Azul Cargo completa 13 anos de operações e logística no Brasil

Há 13 anos, a Azul Cargo – empresa de logística da Azul – nasceu com um propósito: fazer diferente. Com o desafio de encantar o Cliente também no serviço de entregas e com a vantagem competitiva de ter à disposição a ampla malha aérea da Azul, a Azul Cargo inovou, cresceu e, hoje, comemora os bons resultados com uma das entregas mais rápidas do país.

Só no segundo trimestre de 2022, foram mais de 3 milhões de pacotes entregues – mais de 60% acima do mesmo período de 2019. Isso também alavancou a receita, que mais que triplicou em comparação ao mesmo período de 2019, acima da meta de R$ 1 bilhão.

“Hoje, a Azul Cargo é líder no mercado de cargas no Brasil. A retomada de algumas indústrias está impulsionando o crescimento em toda a cadeia de transporte e logística, o que nos deixa muito otimistas e empolgados com esta retomada e com os desafios que virão pela frente”, destaca a diretora da Azul Cargo, Izabel Reis.

Com a vantagem de poder aproveitar a malha da Azul, a Azul Cargo consegue realizar entregas em até 48 horas para mais de 2.000 cidades brasileiras, de norte a sul do País. No Nordeste as encomendas chegam em um dia. Além disso, a unidade de logística da Azul conta com 310 lojas servindo mais de 4.500 municípios de porta a porta, sempre com alto índice de pontualidade e regularidade nas entregas. “Em um país de dimensões continentais como o Brasil, garantir a entrega em até dois dias para mais de 2 mil municípios é algo que só nós conseguimos, graças a malha extensa e abrangente da Azul que permite chegar rapidamente aos mais distantes pontos do país com excelência e preços supercompetitivos”, explica Izabel. “Também temos a malha aérea internacional e, com nossos parceiros internacionais, levamos cargas para os principais continentes, das Américas ao Extremo Oriente”, completa a diretora.

Conectando o Brasil de ponta a ponta, a Azul Cargo também democratizou o acesso dos brasileiros ao e-commerce, já que as cargas transportadas via modal aéreo chegam 75% mais rápido do que via terrestre. Uma carga que sai de Porto Alegre, por exemplo, com destino ao Acre, levaria até 10 dias via terrestre – com a Cargo, a entrega é feita em menos de 4 dias.

Atualmente, a Azul oferece 300 rotas para mais de 150 destinos brasileiros e uma frota operacional de, aproximadamente, 160 aeronaves. A partir daí, a Azul Cargo consegue aproveitar a amplitude e a conectividade dessa malha aérea da companhia e ocupar a “barriga” das aeronaves para o transporte de cargas, reduzindo os custos e ganhando mais agilidade. Além disso, a unidade de logística da Azul possui uma frota própria de sete aviões dedicados a cobrir as rotas de maior densidade e garantir oferta de espaço e serviços diferenciados, com segurança e rapidez que o mercado exige. “Nossa frota é composta por dois aviões do modelo Boeing 737 e cinco Embraer 195 Classe F, os primeiros do mundo, que são adequados ao e-commerce e cargas expressas, trazendo agilidade e serviços ‘same day’ e ‘next day’ nas mais distantes regiões do Brasil”, explica Izabel, ressaltando que, com os jatos E195 a Azul Cargo consegue voar encomendas no mesmo dia para as regiões Norte e Nordeste.

A diversidade da frota de aeronaves e a amplitude da malha aérea da Azul, permitem que a Azul Cargo ofereça diversas soluções logísticas, desde distribuição para e-commerce com serviço “porta-porta” de entregas expressas até envio de encomendas críticas e cargas paletizadas.

Azul Cargo em números

– Fundada em 2009;

– 320 lojas Azul Cargo servindo mais de 4.500 cidades de porta em porta;

– Entrega em até 48 horas para mais de 2.000 cidades;

– 3 milhões de pacotes entregues no 2T22;

– 7 aeronaves cargueiras.

Com armazém em Cajamar, Maersk planeja expandir a presença na América Latina

A A.P. Moller – Maersk inaugurou um novo armazém em Cajamar (SP). Localizado próximo dos principais centros econômicos da região Sudeste, o espaço tem 19,4 mil m² e está situado a 50 km dos principais aeroportos, 120 km do porto de Santos e 30 km de São Paulo, com rápido acesso às principais rodovias.

De acordo com a empresa, a unidade está estrategicamente localizada perto dos principais mercados de bens de consumo de rápida circulação, varejo, tecnologia e eletrônicos, moda e estilo de vida, entre outros.

De acordo com o presidente da Maersk na América Latina, Robert van Trooijen, a empresa planeja ter uma área de armazenamento total de 350 mil m² na América Latina até o fim deste ano, com locais em vários países da região. “Temos uma grande ambição para os próximos anos. À medida que combinamos os armazéns em localizações estratégicas e um amplo portfólio de serviços, buscamos oferecer soluções ágeis e de maior valor agregado para nossos clientes.”

A nova unidade oferece solução para prestação de serviços de armazenagem e transporte, recebimento/descarga, conferência da carga, armazenagem, separação e embalagem de paletes ou caixas, consolidação e desconsolidação, carregamento, sistema de gerenciamento de armazenamento, cross-docking, e outros serviços de valor agregado. Para isso, foi desenvolvida uma estrutura de estantes para armazenar até 21 mil posições de paletes e 22 docas.

“Esta nova instalação é a sexta existente no Brasil e faz parte dos planos que a Maersk tem para o país para apoiar os clientes e as necessidades da cadeia de suprimentos nacional e internacional. A Maersk se transformou em um provedor de serviços logísticos completo e de ponta a ponta, e nossas soluções de armazéns e distribuição aproveitam nossas operações de rede global compartilhada para ajudar a otimizar as cadeias de suprimentos de nossos clientes.” – Karin Schoner, diretora administrativo da Maersk na Costa Leste da América do Sul.

METAS DE SUSTENTABILIDADE
De acordo com a Maersk, um dos objetivos do empreendimento é apoiar a meta de emissões dos clientes e fortalecer a capacidade de oferecer soluções logísticas de baixa emissão de ponta a ponta. O novo local tem certificação LEED Platinum (Liderança em Design de Energia e Meio Ambiente), incluindo painéis solares no telhado, sistema de recuperação de água da chuva e gerenciamento de resíduos, isolamento térmico de feltro e equipamentos de manuseio de material de bateria de lítio.

Setor de entrega expressa da China continua em expansão em agosto

O setor de correio da China continuou a se expandir em agosto, mostrou um índice mensal da indústria nesta segunda-feira (5).

O índice de desenvolvimento de entregas expressas da China para agosto ficou em 311, um aumento mensal de 12,9%, informou a Administração Estatal de Correios em comunicado.

O subíndice para a escala de desenvolvimento cresceu 4,7% em relação ao ano passado, e estima-se que cerca de 9,6 bilhões de pacotes foram entregues no mês passado.

A Administração atribuiu o crescimento dos negócios de correio do país em agosto à retomada dos serviços de entrega em centros de correio anteriormente afetados por surtos de Covid-19, à alta temporada de vendas de produtos agrícolas e à promoção de plataformas de comércio eletrônico.

Ao mesmo tempo, o subíndice de capacidade de desenvolvimento subiu 6,2% em termos anuais, indicando a melhoria da infraestrutura de rede de entrega expressa e eficiência de entrega da China.

Grupo Intelipost lança primeira solução de logística reversa do Brasil com integração as maiores transportadoras do país

De acordo com uma pesquisa recente, realizada pela Invesp “E-commerce Product Return Rate – Statistics and Trend”, a taxa mundial de devolução de compras online é de aproximadamente 30%. Foi pensando em otimizar os procedimentos que ocorrem nessas situações que o Grupo Intelipost – maior grupo de tecnologia logística do Brasil – lançou a primeira solução de logística reversa do país com integração facilitada às diversas transportadoras do mercado.

Voltado para e-commerces, varejistas e marketplaces, o “Módulo de Reversa” promove melhor visibilidade a partir da centralização de informações, a renovação de autorização de postagem/coleta com empresas de transporte além dos Correios, ou seja, contam com uma integração simplificada com as transportadoras, somando rastreamento e atualização de status do pedido por meio de e-mails, sms ou WhatsApp.

Na prática, a solução possibilita que os lojistas gerenciem todo o processo de trocas e devolução de encomendas, reduzindo o tempo de solicitações, possibilitando assim, o monitoramento de cada etapa do processo de logística reversa. Aspectos considerados fundamentais em um cenário no qual, ainda de acordo com a pesquisa da Invesp, 92% dos consumidores voltariam a comprar de uma empresa com desempenho simples de troca/devolução.

Segundo Stefan Rehm, CEO do Grupo Intelipost, a solução foi desenvolvida especialmente para agilizar a gestão da reversa e ampliar a satisfação do consumidor final. “Tão importante quanto ter boas estratégias de vendas e planejamento logístico, é preciso também, nos casos de trocas e devoluções, oferecer uma boa experiência. Garantir a visibilidade do processo de Reversa gera a confiança do consumidor no seu negócio. É importante ressaltar que processos de devoluções e trocas fazem parte do jogo, e por isso, devem ser tratados com a mesma atenção que os processos de entregas de encomendas”, comenta.

Mercado Livre capta R$ 1 bi na sua 1ª emissão de CRIs para modernizar estrutura logística.

A oferta pública restrita foi realizada em duas séries e os recursos serão investidos na expansão, revitalização e modernização da sua estrutura logística no Brasil.

O Mercado Livre captou R$ 1 bilhão na sua primeira emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs). A oferta pública restrita, conforme prevê a instrução da CVM 476, foi realizada em duas séries e os recursos serão investidos na expansão, revitalização e modernização da sua estrutura logística no Brasil.

Coordenada pelos bancos Itaú BBA, que liderou a oferta, Bradesco BBI e Safra, a operação conta com uma série de cinco anos, com remuneração correspondente ao CDI mais 0,88% ao ano, e outra de sete anos, com remuneração atrelada à inflação de NTN-B mais 0,63%.
“A alta demanda pelos papéis comprova a confiança dos investidores na estratégia e execução do Mercado Livre e, assim, buscamos seguir diversificando fontes de captação para sustentar nossos investimentos e executar nossa visão de longo prazo”, destaca Tiago Azevedo, diretor sênior de Finanças do Mercado Livre no Brasil. “Apesar do contexto macroeconômico, nossos resultados sólidos nos dão confiança para manter o investimento no país, onde a nossa rede logística é uma vantagem competitiva que seguirá em constante evolução”, completa.

Neste ano, o Mercado Livre já anunciou a abertura de quatro novos centros de distribuição, que aumentarão sua capacidade de transação diária em mais de 1 milhão de pacotes no Brasil. Com esses novos ativos, até o fim de 2022 a companhia passará a contar com uma estrutura logística composta por 12 centros de distribuição fulfillment, 1 receiving center, 1 sortation center, 20 centros cross docking e mais de 100 services centers.

Aumento das vendas no varejo pós-pandemia é maior nos Estados do Norte

Os primeiros no ranking de crescimento são Roraima, Pará, Amapá, Amazonas e Rondônia

A aceleração do ritmo de recuperação do volume de vendas no varejo pós-pandemia vem sendo mais intensa nos Estados do Norte do País, nos últimos meses. Cinco das sete unidades da Federação que compõem essa região apresentaram avanço acima da média nacional, que foi de 1,6%.

Os primeiros no ranking de crescimento nacional são Roraima, com 17,1%, Pará, com 15,7%, Amapá, com 14,6%, Amazonas, com 6,2%, e Rondônia, com 3,2%, segundo levantamento foi realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no cruzamento de dados públicos de diversas fontes.

No mapa da retomada do nível de atividade do comércio de rua, os Estados da Região Norte se destacam quando analisados sob a ótica da circulação de consumidores. De acordo com dados do Google Mobility, o fluxo de pessoas em estabelecimentos voltados para a venda de bens ou serviços praticamente se normalizou em relação ao início de 2020.

Ao fim de julho deste ano, a defasagem é de 1% em relação ao período entre 3 de janeiro e 6 de fevereiro de 2020, considerado como base para a pesquisa.

Sudeste concentrou e-commerce nacional

São Paulo e Rio de Janeiro foram os epicentros da crise sanitária. Esses Estados reuniram 37% dos casos de covid-19 desde março de 2020 e, por conta das medidas de redução da mobilidade para conter o vírus, foram as últimas unidades da Federação na lista da retomada da circulação de consumidores.

Segundo dados da Neotrust, a Região Sudeste concentrou 65% do e-commerce brasileiro em 2020, contrastando com a Região Norte, que foi responsável por apenas 2% do comércio eletrônico brasileiro naquele ano.

“A estrutura logística mais desenvolvida de São Paulo e Rio de Janeiro certamente contribuiu para uma menor dependência do comércio em relação ao consumo presencial”, explica o presidente da CNC, José Roberto Tadros. Para ele, “isso favoreceu o processo de digitalização do consumo e auxiliou na retomada do nível de atividade do setor”.

Vendas no varejo maiores que antes da pandemia

No contexto nacional, em maio e junho de 2022, o volume de vendas no varejo brasileiro recuou 0,4% e 1,4%, em relação a abril e maio, respectivamente. Apesar dessas retrações, o nível de atividade se manteve 1,6% acima do patamar observado no mês que antecedeu o início da crise sanitária, em fevereiro de 2020.

Nos dois primeiros meses de pandemia (março e abril), o varejo brasileiro chegou a acumular retração de 18,9%. “Essas perdas foram atenuadas em maio e junho daquele mesmo ano, até que a disponibilização de recursos emergenciais à população e, principalmente, o início do processo de flexibilização das medidas restritivas, no segundo semestre de 2020, restabelecessem o nível de atividade do setor”, analisa o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes.

Segundo ele, desde então, a evolução das vendas tem oscilado de acordo com a variação das condições de consumo e os índices de gravidade da crise sanitária. “As perdas em relação a fevereiro de 2020, por exemplo, coincidiram com as fases de recrudescimento da crise sanitária, como na segunda onda de casos, registrada no primeiro trimestre de 2021, e a chegada da variante Ômicron, em dezembro passado”, observa Bentes.

Mercado Livre e GOL apresentam 1ª aeronave cargueira que entra em operação em setembro

O Mercado Livre e a GOL Linhas Aéreas anunciaram na última terça-feira (23), a chegada da primeira das seis aeronaves modelo Boeing 737-800 BCF, que fazem parte do contrato de longo prazo, firmado em abril deste ano. A iniciativa visa democratizar o comércio para todas as regiões do país, com ênfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e faz parte do pacote de investimentos de R$ 17 bilhões que o Mercado Livre anunciou para este ano no Brasil.

O Mercado Livre e a Gol Linhas Aéreas anunciaram parceria em abril de 2022. Imagem: Divulgação
“Os primeiros voos terão como destino as cidades de Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Teresina (PI), onde o prazo atual de 4 dias cairá para apenas 1, considerando cargas armazenadas em fulfillment. Vamos reduzir o tempo de entrega em até 80%. Esta é a concretização de nosso propósito de entrega rápida e democratização do comércio para todo o país,” comemora Fernando Yunes, vice-presidente Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.

Esses Fullfilment Centers são os centros de distribuição de armazenamento de mercadorias do Mercado Livre, explica a companhia. Neles, os itens ficam estocados até que algum consumidor realize a compra. Após a compra, os produtos saem do CD de fullfilment e se dirigem ao cross dockings, que são galpões menores, mais próximos das regiões de entrega, onde eles serão redirecionados e sairão para a entrega final.

Evolução do tempo de entrega
Somando-se a esta primeira aeronave da GOL, outras duas entrarão em operação ainda neste segundo semestre e as demais serão integradas à frota até o terceiro trimestre de 2023. O acordo considera também a opção de adicionar outras seis aeronaves de carga até 2025.

“Esta aeronave simboliza o início de uma nova fase para a GOL e para a GOLLOG. Este modelo de negócio, inédito para a Companhia, não poderia ter um parceiro melhor, líder do mercado de e-commerce na América Latina. Fazer parte disso e contribuir para democratizar este serviço para milhões de brasileiros, de forma estruturada e sustentável, nos orgulha e nos motiva a seguir crescendo”, diz Celso Ferrer, presidente da GOL Linhas Aéreas.

Os aviões destinados à operação fazem parte da frota atual da GOL e passam por um processo de conversão para cargueiros, sendo designados como 737-800 BCF (Boeing Converted Freighter). Estas são as aeronaves de carga mais eficientes operando no mercado aéreo brasileiro, com capacidade de 24 toneladas.

“Estimamos que a GOLLOG registre um aumento de aproximadamente 80% na capacidade de oferta em toneladas”, calcula Julio Perotti, diretor executivo da GOLLOG. “Este é um grande movimento que amplia nossas operações no Brasil, aumentando a gama de serviços oferecidos, o que deve representar uma receita incremental de R$ 100 milhões ainda em 2022 e de mais R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos”, completa Perotti.

Todas as aeronaves terão a identidade visual do Mercado Livre, que foi aplicada pela GOL Aerotech, unidade de negócios da Companhia especializada em manutenção, reparos e revisões de aeronaves e componentes, a maior da América Latina, sediada em Confins-MG. A unidade está em processo de certificação para executar integralmente as conversões dos próximos aviões desta parceria.

Reestruturação da Americanas

Mudança de presidente é mais um passo rumo à reestruturação da Americanas, diz Citi.

Os analistas destacam que a Americanas está se tornando mais digital, com as vendas online agora respondendo por cerca de 60% das vendas do grupo, mais focada no marketplace.

A saída de Miguel Gutierrez do cargo de diretor-presidente da Americanas após 20 anos liderando a empresa e entrada de Sergio Rial, atual presidente do conselho do Santander, marca mais um passo na reestruturação completa que o grupo vem vivenciando desde 2019, e deve ser bem recebida pelo mercado, diz o Citi.

“A sucessão é fundamental, especialmente para o próximo estágio de crescimento da Americanas”, escrevem os analistas João Pedro Soares, Felipe Reboredo e equipe, em relatório.

Eles destacam que a Americanas está se tornando mais digital, com as vendas online agora respondendo por cerca de 60% das vendas do grupo, mais focada no marketplace, cerca de 60% do volume bruto de mercadorias online, ao mesmo tempo em que desenvolve novas iniciativas, como varejo de alimentos via Hortifruti Natural da Terra, conveniência via Vem Conveniência, joint venture com Vibra, franqueados via Uni.co e fintech via Ame Digital.
Segundo os analistas, sob a liderança de Gutierrez, a rede de lojas se expandiu para quase 3.600 lojas, mais de 1.800 lojas próprias, de 100 unidades, e a empresa também se tornou a segunda maior plataforma de comércio eletrônico do país. Já Rial é um executivo sênior altamente respeitado, anteriormente diretor-presidente do Santander Brasil, e deve desenvolver uma relação mais próxima com os investidores, dizem eles.
A carreira de Gutierrez na Americanas foi construída enquanto a companhia esteve sob o controle dos investidores Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles — após 40 anos, o trio abriu mão do controle neste ano, mas são acionistas de referência, com 29,5% do capital.
O Citi tem recomendação de compra para as ações da Americanas, com preço-alvo de R$ 26, potencial de alta de 90,85% ante o fechamento anterior.

Amazon acelera plano e abre 11 centros de distribuição em 2 anos

Menor do que as rivais no Brasil, companhia planeja seguir ampliando a estrutura de logística.

Gigante do comércio mundial, perde apenas para Walmart, a maior varejista do mundo, a Amazon investiu nos últimos dois anos no Brasil para ampliar sua participação no mercado brasileiro. A companhia passou, desde 2020, de um para 12 o número de centros de distribuição no país, com tamanhos entre 30 mil e 50 mil metros quadrados. A logística, apontam especialistas, ganha mais importância na atuação do varejo, diante de um consumidor que quer receber suas compras em prazos cada vez menores.

Mesmo com a expansão, o número de unidades da Amazon é menor que o de concorrentes, que chegam a ter 30 centros, como é o caso da Via (dona de Casas Bahia e Ponto). A Americanas S.A. (Lojas Americanas e B2W Digital) tem 25 de centros de distribuição, enquanto o total da Magazine Luiza é de 24. Mercado Livre tem 10.
Muitos varejistas também apostam no modelo “cross-docking” – um galpão menor para redirecionamento de entregas dentro da própria rede, como um entreposto. Ou ainda no uso de lojas físicas como “mini-hubs” de distribuição, não apenas de produtos próprios (1P, no jargão do setor), mas também de terceiros (conhecidos como “sellers”, no chamado 3P) – caso do Magazine Luiza.

Ao contrário do mercado mundial, onde é vice-líder, a Amazon ainda tem desempenho no Brasil muito aquém dos rivais, segundo estimativas de mercado. Ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) dos maiores “marketplaces”, plataformas on-line que comercializam produtos próprios e de terceiros, aponta a Amazon como sexta colocada, com R$ 3,832 bilhões de mercadorias vendidas em 2021. O valor não inclui as vendas de terceiros. Se consideradas essas outras vendas, o número estimado sobe para R$ 10 bilhões, de acordo com a consultoria Varese Retail.

Ainda assim, são cifras menores do que as das primeiras do ranking: Mercado Livre (R$ 68 bilhões), Americanas S.A. (R$ 42,195 bilhões), Magazine Luiza (R$ 39,751 bilhões) e Via (R$ 26,423 bilhões).
Sem revelar valores de investimentos nem de receita, Ricardo Pagani, líder de Operações da Amazon no Brasil, diz que foram feitos “investimentos importantes” e que a empresa está apenas no início de sua atuação no Brasil. Embora tenha chegado em 2012, inicialmente vendendo apenas livros digitais e o Kindle (leitor), a ampliação da oferta de produtos e categorias foi gradual. Os livros físicos começaram a ser vendidos em 2014, depois vieram os itens em parceria com terceiros (“sellers”) e só em 2019 passou a adquirir produtos para revenda e vender dispositivos como a assistente virtual Alexa.
Atualmente, a Amazon tem uma variedade de 50 milhões de produtos à disposição dos clientes, em 30 categorias.

“Assim como em outros mercados, a Amazon está no Brasil com uma visão de longo prazo. Estamos construindo uma operação de forma sustentada. São investimentos importantes feitos agora, inicialmente com um horizonte de retorno de cinco a dez anos”, afirma. Pagani minimizou a disputa por uma posição de liderança no Brasil e reforçou que é possível avaliar a posição de cada concorrente em diferentes categorias. No caso de livros vendidos pelo canal on-line, por exemplo, a Amazon está na dianteira.
Os investimentos em centros de distribuição, segundo o executivo, estavam previstos antes da covid-19 chegar ao país, mas foram acelerados durante a pandemia.

Cinco dos 12 centros estão na cidade de Cajamar (SP), dois em Cabo de Santo Agostinho (PE), um em Nova Santa Rita (RS), um em São João de Meriti (RJ), um em Santa Maria (DF), um em Betim (MG) e o outro em Itaitinga (CE). Cada um deles leva o nome do aeroporto mais próximo. Os de Cajamar, por exemplo, são GRU5 ou GRU8, em referência ao aeroporto de Guarulhos.

A Amazon pretende continuar a investir em novos centros de distribuição. A ideia é também ampliar o número de estações de entrega, que hoje são cinco: (três em São Paulo, além de Rio de Janeiro e Minas Gerais). As unidades respondem pela “última milha” da operação, que é a etapa final até o consumidor, e funcionam em determinadas situações.

A logística, diz o fundador e diretor da 360Varejo, Luiz Claudio Dias de Melo, é a bola da vez do varejo, e exige investimentos elevados. Um sinal da preocupação da Amazon com as entregas, segundo ele, é a compra recente de 10% da Total Express, empresa de logística e distribuição.

Só que a Amazon chegou depois nessa ofensiva do varejo em ampliar centros de distribuição no Brasil, observa Melo, que diz que a companhia enfrenta “um campo minado”. Enquanto domina o mercado americano, no Brasil enfrenta concorrentes maiores e à frente em termos de estrutura logística: “Esse movimento que a Amazon faz é tardio. O mercado é bastante ocupado e ‘minado’. Os investimentos dos grandes operadores vêm ocorrendo há anos”, diz ele.

A avaliação da chegada tardia é compartilhada pelo sócio e fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, que aponta uma escalada agressiva da varejista fundada por Jeff Bezos. “A Amazon começou depois, está se estruturando, mas vem escalando muito agressivamente, com investimentos pesados, com muitos ‘fulfillment centers’ “, diz Serrentino.

O especialista em varejo faz referência a centros que recebem os itens, estocam, embalam e despacham o produto, além de atender o cliente quando há alguma reclamação depois de ter recebido a encomenda. No caso do centro de Cajamar (GRU8), onde há operações de marketplace, também oferecem este tipo de serviço a terceiros que usam a plataforma. Os centros de distribuição que a Amazon está montando no país “vão dar a infraestrutura e a musculatura para melhorar o nível de serviço e a capacidade de prestar serviços de logística para os ‘sellers’, que é a fortaleza deles nos Estados Unidos”.

Um dos caminhos para a empresa ampliar a base de clientes no Brasil, diz Serrentino, é o programa Prime, que prevê entrega grátis para uma gama de produtos, independente do valor, e o Prime Video, que é o serviço de “streaming”.

Procuradas para comentar sobre o avanço da Amazon no Brasil, Mercado Livre, Americanas S.A., Magazine Luiz e Via preferiram não responder, mas deram indicadores sobre os prazos de entregas, um dos parâmetros nessa disputa pelo consumidor.

Segundo o diretor executivo de Logística da dona de Casas Bahia e Ponto, Fernando Gasparini, mais de 15% das entregas da empresa são feitas atualmente no mesmo dia da compra e mais de 40% dos produtos chegam no prazo de 24 horas. Na Americanas S.A., 61,2% das entregas são feitas em 24 horas, sendo 40% realizadas em apenas três horas, segundo dados do segundo trimestre do ano.
No Magazine Luiza, 80% dos pedidos de produtos próprios (ou seja, sem considerar os “sellers”) são entregues em até 48 horas, sendo uma parcela “importante” em até 24h, de acordo com a empresa.

A própria Amazon não divulga esses números, mas revela que, pelo Amazon Prime, o frete grátis em até um dia está em 100 cidades e o de dois dias, para mais de 1 mil municípios.

Logística urbana e omnichannel impulsionam negócios da FM Logistic e faturamento cresce 10,7%

– Negócios totalizaram 1,52 bilhão de euros
– EBIT encerrou em 31,5 milhões de euros
– Foram fechados 262 milhões de euros em novos contratos, sendo que 60% reflexo do crescimento da atuação no omnichannel

A FM Logistic, um dos principais operadores de logística e supply chain do mundo, divulgou os resultados financeiros para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2022. A empresa registrou um faturamento de 1,52 bilhão de euros, aumento de 10,7% em relação ao ano anterior, reflexo do dinamismo crescente das vendas omnichannel com as atividades de e-commerce.

O EBIT (lucro antes de juros e impostos) totalizou 31,5 milhões de euros. O período foi marcado por grandes investimentos para apoiar startups e projetos de automação, cujos benefícios serão analisados no longo prazo. Conforme Jean-Christophe Machet, CEO da FM Logistic, mais uma vez – apesar das intempéries no cenário econômico e das tensões nas cadeias globais de abastecimento, a empresa demonstrou força e resiliência.

“O omnichannel e o e-commerce seguem fortalecendo os resultados com 60% de impacto nos negócios, com a assinatura de 262 milhões de euros em novos contratos. Mesmo com diversos problemas no âmbito econômico global, nossas equipes demonstraram enorme resiliência e compromisso intenso em concluir os projetos mais completos para os clientes”, comentou.

De acordo com Machet, o ano de 2021 foi marcado pela implementação do plano estratégico denominado “Powering 2030”, que tem como objetivo central a intensificação da importância em ter uma cadeia logística sustentável. “A questão climática e a preocupação com o meio ambiente é um tema que envolve a todos e queremos estar entre as empresas que realmente fazem os processos aconteceram”, ressaltou.

Negócios crescentes em soluções omnichannel e logística urbana

Os novos contratos conquistados em 2021 e 2022 refletem a dinâmica do aumento dos negócios na Europa e Ásia, principalmente, com clientes internacionais do setor FMCG (Fast Moving Consumer Goods – Bens de Consumo Rápido). As plataformas logísticas multiclientes e a ampla experiência da FM Logistic no segmento de transporte permitiram o avanço da expertise corporativa, o que é essencial para o desenvolvimento de uma cadeia de abastecimento omnichannel sustentável.

Para sustentar o forte crescimento, a cadeia de pet shop Maxi Zoo confiou à FM Logistic a operação logística de suas 263 lojas na França, bem como a preparação e envio dos pedidos de e-commerce. O CD de 57 mi m2 localizado em Savigny-sur-Clairis administra um estoque de 15 mil itens e processa em torno de 5 milhões de pedidos por ano, incluindo 1,2 milhão realizados por consumidores no ambiente digital. Para 2022, a expectativa é de que consumidores alemães e poloneses da Maxi Zoo movimentem em torno de 3 milhões em produtos. Um novo armazém de 35 mil m2 também será dedicado à esta atividade em Glogów (Polônia).

No entanto, o crescimento das entregas domésticas é acompanhado pelo aumento da poluição, congestionamento nas grandes cidades e escassez de espaço de armazenamento local. Com isso, a demanda por soluções de logística urbana aumentou e a Espanha é um dos países que estão na vanguarda.

Com isso, o serviço de logística urbana da FM denominado Citylogin no mercado espanhol dobrou o faturamento no ano passado e ultrapassou mais de 600 colaboradores envolvidos no processo. Além disso, abriu escritórios em novas cidades como Barcelona, Huelva e Badajoz, atingindo 13 localidades atendidas. A frota para atendimento regional já ultrapassa 370 veículos, sendo que 120 são com motores alternativos.

Ainda na Espanha, um centro logístico subterrâneo da FM Logistic foi instalado sob s Plaza Mayor em parceria com a Autoridade de Transportes de Madrid (EMT). O projeto Citylogin é o responsável por distribuir os produtos adquiridos por e-commerce por consumidores espanhóis. Sete triciclos elétricos fazem entregas em menos de duas horas na capital. Eles podem transportar até 420 kg de mercadorias e percorrer 80 km com uma única carga.

Cadeias de abastecimento cada vez mais sustentáveis e resilientes

Em linha com as estratégias definidas no plano Powering 2030, a FM Logistic continua avançando no desenvolvimento de cadeias logísticas mais sustentáveis. Entre as principais realizações de 2021:

– Redução no uso de plástico: no Brasil, a FM Logistic apoia a Henkel na redução de emissões de CO2, graças às entregas com veículos elétricos a partir do CD de São Paulo que também é equipado com painéis solares. O papel kraft substituiu o plástico nas embalagens. O resultado obtido corresponde a 94% menos plástico utilizado na operação e uma redução de 30% nos custos operacionais.

– Estações de produção de hidrogênio verde: no CD próximo a Madri, a FM Logistic instalou uma estação de produção de hidrogênio verde que funciona com energia solar e tem capacidade de gerar 45 kg por semana. A eletricidade necessária vem dos painéis fotovoltaicos.

– Relatório de impacto dinâmico: a empresa desenvolveu, em parceria com a consultoria EY, uma ferramenta para reportar os impactos socioambientais de suas atividades. Ao medir os efeitos positivos e negativos, a FM Logistic oferece aos clientes, colaboradores e parceiros informações transparentes para orientá-los na tomada de decisões.

“Este é um passo importante para uma logística mais sustentável e uma ilustração tangível do nosso desejo de criar mudanças positivas para nossos colaboradores, clientes e toda a sociedade”, acrescentou Jean-Christophe Machet.

Projeções para 2022 e 2023

As tensões geopolíticas e econômicas, bem como a inflação, pesarão sobre o resultado operacional e as receitas da FM Logistic em razão da forte presença no Leste Europeu. No entanto, o modelo de negócio da empresa aliado à uma forte dinâmica comercial e controlo de custos reforçado, permitirá reduzir o impacto e manter o planejamento determinado pelo Powering 2030.

Sobre a FM Logistic

Fundada na França em 1967, a FM Logistic é uma empresa com faturamento de 1,52 bilhão de euros (2021-2022), está presente em 14 países da Europa, Ásia e América Latina e conta com, aproximadamente, 28,6 mil colaboradores.

A FM Logistic investe constantemente em inovação para oferecer soluções logísticas de armazenagem, co-packing, nacionalização e transportes de cargas completas e fracionadas para atender às necessidades dos clientes, suportando o crescimento nos canais B2B, B2C, incluindo soluções de e-commerce e omnichannel. Seu portfólio de atuação abrange indústrias nacionais e internacionais de bens de consumo, varejo, cosméticos, manufaturados e produtos de cuidados pessoais. No Brasil, está presente desde 2013, onde conta com três centros de distribuição localizados estrategicamente em SP, SC e RS, empregando cerca de 600 colaboradores.