Sequoia (SEQL3) apresenta prejuízo 24,2% maior no 1º trimestre de 2022; Ebitda quase dobra

Despesas financeiras pesaram negativamente sobre o resultado da empresa no período.

A Sequoia ([ativo=SEQL3) reportou prejuízo líquido ajustado de R$ 4,6 milhões, uma piora de 24,2%na comparação com o prejuízo de R$ 3,7 milhões contabilizado no 1T21.

O ajuste é feito descontando amortização de intangíveis gerados nas aquisições, além de despesas não-recorrentes.

O resultado, segundo a empresa, foi impactado de forma negativa pela variação do Resultado Financeiro (Despesas Financeiras) como consequência do aumento da taxa de juros básica da economia, a Selic. “Isolando apenas o efeito do aumento da taxa de juros em relação aos financiamentos da companhia, as despesas financeiras teriam um incremento de menos R$ 11,4 milhões no 1T22 versus 1T21. Desconsiderando este efeito, o Lucro Líquido Ajustado apresentaria evolução positiva no trimestre”, defende.

O Ebitda, entretanto, cresceu 83,5%, na base anual, para R$ 38,4 milhões, ante os R$ 20,9 milhões de um ano atrás. A margem Ebitda subiu 2,2 pontos percentuais, para 8,6%.

O Ebitda ajustado por despesas não-recorrentes de fusões e aquisições alcançou R$ 46,7 milhões, uma alta de 52,4% na comparação com os R$ 30,6 milhões alcançados no 1T21. A margem Ebitda ganhou 1,0 pp, indo a 10,4%.

A receita líquida cresceu 37,6% no 1T22, indo a R$ 449,1 milhões, contra os R$ 326,4 milhões do mesmo trimestre do ano passado.

A empresa destaca “expressivo crescimento no segmento B2C, de 88% no número de Pedidos e 57% na Receita Bruta, refletindo a forte da capacidade da companhia em ganhar market share”.

“Apesar da sazonalidade, com uma menor demanda esperada para o início do ano, a companhia conseguiu capturar forte crescimento orgânico, mantendo a Receita Bruta total no mesmo patamar do 4T21, por meio de novos clientes e ganho de participação em mesmos clientes (Same Client Sales)”, explica. “O número total de pedidos atingiu 19,6 milhões no período, 81% superior ao mesmo trimestre o ano anterior, e acima do número de Pedidos realizados no 4T21. A Receita Bruta avançou 39%, sendo o crescimento orgânico 28%”.

Os custos cresceram 36,5%, basicamente por impactos da pressão inflacionária nos últimos 12 meses, por conta de combustíveis, aluguel e materiais; aumento da parte variável dos custos com o crescimento do volume; e pela expansão da operação para atender a forte demanda do segmento

JSL tem lucro líquido de R$ 33 mi com redução de 21,5%

A empresa de serviços logísticos JSL reportou no primeiro trimestre de 2022 (1T22) um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 219,5 milhões, 71,4% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2021 (1T21). No entanto, o lucro líquido ficou em R$ 33 milhões no período, menos 21,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Ramon Alcaraz, CEO da JSL, disse em entrevista a InfoMoney, que o resultado do lucro líquido é fruto do crescimento da dívida em R$ 1,3 bilhão, em função de capex de R$ 750 milhões ao longo do ano passado e de aquisições que entraram no período.

A dívida liquida da JSL saltou de R$ 1,628 bilhão no 1T21 para R$ 2,959 bilhões no 1T22. A relação dívida líquida-Ebitda foi de 2,4 vezes no primeiro trimestre do ano passado para 3,1 vezes no 1T22.

“Isso, associado a uma taxa de juros que saiu de 2% no 1T21 para 12% no 2T22, seis vezes mais…”, justificou o executivo. “A taxa de juros não vai ficar alta para sempre”.

Mesmo com esse aumento da taxa de juros, Alcaraz ressaltou que o ROIC (retorno sobre capital investido) no 1T22 ficou em 13,9%, expansão de 4,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao 1T21, e 0,4 p.p. na comparação com 4T21.

Guilherme Sampaio, CFO da JSL, acrescentou que os investimentos de capex citados por Ramon Alcaraz “ainda não transitaram no resultado, mas ela vai ajudar a gente no crescimento do valor absoluto do lucro líquido”.

Sampaio comentou que “há muito tempo não via a inflação pegando nos custos”, mas ela, por outro lado, estaria ajudando na valorização da base de ativos (caminhões, máquinas e equipamentos).

“A gente está conseguindo vender ativos com 25%, 26% de margem (no trimestre), isso ajuda a fazer contraponto em relação à despesa financeira”, afirmou o CFO. O preço alto de produtos novos ajuda na venda dos ativos usados da empresa, segundo ele.

Diesel, importante insumo da JSL, de acordo com o balanço da companhia, cresceu 88% de janeiro de 2021 a fevereiro desse ano. Além disso, a manutenção também tem pressionado os custos operacionais.

O CEO disse que a companhia tem buscado ser ágil nas renegociações de preços com os clientes. De acordo com o executivo, a grande ineficiência estrutural da cadeia de logística no país ajuda a encontrar solução para diminuir custos.

“Parte dos repasses (dos insumos) não está nesse resultado (do 1T22), porque o combustível teve aumento considerável em meados março”, disse.

Sobre o segundo trimestre, crê ser positivo, mas faz ressalvas: “Lógico, tem as variáveis não controladas, pandemia – acabou, não acabou -, política, greve, guerra. Mas que momento nós vivemos com céu de brigadeiro”, questiona Ramon Alcaraz.

No primeiro trimestre do ano, a receita bruta de serviços da JSL atingiu R$ 1,5 bilhão, com alta de 47% em relação ao mesmo período do ano passado; e a receita líquida de serviços atingiu R$ 1,3 bilhão e teve alta de 49% na comparação com o 1T21.

A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ficou em 17,3%, com expansão de 2,3 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior e positiva 0,5 p.p. em relação ao último trimestre do ano passado.

Segundo a JSL, foram R$ 700 milhões de novas receitas contratadas no 1T22. O crescimento orgânico da companhia foi de 21%.

 

 

Mercado Livre (MELI34) reverte prejuízo e lucra US$ 65 mi; ações sobem 5% em NY

O Mercado Livre (MELI34) reportou um lucro líquido de US$ 65 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo um prejuízo de US$ 34 milhões no mesmo período do ano passado. Em termos de lucro por ação, o papel saiu de um prejuízo de US$ 0,68 para um lucro de US$ 1,30 entre janeiro e março deste ano.

O resultado do 1T22 do Mercado Livre agradou os investidores. As ações da plataforma de e-commerce argentina subiram 5,48% no after market de Nova York, após uma forte sessão de queda no horário regular.

Hoje (6 de abril), a alta continua no pre-market, com subida de 4,57%, para US$ 954,99, por volta das 7h50 (horário local).

O Mercado Livre também surpreendeu com a receita líquida, que atingiu um novo recorde no primeiro trimestre de 2022, superando a performance do quarto trimestre do ano passado. A receita líquida somou US$ 2,2 bilhões, crescimento de 63,1% na comparação com o mesmo período de 2021.

Representando 55% da receita líquida total do Mercado Livre, o Brasil alcançou US$ 1,25 bilhão, com  crescimento de 62,8% na comparação anual. Outros países com destaque são Argentina, com receita de US$ 518 milhões, e México, com receita de US$ 364 milhões.

Crescimento do Mercado Livre

Previsão é de que produtos do GPA estejam disponíveis nos cinco Centros de Distribuição do Mercado Livre até o fim do ano - Foto: Divulgação Mercado Livre
Foto: Divulgação/ Mercado Livre

Segundo a empresa, o recorde foi sustentado pela alta de 26,5% no volume bruto de mercadorias (GMV), para US$ 7,66 bilhões, além de uma expansão de 72% no volume total de pagamentos (TPV), a US$ 25,3 bilhões.

Outras unidades de negócio como o Mercado Envios e o serviço de anúncios também tiveram bom desempenho. O Mercado Envios embarcou 254 milhões de itens durante o trimestre, representando um aumento de 22,1% em base anual. A penetração da rede gerenciada pelo Mercado Livre atingiu 90,5%, sendo 40% dos envios via fulfillment.

Sobre o Mercado Ads, a plataforma destaca que “a receita do negócio de publicidade digital quase dobrou no primeiro trimestre, ano contra ano, tendo investido consistentemente em tecnologia para ampliar a presença de anúncios no ecossistema”.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema do Mercado Livre atingiu 80,7 milhões ao final do trimestre, alta de 15,7% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 6,7 milhões de novos usuários incorporados somente no período de janeiro a março deste ano.

Os custos do Mercado Livre cresceram 49,3% em um ano, a US$ 1,17 bilhão. A companhia diz que o aumento foi impulsionado pelo crescimento nas provisões para cobrir inadimplência no seu segmento financeiro, em meio a expansão nos níveis de originação de crédito e nos cartões de crédito da empresa.

A carteira de crédito do Mercado Livre atingiu US$ 2,4 bilhões até o fim de março de 2022, enquanto era US$ 1,7 bilhão ao final de 2021. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 1,7 bilhão em créditos, quase o triplo do valor registrado no primeiro trimestre de 2021.

Cainiao: Reduzindo a barreira ao Comércio Internacional

A Cainiao Network, braço de logística do Alibaba Group, anunciou em 05 de abril, o lançamento de um serviço de logística de comércio eletrônico de ponta a ponta digital para pequenas e médias empresas (PMEs).

Isso inclui serviços como coleta, armazenamento, cadeia de suprimentos, desembaraço aduaneiro e entrega de última milha em 120 países em todo o mundo, bem como rastreamento de encomendas em tempo real, serviço pós-venda único, garantias de entrega e garantia.

O lançamento piloto desta solução integrada é feito em parceria com a ShopLazza, uma plataforma de software como serviço (SaaS) especializada em vários aspectos do e-commerce direto ao consumidor (DTC), como pedidos e fidelização de consumidores gerenciamento, relatórios de análise de dados operacionais e muito mais. Para os comerciantes que desejam expandir seus negócios no exterior, a solução oferece serviços de logística personalizáveis, acessíveis e eficientes. Essa integração permitirá que as PMEs aproveitem o sistema de logística de nível empresarial no ShopLazza, fornecendo acesso à rede global de logística da Cainiao, aumentando assim sua visibilidade geral, produtividade e eficiência.

Globalmente, as PMEs representam cerca de 90% de todas as empresas e contribuem para até 70% do PIB global. À medida que procuram escalar sua presença online, muitas vezes encontram limitações com serviços de entrega transfronteiriça, resultando em operações de custo ineficiente. Um serviço de logística estável e acessível, portanto, desempenhará um papel fundamental na abertura do acesso aos mercados estrangeiros para incutir maior resiliência dos negócios em meio às incertezas globais.

Além disso, com acesso a sistemas de logística de nível empresarial, os comerciantes podem tranquilizar seus clientes com garantias de desempenho e serviços de remessa sem complicações. Isso aumenta sua competitividade e alivia um ponto problemático comumente enfrentado pelas PMEs, que é garantir um serviço de logística de comércio eletrônico transfronteiriço de ponta a ponta que seja eficiente, acessível e sustentável para seus negócios. Para melhorar ainda mais a competitividade dos lojistas, Cainiao introduzirá de tempos em tempos promoções e subsídios logísticos na plataforma.

“O rápido crescimento do comércio eletrônico nas sub-regiões da Ásia-Pacífico nos últimos dois anos, juntamente com a crescente demanda por um fluxo de trabalho de atendimento suave, pode ser complicado para as PMEs navegarem. Na Cainiao, queremos ampliar nossos recursos e experiência para ajudar a nivelar o campo de atuação e reduzir a barreira ao comércio internacional. Com a logística como a espinha dorsal do comércio global, prevemos o lançamento de nossa solução de logística inteligente para comerciantes de comércio eletrônico e PMEs, começando com a parceria com ShopLazza, para ser um passo à frente em nossa missão de facilitar a realização de negócios em qualquer lugar – capacitando as empresas para transformar a maneira como comercializam, vendem e operam, e aumentar suas eficiências”, disse o Dr. Ding Hongwei, gerente geral da Cainiao Technology.

“As PMEs podem aproveitar as vantagens competitivas da Cainiao e da ShopLazza em tecnologia para moldar suas estratégias de crescimento e alcançar uma melhor satisfação geral do cliente. Com um suporte mais abrangente, eles estão mais bem preparados para realizar seu potencial de negócios globais”, acrescentou o Dr. Ding.

 

 

SHOPLAZZA permite que as empresas vendam além das fronteiras geográficas e escalem

A SHOPLAZZA, uma plataforma de comércio baseada em nuvem, ajuda pequenas e médias empresas (PMEs) a expandir seus negócios para alcançar clientes em praticamente qualquer lugar hoje, pois a maioria delas espera poder vender além das fronteiras geográficas e da escala.

Apesar das inúmeras plataformas de suporte disponíveis no mercado hoje, o processo nem sempre é tão claro e simples. Por um lado, gerenciar pagamentos e transações financeiras pode ser um desafio devido a motivos como regulamentação e custo.

Para ajudar as PMEs a resolver o desafio, o SHOPLAZZA visa tornar o processo muito mais simples. Na verdade, mais de 360.000 comerciantes estão usando a plataforma de criação de sites de código zero da SHOPLAZZA. Em parceria com provedores de tecnologia como Stripe, a SHOPLAZZA usa as soluções de pagamento da empresa de tecnologia para manter quaisquer custos adicionais sob controle e não precisa adicionar encargos de custo aos seus comerciantes.

A Tech Wire Asia fala com Jeff Li, CEO da Shoplazza, sobre os planos da empresa para o ano e como ela espera alcançar mais PMEs na região e permitir que aumentem seu alcance.

Como acontece com qualquer negócio ou plataforma, a SHOPLAZZA espera aumentar seu alcance e criar um ecossistema de comércio eletrônico aberto. Li quer permitir que mais parceiros forneçam aos 360.000 comerciantes da SHOPLAZZA serviços diversificados por meio de sua plataforma e aumentem os lucros de forma sinérgica. Ao mesmo tempo, Li disse que maiores tecnologias de IA são adicionadas para capacitar comerciantes e parceiros a tomar decisões mais fortes no nível dos dados.

“Também estamos mais atentos à estratégia de abertura e efeitos de maior escala , adaptando-nos aos cenários e mudanças do mercado externo. Esperamos cobrir mais comerciantes e países e ajudar a acelerar a velocidade de expansão global de nossos comerciantes”, explicou Li.

Como a SHOPLAZZA está atualmente focada nos mercados da América do Norte e APAC, Li acrescentou que eles estabeleceram a sede em Toronto, Canadá, e implementaram a estrutura interna dos centros de operação dupla Shenzhen-Toronto. As equipes colaboram ativamente para garantir que abordamos os mercados de uma perspectiva global.

“Continuaremos a investir no mercado asiático. Estamos otimistas com o desenvolvimento geral do mercado de comércio eletrônico do Sudeste Asiático e melhoraremos ativamente nosso ecossistema e serviços de produtos nesse sentido”, comentou Li.

No mercado asiático de e-commerce, Li acredita que tem grande potencial e espaço para crescer. Ele destacou que a Ásia possui a indústria manufatureira e o sistema de cadeia de suprimentos mais completo e desenvolvido do mundo e, ao mesmo tempo, possui uma população de mais de 4,5 bilhões, o que sem dúvida liberará um enorme potencial de mercado no campo do comércio eletrônico .

Li também destacou que com a assinatura e implementação do RECP da China e outros acordos comerciais, o mercado asiático será mais integrado no futuro, o que proporcionará grande conveniência e suporte ao desenvolvimento do comércio eletrônico.

“A estratégia geral da SHOPLAZZA é continuar contando com as vantagens do centro de operações norte-americano, focar no desenvolvimento no ambiente global de e-commerce em rápida mudança, ter PLG (Product-led Growth) como orientação de crescimento e pensar em como fazê-lo a partir da perspectiva de produtos para melhor atrair e satisfazer os comerciantes. Estamos comprometidos em ajudar os comerciantes globais a alcançar o sucesso nos negócios com excelente tecnologia”, disse ele.

Globalizando as regulamentações com o SHOPLAZZA

Sendo uma plataforma internacional de e-commerce , um dos desafios do SHOPLAZZA é navegar pelas regulamentações financeiras dos países em que ajuda a expandir as PMEs. Li explicou que, como fornecedora de SaaS de carrinho de compras, a SHOPLAZZA está atuando mais como um ‘engenheiro de site’ para os comerciantes, que oferecem tecnologia de construção de lojas online, sem envolvimento real no fluxo de liquidação. Assim, os comerciantes são responsáveis ​​por atender aos pedidos e garantir que sua atividade comercial e os fundos de capital fluam para atender aos requisitos dos países-alvo.

“No entanto, o SHOPLAZZA tem que garantir sua conformidade com a perspectiva técnica. Para isso, trabalhamos em estreita colaboração com os canais de pagamento e também com os esquemas de cartões (VISA/Mastercard), realizando reuniões periódicas online e offline e reservando atualizações por e-mail”, acrescentou.

Citando um caso recente, por exemplo, Li disse que de acordo com as exigências do Banco Central do Brasil, os sites de comércio eletrônico precisam cumprir os termos e condições antes de enviar a solicitação de pagamento. Esta informação deve ser lida e totalmente compreendida antes do consentimento final para fazer a compra. É aqui que o SHOPLAZZA precisa oferecer suporte à função da caixa de seleção dos termos e condições antes da data obrigatória.

Li também destacou que o Stripe Connect desempenha um papel crucial porque permite que a SHOPLAZZA esboce seus contratos com seus comerciantes em conformidade com a lei de pagamentos local, sem que a SHOPLAZZA tenha que buscar suas próprias licenças de pagamento e se tornar uma empresa regulamentada.

“A carga regulatória é tratada por nós e permite que a Shoplazza concentre seu tempo e recursos na administração de seus negócios. Além disso, essa abordagem não limita os tipos de serviços que podem ser vendidos no Shoplazza, pois nossa rede robusta e ofertas de serviços são capazes de oferecer suporte a vários tipos de negócios”, afirmou um porta-voz da Stripe.

Na segunda parte da entrevista, a Tech Wire Asia fala com Bing Xia, CTO da SHOPLAZZA sobre como ela protege os dados de seus clientes, bem como as medidas de segurança cibernética tomadas para proteger a plataforma.

Preço do Amazon Prime vai subir 50,5% a partir de 20 de maio

Assinatura do serviço de benefícios vai custar R$ 14,90 no plano mensal; empresa alega alta nos custos.

A partir de 20 de maio, o Amazon Prime, programa de benefícios da gigante do varejo, passará de R$ 9,90 para R$ 14,90, uma alta de 50,5%. Já a anuidade irá de R$ 89 para R$ 119, aumento de 33,7%. Para os membros que já assinam o Prime, o reajuste será aplicado a partir de 24 de junho de 2022, na data da próxima renovação de assinatura mensal ou anual.

A Amazon argumenta que o programa tem o mesmo preço desde que foi lançado em 2019 mesmo com todos os investimentos no Brasil, e que o anúncio vem com a “expansão dos benefícios e aumento de custos operacionais gerais”. “Até 19 de maio, todos os novos clientes que assinarem o plano Anual ou membros mensais que converterem sua assinatura para a Anual poderão aproveitar o preço atual de R$ 89/ano pelos próximos 12 meses”, complementa.

A companhia diz ainda que continua a investir no Amazon Prime e que, nos últimos anos, adicionou milhões de produtos disponíveis ao programa com frete grátis, além de ofertas e descontos. “O frete grátis em dois dias foi expandido de 90 para mais de mil cidades e, em 2021, lançamos a entrega Prime grátis em um dia, agora disponível em mais de 100 cidades”, afirma a companhia, em nota. A empresa lembra também que, em setembro, será lançada a série ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, aguardada pelo público da triologia do cinema.

Dificuldades da Amazon

O aumento foi anunciado depois que a Amazon perdeu US$ 210 bilhões em valor de mercado após o pior dia da empresa no mercado financeiro desde 2006. A queda de 14,05% da companhia ocorreu após a fraca estimativa de crescimento para o próximo trimestre.

No último trimestre, a Amazon registrou prejuízo de US$3,8 bilhões – no mesmo período do ano passado, o lucro foi de US$ 8 bilhões. A perspectiva para a divisão de varejo da gigante é negativa por várias razões. Uma delas é a reabertura de lojas físicas, o que devolveu à gigante concorrentes que antes estavam adormecidos pela pandemia. A companhia também enfrenta alta nos custos. Um desses elementos é a inflação no preço dos combustíveis, o que influenciou em toda a cadeia de entregas e serviços. Pressões inflacionárias também devem reduzir o consumo em diferentes países.

“Hoje, como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento. Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos em andamento, mas vemos um progresso encorajador em várias dimensões da experiência do cliente”, explicou Andy Jassy, presidente da Amazon, no relatório enviado a investidores.

Streaming em xeque

O Amazon Prime oferece uma série de benefícios aos seus assinantes, entre eles acesso ao serviço de streaming. A categoria também passa por aumento de custos, alta competitividade e dificuldade na retenção de assinantes.

Os serviços de streaming gastaram US$ 50 bilhões em novos conteúdos no ano passado, em uma tentativa de atrair ou reter assinantes, segundo a pesquisadora Ampere Analysis. Isso representa um aumento de 50% em relação a 2019, quando muitos dos serviços de streaming mais recentes foram lançados, sinalizando a rápida escalada das chamadas “guerras de streaming”.

A Netflix conseguiu aumentar os preços das assinaturas nos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda, para financiar a produção de conteúdo e o crescimento em outras partes do mundo, como a Ásia, observou Michael Pachter, analista da Wedbush.

 

 

Shopee dobra aposta no País e já incomoda Magazine Luiza e Casas Bahia

Operação da gigante de e-commerce criada em Cingapura cresceu 320% no Brasil no 4.º trimestre de 2021, na comparação com o ano anterior, motivando inauguração de novo escritório em SP.

A gigante asiática Shopee, braço de comércio eletrônico da Sea Limited, está perto de dobrar sua aposta no Brasil. Com uma operação local com mais de 1,5 mil funcionários, a companhia acaba de inaugurar seu segundo escritório na capital paulista, na região do Largo da Batata, em Pinheiros. No novo local, estará ao lado de outras empresas do setor de tecnologia, que deram um salto ao longo da pandemia diante da maior digitalização do consumidor brasileiro.

Já incomodando players locais, como Magazine Luiza, Via (dona de Casas Bahia e Ponto Frio) e Americanas, a companhia vem ganhando espaço no e-commerce do País. No balanço da Sea Holding, que tem sede em Cingapura, há um destaque sobre o crescimento no Brasil. Só no quarto trimestre de 2021 foram realizadas 140 milhões de vendas, levando a uma receita de US$ 70 milhões (cerca de R$ 350 milhões) no período, expansão de 320% na comparação com ano anterior.

“A Shopee já alcançou uma forte tração no País, e acredito que podemos crescer ainda mais. Continuaremos dedicando os recursos certos para ajudar a aumentar nosso impacto no País”, afirmou a líder de recursos humanos da Shopee, Karina Hartung, em entrevista realizada por e-mail, “por determinação global”.

Apetite regional

O crescimento do e-commerce no País já começou a ser embutido nas análises das instituições financeiras. O norte-americano JPMorgan, por exemplo, prevê que a companhia invista US$ 1,5 bilhão apenas na América Latina neste ano. O Goldman Sachs projetou que a participação de mercado da varejista asiática na região poderá chegar a 20% já em 2025.

No ano passado, os números coletados por esse mercado já comprovavam o fenômeno com o crescimento da Shopee, ao lado das “conterrâneas” AliExpress e Shein. Levantamento da NielsenQ Ebit mostrou um disparo do comércio cross border (em que o cliente faz uma compra online e o produto vem de outro País), que cresceu 60% em 2021 e somou vendas de R$ 218,9 bilhões, na esteira das empresas asiáticas. Essa expansão levou as varejistas brasileiras a montar uma ofensiva contra o e-commerce asiático, pedindo medidas ao governo federal para barrar esse crescimento.

Questionada sobre isso, Karina afirma que a Shopee é brasileira. “Temos operação no Brasil desde 2019, com CNPJ e sede na cidade de São Paulo, onde acabamos de inaugurar nosso segundo escritório. Além disso, vale destacar que mais de 85% das nossas vendas são de vendedores locais”, diz, lembrando os 2 milhões de vendedores brasileiros já registrados na plataforma. Karina também afirma que a companhia está aberta a colaborar com o governo e órgãos reguladores.

No resto do mundo, porém, a Sea Limited, dona da Shopee, sente os efeitos do contexto macroeconômico. Listada em Nova York, hoje ela possui um valor de mercado de um pouco mais de US$ 46 bilhões, 60% a menos do que no início de 2022.

Subsídio ao cliente

Para o especialista em varejo e fundador da Varese Retail, Alberto Serrentino, o rápido crescimento da Shopee no Brasil se deve a um grande esforço para entrada no País, que se reflete em investimentos tanto em mídia quanto em subsídios para o frete. “É difícil imaginar que a operação esteja em um nível sustentável de rentabilidade.”

Serrentino lembra ainda que, ao contrário da AliExpress, por exemplo, a Shopee se dedica a buscar vendedores brasileiros para sua plataforma. Ele diz, contudo, que a logística é uma barreira. O especialista diz que o gigante Mercado Livre investiu pesado nesse setor por anos, garantindo uma forte presença em solo nacional.

 

O gigantismo do Mercado Livre

O segmento dos marketplaces no Brasil e no mundo sofreu grandes mudanças com a chegada da pandemia e do isolamento social, fatos estes que resultaram em um crescimento sem precedentes para a categoria.

O Mercado Livre em especial teve crescimento além do esperado segundo o próprio cofundador da companhia, Stelleo Tolda. O período de confinamento e a forte digitalização fizeram com que adiantassem em dois anos as estimativas traçadas para a empresa.

No período entre janeiro e setembro de 2020, o número total de usuários únicos ativos era de 56 milhões aproximadamente, e em 2021 esse número dobrou, chegando a 112,5 milhões.

O volume de vendas nesse mesmo período foi de US$ 14,36 bilhões, que corresponde a um aumento de 42%.

O valor das ações também acompanhou esse crescimento em 2019. No início da pandemia, possuíam o valor de R$ 249,00 aumentando 80% no ano de 2020, quando chegaram a R$ 449,00, e em 2021 alcançaram seu pico, no valor de R$ 1.700,00.

E o crescimento não parou no ano de 2022, assim como os planos da companhia para os anos subsequentes. Acompanhe a leitura.

Linha de crescimento do Mercado Livre

O Mercado Livre, durante o período de 2020 e 2021, se tornou a empresa mais valiosa da América Latina, ultrapassando a Vale e a Petrobras, e para explicar esse gigantismo, nada melhor do que dados.

Valor de mercado

O valor de mercado da empresa atingiu números recordes, fazendo um paralelo de 2018 até 2021. Esses dados são disponibilizados a cada fechamento de trimestre e anualmente pelo site oficial.

Linha de crescimento do valor de mercado do Mercado Livre.

Em 2018, o Mercado Livre possuía um valor de mercado avaliado em US$ 15 bilhões de dólares, além de atingir importantes marcas como um milhão de itens vendidos em apenas um dia e um milhão de transações no Mercado Pago em 24 horas.

Já em 2019 a empresa teve seu primeiro salto, com muita relação com a pandemia e a mudança de comportamento de seus consumidores. Alcançou o valor de US$ 28,4 bilhões, um aumento de mais de 89% em relação ao ano anterior.

No ano seguinte, mais um aumento. Segundo dados da consultoria Economatica, o marketplace ultrapassou a mineradora Vale (US$ 59,3 bilhões) e se tornou a empresa mais valiosa da América Latina com a marca de US$ 60,6 bilhões.

Com capital aberto na bolsa americana Nasdaq, a empresa argentina foi uma das grandes vencedoras do segundo trimestre, com suas ações valorizando 101,8% entre abril e junho.

Em 2021, segundo dados também fornecidos pela consultoria do Economatica, em 20 de setembro, o Mercado Livre chegou a US$ 90,51 bilhões. Algum tempo depois, a Vale subiu novamente para o primeiro lugar com a alta do minério de ferro.

Além de se destacar em valor de mercado, o Mercado Livre se destaca no meio de outros concorrentes no segmento de marketplaces, chegando à marca de dez produtos vendidos a cada segundo.

Comparação de valor de mercado entre os maiores marketplaces do Brasil

Por estar em constante expansão, o Mercado Livre, segundo dados da pesquisa do Economatica, em 2020, permanece destoando de seus concorrentes diretos.

Segundo o levantamento feito no ano, o Mercado Livre chegou a valer o dobro do valor de mercado do Magalu Marketplace e quase cinco vezes mais do que o Americanas Marketplace, como mostra o gráfico abaixo.

Valor de mercado em 2022 dos maiores marketplaces do Brasil.

Além disso, pesquisas apontam que o varejista se mantém na primeira posição em número de acessos mensais dentre todos os outros marketplaces, como Amazon Brasil, Magazine Luiza, Shoppe e Aliexpress.

A empresa possui um volume mensal de 1,75 bilhões de acessos, com 44% das buscas diretas pelo endereço eletrônico do site e 26,6% de pesquisa orgânica feita a procura de um produto específico no Google.

Receita líquida do Mercado Livre em 2021

A cada trimestre concluído, todos os marketplaces lançam os seus resultados dentro de suas plataformas para passar informações de forma mais transparente para investidores e também sócios.

Esses resultados também podem ser importantes para vendedores e interessados em entrar, se manter ou sair de cada um desses canais de venda. Dessa forma, eles podem acompanhar de perto se a empresa está gerando resultados positivos.

Esse é o caso do Mercado Livre, que divulgou os resultados do primeirosegundoterceiro e quarto trimestres em seu site oficial e disponibilizou muitas informações que, analisadas da forma correta, podem servir de grande ajuda para quem tem interesse em aderir ao marketplace.

Como mostra o gráfico abaixo, a receita líquida do Mercado Livre cresceu constantemente, atingindo no final do ano de 2021, último relatório divulgado pelo site, um crescimento de 66,7% do primeiro trimestre para o último.

Assim como já citado anteriormente, o Mercado Livre teve um grande salto de crescimento desde o início da pandemia.

No quarto trimestre de 2021, o Mercado Livre chegou a US$ 2,1 bilhões de renda líquida. Já em 2019, no mesmo período, obteve um resultado de US$ 674,3 milhões, o que corresponde a um aumento de mais de 200%.

Volume de vendas

Uma vez que estamos falando sobre oportunidades de maior visibilidade do vendedor dentro do Mercado Livre, é necessário trazer dados sobre o volume de vendas da plataforma.

A base de usuários ativos em janeiro de 2021 era de 69,8 milhões e, no fim do mesmo ano, conquistou a marca de 82,2 milhões.

Isso significa que o mercado está ficando cada vez mais competitivo, porém grandes oportunidades surgem dentro disso, fazendo com que o vendedor pense em diferentes formas de se destacar, seja melhorando a qualidade de seu produto ou serviço, sua abordagem ou também sua reputação, assunto este que será tratado de forma detalhada ao longo deste texto.

O volume de vendas (GMV – Gross Merchandise Volume) foi de US$ 6,1 bilhões em janeiro para US$ 8 bilhões em dezembro de 2021, um aumento de 21,2% em relação ao ano anterior.

Segundo dados fornecidos pelo próprio varejista, foram vendidos 222 milhões de itens apenas no primeiro trimestre do ano passado, o que significou um aumento de 110,2%.

Resultados do Mercado Envios

O fulfillment do Mercado Livre também passou a ser mais utilizado dentro do Brasil. No fim do ano de 2021, a rede do Mercado Envios chegou a 40% de penetração da rede logística dentro dos seus centros de distribuição, versus 25% do período de 2020. O serviço possui uma frota de mais de mil vans por todo país.

No encerramento do quarto trimestre, o Mercado Envios chegou a enviar 276 milhões de itens, aumentando em mais de 32% ao longo do ano seu volume de entregas.

Como se destacar entre tantos vendedores do Mercado Livre?

Depois de analisar inúmeros dados e acompanhar o crescimento desse marketplace, é preciso saber como fazer para se destacar na gama de vendedores do Mercado Livre.

Sendo assim, apresento cinco hacks de como vender mais dentro do Mercado Livre de forma inteligente e estratégica.

Como funciona a escala de cores e a reputação dentro do Mercado Livre

O sistema de reputação do Mercado Livre funciona dentro de uma escala de cores que vai do vermelho ao verde, sendo o vermelho o pior e o verde, o melhor.

E uma última categoria que possui três níveis, sendo a primeira Mercado Líder, a segunda Mercado Líder Gold e a última Mercado Líder Platium. Elas possuem regras mais rígidas a serem seguidas pelo vendedor.

Escala de cores de reputação do Mercado Livre.

Segundo a empresa, o ranqueamento começa a valer a partir das dez primeiras vendas realizadas e levam em consideração os seguintes pontos:

Reclamações do comprador

  • Vendedor que possui a cor verde: as reclamações não podem passar de 3% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: as reclamações não podem passar de 7% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: as reclamações não podem passar de 12% do total de vendas.

Atraso na postagem do produto

  • Vendedor que possui a cor verde: o tempo de envio não pode passar de 15% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: o tempo de envio não pode passar de 20% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse tempo não pode passar de 30% do total de vendas.

Vendas canceladas pelo vendedor

  • Vendedor que é Mercado Líder: as vendas canceladas por ele mesmo não podem ser maiores do que 2% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor verde: esse valor é de 3%;
  • Vendedor que possui a cor amarela: esse valor é de 7%;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse valor não pode ser mais de 10%.

O prazo de referência para calcular a reputação é o das vendas concretizadas nos últimos 60 dias. Se esse valor não atingir o número mínimo de 60 vendas, o cálculo base é feito com o total de vendas nos últimos 365 dias.

Seguir as diretrizes que a plataforma impõe é sempre a melhor forma de alcançar uma boa reputação dentro do Mercado Livre. Contudo, existem mais formas de evitar possíveis complicações. Por exemplo, postar um produto simples, com preço baixo e muita saída, vai aumentar as vendas e dificilmente terá reclamações. Outra saída é sempre dar atenção a respostas de dúvidas rapidamente e de forma educada.

Crie diferentes combinações de títulos

É importante lembrar que o alcance do Mercado Livre preenche cada canto do Brasil, ou seja, a regionalidade deve sempre ser considerada, uma vez que um determinado produto pode ter nomes diferentes em cada estado.

Para não ter problemas com isso, é possível utilizar uma das ferramentas do marketplace, o Mercado Livre Tendências, para fazer pesquisas de mercado. Ele entrega os 40 itens mais pesquisados e facilita a busca por suas variações.

É preciso ser capaz de se comunicar com todos os públicos, entregando o nome do produto tanto para profissionais quanto para leigos.

Como “Barraca 4 pessoas Camping”, “Barraca para acampamento” ou “Barraca de trilha 4 pessoas” – nem todos sabem as especificações do produto, mas esperam e precisam obter o resultado da pesquisa da mesma forma.

Publicar anúncios em categorias diferentes

Alguns produtos podem ser encaixados coerentemente em diferentes categorias. Essa ação garante que o produto seja visto mais vezes dentro da plataforma por mais consumidores.

Por exemplo, uma creatina monohidratada que pode ser encaixada em duas categorias:

  • Esportes e Fitness > Suplementos e Shakers > Suplementos
  • Saúde > Suplementos alimentares

Outra dica é evitar ao máximo encaixar qualquer produto como “outros”. Isso dificulta o ranqueamento do item, além de não entrar para as categorias entregues pelo Mercado Envios, fulfillment da plataforma.

Enviar cards ou flyers sobre a loja junto ao produto

O envio de cards ou flyers é uma boa oportunidade para disseminar informações privilegiadas sobre conteúdos da própria loja.

Eles podem servir para aumentar a reputação. Com o intuito de diminuir as reclamações, eles podem conter instruções de como contactar o suporte do próprio lojista e solucionar as questões.

Dessa forma, essa reclamação não contabiliza dentro da plataforma do Mercado Livre e, com isso, não afeta a reputação do vendedor.

Além disso, eles podem exercer a função de incentivar a recompra, tanto de produtos similares quanto de novos que podem ser usados como complemento, ou também contendo cupons de desconto.

Tirar boas fotos

O Mercado Livre possui exigências de boas práticas para o bom ranqueamento do produto dentro da plataforma. O ideal é que a primeira foto respeite exatamente as exigências solicitadas pela empresa. São elas:

  • Utilizar fundo totalmente branco;
  • Não adicionar itens extras às fotos, como marcas d’água ou adesivos;
  • Não incluir as condições de vendas;
  • Garantir que elas estejam nítidas;
  • Mostrar um modelo por foto;
  • Usar fotos originais, com direito de uso.

Investimentos para o ano de 2022

As expectativas para os próximos anos são altas, uma vez que a companhia argentina pretende investir R$ 17 bilhões no Brasil em 2022. O montante representa um aumento de 70% referente ao valor injetado no país em 2021.

Esse investimento faz parte da estratégia de crescimento e consolidação do Mercado Livre no país de forma definitiva. Além disso, uma boa parte do valor vai ser direcionado a melhorias e atualizações da fintech Mercado Pago.

A plataforma já conta com mais de 34 milhões de usuários ativos e pretende oferecer novos produtos, serviços e experiências, e tornar a conta digital mais completa, podendo, assim, competir com os grandes bancos digitais do mercado.

Além disso, parte do investimento terá como foco a inauguração de quatro novos centros de distribuição no estado de São Paulo, permitindo dobrar a capacidade de entrega de encomendas no território nacional.

Depois de tudo pronto, o Mercado Livre, com as novas estruturas, passará a contar com 12 centros de distribuição fulfillment e, assim, conseguir acelerar o processo de entregas, com a gestão do estoque feita de forma interna.

O grupo já realiza entregas no mesmo dia em 50 cidades, e mais de 2,1 mil localidades estão aptas a receber encomendas em até um dia. E o número de envios em até dois dias equivale a mais do dobro, chegando a 4,7 municípios.

De acordo com dados divulgados pelo banco BTG Pactual, as vendas do Mercado Livre podem chegar a R$ 500 bilhões em 2025. O varejista passará de 7% de penetração dentro dos e-commerces em 2019 para 21,8% nos próximos três anos.

Essa presença se tornará cada vez mais competitiva se levarmos em conta que a China possui 25% das vendas online no país, segundo a plataforma Statista.

De acordo com o Goldman Sachs, a tendência dos próximos anos é de uma concentração crescente nas mãos dos líderes Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas, que chegarão a dominar 77% do mercado em 2024.

Operadora logística DHL investirá R$ 30 mi para abrir filial em Aparecida

A operadora logística alemã DHL abrirá uma filial em Aparecida de Goiânia. Segundo foi divulgado pela empresa, o investimento será de R$ 30 milhões, para iniciar em julho as operações no Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar. O local de funcionamento será em um armazém de 6 mil metros quadrados, onde cerca de 300 colaboradores diretos vão trabalhar.

Em reunião no último dia 25/04, o prefeito Vilmar Mariano destacou que a ação traz mais uma grande empresa ao município, ajudando a movimentar a economia local e a gerar receitas para a cidade. “Assim como desejamos às outras empresas do nosso município, torcemos para que a DHL tenha muito sucesso em suas operações em Aparecida, gerando emprego, renda e oportunidades, para que, através dela, mais empresas encontrem em nossa cidade um ambiente de negócios aquecido e favorável a investimentos”, disse o gestor aparecidense.
Vice-presidente de Operações da DHL, Marcos Cerqueira explicou que, numa concorrência com outras cidades, Aparecida foi escolhida por ter uma posição geográfica estratégica, acessível pela BR-153. “E percebemos que em Aparecida há uma facilidade para fazer negócios de forma correta”, completou. Marcos informou ainda que a filial da DHL em Aparecida já iniciará as operações atendendo sete empresas clientes, todas elas de grande porte, do ramo farmacêutico.
O ex-prefeito Gustavo Mendanha também participou da reunião na Cidade Administrativa Maguito Vilela. Ele ressaltou que o poder público tem obrigação de desburocratizar e de facilitar o funcionamento das empresas. Gustavo afirmou que a Prefeitura de Aparecida tem feito o seu papel. “Aparecida teve um crescimento estrondoso de 2008 até hoje. E melhorou graças ao trabalho realizado a quatro mãos, junto com a sociedade e o setor produtivo”, resumiu Gustavo Mendanha, ao lado da secretária de Assistência Social, Mayara Mendanha.

A Log já contratou o seu crescimento até 2023

O grupo de galpões logísticos vai entregar 414 mil metros em 2022, sua melhor marca histórica. E, no rastro do e-commerce, já tem uma expansão contratada de 400 mil metros quadrados em 2023.
Em um cenário recheado de incertezas da economia e na política, e agravado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, é cada vez mais difícil fazer qualquer projeção, mesmo no curto prazo. Mas há quem ouse desafiar esse quadro e, mais do que isso, olhar bem a frente, com um viés bastante otimista.
É o caso da Log, empresa de galpões logísticos controlada pela família Menin, dos mesmos donos da construtora MRV e do Banco Inter. Em 2022, com um aporte próximo de R$ 1 bilhão, a empresa vai entregar novas unidades em sete cidades, somando 414 mil metros quadrados a sua área bruta locável (ABL). Essa expansão está praticamente contratada: 85% dos espaços já estão pré-locados.
Sob esse contexto, a companhia projeta um 2022 de recordes em sua operação. E, em uma perspectiva mais ampla, já tem o caminho traçado para bater a marca desse ano em 2023.
“Já estamos com muitas obras em andamento que, automaticamente, vão cair para o ano que vem”, de Sérgio Fischer, CEO da Log, ao Neofeed. “E 2023 será novamente um ano recorde. Só esses projetos já somam mais de 400 mil metros quadrados de ABL, o mesmo volume que vamos entregar em 2022”.
Em mais uma amostra do aquecimento da operação, com os projetos de 2022, a Log irá cumprir o plano de chegar a uma ABL de 1,5 milhão de metros quadrados. Batizada de Todos por 1,5, a estratégia foi desenhada em 2020, com a previsão de alcançar essa meta até 2024.
Os motores por trás desse crescimento já vem turbinando os números da Log há muitos trimestres. O primeiro é a forte demanda do e-commerce, que foi acelerada na pandemia. No segmento, a carteira da Log inclui Amazon, Mercado Livre e os demais grandes players, além de operadores logísticos.
Em outra ponta, está a busca crescente das empresas para migrar de galpões mais antigos para instalações de melhor qualidade, dentro de um conceito conhecido no jargão do setor como Fly to Quality. E Fischer não enxerga sinais de esgotamento dessas duas tendências.

“O e-commerce não vai seguir crescendo no ritmo da pandemia, mas com certeza vai continuar crescendo dois dígitos por ano”, afirma. “E no Fly to Quality, as empresas entenderam que pagam mais por metro quadrado de locação, mas o custo de operação é bem menor.”
Os projetos da Log para esse segundo trimestre reforçam essa visão. A empresa vai fechar o período com a entrega de dois galpões, que irão totalizar 130 mil metros quadrados e já estão 100% locados, justamente para empresas ligadas ao comércio eletrônico.
Localizadas em Fortaleza (CE) e Recife (PE), os galpões também mostram que essa demanda está sendo orientada por uma maior diversificação geográfica. E que, nesse mapa, o Nordeste está ganhando relevância. “O Nordeste representa cerca de metade do nosso investimento para esse ano”, diz Fischer.
Em 2022, além de Fortaleza e Recife, a Log vai entregar galpões em Belo Horizonte (MG), Extrema (MG) e Vitória (ES). Antes, no primeiro trimestre, a empresa já havia concluído a entrega de unidades em Belém (PA) e Goiânia (GO), também 100% locadas. Para financiar parte dessa expansão, a Log captou R$ 300 milhões nesse mês de abril com a emissão de um Certificado de Recebíveis Imobiliários. Segundo Fischer, a empresa seguirá acessando o mercado para buscar recursos. A única opção descartada, a princípio, é a de um follow on.

Outra opção na mesa é a reciclagem de ativos, com a venda de alguns galpões do seu portfólio. “Com certeza, não estamos no mesmo cenário de taxa de juros de 12 meses atrás”, diz. “Mas ainda há muito apetite pelos ativos do setor. Em 2021, vendemos R$ 300 milhões. Esse ano, vamos superar essa cifra”.

Ao divulgar nesta quinta-feira, 28 de abril, seu resultado referente ao período de janeiro a março deste ano nesta, a empresa trouxe alguns números que reforçam esse contexto. Entre eles, um lucro líquido de R$ 132,3 milhões, alta anual de 8,4% e a sua melhor marca em um trimestre.

No período, a companhia alcançou também sua mínima histórica na vacância dos seus empreendimentos, de 1,63%. A Log construiu o equivalente a 103 mil metros quadrados nesse intervalo e aprovou mais de 240 mil metros quadrados em novos projetos.

A receita líquida, por sua vez, cresceu 11%, para R$ 40,7 milhões. Em contrapartida, o Ebitda registrou uma queda de 11,4%, para R$ 127,3 milhões, enquanto a margem Ebitda foi de 312,1% contra 390,8%, em igual período, um ano antes.
As ações da empresa fecharam o pregão da B3 nesta quinta-feira como ligeira alta de 0,59%. No ano, os papéis da Log, avaliada em R$ 2,6 bilhões, acumulam uma valorização de 1,2%.