Black Friday deve movimentar R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro

Se confirmado, esse valor vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação ao ano passado.
A Black Friday de 2022 deve movimentar cerca de R$ 6,05 bilhões no e-commerce brasileiro, mostra levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Se confirmado, esse número vai representar, para o varejo online, um crescimento de 3,5% em relação à mesma data do ano passado.

O número de pedidos feitos online deve ultrapassar 8,3 milhões. O estudo revela que as categorias mais aquecidas na Black Friday deste ano serão telefonia, eletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, moda, beleza e saúde.

A ABComm classifica o crescimento de 3,5% como “tímido” e destaca que esta é uma tendência para as grandes datas do varejo neste ano. Ressalta, porém, que a Black Friday e essas outras datas são oportunidades importantes para o empreendedor otimizar seus resultados.

O e-commerce cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2022 em relação aos primeiros seis meses de 2021, um pouco abaixo dos 5% previstos. Entre os motivos para este resultado, está o aumento dos combustíveis. A menor oferta de frete grátis também impacta as vendas.

Outros motivos, como o boom do e-commerce na pandemia, o retorno das vendas presenciais e eventos como Copa do Mundo e eleições 2022 também podem afetar as vendas na Black Friday.

Em 2021, a modalidade “pick up in-store”, na qual o cliente faz o pedido online e retira presencialmente na loja, apresentou crescimento de 139% no período. Os dados demonstram a importância de o varejo online caminhar sempre ao lado do modelo tradicional.

“É importante que as empresas estejam atentas às pesquisas e aos órgãos que estudam o movimento do mercado para traçar estratégias que auxiliem na tomada de decisões. Apesar dos desafios da economia e do crescimento leve no setor, o volume de receita é um estímulo aos empreendedores”, afirma Alexandre Crivellaro, diretor de Inteligência de Mercado da ABComm.

A Black Friday se consolidou no Brasil como data importante não só para o comércio eletrônico, mas para o varejo em geral. “É uma data que as pessoas esperam um volume maior de vendas, uma vez que já caiu no gosto popular. Os consumidores esperam esse período para comprarem diversos produtos, que geralmente são mais caros, com um desconto mais atrativo. É muito importante que os varejistas sempre se antecipem para atenderem a esse aumento de vendas por meio da preparação de estoque, logística e dos canais de atendimento pós-venda”, finaliza Alexandre Crivellaro.

Setor de Logística cresceu 30% no Brasil em 2021

A área é responsável por levar insumos e produtos aos lugares mais remotos de um país.

O setor logístico cresceu de forma substancial nos últimos dois anos, durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19, graças ao aumento das compras realizadas de forma on-line. O Brasil é o país da América Latina que registrou o maior aumento dessa modalidade, com 30%, de acordo com pesquisa da consultoria Kantar realizada em 21 países latinos em 2021.

Por definição, a logística é responsável por garantir que insumos e produtos estejam no lugar certo, quando necessário e pelo menor custo. Ou seja, é o processo de execução eficiente de transporte e armazenamento desde o ponto de origem até o ponto de consumo; e seu objetivo é atender aos requisitos do cliente de maneira oportuna e econômica.

“A logística no Brasil caracteriza-se como setor de extrema importância para o país e está sempre em constante ascensão”, declara Jonatan Gomes Costa, líder de logística na Ecolab Química, e referência no setor. O profissional pontua que, sem ela, a engrenagem produtiva emperra e “as consequências seriam desastrosas sob quaisquer aspectos”. É a logística, ademais, que possibilita que qualquer país aumente sua capacidade produtiva.

Além do armazenamento e distribuição de mercadorias e cargas, o setor de logística também envolve a questão da gestão de compras; a expedição e otimização de cargas; o planejamento de estoque; e o monitoramento dos custos de transportes. De acordo com Costa, os tipos de produtos e mercadorias que mais demandam o setor de logística são: modais rodoviário, marítimo, aeroviário, dutoviário, ferroviário, hidroviário; cargas sólidas; cargas frigoríficas; cargas a granel; cargas vivas; cargas indivisíveis e excepcionais de grande porte; cargas secas; e cargas perigosas.

Distribuição de renda e de diminuição da desigualdade

Jonatan Costa avalia que, com uma atuação eficiente no campo da logística, as atividades do comércio interno e externo podem contribuir para a melhoria dos processos de distribuição de renda e de diminuição da desigualdade. Ele explica que isso se dá devido ao fato de que serviços e produtos precisam chegar às populações mais carentes e aos lugares mais distantes e difíceis, necessitando, assim, de uma organização bem estruturada deste setor.

No cenário nacional, a logística “é um dos caminhos para se combater custos desnecessários e integrar todas as regiões e habitantes aos sistemas de produção e consumo estabelecidos”, aponta.

Quando se olha para o campo empresarial, prossegue ele, a logística viabiliza novos mercados, e diferencia produtos e empresas, além de integrar as atividades. Para citar um exemplo recente, nos últimos dois anos de pandemia de Covid-19, foi este setor o responsável direto pelo abastecimento em tempo recorde dos imunizantes contra o coronavírus Sars-Cov-2. Graças a ela, o Instituto Butantan, que conseguiu entregar 80 milhões de doses em três meses: fevereiro, março e abril de 2021.

Setor em crescimento

A crise sanitária que atingiu todo o planeta recentemente também fez com que aumentassem as compras realizadas de forma on-line, impactando ainda mais o setor de logística. A empresa estadunidense Amazon, que tem capilaridade em todo o planeta, por exemplo, registrou um crescimento de 1.100% dos centros de distribuição em território brasileiro, passando de uma para 12 unidades.

Os centros fazem parte do armazenamento de produtos e matéria-prima para que sejam distribuídos mais rapidamente. Eles são unidades em que ficam armazenadas as mercadorias que chegam das fábricas, para serem distribuídas nos pontos de venda.

Para Costa, “é impossível alcançar o crescimento e desenvolvimento econômico sem buscar, ao mesmo tempo, o desenvolvimento da engrenagem logística”.

Braspress inaugura novo terminal em Uberlândia (MG)

O novo terminal está instalado estrategicamente na margem da rodovia BR-050.

Braspress, líder nacional no transporte de encomendas, inaugurou um novo terminal na cidade de Uberlândia (MG) com uma área total de 35 mil metros quadrados. Segundo Urubatan Helou, Diretor-Presidente da Organização, o novo empreendimento exigiu investimentos de 48 milhões de reais.

Com facilidade de distribuição de encomendas para as cinco regiões do Brasil, o novo terminal atende 59 cidades, num raio de 417 quilômetros de abrangência, realizando cerca de 1.200 serviços por dia.

“Tenho certeza de que o novo terminal será uma ferramenta de alavancagem de novos negócios, pois o novo empreendimento nos permitirá aumentar a velocidade de nossas operações, trazendo novo conceito operacional para a região’’, afirmou Urubatan Helou, uberlandense apaixonado pela terra natal.

O novo terminal está instalado estrategicamente na margem da rodovia BR-050, na avenida Comendador Alcides Simão Helou, 3.330, em homenagem ao pai de Urubatan Helou.

A frota local foi estampada com a mensagem “We Love Uberlândia’’ (traduzido do inglês “Nós amamos Uberlândia”) junto com imagens dos principais pontos turísticos do município, numa demonstração de carinho de Urubatan Helou por sua cidade natal.

Uma unidade do CAMB (Centro de Apoio ao Motorista Braspress) funciona no local, onde são realizados exames com os motoristas de glicemia, bafômetro, aferição de pressão, sonômetro entre outros, verificando se os profissionais do volante estão em boas condições de saúde para viajarem. Refeitório, 45 dormitórios, sala de TV e área verde são algumas das demais benfeitorias disponibilizadas na filial.

“Continuamos fazendo a nossa lição de casa, investindo cada centavo que recebemos em novos terminais, tecnologia e frota sempre com o objetivo de oferecer aos clientes um melhor emprazamento das coletas e entregas”, finalizou Urubatan Helou.

Alibaba lança experiência de compra de luxo no metaverso

A ideia é multiplicar as maneiras pelas quais as marcas de luxo podem se conectar com os compradores ricos da China.

O Alibaba Group está introduzindo recursos metaversos à sua plataforma interativa de compras de luxo, a tmall Luxury Pavilion, que realizará um desfile de moda de realidade aumentada e distribuirá um Meta Pass, que confere acesso digital prioritário aos produtos das marcas, da Burberry à Bogner.

Segundo a companhia, a ideia é multiplicar as maneiras pelas quais as marcas de luxo podem se conectar com os compradores ricos da China no metaverso com uma série de atualizações digitais e eventos este mês.

Nos últimos anos, a plataforma já havia implantado experimentações de compras em 3D, realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para produtos, avatares digitais e colecionáveis digitais.

Também neste mês, em Xangai, executivos de luxo participaram de uma cerimônia de premiação e exploraram uma exposição sobre realidade estendida (XR) para visualizar o futuro do varejo.

Janet Wang, chefe da divisão de luxo da Alibaba, reconheceu que a pandemia foi desafiadora para os varejistas, mas disse que a companhia caminha para construir o maior mercado de luxo do mundo até 2025. “Antes de o metaverso se tornar uma palavra de ordem, já tínhamos transformado essa palavra de ordem em uma realidade comercial”, disse Wang.

Cinco anos da Tmall Luxury Pavilion
Marcas de luxo, como Richemont, Kering, LVMH e OTB, se reuniram na semana passada em uma festa de gala em Xangai para marcar o aniversário de cinco anos do Tmall Luxury Pavilion. Eles conheceram a exposição temporária criada pelo Laboratório XR da Damo Academy e pelo Tmall Luxury Pavilion para mergulhar em uma maquete de uma boutique de luxo do futuro, experimentaram óculos AR, segurar uma bolsa de luxo digital e a colocar em uma caixa de presente.

Os executivos também puderam brincar com os mascotes das marcas e segurar um pequeno cereador Burberry na palma da mão. Quando eles clicaram em um produto, uma janela apareceu na frente deles com detalhes de listagem de produtos.

A mostra oferece uma prévia de uma experiência imersiva de navegação e interação durante as compras, incluindo visualização 3D de produtos e gamificação multidimensional.

O desfile de moda com realidade aumentada será feito em colaboração com a Vogue China, vários artistas e os mascotes da marca.

Outra novidade é o Meta Pass, entrada gratuita no metaverso da gigante do comércio eletrônico. O passe dá ao titular direitos a serviços de luxo, como compra prioritária de produtos e entrada para atividades offline das marcas.

Parte deste pacote será mandada via certificados digitais no blockchain e dará direito a edições limitadas, incluindo o snowboard de 90º aniversário da Bogner, um suéter oversized de coleção outono/inverno 2022 da Max Mara, a bolsa Lola da Burberry e os tênis Pablo revestidos de lã da Marni.

Qual será o próximo destino dos gigantes do comércio eletrônico da China?

O comércio eletrônico chinês cresceu muito dentro do país, e agora, os três gigantes do comércio eletrônico da China, Alibaba, Jingdong e Pinduoduo, decidiram expandir para outros mercados.

O Alibaba expandiu seus negócios no exterior mais cedo com suas plataformas de comércio eletrônico no exterior como AliExpress, Lazada e Trendyol. O “Jingdong Global Trade”, da Jingdong, que abriu oficialmente para operação em 18 de junho de 2022, concentra-se nos mercados da América do Norte e do Sudeste Asiático.

O gigante chinês do comércio eletrônico Pinduoduo lançou oficialmente sua plataforma de comércio eletrônico internacional Temu, em 1º de setembro. Temu significa “Team Up, Price Down”, em português quer dizer quanto mais pessoas compram, menor é o preço.

A primeira parada de Temu no exterior são os Estados Unidos. Atualmente, as versões PC e App da Temu foram lançadas principalmente para atender aos hábitos de consumo dos consumidores americanos que preferem usar o PC para compras on-line.

Em comparação com a versão chinesa do Pinduoduo, o estilo da página da Temu é mais conciso, e a qualidade das imagens dos produtos é maior. Além das letras Temu, o logotipo laranja também apresenta vestidos, cavalos de brinquedo, saltos altos e padrões de bagagem, em linha com as principais categorias atuais da Temu.

Temu se concentra em toda a gama de categorias. As categorias do site oficial incluem jóias e acessórios, roupas femininas, moda infantil, casa e jardim, artigos para animais de estimação, calçados e bolsas, produtos eletrônicos, produtos de beleza, material de escritório, entre outros.

De acordo com a Administração Geral de Alfândega da China, a escala das importações e exportações transfronteiriças de comércio eletrônico da China atingiu 1,98 trilhão de yuans em 2021, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. Entre elas, as exportações foram de 1,44 trilhão de yuans, um aumento de 24,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, alguns vendedores chineses têm estado numa situação difícil nos últimos dois anos devido à influência das políticas e da conformidade das plataformas gigantes de comércio eletrônico no exterior. Neste contexto, os vendedores eletrônicos transfronteiriços começaram a explorar os layouts de múltiplas plataformas.
Tencent, NetEase e outros grandes players do circuito de jogos estão visando o mercado europeu. No início de setembro deste ano, a Tencent tornou-se acionista da Ubisoft, uma grande fabricante francesa de jogos. Quase ao mesmo tempo, a NetEase anunciou sua aquisição do estúdio de jogos francês Quantic Dream, que deu à NetEase Games seu primeiro estúdio europeu.

Recentemente, a Tencent adquiriu 49,9% das ações da maior acionista da Ubisoft, a Guillemot Brothers, que é dirigida pela Guillemot, por 300 milhões de euros (US$ 303,6 milhões), enquanto a empresa chinesa procura expandir sua presença no mercado internacional de jogos. Desta forma, aumentou sua participação na Ubisoft de 5% para 9,99%, tornando-se acionista majoritária.

A NetEase e sua rival Tencent têm intensificado seus esforços no exterior à medida que o mercado doméstico de jogos chinês abranda em meio a uma regulamentação mais rigorosa. Somente este ano, a NetEase montou estúdios de jogos no Japão e nos Estados Unidos.

De acordo com o “2022 Overseas Ecological Development Report of Chinese Enterprises”, 74% das empresas têm presença comercial no Sudeste Asiático, 65% na Europa e 62% na América do Norte, tornando estas três regiões o “p ponto mais expandidos” pelas empresas chinesas que vão ao exterior. Entre elas, Singapura, como centro comercial e financeiro do sudeste asiático, tornou-se o principal destino de muitas empresas para ir ao exterior.

A América Latina, que antes era “negligenciada seletivamente” por muitos grandes fabricantes, agora está ficando cada vez mais quente a cada dia.

Para as empresas chinesas, a América Latina substituiu o Sudeste Asiático há alguns anos como o novo campo de batalha para a criação de riqueza no exterior. Em particular, impulsionados por muitos pequenos empresários varejistas, Brasil, México, Argentina, Chile e outras regiões da América Latina se tornaram novas fronteiras para fazer negócios.

Anteriormente, os principais mercados do SHEIN eram a América do Norte, Europa e Oriente Médio, e o mercado brasileiro era uma das prioridades estratégicas da SHEIN em 2022.
De acordo com o portal de notícias, Neofeed, a SHEIN executou o plano de expansão do mercado brasileiro passo a passo. Em dezembro do ano passado, Xu Yangtian, fundador da SHEIN, foi ao Brasil para inspecionar a cadeia de fornecimento de vestuário brasileira, e reuniu-se com os principais fornecedores de vestuário locais para avaliar a viabilidade da produção de produtos de vestuário no Brasil. A SHEIN assinou um acordo de confidencialidade com duas fábricas.

Como um passo no plano de expansão, a SHEIN estabeleceu uma filial no Brasil e contratou funcionários para explorar a localização, incluindo o pagamento via PIX e boletos.

Os dados mostram que em 2021, o aplicativo da SHEIN foi instalado 23,8 milhões de vezes no Brasil. Além disso, de acordo com estimativas do relatório do BTG Pactual, a SHEIN ganhou quase US$ 400 milhões no Brasil.

Por que o Shopee escolheu o Brasil e cortou seus negócios locais no Chile, Colômbia e México?
E Shopee também acelerou sua presença na América Latina. A Shopee entrou no mercado brasileiro pela primeira vez em 2019. De acordo com o Valor Econômico, a Shopee abriu cinco novos centros de distribuição no Brasil no primeiro semestre deste ano, que estão localizados em São João do Meriti, Campinas (Campinas, Ribeirão Preto, Contagem e Santana do Parnaíba.)

É evidente que a Shopee está deixando todo o mercado indiano e europeu e focando para a América Latina. Isto é em parte para melhorar os processos de envio e os prazos de entrega no futuro. Por outro lado, tanto a escolha do mercado mais amplo quanto o investimento na melhoria da logística e da distribuição são provas de que não é fácil realmente abrir “novas fronteiras na América Latina”.

Não faz muito tempo, segundo a Reuters, em 8 de setembro, a Shopee encerrou todas as suas operações na Argentina e fechou as operações locais no Chile, Colômbia e México para se concentrar em um modelo transfronteiriço. Entretanto, a equipe da Shopee no mercado brasileiro não será afetada e o negócio continuará a operar.

Comércio eletrônico chinês: ShopeeO fato é que os países latino-americanos do Chile, México e Argentina têm um padrão de vida mais alto do que o Brasil e há muito tempo têm plataformas locais de comércio eletrônico ocupando território. Varejistas tradicionais locais como Falabella e Cencosud, por exemplo, estão aumentando sua presença e marketing on-line.

Embora o mercado de comércio eletrônico latino-americano seja geralmente inexplorado, o fato é que o comércio eletrônico local na América Latina não começou tardiamente.

O MercadoLivre, considerado a oitava maior plataforma de comércio eletrônico do mundo, foi criado em 1999, um pouco antes do Taobao, que só foi lançado oficialmente em 2003. Mercado Livre agora cobre basicamente 18 países da América Latina, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia e Costa Rica.

Estas plataformas suportam os vendedores domésticos para enviar a partir de armazéns no exterior, mas também têm um pagamento perfeito e suporte logístico, a plataforma para o México, Brasil e outros locais para cobrar uma comissão de 20% para cima e para baixo, dependendo das vendas específicas de mercadorias e diferentes categorias e flutuações.

Os pequenos comerciantes e vendedores da China podem optar por abrir lojas no Mercado Livre, o que também cria mais obstáculos para que plataformas de comércio eletrônico com grandes capitais nacionais possam ir para a América Latina.

Além do setor de comércio eletrônico, a América Latina também é o foco de empresas de entretenimento social. Enquanto o TikTok tem uma liderança absoluta no mercado global como uma aplicação de vídeo curto, Racer está atualmente brilhando no mercado latino-americano. O Brasil é considerado o mercado mais maduro para as operações da Racer, e após a fusão da Kwai “triple play” no ano passado, a estratégia da Racer no exterior tem sido a transição para operações de refinamento.

Tiktok no Brasil
Desde o terceiro trimestre do ano passado, a Racer lançou seu sistema de publicidade “Kwai for Business” no Brasil e em outros lugares, começando com a venda de propagandas no Brasil para tentar comercializar.

Além desses grandes mercados, os mercados da África e do Oriente Médio são destinos populares para o mar. De acordo com a GSMA 2021, o número de usuários de telefones celulares na África atingiu 495 milhões, dos quais mais de 200 milhões de usuários de smartphones. Até mesmo os moradores locais têm vários telefones celulares baratos, trazer um backup em caso de falta de energia, a base de desenvolvimento da internet já existe.

No Sudeste da Ásia, Europa, América do Norte e outros mercados, o foco das grandes fábricas domésticas de internet em diferentes mercados regionais também é muito diferente.

Na Shopee, um e-mail do CEO decreta fim do crescimento a qualquer custo

Em e-mail a funcionários, obtido pelo Neofeed, Forrest Li, CEO do Sea group, holding que controla a Shopee, alerta sobre a nova filosofia. Mudanças começam nas políticas de reembolso para funcionários.

A Shoppe atravessa o momento conturbado em seus negócios. Somente em setembro, a companhia informou que estava encerrando suas operações na Argentina e que iria reduzir o quadro de funcionários em outros mercados da América Latina.

Também nesse mês a plataforma de e-commerce promoveu um aumento no take rate cobrado dos sellers no Brasil. As medidas destacaram dúvidas sobre o futuro do negócio. A tensão foi tanta que o Forrest Li, fundador CEO do Sea group, conglomerado de Cingapura que controla a operação, enviou pessoalmente um e-mail aos funcionários da companhia abordando esses movimentos.

Mas além das explicações sobre esse contexto, o documento obtido pelo NeoFeed, trouxe também um aviso: a companhia vai apertar ainda mais o cinto.

“Devemos encontrar todas as formas de reduzir nossos custos operacionais. Quanto mais dinheiro economizamos a cada dia, mais tempo podemos comprar para enfrentar essa tempestade”, informa um dos trechos do e-mail enviado pelo CEO da Sea aos funcionários da Shopee em todo o mundo.

A mensagem lista algumas das ações que serão adotadas de imediato para reduzir os gastos. As principais medidas estão relacionadas aos gastos dos funcionários em viagens de trabalho a partir de outubro, todos os reembolsos para essas viagens estarão limitadas a voos de classe econômica e a um valor de US$ 150 por diária em hotéis. Em viagens internacionais, as despesas com refeições estarão restritas a US$ 30 por dia, enquanto no caso do transporte, a orientação é usar a opção mais econômica ofertada por serviços locais de mobilidade.

Além disso, Li informou que os líderes da companhia não irão receber nenhuma compensação no curto prazo. A ordem é economizar o máximo de recursos até que a empresa esteja saudável financeiramente.

O executivo explicou que as medidas integram um plano da empresa para se tornar autossuficiente- o que consiste em atingir fluxo de caixa positivo. Isso deverá ser feito num período entre 12 e 18 meses. “A única maneira de nos libertarmos da dependência de capital externa é nos tornarmos autossuficientes, gerando caixa suficiente para todas as nossas necessidades e projetos”, diz um dos trechos do documento.

Virar essa chave não será fácil. Apesar de reportar um crescimento de receita de 75,6%, para US$ 1,75 bilhão, no segundo trimestre de 2022, e de 27,2% no volume bruto de mercadorias (GMV), para US$ 19 bilhões, a Shopee viu seu prejuízo operacional passar de US$ 579,8 milhões para US$ 648,1 milhões na comparação com igual período de 2021.

Os resultados impactaram diretamente o desempenho na bolsa de valores. Avaliado em US$ 33,2 bilhões, o grupo comandado por Li já perdeu mais de 70% de valor de mercado desde o começo do ano.

A Shopee cresceu ao aproveitar de uma estratégia agressiva de expansão, bancada pelo dinheiro de investidores. Foi desta forma que a empresa ganhou fôlego para sair da Ásia e conquistar novos mercados na América Latina e na Europa.

Nos últimos meses, no entanto a empresa passou a enfrentar dificuldades. Ao mesmo tempo em que os resultados financeiros apontam para o aumento do prejuízo, o mercado ficou mais restrito e com menos opções para novas captações. A solução, então, foi mudar a estratégia.

“No passado focamos primeiro no crescimento e às vezes o crescimento a qualquer custo. Essa não foi uma abordagem errada, pois as condições globais estavam repletas de oportunidades na época”, diz um dos trechos do e-mail. “Mas agora que as condições globais mudaram, nós também devemos nos adaptar”.

Essa adaptação se traduziu no fim das operações na Argentina, Espanha e Índia. Houve também redução do quadro de funcionários em mercados como Chile, Colômbia, México, Tailândia, Indonésia, Vietnã. O Brasil, a princípio, passou ileso no que diz respeito aos cortes.

Numa tentativa de tranquilizar os funcionários, mas ainda manter o alerta, Li afirmou que a empresa hoje tem uma base sólida de dinheiro” que coloca o negócio “em uma posição segura em relação ao mercado de tecnologia. “No entanto, podemos facilmente extinguir essa base se não formos cuidadosos”, acrescentou.

Bravo anuncia CD em Goiás para expandir operações no Centro-Oeste

Para expandir as operações no Centro-Oeste, a Bravo Serviços Logísticos anunciou um novo centro de distribuição em Rio Verde (GO). De acordo com a empresa, o novo empreendimento servirá para atender as demandas e auxiliar na prospecção de novos clientes.

Nesta primeira fase, que já está em operação, o CD terá capacidade de armazenamento de 14,6 mil posições pallets. Na segunda etapa, prevista para novembro deste ano, o espaço será otimizado para suportar mais 8,4 mil, totalizando 23 mil posições pallets.

O CD irá gerar mais de 100 vagas de emprego para a cidade. Além disso, o novo espaço será responsável por 53% das entregas realizadas anualmente pela Bravo em Goiás.

O CEO da companhia, Marcos Vilela Ribeiro, explicou que, do ponto de vista logístico, Rio Verde está posicionado no eixo principal da região do sudoeste goiano – local de importante representatividade na produção do agronegócio nacional e que consome mais da metade dos insumos agrícolas destinados ao estado.

“Goiás faz parte da nossa história de crescimento”, destacou o executivo. “Em 2001 implementamos nossa primeira filial em Aparecida de Goiânia (GO). Queremos seguir trabalhando fortemente em busca de maior capilaridade, por meio de novas filiais posicionadas estrategicamente pelo país.”

Ribeiro pontuou que o mercado de insumos agrícolas tem se modernizado e demandado modelos que proporcionam acessibilidade aos produtos de forma ágil e flexível. “O novo CD é um local moderno e seguro, todo preparado para armazenagem desses insumos. Nosso objetivo é que indústrias, distribuidores, cooperativas e produtores rurais do sudoeste goiano tenham a possibilidade de avançar os seus estoques para mais próximo das regiões de consumo.”

GOLLOG lança novos serviços com entregas no mesmo dia e promoção do Dia do Cliente

A GOLLOG, unidade de soluções logísticas da GOL, é a única no mercado de logística a operar com entregas domiciliares interestaduais, em até de 24 horas, a partir de 32 aeroportos espalhados pelo Brasil.

Em comemoração ao Dia do Cliente, durante todo o mês de setembro, o serviço do CHEGOL terá o frete fixo no valor de R$ 34,90 para retirada no aeroporto, já para entrega domiciliar em capitais e regiões metropolitanas, o valor será de R$ 49,90.

A mudança vem para reforçar um dos diferenciais do CHEGOL, a simplicidade, uma vez que o peso não influencia no valor do frete e a caixa para envio está inclusa no preço.

Essa ação poderá ser definitiva, dependendo a aceitação dos Clientes.

Além disso, a GOLLOG está trazendo uma novidade para o CHEGOL Super Expresso e URGENTE com entrega no mesmo dia, a partir de agora, além das cidades da Grande São Paulo, será possível contratar o serviço para as cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo e região metropolitana do Rio de Janeiro.
Ao todo, serão 17 novas cidades de destino onde as entregas poderão ser realizadas no mesmo dia. Na Grande São Paulo, o número permanece em 31 cidades. Os Clientes poderão escolher o voo em que o produto será embarcado e a entrega será realizada no mesmo dia, desde que o voo escolhido pouse até 18h, em dias úteis.

Lembrando que ao contratar a entrega no mesmo dia o valor da taxa de entrega é calculado de maneira definitiva por quilometragem, por meio das variáveis de distância em km entre o aeroporto destino/endereço de destino e por tipo de veículo compatível com as dimensões do item transportado.

Pelo CHEGOL, é possível transportar tudo o que couber na caixa específica, que mede 35 x 30 x 10 cm. Pelo GOLLOG Urgente, o peso máximo por volume transportado é de 80 kg, e as dimensões máximas são de 80 cm x 80 cm x 80 cm.

BBM Logística cresce 20% e fatura R$ 468 milhões em três meses

A BBM Logística, um dos maiores operadores logísticos do modal rodoviário do Mercosul, operando em todo Brasil e mais sete países, registrou crescimento de 20,2% na receita bruta do segundo trimestre de 2022, no comparativo com o mesmo período do ano passado. A marca recorde é de R$ 468,7 milhões.

De acordo com a empresa com sede em Curitiba, todas as operações tiveram resultados positivos. Na divisão de Gestão de Transportes, houve crescimento de 20% nas operações de e-commerce e carga fracionada, 32% nas operações internacionais e 27% em carga lotação. Na divisão de Contratos Dedicados, o segmento florestal cresceu 23%, e o industrial 14%.

Apesar de um segundo trimestre marcado pelo cenário internacional desafiador, em decorrência da pandemia, guerra na Ucrânia e os lockdowns frequentes na China, o CEO da BBM Logística, André Prado, conta que a companhia teve resiliência.

“Mantivemos o ritmo de crescimento orgânico e reforçamos o rigoroso controle de despesas, tanto fixas como administrativas, bem como a gestão do fluxo de caixa. E isso mantendo a eficiência e a qualidade operacional. Paralelamente, o grupo BBM vem mantendo suas receitas em crescimento ao longo dos últimos trimestres e mantendo a carteira de clientes, mesmo com os repasses, e conquistando projetos importantes”, destaca o CEO.

No segundo trimestre deste ano, foram 290 novos acordos nas operações de lotação, intermodal, rodoviário internacional, fracionado e e-commerce. Destaque para os segmentos de casa e construção, autopeças, confecção/calçadistas, autopeças e farmacêutico.

Gestão e evolução de receitas

A evolução das receitas ao longo dos últimos trimestres e a manutenção de clientes, com índice de 99% na retenção da carteira, são creditados à eficiência de gestão da empresa.

Já as iniciativas de recomposição de preços e redução de custos permitiram um EBITDA ajustado de R$ 30 milhões, com margem de 7,7%, mostrando uma evolução frente à margem de 4,7% do trimestre anterior. Mas, a companhia esclarece que o lucro operacional segue impactado pela forte pressão de custos, decorrente das condições macroeconômicas, na qual a inflação e o aumento dos preços de combustíveis se destacam.

Com mais de 5.300 funcionários, 6.300 veículos em operação e aproximadamente 16 milhões de entregas por ano, a BBM planeja crescer, ainda este ano, 50% em volume de carga, e aumento de mais de 55% em faturamento no Nordeste do país.
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/parana-sa/bbm-logistica-cresce-20-porcento/

Amazon Logística anuncia duas estações de entrega no Centro-Oeste

A Amazon Logística inaugurou duas novas estações de entrega na região Centro-Oeste: uma em Hidrolândia (GO) e outra em Brasília (DF). De acordo com a empresa, o objetivo é fortalecer a operação no país.

Neste primeiro momento, os espaços devem gerar mais de 60 empregos diretos e a contratação de 125 motoristas parceiros. Esse quadro tende a dobrar em períodos de pico como o Prime Day e a Black Friday.

As estações de entrega têm grande peso na operação de last mile da Amazon, já que são desses locais que as encomendas são despachadas para o destino final. A empresa ressaltou que a expansão aumenta o atendimento da Amazon para mais de 24 mil códigos postais.

Segundo o líder da Amazon Logística no Brasil, Rafael Caldas, as operações da companhia são projetadas com foco em eficiência e segurança. “O fortalecimento da nossa rede logística tem como pilares a segurança, para proteger nossas equipes e parceiros, e a velocidade, para garantir uma entrega de qualidade e no menor tempo possível”, explicou.

Com o apoio de mais de 10 mil associados diretos e indiretos, a Amazon atende 100% dos municípios no Brasil. A estrutura da companhia no país é formada por 12 centros de distribuição e sete estações de entrega, que têm o intuito de aumentar a capilaridade logística da Amazon.