O que o resultado da Shopee do 4T21 diz sobre o Magazine Luiza (MGLU3)?

Pela primeira vez, a Shopee divulgou dados em seu balanço referentes ao Brasil.

Ao todo, a companhia de e-commerce registrou mais de 140 milhões de pedidos (aumento de 400% no ano) em 2021 e mais de US$ 70 milhões em receita (aumento de 326%).

Em relatório divulgado a clientes, o Santander avaliou que os números são marginalmente positivos para os players de comércio eletrônico listados no Brasil, “embora as observações prospectivas da Sea [controladora da Shopee] impliquem que o Brasil continua sendo um foco central de crescimento”.

Além disso, eles lembram que a empresa informou que teve uma perda de Ebitda ajustado (que mede o resultado operacional) por pedido abaixo de US$ 2 no quarto trimestre de 2021. Ou seja, a perda de Ebitda ajustado no trimestre totalizou cerca de R$ 1,5 bilhão.

Mesmo assim, a dupla diz que, no curto prazo, a Shopee é uma ameaça mais relevante para o Mercado Livre (MELI34), apesar do GMV da empresa de e-commerce estar se aproximando do Magazine Luiza (MGLU3).

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/o-que-o-resultado-da-shopee-do-4t21-diz-sobre-o-magazine-luiza-mglu3/

Varejistas dão até 80% de desconto para impulsionar o Dia do Consumidor

Criada nos Estados Unidos, data tem ganhado relevância no calendário do varejo brasileiro.

Data bastante tradicional no mercado norte-americano, o Dia do Consumidor tem sido cada vez mais adotado pelo varejo brasileiro para conquistar clientes e trazer picos de vendas em um mês com menor sazonalidade.

Eduardo Yamashita, COO da Gouvêa Ecosystem, explica que, assim, como outros movimentos, como a Black Friday e o Cyber Monday, o Dia do Consumidor começou no comércio eletrônico aqui no Brasil. “Há alguns anos, essa data passou a ser adotada no Brasil com a visão de trazer novas oportunidades de negócio. Assim como foi na Black Friday, esse movimento começou no varejo digital, mas, cada vez mais, passou a ser adotado pelo varejo tradicional”, diz.

A Semana do Consumidor deve movimentar R$ 6,3 milhões no comércio eletrônico neste ano, 25% acima dos R$ 5,1 milhões em 2021, segundo estimativa da Voxus, startup que impulsiona e-commerces e negócios digitais.

Os itens mais procurados pelos consumidores, segundo levantamento da empresa, serão roupas e sapatos femininos, smartphones, jóias, produtos de saúde e beleza e eletrodomésticos, principalmente televisores e fogões.

Neste ano, as estimativas indicam que as vendas de roupas e calçados femininos continuarão em alta, já que são considerados produtos de ‘compra por impulso’. “O nosso levantamento aponta que a comercialização de roupas e calçados femininos terá um aumento de 25% a 40% em relação ao ano passado”, afirma o Co-CEO da Voxus, Rodrigo Martins.

“Já na área de tecnologia, a venda de smartphones deve crescer aproximadamente 25%, principalmente por causa dos novos lançamentos de marcas como Samsung e Apple”, diz Martins.

Comemorada nesta terça-feira, 15, a data está sendo usada por varejistas de diferentes setores que oferecem descontos de até 80% mais barato, além de benefícios como frete grátis e cashback.

Confira algumas campanhas: 

Americanas

A Americanas lançou a Semana do Consumidor com campanha estrelada por Rodrigo Faro. Até o dia 16 de março, a varejista oferece até 80% de desconto, até 50% de cashback, cupons exclusivos e frete grátis. Também serão feitas lives especiais para os clientes aproveitarem as melhores promoções, às 19h, no app Americanas, além do YouTube, Instagram, Facebook e TikTok da marca.

Ponto e Casas Bahia

As marcas pertencentes à Via desenvolveram campanhas promocionais que permanecem ativas até dia 21 de março. Com o mote “Preços mais baixos que na Black Friday”, a Semana do Consumidor na Casas Bahia vai até 21 de março com descontos de até 70% em todas as categorias.

Evino

A Evino preparou o Mês do Consumidor, com até 70% de desconto em mais de 400 rótulos e 20 lançamentos, além de quatro dias de frete grátis.  A cada compra realizada com o mesmo e-mail, em março, o consumidor ganhará 5% de cashback, que poderá ser utilizado a partir do dia seguinte até 30 de abril. Para participar é necessário fazer a inscrição no site.

Cobasi 

Até o dia 20 de março, a Cobasi dará até 50% de desconto para os clientes Amigo Cobasi. A promoção valerá para itens para pets, casa e jardim nas 150 lojas da marca, no site e no aplicativo. A funcionalidade Meu Desconto, do app da Cobasi, também estará com promoções especiais, que devem ser ativadas na plataforma para resgatar descontos nas lojas físicas ou nos canais online.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/14/varejistas-dao-ate-80-de-desconto-para-impulsionar-o-dia-do-consumidor/

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Resultado Sequoia (SEQL3) 2021: Lucro Cai 30% no 4t21

Sequoia divulgou seus resultados referentes ao 4t21, confira os destaques e se vale a pena investir na SEQL3.

Os resultados da Sequoia (SEQL3) referente a suas operações do quarto trimestre de 2021, foram divulgados no dia 09/03.

Veja neste artigo os principais destaques do resultado da Sequoia do 4t21 e a análise fundamentalista da empresa.

Confira o calendário de divulgação de resultados do 4t21 das empresas listadas na Bolsa de Valores e a análise das empresas que a equipe do The Capital Advisor está realizando.

Sobre Sequoia

Sequoia é um 3PL especializado em Logística e Distribuição, única companhia de LTL e B2C com capital aberto na B3.

A empresa se destaca por buscar incessantemente o aprimoramento contínuo em serviços de Logística e Transporte.

Constituída pela unificação de marcas consolidadas no mercado, a Sequoia é reconhecida pela capacidade de entregar sempre mais.

Desenvolvendo soluções completas e integradas para marcas de destaque, muitas delas, líderes em seus segmentos, a Sequoia possui expertise sólida e diferenciada em e-commerce.

Composição acionária da Sequoia

Acionista ON PN Total
WP XI C FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA 27,7% 0,0% 27,7%
OUTROS 22,4% 0,0% 22,4%
MORGAN STANLEY 12,8% 0,0% 12,8%
ITAU UNIBANCO S.A. 9,6% 0,0% 9,6%
COMPASS GROUP LLC 8,2% 0,0% 8,2%
FRAM CAPITAL SHERMAN II FIP MULTIESTRATEGIA 7,2% 0,0% 7,2%
DWS INVESTMENT GMBH 6,4% 0,0% 6,4%
FRAM CAPITAL SHERMAN FIP MULTIESTRATEGIA 4,8% 0,0% 4,8%
ARMANDO MARCHESAN NETO 4,8% 0,0% 4,8%

Avaliação de Governança

A empresa está listada na Bolsa de Valores no segmento Novo Mercado, nível mais alto da B3.

Empresa Sequoia Logística e Transportes S.A.
Código SEQL3
Subsetor Transporte
Segmento de Listagem Logística
Tag Along 100%
Free Float 59,6%
Principal Acionista WP XI C Fundo de Investimentos
Site https://ri.sequoialog.com.br/

A empresa possui um free float acima de 25%, o que não representa nenhum problema de liquidez nas negociações das ações para o acionista.

A empresa possui um tag along de 100%, indicando que o acionista minoritário estará protegido se os controladores da empresa vendam sua participação na companhia.

Ambos indicadores ajudam na análise da governança corporativa da empresa, porém não dizem respeito à sua capacidade de geração de caixa ou à sua rentabilidade.

Agora chegou a hora analisar os resultados e os principais múltiplos da análise fundamentalista da companhia.

Resultado Sequoia no 4t21

A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 21,5 milhões no 4t21, apresentando uma retração de -30% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Confira os principais destaques dos resultados da Sequoia do quarto trimestre de 2021:

Indicador 4t21 3t21 % 4t20 %
Lucro Líquido (R$) R$ 21,5 M R$ 17,1 M 25,7% R$ 30,7 M -30,0%
Margem Ebitda (%) 15,0% 15,4% -0,4 p.p. 14,7% 0,3 p.p.
Margem Bruta (%) 19,0% 18,0% 1 p.p. 22,6% -3,6 p.p.
Margem Líquida (%) -0,4% -0,1% -0,3 p.p. 5,1% -5,5 p.p.

Resultados Operacionais da Sequoia no 4t21

No trimestre, a Companhia realizou 18,6 milhões de entregas, representando um crescimento de 51%.

O novo patamar conquistado em relação aos períodos anteriores, reflete o forte aumento do número de pedidos em categorias com ticket médio menor por meio da SFx, que atingiu 6,9 milhões de pedidos no trimestre.

B2C

No B2C, a Companhia 17,1 milhões de entregas no 4T21, crescimento de 55% em relação ao 4T20, com retração do ticket médio de 6,7% YoY, refletindo principalmente o impacto do número de pedidos da SFx, conforme já citado anteriormente, que apresenta um ticket médio menor.

B2B

No B2B, a Sequoia atingiu 1,5 milhão de entregas no 4T21, crescimento de 18,9% em relação ao 4T20, com retração de ticket médio de 7,4%, refletindo o mix pela maior participação do número de pedidos do LTL (Less-Than-Truckload) e field service.

Resultados Financeiros da Sequoia no 4t21

receita líquida de vendas da Sequoia atingiu R$ 450,9 milhões no 4t21, apresentando alta de 31,0% na comparação com o 4t20.

Lucro Bruto da Sequoia atingiu R$ 92,2 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 11,4% na comparação com o 4t20.

O custo dos serviços prestados totalizou R$ 365,1 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 37,1% na comparação com o 4t20.

Ebitda da Sequoia atingiu R$ 67,7 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 34,1% na comparação com o 4t20.

margem Ebitda da Sequoia totalizou 15,0% no 4t21, apresentando crescimento de 0,3 ponto percentual na comparação com o 4t20.

No 4t21, as despesas gerais e administrativas cresceram 12,3% em relação ao 4t20.

Margem bruta da Sequoia atingiu 19,0% no 4t21, apresentando retração de -3,6 ponto percentual na comparação com o 4t20.

lucro líquido da Sequoia atingiu R$ 21,5 milhões no 4t21, crescimento de 25,7% na comparação com o 3t21 e queda de -30% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Margem líquida da Sequoia ficou em -0,4% no 4t21, apresentando retração de -5,5 p.p na comparação com o 4t20.

Para fazer uma análise do desempenho da empresa, quanto a empresa gera de retorno financeiro, avalie também outros indicadores de rentabilidade, como o giro do ativo e o Retorno sobre o Ativo (ROA).

Endividamento da Sequoia

Os indicadores de endividamento da Sequoia estão dentro da normalidade, apresentando uma dívida bruta / patrimônio líquido de 111,2%, abaixo da sua média dos últimos 3 anos.

A dívida líquida da Sequóia em dezembro de 2021, totalizou R$ 500,7 milhões, apresentando retração de -0,6% na comparação com setembro de 2021.

Além do endividamento, lembre-se sempre de analisar os outros indicadores de estrutura de capital da empresa, como o endividamento geral, terceiros, composição e imobilização de recursos e não recorrentes.

Faça uma comparação do endividamento dos concorrentes da empresa, que estão inseridas no mesmo setor.

Por fim, avalie também os indicadores de liquidez que fazem parte do conjunto de índices financeiros, para  medir a capacidade financeira da empresa em satisfazer seus deveres junto a terceiros.

Indicadores Fundamentalistas da Sequoia

Veja abaixo os principais indicadores fundamentalistas da Sequoia para iniciar a sua análise dos fundamentos da SEQL3.

Indicador 09/2021 12/2021 Evolução
Preço/Lucro (P/L) 1.185,2 -110,4 -109,3%
Preço/Valor Patrimonial (PVPA) 3,6 3,3 -8,3%
Price Sales Ratio (PSR) 1,5 1,3 -20 p.p.
Valor de Mercado (R$) R$ 2,2 B R$ 2,0 B -9,1%
Ebitda (R$) R$ 56,2 M R$ 67,7 M 20,5%
Lucro por Ação (LPA) $ 0,0131 -0,1281 -1.077,9%
Rent. Patr. Líq. (ROE) % 0,3% -3,0% -3,3 p.p.
Margem Líquida % 0,1% -1,2% -1,3 p.p.
Liquidez Corrente 1,2 1,2 0 p.p.
Data Divulgação 09/11/21 09/03/22

* Indicadores com base na data de 09/03/2022.  Fonte: GuiaInvest

Para aplicar todos esses filtros e fazer uma rápida análise fundamentalista, levei menos de 5 minutos com a ferramenta GuiaInvest PRO.

Você pode assinar a ferramenta com preço promocional e ainda receber gratuitamente o PDF “13 Ações do Corona Opportunity”, que são empresas de setores variados, com o Score mais alto de cada setor.

Teleconferência de Resultados Sequoia 4t21

Ouça aqui a Transmissão da Teleconferência da Sequoia do 4t21.

Documentos e arquivos dos Resultados da Sequoia do 4t21.

Para conferir os resultados de outros trimestres, em texto ou áudio, acesse a Central de Resultados da Sequoia.

Fonte : https://comoinvestir.thecap.com.br/analise-resultado-sequoia-seql3-4-trimestre-2021-4t21

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Shein acirra competição e preocupa varejistas de moda no Brasil

Até mesmo antes de entrar oficialmente no Brasil, a Shein preocupa o mercado de moda nacional. Os varejistas, de acordo com analistas, estão atuando com mais cautela desde a decisão da gigante chinesa de expandir as operações no país. Com foco no mercado digital, o trabalho da mesma é digno de preocupar empresas já consolidadas.

Mas, antes mesmo da estreia formal no Brasil, a empresa de moda chinesa já é um sucesso por aqui. Em 2021, o seu aplicativo foi o mais baixado do setor de modas, contando com mais de 23,8 milhões de downloads no país. Além disso, as estimativas são que ela faturou cerca de R$ 2 bilhões no país.

A Shein, agora, teria começado a fechar contratos com fornecedores locais. Segundo notícias, a ideia da companhia, com isso, é diminuir o período de entrega e também reduzir a dependência das importações.

“Vemos o movimento da Shein como negativo para as varejistas brasileiras focadas em média e baixa renda, uma vez que deve aumentar o ambiente competitivo do setor”, comentam os analistas da XP Investimentos Danniela Eiger, Thiago Suedt e Gustavo Senday em relatório do final de fevereiro.

Para eles, a Shein tem diversos atrativos que a diferem das suas concorrentes brasileiras. A chinesa consegue, por exemplo, acompanhar de forma mais rápida as tendências da moda e com um vasto sortimento de peças – e, mesmo assim, consegue manter preços bastante competitivos.

Apesar dos diferenciais, os analistas da corretora veem que ainda falta à Shein uma multicanalidade maior e também avançar no processo de logística reversa, que abrange temas como devolução e reciclagem de produtos. “Além disso, existem discussões sobre aumentar a fiscalização e tributação dos produtos importados por essas plataformas a fim de melhorar a competitividade de produtos brasileiros”, completam os analistas.

De toda forma, a companhia chinesa vem avançando no país e deve continuar a melhorar sua presença por aqui, o que é, para XP, um risco para nomes como a C&A (CEAB3), Hering (agora do Grupo Soma SOMA3) e Lojas Renner (LREN3).

Shein: mercado em atenção

“Embora a Shein seja um case de sucesso com um modelo de negócio interessante, concluímos que a verdadeira característica disruptiva da empresa permanece sendo sua inteligência artificial, que acreditamos que nenhum outro player saiba usar tão bem ou precisamente quanto”, afirma o analista Thiago Macruz, do Itaú BBA. “Do design do produto ao front-end com os consumidores, essa expertise é bastante diferenciada”.

A Shein consegue colocar, diariamente, cerca de seis mil novos itens em seu catálogos on-line, número muito maior do que qualquer outra companhia. Em seu caso, não são fashionistas ou estilistas que capturam tendências da moda para levarem às maquinas de costura, mas sim softwares que rondam redes sociais e sites de marcas famosas.

Além disso, a companhia não depende do Instagram para se promover, como outras varejistas de moda, utilizando mais o seu conterrâneo TikTok para crescer, o que a coloca ainda mais em contato com a geração Z. A Shein conta também, segundo levantamentos, com estímulos mais eficazes para manter usuários no aplicativo, fazendo outras compras e gastando mais.

“Essa expertise deve ser o próximo objetivo do mercado doméstico, pelo menos para os players que querem uma fatia significativa do mercado digital, que esperamos que impulsione a maior parte do crescimento futuro da indústria da moda”, pontua o Itaú BBA.

A Lojas Renner é uma companhia que vem investindo no online e o BBA tem uma visão positiva para ela, que negocia a múltiplos atraentes, o que justifica a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações ordinárias.

Apesar disso, em relatório publicado nesta semana, o BBA afirmou que, agora, está mais cauteloso: “até que possamos entender completamente o tamanho de seus investimentos digitais no curto e médio prazo”, explicaram.

Essa visão mais cautelosa implicou numa redução do preço-alvo, de R$ 51 para R$ 30, o que ainda corresponde a um potencial de valorização de 36,5% frente o fechamento da véspera.

Já em uma perspectiva de longo prazo, os analistas avaliam que a Lojas Renner continua sendo a mais bem posicionada em nossa cobertura de moda para surfar as tendências futuras de crescimento relacionadas à digitalização do setor.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shein-acirra-competicao-e-preocupa-varejistas-de-moda-no-brasil/

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Modernização de público e de lojas é nova aposta da Marisa

Meta é que a participação das vendas pelo marketplace salte de 14% para 25% até 2025.

Sofrendo desde 2016 com os efeitos de uma série de más escolhas – como uma expansão desordenada -, a rede tentou uma virada nas operações a partir de 2018. Mas três anos depois, quando parecia que estava deixando o pior para trás, veio a pandemia. Agora, em 2022, o presidente da companhia, Marcelo Pimentel, quer mostrar ao mercado que a empresa finalmente acertou o passo, embora investidores ainda estejam desconfiados.

Uma das medidas para demonstrar esse novo momento foi reformatar e reposicionar a marca. O logo, por exemplo, mudou: com destaque para o ‘M’. A rede contratou a cantora e atriz Lellê para interpretar o sucesso Chega Mais, de Rita Lee, slogan da nova fase, em campanha que começa a ser veiculada nesta semana.

“Fizemos diversas apostas para o crescimento multicanal, lançamos o nosso marketplace e o social selling (plataforma de venda direta), e essa campanha. Chegou o momento para voltarmos a falar com as mulheres e ficar mais próximos delas”, diz Pimentel.

Faixa etária

A escolha de Lellê, segundo a diretora de marketing da Marisa, Christianne Toledo, passou por muito estudos. Nascida em 1997, a artista vai completar 25 anos em 2022 e esse é o público que a companhia quer: mulheres entre 25 e 45 anos, principalmente das classes C e D.

“Juntamos a música da Rita Lee, que traz uma lembrança para as consumidoras mais velhas, e vimos que junto da Lellê atinge mulheres de todas as idades e classes”, diz Christianne.

Além de mirar em um público-alvo mais jovem, a companhia vai reformatar as lojas físicas e investir no modelo multicanal para recuperar o patamar de vendas pré-pandemia.

A Marisa está redesenhando boa parte de suas 344 lojas com foco em um formato mais moderno e funcionalidades para agilizar os atendimentos. Algumas lojas já funcionam com prateleira infinita (que conecta os clientes do ponto físico ao digital) e locais de pagamento móveis, para evitar a fila do caixa.

Marketplace

A empresa também quer acelerar os negócios digitais. O marketplace foi lançado em novembro e a meta é que a penetração do comércio eletrônico nas vendas salte dos atuais 14% para 25% em 2025. A Marisa também está testando um modelo de carteira digital para o seu braço financeiro, o Mbank. Além de empréstimos para as consumidoras, a ideia é incluir outros produtos em seu ecossistema, como um seguro para pets.

Para Alberto Serrentino, fundador da consultoria Varese Retail, a empresa está indo para um caminho certo após anos complicados, mas vai precisar correr atrás das concorrentes. “A Marisa sofreu mais na crise do que as outras”, diz.

Atualmente, a empresa vale cerca de R$ 1 bilhão e o próprio presidente admite que o valor é muito baixo. Diante da capitalização abaixo das concorrentes, especialistas e investidores têm questionado quando a companhia será vendida.

No ano passado, houve conversas com Americanas, que quer ampliar o seu leque de produtos próprios, mas o negócio, até agora, não evoluiu. “Agora, não temos nenhuma movimentação nesse sentido e estamos totalmente focados na recuperação da companhia”, diz Pimentel. “Estamos olhando para dentro e tirando toda e qualquer distração.”

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/08/modernizacao-de-publico-e-de-lojas-e-nova-aposta-da-marisa/

Varejo: Fusões e Aquisições permitem crescimento de mercado e novas capacidades

O estudo foi feito pela Bain & Company e indicou outras tendências relacionadas aos varejo.

As mudanças nos hábitos e comportamento do consumidor, causadas pelas restrições impostas pela pandemia, fizeram com que as empresas do varejo precisassem agregar as “entregas rápidas” em suas operações ou estratégias de aquisições (M&A). Essa tendência foi mostrada pelo estudo Global M&A Report 2022, divulgado pela Bain & Company.

O levantamento também destacou que esse comportamento é uma tendência global. Os consumidores estão cada vez mais pedindo entregas rápidas, assim como a exigências por serviços mais imediatos e com uma melhor experiência.

Entretanto, os autores do estudo detalharam a necessidade de as empresas terem maior capacidade para competir se adequando ao novo modelo de comércio, e apresentam estratégias de M&A e a expansão de parcerias como as maneiras mais rápidas para desenvolver as novas necessidades do mercado.

De acordo com a Bain, a ligação entre M&A e desempenho corporativo é relevante principalmente no varejo, pois os varejistas com histórico frequente de fusões e aquisições superam significativamente seus concorrentes com pouca ou nenhuma atividade.

Para as startups, as fusões e aquisições com grandes empresas do varejo são importantes para aceleração da aquisição de clientes, fornecimento de maior portfólio de produtos e escalabilidade. Já do ponto de vista dos varejistas, eles se beneficiam da maior capacidade de entrega, logística e rede de transporte que as empresas mais jovens podem oferecer.

Nesse novo modelo de negócios, o estudo evidenciou como as empresas de sucesso se concentrarão em três grandes áreas: oferecer oferta diferenciada, aplicar dados a seu favor e utilizar M&A para integrar novos recursos.

Por fim, o relatório apontou que é de grande interesse a empresa se posicionar à medida que o mercado evolui, pois no meio do varejo se destaca quem pode entregar tudo, para qualquer perfil de consumidor e a qualquer momento. Mesmo que ocorra uma consolidação do mercado, ainda há bastante espaço para o comercio crescer ao longo desse tempo, apresenta a pesquisa. Toda a pesquisa está disponível, em inglês, clicando aqui.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/07/varejo-fusoes-e-aquisicoes-permitem-crescimento-de-mercado-e-novas-capacidades/

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Procuram-se galpões para dar conta da venda online

Em Estados do Norte, do Nordeste e do Sul faltam galpões para alugar.

Enquanto os shoppings e as lajes corporativas viram seus espaços vagos para locação aumentar por causa do isolamento social e do home office, os galpões em condomínios logísticos de alto padrão estão em situação oposta. Mesmo com a entrega recorde de 2,2 milhões de m² de novas áreas no ano passado, a disponibilidade de galpões de alto padrão no País continua restrita. Em Estados do Norte, do Nordeste e do Sul faltam galpões para alugar.

O aperto provocado pela explosão do e-commerce fez com que 2021 se encerrasse com a menor taxa média de galpões vazios no País em sete anos, de 10,19%, aponta o levantamento da SiiLA, empresa especializada em pesquisa de mercado. Em Sergipe e Paraíba, a vacância é zero. No Ceará e no Espírito Santo, não chega a 1%. No Amazonas, no Pará, em Goiás e em Santa Catarina está abaixo de 4%.

Até o Estado de São Paulo, que concentra a maior parte dos novos empreendimentos, tem problemas de oferta. A vacância média de São Paulo, de 12,31%, um pouco acima da média nacional, é ainda muito baixa e a menor em sete anos. E em municípios mais cobiçados, como Cajamar e Barueri, essa taxa oscila entre 6% e 7%.

“O avanço do e-commerce que houve com a pandemia aumentou a procura por galpões em regiões mais distantes do País, onde a oferta de ativos de melhor qualidade é menor”, afirma Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA e responsável pela pesquisa. Isso levou a uma redução mais rápida da disponibilidade de galpões vazios nessas localidades. A maior demanda já começa a ter impacto em preços em algumas regiões, principalmente em áreas mais nobres num raio de 30 quilômetros da cidade de São Paulo. O aumento acumulado em dois anos chega a 35%.

Pé direito alto e piso nivelado

Empreendimentos de melhor qualidade são aqueles que seguem uma série de especificações, como pé direito acima de 8 metros, piso nivelado a laser e que suporta mais de 5 toneladas de carga, e outros quesitos que dão maior eficiência na armazenagem, no embarque e desembarque das mercadorias. Esse tipo de galpão é procurado especialmente pelos grandes grupos de e-commerce que têm como ponto crucial ser ágil nas entregas de produtos vendidos online.

A escassez foi sentida pelo Mercado Livre, por exemplo, a maior companhia de comércio online do País. Nos últimos 24 meses, foi a empresa que mais alugou galpões, 646,8 mil m², aponta o levantamento.

Desde 2020, a companhia trabalha com galpões construídos sob encomenda (“built to suit”, BTS, no jargão do mercado). “Precisamos migrar algumas expansões para o BTS, e os últimos galpões foram só BTS”, diz Luiz Vergueiro, diretor de Operações do Mercado Livre Brasil.

O executivo ressalta que, quando falta galpão, a entrega passa ser feita de uma região mais distante e, portanto, o cliente acaba não recebendo a compra no mesmo dia. “E reduzir o tempo de entrega aumenta o potencial da venda”, diz.

A empresa não revela quantos projetos de galpões sob encomenda estão em andamento. Mas vai inaugurar este ano um galpão feito a pedido, de 80 mil m², em Betim (MG). O objetivo é que as vendas na Grande Belo Horizonte sejam entregues no mesmo dia da compra. Hoje as mercadorias para a região chegam no dia seguinte.

A Americanas é outra gigante do e-commerce que fez parceria para construção de um galpão logístico no Pará, onde a vacância fechou o ano em 3,16%. A companhia informa que registra no Estado uma venda muito forte, tanto no online quanto nas lojas físicas. Estados do Norte e Nordeste são atendidos por dois centros de distribuição em Ananindeua (PA) e Benevides (PA). O terceiro centro de distribuição no Pará, num galpão de 60 mil m², também em Benevides, começa a funcionar neste semestre. Com isso, a empresa vai poder colocar as vendas no destino em menos de 24 horas.

Sergio Fisher, CEO da LOG, uma das maiores desenvolvedoras de galpões logísticos, conta que a empresa não tinha intenção de investir no Pará até ser procurada por quatro clientes que queriam áreas em Belém (PA). “Não tínhamos capacidade para entregar imediatamente, mas fomos estudar o mercado.” Neste semestre, a empresa conclui o primeiro projeto de condomínio já 100% locado e avalia um segundo, porque há outros clientes à procura de mais espaço na região. Esse movimento se repete em outras localidades, como Goiânia (GO), onde a empresa vai entregar um segundo condomínio; em Contagem (MG), o quarto; e em Fortaleza (CE), o terceiro.

Crescimento robusto

Com presença nacional e 63% dos clientes vinculados direta ou indiretamente ao comércio eletrônico, a LOG teve em 2021 o melhor desempenho no País desde o início da operação em 2008. A empresa fechou o ano com vacância de 3,11% e 83% dos ativos que serão concluídos neste ano estão pré-locados. “Não teríamos crescimento tão robusto, não fosse o e-commerce”, diz.

Após dois anos seguidos de recordes de entregas, a companhia ampliou em 50% o plano traçado no final de 2019 para até 2024. Agora planeja entregar 1,5 mil m² de galpões. Outro destaque de 2021 foi o fechamento de cinco contratos de construção de galpões sob encomenda, a maioria para comércio online. “Dois anos atrás a gente não tinha contratos de BTS”, diz o CEO.

Mauro Dias, presidente da GLP, gestora global de investimentos em logística, que tem cerca de 70% dos 3,4 milhões m² construídos em São Paulo, sentiu aumento da demanda dos clientes por galpões fora do Estado, por conta do e-commerce.

No ano passado, a companhia entregou 404 mil m² de galpões, marca recorde desde que começou a operar no Brasil em 2012. Dois terços das novas áreas chegaram ao mercado já locadas, por causa da forte demanda do e-commerce. “Foi uma boa surpresa, porque a expectativa é geralmente alugar em até 18 meses depois do empreendimento pronto”, diz. Neste ano e no próximo, a meta é entregar 700 mil m² de galpões, basicamente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Cenário econômico

A oferta apertada de galpões logísticos de alto padrão pode ter algum alívio neste ano com a entrega de mais um volume recorde de novas áreas. A expectativa é de que 3,8 milhões de metros quadrados (m²) estejam disponíveis no mercado para locação em 2022. Deste total, mais da metade (54%) se concentra no Estado de São Paulo.

Na sequência, estão os Estados de Minas Gerais (13,5%), Rio de Janeiro (9%), Pernambuco (7,6%), Bahia (4%), enquanto Santa Catarina, Espírito Santo, Pará, Ceará, Rio Grande do Sul e Goiás têm fatias abaixo de 2%, conforme aponta levantamento da SiiLA, empresa especializada em pesquisa de mercado.

“A questão é saber se haverá demanda para absorver esses 4 milhões de m², uma área 70% maior do que foi ofertada em 2021”, alerta o CEO da SiiLA, Giancarlo Nicastro. Ele argumenta que a logística existe para atender ao consumo, que anda cada vez mais afetado pelo aumento da inflação e a perda de poder de compra do brasileiro. E, com a perspectiva de que este será um ano de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), na faixa de 0,30%, conforme o mais recente Boletim Focus do Banco Central, a incerteza aumenta.

Até o terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, 75% dos galpões no País estavam sendo entregues pré-locados, aponta a pesquisa. Mas, no trimestre seguinte, essa marca caiu para 50%. “Diminuiu a pré-locação por causa da grande entrega. Se essa tendência continuar, muitas áreas podem ser entregues vazias, e a taxa de vacância poderá subir”, diz Nicastro.

Atento a esse risco, Rafael Fonseca, CFO da Bresco Investimentos, diz que está redimensionado os investimentos deste ano por causa da conjuntura econômica de baixo crescimento e do consumo afetado pela alta da inflação.

Hoje a empresa tem 11 galpões, mais da metade deles em São Paulo, e 72% das propriedades voltadas para o “‘last mile” (última milha). São aqueles galpões menores, localizados dentro das cidades e que fazem a ponte entre os grandes centros de distribuição do varejo e o endereço do consumidor final.

Com a disparada do e-commerce, a companhia viu a disponibilidade de suas áreas vagas para locação cair para zero em praças como as capitais Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, algo que sempre foi comum em São Paulo.

“O setor de e-commerce já teve muito do seu plano atendido momentaneamente”, afirma o executivo. Por isso, a meta inicial, que era dobrar 1 milhão de metros quadrados geridos pela empresa em três anos, foi estendida para cinco anos. A previsão de Fonseca é de que o mercado desacelere no curto prazo, mas no médio e longo prazo retome o crescimento.

Com o isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, as vendas do e-commerce cresceram no ano passado 35,36% na comparação com 2020, segundo pesquisa do Morgan Stanley. O setor respondeu por 15% das vendas do varejo total.

A perspectiva é de que, em 2026, o online represente um quarto do que é transacionado no comércio total.

Perspectiva favorável

Apesar do cenário macroeconômico mais complicado esperado para este ano – e que recentemente se tornou ainda mais incerto, com a invasão da Ucrânia pela Rússia -, Sergio Fisher, CEO da LOG, desenvolvedora de galpões logísticos, acredita que o mercado de condomínios logísticos vai continuar aquecido, porque a perspectiva do e-commerce continua favorável. “Com certeza, o e-commerce não vai crescer o que cresceu nos últimos dois anos, mais de 20% ao ano, mas vai avançar dois dígitos em 2022”, prevê.

O motivo, segundo o executivo, é que o hábito de comprar online veio para ficar e, portanto, o e-commerce deve continuar tirando fatias do varejo tradicional, mesmo com o ritmo mais fraco de consumo, o que deve manter o mercado de locação de galpões logísticos em alta.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/03/02/procuram-se-galpoes-para-dar-conta-da-venda-online/

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Fusões e aquisições no varejo seguem, mas valores serão menores, diz KPMG

Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições.

Depois de crescer fortemente em 2021, o número de fusões e aquisições nos setores de consumo e varejo no Brasil não deve perder ritmo neste ano, mesmo com o cenário macroeconômico ainda mais pressionado por indicadores internos e pelos desdobramentos da guerra ente Rússia e Ucrânia, acredita o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG no Brasil e América do Sul, Fernando Gambôa. Os valores movimentados, porém, devem mudar.
Em 2021, o consumo e o varejo brasileiros tiveram um aumento de 64,6% no número de operações de fusões e aquisições (107 transações) em comparação com o ano anterior.

Os dados são resultado de uma pesquisa feita trimestralmente pela KPMG, que abrange todas as transações anunciadas no Brasil, classificadas em segmentos da economia.
Foram 53 transações do varejo, sendo 10 delas de supermercados e o restante de outros segmentos.

Já no setor de consumo constam os números dos segmentos de vestuário e calçados (3), alimentos, bebidas e fumo (43), eletroeletrônicos (7) e higiene (1), o que equivale a 54 transações.

De acordo com Gambôa, esse avanço expressivo nas transações se deve ao fato de que muitas companhias estavam, sim, capitalizadas e foram buscar capilaridades no mercado. “Dinheiro ainda tem. O que ouvimos de investidores é que tem muito mais dinheiro do que oportunidade no mercado esse momento. Muito fundo está buscando boas alternativas, buscando ativos para engordar. E algumas empresas estão buscando complementariedades (aumentar portfólio ou melhorar rentabilidade)”, diz.
Para ele, o número de transações deve continuar no patamar visto no ano passado, mas deve haver “uma ‘quedinha’ no valor de transação pelo contexto do mundo hoje”. “Todo mundo que está em movimento de M&A [sigla em inglês para fusões e aquisições] fica monitorando o mercado para ver se chegou no piso”, afirma, acreditando que as transações, nesse momento, podem ficar mais no compasso de espera.

Ele pondera, porém, que o cenário de guerra e incertezas já trouxe mais dinheiro para o Brasil. Embora o movimento de aumento de juros no país atraia mais recursos para investimentos em renda fixa, Gambôa diz que os bloqueios sobre um “player” importante como a Rússia podem tornar os ativos no Brasil mais atrativos.

Entre as principais apostas de o que deve movimentar fusões e aquisições, o sócio da KPMG segue apostando nas movimentações dos grandes marketplaces, como Magazine Luiza, Americanas e Via, e dos grandes conglomerados de moda, que iniciaram um movimento de criação de ecossistemas no ano passado. “Mas ainda tem muitos capitalizados que não se movimentaram muito e precisam ir às compras para tirar esse atraso [em relação aos competidores]”.
Gambôa acredita que boa parte das transações será para buscar ferramentas de análise do comportamento do consumidor. “Todo o setor de varejo, enfim, começa a olhar muito mais para receita e principalmente para o cliente. As principais empresas lidam muito pouco com indicadores vinculados a clientes, como fazem Netflix e Facebook.” A capacidade de captação e análise de dados dos clientes ainda é muito limitada dentro das próprias companhias e muito mais desenvolvidas em startups, que devem ser os principais alvos das empresas dispostas irem às compras.

Outra trilha importante de fusões e aquisições, diz ele, é o metaverso, “pois vai extrapolando para coisas que vão além do metaverso e vão pro mundo real”. A complexidade, porém, ainda é maior, pois não está claro como contabilizar ativos do tipo nos balanços. “Se compro um terreno no metaverso, em criptomoeda, onde eu contabilizo? No metaverso ou no balanço real? E como paga imposto sobre isso?”, destaca.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/02/fusoes-e-aquisicoes-no-varejo-seguem-mas-valores-serao-menores-diz-kpmg.ghtml

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Mercado Livre cresce 60,5% no 4º tri, terá mais 4 centros logísticos em SP em 2022

O Mercado Livre obteve resultados fortes no quarto trimestre, apesar de seguir em desaceleração, uma vez que o maior portal de comércio eletrônico da América Latina manteve esforços no engajamento das dezenas de milhões de usuários conquistados durante a pandemia e em obter fontes extras de receita para gradual rentabilização do negócio.

A empresa anunciou na última terça-feira (22), que sua receita líquida somou 2,1 bilhões de dólares no quarto trimestre, alta de 60,5% sobre um ano antes. Em moedas locais, a expansão foi de 73,9%. No Brasil, que representa 53% do faturamento da empresa, o avanço foi de 56% em dólares e de 62,4% em reais.

Um ano antes, na esteira do crescimento explosivo das operações digitais na América Latina ocorrido por medidas de isolamento social, a receita da companhia com sede na Argentina tinha praticamente dobrado em dólar.

A desaceleração da receita refletiu um crescimento mais gradual tanto de novos clientes, quanto das vendas. A base de usuários únicos ativos somou 82,2 milhões no fim de 2021, 11,1% maior em 12 meses, após ter disparado 74% no ano anterior.

E o volume de vendas (GMV) de outubro a dezembro aumentou 21,2% em dólar (32,2% em moedas locais), atingiu 8 bilhões de dólares, após um salto de 70% um ano antes.

“Crescer nessa intensidade sobre uma base de comparação tão forte foi muito positivo”, disse à Reuters o vice-presidente de estratégia, desenvolvimento e relações com investidores do Mercado Livre, André Chaves, destacando que a companhia ganhou participação de mercado, com base em métricas internas.

Segundo ele, o crescimento do negócio segue como prioridade da empresa, o que deve implicar novos investimentos em logística no Brasil e em mercados como México e Chile em 2022, assim como na operação de novas aeronaves dedicadas.

Por segmentos, o Mercado Livre deve mirar vendas de supermercados, dada a leitura de que o ambiente macroeconômico com inflação alta e juros em elevação deve levar consumidores a concentrar gastos em artigos mais básicos, em detrimento de produtos como eletrônicos. É uma tendência que os principais marketplaces do país já estão explorando, como a Americanas.

“E a tendência é o consumidor procurar mais as compras online, onde pode conseguir melhores preços”, disse Chaves.

Outro foco do grupo será nos negócios financeiros, liderados pelo Mercado Pago, que registrou um avanço de 52,1% no volume de pagamentos no quarto trimestre, para 24,2 bilhões de dólares. Em moedas locais, a expansão foi de 72,8%.

Além de ampliar a oferta de produtos como seguros e crédito — o volume de empréstimos fechou 2021 em 1,7 bilhão de dólares, mais do que o triplo em um ano –, a companhia planeja oferecer mais tipos de investimentos ligados a criptomoedas, segmento no qual estreou no Brasil em dezembro.

Segundo Chaves, mesmo ainda priorizando o crescimento da base, o Mercado Livre está evoluindo gradualmente os níveis de rentabilização do negócio, como a melhora da margem Ebit.

De outubro a dezembro, o Mercado Livre teve prejuízo de 46,1 milhões de dólares, ante prejuízo de 50,6 milhões um ano antes.

NOVOS CENTROS

O grupo revelou à Reuters a inauguração de quatro novos centros de distribuição no Brasil, todos em São Paulo ao longo de 2022. Um, no bairro paulistano de Perus, já começou a operar, enquanto dois em Barueri, na região metropolitana; e outro em Araçariguama (SP) vão ser abertos nos próximos meses.

Segundo a companhia, os novos centros aumentarão em mais de 1 milhão de pacotes sua capacidade logística diária, dobrando o potencial de entregas de encomendas no país.

Fonte : https://www.istoedinheiro.com.br/mercado-livre-cresce-605/

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Shein no Brasil: qual seria o impacto em varejistas como C&A (CEAB3), Renner (LREN3) e outras?

De acordo com o site Neofeed, a gigante de moda Shein prepara uma estrutura local para expandir sua operação no Brasil. A companhia já está presente aqui através do seu aplicativo, com todos os produtos importados, mas recentemente estruturou um escritório e um centro de distribuição (CD), além de estar buscando parcerias com fornecedores locais.

XP avalia o movimento como negativo para as varejistas brasileiras focadas em média e baixa renda, uma vez que deve aumentar o ambiente competitivo do setor.

Para os analistas, são os principais atrativos da Shein:

i) a velocidade e atualidade dos itens de moda;

ii) seu vasto sortimento e

iii) posicionamento de preço bastante competitivo.

O prazo de entrega, a falta de multicanalidade e o processo de logística reversa como obstáculos para a escala do marketplace, segundo a XP, mas a estrutura local (seja com mais CDs, possíveis lojas/pop-ups e/ou fornecimento local) pode melhorar esses pontos.

Nesse sentido, a XP vê as varejistas focadas em baixa renda como as mais expostas ao risco da concorrência. Entretanto, players de média renda também podem ter algum impacto, ponderam os analistas.

C&A (CEAB3), Hering – controlada pelo Soma (SOMA3) – e Lojas Renner (LREN3) serão as mais impactadas, na avaliação da XP, nessa ordem.

Por volta das 11:00 desta terça-feira (22), os papéis CEAB3 subiam 0,18%, a R$ 5,40. SOMA3 avançava 4,15%, a R$ 12,81. LREN3 crescia 1,06%, a R$ 26,65.

No entanto, como a Hering tem um posicionamento de moda mais básica (vs. Shein com um perfil mais forte em moda fast fashion), o risco pode ser mitigado.

Mais sobre a Shein

A empresa foi fundada na China em 2008 com um nome diferente (ZZKKO), sendo inicialmente focada em vestidos de casamento. No entanto, ela depois expandiu para a moda feminina, mudou seu nome para Sheinside e posteriormente simplificando para Shein.

A companhia nasceu como uma empresa digital focada na exportação para países fora da China, se alavancou na indústria de roupas bem desenvolvida do país (com milhares de fabricantes terceirizados) e um sistema de logística eficiente para chegar a vários países com preços bem competitivos.

Atualmente, a Shein exporta para mais de 220 países, e apenas a China opera como sua base de produção, já que seu preço baixo não se trata exatamente de um diferencial entre concorrentes locais chineses.

A empresa tem sido um grande sucesso, especialmente entre os consumidores da Geração Z, devido à sua natureza digital, forte presença no TikTok – a mídia social favorita da Geração Z – bem como sua atuação ativa com digital influencers e preços muito acessíveis.

Fonte : https://www.spacemoney.com.br/geral/shein-no-brasil-qual-seria-o-impacto-em-varejistas-como-cea-ceab3/177997/

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