Shopee x Mercado Livre: análise dos maiores marketplaces do Brasil

Em apenas três anos no mercado nacional, a Shopee chegou à vice-liderança dos e-commerces brasileiros. Mesmo na segunda posição, o site de vendas de Singapura tem prejuízo de US$ 1,52 por compra no país em 2022, mas indica uma melhoria de 45% em um ano.

A perda tem um bom motivo: ganhar uma boa fatia do segmento em um primeiro momento. Tanto que, no início de 2022, a nova queridinha das compras online diminuiu o número de cupons para minimizar as perdas e houve alterações nas taxas para vendedores que utilizam CPF em vez de CNPJ.

No entanto, o Mercado Livre (ML) ainda lidera os rankings dos marketplaces. Mas será que o Meli já está consolidado no país, por isso os dados se estabilizaram, ou será que a Shopee vai ameaçá-lo?

Neste artigo, aprofundaremos esses dados e, o mais importante, saberemos quais são as diferenças e as semelhanças entre os dois marketplaces. O foco é como as políticas e as características desses sites podem afetar o seller.

Afinal, qual o maior marketplace atualmente?
Quem é maior: Shopee ou Mercado Livre?

Somados os acessos de aplicativos e desktops, o Mercado Livre, até julho de 2022, liderava o ranking do e-commerce no Brasil. Mas a tendência de crescimento é maior para o marketplace Shopee.

Como os dados da Conversion mostram, o Mercado Livre apresenta oscilações de visitas desde janeiro. O número no início do ano era maior do que em julho.

Já a Shopee vive um momento de crescimento. Os acessos são menores que os do maior concorrente, mas, em relação ao início de 2022, as visitas estão crescendo.

Acesso por aplicativos nos marketplaces
Nos aplicativos próprios, a Shopee lidera os acessos com larga vantagem. Os dois e-commerces estão crescendo nos apps de marketplace, mas a empresa singapuriana supera os acessos do Meli em mais de 40 mil acessos.

Líder em satisfação do cliente
Dados do Bank of America Merrill Lynch (BofA) mostram que a Shopee está se tornando a favorita dos brasileiros. A empresa é líder em satisfação do cliente, com três pontos de vantagem sobre o Mercado Livre. O Net Promoter Score (NPS) da singapurense é 64, enquanto o do Mercado Livre é 61.

Preços
A mesma pesquisa mostrou liderança de preços baixos da Shopee, o que confirma a impressão de que o marketplace asiático é um site para quem procura por produtos com baixo valor.

Porém, a própria Shopee divulgou que investirá em eventos do setor de luxo. Assim, mercadorias com ticket médio maior podem ter mais relevância no marketplace daqui a um tempo.

Tendência de crescimento
Os dados indicam uma forte tendência de crescimento da Shopee e consolidação do Mercado Livre. O Brasil é o grande objetivo da empresa asiática, e a estimativa é de que a performance do país supere até mesmo os resultados na terra de origem da plataforma.

Outra característica relevante é a preocupação da Shopee em entender a cultura local para se adaptar. Em todos os mercados em que o e-commerce entra, há bastante investimento para criar estratégias compatíveis com a região em que está inserido.

Como o player asiático está mudando algumas políticas, o indicado é que o seller continue a analisar os dados, pois pode haver uma estabilização, e até mesmo queda, a depender da resposta do consumidor às alterações. A tendência é uma diminuição das políticas agressivas à medida que o público brasileiro se habitua a comprar na Shopee.

É fundamental acompanhar as estatísticas dos marketplaces. Os dados vão mostrar as expectativas de crescimento e, principalmente, as preferências dos consumidores. Porém, tão importante quanto isso é entender qual a política com os vendedores e o perfil dos e-commerces para traçar estratégias de negócios.

A seguir serão mostrados dados que interferem diretamente na margem de lucro do seller e estratégias para vender nos dois maiores marketplaces do momento.

Perfil de compra
É preciso entender o perfil de compra dos consumidores de cada marketplace.
O perfil de compra para cada marketplace difere. Cada consumidor possui objetivos e comportamentos diferentes, e por conta desses fatores, é essencial entender como atuar em cada um, se compensa empreender sua loja na plataforma e aplicar diferentes estratégias.

Shopee
Como a pesquisa do BofA mostrou, os clientes percebem a asiática como uma plataforma de compras mais baratas. Dessa forma, eles buscam menor preço e ofertas no marketplace. Um estudo interno da Shopee reforça esse dado. O perfil predominante de compradores é o que eles chamam de antenado em ofertas e representa 57%.

Esse é o motivo pelo qual há uma grande variedade de produtos de baixo ticket médio no marketplace que ficam em destaque na aba de “ofertas relâmpagos” como: utensílios de casa e cozinha, maquiagens, acessórios etc.

A precificação na Shopee é um fator decisivo para os consumidores, e eles buscam melhores preços que sejam possíveis utilizar cupons, promoções e frete gratuito.

Porém, é questão de sobrevivência para um negócio calcular o impacto de todos esses descontos na sua margem de lucro, entender como a comissão de vendas da Shopee funciona e aplicar preços que não atinjam seu faturamento.

Mercado Livre
O ainda maior marketplace do Brasil se assemelha a um catálogo no qual os consumidores não avaliam apenas preço. Um estudo do próprio Mercado Livre Ads, área dedicada à publicidade da empresa, mostra o quanto o cliente do e-commerce é analítico. Os visitantes passam 17% a mais de tempo no marketplace antes de realizar uma compra.

É comum a análise do custo-benefício, ao ver comentários, reputação do vendedor, características mais específicas de uma determinada mercadoria etc.

A plataforma também não consegue acompanhar a cultura de preços baixos da Shopee, que utiliza da estratégia que foi citado no início deste artigo, mas possui grande reputação no Brasil por sua qualidade de atendimento.

Podemos utilizar o comparativo de que, atualmente, a Shopee funcionaria como um ambiente comercial semelhante a pequenos shoppings com baixos preços e até poder de barganha por parte do consumidor, que tem à sua disposição muitos cupons, enquanto o Mercado Livre se torna um grande shopping com entregas de pedidos rápidos através de seu Mercado Envios Full que garante entregas até no mesmo dia a seu consumidor.

Comissão nos marketplaces
Quem não analisa bem as taxas avalia a Shopee como melhor no quesito comissão. O desconto será de no máximo 18%, caso o vendedor opte por oferecer frete grátis extra e trabalhe com CNPJ.

No Mercado Livre, a taxa varia de acordo com a categoria do produto e ainda há o desconto pela entrega gratuita. Dessa forma, é preciso uma análise mais aprofundada para entender o impacto no seu faturamento e estratégias.

Existe a vantagem, por parte do Meli, de descontar apenas R$5 em produtos de até R$79. Para quem vende produtos de baixo ticket, é uma vantagem. Ao mesmo tempo, a Shopee tem sido vista como o lugar para itens de menor valor.

Assim, é preciso analisar para entender qual é mais vantajoso para o negócio. Um produto muito barato pode ter um desconto maior na Shopee do que no Mercado Livre.

Um item de R$80, por exemplo, tem taxa de R$5 no líder dos e-commerces hoje. Na Shopee, R$9,60 ficam para o marketplace asiático. Porém, nesse exemplo, não foi considerado o frete grátis e nem anúncios diferenciados.

O Mercado Livre tem uma página com as comissões para todas as categorias de produtos para o seller consultar quando for necessário.

Já a Shopee, na data de fechamento deste texto, possui uma política de comissão mais enxuta, como você pode ver na ilustração abaixo, que considera o seu programa de frete grátis e a quantidade mensal de cupons pagos pela plataforma.

Taxas de comissão da Shopee.

Contudo, há ferramentas no mercado, como hubs de integração, que fazem o cálculo automático para o seller e ainda mostram qual a precificação ideal para preservar a margem de acordo com as taxas da Shopee e Mercado Livre, por exemplo.

Como funciona o frete grátis na Shopee?

Programa de frete grátis da Shopee e exemplos.
A Shopee possui muitos materiais visuais para simplificar o entendimento de seu programa de frete grátis a seus lojistas, como o gráfico acima, que exemplifica o limite máximo de comissão de R$100 da plataforma.

O seu programa de frete grátis se baseia em compras acima de R$29,90; ao utilizar o aplicativo, recebem o benefício. Para os vendedores, significa que será cobrado 6% a mais na comissão, mas respeitando a cobrança máxima de R$100.

Dessa maneira, produtos com ticket médio mais altos garantem mais faturamento ao lojista, que pode utilizar estratégias para atrair mais clientes.

Como funciona o custeio do frete grátis no Mercado Livre?
A contribuição do Mercado Livre com o custeio do frete está totalmente relacionada à reputação do vendedor. Assim, quanto melhor for o desempenho do seller, maiores serão as vantagens para ele. Além da contribuição do marketplace no frete, opções como utilizar seu programa de fulfilment atrairão mais compradores a sua loja.

Reputação verde
A melhor reputação no ML é conquistada para quem cumpre os seguintes requisitos:

Reclamações de até 4% do total de vendas.
Tempo de envio igual ou inferior a 15% do total de vendas.
Taxa de cancelamento inferior ou igual a 2%.
Reputação amarela
Vendedores na reputação amarela, têm três pré-requisitos. São eles:

Reclamações de até 7% do total de vendas.
Envio limitado a 20% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 7% das vendas.
Reputação laranja
Se enquadram na reputação laranja:

Vendedores com até 12% de reclamações do total de vendas.
Tempo de envio que não ultrapassa 30% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 10% das suas vendas.
Vendas por CPF
Muitos lojistas começam o processo de vendas no marketplaces através do CPF.
As vendas por CPF são como muitos lojistas iniciam seus negócios online com o objetivo de evitar, de início, encargos e burocracias ao criar um CNPJ.

O Mercado Livre e a Shopee são dois marketplaces que permitem as vendas por pessoa física, principalmente para aqueles que querem simplesmente vender itens usados, veículos etc. Porém, não é indicado para o seller permanecer com seu negócio online com CPF. Afinal, há muitas limitações, e as plataformas estão cada vez mais priorizando vendedores com CNPJ.

O empreendedor pode até iniciar como pessoa física, mas à medida que cresce é preciso se formalizar. Afinal, ao ultrapassar o limite imposto, são solicitados dados fiscais e ele poderá ter problemas com a Receita Federal.

O vendedor pode começar como Microempreendedor Individual (MEI), que permite venda e geração de nota fiscal para quem tem um faturamento de até R$80 mil anuais e, ao crescer mais, torna-se uma empresa de pequeno porte com até R$4,8 milhões anuais e continuar a utilizar o Simples Nacional.

Taxas para vender com CPF na Shopee

No início de junho de 2022, a Shopee realizou uma revisão nas políticas para vendedores que utilizam CPF no marketplace. Além da taxa padrão de 12%, é cobrado um acréscimo de R$5 por item vendido e, para itens com valores abaixo de R$10, será cobrado metade do valor do item.

Um dos objetivos do e-commerce com essas novas políticas foi motivar a formalização dos sellers. Confira abaixo na tabela:

Gráfico de comissão por CPF da Shopee.
Vender com o CNPJ, além de ter uma menor cobrança em sua comissão, oferece mais benefícios na plataforma como:

Equipe da Shopee com maior suporte ao seller;
Acesso ao Programa Vendedores Indicados da Shopee, que dá mais destaque ao seller;
Selo exclusivo do seu programa de frete grátis;
Oferecer mais cupons de desconto a seu cliente.
Venda com CPF no Mercado Livre
O Mercado Livre, assim como a Shopee, está cada vez migrando para que seus vendedores se formalizam através de políticas que favorecem pessoas jurídicas, para que, dessa maneira, pessoas físicas utilizem sua plataforma apenas para vendas casuais, como produtos que não utilizam mais.

As vendas no Meli com CPF têm restrições, como o limite de R$12 mil por vendedor, e também não é possível usufruir dos programas de entrega, como Mercado Coletas, já que as transportadoras exigem nota fiscal.

Emissão de nota fiscal no Mercado Livre e na Shopee
Os dois e-commerces têm sistema de emissão de nota fiscal integrado às plataformas. Nos dois, o seller precisa de um certificado digital do tipo A1 para gerar a NF. Dessa forma, mesmo sem um hub de integração ou ERP, o empreendedor pode gerar o documento, que é pré-requisito para ser um vendedor com grandes volumes de venda na Shopee ou no Mercado Livre.

Afinal, devo vender no Mercado Livre ou na Shopee?
Os dois canais de venda são portas de entrada para vendedores que estão iniciando seu negócio online, e se limitar a somente um deles pode fazê-lo perder potenciais vendas.

Então, estar presente nos dois marketplaces pode lhe garantir mais alcance. Afinal, um é líder em acessos e o outro possui um crescimento acelerado e promete ser promissor no território brasileiro, mesmo não sendo uma empresa nacional.

Não somente nos dois, mas o lojista deve analisar seu negócio e buscar se expandir em marketplaces que façam sentido para seu e-commerce através de estratégias assertivas e que o façam escalar, sempre pensando em fatores internos e externos, e preparando-se para períodos com muita demanda, como Dia das Mães, Black Friday, entre outros.

Dona da Shopee eleva prejuízo no 2º trimestre; receitas no Brasil sobem 270%

Por conta do cenário macroeconômico incerto, a Sea suspendeu suas metas de receitas para comércio eletrônico no ano.

A Sea, controladora da Shopee, registrou prejuízo líquido de US$ 569,8 milhões no segundo trimestre de 2022, piorando em 77,4% as perdas na comparação anual, com alta de 52,3% na despesas operacionais. As receitas entre abril e junho somaram US$ 2,94 bilhões, alta de 29% sobre o mesmo período de 2021.

No segmento de comércio eletrônico, as receitas subiram 75,6% em um ano, a US$ 1,75 bilhão. A companhia destaca que o volume bruto de mercadorias (GMV) da Shopee subiu 27,2% em um ano, a US$ 19 bilhões. No Brasil, as receitas subiram mais de 270% em um ano.

Já o prejuízo operacional da Shopee subiu de US$ 579,8 milhões há um ano para US$ 648,1 milhões no segundo trimestre.
“Nossos resultados robustos no trimestre refletem a continuidade do nosso progresso em aumentar eficiência e fortalecimento do nosso ecossistema”, diz Forrest Li, diretor-presidente da Sea, em nota.
Por conta do cenário macroeconômico incerto, a Sea suspendeu suas metas de receitas para comércio eletrônico no ano. A empresa diz que os esforços vão ajudar a companhia a capturar oportunidades de crescimento de longo prazo.

O segmento de entretenimento digital da Sea, que tem como principal produto o jogo para celular “Free Fire”, registrou queda de 12,1% nas receitas, a US$ 900,2 milhões. Houve queda de 14% na base de usuários ativos, a 619,3 milhões. A porcentagem de usuários que utilizam dinheiro no jogo caiu de 12,7% para 9,1%.

Shopee vs Mercado Livre: análise dos maiores marketplaces do Brasil.

Em apenas três anos no mercado nacional, a Shopee chegou à vice-liderança dos e-commerces brasileiros. Mesmo na segunda posição, o site de vendas de Singapura tem prejuízo de US$ 1,52 por compra no país em 2022, mas indica uma melhoria de 45% em um ano.

A perda tem um bom motivo: ganhar uma boa fatia do segmento em um primeiro momento. Tanto que, no início de 2022, a nova queridinha das compras online diminuiu o número de cupons para minimizar as perdas e houve alterações nas taxas para vendedores que utilizam CPF em vez de CNPJ.

No entanto, o Mercado Livre (ML) ainda lidera os rankings dos marketplaces. Mas será que o Meli já está consolidado no país, por isso os dados se estabilizaram, ou será que a Shopee vai ameaçá-lo?

Neste artigo, aprofundaremos esses dados e, o mais importante, saberemos quais são as diferenças e as semelhanças entre os dois marketplaces. O foco é como as políticas e as características desses sites podem afetar o seller.

Afinal, qual o maior marketplace atualmente?
Quem é maior: Shopee ou Mercado Livre?

Somados os acessos de aplicativos e desktops, o Mercado Livre, até julho de 2022, liderava o ranking do e-commerce no Brasil. Mas a tendência de crescimento é maior para o marketplace Shopee.

Como os dados da Conversion mostram, o Mercado Livre apresenta oscilações de visitas desde janeiro. O número no início do ano era maior do que em julho.

Já a Shopee vive um momento de crescimento. Os acessos são menores que os do maior concorrente, mas, em relação ao início de 2022, as visitas estão crescendo.

Acesso por aplicativos nos marketplaces
Nos aplicativos próprios, a Shopee lidera os acessos com larga vantagem. Os dois e-commerces estão crescendo nos apps de marketplace, mas a empresa singapuriana supera os acessos do Meli em mais de 40 mil acessos.

Líder em satisfação do cliente
Dados do Bank of America Merrill Lynch (BofA) mostram que a Shopee está se tornando a favorita dos brasileiros. A empresa é líder em satisfação do cliente, com três pontos de vantagem sobre o Mercado Livre. O Net Promoter Score (NPS) da singapurense é 64, enquanto o do Mercado Livre é 61.

Preços
A mesma pesquisa mostrou liderança de preços baixos da Shopee, o que confirma a impressão de que o marketplace asiático é um site para quem procura por produtos com baixo valor.

Porém, a própria Shopee divulgou que investirá em eventos do setor de luxo. Assim, mercadorias com ticket médio maior podem ter mais relevância no marketplace daqui a um tempo.

Tendência de crescimento
Os dados indicam uma forte tendência de crescimento da Shopee e consolidação do Mercado Livre. O Brasil é o grande objetivo da empresa asiática, e a estimativa é de que a performance do país supere até mesmo os resultados na terra de origem da plataforma.

Outra característica relevante é a preocupação da Shopee em entender a cultura local para se adaptar. Em todos os mercados em que o e-commerce entra, há bastante investimento para criar estratégias compatíveis com a região em que está inserido.

Como o player asiático está mudando algumas políticas, o indicado é que o seller continue a analisar os dados, pois pode haver uma estabilização, e até mesmo queda, a depender da resposta do consumidor às alterações. A tendência é uma diminuição das políticas agressivas à medida que o público brasileiro se habitua a comprar na Shopee.

É fundamental acompanhar as estatísticas dos marketplaces. Os dados vão mostrar as expectativas de crescimento e, principalmente, as preferências dos consumidores. Porém, tão importante quanto isso é entender qual a política com os vendedores e o perfil dos e-commerces para traçar estratégias de negócios.

A seguir serão mostrados dados que interferem diretamente na margem de lucro do seller e estratégias para vender nos dois maiores marketplaces do momento.

Perfil de compra
É preciso entender o perfil de compra dos consumidores de cada marketplace.
O perfil de compra para cada marketplace difere. Cada consumidor possui objetivos e comportamentos diferentes, e por conta desses fatores, é essencial entender como atuar em cada um, se compensa empreender sua loja na plataforma e aplicar diferentes estratégias.

Shopee
Como a pesquisa do BofA mostrou, os clientes percebem a asiática como uma plataforma de compras mais baratas. Dessa forma, eles buscam menor preço e ofertas no marketplace. Um estudo interno da Shopee reforça esse dado. O perfil predominante de compradores é o que eles chamam de antenado em ofertas e representa 57%.

Esse é o motivo pelo qual há uma grande variedade de produtos de baixo ticket médio no marketplace que ficam em destaque na aba de “ofertas relâmpagos” como: utensílios de casa e cozinha, maquiagens, acessórios etc.

A precificação na Shopee é um fator decisivo para os consumidores, e eles buscam melhores preços que sejam possíveis utilizar cupons, promoções e frete gratuito.

Porém, é questão de sobrevivência para um negócio calcular o impacto de todos esses descontos na sua margem de lucro, entender como a comissão de vendas da Shopee funciona e aplicar preços que não atinjam seu faturamento.

Mercado Livre
O ainda maior marketplace do Brasil se assemelha a um catálogo no qual os consumidores não avaliam apenas preço. Um estudo do próprio Mercado Livre Ads, área dedicada à publicidade da empresa, mostra o quanto o cliente do e-commerce é analítico. Os visitantes passam 17% a mais de tempo no marketplace antes de realizar uma compra.

É comum a análise do custo-benefício, ao ver comentários, reputação do vendedor, características mais específicas de uma determinada mercadoria etc.

A plataforma também não consegue acompanhar a cultura de preços baixos da Shopee, que utiliza da estratégia que foi citado no início deste artigo, mas possui grande reputação no Brasil por sua qualidade de atendimento.

Podemos utilizar o comparativo de que, atualmente, a Shopee funcionaria como um ambiente comercial semelhante a pequenos shoppings com baixos preços e até poder de barganha por parte do consumidor, que tem à sua disposição muitos cupons, enquanto o Mercado Livre se torna um grande shopping com entregas de pedidos rápidos através de seu Mercado Envios Full que garante entregas até no mesmo dia a seu consumidor.

Comissão nos marketplaces
Quem não analisa bem as taxas avalia a Shopee como melhor no quesito comissão. O desconto será de no máximo 18%, caso o vendedor opte por oferecer frete grátis extra e trabalhe com CNPJ.

No Mercado Livre, a taxa varia de acordo com a categoria do produto e ainda há o desconto pela entrega gratuita. Dessa forma, é preciso uma análise mais aprofundada para entender o impacto no seu faturamento e estratégias.

Existe a vantagem, por parte do Meli, de descontar apenas R$5 em produtos de até R$79. Para quem vende produtos de baixo ticket, é uma vantagem. Ao mesmo tempo, a Shopee tem sido vista como o lugar para itens de menor valor.

Assim, é preciso analisar para entender qual é mais vantajoso para o negócio. Um produto muito barato pode ter um desconto maior na Shopee do que no Mercado Livre.

Um item de R$80, por exemplo, tem taxa de R$5 no líder dos e-commerces hoje. Na Shopee, R$9,60 ficam para o marketplace asiático. Porém, nesse exemplo, não foi considerado o frete grátis e nem anúncios diferenciados.

O Mercado Livre tem uma página com as comissões para todas as categorias de produtos para o seller consultar quando for necessário.

Já a Shopee, na data de fechamento deste texto, possui uma política de comissão mais enxuta, como você pode ver na ilustração abaixo, que considera o seu programa de frete grátis e a quantidade mensal de cupons pagos pela plataforma.

Taxas de comissão da Shopee.

Contudo, há ferramentas no mercado, como hubs de integração, que fazem o cálculo automático para o seller e ainda mostram qual a precificação ideal para preservar a margem de acordo com as taxas da Shopee e Mercado Livre, por exemplo.

Como funciona o frete grátis na Shopee?

Programa de frete grátis da Shopee e exemplos.
A Shopee possui muitos materiais visuais para simplificar o entendimento de seu programa de frete grátis a seus lojistas, como o gráfico acima, que exemplifica o limite máximo de comissão de R$100 da plataforma.

O seu programa de frete grátis se baseia em compras acima de R$29,90; ao utilizar o aplicativo, recebem o benefício. Para os vendedores, significa que será cobrado 6% a mais na comissão, mas respeitando a cobrança máxima de R$100.

Dessa maneira, produtos com ticket médio mais altos garantem mais faturamento ao lojista, que pode utilizar estratégias para atrair mais clientes.

Como funciona o custeio do frete grátis no Mercado Livre?
A contribuição do Mercado Livre com o custeio do frete está totalmente relacionada à reputação do vendedor. Assim, quanto melhor for o desempenho do seller, maiores serão as vantagens para ele. Além da contribuição do marketplace no frete, opções como utilizar seu programa de fulfilment atrairão mais compradores a sua loja.

Reputação verde
A melhor reputação no ML é conquistada para quem cumpre os seguintes requisitos:

Reclamações de até 4% do total de vendas.
Tempo de envio igual ou inferior a 15% do total de vendas.
Taxa de cancelamento inferior ou igual a 2%.
Reputação amarela
Vendedores na reputação amarela, têm três pré-requisitos. São eles:

Reclamações de até 7% do total de vendas.
Envio limitado a 20% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 7% das vendas.
Reputação laranja
Se enquadram na reputação laranja:

Vendedores com até 12% de reclamações do total de vendas.
Tempo de envio que não ultrapassa 30% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 10% das suas vendas.
Vendas por CPF
Muitos lojistas começam o processo de vendas no marketplaces através do CPF.
As vendas por CPF são como muitos lojistas iniciam seus negócios online com o objetivo de evitar, de início, encargos e burocracias ao criar um CNPJ.

O Mercado Livre e a Shopee são dois marketplaces que permitem as vendas por pessoa física, principalmente para aqueles que querem simplesmente vender itens usados, veículos etc. Porém, não é indicado para o seller permanecer com seu negócio online com CPF. Afinal, há muitas limitações, e as plataformas estão cada vez mais priorizando vendedores com CNPJ.

O empreendedor pode até iniciar como pessoa física, mas à medida que cresce é preciso se formalizar. Afinal, ao ultrapassar o limite imposto, são solicitados dados fiscais e ele poderá ter problemas com a Receita Federal.

O vendedor pode começar como Microempreendedor Individual (MEI), que permite venda e geração de nota fiscal para quem tem um faturamento de até R$80 mil anuais e, ao crescer mais, torna-se uma empresa de pequeno porte com até R$4,8 milhões anuais e continuar a utilizar o Simples Nacional.

Taxas para vender com CPF na Shopee

No início de junho de 2022, a Shopee realizou uma revisão nas políticas para vendedores que utilizam CPF no marketplace. Além da taxa padrão de 12%, é cobrado um acréscimo de R$5 por item vendido e, para itens com valores abaixo de R$10, será cobrado metade do valor do item.

Um dos objetivos do e-commerce com essas novas políticas foi motivar a formalização dos sellers. Confira abaixo na tabela:

Gráfico de comissão por CPF da Shopee.
Vender com o CNPJ, além de ter uma menor cobrança em sua comissão, oferece mais benefícios na plataforma como:

Equipe da Shopee com maior suporte ao seller;
Acesso ao Programa Vendedores Indicados da Shopee, que dá mais destaque ao seller;
Selo exclusivo do seu programa de frete grátis;
Oferecer mais cupons de desconto a seu cliente.
Venda com CPF no Mercado Livre
O Mercado Livre, assim como a Shopee, está cada vez migrando para que seus vendedores se formalizam através de políticas que favorecem pessoas jurídicas, para que, dessa maneira, pessoas físicas utilizem sua plataforma apenas para vendas casuais, como produtos que não utilizam mais.

As vendas no Meli com CPF têm restrições, como o limite de R$12 mil por vendedor, e também não é possível usufruir dos programas de entrega, como Mercado Coletas, já que as transportadoras exigem nota fiscal.

Emissão de nota fiscal no Mercado Livre e na Shopee
Os dois e-commerces têm sistema de emissão de nota fiscal integrado às plataformas. Nos dois, o seller precisa de um certificado digital do tipo A1 para gerar a NF. Dessa forma, mesmo sem um hub de integração ou ERP, o empreendedor pode gerar o documento, que é pré-requisito para ser um vendedor com grandes volumes de venda na Shopee ou no Mercado Livre.

Afinal, devo vender no Mercado Livre ou na Shopee?
Os dois canais de venda são portas de entrada para vendedores que estão iniciando seu negócio online, e se limitar a somente um deles pode fazê-lo perder potenciais vendas.

Então, estar presente nos dois marketplaces pode lhe garantir mais alcance. Afinal, um é líder em acessos e o outro possui um crescimento acelerado e promete ser promissor no território brasileiro, mesmo não sendo uma empresa nacional.

Não somente nos dois, mas o lojista deve analisar seu negócio e buscar se expandir em marketplaces que façam sentido para seu e-commerce através de estratégias assertivas e que o façam escalar, sempre pensando em fatores internos e externos, e preparando-se para períodos com muita demanda, como Dia das Mães, Black Friday, entre outros.

Intelipost anuncia ex-manager da Amazon como CEO da companhia

O Grupo Intelipost anunciou no útlimo dia 16, a chegada do norte-americano Ross Saario para a cadeira de CEO da corporação. Com Amazon nos Estados Unidos no currículo, onde liderava logística global de last mile, o executivo marca o momento de expansão agressiva do Grupo Intelipost no mercado brasileiro.

Em 2022, a Intelipost tem previsão de dobrar de tamanho e de movimentar R$ 50 bilhões em volume de vendas pela plataforma anualmente, conquista que se soma ao desafio de crescer dez vezes, atingindo R$ 1 bilhão em receitas nos próximos anos. Stefan Rehm, co-fundador e atual CEO, assume a posição de Chief Strategy Officer (CSO), passando a atuar com estratégia, novos negócios, M&A e clientes estratégicos.

“A Intelipost vem assistindo a um crescimento acelerado e entendemos que este é o momento de agregar novas experiências na alta liderança para manter essa expansão de forma sustentável e altamente profissional. A experiência de Ross em uma das maiores e principais empresas de tecnologia do mundo irá agregar muito e colocar a empresa em um próximo patamar no mercado latino-americano”, explica Rehm, que fundou a Intelipost ao lado de Gabriel Drummond, que permanece na posição de COO.

Saario tem vasta experiência nos mercados brasileiro e latino-americano. Para alcançar os objetivos do Grupo Intelipost, a ideia é que o executivo use a experiência adquirida na gestão de mais de US$ 1 bilhão em receitas e dezenas de milhões de clientes em todo o mundo na matriz da gigante americana.

“A Intelipost é líder de mercado com uma plataforma robusta, o que nos traz a vantagem de atuar com os principais e-commerces e marketplaces do país, mercado que sabemos que ainda é complexo e fragmentado. Queremos proporcionar aos consumidores finais uma experiência de entrega perfeita. Além disso, continuaremos expandindo, em toda a região, a nossa base de clientes, impulsionando o país com o auxílio da logística, setor que continuará com um grande destaque nos próximos anos.” – Ross Saario.

Criada há oito anos, a Intelipost atua com soluções que integram, de forma inteligente, lojistas (como e-commerce, varejistas, indústrias, marketplaces e operadores logísticos) e transportadoras. A empresa realiza mensalmente mais de 1 bilhão de cálculos de fretes, conta com mais de 15 mil lojas integradas e mais de 500 integrações com transportadoras. Entre seus clientes estão marcas como Arezzo&Co, AliExpress, Leroy Merlin, Lojas Renner, Boticário, Riachuelo, entre outras.

Casas Bahia chega em Manaus com 5 lojas e 1 centro de distribuição

A Casas Bahia chega ao estado do Amazonas com a abertura das cinco primeiras lojas no estado, em Manaus, além de um centro de distribuição inaugurado recentemente na capital. Lojas e CD já proporcionam um forte impacto na economia local, com a geração de 380 empregos diretos e 1.140 indiretos, totalizando mais de 1.500 novos empregos na cidade.

Segundo a companhia, até o final deste ano, a expectativa da Via, dona da rede, é de abrir mais 11 lojas no estado, em regiões estratégicas, com demanda de consumo e onde as lojas possam atender às necessidades do cliente local.

“Temos um ecossistema que transcende o varejo. Contamos com logística avançada, serviços financeiros inclusivos – pensando principalmente nos desbancarizados – mais de 46 milhões de produtos disponíveis nas nossas plataformas. Com a presença das lojas, vamos melhorar ainda mais os prazos de entrega, levando inúmeros benefícios para o povo manauara de maneira simples, rápida e conectada”, conta Marcelo Ubriaco, diretor executivo de Operações da Via, dona da rede Casas Bahia.

A casa do amazonense
Para chegar ao estado, a companhia realizou estudos com clientes da região, a fim de oferecer os melhores serviços e condições de pagamento, como o tradicional carnê, e, desta forma, atender a todas as necessidades dos amazonenses. Da mesma maneira, as lojas foram projetadas para que os consumidores se sintam em casa.

Além de poder testar os produtos disponíveis, ao entrar em uma das lojas o consumidor já inicia sua jornada com uma experiência sensorial, ao sentir aromas diferenciados. Já na entrada estão quiosques do Bradesco, onde os manauaras poderão realizar transações financeiras com mais conforto. O Espaço Beleza, disponível em algumas unidades, traz um salão de beleza completo com atendimento gratuito e experimentação de produtos à venda na loja. Outro diferencial são cozinhas, salas e quartos montados para que o cliente possa experimentar e escolher os produtos que mais combinam com seu estilo.

“As lojas Casas Bahia de Manaus foram desenvolvidas para entregar o que há de melhor em experiência, tecnologia e comodidade para o cliente. O atendimento e o pagamento são realizados por meio da nossa tecnologia própria Via+ Mobile, em que os vendedores levam consigo um terminal portátil pelo qual o cliente pode pagar sem a necessidade de ir até o caixa.

Já os personal techs estão aqui para esclarecer dúvidas e configurar um smartphone ou computador ou mesmo ajudar a montar uma casa conectada ou ambientes gamer para os fãs de jogos online. Nossa loja é pensada para que o amazonense se sinta em casa”, declara Ubriaco.

As lojas oferecem também facilidades como wi-fi gratuito e conveniência na experimentação dos produtos que vão desde smart TVs e smartphones, eletroportáteis e refrigeradores até uma linha completa de móveis e colchões. O cliente pode ainda adquirir seguros e serviços complementares, como instalações e montagem de móveis.

Ainda de acordo com a empresa, o consumidor não precisa restringir suas compras aos itens disponíveis na loja física. Os vendedores da rede podem apoiá-lo na hora de realizar uma compra via app ou site. O mix de produtos do marketplace da Casas Bahia é composto por mais de 46 milhões de itens, nas mais diversas categorias.

Conhecendo o cliente e desenvolvendo estratégias sociais
“Para oferecer tudo de que o manauara precisa, nosso time se uniu a produtores locais de imagem e conteúdo e foram realizadas diversas pesquisas para entender as necessidades dos clientes da região. A estratégia de marketing da marca traz não só os conceitos regionais – como música, dança e imagens de locais paradisíacos –, mas também diversos detalhes que fazem parte do dia a dia dos clientes, como alimentação, trabalho e diversão”, explica Ubriaco.

Além disso, a Fundação Casas Bahia, braço social da Via, já está desenvolvendo com instituições regionais diversas ações sociais, que vão desde impulsionar o nano e o microempreendedor e apoiar jovens que estão ingressando no mercado de trabalho até ações de ajuda humanitária na região.

banQi e logística
As primeiras unidades no Amazonas serão mais do que pontos físicos para adquirir produtos. As lojas funcionam também como agências de serviços financeiros onde será possível fazer saques e depósitos pelo banQi, a carteira digital da varejista, que também dá acesso ao crediário físico e digital e ao cartão de crédito Casas Bahia. Tudo com o apoio de um time de especialistas prontos para oferecer as melhores condições de pagamentos para o cliente.

Já o Centro de Distribuição, inaugurado em um ponto estratégico de Manaus no início de julho, possui 20 mil m² de área de armazenagem. O CD será responsável, nesse início de operação, pela logística dos produtos comercializados pela própria Casas Bahia. Com o CD de Manaus, a Via, que tem a maior malha logística do Brasil, chega a 30 Centros de Distribuição em todo o território nacional.

DHL, maior empresa de logística do mundo, anuncia vinda para Jundiaí

O prefeito Luiz Fernando Machado recebeu na quinta-feira (11), no tradicional “Café com Setor Produtivo”, representantes da empresa DHL Supply Chain, que anunciaram a construção de novas instalações em Jundiaí para armazenagem e distribuição, com previsão de geração de empregos.

Em Jundiaí, o futuro CD da DHL contará com estruturas modernas e será instalado em terreno localizado na rodovia Anhanguera. A previsão da empresa é que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2023.

“Jundiaí avança a partir de políticas públicas planejadas e organizadas de médio e longo prazo. Somos a 7ª economia do Estado, a 17 ª no ranking nacional dos maiores PIB (Produto Interno Bruto) e o nosso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é comparado aos de países desenvolvidos da comunidade europeia (0,822). Estamos sempre buscando investimentos, porque cidade boa é aquela que oferta empregos. É uma satisfação abrigar essa nova planta da DHL, uma grande empresa com abrangência internacional”, destacou o prefeito.

O anúncio foi feito ao prefeito Luiz Fernando durante o tradicional “Café com Setor Produtivo”
Participaram da reunião o diretor de novos negócios de Real Estate, Jalaertem Campos, o head de Real Estate Brasil, Alexandre Selegatto, e o supervisor de Real Estate, Gabriel Zanetti, além do gestor de Governo e Finanças, José Antônio Parimoschi, do diretor de Fomento à Indústria, Gilson Pichioli e da diretora da Unidade Central de Parcerias Estratégicas, Daniele Ruiz.

“Esse será o maior empreendimento imobiliário da empresa no Brasil. Estamos expandindo para atender novos negócios, e Jundiaí foi escolhida por sua localização estratégica, pela facilidade de encontrarmos boa mão de obra, além do bom relacionamento com o setor público. A expectativa é que no primeiro semestre de 2024, estejamos operando nesse novo CD”, informou o diretor de novos negócios.

Para o gestor de Governo e Finanças, que ressaltou a infraestrutura do Município e destacou importantes projetos em andamento como o TIC – Trem Intercidades, que ligará Campinas a São Paulo com parada em Jundiaí, a procura dos empresários para a ampliação dos negócios na cidade mostra que os investimentos na melhoria do ambiente econômico do município, somados aos importantes projetos nas áreas de saúde, educação e segurança, interferem na atração desse tipo de investimento produtivo.

“Estamos crescendo de maneira organizada e através de ações de fomento à economia local, para tornar a cidade cada vez mais competitiva na atração de empresas e geração de empregos, sem deixar de lado a sustentabilidade e a inovação. Isso tem sido visto como um diferencial e tem atraído grandes investimentos”, comemorou.

O “Café com Setor Produtivo” é realizado desde 2017, com a presença do prefeito, de empresários e de gestores da administração municipal. No encontro são ouvidas demandas e trocadas informações para alavancar o setor econômico na cidade.

Em um ano, Ls Translog registrou 9 milhões de entregas no App Umov.Me

Solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas; só em junho de 2022, a transportadora chegou a 808 mil entregas.

A LS Translog realizou 9 milhões de entregas nos entre junho de 2021 e junho de 2022. O resultado foi alcançado por meio do uso do aplicativo de logística da uMov.me, solução desenvolvida por especialistas em tecnologia e negócio.

Só em junho deste ano, a LS Translog realizou 808 mil entregas, totalizando uma média de 202 mil entregas por semana e 40 mil por dia. A solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas da LS Translog.

Atualmente, a transportadora tem operações nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com grandes marcas como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, Centauro, Lojas Renner, Cobasi, Marisa, C&A, Mandaê, Polishop, Infracommerce, Centauro, Nike, entre outras. A uMov.me já desenvolveu mais de 30 mil aplicativos customizados para mais de 10 mil empresas.

Para o CEO da companhia, Alexandre Trevisan, a solução contribui tanto com a operação das empresas quanto com a experiência dos clientes finais. “Com o nosso aplicativo, os negócios ganham mais agilidade, segurança, economia e informações em tempo real. Dessa forma, os consumidores têm mais qualidade no last mile, tornando a experiência como um todo memorável”, completou o executivo.

Leandro Rebustini, gerente de Contas da LS Translog, destacou que as principais funcionalidades do uMov.me são a assinatura eletrônica, a URL pública de rastreio, a geolocalização de equipes em campo e a captura de fotos e vídeos. “Isso permite que o entregador registre o exato momento da entrega. Como resultado, o nosso processo logístico como um todo ganha em segurança e eficiência”, explicou.

O sistema da uMov.me envia uma mensagem ao cliente final com um link para que possa acompanhar o entregador até a sua porta. “Apenas esse procedimento já tem um impacto enorme, pois diminui a quantidade de reentregas por cliente ausente. A tecnologia atua a favor do negócio e das pessoas, garantindo satisfação até a última milha”, acrescentou Trevisan.

UPS anuncia aquisição do Bomi Group, provedor multinacional de logística em saúde

A UPS anunciou nesta semana um projeto de aquisição do Bomi Group, provedor multinacional de logística de saúde. De acordo com a empresa, a transação adicionará instalações controladas pela temperatura em 14 países e cerca de 3 mil membros da equipe do Bomi Group à rede de saúde da UPS na Europa e América Latina.

Segundo Kate Gutmann, EVP e presidente da UPS International, Healthcare e Supply Chain Solutions, a aquisição da Bomi melhora o portfólio da UPS em em relação à logística complexa de saúde.

“Os funcionários da UPS Healthcare e do Bomi Group compartilham valores semelhantes e nossas culturas estão firmemente enraizadas em um foco implacável na qualidade. A combinação de nossas duas equipes melhorará significativamente a capacidade de nossos clientes de healthcare de continuar a desenvolver e fornecer inovações que salvam vidas.” – Kate Gutmann, EVP e presidente da UPS International, Healthcare e Supply Chain Solutions.

Desde 1985, o Bomi Group fornece serviços para os setores Medtech e Pharma com uma abordagem customizada. Atualmente, a empresa possui mais de 150 clientes multinacionais em todo o mundo.

No comunicado, a UPS enfatizou que os principais líderes do Bomi Group, incluindo o CEO Marco Ruini, continuarão desempenhando as próprias funções, assim como os demais colaboradores.

“Com mais de 35 anos no setor de logística em saúde, nossa equipe desenvolveu os melhores serviços da classe projetados para atender e superar as necessidades de nossa tecnologia médica e clientes farmacêuticos. A adesão à equipe da UPS expandirá esses recursos e criará uma rede global ainda mais integrada e poderosa para nossos clientes.” – Marco Ruini, CEO do Bomi Group.

Espera-se que a transação seja encerrada até o final do ano, sujeita a revisão e aprovação regulatória habitual. O valor e os termos da transação não estão sendo divulgados no momento. A J.P. Morgan Securities LLC atuou como consultor financeiro da UPS.

EXPANSÃO DE ESTRUTURA
A aquisição adicionará mais de 350 veículos controlados pela temperatura e 391 mil m² à pegada global da UPS Healthcare, oferecendo aos clientes acesso a tempos de envio mais rápidos, maior flexibilidade de produção e ofertas para ajudá-los a atrair novos negócios.

A aquisição terá um papel fundamental na entrega de tratamentos farmacêuticos e biológicos de próxima geração que requerem cada vez mais uma logística crítica e sensível à temperatura.

“Estamos focados na construção de recursos e serviços de logística de saúde que permitam que nossos clientes ofereçam as mais novas inovações em saúde”, disse, Wes Wheeler, presidente da UPS Healthcare Wes Wheeler. “Estamos entusiasmados em combinar o talento, a expertise e as capacidades da Bomi com a UPS Healthcare – juntos, forneceremos soluções incomparáveis aos nossos clientes, alimentadas pela rede de logística global integrada e inteligente da UPS.”

A aquisição da Bomi faz parte da continuidade da UPS Healthcare em sua rede e serviços para atender à crescente demanda – incluindo a Bomi, a UPS Healthcare dobrou a presença global desde 2020. As expansões recentes incluem instalações logísticas de saúde recém-construídas e prestes a serem abertas na Alemanha e Austrália, e campi expandidos na Hungria e nos Países Baixos.

A UPS Healthcare também aprimorou recentemente o UPS Premier, um serviço líder em tecnologia, que pode priorizar e rastrear embarques críticos dentro de 3 metros de sua localização em qualquer lugar da rede global da UPS. O UPS Premier traz capacidades mundiais de visibilidade, controle, confiabilidade e recuperação de produtos para os clientes da UPS Healthcare.

Essas expansões e novos serviços atendem às necessidades complexas e variadas dos clientes da UPS Healthcare, ajudando-os a transformar a logística em uma vantagem competitiva.

Amazon Brasil firma parceria com a Favela Llog para atender comunidades em São Paulo

A Amazon Brasil anunciou parceria a Favela Llog, do grupo Favela Holding, para expandir a capacidade de entrega nas comunidades de São Paulo. A iniciativa é focada nas rotas localizadas em regiões periféricas como Paraisópolis.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente Paraisópolis – uma das maiores comunidades do país – tem hoje mais de 100 mil habitantes. Com a ação, a população local terá mais facilidade em receber produtos adquiridos no site da Amazon, que poderão vir de várias partes do mundo.

Para Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil, o novo projeto é uma forma de dar visibilidade para novas regiões. “Estamos falando de um impacto positivo, colaborando com a criação de postos de trabalho e com a movimentação da economia como um todo. São mais oportunidades e, consequentemente, mais inclusão.”

De acordo com a pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelo instituto Data Favela, os moradores das comunidades brasileiras movimentam cerca de R$ 124,1 bilhões por ano.

“Na Amazon, sabemos o quanto o sucesso e o crescimento trazem também grandes responsabilidades. Por isso, estamos sempre atentos para atender nossos clientes, estejam eles onde estiverem. Precisamos pensar grande e agir de maneira que todos e todas possam comprar e receber seus pacotes em casa, de forma rápida. Trabalhamos sempre com determinação e tecnologia para aprimorar nossos processos e buscamos colaborar com as comunidades onde atuamos.” – Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil.

“Nós vamos ajudar a proporcionar ao morador da favela o conforto de poder comprar e receber que as pessoas que moram no asfalto têm”, reforçou Thales Athayde, líder da Favela Holding. “O que até um tempo atrás era difícil, pois o serviço de entrega quase não entrava na favela. A Favela LLog e Amazon mudaram esse cenário.”

Além de realizar as entregas para consumidores com oportunidades limitadas nas favelas no Brasil, a Favela LLog também gera oportunidades de emprego. A CUFA é a parceira social e a responsável pela inserção dos egressos no mercado de trabalho através do projeto Recomeço. “Nosso objetivo é ajudar a construir uma rede de empregabilidade e de empreendedorismo na base da pirâmide social”, disse Luciano Luft, sócio da Favela LLog.

Mercado Livre: receita líquida cresce 56,5% atingindo US$ 2,6 bilhões no 2º trimestre

O Mercado Livre atingiu um novo recorde de receita total no segundo trimestre de 2022, superando a performance do primeiro trimestre. A receita líquida alcançou US$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2022, crescimento de 52,5%, em dólar, e de 56,5% em moeda constante, na comparação com o mesmo período de 2021. O Brasil representa cerca de 56% da receita líquida total do Mercado Livre, tendo alcançado US$ 1,4 bilhão e crescimento de 52,5%.

Segundo a companhia, a receita líquida do negócio de commerce aumentou 23,0% em dólares na comparação anual, para US$ 1,4 bilhão, impulsionada pelo marketplace, expansão da publicidade digital e pelos 41 milhões de compradores únicos no trimestre. Os consumidores se mantêm ativos, gerando crescimento na quantidade de itens por comprador em relação ao trimestre passado. Já a receita líquida de fintech cresceu 112,5% em dólares, chegando a US$ 1,2 bilhão, ano contra ano — superando a marca de US$ 1 bilhão pela primeira vez, com o aumento da relevância dos serviços financeiros no ecossistema.

No segundo trimestre, o Mercado Pago ultrapassou 38 milhões de usuários ativos, alta de 26,3%, com crescimento em todos os mercados da região, sobretudo nos serviços de pagamento via código QR, transferências dentro do ecossistema e usuários de crédito.

“Observamos um trimestre forte em todos os negócios, refletindo a melhora contínua da rentabilidade com resultados recordes em receita líquida e lucro bruto. Como consequência desse desempenho consistente, seguimos firmes em nosso propósito de ampliar o acesso ao comércio e aos serviços financeiros”, afirma André Chaves, vice-presidente sênior de Estratégia e Desenvolvimento Corporativo do Mercado Livre.

Ainda segundo ele, a operação de marketplace alcançou resultados sólidos, com crescimento das vendas e da base de compradores. “Já o Mercado Pago mantém forte ritmo de crescimento, com sua base de usuários em ascensão e aumento no volume de pagamentos da conta digital e adquirência. Nossa estratégia continua priorizando o equilíbrio entre crescimento rentável e gestão de caixa, apoiando o investimento em tecnologia para o desenvolvimento de produtos, sempre com foco na diferenciação no longo prazo”, completa.

Commerce no Mercado Livre
O volume de vendas (GMV) do marketplace atingiu US$ 8,6 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 21,8%, em dólar, e de 26,2% em moeda constante. Ao todo, foram vendidos 275,2 milhões de itens, sendo 6,7 itens por comprador, o que representa um crescimento de 12,3% — com destaque para Argentina, Brasil e México.

Ainda segundo a empresa, o volume total de anúncios registrados na plataforma chegou a 300,5 milhões. O Brasil se destaca na região com incremento de 18,6% no GMV, em moeda constante, e 143 milhões de itens vendidos no período — sendo 6,6 itens por comprador, o nível mais alto da média histórica para o segundo trimestre.

Com o Mercado Envios, 264,1 milhões de itens foram enviados na região, aumento de 26,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram significativos os avanços na execução e velocidade do Mercado Envios, cuja penetração atingiu 98,6% de toda operação, acima dos 97,3% registrados no mesmo trimestre de 2021. Desse total, mais de 91,1% correspondem à rede gerenciada do Mercado Livre — sendo 38,6% dos envios via modelo fulfillment. Do volume geral de mercadorias, cerca de 80% foi entregue em até 48 horas e cerca de 55% no mesmo dia ou no dia seguinte à compra.

Fintech
A carteira de crédito atingiu quase US$ 2,7 bilhões — era de US$ 2,4 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2022. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 2 bilhões em créditos, o que representa mais do que o triplo do valor registrado no segundo trimestre de 2021, atingindo mais consumidores e vendedores.

Já o volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago atingiu US$ 30,2 bilhões pela primeira vez, crescimento de 72,1%, em dólar, e de 83,9% em moeda constante. Esse aumento é observado tanto em adquirência, como no uso da carteira digital. Já o volume total de transações (TPN) no período cresceu 72,9%, ano contra ano, superando cerca de 1,2 bilhão no segundo trimestre, o terceiro trimestre consecutivo com TPN acima de 1 bilhão.

O volume total de pagamentos via Mercado Pago, fora da plataforma do Mercado Livre, atingiu US$ 21,2 bilhões, crescimento de 104,7%, em dólar, e de 135,5% em moeda constante.

O total de pagamentos processados pode ser dividido entre o volume total de cobranças processadas e o volume total de transações de contas digitais. O primeiro inclui cobranças na plataforma do Mercado Livre, cobranças online e cobranças processadas por meio das maquininhas de cartão Point e dispositivos QR, que totalizaram US$ 20,8 bilhões, crescendo 48,5% em dólar, ano contra ano, e 49,4% em moeda constante. No segundo trimestre, foram vendidas 1 milhão de maquininhas, impulsionando o volume de pagamentos por dispositivo, especialmente no Brasil e no México.

O volume de transações por meio da carteira virtual, que inclui ainda transferências entre usuários do Mercado Pago, transações de cartão de crédito, débito e pré-pago, cresceu 166,7% em moeda constante, na comparação anual, totalizando mais de US$ 9,3 bilhões.

Ao final de junho, mais de 22,4 milhões de usuários contavam com contas com recursos investidos, que reúne os usuários de conta digital com rendimento, alta de quase 30%, ano contra ano, nos três principais mercados (Brasil, México e Argentina). No Brasil, único país que oferece carteira de criptomoedas atualmente, a base de usuários do serviço acumula mais de 1 milhão de pessoas.

No período, foram distribuídas mais de 684 mil apólices de seguros, volume 230% maior do que aquele registrado no segundo trimestre do ano passado, representando penetração de quase 8% do total de usuários. No Brasil, a distribuição de seguros para cartão e para pagamentos via Pix reforçam a oferta de seguros do Mercado Pago, que lançou um novo serviço de seguro para vida no país, em linha com a expansão da proposta de valor em todos os principais mercados.

Desempenho financeiro
O lucro bruto do Mercado Livre foi de cerca de US$ 1,3 bilhão, aumento de 70,3% em dólar na comparação com o mesmo período do ano anterior. As margens brutas seguem crescendo, ano a ano e trimestre contra trimestre, à medida que escalamos nossos negócios. O lucro líquido bateu os US$ 123 milhões, alta de 79,8%, com melhora na margem total, ano contra ano. Já o resultado operacional foi de US$ 250 milhões, crescimento de 50,6% em dólares, atingindo novo recorde no trimestre, com margens similares na comparação com o ano anterior.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema atingiu 84,3 milhões ao final do trimestre, alta de 11% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 3,5 milhões de novos usuários incorporados somente no segundo trimestre deste ano.