Com ecossistema de quase 9 mil pessoas, operação da Amazon alcança 100% dos municípios brasileiros

Com trabalhadores diretos e indiretos e logística de entrega realizada por aviões e motocicletas, companhia americana também conta com motoristas ligados ao Programa de Entregadores Parceiros.

Atualmente, a Amazon é listada como o 3º maior e-commerce em atividade no Brasil. De acordo com o Relatório Setores do E-commerce no Brasil, publicado pela agência Conversion, a empresa americana possui market share de 12% – os dados são de abril deste ano. Nesse cenário de grande demanda por parte dos consumidores do comércio eletrônico, a Amazon anunciou o alcance da marca de entregas em 100% dos municípios brasileiros.

De acordo com a empresa, tal desempenho é possível por meio de operação formada por quase 9 mil pessoas, entre trabalhadores diretos e indiretos. Além de transporte aéreo e de motocicleta, a companhia também conta com o apoio de motoristas do Programa de Entregadores Parceiros. A rede do programa é composta por empreendedores que operam por meio do sistema da Amazon e já gerou mais 260 mil oportunidades de trabalho em todo o mundo.

Segundo o diretor de Operações da companhia no Brasil, Rafael Caldas, o ecossistema de profissionais da Amazon possibilita a realização de entregas asseguradas por tecnologia e operação logística para processar os pedidos.

“Nossa rede busca a excelência desde a estação de entrega da Amazon Logística até a porta do cliente, por meio de diferentes veículos que respondem às características geográficas, terreno e densidade urbana, na expectativa de cumprir os prazos de entrega.” – Rafael Caldas, diretor de operações da Amazon no Brasil.

INFRAESTRUTURA PARA SOLIDIFICAR ENTREGA DE ÚLTIMA MILHA

Atualmente, a Amazon possui 12 centros de distribuição em solo brasileiro – só no ano passado, a companhia inaugurou CDs em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. Além disso, a operação de logística da empresa americana inclui cinco estações de tratamento (três em São Paulo, uma em Minas Gerais e outra no Rio de Janeiro).

Essa estrutura viabiliza que a Amazon ofereça modalidade same day delivery para as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Barueri, Osasco e Guarulhos, enquanto a entrega em dois dias úteis (D+2) está disponível para mais de 1 mil municípios brasileiros.

ESTAÇÃO DE ENTREGA PREDOMINANTEMENTE FEMININA

Na última terça-feira (10), a Amazon comunicou a abertura da quinta estação de entrega. Localizado em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, o espaço terá uma equipe de 41 colaboradores, dos quais 70% são mulheres. Nas outras unidades (em SP, MG e RJ), que reúnem mais de 250 colaboradores, pelo menos metade do quadro de funcionários é composto por mulheres.

Rafael Caldas ressalta que a inauguração de uma nova estação de entrega cria um impacto real para os consumidores brasileiros. “Um sistema de logística atualizado nos permite encurtar ainda mais o tempo de entrega. Continuamos fortalecendo nossa rede logística em cima de pilares como segurança, velocidade e eficiência, protegendo nossa equipe e rede de parcerias, enquanto buscamos oferecer a melhor experiência de entrega para nossos clientes”, explica.

Pernambucanas lança frota própria e vai usar caminhões elétricos para entregas nas lojas

A iniciativa está ligada diretamente ao aperfeiçoamento das entregas do e-commerce, geração de empregos e a diminuição na emissão de gases poluentes.

A Pernambucanas, marca varejista nacional pioneira em inovações, anuncia que parte de seu processo de abastecimento de loja passará a ser feito por meio de frota própria. Com a novidade, a varejista vai garantir mais agilidade e pontualidade em toda a sua operação de logística e entrega de produtos.

A frota própria irá representar 25% da total e parte desses veículos serão 100% elétricos.

O projeto faz parte do planejamento estratégico da companhia e engloba o tripé de sustentabilidade, com modelos de desenvolvimento que aliem prosperidade econômica, equilíbrio social e o uso consciente dos recursos ambientais. Na esfera social, vai contribuir com a geração de novos empregos, pois tanto os motoristas da frota própria quanto os ajudantes que auxiliam o descarregamento serão contratados pela marca. Já na ambiental, com a aquisição dos veículos elétricos, o foco será a redução das emissões de gases poluentes como por exemplo o CO2. O viés econômico também é impactado, no que se refere à redução dos custos de frete.

A frota de 36 caminhões será utilizada para atender a demanda de mais de 100 cidades de São Paulo, além de outras fora do estado, tendo como ponto de partida o Centro de Distribuição da Pernambucanas, localizado em Araçariguama (SP). Já os caminhões elétricos, terão autonomia para rodar até 300 quilômetros com uma única carga de bateria. Os caminhões próprios também serão adesivados e trarão o logo da Pernambucanas, possibilitando uma publicidade gratuita pelo país. Além disso, os caminhões terão um QR Code no qual haverá uma interação digital com informações sobre a marca.

“A iniciativa fortalece a autonomia da companhia possibilitando a tomada de decisão de forma rápida e simples. E vem de encontro ao nosso aperfeiçoamento do e-commerce, especialmente com uma demanda maior, além de ter um processo de entrega melhor e mais agilizado”, afirma Sergio Borriello, CEO da Pernambucanas.

A companhia também inova com a utilização de 4 baús intercambiáveis móveis (BIM), que são acoplados em um caminhão que sai do Centro de Distribuição. Ao chegar em determinado destino, os baús são redistribuídos entre outros três caminhões. A partir disso, os quatro veículos seguem em direção a diferentes lojas. Sendo a única empresa no mercado a realizar esse processo de entrega, a Pernambucanas aumenta a agilidade e eficiência e reduz as emissões de gases poluentes.

Sobre a Pernambucanas

Há 114 anos, a Pernambucanas evolui junto com a família brasileira. Referência no varejo nacional, a companhia tem como marca registrada o pioneirismo e a contribuição para o progresso de diversas cidades do país. Conta com um time de estilistas que identificam as principais tendências mundiais da moda e oferece uma ampla variedade de produtos em moda, beleza, lar, eletroportáteis, telefonia e informática. Está presente em mais de 310 cidades, em 14 estados e no Distrito Federal, com mais de 460 lojas e cerca de 16 mil colaboradores.

Além do varejo, a companhia tem a sua fintech, a Pefisa, braço financeiro do grupo, responsável pelo desenvolvimento e gestão dos produtos como a Conta Digital Pernambucanas, PIX, Carteira Digital, cartões, empréstimo pessoal e seguros. Sempre se reinventando e acompanhando às necessidades de seus clientes, a Pernambucanas oferece uma inovadora plataforma digital de relacionamento em varejo e produtos financeiros, com aplicativos, compra online, tablet (concessão de crédito 100% digital em 7 minutos), emissão instantânea de cartão com chip, atendimento digital e Wi-Fi grátis em todas as lojas.

Os desafios para implementação das entregas via drones no Brasil

Desde 2013, a Amazon indica a possibilidade de utilizar aeronaves em suas entregas, mas até o momento a gigante de tecnologia ainda não possui nada concreto em sua operação.

Recentemente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou algumas empresas de delivery a começarem as entregas via drones no país. A notícia chamou a atenção de todos e empolgou diversas companhias do setor, já que a permissão possibilita que alimentos/produtos cheguem mais rápidos aos consumidores. Porém, a implementação de fato da operação, é um grande desafio, principalmente pela
extensão territorial do Brasil.

Desde 2013, por exemplo, a Amazon indica a possibilidade de utilizar drones em suas entregas, mas até o momento a gigante de tecnologia ainda não possui nada concreto em sua operação. Portanto, o assunto não é tão simples como é possível imaginar e a utilização dos drones para realizar entregas pode levar mais alguns anos, mesmo com a autorização da Anac.

No Brasil, há mais de dois anos, empresas do setor vêm realizando testes para ter parâmetros e critérios técnicos de segurança, já que os drones dividirão o espaço aéreo com outras aeronaves, fios elétricos e aves. Neste sentido, podemos afirmar que a tecnologia é importante, mas não é determinante para o sucesso da entrega e as plataformas precisam pensar em um sistema integrado para garantir a navegação e segurança durante todo o processo logístico.

Com isso, listo abaixo alguns desafios e pontos importantes para o setor na implementação dos drones em suas operações logísticas:

Ao fornecer seu e-mail, você concorda com a Política de Privacidade da Forbes Brasil.
Segurança: em caso de novas autorizações, poderemos ter vários drones de diferentes empresas sobrevoando as nossas cabeças. Como organizar esse espaço aéreo de maneira segura?

Limitações: os drones mais tradicionais são limitados na questão do peso. Eles podem carregar produtos com cerca de 3kg. Nesse sentido, entregas de produtos mais pesados continuarão com a logística convencional.

Sons: os drones por si só são bem barulhentos e isso pode prejudicar a utilização dos equipamentos em bairros residências, já que os moradores podem barrar a modalidade de entrega por conta dos sons ou limitar o uso do equipamento em horários comerciais.

Chuvas: drones são equipamentos eletrônicos e em dias de chuvas pesadas, podemos ter um acúmulo de entregas por conta de temporais, que fecham até aeroportos, por exemplo. Esses equipamentos estão preparados para isso?

Privacidade: drones têm a possibilidade de filmar e tirar fotos. Com tantas aeronaves vindo e ido, como garantir nossa privacidade?

Roubos: precisamos nos precaver de assaltos e, com drones sobrevoando as cidades, será necessária uma atenção maior nesse quesito, não só pensando nos roubos ou furto do equipamento, mas também da carga, até chegar ao destino.

Ainda existe um grande trabalho a ser feito antes da efetividade do uso de drones para entregas de encomendas. No quesito operacional, as empresas precisarão melhorar a gestão de rotas, o que significa mais trabalho e suporte de softwares para viabilizar a operação.

Além disso, precisamos ficar atentos às questões de segurança física, mantendo a integridade dos consumidores que receberão os seus produtos via drone. É um caminho longo a ser construído, mas que faz parte do crescimento do varejo no Brasil.

Vitor Magnani é presidente da Associação Brasileira Online to Offline (ABO2O) e do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomercio/SP. Professor da FIA e especialista em Relações Institucionais e Governamentais para ecossistemas inovadores.

Total Express expande o volume de entregas em 400%

Após início da operação de rota aérea e avião próprio em setembro de 2020, a empresa pôde expandir o volume de entregas em 400%, o que corresponde a aproximadamente 100 mil por mês.

A Total Express anunciou que ultrapassou a marca de um milhão de encomendas entregues na região de Manaus (AM). Os números são reflexo das alterações feitas pela companhia na malha logística, que em setembro de 2020 incluiu a capital amazonense no frete aéreo com avião próprio e e, em agosto de 2021, realizou o primeiro voo autorizado pela ANAC com o Boeing 737.

Foi identificado um aumento expressivo nos últimos quatro meses do ano passado. Ao todo, foram cerca de 223,6 mil pacotes para a região – um crescimento de 269% no volume de encomendas em comparação com o mesmo período em 2020. Por meio da adição da rota, a Total Express também pôde reduzir o prazo de entrega de encomendas para Manaus e entorno, chegando a apenas quatro dias no modelo standard e dois dias na modalidade expressa.

Segundo o vice-presidente e diretor Comercial da Total Express, Eduardo Peixoto, a rota área dedicada entre São Paulo e Manaus foi um grande passo no movimento da empresa de expansão das operações no Brasil.

“Queremos atender cada vez mais regiões em todo o país para que todos os consumidores possam ter acesso ao e-commerce sem terem que aguardar longos prazos de entrega. É interessante porque isso ajuda tanto o comprador, como também o vendedor que, por sua vez, consegue melhorar a experiência de compra em sua loja online.” – Eduardo Peixoto, vice-presidente e diretor Comercial da Total Express.

O Boeing 737 da Total Express tem capacidade de carregamento para até 18 toneladas de encomendas, em cada voo.

GERAÇÃO DE EMPREGOS

Com a nova filial em Manaus, a Total Express gerou mais de 200 empregos, diretos e indiretos na região. Hoje, a empresa conta com 79 colaboradores e mais de 140 motoristas agregados para agilizar a entrega terrestre.

Para 2022, a previsão é de que a Total Express aumente o quadro de colaboradores e motoristas em 50% e 70%, respectivamente.

Magalu deixa de bancar frete grátis no marketplace

Foi bom enquanto durou… Desde o lançamento do Magalu Entregas dentro do Magalu Marketplace, existia uma política de isenção do frete tanto para o comprador quanto para o vendedor. O único requisito era que a compra fosse realizada via aplicativo da loja. Logicamente, essa conta era paga pelo Magazine Luiza.

Tomando por base os valores cobrados por outros marketplaces no tocante ao frete, fica fácil imaginar que a conta não devia fechar no Magalu. E talvez não feche até hoje, porque os valores das tarifas implantadas por eles chegam a ser até 80% menores do que os dos concorrentes.

Em todos os cenários em que o produto pesa acima de 5Kg, o Magazine Luiza tem o frete mais econômico, e nos itens mais leves perde por centavos para o serviço de fulfillment da Americanas, que ainda é bem restrito para os vendedores, uma vez que necessita de aprovação comercial prévia da empresa, onde somente os produtos e os sellers que eles julgam pertinentes podem adentrar no serviço.

A tabela comparativa a seguir mostra a diferença de valores entre os serviços dos seis maiores marketplaces do país. Vale mencionar que incluímos nesta tabela, na coluna do Magalu, o valor de R$ 3 referente a uma taxa adicional cobrada junto a comissão que não existe nos demais canais. Fizemos isso para equiparar os modelos de cobrança dos marketplaces e comparar com mais exatidão os valores.

Ao inserir a cobrança de tarifa de frete para os sellers de seu marketplace, o Magalu também retirou a restrição do frete grátis, que até então só era concedido nas compras via aplicativo. A partir de agora, o frete grátis é disponibilizado em todas as plataformas: site, versão mobile e aplicativo, além de parceiros e versões especiais do site.

Também em busca de rentabilidade, vale mencionar que o Magazine Luiza vem reajustando e padronizando as comissões cobradas por cada venda. Se você não vende por lá, precisa primeiro entender que existem duas formas de ofertar seus produtos dentro do site da empresa: a primeira, mais tradicional e existente em todos os concorrentes, é o chamado marketplace, onde as comissões rondam a casa dos 16%.

O segundo modelo é o chamado “Parceiro Magalu”, que surgiu no começo da pandemia, com foco em digitalizar lojistas que fecharam as portas devido às restrições de circulação impostas. Nesse modelo, mais simplificado, o vendedor não conta com integrações com sistemas de gestão e controle de estoque, por exemplo. Todo controle é feito dentro de uma plataforma disponibilizada pelo Magalu. A grande vantagem aqui é a comissão: 3,99%.

Essa comissão vigorou por mais de um ano, mas vem sendo reajustada frequentemente pela empresa. Atualmente, existe um escalonamento na cobrança de comissão do Parceiro Magalu: inicia-se em 5,80% até atingir 100 mil em vendas, depois passa para 8,80% até o limite de R$ 300 mil e, após romper essa marca, a comissão estabiliza em 12,80%. Vale lembrar que existe a taxa adicional de R$ 3 em todos os pedidos acima de R$ 10. Essa taxa extra existe nos dois modelos mencionados.

Fato é que os reajustes na comissão devem continuar acontecendo, e eu não descarto um reajuste também no marketplace, onde vários vendedores mais antigos na plataforma relatam que estão recebendo contato do Magazine Luiza para atualização de comissões “defasadas”.

Agora quero saber de você, amigo leitor, se já comercializa seus produtos no Magalu e como tem visto as novas taxas e o eventual ajuste de comissão por parte da empresa? Suas vendas foram impactadas com as mudanças recentes? Pra cima ou pra baixo? Quero muito saber como você está lidando com tudo isso aí do outro lado. Então conta pra mim aqui nos comentários e, do mais, até a próxima semana! Forte abraço.

Amazon anuncia a cobrança de taxa de 5% dos vendedores

A Amazon começará a cobrar uma taxa de 5% dos vendedores da plataforma a partir do dia 28 de abril. Por enquanto, somente os vendedores baseados nos Estados Unidos e que utilizam a plataforma Fulfillment by Amazon (FBA), conjunto de serviços de armazenamento e entrega da empresa, serão afetados.

Apesar de ser cobrada dos vendedores e não dos compradores, é esperado que a taxa leve a um aumento dos preços em geral na plataforma, à medida que a margem dos vendedores forem afetadas, e ela seja repassada para os consumidores.

O CEO e fundador da Black Label Advisor, Jon Elder, que presta consultoria para comerciantes terceirizados, afirmou que que “a grande maioria” de seus clientes “aumentará seus preços juntamente com essa sobretaxa da Amazon”.

De acordo com a empresa, a nova cobrança foi causada pelo aumento dos custos dos combustíveis e da inflação.

“Em 2022, esperávamos um retorno à normalidade à medida que as restrições do COVID-19 em todo o mundo diminuíam, mas o combustível e a inflação apresentaram mais desafios”, escreveu a equipe da FBA em uma mensagem enviada a todos clientes da plataforma.

“Ainda não está claro se esses custos inflacionários aumentarão ou diminuirão, ou por quanto tempo eles persistirão, então, em vez de uma mudança permanente na taxa, estaremos empregando uma sobretaxa de combustível e inflação pela primeira vez – um mecanismo amplamente usado em todo o mundo por fornecedores da cadeia de suprimentos.”

Atualmente as vendas de terceiros no marketplace representam uma parcela importante nos negócios da Amazon, movimentando US$ 30,3 bilhões em vendas nos últimos quatro meses de 2021. Nesse mesmo período, o lucro da empresa quase duplicou em relação ao ano passado, chegando a US$ 14,32 bilhões.

Entrega de livros e pequenas encomendas desafiam transportadoras

O mercado editorial vive um grande momento, e parece ter abandonado os resultados ruins do passado. O crescimento do hábito de leitura do brasileiro durante a pandemia continua neste ano, depois de levar o mercado a vender 55 milhões de livros em 2021, 29,3% a mais do que no exercício anterior. Em 2022, até o final de fevereiro, foram vendidos 10 milhões de exemplares, 19,5% acima do mesmo período do ano passado, confirmando que a demanda segue firme e em crescimento.

Os dados, da pesquisa Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizada pela Nielsen Bookscan e divulgada pelo SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), demonstram que a pandemia impactou positivamente o mercado editorial, como impulsionou o e-commerce, que cresceu 27% em 2021 em relação a 2020, segundo o relatório Webshoppers da Ebit Nielsen. Inclusive, boa parte das vendas de livros no Brasil ocorre via comércio eletrônico, de modo que livrarias chegaram a dobrar o faturamento com as vendas de exemplares pela Internet.

Em relação à logística, as entregas de livros cresceram na mesma proporção nas transportadoras e nos operadores logísticos que atuam com o e-commerce e são especializados nos envios de pequenas encomendas. Esse movimento traz ainda mais oportunidades de negócios, mas, por outro lado, exige que as empresas de entregas de última milha ofereçam soluções e infraestrutura para otimizar as operações e aprimorar a experiência de compra dos e-shoppers.

A infraestrutura necessária começa com a mecanização e a automação dos centros de distribuição, hubs ou terminais de cargas das transportadoras, que devem possuir esteiras e sorters capazes de realizar triagens ágeis e seguras dos livros e das demais pequenas encomendas. Com isso, muito mais remessas são processadas em menos tempo, permitindo os despachos para as praças de destino no mesmo dia ou no dia seguinte.

Ter capilaridade nacional, com filiais, franquias e centros de operações espalhados pelo país, em todas as capitais e principais centros econômicos, e contar com uma frota robusta de caminhões e veículos mais leves e utilitários são também requisitos essenciais em termos de infraestrutura para atender ao e-commerce e ao mercado editorial.

No que diz respeito às soluções, uma infraestrutura robusta viabiliza a oferta de vários tipos de entregas, o que significa conveniência para toda a cadeia logística e a concretização de mais vendas em varejistas virtuais e marketplaces. Para isso, os investimentos em tecnologia permitem oferecer, por exemplo, as soluções Out of Home (fora de casa), que são alternativas ao delivery.

Por meio de PUDOS (pontos Pick up e drop off) ou lockers, a solução fora de casa, além de ser prática e conveniente, reduz significativamente o insucesso e os custos logísticos para os embarcadores e os consumidores, já que é, em média, 20% mais barata do que a entrega domiciliar. Com ela, o frete grátis de livros pode ser mais facilmente oferecido.

Nesses pontos, os sellers de marketplaces podem agilizar as entregas de pequenas encomendas, imprimindo diretamente a etiqueta de identificação do produto a ser depositado e enviado ao comprador.

Outro fator importante, este na oferta dos serviços de delivery, é que as transportadoras estão enviando mensagens via SMS para os dispositivos móveis dos consumidores avisando o horário de entrega da encomenda, com precisão de até uma hora do informado. Esse serviço digital proporciona conveniência e previsibilidade na logística dos livros e de pequenas encomendas, já que o consumidor consegue se programar.

Portanto, oferecer facilidade e previsibilidade é uma tendência de mercado que precisa ser acompanhada pelo varejo da Internet e pelas transportadoras que atuam com o e-commerce.

No mercado editorial, a alta na venda de livros caminha de forma interligada à expansão do e-commerce e, consequentemente, ao setor de logística de entregas. Por isso, embarcadores e transportadoras devem aproveitar o bom momento para incrementar a experiência de compra e de entrega dos consumidores, a fim de elevar conversões de vendas e a fidelização nas lojas virtuais e nos marketplaces.

Aumento de vendas no e-commerce impacta logística brasileira

Com um total de mais de R$ 161 bilhões, as compras online no Brasil bateram um recorde em 2021. O valor representa um aumento de 26,9% em relação ao ano anterior. No mesmo período, o número de pedidos cresceu 16,9%, totalizando mais de 353 milhões de entregas. Os dados são da Neotrust, empresa responsável pelo monitoramento do e-commerce no país.

O comércio eletrônico provoca reflexos também em outros setores. Nessa modalidade de vendas, a logística se torna um dos setores mais desafiadores, pois envolve uma ampla cadeia que necessita da máxima sintonia para que todas as etapas operem com segurança e eficiência, principalmente quando envolve o comércio internacional, como os produtos vindos da China, por exemplo.

As lojas físicas mais tradicionais passaram a investir no e-commerce como uma solução não apenas para se adaptar a pandemia, mas também como uma possibilidade de ampliar o leque de vendas. Essa expansão faz com que cada vez mais as empresas busquem realizar entregas mais rápidas e dentro do prazo, levando a novos investimentos. Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o total de investimentos em transportes e logística deverão somar mais de R$ 124 bilhões entre 2022 e 2026.

Em 2022, as lojas físicas devem voltar com mais força, porém, muitas empresas apostam no e-commerce e reduziram o número de suas unidades. Para melhorar o prazo de entrega, muitas empresas estão consolidando cargas e enviando pelo modal aéreo. Mantendo o serviço “on demand” e reduzindo custos do transporte. A logística nacional tem que estar preparada para desconsolidar estas cargas com agilidade e fazer a entrega de forma rápida”, conclui Campos.

Google anuncia ferramentas para auxiliar em entregas

O Google anunciou hoje duas novas ferramentas para empresas que operam frotas de entregas extensas: a Last Mile Fleet Solution e a Cloud Fleet Routing API . A nova solução de frota de última milha, que faz parte da plataforma do Google Maps, enfatiza a otimização de cada etapa do processo de entrega de última milha, desde o pedido até a entrega. Como o nome indica, a nova API de roteamento, que faz parte do Google Cloud, se concentra no planejamento de rotas em frotas de veículos de entrega.

A solução Last Mile Fleet está agora em pré-visualização pública. A Cloud Fleet Routing API estará disponível para todos no segundo trimestre do ano. Como ambos são serviços corporativos, não há informações públicas sobre preços disponíveis, e os clientes em potencial de qualquer um dos produtos precisam trabalhar com a equipe de vendas do Google.

“A pandemia acelerou ainda mais tanto o e-commerce quanto o número de entregas, que já cresciam rapidamente. O aumento da pressão sobre as redes de entrega, além de muitos outros fatores, como falta de motoristas, dados de endereços ruins, fechamento de fábricas e um aumento nos preços dos combustíveis afetaram o tempo de entrega e o sucesso”, disse Hans Thalbauer, diretor administrativo de Suprimentos e Logística Global do Google Cloud.

“Com a solução Last Mile Fleet da plataforma Google Maps e a API Cloud Fleet Routing, estamos tornando mais fácil para os operadores de frota de entrega resolver esses problemas e criar experiências perfeitas para consumidores, motoristas e gerentes de frota”.

A plataforma Google Maps já apresenta a solução de viagens e entregas sob demanda, que ajuda as empresas a não utilizarem motoristas sob demanda. A empresa disse que a nova solução Last Mile Fleet baseia-se neste serviço.

A Fleet Routing API, por outro lado, é um serviço completamente novo do Google Cloud que ajuda as empresas no planejamento de rotas. Os usuários poderão usá-lo para criar ferramentas para seus sistemas internos de gerenciamento de frota e fazer com que o sistema otimize as rotas de entrega com base em suas restrições específicas, como janela de tempo, peso do pacote e capacidade do veículo – e, no processo, eles também podem otimizar suas rotas para cumprir suas metas de sustentabilidade.

“Na Paack, estamos obcecados em ajudar alguns dos maiores varejistas de comércio eletrônico da Europa a criar experiências de entrega excepcionais para os milhões de pedidos que recebem todos os meses”, disse Olivier Colinet, CTO e CPO do serviço de correio Paack , com sede no Reino Unido .

“Para escalar rapidamente, adotamos o Last Mile Fleet Solution e o Cloud Fleet Routing, que permite que nossos motoristas e gerentes de frota mantenham a eficiência máxima e ultrapassem nossas taxas de entrega de 98% no prazo e na primeira vez”, complementa.

Dux Logistics anuncia investimento de R$ 130 milhões focado em transporte aéreo e last mile

Durante a Intermodal South America, a Dux Logistics anunciou investimentos de R$ 130 milhões até o fim do ano. Segundo a empresa, parte desses recursos serão destinados a uma nova operação voltada para entregas last mile em território nacional, envolvendo entrega porta a porta para atender em especial empresas que já são clientes no frete marítimo ou aéreo e agora precisam de logística doméstica. Os investimentos vão gerar 200 novos postos de trabalho.

Esse processo faz parte da divisão de transporte rodoviário do grupo, a Dux Trucking, que possui mais de 100 veículos e uma frota própria para atender demandas locais, serviços expressos, atuando em diversos segmentos como Aviation, Food & Beverage e Pharma & Healthcare. A Dux Trucking está presente em mais de 27 capitais brasileiras.

“As entregas last mile otimizam as operações logísticas e são fundamentais especialmente para empresas com e-commerce. Decidimos investir nesse segmento, complementando tudo que já oferecemos com o marítimo e o aéreo, com o objetivo de atender clientes que já são servidos pela DUX em outras etapas da operação logística” disse Raphael Rossi, CEO da Dux Logistics.

Do investimento previsto para este ano, R$ 30 milhões vão para o Last Mile e R$ 100 milhões para a DUX Express, a unidade de transporte aéreo do grupo.

Segundo o executivo, todas as etapas são feitas pela Dux e a média do tempo de entrega é de 12 horas e isso será garantido com a criação de pontos estratégicos em todo o Brasil e pequenos centros de distribuições, reduzindo o tempo de entrega.