Platinum Log adquire Enivix por R$ 25 milhões e prevê mudanças ao mercado

A Platinum Log, companhia Great Place To Work focada em soluções logísticas com serviços de transporte, armazenagem e distribuição, anunciou a aquisição da Enivix, empresa fundada em 2002 com mais de R$ 9 bilhões em produtos movimentados anualmente.

Atualmente, a empresa possui centros de distribuição em São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Com a compra, serão 600 colaboradores diretos e aproximadamente 150 mil m2 em galpões logísticos até o final do ano, que servirão de base para os serviços de logística B2B, B2C e para e-commerce (fulfillment).

Segundo o fundador da Platinum Log, Gustavo Steglich, a transação representa uma união de forças entre empresas que compartilham dos mesmos valores. “A união trará mudanças significativas ao mercado, que receberá uma proposta totalmente nova em tecnologia e serviços logísticos. Estamos bastante motivados e entusiasmados com este momento. Além disso, projetamos atingir um faturamento para 2023 de mais de 300 milhões de reais.”

De acordo com o comunicado, a incorporação da Enivix possui objetivos claros, como a expansão das estruturas físicas complementares, inovação em tecnologia e a melhoria na experiência para lideranças e clientes.

“Esta união levará as possibilidades de crescimentos de ambas as empresas a outros patamares e beneficiará clientes e colaboradores resultando em uma melhor entrega para o mercado e o ecossistema logístico”, afirmou Antônio De Bonis, diretor comercial responsável pela frente B2B e integrador junto ao time Enivix.

No comunicado, as companhias também ressaltaram que ambas as marcas serão mantidas no mercado e as operações que estão em funcionamento não sofrerão alterações. Juntas, a Platinum Log e a Enivix atendem tanto B2B como B2C, incluindo empresas como Grand Cru, Timbro Trading, Allied, Mobly, NLMK, Magalu, RCell, Girafa e Onofre.

Uello, Logtech da Rennner, inicia operações em Santa Catarina, Goiás e no Distrito Federal

A logtech Uello, startup de entregas expressas, anunciou o início das operações nos estados de Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. A expansão de atividades está alinhada ao crescimento da startup, que registrou alta de 100% nos primeiros seis meses deste ano em relação a 2021.

Adquirida pela Renner no começo de 2022, a empresa também teve crescimento de 50% no número de entregas realizadas em operações de transportes. Antes da expansão, a Uello já atuava nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.

Segundo o fundador e CEO da Uello, Fernando Sartori, as expansões são necessárias, sem deixar de lado a importância da logística. “É motivo de orgulho anunciar o crescimento e as novas expansões da Uello, iniciando operações nos estados de Santa Catarina, Goiás e no Distrito Federal. A logtech continua vivendo um grande momento e enxergamos como um dos nossos maiores diferenciais, o auxílio nos processos logísticos dos clientes e a garantia de entregas em alto padrão. Estamos transformando a experiência de entrega, levando o melhor da logística para as empresas e com muita eficiência.”

Abaixo, as cidades que receberão as operações da Uello:

Distrito Federal: Brasília, Lago Norte, São Sebastião, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo, Águas Claras, Taguatinga, Recanto das Emas, Luziânia, Novo Gama, Valparaíso de Goiás, Cidade Ocidental e Sobradinho.
Goiás: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo, Trindade, Itumbiara, Goiatuba, Morrinhos, Caldas Novas, Catalão, Jatai, Mineiros, Quirinópolis e Rio Verde.
Santa Catarina: Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Tijucas, Porto Belo, Bombinhas, Itapema, Canelinha, São João Batista, Itajaí, Balneário Camboriú, Camboriú, Brusque, Navegantes, Blumenau, Indaial, Pomerode, Gaspar, Luiz Alves, Joinville, Araquari, Jaraguá do Sul, Guaramirim, Schroeder e Corupá.

Cainiao faz parceria com DSers para apoiar sua logística transfronteiriça

A Cainiao Network, braço de logística do Alibaba Group Holding, fez parceria com o provedor de soluções de comércio eletrônico DSers para fornecer a 1,2 milhão de comerciantes internacionais soluções de logística inteligente de ponta a ponta em 130 países e regiões.

Aproveitando o serviço de correio expresso da Cainiao, as encomendas podem ser entregues aos consumidores – em mercados como os EUA, Brasil, Reino Unido, França, Alemanha e Espanha – em sete dias úteis. A DSers é especializada em soluções de gerenciamento de produtos, juntamente com gerenciamento e automação de pedidos para ‘dropshippers’ que vendem em várias plataformas de comércio eletrônico para dimensionar suas lojas online. Por ‘dropshippers’, a empresa significa comerciantes de comércio eletrônico que não mantêm produtos em estoque, mas compram os produtos de terceiros que os enviam diretamente aos consumidores quando os pedidos são feitos. Esse modelo de negócios elimina o acúmulo de estoque, o que significa que os custos de operação são mantidos baixos sem afetar a experiência do cliente.

Ao fazer parceria com a Cainiao, a DSers pretende que seus comerciantes possam aproveitar suas tecnologias para melhorar a logística transfronteiriça e a estabilidade da cadeia de suprimentos – especialmente antes de grandes eventos de venda, como o próximo Double 11 Global Shopping Festival, Black Friday, Thanksgiving e festas de fim de ano.

A parceria atenderá às necessidades de logística de e-commerce, caracterizada por pequenos volumes de encomendas em grandes volumes ou frequência. Correndo ao lado dos atuais serviços de logística em camadas fornecidos pela Cainiao para o AliExpress – como o AliExpress Standard Shipping, AliExpress Saver Shipping e AliExpress Premium Shipping opções – Cainiao também oferecerá serviços de logística personalizáveis com base nas necessidades dos comerciantes e tipo de produto via DSers. Por exemplo, os comerciantes que vendem em várias plataformas de comércio eletrônico poderão usar o serviço de atendimento multicanal da Cainiao para melhorar a logística de primeira milha e a eficiência geral da logística e a experiência do cliente.

Os comerciantes também podem acessar um sistema abrangente de gerenciamento de pedidos on-line que automatizará o processamento em lote para agilizar ainda mais os processos de back-end para maior eficiência e precisão.

O serviço de logística de cadeia completa da Cainiao envolve coleta doméstica na primeira milha na China, transporte internacional de linha, rastreamento em tempo real, serviço pós-venda único e muito mais. Isso oferecerá visibilidade completa da cadeia aos comerciantes, desde o pacote que sai da fábrica na China e o armazém doméstico até a entrega de última milha para consumidores no exterior. Além disso, os comerciantes também podem esperar reembolsos logísticos periódicos fornecidos pela Cainiao para reforçar ainda mais seu sucesso e lucros nos mercados globais.

Kevin Jones, CEO da DSers, disse: “Mais de 85% dos lojistas da Shopify estão localizados na América do Norte, América Latina e Europa. Aqui, a DSers fornece um sistema de gerenciamento SaaS da cadeia de suprimentos para aumentar sua competitividade global, capacitando-os com recursos avançados de atendimento da cadeia de suprimentos.”

Li Ya Ping, gerente geral assistente da Cainiao International Export Business, acrescentou: “Por meio de nossa parceria com a DSers, estamos empolgados em estender nossos serviços para apoiar o modelo de negócios de comércio eletrônico dropshipping, que reduz os custos de estoque para pequenas e médias empresas comerciantes, tornando assim mais fácil para as empresas explorarem os mercados estrangeiros. Na Cainiao, entendemos os desafios únicos da cadeia de suprimentos que os comerciantes de comércio eletrônico enfrentam e nos esforçamos para apoiá-los, aprimorando a eficiência de custo e tempo e salvaguardando a estabilidade, a fim de desbloquear mais oportunidades para comerciantes internacionais na economia digital.”

Grupo Alibaba aposta no metaverso como estratégia para o Single’s Day

O grupo Alibaba anunciou que utilizará tecnologias imersivas para edição deste ano do Single’s Day, que ocorre nesta sexta-feira, 11. O objetivo principal da iniciativa é dar uma visão do futuro do varejo no metaverso.

As unidades de negócio do ecossistema do Alibaba estão usando algumas estratégias para transformar as compras online. Dentre elas estão a realidade aumentada (XR sigla em inglês), influencer virtuais e realidade artificial (AR single em inglês).

Para isso, a Damo Academy, Instituto de pesquisa do Alibaba, em parceria com a Alifish, lançou um marketplace de realidade aumentada. O serviço estará disponível nas plataformas de e-commerce, Tmall e Taobao, e permitirá aos consumidores comprarem merchandise para seus avatares virtuais.

“Nós acreditamos que a tecnologia de realidade aumentada pode revolucionar as tendências de consumo online de tal que maneira que criará novas oportunidades de negócios para as marcas”, destacou Bo Leifeng, head do laboratório de XR na Damo Academy.

Nesta edição do 11.11, também conhecido como Single’s Day, mais de 70 marcas trarão cerca de 700 produtos para o marketplace de realidade aumentada. O ambiente virtual simula uma rua movimentada de compras para o avatar andar por ela.

Os consumidores poderão navegar nas lojas virtuais de mais de 30 franquias internacionais de mídia. Estão inclusas marcas como Hello Kitty e os Minions, da Warner Bros. Quando gostarem de algo, os avatares agarraram e colocaram os itens no carrinho virtual.

Uma nova realidade
Como parte das inovações para um varejo mais interativo, a plataforma de luxo do Alibaba, Tmall Luxury Pavilion, lançou um avatar próprio. O personagem de cabelo branco ficou conhecido como Timo, e será o influenciados virtual da plataforma. Além disso, também será o host nas exibições virtuais, incluindo as vitrines de itens 3D colecionáveis de marcas de luxo.

Segundo Christopher Travers, especialista em avatares e cofundador da empresa de mídia Offbeat, as novas gerações aceitam engajamento e interações virtuais. “O avatar é um veículo para fazer um monte de coisas que as pessoas fazem na realidade física”, pontuou.

De acordo com a plataforma, as vendas de artigos de luxo com mecanismos 3D e realidade artificial cresceram dígitos duplos este ano em relação a 2021. Os consumidores também gastaram o dobro na compra desses produtos.

China: melhorar os índices de logística reflete a recuperação econômica do país

Vários índices de logística recentemente reverteram suas trajetórias de queda com melhorias na demanda do mercado e nas operações comerciais, indicando que o motor econômico da China está a caminho de voltar graças a políticas acordadas de pró-crescimento.

Durante o feriado nacional da semana passada, as empresas de entrega expressa da China ficaram lotadas de pedidos, lidando com mais de 4,1 bilhões de encomendas no total, informou a Agência dos Correios do Estado no último sábado (8).

Um índice da indústria mostra que o mercado de correio da China se recuperou de seus baixos índices anteriores para se tornar vivo em setembro.

O índice de desenvolvimento de entrega expressa do país asiático, uma medida das atividades e tendências gerais de negócios de entrega expressa, chegou a 353,1 no mês passado, um aumento mensal de 13,5%.

O índice de logística de comércio eletrônico reverteu a contração de agosto subindo para 108,1, perto da alta deste ano de 108,9 registrada em fevereiro, segundo apontou uma pesquisa realizada em conjunto pela Federação Chinesa de Logística e Compras (CFLP, na sigla em inglês) e a gigante do comércio eletrônico JD.com.

E as melhorias não se limitam ao setor de comércio eletrônico. O índice que acompanha o desempenho do mercado de logística da China ficou em 50,6% em setembro, um aumento de 4,3% em relação a agosto, revertendo uma sequência de perdas de dois meses, segundo a CFLP.

Hu Han, pesquisador do Centro de Informações Logísticas da China, atribuiu a recuperação à implementação de macropolíticas, à recuperação constante do consumo doméstico, ao rápido crescimento em energia e logística, bem como à restauração da capacidade de abastecimento logístico.

A maioria dos subíndices apresentou alta no mês passado. O subíndice de novos pedidos ficou em 50,1%, acréscimo de 3,2% em relação a agosto, indicando um aumento nos pedidos e a recuperação da demanda no mercado de logística, observou He Hui, presidente adjunto da CFLP.

A infraestrutura logística do país asiático foi tranquila em setembro, disse Hu, destacando a forte resiliência da rede expressa de comércio eletrônico, conforme indicado pela rápida recuperação do volume de negócios e subíndices de novos pedidos.

Devido ao aumento nos pedidos e receitas, a lucratividade de empresas de tamanhos variados mostrou sinais de melhora, observou Hu, acrescentando que o desempenho das empresas no terceiro trimestre deste ano foi significativamente mais forte do que no trimestre anterior.

“À medida que as políticas para estabilizar a economia e apoiar as empresas gradualmente entraram em vigor, as operações comerciais no setor de logística tiveram uma melhora geral”, disse Hu.

Este ano, a China divulgou um pacote de medidas para combater as interrupções induzidas pela Covid e coordenar o controle da pandemia. No final de setembro, o primeiro-ministro chinês Li Keqiang pediu a implementação de políticas e pediu esforços para garantir uma logística tranquila e o fornecimento constante de carvão e eletricidade.

Em relação ao futuro, analistas acreditam que situações econômicas internacionais complicadas combinadas ao ressurgimento de casos de Covid-19 em várias regiões e à demanda fraca podem pesar nas operações de logística no quarto trimestre.

Deutsche Post registra alta no lucro no 3º trimestre e pretende elevar metas do ano

Controladora da DHL informou que seu lucro antes de juros e impostos (Ebit) foi de 2,04 bilhões de euros no terceiro trimestre, de acordo com prévia operacional.

O Deutsche Post, controlador da DHL, anunciou na última segunda-feira (10), que seu lucro cresceu no terceiro trimestre, com manutenção da taxa de utilização da sua capacidade em todos os seus negócios. A companhia pretende elevar suas estimativas para o ano.

A empresa disse que seu lucro antes de juros e impostos (Ebit) foi de 2,04 bilhões de euros no terceiro trimestre, de acordo com prévia operacional. No mesmo período de 2021, o Ebit havia sido de 1,77 bilhão de euros.

O Ebit do Deutsche Post nos primeiros nove meses do ano foi de 6,5 bilhões de euros, ante 5,76 bilhões de euros no mesmo período de 2021.

Atualmente a empresa tem estimativa de Ebit de 8 bilhões de euros para 2022, com margem de alta ou baixa de 5%, mas que pretende aumentar a projeção no mês que vem, quando divulgar seu balanço.

Com invasão do e-commerce da Ásia, gigantes do varejo no país contra-atacam

O comércio eletrônico está bombando no Brasil. Impulsionadas pela pandemia, as vendas pela internet atingiram cifras recordes em 2021 e fortaleceram empresas nacionais como Magazine Luiza, que registrou crescimento médio anual de 61% nos últimos três anos.

Fundado na Argentina, mas operando no Brasil desde 1999, o Mercado Livre também cresceu demais no período. Só no ano passado, mais de 1 bilhão de itens com a etiqueta da empresa foram entregues nas portas dos clientes brasileiros.

O que não passou despercebido dos entregadores, porteiros de prédio e obviamente dos próprios clientes que compraram mais na pandemia, no entanto, foi o volume cada vez maior de pacotinhos com remetentes vindos do outro lado do mundo. São as encomendas de AliExpress, Shopee e Shein, que caíram tanto nas graças dos consumidores e que fizeram gigantes do varejo digital por aqui declarar guerra aos pacotes estrangeiros.

Bom e muito barato: Esses são os principais motivos que têm levado brasileiros a preferir as asiáticas na hora da compra online. “As roupas que eu compro no AliExpress são peças que não encontramos em lojas mais acessíveis. Se existe um modelo semelhante, tem uma variação de valor muito grande”, explica o arquiteto Matheus Freitas, 26, que compra em e-commerces asiáticos há pelo menos cinco anos.

Os prazos de entrega, que até pouco tempo atrás eram o principal empecilho para a compra de produtos de fora, vêm caindo drasticamente, com itens de Shein e AliExpress chegando em prazos de até 10 ou 15 dias —houve um tempo em que as entregas levavam literalmente meses para chegar.

Isso acontece porque as asiáticas já entendem o Brasil como um de seus principais mercados internacionais e passaram a investir pesado em vendedores locais, centros de distribuição e parceiros de entrega. Mesmo tendo chegado só em 2019 por aqui, a Shopee já montou centro de distribuição próprio no final do ano passado. Com altos investimentos em marketing, a empresa de Singapura contratou ninguém menos que Xuxa como sua garota-propaganda na TV e, meses atrás, ultrapassou o Mercado Livre no ranking de aplicativos mais acessados pelos brasileiros, segundo relatório da agência Conversion.

Referência quando se fala em importados chineses no Brasil, a AliExpress trocou os navios que a AliExpress trocou os navios que antes traziam as mercadorias por aviões. A meta é ousada: reduzir o tempo de entrega para apenas 7 dias.

Concorrência desleal, sonegação fiscal e venda de produtos falsificados: As companhias de varejo digital brasileiras têm um discurso afinado —e afiado— para revidar a invasão das asiáticas ao país. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne grupos como Magazine Luiza, Americanas e Via (Casas Bahia e Ponto Frio), pediu formalmente a congressistas medidas para combater o que considera mercado ilegal online.
A principal acusação é de que as asiáticas estariam se aproveitando de brechas que lhes permitem vender aqui sem pagar impostos e mesmo comercializar produtos ilegais, diz Maurício Morgado, professor e coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV/EAESP. “Nosso marketplace é 100% legal e formal. Alguns concorrentes de fora não estão jogando de maneira formal e correta”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

Alberto Serrentino, consultor da Varese Consultoria de Varejo, diz que existe um “limbo regulatório” no Brasil que permite que encomendas de até US$ 50 entrem no país sem cobrança de impostos. A regra vale para encomendas de uma pessoa física para outra, mas Serrentino diz que isso foi “extrapolado” para a relação entre empresas e consumidores. A compra e a venda de produtos de outros países está crescendo em todo mundo, mas ainda é uma novidade, segundo Serrentino. Para ele, essa situação é reflexo da complexidade desse novo sistema que, por ser desconhecido, ainda não é bem regulamentado.

O UOL apurou que a Receita Federal estuda medidas para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos. A Receita não quis comentar essa iniciativa. Shopee, AliExpress e Shein negam as irregularidades: As empresas dizem que estão mais interessadas em se tornarem plataformas que vendem produtos de vendedores brasileiros ou marcas reconhecidas do que importadoras. Filipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee no Brasil, destaca as parcerias da empresa com marcas como Heineken, Nivea, L’Oréal, Motorola e Philips.

Briza Rocha Bueno, diretora da operação brasileira do AliExpress, rebate as acusações de falsificações e sonegação de impostos. “Essa acusação não faz sentido porque a AliExpress só vende produtos de sellers com CNPJ brasileiro e depois de um processo de validação desses CNPJs”, afirma. A Shein, que, além de vender, também cria suas próprias coleções apostando em preços baixos, tem tentado conquistar a confiança dos brasileiros por meio de parcerias com influenciadores digitais e mesmo celebridades como Anitta e Khloe Kardashian.

Entregas mais rápidas e mais baratas: As gigantes do setor de e-commerce no Brasil sabem que não vencerão essa guerra de braços cruzados e também investido em suas cadeias de logística. O Magazine Luiza, por exemplo, resolveu contra-atacar usando suas quase 1.500 lojas espalhadas pelo país como pontos de entrega para quem compra online de seus mais de 180 mil sellers. “Com as lojas físicas, vamos fazer a melhor conexão entre vendedores e clientes, no menor prazo e com o custo mais baixo”, diz Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

O Mercado Livre afirmou estar investindo R$ 17 bilhões neste ano na abertura de quatro novos centros de distribuição, somando 12 no total, e na ampliação de sua frota de quatro para dez aviões. O objetivo é reduzir em 80% o tempo de entrega em mercados mais afastados, de estados no Norte e Nordeste. Até a norte-americana Amazon, que atua no Brasil desde 2012, reconhece que precisa se fortalecer nessa briga. Sua aposta é nas entregas rápidas e gratuitas, que pretende estender para mais cidades no Brasil, e no aumento de vendedores brasileiros em sua plataforma de marketplace. “Elas estão fazendo o que tem que ser feito, que é investir forte em infraestrutura logística e em tecnologia”, afirma o consultor Alberto Serrentino, sobre a reação do mercado local à invasão das asiáticas.

Para Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, empresa focada em soluções para o varejo, o maior vencedor dessa guerra certamente é o consumidor. “Ele tem mais opções, e os preços tendem a diminuir. Isso é bom, desde que todos paguem os mesmos impostos”, conclui.

Magalu inaugura Centro de Distribuição sustentável no Estado do Pará

Espaço conta com sistema de reuso de água e placas solares; opera, ainda, com energia 100% renovável

O Magalu inaugura nesta sexta-feira (7) um Centro de Distribuição em Benevides, na região metropolitana de Belém, no Pará. O novo CD, com 53 mil m² de área total, dobra a capacidade de armazenamento da empresa no Estado, segue os mais avançados padrões de sustentabilidade ambiental e ocupa uma localização estratégica para a logística e distribuição de produtos, com acesso fácil à capital e interior.

A inauguração conta com a presença de Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, da prefeita de Benevides, Luziane Solon, e do governador do Pará, Helder Barbalho.

“O Pará tem um enorme potencial de vendas e demanda um serviço de qualidade”, diz Décio Sonohara, diretor-executivo de Logística do Magalu. “Esse investimento é estratégico para a companhia porque é também uma porta de saída para todos os estados da região norte do País.”

O novo CD, que atende 36 municípios e garante o abastecimento de 59 lojas físicas instaladas no Pará e de outras 26 no Maranhão, permitirá que o Magalu melhore ainda mais a qualidade da entrega no Estado.

Entrega no mesmo dia
Atualmente, mais de 60% dos pedidos feitos no Pará são entregues no dia seguinte à compra, e quase 80% num prazo de 48 horas. Mais de 230 colaboradores do Magalu e 125 profissionais terceirizados trabalham no local.

Além da área de armazenagem, o CD do Magalu em Benevides conta com auditório e áreas de alimentação, lazer e descanso para os colaboradores. “Fizemos questão de criar uma área de descompressão, com um ambiente agradável para todos os que trabalham no local”, diz Sonohara.

As instalações do novo CD do Magalu também foram pensadas e construídas para garantir uma operação sustentável. A irrigação da grama e dos jardins é feita com uso de água de chuva. O aquecimento da água dos vestiários e do restaurante é realizado a partir de energia solar. Todo o restante da operação é alimentado por energia gerada de fonte 100% renovável, adquirida no mercado livre. O tratamento do esgoto é feito por meio de um jardim filtrante, sem uso de qualquer produto químico.

O e-commerce cresce de forma acelerada nos mercados do Norte do País. Para acompanhar essa expansão, até 2023, em todo o Brasil, o Magalu contará com 2 milhões de m² de áreas de armazenagem, formadas por 450 hubs logísticos e centros de distribuição e por 1.680 lojas físicas, usadas como pontos de coleta e entrega de produtos do Magalu e de seus mais de 200 mil sellers. Isso significa triplicar a estrutura logística no período de quatro anos.

Mercado Livre busca ampliar a operação

Companhia tem desafios, como a necessidade de ganho de tráfego e de frequência de compras em um ambiente de forte competição e pressões.

O Mercado Livre investiu R$ 17 bilhões neste ano no Brasil, 70% a mais que em 2021. Ao Valor, Marcos Galperin, cofundador da empresa, diz que o volume será maior em 2023, mas não está definido. Enquanto o mercado on-line brasileiro cresceu 4% no 2º trimestre, conforme a NielsenIQ Ebit, o Mercado Livre avançou 19%. O país tem 60% dos 10 milhões de vendedores da plataforma na América Latina e responde por 55% das vendas.

Porém, a companhia, que vale US$ 47 bilhões na Nasdaq, tem desafios, como a necessidade de ganho de tráfego e de frequência de compras em um ambiente de forte competição e pressões operacionais (frete mais caro) e financeiras (juro alto).

Algumas operações também são deficitárias, como o cartão de crédito, a carteira digital, o braço de alimentos on-line e a venda própria de produtos. “Tem que crescer, mas ser rentável, e também lançar coisas novas – e elas quase sempre são deficitárias”, diz. Para ele, o país sairá primeiro da crise. “No Brasil, os juros começaram a subir antes que no resto do mundo e vão baixar antes.”

Setor postal da China, mais fácil, inteligente e ecológico facilita uma vida melhor na última década

O setor postal da China teve uma melhora substancial na última década, adoçando a vida da população com maior conveniência e eficiência.

Pessoas que trabalham ou estudam longe de casa podem aliviar sua nostalgia com uma bocada de iguarias de suas terras natais, sejam caranguejos peludos de Jiangsu, sejam lichias de Guangdong, já que o país tem visto uma melhoria drástica na logística de cadeia fria para alimentos frescos, na eficiência de remessa e na produtividade da fábrica.

As estatísticas mostraram o desempenho estelar do setor postal da China nos últimos 10 anos. A receita de negócios do setor subiu de 198,09 bilhões de yuans (US$ 27,9 bilhões) para mais de 1,26 trilhão de yuans neste período, com uma taxa média de crescimento anual de 22,9%.

A expansão da rede postal em todo o país contribuiu em parte para esse tremendo crescimento.

Dez anos atrás, muitas aldeias na zona rural e na região oeste não tinham acesso direto aos serviços postais. A maioria dessas aldeias estão em áreas serranas de alta altitude e desertos, que são pouco povoadas, inconvenientes para o transporte e propensas a desastres naturais.

Para ligar as aldeias distantes, a China tem intensificado esforços ampliando suas estradas postais e estabelecendo correios em áreas remotas.

Até o momento, a extensão das estradas postais da China ultrapassou 10 milhões de km. Os Correios cobriram todas as aldeias administrativas do país até o final do período do 13º Plano Quinquenal (2016-2020), estabelecendo uma base para a luta do país contra a pobreza e a busca pela vitalização rural.

A rede postal melhorada também facilitou o boom do mercado de entrega expressa da China. Na última década, o volume anual de entrega expressa do país subiu de 5,7 bilhões de parcelas para 108,3 bilhões de parcelas, ficando em primeiro lugar no mundo por oito anos consecutivos.

O crescente mercado de entrega expressa tem solicitado uma maior capacidade e eficiência no manuseio de encomendas, levando as empresas de correio chinesas a adotarem uma série de tecnologias e equipamentos avançados.

Por exemplo, robôs têm ajudado os trabalhadores na triagem de bens. Ferramentas de big data ajudam a otimizar as rotas de transporte e vários tipos de veículos, como carros, aviões e trens-bala vêm sendo utilizados para reduzir o tempo de transporte.

Os consumidores também sentem a coleta de encomendas mais conveniente e se interessam com produtos experientes em tecnologia, como veículos não tripulados, drones e armários de entrega de encomendas sem contato.

A ascensão do setor postal nos últimos 10 anos também veio com uma “revolução verde”, que visava mitigar o impacto ambiental dos resíduos de embalagens e reduzir o uso de caixas de papelão para reduzir as emissões de carbono.

As autoridades chinesas lançaram vários planos e diretrizes para promover o uso de guias eletrônicas e sacos e recheios de embalagem ecológicos, reduzir o uso de fita adesiva e melhorar a reciclagem e o gerenciamento de resíduos de embalagens.

Até o final de 2020, o uso de guias eletrônicas tinha basicamente atingido cobertura total no setor postal, e mais de 70% das parcelas do e-commerce não tinham utilizado embalagens secundárias.