Shein ultrapassa fronteiras e se consolida no mercado da moda online

Em maio de 2021 e novamente em janeiro de 2022, os downloads do aplicativo Shein superaram os da gigante internacional de comércio eletrônico Amazon, de acordo com o diário de notícias em chinês BJ News. Enquanto os relatórios da Reuters estimam que a empresa pode ter gerado cerca de 100 bilhões de yuans renminbi chineses (US $ 15,7 bilhões) em receita em 2021, à medida que a pandemia de Covid-19 mudou o consumo global online.

Em dezembro de 2021, o fundador secreto da Shein, Xu Yangtian (também chamado de Chris Yu), foi ao Brasil para inspecionar a cadeia de suprimentos de roupas brasileiras para acelerar o processo de localização no quinto país mais populoso do mundo e no quinto maior produtor de algodão do mundo, disse Serviço de notícias online chinês 36kr.

Em fevereiro deste ano, reportagens da mídia, como as da Reuters, alegaram que Shein havia contratado o Bank of America, Goldman Sachs e JPMorgan Chase para liderar um IPO da Shein na bolsa de valores nos EUA.

Modelo de negócios

Todas essas notícias ainda não foram confirmadas por Shein, no entanto, o modelo de negócios extremamente bem-sucedido da empresa foi amplamente pesquisado, com observadores, como Mark Greeven, professor de inovação e estratégia da escola de negócios IMD em Lausanne, Suíça, e co-autor do livro recém-publicado ‘The Future of Global Retail: Learning from China’s Retail Revolution ‘, observando que cerca de mil novos itens são listados na plataforma Shein todos os dias.

O livro também explica que o tempo de entrega de Shein é geralmente inferior a oito dias. A empresa começa a vender uma linha fazendo pedidos muito pequenos (geralmente de 100 a 200 peças), e retorna com novos pedidos imediatamente se a tendência de vendas for boa ou suspende a produção se os números de vendas não atenderem às expectativas.

Para atrair o interesse dos consumidores por suas roupas, a Shein implementa uma estratégia de marketing abrangente que combina mídia social, conteúdo gerado pelo usuário, otimização de mecanismos de busca, vídeos curtos e transmissão ao vivo. No Instagram, YouTube, Facebook e outras plataformas, os principais influenciadores e clientes na Europa, nos EUA e em outros lugares exibem roupas de banho, saias, bugigangas e roupas casuais de Shein, recebendo esses produtos gratuitamente como compensação.

Os preços da Shein são muito baixos, com o site oficial do varejista listando camisetas, calças e vestidos por US$ 3, US$ 7 e US$ 13, respectivamente, o que geralmente é 50% ou inferior ao custo de produtos similares de outras marcas proeminentes de moda rápida, como a Inditex. Zara.

Para manter sua atraente proposta de moda fluindo, a Shein lançou vários projetos em 2021 que visam atrair jovens designers, como o programa ‘SHEIN X Designers’ . De acordo com Shein, quase 1.500 designers e artistas participaram do ‘SHEIN X’ em 2021. Um exemplo envolve oito alunos do Santa Ana College (SAC), Califórnia, que participam de um curso de ilustração de moda sobre como desenhar roupas no Adobe Illustrator. Um projeto final exigia uma coleção de quatro peças com a opção de enviar trabalhos para a SHEIN X e vincular os alunos à equipe de desenvolvimento de produtos da Shein para participar de um processo de aprovação de amostra e, finalmente, ver seus designs se tornarem produtos que os consumidores poderiam comprar online.

De tarifas de Trump a pedidos móveis: os segredos por trás do sucesso de Shein
Shein não havia respondido a Just Style antes da publicação deste artigo, no entanto, especialistas da indústria de roupas fora da empresa ficaram felizes em compartilhar seus insights sobre os segredos por trás de seu sucesso, que incluem ter um modelo inovador de cadeia de suprimentos que escapa das tarifas introduzidas por Donald Trump e pedidos baseados em dispositivos móveis.

“Uma chave para o sucesso da Shein é que ela foi capaz de aproveitar as oportunidades trazidas pela guerra comercial EUA-China. O aumento das tarifas afetou substancialmente as exportações chinesas de vestuário a granel, beneficiando o modelo de negócios da Shein de usar entrega expressa para enviar produtos de seu armazém na China diretamente aos consumidores dos EUA”, explicou Fan Di, professor do Instituto de Têxteis da Universidade Politécnica de Hong Kong. e Vestuário.

“Esses pacotes são isentos de impostos se valem menos de US$ 800, permitindo que a Shein mantenha os preços baixos quando seus concorrentes enfrentam custos operacionais mais altos devido à guerra comercial”, acrescentou.

O outro ponto forte da Shein é que ela possui um sistema revolucionário de gerenciamento de fornecedores que se traduz em fornecer uma ampla variedade de sortimentos de produtos em alta velocidade. A rápida recuperação da empresa se deve às centenas de fornecedores que ela usa na área do delta do Rio das Pérolas, na província de Guangdong, na China.

A magnitude parece crescer ainda mais, conforme indicado pela Comissão Municipal de Desenvolvimento e Reforma de Guangzhou em fevereiro, emitindo um aviso de ‘Plano de Projeto-Chave de Guangzhou 2020’ que incluiu um projeto da Sede da Cadeia de Suprimentos da Área da Baía de Shein com um investimento total de CNY 15 bilhões (US$ 2,36 bilhões). ) e uma área total de construção de cerca de 3,3 milhões de metros quadrados.

“Esses fornecedores são habilidosos, pois fornecem há muito tempo marcas no exterior, portanto, são capazes de transformar rapidamente projetos em produtos”, explica Fan.

“Além disso, a infraestrutura de fabricação nesta área é abrangente: tecidos e acessórios podem ser facilmente adquiridos na região, enquanto a rede de transporte bem desenvolvida pode reduzir o tempo de trânsito das mercadorias”, acrescentou.

Fan apontou que, como os fornecedores da Shein geralmente são pequenos, eles podem não ter um sistema de planejamento de recursos empresariais (ERP) ao qual Shein possa se conectar para o processamento automatizado de pedidos mútuos. Para superar as complexidades resultantes em comunicação e coordenação, a Shein desenvolveu uma gama de sistemas baseados na web/móvel para esses fornecedores para gerenciar estoque, processar pedidos e pagamentos.

“Um fabricante interessado em se tornar um fornecedor da Shein pode se inscrever por meio de um site chamado zhaoshang.sheincorp.cn . Shein cria uma conta para o fornecedor e os treina para usar o sistema, e então os fornecedores que terminam a produção mais cedo são recompensados, acelerando a entrega geral do produto”, disse Fan.

“Não é fácil replicar o modelo de negócios da Shein, pois requer uma base de fornecimento forte e uma técnica superior de gerenciamento de fornecedores, mas toda empresa de moda pode aprender com suas operações em termos de como lidar com os riscos do comércio global e como integrar fornecedores para construir uma vantagem competitiva”, acrescentou.

Futuro da Shein

Enquanto isso, Greeven vem prevendo os movimentos futuros de Shein . Ele observou que a partir do foco inicial da empresa em roupas femininas, a Shein se expandiu para roupas masculinas e infantis, bem como sapatos, acessórios, bolsas, artigos de decoração e produtos de beleza. A empresa está abrindo o caminho de muitas empresas líderes de internet, incluindo Amazon, JD.com da China e Meituan, que ampliaram suas respectivas gamas de produtos ao longo do tempo.

“Geralmente, respondendo à pergunta ‘o que vem a seguir?’ e ‘de onde virá o crescimento’, eles podem se aprofundar na moda, expandir para outros mercados ou diversificar para um modelo de comércio eletrônico mais horizontal”, disse Greeven à Just Style.

Uma questão que pode ser um foco futuro de Shein, ele sugeriu, é o foco em sua reputação e esforços ESG (ambiente, social e governança): conexão com sua rede de cadeia de suprimentos, mas esses recursos digitais podem ajudá-lo a gerenciar melhor seus talentos e pessoas e deve fazer mais em termos de reciclagem e upcycling?” ele perguntou, observando: “Afinal, é isso que uma base de consumidores cada vez maior está esperando”.

Amazon amplia locais de entregas rápidas no Brasil e frete no mesmo dia chega a RJ e BH

A Amazon anunciou na última terça-feira a ampliação da estrutura logística no Brasil para entregas de produtos em até dois dias e expansão da modalidade frete no mesmo dia para cinco cidades, incluindo Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

O anúncio ocorre em meio a uma concorrência entre varejistas online para acelerar as entregas a fim de atrair consumidores. Além da competição, fatores como inflação elevada e alta de juros vêm impactando os negócios de empresas do setor no país.

O frete no mesmo dia da Amazon, que antes só valia para a capital paulista, agora incluirá Rio de Janeiro, Belo Horizonte e as cidades paulistas de Barueri, Osasco e Guarulhos. A modalidade é disponível para compras de itens específicos feitas até 12h do dia da encomenda.

Para os clientes do seu programa de benefícios Prime, a Amazon disse que a entrega de produtos em um dia sem custo de frete será disponível agora para mais de 100 cidades, enquanto a entrega em dois dias alcançará mais de mil cidades.

A empresa disse que o frete de dois dias passou de 90 para mais de mil cidades desde seu lançamento, em 2019. A entrega no mesmo dia é cobrada, mas clientes Prime tem desconto.

Hub da DHL Supply Chain em Guarulhos agiliza processamento de carga e aprimora integração do modal aéreo à cadeia de suprimentos

A pandemia lançou desafios extras a logística, especialmente no modal aéreo com a diminuição dos voos para passageiros. Para auxiliar embarcadores nesta área e facilitar a integração deste modal a cadeia de suprimentos, a DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, lançou um Hub aéreo exclusivo em Guarulhos que completou em fevereiro um ano e meio de operação. Enquanto terminal de cargas dedicado, o Hub consolida, paletiza e prepara cargas para transporte aéreo nacional expedidos em São Paulo, proporcionando mais agilidade, segurança e eficiência.

“Inauguramos o Hub durante um dos períodos mais críticos da pandemia, com uma oferta de voos muito reduzida. Porém, esta dificuldade nos possibilitou trabalhar com embarques mais consolidados, em aeronaves maiores ou até em cargueiros, o que nos trouxe uma melhor consolidação das cargas e uma melhor performance de embarque, que conseguimos manter nas principais rotas até hoje, mesmo com a retomada gradual dos voos de passageiros”, afirma Luiz Brunherotto, Diretor de Transportes da DHL Supply Chain no Brasil.

O Hub de Guarulhos foi especialmente importante para agilizar as entregas relativas a Black Friday e Natal. “Muitos embarcadores optaram pelo modal aéreo para garantir o prazo de entrega ao consumidor final, ainda mais com prazos de produção tão apertados pela dificuldade no fornecimento de alguns insumos”, ressaltou o diretor da DHL Supply Chain.

O atendimento a picos de demanda evidência as vantagens operacionais do hub para além da competitividade de prazo e custo. Ele consolida as cargas em estruturas padrões para o embarque aéreo, com isso, minimizando ocorrências de avarias e extravios, e dá acesso direto a pista de voos, proporcionando uma maior rapidez na disponibilização das cargas. Além disso, a DHL Supply Chain tem acordos de blocked space com as companhias aéreas, o que garante área e agiliza embarques realizados por meio do Hub.

Já foram expedidos na estrutura cerca de 6 mil toneladas e a demanda continua aquecida em 2022, principalmente para cargas expressas dos clientes dos setores automobilístico, farmacêutico e de tecnologia. Embora a situação tenha melhorada um pouco, dificuldades no modal marítimo continuam a impactar fluxos internacionais de entregas que, para serem compensados pelo menos parcialmente no trajeto doméstico, estimulando o uso do modal aéreo. Em outros casos, a maior dificuldade na obtenção de peças e componentes também leva a um maior uso do transporte aéreo. Paralelo a isso, cresceu também a participação do e-commerce nas cargas processadas pelo Hub, mas, neste caso, o impulsionador foi a necessidade de realizar entregas super-rápidas em áreas distantes do País.

O Hub de Guarulhos se conecta também com outras soluções de transportes da DHL Supply Chain, como caminhões elétricos, bicicletas, smartlockers e, principalmente, a linha rodoviária Rodo Expresso que realiza entregas em um raio de até 1.200 km, com um prazo igual ao modal aéreo e que pode ser uma alternativa mais competitiva financeiramente e mais segura no caso de indisponibilidade de espaço ou de voos na data/período programado.

Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Na disputa com Magazine Luiza, AliExpress quer trazer ao Brasil data comemorativa que movimenta mais de R$ 640 bilhões por ano na China

A disputa no comércio digital no Brasil é acirrada, mas a gigante chinês do comércio digital AliExpress está preparada para brigar com a brasileira Magazine Luiza (MGLU3), a asiática Shopee e outras concorrentes por esse mercado — e já tem planos ambiciosos para suas operações no país.

O primeiro passo estratégico da asiática é mudar a direção da companhia no Brasil. A partir de agora, a ex-chefe de marketing da Americanas, Briza Rocha Bueno, vai assumir a presidência por aqui.

Dia do Solteiro no Brasil

Bueno chega ao comando da empresa do grupo Alibaba com um projeto para unir as tradições chinesas ao “jeitinho brasileiro” — e importar uma data comemorativa da China que movimenta bilhões e bilhões.

A data surgiu na China como uma espécie de “anti-Dia dos Namorados”, além de rivalizar com a Black Friday dos Estados Unidos.

Porém, o dia acabou se tornando tão popular que se transformou na principal data do comércio da China — e passou até mesmo a ser considerada a Black Friday chinesa.

“Trago um ‘jeitinho’ brasileiro para o AliExpress, algo que adquiri nos meus anos de experiência no e-commerce nacional”, disse a nova presidente do AliExpress no Brasil.

No ano passado, o Dia dos Solteiros bateu recorde e movimentou o montante de US$ 139,1 bilhões — equivalente a aproximadamente R$ 644,9 bilhões, na conversão atual.

A aposta da chinesa em importar a data comemorativa ainda preenche o espaço vazio no calendário brasileiro, uma vez que existe uma janela entre o Dia das Crianças e o Natal, de acordo com Ulysses Reis, professor de varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A “pré-Black Friday” do AliExpress no Brasil ainda deve aumentar as compras de presentes de Natal antecipadas, segundo Reis.

Expansão do AliExpress no Brasil

A expansão do AliExpress no Brasil não é de hoje. A companhia de e-commerce aumentou o número de voos que transportam produtos para o Brasil, que subiram de cinco para seis vezes por semana.

Mas a disputa para conquistar o comércio digital no Brasil e impulsionar os negócios no país também inclui os vendedores locais na plataforma.

A empresa quer aumentar o número de comerciantes brasileiros, uma vez que o Brasil é o único país que o AliExpress permitiu a entrada de vendedores locais no site.

Shopee: Conheça a estratégia por trás do crescimento de 300% no Dia do Consumidor

A Shopee divulgou os resultados que obteve com as ações realizadas para o Dia do Consumidor. A empresa informou que teve um aumento de 300% de compradores e de 290% no número de novos vendedores e marcas.

O Dia do Consumidor, “comemorado” no dia 15 de março, é a primeira data do ano de grande movimento para as varejistas.

Segundo dados do Neotrust, o e-commerce brasileiro registrou faturamento de R$ 722 milhões, um crescimento de 22% em comparação à data no ano passado.

A Shopee teve mais de 470 mil menções no Twitter no dia do consumidor. Para promover as vendas, o marketplace disponibilizou cupons de desconto, promoções, ativações nas redes sociais e também passou a aceitar o Pix como forma de pagamento.

Segundo a empresa, as categorias que mais se destacaram foram a de casa e lazer; saúde e beleza e, por fim, de roupas femininas.

Segundo Felipe Piringer, responsável pelo marketing e estratégia na Shopee, o propósito de todas as ações de marketing da empresa é “proporcionar uma experiência de compras fácil, divertida e segura para os usuários e, ao mesmo tempo, alavancar as vendas dos empreendedores brasileiros na nossa plataforma”.

A campanha do Dia do Consumidor foi a primeira grande ação do ano da empresa seu planejamento foi pautado em criar uma conexão do público com a marca. Por isso, a Shopee apostou no grupo Barões da Pisadinha com um jingle paródia, além de desenvolver ações com mais de 20 influenciadores.

As ações contaram com ativações nas redes sociais e o lançamento da Shopee Live, plataforma de live commerce dentro aplicativo.

Estratégias para manter o crescimento

Para manter um crescimento sustentável, Felipe Piringer diz ser importante uma combinação de fatores, que vão desde o propósito da empresa até a continuidade de ações voltadas para os vendedores e consumidores ao longo de todo o ano.

Pensando em manter o engajamento do cliente e o crescimento da plataforma, a Shopee oferece benefícios ao longo de todo o ano, além de pensar em experiências de compra aliadas ao entretenimento, por meio de jogos que geram cashback, por exemplo.

“Possuímos também uma variedade de produtos locais e internacionais em mais de 30 categorias disponíveis na plataforma”, diz Piringer.

Dicas para estratégias efetivas em datas comemorativas

Piringer destacou alguns pontos aplicados na Shopeee que são fundamentais para a efetividade das estratégias para empresas que atuam no mesmo ramo:

  • Foco na experiência de compra do consumidor;
  • Ações para tornar as compras mais fáceis, seguras e divertidas;
  • Meios de pagamento diversos;
  • Engajar o público;
  • Conteúdo personalizado para cada campanha.

“Outra dica que posso dar é desenvolver uma estratégia de marketing que esteja conectada de fato com o seu negócio e com o seu propósito, que tenha a cara da sua marca, sem a pressão de estar presente em todas as datas comemorativas simplesmente porque todas as empresas estão fazendo”, finaliza.

FedEx vai testar transporte autônomo de carga com drone, conheça qual é o escolhido

A FedEx Express, a maior empresa de transporte expresso do mundo, informa nesta quarta-feira, 30 de março, que está se unindo à Elroy Air, uma empresa com sede na Califórnia Bay Area, que está desenvolvendo um sistema autônomo de carga aérea de decolagem e pouso vertical (VTOL) de ponta a ponta.

Como o primeiro acordo desse tipo nos EUA, a FedEx Express desenvolverá planos para testar o sistema autônomo de carga aérea Chaparral da Elroy Air nas operações logísticas de “middle-mile” da empresa (“middle-mile” é o tipo de transporte que ocorre normalmente por via aérea ou rodoviária, em que são feitos os transportes de mercadorias entre os portos ou aeroportos para os centros de distribuição ou armazéns).

Esta é a mais recente iniciativa da FedEx em seu esforço para explorar e adotar tecnologias emergentes em suas redes.

O crescimento exponencial do comércio eletrônico acelerou a demanda por soluções de transporte e logística confiáveis ​​e eficientes em todas as etapas da cadeia de suprimentos. A FedEx acredita que a inovação e a automação contínuas melhorarão a segurança, a eficiência e a produtividade dos 600.000 membros da equipe da empresa à medida que continuam a fazer o mundo avançar.

“A FedEx foi construída com base na inovação e estamos sempre buscando novas tecnologias para ajudar a aprimorar o setor de logística por meio de segurança, eficiência e atendimento ao cliente aprimorados”, disse Joe Stephens, vice-presidente sênior de planejamento global, engenharia e tecnologia da FedEx Express. “Estamos ansiosos para continuar testando e aprendendo ao longo de nossa colaboração com a Elroy Air.”

A Elroy Air anunciou sua aeronave autônoma Chaparral em janeiro de 2022. A aeronave é um sistema de carga aérea eVTOL (VTOL elétrica) que pode coletar de forma autônoma 300-500 libras (136-227 kg) de carga e entregá-la por via aérea até 300 milhas (482 km). O Chaparral é capaz de voos de longo alcance sem a necessidade de infraestrutura adicional, como aeroportos ou estações de recarga.

“Estamos orgulhosos de trabalhar com a FedEx para construir a próxima geração de logística expressa”, disse Kofi Asante, vice-presidente de desenvolvimento de negócios e estratégia da Elroy Air. “Quando você não está limitado por infraestrutura, tráfego ou aeroportos desafiadores, a logística pode alcançar mais pessoas, mais rápido do que nunca. Estamos ansiosos para trabalhar juntos para criar um novo futuro na forma como levamos mercadorias para as pessoas em todo o mundo.”

A FedEx e a Elroy Air trabalham juntas desde janeiro de 2020 e continuarão sua colaboração para buscar certificações e iniciar os testes de voo em 2023.

Chinesa Shein desfila em novo canal

Experiências Físicas Entram na Estratégia da Marca.

Presente no país há dois anos, a varejista de moda online SHEIN pretende dar novos passos rumo à sua expansão no mercado brasileiro. A operação, antes restrita ao site e aplicativo, ganhou uma pop-up store (loja temporária) no Rio de Janeiro (RJ). “Não temos planos de abrir lojas físicas por enquanto, mas consideramos pop-ups para o ano de 2022, para ter mais oportunidades de comunicação aprofundada com nossos usuários e oferecer aos clientes atividades offline interessantes com a marca”, revela a SHEIN, com exclusividade ao Jornal Giro News. Com 485 m² e três mil itens, a primeira unidade no Brasil funcionou entre os dias 19 e 27 de março, no shopping carioca Village Mall. “Tivemos aproximadamente 1.000 visitas diárias à loja.”

Brasil Ganha Espaço no Negócio


  Além de permitir a experiência presencial com as peças, a pop-up store reforçou a presença digital da marca, gerando impacto positivo nas redes sociais. “O Brasil tornou-se um mercado chave para a SHEIN. Desde o início de 2022, começamos a montar um time brasileiro para nos aproximarmos cada vez mais do público.” As próximas cidades a receberem as lojas temporárias ainda estão sendo definidas, bem como o cronograma de aberturas. Segundo a marca, não há planos de instalação de lojas definitivas ou centros de distribuição no país. “No momento, queremos trabalhar em estreitar nossa colaboração com nossos parceiros de negócios.” A estratégia também inclui ativações com influenciadores.

Consumidores Ditam Tendências

Com atuação em mais de 150 países, a SHEIN registra crescimento global acima de 100% na taxa de visitantes mensais. “As metas a longo prazo são estabelecer um bom relacionamento com o público brasileiro, estabelecer novas e maiores parcerias, auxiliar no desenvolvimento da cadeia produtiva e logística do país e estar presente em todas as tendências de moda.” Na visão da marca, os consumidores brasileiros têm uma demanda crescente por moda e criam tendências próprias, como o uso de cores. “A SHEIN vislumbra um mercado que busca a modernização, um modelo de consumo cada vez mais pautado pelas tendências das redes sociais e cada vez mais diversificado, trazendo temas como diversidade, inclusão e diferentes públicos para a moda.”

 

Bbm Logística tem faturamento recorde de R$ 1,6 bilhão no ano

No resultado anual, companhia registrou salto em e-commerce, gestão de transportes e contratos dedicados, com reforço de investimento em tecnologia e foco na agenda ESG; EBITDA ajustado foi de R$ 115,3 milhões.

A BBM Logística anunciou os resultados do 4º Trimestre de 2021 e fechamento do ano, com recorde de faturamento e expansão significativa das operações de last mile, alcançando R$ 1,6 bilhão em receita bruta anual, que equivale a +32% em comparação ao ano anterior. Com isso, a BBM atingiu a maior receita bruta em um quarto trimestre na sua história, somando R$ 423 milhões.

Segundo o CEO da empresa, André Prado, o crescimento alcançado em 2021 reforça o otimismo em relação à companhia.

“O cenário econômico foi desafiador, com as restrições impostas pela pandemia a todas as atividades, incluindo o ecossistema de logística, e pressão de custos com alta da inflação, juros elevados e disparada dos preços das commodities, com destaque para o petróleo. Mesmo assim, a BBM conseguiu demonstrar sua resiliência e capacidade de execução, atingindo um crescimento expressivo comparado ao mesmo período do ano anterior.” – André Prado, CEO da BBM Logística.

O desempenho da companhia ocorreu em todas as operações, com destaque para o Segmento TM, principalmente nas operações de e-commerce, transporte internacional e carga geral.  Além disso, a companhia continua expandido sua malha e cobertura geográfica no e-commerce e no transporte fracionado, chegando a 4.021 municípios e atendendo a sete países da América do Latina.

Atuando desde o início do processo logístico, com a coleta da matéria-prima, até a entrega do produto ao consumidor final, o Grupo BBM é o único operador logístico com alto nível de serviços e soluções End-to-End e Omnichannel, operando também em diversos segmentos da economia de forma especializada para cada unidade de negócio.  Essas soluções, em conjunto com o recorde de novos clientes e de contratos efetivados, integração das aquisições, expansão da malha logística e avanços na frente de tecnologia, reforçam o posicionamento da companhia de liderança no setor e fortalecem suas bases para continuar a rota de alto crescimento.

EXPANSÃO DO E-COMMERCE E GESTÃO DE TRANSPORTES

Com 35% de crescimento na receita bruta em comparação a 2020, a divisão de TM (Divisão de Gestão de Transportes com operações asset-light) continua em forte progresso, principalmente nas operações de e-commerce, carga fracionada e internacional, e representou 67% do faturamento da BBM. Por meio da integração das operações de transporte fracionado e e-commerce, a companhia diminuiu os prazos de entrega e aumentou consideravelmente a malha de distribuição para todas as regiões do Brasil e países do Mercosul, com o objetivo de atender a maior demanda por fracionamento de carga.

No e-commerce, a BBM Logística registrou novo recorde de volume, com 3,9 milhões de pedidos entregues no 4T21, + 32% em relação ao 4T20 e 12 milhões de entregas no acumulado do ano, representando um crescimento de + 46% comparando ao ano anterior.

CRESCIMENTO EM TODOS OS SEGMENTOS DA COMPANHIA

Com relação às principais divisões de negócios, o aumento também foi significativo.  A divisão de Contratos Dedicados (DCC), apresentou avanço de 26% na receita bruta em comparação ao ano anterior, e continua com forte desenvolvimento para o ano seguinte criando soluções inovadoras. Os resultados foram positivos em decorrência da expansão de operações de colheita nas regiões Sul e Sudeste no segmento florestal e de uma operação de distribuição de gases do ar na região Nordeste.

As aquisições da Translag e Diálogo, ocorridas respectivamente em setembro e dezembro de 2020, fecharam os doze meses de 2021 totalmente consolidadas no resultado da BBM. O atendimento aos canais de venda direta pela Diálogo solidificou a companhia como a única empresa do Mercosul com atendimento completo da cadeia logística (soluções End-to-End), atuando desde a matéria-prima até a entrega ao consumidor final. A Translag possibilitou a ampliação dos negócios FTL, LTL e e-commerce na região Centro-Oeste, na Bahia e em Sergipe.

Mais uma vez destacou-se a capacidade de integração da BBM, operando nas regiões que antes eram exclusivamente atendidas pela Translag e que agora contam com todas as soluções da companhia.

Essas iniciativas, associadas a um processo contínuo de rápido crescimento orgânico, também tiveram impacto no EBITDA ajustado, que atingiu R$ 115,3 milhões, em um período de restrições às operações de varejo, devido à pandemia, com fortes aumentos de custos operacionais, principalmente de combustíveis, pneus e peças.

TECNOLOGIA

Com o uso de tecnologia aplicada aos negócios, a companhia ressalta a conclusão da implantação do ERP SAP em junho de 2021, mais um importante passo para a jornada de transformação digital, na qual a BBM tem consistentemente investido. Em relação ao principal projeto da empresa, a Plataforma Digital BBM, destaca-se o GO Live da versão inicial para três unidades da operação de FTL – Carga Geral em MG, RJ e PR, que funcionará como piloto para expansão de processos que já estão digitalizados com importantes ganhos e eficiência e reduções de custos esperados.

Além disso, em linha com a estratégia de digitalização e inovação da BBM, a companhia ampliou os investimentos na frente de tecnologia, que aumentaram quase quatro vezes em 2021 vs. 2020, com a implantação do novo ERP e no desenvolvimento da Plataforma Digital BBM.

AGENDA ESG

Alinhada com a estratégia de atuação e as demandas da sociedade, a BBM segue desenvolvendo a agenda ESG com ações e resultados concretos ao longo de 2021. Dentre as várias iniciativas nessa área, a companhia ressalta as descritas abaixo.

  • Meio Ambiente

Veículos elétricos: Realizado em parceria com cliente, grande player do segmento químico, a iniciativa tem o objetivo de diminuir o impacto ambiental dos veículos tradicionais, como zerar a emissão de carbono e poluentes atmosféricos durante o transporte e a diminuição de ruídos.

Otimização para operações de MilkRun: desenvolveu-se um sistema que apoia o tomador de decisão da gestão logística com soluções de otimização de rotas. O recurso permite a redução de 12% de tCO2e – dados em toneladas de dióxido de carbono e gases de efeito estufa convertidos em CO2, e redução de 18% em quilômetros percorridos.

Otimização para operação LTL: para redução da emissão de GEE – gases de efeito estufa nas atividades diárias, foi iniciado processo nas operações de fracionado em São Paulo que tem como meta diminuir recursos ativos (veículos) em até 8% e aumentar a produtividade. Os resultados serão acompanhados ao longo de 2022.

Redução do consumo de combustível: na operação de gases de ar, o processo foi redesenhado em conjunto com o cliente, grande player do segmento de Gases do Ar, gerando redução do consumo em 3% ao ano.

  • Pessoas e o entorno

Em outubro, a BBM lançou o Programa BBM por Elas, que incentiva a inclusão de mulheres na logística e possibilita um ambiente mais igualitário. Em novembro, a campanha “Somos todos BBM, somos todos contra a fome” promoveu a arrecadação e doação de alimentos não perecíveis. Foram arrecadadas 4,3 toneladas de alimentos e distribuídos para o banco nacional de alimentos em 5 localidades do Brasil.

  • Governança, Compliance e o futuro

Dentre as principais iniciativas do grupo, estão também as certificações que tornam a empresa mais competitiva no setor. Fomos reconhecidos pela Receita Federal como Operador Econômico Autorizado (OEA), dessa forma atuamos como um operador logístico de baixo risco, confiável e com benefícios na aduana brasileira.

Em relação às iniciativas sustentáveis, a companhia tem o propósito de transformar suas entregas e operações por meio de soluções e processos sustentáveis, e impulsionar a sustentabilidade no setor logístico brasileiro, para isso o Grupo BBM se apoia em três pilares fundamentais: preservar, valorizar e impactar positivamente, estes estabelecidos com base na agenda 2030 da ONU.

Análise: Shopee sai da Índia, mas isso não torna o Brasil a ‘bola da vez’

Não é difícil imaginar que, após a decisão da Shopee de deixar o mercado indiano, como anunciado hoje pela companhia, o Brasil poderia ser visto como foco central dos investimentos da Sea Limited entre os mercados emergentes. Especialistas hoje correram para analisar este como um dos principais impactos da decisão anunciada.

É fato que a aceleração no Brasil passou a ser citada pelo comando da Sea em teleconferências recentes, e o grupo já deixou claro que quer crescer mais rápido por aqui.

Mas o que é lógico não é necessariamente o caminho adequado em determinado momento, ou tem fundamento considerando o cenário global das empresas — especialmente num negócio complexo como os “megamarketplaces” (plataformas globais de venda de itens de terceiros).

A Sea Limited passa por uma fase de maiores pressões do mercado, que busca sinais de mais racionalidade no negócio. E investir numa operação on-line no Brasil agora (e terá que ser por um bom tempo) é queimar dinheiro, como já ocorreu em outros negócios por aqui (não custa lembrar que Amazon e Aliexpress, há bem mais tempo no Brasil, não seriam lucrativas até hoje).

Analistas estrangeiros da Sea e investidores vêm levantando a questão do aumento da queima de caixa no grupo e o risco para resultados mais fracos na operação de “games” da Sea (a Garena é a operação da empresa nessa área, dona do “Free Fire”). O alerta começou a tocar neste mês, depois que o cofundador e CEO da Sea, Forrest Li, citou “ventos contrários” em seus negócios de jogos, e necessidade de equilibrar os números com a operação da Shopee e da SeaMoney (divisão de serviços financeiros).

Desde o início de março, quando a empresa publicou seus números do quarto trimestre, e após a sinalização do CEO, a ação da empresa caiu 21% — é um terço da queda acumulada desde outubro (em seis meses, o recuo é de 62%).

Em recente relatório, a equipe do Goldman Sachs chegou a chamar atenção para essa fase mais dura na Sea, e o impacto na Shopee no Brasil. Dizem que o capital ficando mais caro no mundo e a reação dos papéis na bolsa americana Nyse podem levar a gestão a ter que mostrar maior disciplina na alocação de capital. E aí, em relação a Brasil, há algumas formas de se ver esse posicionamento.

A perda da Shopee no Brasil por pedido (em termos de resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação) está na faixa de R$ 10 (e no mundo a média é de R$ 2,25), então gastar mais por aqui implica em aumento de despesas, margens comprimidas e desembolsos maiores — apesar de isso se traduzir em ganho de mercado. “A maioria olha Shopee como se fosse um negócio isolado, mas ele sempre foi sustentado pelo Free Fire, só que o negócio de ‘game’ foi banido em algumas regiões e a concorrência apertou em outros mercados. A vida deles ficou mais difícil”, diz um competidor direto da Shopee no país, dias depois da teleconferência do quarto trimestre.

É fato que a Shopee já reviu condições comerciais junto a seus lojistas no país, aumentando as taxas de comissão no ano passado (era de um dígito em 2020, mas já está num patamar dentro da média de mercado, na faixa de 18% por venda), num sinal de que os gastos precisam ser melhor divididos com seus parceiros.

Ainda entra nessa conta a série de reações organizadas, de concorrentes, contra marketplaces estrangeiros no país. Esse cerco vem crescendo e há executivos do setor que acreditam em maiores ações de fiscalização de governos estaduais e municipais às plataformas internacionais.

O Valor noticiou na semana passada que pode ser elaborada uma medida provisória que deve endurecer a legislação tributária no on-line, após empresários brasileiros terem reforçado críticas à certos marketplaces junto à ministérios e autarquias, em relação à importação de itens falsificados ou sem devido pagamento de impostos.

Isso, naturalmente, gera ruído maior para as marcas, e tem que entrar no desenho do plano de expansão dos marketplaces estrangeiros, no mínimo, como aspecto concorrencial. É sabido que mercados fechados ou de legislações menos abertas às plataformas não são preferência dessas empresas — mesmo que sejam países com milhões de consumidores ávidos por produtos que custam alguns dólares.

Apesar desse ambiente com novas tensões, grande parte dos analistas setoriais no Brasil não espera que a Shopee vá acenar com menor vigor por aqui — talvez adote uma estratégia mais racional por determinado período. As projeções animadoras de analistas de expansão da Shopee no país acabam sustentando a lógica de alguns consultores que esperam que a Sea volte boa parte de seu arsenal de investimentos para cá, mesmo com mercado mais atento aos números do grupo.