abrir outras cidades. Começamos com Belo Horizonte e a expansão foi bem-sucedida. Depois fomos para outras capitais, com exceção de Ribeirão Preto (SP). Temos o foco de ir atrás de cidades mais acostumadas com Uber, iFood, Rappi. Elas já têm um movimento de educação do consumidor e do prestador de serviço. E temos como plano abrir em novas cidades assim que a expansão esteja bem consolidada.

Vocês buscam que tipo de consumidor? Pessoas físicas ou empresas?

Classificamos nosso cliente em três tipos. Há as grandes corporações, que são os maiores usuários que temos na plataforma. Mas temos também microempresários e pessoas individuais que classificamos como usuários individuais, como pessoas que vendem bolos e fazem entregas pela Lalamove. Apesar de não ser a mais representativa, essa categoria deu um salto e dobrou a representatividade no último ano.

Como a Lalamove faz para conter as reclamações que aparecem nas plataformas e redes sociais?

Até o ano passado, tratamos os canais externos de reclamações de maneira muito superficial. Queremos que usem nosso canal interno, porque a pessoa vai ter um processo claro de como vai ser atendida. Em um canal como o ReclameAqui, ou por mídias sociais, o caso nunca vai ser tratado por lá. Todas as empresas fazem isso. Queremos direcionar a pessoa para um fluxo de atendimento padrão, em que ela terá uma experiência melhor. Fizemos ajustes constantes para entender quais são os horários mais frequentes de reclamações. E nosso chat tem tido constante atualização de pessoas atendendo nos horários de pico para não deixar nosso cliente ou motorista sem resposta.

A ômicron mudou o clima de 2022. Ainda existe recessão econômica e as eleições presidenciais no segundo semestre. Para a Lalamove, o que esperar deste ano?

Somos muito cautelosos em falar o que esperamos. Primeiro observamos o que acontece, e aí decidimos nossos próximos passos. Não consigo dizer a quais cidades vamos chegar, porque não sabemos se nosso plano de expansão vai se provar bom rapidamente ou se vai levar mais tempo. Ter cautela é algo nosso, porque todo real e todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado. Temos uma perspectiva de solidificar nosso negócio, em especial nas 15 novas cidades. A recessão, que já começou em 2020, foi muito forte para alguns setores. Não sabemos quais serão impactados agora, mas o e-commerce não entrou em recessão. Se mantivermos perfil parecido com o de 2020, é muito provável que 2022 não tenha impacto tão grande para a última milha.

Como a Lalamove faz para se diferenciar da concorrência?

Oferecemos muitos modais diferentes, de duas a quatro rodas. E tem a questão da taxa de 16%. Ainda, o motorista tem muitas opções de entregas ao longo do dia, sejam curtas ou longas, escolhendo quando e como trabalhar. É o contrário do motorista do Uber, que fica amarrado à demanda de pessoas físicas em horários de pico.

Uber, 99 e empresas de entregas sofrem com a alta da gasolina. Como a Lalamove lida com esse problema?

No final de 2021, implementamos a tarifa dinâmica. É um ajuste de preço para organizar melhor a demanda e fazer um repasse maior para que o motorista se sinta mais atraído.

Isso foi suficiente para manter a demanda?

Não vimos queda no atendimento. Naturalmente, a demanda é diferente em janeiro e fevereiro (por causa das festas de fim de ano). Agora, retomamos o cenário normal. Em pedidos colocados e atendidos, essas duas métricas se mantiveram boas. Isso mostra que colocar esse plano de ação foi suficiente para manter a Lalamove atrativa.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/inovacao/lalamove-todo-dolar-investido-no-brasil-e-olhado-com-cuidado,883ab832a56e247c17df7dfb24112b2del8o6d66.html

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Shopee, marketplace de Cingapura, enfrenta problemas de logística no Brasil

Lojistas criticam atrasos após grupo elevar venda para ganhar mercado – equipe foi criada para gerenciar a crise

A plataforma de venda on-line Shopee, controlada pela Sea Limited, de Cingapura, está enfrentando uma série de problemas em sua logística no Brasil, apurou o Valor. Crescimento acima da capacidade de gerenciamento, excesso de ações comerciais em curto espaço de tempo – para tentar acelerar tráfego de clientes e vendas – e estrutura de transporte e atendimento insuficientes obrigaram a companhia a montar um plano de ação, dizem fontes.

São gargalos na operação num momento em que aumenta a pressão dos rivais sobre os “marketplaces” estrangeiros, inclusive a Shopee, que importam itens da Ásia – numa estratégia liderada pelas principais plataformas on-line brasileiras, como antecipou o Valor semanas atrás.

Nas últimas semanas, o Valor conversou com lojistas, transportadoras, consultores e funcionários da Shopee, sob condição de anonimato, para traçar um histórico dos problemas e das ações tomadas para reduzir o gargalo nos serviços. Uma equipe de gestão de demanda criada pela Shopee trabalha no assunto e há reuniões semanais entre esses funcionários e as transportadoras para ajustar as medidas tomadas.

As dificuldades começaram a aparecer, principalmente, após novembro, quando a empresa decidiu lançar ações comerciais de grande porte em curto espaço de tempo. Foram quatro datas, com frete grátis em certos itens, e promessa de entrega rápida, no intervalo de cerca de 45 dias (campanhas de 11/11 e 12/12, além de “Black Friday” e Natal) que levaram a um acúmulo de pedidos, dizem fontes. “Eles deram um passo maior que a perna, e a situação foi piorando após outubro. Entre novembro e dezembro, foram quatro, cinco vezes mais pedidos [que o ano anterior], e eles não estavam preparados”, diz um prestador de serviço logístico para a Shopee.

A cada data nova criada, em volume de pedidos, era uma espécie de “mini-Black Friday”. “Nós fomos administrando dentro da logística acertada com eles e, de repente foi um ‘boom’. Para a ‘Black’ normal, de todos os anos, a gente se prepara por meses, e isso não é á toa. Porque dá problema se não se programar”, afirmou.

Outro parceiro da Shopee diz que, como a empresa tem alta concentração de encomendas de itens leves (miudezas de baixo preço), eles precisam de grandes quantidades para gerar venda. “A questão é que isso enche galpão, sobrecarrega a equipe e empata a vazão”, afirma ele. Segundo três fontes, pelo menos duas transportadoras – CargoBR e J&T Express – fecharam acordos recentes com a Shopee para acelerar entregas e tentar melhorar o nível de serviços.

A J&T virou parceira neste ano e a CargoBR entrou na segunda metade do ano passado. Além delas, entre as grandes que já operam para a Shopee estão Total Express, Sequoia, Loggi, Rede Sul e Correios (por onde passa a maior parte dos envios). Vendedores têm ido ao site Reclame Aqui, plataforma voltada a consumidores, para pedir solução de atrasos em coletas de pedidos. Eles dizem que boa parte dos problemas com a Shopee se concentra no atendimento da Sequoia. “Eles são o segundo maior contrato da Shopee, só perdem em envios para os Correios, e quando os pedidos dispararam, proporcionalmente quem sentiu o baque mais foi a Sequoia”, diz uma fonte a par dos contratos.

A estratégia que tem sido adotada é congelar a conta da plataforma quando os pedidos de retirada junto à Sequoia se acumulam. “Alguém sabe como faço para tirar a Sequoia da minha conta Shopee?”, diz um deles, num grupo de mensagens formado por vendedores que o Valor teve acesso. “Pus a conta em modo férias [paralisa a chegada de pedidos por certo período] pois não aguentava mais as reclamações no chat. Aparece pedido entregue [ao cliente], mas que não foi enviado pela Sequoia”, diz um lojista, na semana passada, num grupo reunido no Telegram, com 2,2 mil lojistas. Neste domingo, eram 2,9 mil menções no grupo em críticas à Shopee. Mercado Livre tinha menos da metade, sendo bem maior que a rival – bancos calculam que a Shopee venda no Brasil (em valor que passa pela plataforma) entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões ao ano, e Mercado Livre fez R$ 68 bilhões em 2021.

De acordo com Anderson Candido, dono de uma loja de produtos naturais na Shopee, há falhas de processos. “O cliente vê a demora para entregarem, cancela o pedido e pede estorno. Só que a encomenda chega dois, três dias depois. E aí, o cliente fica com o produto e o dinheiro. E nós ficamos com o prejuízo”, diz.

Reclamações de lojistas não são incomuns – muito menos relativos à entregas on-line no Brasil. Mas as reações conjuntas das empresas a isso só ocorrem quando o cenário é mais crítico. O Valor apurou que a Sequoia vem tratando há meses dos problemas junto à Shopee – há reuniões semanais sobre o assunto. Foi criada área específica de atendimento na Sequoia, com cerca de 70 pessoas, para lojistas da Shopee por causa dos problemas. Vinte e cinco equipamentos de separação de pedidos, que seriam distribuídos para toda a base de clientes da Sequoia, hoje estão voltados só para dar vazão às encomendas da Shopee.

A ação da Shopee nesta semana, quando o varejo realiza campanha promocional batizada de Semana do Consumidor, foi desenhada com prazo de entrega (em dias) até duas vezes maior daquele do fim de 2021, apurou o Valor. Isso tende a reduzir as pressões na sua estrutura. “Houve melhora no nível de serviço nas últimas semanas, depois que montaram uma equipe focada, mas não normalizou ainda. Eles foram agressivos e subestimaram a demanda. O trabalho que dá para entregar um fone de ouvido é o mesmo de entregar um celular, que vale muito mais. Só que eles entregam muito mais fones que celulares”, disse um parceiro logístico.

Vista como uma ameaça às plataformas brasileiras, a Shopee incomoda as grandes cadeias locais pelo seu crescimento e também pelo volume de importados oriundos da Ásia. Em 2021, o Procon-SP questionou a Shopee sobre a autenticidade de seus produtos. A empresa disse na época que está comprometida com a lei.

Fontes próximas à empresa negam gargalos e citam “transformações para se adequar à expansão”. Dizem que as reuniões entre transportadoras e a empresa são normais e que 85% das vendas no Brasil são de lojistas locais. E vai manter os Correios como parceiro, apesar de estar migrando, desde janeiro, parte dos lojistas atendidos pela estatal para a sua operação de entrega própria, a Shopee Express.

Migrações desse tipo levam um tempo para ficar redondas, mas fonte próxima à empresa diz que a evolução é boa. Em nota ao Valor, a Shopee afirma que à medida que cresce, está oferecendo “mais opções de parceiros logísticos aos vendedores brasileiros para otimizar a coleta e a entrega de produtos aos consumidores”. Afirma que em breve terá “novas opções logísticas” e que todos os parceiros logísticos devem seguir os altos padrões de serviço” da empresa. Diz ajudar no empreendedorismo e “oferecer uma experiência segura, fácil e divertida de compras”.

O CEO da Sea, Forrest Li, disse a analistas em março que a Shopee Brasil registrou mais de 140 milhões de pedidos no quarto trimestre, avanço de 400% frente a 2020, e cerca de US$ 70 milhões de receita, alta de 326%. Também destacou que, apesar dessa melhora, atingiu um prejuízo antes de juros, impostos, amortização e depreciação de cerca de R$ 10 (US$ 2) por pedido no Brasil, uma melhora de 40% em um ano. No mundo, a perda por pedido foi de US$ 0,45.

Entre novembro e dezembro, a empresa começou a operar, inicialmente na fase de testes, a sua primeira área de “cross-docking” no Brasil. O local fica em Barueri (SP) e faz a armazenagem para despacho em poucas horas, diferente de um centro de distribuição. A ideia com o espaço é acelerar as entregas, mas ele ainda opera em fase de testes. Com novos pontos de armazenagem de apoio, a Shopee quer criar por aqui uma espécie de Mercado Envios, o modelo próprio de entregas do Mercado Livre. Não à toa, quem lidera a logística na Shopee é Rodrigo Calderaro, que saiu do Mercado Livre em junho para ir para a Shopee, para montar uma estrutura local.

Procurada, a Sequoia não se pronunciou.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/14/shopee-enfrenta-gargalos-na-logistica.ghtml

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Predict agrega previsibilidade nas entregas do e-commerce

Ao mesmo tempo em que o setor de transportes de cargas fracionadas atua com grande volume de movimentações neste início de 2022, por conta do novo patamar de vendas no comércio eletrônico atingido durante a pandemia, mais fatores positivos são agregados na experiência de entrega dos produtos comprados pela internet.

A Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas expressas fracionadas do Brasil e a transportadora privada mais utilizada pelo e-commerce, vem atuando neste sentido com o Predict, o serviço inovador que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado. Assim, a transportadora está elevando a taxa de sucesso da primeira tentativa de entrega e melhorando a jornada de compra online.

“O Predict estabelece uma comunicação assertiva, ou seja, mais clara, dinâmica e respeitosa com os clientes, algo que aprimora as entregas. Ao mesmo tempo, confere mais conveniência e previsibilidade na logística de última milha tanto para o consumidor, que consegue se programar para receber seu produto, quanto para os embarcadores, porque tal tecnologia eleva a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega”, observa Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

Segundo Tortorello, o Predict, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, está diminuindo o tempo de espera por parte do consumidor final. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Implantado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict está no Brasil desde o fim de maio do ano passado. Atualmente, a solução está disponível para um número maior de embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, especialmente aqueles com entregas em cidades de regiões metropolitanas e capitais.

“O serviço informa o destinatário via SMS, já no dia da entrega, com a janela de 1 hora de variação de quando a encomenda será entregue. Com esta inovação, alcançamos um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas, bem como um novo padrão de excelência no mercado”, explica Tortorello.

Tratamento diferenciado

Nas compras dos embarcadores que optaram pelo serviço, a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado pela Jadlog, que já a insere no roteirizador e estima o horário previsto para a entrega. Em seguida, no dia da entrega, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se organize para receber a encomenda.

Assim, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso do produto e se programar com mais precisão para recebê-lo em casa. Esta é mais uma forma da Jadlog transmitir ao consumidor final, e ao cliente embarcador, pleno comprometimento em relação às operações de delivery.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/predict-entregas-e-commerce/

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Alphabet atinge marca de 200 mil entregas com drones

O serviço de drones da Alphabet, Wing, anunciou esta manhã outro marco, pois atingiu 200.000 entregas comerciais. O número, que a empresa diz excluir voos de teste, vem meio ano depois de atingir 100.000 . A Austrália, que tem sido o principal mercado para testes e implantação comercial, compreende 30.000 dessas entregas nos primeiros dois meses deste ano.

Dividindo ainda mais, Wing diz que foram mais de 1.000 entregas em um dia, ou uma entrega a cada 25 segundos ou mais. O grande número redondo chega ao anunciar uma parceria comercial com a Coles, uma das principais redes de supermercados da Austrália. O acordo prevê que a Wing entrega 250 itens diferentes, de alimentos a produtos de saúde e produtos de higiene pessoal, na capital da Austrália, Canberra.

  • Outras adições recentes ao serviço de entrega incluem KFC e comida vietnamita da Roll’d, bem como testes rápidos de COVID-19 da Friendly Grocer e crianças de primeiros socorros da St. John Ambulance QLD. Número grande e redondo à parte, a eficácia da entrega de drones em áreas urbanas ainda é um ponto de interrogação, já que muitos serviços estão de olho mais ativamente na robótica terrestre como o futuro da entrega de última milha.

A tecnologia faz algum sentido para áreas rurais e outras de difícil acesso, mas Wing insiste que sua abordagem também é adequada para a vida urbana.

“Integrar a entrega de drones na vida cotidiana não é apenas uma conveniência adicional”, diz o Google em um post de blog hoje. “Ele mantém a promessa de reduzir o congestionamento de tráfego, acidentes e emissões de gases de efeito estufa, enquanto aumenta as vendas para as empresas e, ao mesmo tempo, dá às pessoas mais tempo em suas vidas ocupadas. Se você quiser dar uma olhada nesse futuro, basta olhar para a Austrália.”

Enquanto isso, o serviço concorrente da Amazon, Prime Air, sofreu demissões durante a pandemia, deixando dúvidas sobre a viabilidade desse método de entrega.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/alphabet-atinge-marca-de-200-mil-entregas-com-drones/

Magazine Luiza (MGLU3) inaugura seu maior centro de distribuição no Brasil

O Magazine Luiza (MGLU3) está estrategicamente de olho no Sudeste e acaba de inaugurar seu maior centro de distribuição no Brasil.

A nova unidade foi entregue pela GLP, uma das líderes globais em gestão de investimentos e desenvolvimento de negócios em logística, e é localizada no parque logístico GLP Guarulhos II, na Grande São Paulo.

O empreendimento é o maior projeto feito sob medida pela GLP no país, e conta com uma área total de 119 mil metros quadrados.

O centro de distribuição demorou um ano para ser construído. Agora, a unidade deve atender à crescente demanda pelo e-commerce no Brasil, que foi potencializada pela pandemia.

A construção também conta com portaria exclusiva para acesso dos veículos, auditório e áreas de lazer e descanso para os colaboradores.

Expansão do e-commerce

O comércio digital se fortaleceu com a pandemia, mas não deve parar por aí. Para o presidente da GLP no Brasil, Mauro Dias, o e-commerce vai continuar crescendo.

Por isso, é necessária a construção de novos Centros de Distribuição modernos em localizações estratégicas, o que reduziria o tempo de entrega, um ponto positivo para os consumidores finais.

Empregos e sustentabilidade

Durante a construção do centro, foram criados 1.400 empregos diretos. Além disso, o Magazine Luiza espera que o início das operações da unidade gere mais 600 postos de trabalho.

A empresa ainda projeta uma movimentação em torno de oito a 12 mil pedidos por dia.

Mas não é só de logística que vive o Magalu — a sustentabilidade e o ESG também estão na mira da companhia.

O novo centro de distribuição está em busca do processo de certificação de construção sustentável e vai reflorestar 177 mil metros quadrados em uma área de preservação ambiental.

Fonte : https://indicesbovespa.com.br/magazine-luiza-mglu3-inaugura-seu-maior-centro-de-distribuicao-no-brasil/

Depósitos apostam no e-commerce e ganham versão só para empresas

Na Good Storage, a participação dos clientes pessoa jurídica era quase zero em 2019; neste ano, a fatia deve ser de 50%.

A Good Storage surgiu em 2013 de olho em um mercado bastante forte em outros países, especialmente nos Estados Unidos, mas ainda pouco explorado no Brasil: os depósitos chamados de self-storage, que são vistos como uma opção para estocar itens que não cabem mais nas residências. Agora, porém, o que está movimentando o mercado não são pessoas em busca de mais espaço, mas sim companhias de comércio eletrônico procurando meios de facilitar e acelerar as suas entregas.

Segundo Thiago Cordeiro, presidente da Good Storage, a demanda das empresas do setor por esses espaços deu um salto nos últimos anos. Se em 2019 a procura era quase zero, em 2022 o segmento deve representar uma fatia de 50% do negócio. Hoje, a empresa possui 19 unidades e outros três parques logísticos voltados aos clientes corporativos.

De acordo com Cordeiro, já estão em construção outras nove unidades e quatro parques logísticos, que devem ser entregues até o fim de 2024.

Com as entregas, a área bruta locável da Good Storage vai passar de 133 mil metros quadrados para 245 mil metros quadrados, um aumento de 84%. No total, com as inaugurações previstas nos próximos dois anos, a companhia terá investido cerca de US$ 300 milhões (mais de R$ 1,5 bilhão). O investimento vem da gestora de private equity Evergreen, que tem US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões) sob gestão.

Tanto investimento se apoia no fato de que, com a disputa mais forte na velocidade das entregas das compras feitas pela internet, as grandes varejistas encontraram nos self-storages uma saída para ampliar a eficiência do last mile – a última etapa do envio das mercadorias. Neste cenário, a companhia estima crescer 30% e chegar a um faturamento de R$ 100 milhões.

“Os negócios são similares e temos o mesmo posicionamento de tentar resolver o mesmo problema para pessoas físicas e empresas, que é a falta de espaço”, diz o executivo. “Queremos estar nos lugares certos da cidade e trazer essa facilidade.”

Diferenças

Se nos empreendimentos destinados a pessoas físicas, reinam os depósitos com formato similar às garagens e espaços de 1 m² a 150 m², nos parques logísticos há também espaço para as empresas montarem a sua operação, em uma área que ultrapassa os 2 mil m² – é justamente nesse segundo modelo de negócio que a empresa está apostado para os próximos anos.

Para Cordeiro, esses investimentos estão longe de suprir a necessidade deste tipo de espaço logístico em São Paulo. Então, é praticamente certo que novas captações sejam necessárias para manter o ritmo de expansão. No longo prazo, até mesmo a abertura de unidades em outras cidades além da capital paulista está em estudo. De acordo com dados da consultoria Brain, apesar do otimismo de Cordeiro, a vacância no mercado de depósitos ainda é alta. No terceiro trimestre de 2021, último dado divulgado, 20,8% da área bruta locável estava vazia.

Para Fábio Tadeu Araújo, sócio-diretor da Brain, o fato de as empresas de comércio eletrônico abraçarem o modelo para agilizar suas entregas pode trazer, no futuro, vantagens também para os clientes pessoa física no setor.

“À medida que o setor cresce e ganha escala, ele passa a ter preços mais competitivos, o que o tornará mais acessível às pessoas físicas”, diz Araújo. “E esse é um mercado que pode desacelerar, mas dificilmente vai retrair, já que tem um espaço muito grande para crescer.”

Dois modelos

  • Para residências: O modelo clássico dos depósitos pessoais serve de “abrigo” para móveis que não cabem mais nas residências: por isso, os boxes desses empreendimentos partem de apenas 1 metro quadrado
  • Grandes espaços: Em contrapartida, muitas empresas mantêm um grande quantidade de produtos nos parques logísticos urbanos, cujas áreas individuais podem superar 2 mil m²

Fonte : https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,de-olho-no-e-commerce-depositos-ganham-versao-so-para-empresas,70003981512

Correios compram nova frota de bicicletas elétricas para carteiros

Os Correios concluíram a aquisição de 609 bicicletas híbridas que serão usadas para realizar entregas de cartas e encomendas em 11 estados. Ambientalmente corretas, as bicicletas diminuem os custos de entrega e agilizam a movimentação dos carteiros em grandes centros urbanos.
Segundo informa a empresa em nota, a modernização da frota “além de melhorar as condições de trabalho dos carteiros, representa ganho de produtividade, maior qualidade das entregas e redução de custos”. As bicicletas foram desenvolvidas dentro da própria empresa como foco no trabalho dos entregadores.

A nova frota se soma às 189 bicicletas que já estavam em circulação desde agosto de 2021.

Fonte : https://noticias.r7.com/brasil/correios-compram-nova-frota-de-bicicletas-eletricas-para-carteiros-12022022

Anac concede primeira autorização para entregas por drones

Num futuro cada vez mais próximo, quem gosta de pedir delivery vai poder receber a comida por meio de um drone. Isso porque a Anac, Agência Nacional de Aviação Civil, concedeu a primeira autorização para entregas comerciais com o equipamento.

A aeronave DLV-1 NEO é a primeira autorizada a operar comercialmente além da linha de visão do piloto. A empresa Speedbird Aero vai poder oferecer o serviço com cargas de até 2,5 Kg num raio de 3 km, inclusive dentro das cidades.

A operação deverá manter parâmetros de segurança para evitar acidentes, como não sobrevoar pessoas, observar alturas máximas e mínimas de voo e as condições meteorológicas.

De acordo com a Anac, a experiência e novas tecnologias devem permitir no futuro operações mais avançadas, com menos restrições e mais segurança.

O processo de autorização durou oito meses. A Anac acompanhou três testes na cidade de São José dos Campos, em São Paulo, para a avaliação das características técnicas da aeronave, e um em Aracaju, em Sergipe, para avaliação operacional.

Fonte : https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2022-01/anac-concede-primeira-autorizacao-para-entregas-por-drones#:~:text=Num%20futuro%20cada%20vez%20mais,entregas%20comerciais%20com%20o%20equipamento.

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