Magazine Luiza tem o pior trimestre desde IPO. Por outro lado, vendas do marketplace superam as das lojas físicas pela primeira vez na história da varejista

O varejo brasileiro está mal e o Magalu não é exceção. No entanto, a companhia está se destacando pelo setor de serviços.

O Magazine Luiza divulgou os resultados do primeiro trimestre de 2023 e… Este é o seu maior prejuízo trimestral desde o IPO, em 2011.

O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 309,4 milhões entre janeiro e março deste ano. O valor é três vezes maior do que o prejuízo do mesmo período em 2022, de R$ 98,8 milhões.

Ao mesmo tempo, o seu Ebitda ajustado (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 3,2% em relação a 2022, para R$ 448 milhões.

E o que isso significa? O Magazine Luiza faz parte das varejistas que estão em queda, a exemplo da Renner e Marisa. Segundo a empresa, seu desempenho foi influenciado pela alta na taxa de juros e aumento nas despesas financeiras.

NOVA TRIBUTAÇÃO EM VIGOR AFETARÁ VAREJISTAS E CONSUMIDORES

O Magazine Luiza e outros e-commerces estão sofrendo, inclusive, pela volta do DIFAL (o diferencial da alíquota do ICMS), que tributa as mercadorias vendidas tanto na origem quanto no destino. Na prática, isso aumenta o imposto pago pelas varejistas e, no caso do Magazine Luiza, a empresa planeja repassar essa diferença aos clientes (conforme descrito em release aos investidores).

O IMPACTO DO MARKETPLACE
O maior destaque positivo do Magalu no primeiro trimestre do ano pode ser resumido em uma palavra: o marketplace. Pela primeira vez na história, as vendas do marketplace superaram as vendas de lojas físicas em um trimestre.

O e-commerce do Magalu atingiu R$ 11 bilhões de vendas entre janeiro e março de 2023, um aumento de 11% em comparação a 2022. Deste valor, mais de R$ 4 bilhões (quase a metade!) são do marketplace.

Atualmente, o marketplace do Magalu – que é a venda e gestão de produtos de terceiros dentro do próprio site da companhia – atingiu 281 mil vendedores e 100 milhões de ofertas disponíveis. A empresa afirma que, nos últimos 12 meses, a plataforma recebeu 111 mil novos vendedores – e muitos foram impulsionados pelas lojas físicas.

COMO O MAGALU ESTÁ UNINDO O ONLINE AO OFFLINE

O Magalu possuía, ao fim do primeiro trimestre de 2023, 1.302 lojas (1.042 “convencionais”, 237 virtuais e 17 quiosques). Um diferencial é que a empresa utiliza o espaço da loja física também para incentivar o e-commerce (que, segundo a empresa, atingiu sua máxima histórica de participação de mercado).

Atualmente, o Magalu Entregas é o principal meio logístico dos vendedores do marketplace. Na prática, além de receber as compras em casa, os clientes podem retirá-las nas lojas físicas habilitadas. E isso tem gerado resultado: 22% dos pedidos do marketplace hoje são retirados em lojas físicas, em comparação a 13% do mesmo período em 2022.

POR QUE IMPORTA?

O Magalu não conseguiu fugir e também faz parte do péssimo resultado do varejo brasileiro nos últimos tempos. Mas, embora também esteja lidando com as mudanças tributárias e alta taxa de juros, a companhia está se destacando pelo setor de serviços – e isso pode continuar ajudando a melhorar o Ebitda em tempos de escassez.

A dica para passar por momentos de crise, no entanto, a própria Luiza Trajano já ofereceu no palco do Web Summit Rio em 2023.

“O empreendedor quando vai crescendo, ele esquece da venda, tem vergonha de vender. A venda é o combustível de qualquer negócio. Então, gente, vamos aumentar a venda, todo mundo tem que levantar a venda. Tudo fica bom quando o resultado da venda está bom, os humores mudam, tudo muda”.

Speedbird Aero firma parceria com Thales e UAV Latam para expansão de drones de entrega

Segundo pesquisa Aplicação de Tecnologias de Supply Chain no Brasil realizada pelo ILOS, apresentada em outubro de 2022, apenas 18% das grandes empresas brasileiras entrevistadas utilizam drones em atividades logísticas. No entanto, 53% pretendem aumentar o investimento no uso dessa tecnologia.

Dentre as que utilizam drones, 12% utilizam para a inspeção e monitoramento das instalações e 8% fazem uso de drones para contagem de inventário. A função de transporte e movimentação de mercadorias por drones é utilizada por somente 1% das empresas, apenas em operações muito pontuais.

Neste contexto, a Speedbird Aero anunciou parceria com a UAV Latam para implantar drones de entrega em novo países da América Latina e com a Thales para criar sistemas de gerenciamento de tráfego de drones que serão usados para aplicativos de delivery no país.

Com foco na América Latina, o acordo entre a Speedbird Aero e a UAV Latam vai implantar drones de entrega na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, República Dominicana, México, Panamá e Peru.

Segundo as empresas, a parceria fornecerá serviços de entrega eficientes, rápidos e confiáveis para clientes em áreas remotas. O objetivo é melhorar as operações logísticas e reduzir os prazos de entrega, implantando drones em áreas com acesso limitado à infraestrutura de transporte.

A tecnologia de drones será usada para transportar bens e produtos que vão desde suprimentos médicos e farmacêuticos até bens de consumo e pacotes de comércio eletrônico.

“Nossa tecnologia ajudará a fechar a lacuna na infraestrutura de transporte em áreas remotas, tornando as entregas mais rápidas, mais eficientes e mais econômicas. Estamos comprometidos em fornecer soluções de logística aérea para clientes na América Latina e essa parceria é um passo importante nessa direção”, disse Manoel Coelho, CEO da Speedbird Aero.

“Essa tecnologia proporcionará um impulso significativo às operações logísticas, permitindo entregas mais rápidas aos clientes em áreas remotas. Estamos orgulhosos de trabalhar com a Speedbird Aero para oferecer esta solução inovadora aos nossos clientes”, afirmou Juan Bergelund, CEO da UAV Latam.

BRASIL

Com a Thales, o trabalho conjunto envolverá equipes de engenharia no Brasil, Estados Unidos e França para desenvolver operações Beyond Visual Line-of-Sight (BVLOS), quando o piloto remoto não tem alcance visual do dispositivo.

Nos próximos três anos, as duas empresas continuarão focadas em estudos de viabilidade econômica de tecnologias, infraestruturas e modelos de negócios para projetos-piloto no Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e possivelmente em outras localidades durante o curso dos projetos. “Já temos projetos na América Latina, Estados Unidos, Europa e Oceania e agora contamos com o apoio da Speedbird para reforçar nossos planos para o Brasil,” disse Luciano Macaferri, diretor-geral da Thales Brasil.

A Speedbird Aero foi a primeira empresa do país autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a realizar entregas comerciais com drones e já possui contratos com iFood, Grupo Pardini, Natura, Claro, entre outros clientes nacionais.

Fora do Brasil, a empresa já opera em Israel e nos Estados Unidos e, recentemente, foi a primeira empresa autorizada a voar de um aeroporto internacional ativo em Eilat, Israel, e a fazer as primeiras entregas de material biológico BVLOS de 25km entre hospitais do norte daquele país.

Na avaliação das empresas, o Brasil deve ser o principal mercado de drones da América Latina e algumas pesquisas, como a realizada pela Drone Industry Insights, estimam que até 2026 esse negócio pode gerar cerca de US$ 373 milhões anuais.

Sequoia Logística (SEQL3): prejuízo líquido de R$ 60,3 milhões no 1T23

A Sequoia registrou um prejuízo líquido de R$ 60,3 milhões no primeiro trimestre de 2023, número consideravelmente maior do que o prejuízo de R$ 4,6 milhões registrados no mesmo período do ano passado.

Em parte, o aumento do prejuízo acompanha um recuo da receita líquida da companhia de logística, que saiu de R$ 449 milhões para R$ 302,2 milhões.

“Boa parte dessa queda deve-se ao Projeto de Reestruturação de Pesados, com a redução intencional de rotas de menor rentabilidade”, fala a Sequoia no documento publicado na noite desta segunda-feira (15). “Além disso, a categoria de leves apresentou uma queda de 24% no ano no período. Os principais fatores que explicam a redução são a deterioração geral do e-commerce no país, com queda de 29% em volume e 13% em faturamento contra o primeiro trimestre do ano anterior e a forte base de comparação”.

No segmento business-to-consumer (B2C), de relação direta com o consumidor, houve recuo de 21% dos pedidos, para 14,4 milhões de entregas. No business-to-business (B2B), a queda foi de 37%, para 900 mil entregas.

A companhia ainda afirma que registrou custos variáveis elevados, de R$ 201,6 milhões, por conta do processo de reestruturação – com custos de encerramento de contratos, devolução de bases e centros de distribuição operação em níveis “pré-fechamento”, por exemplo.

O recuo das entregas, junto de outros fatores, derrubou, contudo, os custos dos serviços prestados em 25,1% – de R$ 367,6 milhões entre janeiro e março de 2022 para R$ 275,1 milhões.

As despesas comerciais, administrativas e gerais também recuaram na base anual, saindo de R$ 80,3 milhões para R$ 66,6 milhões, com impacto da reestruturação mas também com aumento da porcentagem que representa sobre a receita líquida.

Com os custos da reestruturação, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), espécie de lucro operacional, saiu de R$ 38,4 milhões para R$ 717 mil. Ao se considerar o Ebitda ajustado, tirando os efeitos não recorrentes, a diferença seria de 81,2%, saindo de R$ 46,6 milhões para R$ 8,7 milhões.

“O efeito não recorrente ajustado no Ebitda refere-se, em sua maioria, a despesas com rescisão de pessoal, realizadas para fazer frente a diminuição da operação de Pesados, que ainda está em processo de implementação”, fala a empresa.

Por fim, a Sequoia também registrou um resultado financeiro negativo de R$ 67 milhões, mais do que dobrando frente aos R$ 30 milhões do primeiro trimestre de 2022. A companhia fechou março com uma dívida líquida de R$ 619,3 milhões, alta de 40,9% na base trimestral.

Os resultados da Sequoia (BOV:SEQL3) referentes suas operações do primeiro trimestre de 2023 foram divulgados no dia 15/05/2023.

Serviços de entrega apoiam pequenos negócios com soluções logísticas e treinamento

Correios e Mercado Livre dividem a liderança na estreia da categoria na pesquisa Datafolha.

Pela primeira vez, a pesquisa O Melhor de São Paulo avalia os serviços de entrega de encomendas. Sob o ponto de vista dos paulistanos entrevistados pelo Datafolha , os melhores desempenhos deste segmento foram obtidos pelos Correios e pelo Mercado Livre, que dividem a liderança com, respectivamente, 25% e 24% das menções.

Cada vez mais valorizada por quem compra pela internet, a entrega ágil é possível quando as empresas, no caso dos marketplaces, usam dados para entender padrões de consumo e mapear quais itens têm mais saída em determinados locais e períodos, explica Vinícius Picanço, professor de operações e sustentabilidade do Insper.

O entendimento do comportamento do consumidor permite aprimorar o planejamento e a organização da cadeia logística com o pré-posicionamento dos estoques, ou seja, com o armazenamento dos produtos nos centros de distribuição (CDs) mais próximos das regiões em que a demanda é maior.

Em cidades que não comportam grandes centros, como São Paulo, armazéns de pequeno porte ajudam a diminuir o tempo entre a finalização da compra e o recebimento do pedido, afirma o professor.

Na capital, o Mercado Livre possui CDs em formatos menores, que atuam em diferentes etapas da logística. Os maiores armazéns em São Paulo, os “fulfillments”, estão nas cidades de Cajamar, Franco da Rocha e Araçariguama, e guardam os estoques dos vendedores —inclusive de pequenos e médios— para enviá-los às cidades vizinhas com mais rapidez.

Para atender estados brasileiros onde ainda não há um CD, expande-se a frota de veículos inclusive com aviões, diz Thaís Nicolau, diretora de branding da multinacional no Brasil e na América Latina. O investimento permite que 80% dos produtos sejam entregues em até dois dias, ante 70% em 2021. folha mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

Além de estocar mercadorias no CD para acelerar a entrega, pequenos e médios negócios que integram o marketplace têm acesso a conteúdos básicos para trabalhar melhor com a plataforma. São dadas dicas de vendas, de preenchimento da descrição do item no site e até de fotografia, por exemplo, já que as avaliações dos clientes sobre anúncio e atendimento são monitoradas pela multinacional e refletem na reputação da loja parceira no site.

“Queremos ser um local com a melhor qualidade e os melhores produtos, e isso é uma via de mão dupla com os vendedores. Ao mesmo tempo em que proporcionamos um acesso gigantesco para eles, precisamos que eles entreguem tudo que é prometido”, diz Nicolau.

Os Correios dispõem de ações semelhantes para dar suporte aos pequenos empreendedores. Como treinamento, há o programa AproxiME, que oferece consultorias às empresas que operam pela internet, afirma Fabiano Silva dos Santos, presidente da estatal.

“A transformação digital impulsiona novas necessidades de consumo da população e isso vai ao encontro da nossa estratégia de ser o principal parceiro do ecommerce nacional e internacional. Para isso, estamos investindo em infraestrutura e na modelagem de produtos e serviços para tornar os Correios cada vez mais atrativos e a principal escolha dos clientes.”

Pequenos negócios do comércio eletrônico podem contratar o serviço Correios Log+, um pacote com a tecnologia fulfillment, no qual a estatal se responsabiliza pelo armazenamento do estoque e, quando uma venda é feita, também cuida das etapas de separação do pedido, embalagem e entrega.

A estatal realiza envios mais rápidos por meio de serviços como o Sedex Hoje, que atende a capital paulista e outras 13 cidades, no qual as entregas são feitas no mesmo dia e podem ser acompanhadas em tempo real. Hoje, segundo Silva, cerca de 2 milhões de encomendas são entregues diariamente no Brasil, e para isso os Correios possuem 23 mil veículos na frota, entre furgões, caminhões e motocicletas, além de sete barcos e 12 aeronaves.

*CORREIOS*
25% das menções

Fundação
1663

Unidades
10,7 mil agências, 8,2 mil unidades operacionais e 85 lockers no país

Funcionários
87,4 mil

Faturamento
R$ 20,5 bilhões em 2022

Crescimento
Redução de R$ 1,5 bilhão em comparação com 2021

“Nossa qualidade operacional, nossa infraestrutura instalada e nossa cobertura permitem a todos os paulistanos —cidadãos, pequenos e médios empreendedores, grandes empresas e entes governamentais— o acesso a um serviço de excelência, assinado por uma marca com 360 anos de história e reputação”
Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios

*MERCADO LIVRE*
24% das menções

Fundação
1999

Unidades
Presente em 18 países

Funcionários
39 mil na América Latina, sendo 15 mil no Brasil

Faturamento
US$ 10,5 bilhões de receita líquida total (no Brasil, US$ 5,6 bilhões)

Crescimento
49% na receita líquida total, e 44,6% na receita do Brasil

“Investimos muito em ampliar os centros de distribuição e a frota —temos aviões, caminhões, vans, motos, e pensamos no meio ambiente com os veículos elétricos. É muito difícil encontrar outra marca que tenha o mesmo ecossistema, ofereça a melhor experiência para o consumidor e diferentes opções para os vendedores”
Thaís Nicolau, diretora de branding do Mercado Livre no Brasil e na América Latina

Setor logístico busca obter uma regulação própria

Falta de um regramento legal gera burocracia para o setor.

Pode parecer um contrassenso que um segmento atualmente livre de regras esteja em busca de legislação própria. Entretanto, a Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) tem como uma das principais bandeiras a aprovação do Projeto de Lei 3757/20, que busca normatizar a atividade de forma ampla e nacional.

Segundo importantes representantes do ramo reunidos em evento promovido pela entidade no início de abril, a criação de um marco regulatório tem três principais funções: resolver problemas comuns à atividade, melhorar o ambiente de negócios e garantir segurança jurídica aos envolvidos.

De autoria do deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o PL propõe a criação da figura do Operador Logístico (OL) no Brasil – que hoje atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE) – e a atualização do Decreto de 1903 sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no País.

O texto tramita em caráter conclusivo, sendo examinado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Na análise do advogado especialista em políticas de regulação, Luís Felipe Valerim Pinheiro, a falta de um regramento legal gera burocracia e ineficiência aos processos logísticos: “O fato de a atividade não ter um CNAE, por exemplo, gera problemas de ordem trabalhista e sindical, dos órgãos intervenientes”.

Um segundo papel do PL, destaca Pinheiro, é aprimorar a eficiência, “pois nesse tipo de dispositivo incluem-se as lógicas para a melhora a locação de riscos sobre a atividade e as responsabilidade sobre prazos e perdas. “Quando um setor tem um marco regulatório e o seu ministério, ele tem a quem reportar. Hoje, o setor não tem esse capitaneador de política pública”, destaca.

Com integração de todos os atores que envolvem o transporte e infraestrutura portuária, a partir da recente criação do Ministério de Portos e Aeroportos, o governo federal sinaliza o interesse no tema. De acordo com o diretor de gestão e modernização da Portuária da Secretaria de Portos e Transportes Aquaviários, Otto Burlier, a pasta debate neste momento um novo programa de investimentos, focado na sustentabilidade e na inovação.

“Vivemos em um ambiente de restrições orçamentárias, em um país que tem muitas necessidades, por isso trabalhamos muito para atrair também investimentos privados”, explica o dirigente. Segundo ele, o objetivo maior “é contribuir para aumentar a competitividade econômica brasileira, regulamentar a BR do Mar e melhorar a eficiência e a padronização”, completa Burlier.

“Fica difícil se imaginar que qualquer atividade hoje em dia prescinda de um operador logístico, seja alguém em um hospital precisando de medicamento, seja o agronegócio ou alguém precisando de uma peça da indústria mecânica”, sublinha o vice-presidente Jurídico da DHL, Eduardo Nogueira. Nesse sentido, a padronização das regras visa “regular para desburocratizar”.

O diretor executivo da Tecon Salvador e Centro Logístico, Wilson Sons, avalia que a regulação da operação logística se faz necessária por integrar diversos serviços. Para ele, a falta de regras próprias deixa o setor sujeito a um sem número de entendimentos dos órgãos reguladores que envolvem todas as áreas envolvidas “seja transporte, seja armazenagem, seja gestão de estoque, ou mesmo a grande gama de serviços acessórios advindos dessas três atividades”. “E cada órgão regulatório tem suas interpretações e entendimentos, apenas olhando para um pedaço e não para o todo”, ressalta.

O que propõe o projeto de lei
O PL 3757 foi apresentado em julho de 2020 na Câmara dos Deputados Federais e tem dois objetivos principais:

1  Criar a figura do Operador Logístico (OL) no Brasil
2  Atualizar o Decreto sobre o estabelecimento de Armazéns Gerais no país, de 1903.
Autor do projeto
Deputado Hugo Leal (PSD-RJ)
Justificativa
Atualmente, o setor atua sem um regramento jurídico claro, possuindo diversas Classificações Nacionais de Atividade Econômica (CNAE).
Descrição
Pelo texto aprovado, a operação logística compreenderá serviços como recebimento de produtos, carga, descarga, armazenagem, gerenciamento de estoque, fracionamento, etiquetagem, separação, processamento de pedidos e transporte em qualquer modal.
A atividade independerá de concessão, permissão, autorização, licença ou registro, exceto quando a mercadoria possuir leis específicas de transporte e armazenagem.

Direitos e deveres
O texto contém regras sobre os contratos de operação logística, responsabilidades e direitos do operador e das empresas de armazenagem. Entre elas estão:
 Os contratos de operação logística envolvendo atividades de transporte deverão conter, entre outras cláusulas, o prazo de entrega ou os critérios para a sua definição;
 O OL terá direito à indenização pelas despesas que houver comprovadamente efetuado com a conservação e transporte da mercadoria. Também tem direito de retenção das mercadorias para garantia do pagamento de frete e outros custos;
 O OL é responsável, perante seus contratantes, pelas ações ou omissões de seus empregados ou contratados;
 Fica excluída a responsabilidade do OL por avarias, deteriorações ou perecimento da mercadoria nos casos de inadequação da embalagem e vício oculto da mercadoria;
 Prescreve em 12 meses o direito à reparação pelos danos relativos aos contratos de operação logística, a partir do conhecimento do dano pela parte interessada; e
 Nas atividades de transporte e de armazenamento, a responsabilidade do OL não excederá o valor da mercadoria indicado na nota fiscal.

Títulos
O projeto prevê ainda a habilitação de empresas de OL para emissão de dois tipos de “títulos armazeneiros”. O primeiro é o conhecimento de depósito, que atesta que a mercadoria existe e está armazenada na empresa. O segundo é o warrant, que confere direito de penhor da mercadoria ao seu proprietário.
Os dois títulos poderão ser negociados por meio de endosso. Qualquer constrição judicial, como penhora ou arresto de bens, incidirá sobre os títulos, e não sobre as mercadorias. Estas só poderão sofrer restrição judicial em caso de falência do contratante ou de perda de título armazeneiro.

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado agora pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Conceito de OL pretendido a partir da aprovação do projeto (taxonomia)
“O Operador Logístico (OL) é a pessoa jurídica capacitada a prestar, por meios próprios e/ou por intermédio de terceiros, os serviços de transporte (em qualquer modal), armazenagem (em qualquer condição física ou regime fiscal) e gestão de estoques (utilizando sistemas e tecnologia adequada)”.
Internacionalmente, o OL é conhecido como “3PL” (Third Party Logistics Provider), ou seja, aquele que oferece soluções logísticas integradas aos seus clientes, donos da carga. A importância do OL, enquanto “one-stop-shopping” está justamente em atender necessidades e demandas por vezes específicas, da forma mais adequada possível, demonstrando versatilidade e adaptabilidade.
Fonte: Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL)

Yandeh inaugura CD para revolucionar mercados de bairros em SP

Centro de Distribuição da Yandeh, em Cajamar
Mais completo marketplace para mercados de bairro do país, a Yandeh acaba de inaugurar um novo centro de distribuição. Com o objetivo de melhorar significativamente o nível de serviço e a experiência de compra dos seus clientes, a nova instalação está localizada em Cajamar, cidade próxima da capital paulista, e será peça fundamental para a empresa alcançar a meta de faturamento de R$ 1,5 bilhão em 2023.

De acordo com Lucas Sanches, CEO da Yandeh, esse investimento visa potencializar as entregas e alavancar melhorias para fidelizar e ampliar ainda mais a carteira atual de clientes da empresa. “Serviço é uma prioridade para a Yandeh, e uma operação própria nos dá um leque de opções de entregas customizadas e serviços que simbolizam uma enorme vantagem competitiva no mercado. Além disso, com a nossa expansão vamos passar a ter um atendimento mais efetivo que o atual, o que será revertido também em economia para os clientes”, explica.

Com mais de 21km² de extensão, o centro de distribuição tem capacidade para mais de 21 mil porta paletes, conta com uma grande área de estoque e soma mais de 30 docas. Todo esse espaço possibilita que a empresa movimente 7 vezes mais produtos do que a operação atual da companhia.

Segundo Lucas Sanches, o CD estar localizado em Cajamar, que fica a 43 km de São Paulo, foi uma escolha estratégica. “A cidade é um polo logístico consolidado dentro do estado, com uma quantidade enorme de galpões e empresas. Além de estar muito bem localizada, Cajamar conta com uma malha de entrada e saída para a capital e interior, facilitada pelo acesso à grandes rodovias como Anhanguera, Bandeirantes e Rodoanel”, diz.

Fundada em 2015, a Yandeh surgiu para ser o marketplace mais completo para mercados de bairro do Brasil. Aliando tecnologia e inteligência de dados, a startup conecta comerciantes locais com as grandes marcas e distribuidores, ajudando-os em sua jornada de crescimento. Além disso, a plataforma se notabiliza por permitir que as indústrias parceiras ampliem seu faturamento e market share nesses PDVs. No ano passado, a empresa obteve um faturamento de R$ 250 milhões, contando com quase 200 colaboradores. Com a inauguração do CD, a expectativa é que a empresa feche o ano com mais de 1000 pessoas diretos e indiretos.

O número de pontos de venda atendidos pela Yandeh também será alavancado significativamente esse ano, chegando à cobertura integral da capital paulista e expansão para o interior do estado, já iniciado em Jundiaí e Campinas. “A qualidade da nossa distribuição é reconhecida por nossas indústrias parceiras não só pelo mix de produtos, que são significativamente mais expressivos do que apenas os produtos campeões de venda, mas também por nossa capacidade de execução, ganho de distribuição e visibilidade de seus portfólios nos mercados locais”, afirma Sanches.

Como a Loggi quer fazer 1 milhão de entregas por dia?

Expectativa da startup é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos.

Em seu primeiro grande movimento estratégico depois dos ajustes em sua operação, a Loggi colocou no ar nessa terça (02.05), um novo braço de atuação, o Loggi Fácil. Com o serviço, pessoas físicas e pequenas empresas poderão receber e enviar pacotes para todo o Brasil agendando a coleta pelo aplicativo.

A modalidade está disponível a partir de hoje em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Campinas, Ribeirão Preto e Londrina. A expansão acontecerá gradualmente ao longo do ano. Atualmente são duas janelas de agendamento ao longo do dia, também com previsão de ampliação. Dependendo da cidade, o pedido pode ser feito até 45 minutos antes da coleta. Hoje a Loggi tem operação própria em 4 mil cidades, e complementa sua malha por meio de uma parceria com os Correios para chegar às 1.568 restantes.

O novo serviço representa uma espécie de volta às origens para a logtech, que nasceu em 2013 como um serviço de entrega ponta a ponta para pessoas físicas e pequenas e médias empresas, e acabou crescendo com o atendimento de grandes players.

“O consumidor brasileiro não faz muitos envios para fora de sua cidade por conta da complexidade do processo. Então isso abre o leque para muitas coisas novas”, diz Grégoire Balasko, vice-presidente da Loggi. O executivo cita como referência de potencial os EUA, onde as pessoas enviam cerca de 65 pacotes por ano. No Brasil esse número é entre 6 e 7. “É um mercado com potencial para crescer 10 vezes”, diz.

Segundo ele, a expectativa é que o Loggi Fácil atinja um volume de 1 milhão de entregas por dia nos próximos anos. Hoje, a companhia faz 500 mil entregas por dia em suas duas modalidades de atuação – seu produto original, de entrega ponta a ponta, e a oferta para grandes empresas e marketplaces.

Em desenvolvimento desde o fim de 2021, o Loggi Fácil é um novo investimento feito em um momento de mais restrição e busca por eficiência. De acordo Grégoire, ele se encaixa bem neste contexto. A ideia é que, com o uso de tecnologia para roteirização e agrupamento de coletas e com o aumento do volume, a Loggi consiga ser mais eficiente em termos de custos e também oferecer preços competitivos para os consumidores.

“Fizemos uma série de ações voltadas a aumentar a eficiência operacional, priorizando grandes desafio estratégico para atender um mercado que mudou mundo e lidar com um ambiente mais desafiador. E os ajustes estão trazendo frutos. Crescemos quase 50% na comparação com o ano passado”, conta.

De acordo com ele, o cenário de curto prazo com inflação e o mercado de capitais menos receptivo é complicado, mas a perspectiva de longo prazo para o mercado de logística é crescimento. “Então focamos em eficiência operacional e no que vai fazer da Loggi a empresa mais relevante em envios no Brasil”, diz.

Governo apresenta projeto de aplicativo para cooperativa de moto e bike de entregadores

O Governo do Estado, através da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) apresenta o ‘Projeto Cooperativa de Plataforma e Aplicativo para moto e bike entregadores de Salvador’ na quinta-feira (9), às 9h, no auditório do Parque Tecnológico da Bahia,. O projeto tem como objetivo assessorar a formação de cooperativas de plataforma, com a participação mínima de 100 motos e bikes como uma alternativa aos serviços de entrega online oferecidos por empresas.

Na abertura do evento, a Setre apresenta o projeto com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel– BA), do Sindicato de Motos da Bahia (Sindmoto), da empresa Softex Campinas e da Rede Estadual de Economia Solidária. Em seguida, às 10h, o titular da Setre, Davidson Magalhães, faz palestra sobre políticas públicas para a categoria de motos e bikes de entregadores.

Com investimento de mais de R$ 770 mil reais, por meio do Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), o projeto prevê a prestação de serviços técnicos especializados para o desenvolvimento, implantação, suporte e manutenção de um aplicativo no formato marketplace para o gerenciamento de toda a logística de entrega da cooperativa pela plataforma.

Segundo o governo, a ideia do projeto surgiu durante a pandemia da covid-19, com o aumento dos trabalhadores em serviços de entrega e em condições de precarização. Em Salvador estima-se que existam mais de 15 mil motos e bikes de entregadores. Estudos indicam que esses trabalhadores operam como autônomos, a maioria (65%) está na faixa de 26 a 41 anos e a quase totalidade (98%) não possui seguro devido aos altos custos cobrados pelas operadoras.

O que significa “exortar entrega” na Shein?

Recurso do site e aplicativo é indicado para agilizar as encomendas com muitos dias de atraso e está disponível na seção de rastreamento.

A Shein é um dos serviços de fast fashion mais populares e bem sucedidos do mercado, em razão da alta disponibilidade de produtos, nichos, e pelo bom custo-benefício na maioria dos itens. Recentemente, tanto o site quanto o app inseriram um novo recurso, chamado “Exortar Entrega”, o qual tem gerado algumas dúvidas nos consumidores.

De formal geral, o ícone para exortar a entrega está disponível na seção de rastreamento da encomenda e possui como finalidade adiantar o envio do produto quando ele estiver em atraso. Confira a seguir algumas informações importantes a respeito desta nova função.

Quando devo exortar a entrega?

É muito comum que, ao solicitar o envio de um produto por meio da internet, o site forneça uma estimativa para realizar a entrega no endereço cadastrado. Contudo, em razão de problemas logísticos das entregadoras ou por motivos de força maior, estas encomendas podem atrasar.

O botão para exortar/adiantar a entrega deve ser acionado quando o objeto já estiver com muitos dias de atraso, isto é, longe daquela estimava de entrega já fornecida pelo site onde a compra foi realizada.
O que acontece ao exortar a entrega?

Ao acionar o recurso, seja pelo site ou aplicativo da Shein, o software vai atualizar e informar que “O feedback foi recebido”. Logo, os administradores serão informados de que a encomenda se encontra em atraso e vão notificar as transportadoras responsáveis para agilizar o processo.

Por que a plataforma criou esta função?

É possível que a maioria dos clientes não se incomode que o envio dos produtos atrase. Contudo, há circunstâncias especiais em que o usuário precisa da encomenda até uma data prevista. Portanto, imagine que você comprou um presente de aniversário para sua amiga e a encomenda está atrasada. Se for uma prioridade tê-lo em mãos para entregá-la até a data da festa, é imprescindível agilizar o processo de entrega.

Buslog inaugura serviço de entregas em menos de 24h no trecho SP-Rio

A BUSLOG lança o serviço no setor rodoviário que permite entregas no mesmo dia entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O novo produto chega para atender a demanda de empresas e empreendedores que necessitam de mais agilidade em suas entregas, permitindo que produtos postados até as 11 horas sejam retirados no mesmo dia.

O novo serviço foi apresentado na Intermodal South America 2023, evento que aconteceu em São Paulo de 28/02 a 02/03/2023. De acordo com o diretor-executivo da BUSLOG, Marcelo Barreto, a nova funcionalidade atende uma demanda que ainda não era contemplada no setor rodoviário. E também contava com pouca oferta no mercado como um todo, especialmente considerando longas distâncias.

“Falando em prazo total para uma entrega dentro de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, a média praticada no mercado é de 3 dias. Na BUSLOG, até por conta de nosso modelo de negócio, que conta com a malha rodoviária do Grupo JCA, esse período atualmente é de até 2 dias, podendo chegar antes. Com esse lançamento, a proposta é garantir uma entrega em D0, no mesmo dia, dando segurança ao cliente de que o produto estará na cidade destino e disponível para retirada horas após a postagem”, explica.

Como funciona o novo serviço
Neste primeiro momento, a nova solução atenderá exclusivamente as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, podendo ser ampliada para outras localidades ainda nesse semestre. Para garantir que um produto postado a mais de 400 km de distância esteja disponível para retirada horas depois, a BUSLOG estabeleceu um horário limite para o envio: 11 horas da manhã.

Em São Paulo, os clientes terão a possibilidade de despachar os pacotes tanto na Rodoviária do Tietê quanto na Garagem 3, na Vila Guilherme (Rua Coronel Marques Ribeiro, 325). No Rio de Janeiro, outras duas opções, a Garagem da Auto Viação 1001, no Caju (Rua Carlos Seidl, 950) e a Rodoviária Novo Rio.

As retiradas serão feitas nos mesmos pontos, de acordo com o selecionado na hora da postagem. Para as encomendas destinadas à Rodoviária Novo Rio, o destinatário tem até as 19 horas para buscá-la. Já nos outros locais, os produtos estarão à disposição até as 22 horas.

Como isso é possível
A BUSLOG possui a seu favor a extensa malha rodoviária das regiões Sul e Sudeste do país, percorrida diariamente pelos ônibus das empresas do Grupo JCA: Auto Viação 1001, Viação Catarinense, Viação Cometa, Rápido Ribeirão e Expresso do Sul. Juntas, representam uma frota de mais de 2 mil ônibus, com diversas saídas diárias. Todas as encomendas vão alocadas em um espaço totalmente dedicado a elas.

Sua presença física em mais de 200 localidades e parceria com diversas plataformas de fretes permitem que o cliente selecione a opção mais ágil, cômoda e econômica para o envio de encomendas. Em razão da rapidez com que os produtos podem chegar ao destinatário, o modelo mais contratado atualmente é o ‘balcão x balcão’ — representando mais de 30% da demanda.

Na prática, a empresa ou cliente pessoa física posta a encomenda em uma das lojas da BUSLOG e o pedido é enviado para a loja mais próxima de onde o destinatário está. Também é possível personalizar o modelo, adicionando um serviço de coleta e/ou de entrega ao endereço final.

Seja qual for a solução escolhida, todos os clientes da BUSLOG contam com as mesmas facilidades tecnológicas e aparatos de segurança, garantindo a integridade de todas as encomendas. As entregas são rastreadas via site em tempo real, permitindo que os clientes acompanhem o item enviado da coleta até a chegada ao destino, além de contarem com seguro em caso de avarias, furtos, roubos e violações.