Locaweb fecha compra da Squid, que conecta influenciadores, por R$ 176,5 mi

Fundada em 2014, a Squid conta atualmente com uma base que reúne mais de 100 mil influenciadores, que produziram mais de 300 mil conteúdos em 2021.

A Locaweb (LWSA3) anunciou na última terça-feira (5), que fechou a compra da startup Squid, empresa do segmento de Creators Economy, que possui soluções e plataformas para conectar influenciadores e criadores de conteúdo às marcas.

Por volta das 10h40, as ações da Locaweb registravam desvalorização de 0,39%, cotadas a R$ 22,74, enquanto o Ibovespa recuava 0,07%.

Conforme a empresa, o preço de fechamento da totalidade do capital da Squid, em bases totalmente diluídas, é de aproximadamente R$ 176,5 milhões e está sujeito, ainda, a determinados ajustes de dívida líquida e capital de giro, usuais neste tipo de transação.

Atualmente sua base reúne mais de 100 mil influenciadores, que produziram mais de 300 mil conteúdos em 2021, que, por sua vez, geraram mais de 700 milhões de impactos. Já sua receita anual recorrente (ARR) é superior a R$ 100 milhões, com crescimento de triplo dígito em 2021.

Adicionalmente, os vendedores terão o direito a receber eventual earnout (por futuro desempenho), a depender do atingimento de determinadas metas financeiras apuradas. Assim, uma parcela da receita líquida dos repasses do exercício fiscal de 2024 será retida pela companhia para esta possível finalidade.

Avaliações da compra
Para o Bradesco BBI, a aquisição é vista como positiva para a Locaweb, diante de uma múltiplo atraente de aproximadamente 1,7 vezes EV/vendas (relação entre o Enterprise Value – valor da firma – e o faturamento anual das vendas).

“Ganhar exposição aos segmentos de desempenho de marketing e economia de criadores deve continuar a melhorar o ecossistema da Locaweb, deixando a empresa bem posicionada para continuar a crescer sua base de clientes e aumentar o potencial de monetização. Reiteramos nossa visão otimista sobre o nome”, escreveram Otavio Tanganelli e Lucca Brendim, em relatório a clientes.

O Itaú BBA também avaliou a operação como positiva, reforçando que a companhia dá continuidade à sua estratégia de fusões e aquisições de atração de companhias relacionadas ao comércio social.

De acordo com o time da área de Tech do Itaú BBA, a compra deve fortalecer o ecossistema de soluções para pequenas e médias empresas, aprimorando ferramentas que aumentam a aderência do usuário e ajudam os comerciantes a vender mais.

“Esta é a segunda maior aquisição desde o IPO (depois de Bling), representando 13% de nossas estimativas de top-line (receitas) para 2021″, escreveu em relatório, também considerando que a operação trouxe um múltiplo atraente. “Reforçamos a Locaweb como uma das nossas principais opções no setor de Tecnologia.”

Sobre a Squid
Segundo a Locaweb, por meio do machine learning e uma robusta plataforma, a Squid automatiza todo o processo de identificação, recrutamento, gestão e pagamento de influenciadores digitais, unindo tecnologia e um time especializado.

O objetivo é ajudar marcas e empresas de todos os segmentos e tamanhos a impulsionarem o resultado de suas campanhas, aumentando, assim, a conversão de suas vendas.

Conforme o comunicado, a Squid conta com importantes reconhecimentos como a passagem pelo programa de aceleração da Endeavor (Scale-Up) e foi eleita uma das startups mais promissoras do Brasil no ranking “100 Startups to Watch”

“Com essa transação, a Locaweb consolida ainda mais seu ecossistema de soluções tecnológicas, fortalecendo o portfólio de social commerce / live commerce, com forte e imediata sinergia com todos os clientes da Locaweb”, afirmou a Locaweb.

No mais, a Locaweb ressaltou que, seguindo o modelo de atuação da companhia em outras aquisições, “os Srs. Felipe Oliva e Carlos Tristan, sócios fundadores da Squid, permanecerão na operação junto com o time de colaboradores”.

O que está por trás de um movimento estratégico de se tornar um ecossistema?

Nos dias de hoje, em que os consumidores são altamente informados e mudam os hábitos de compra frequentemente, as empresas buscam estratégias para gerar vantagem competitiva e expandir seus negócios. Um dos temas mais aquecidos dos últimos anos nesse sentido, principalmente por causa dos impactos negativos gerados pela pandemia, são os Ecossistemas de Negócios, que surgiram da necessidade das empresas de se reinventarem em relação aos modelos de gestão praticados até então.

Está cada vez mais “comum” acessarmos informações a respeito dos Ecossistemas de Negócios, mas geralmente numa esfera mais estratégica. Para compreendermos melhor a parte tática, é importante sabermos as possibilidades de se desenvolver uma oferta ampliada para o cliente. Esse movimento pode acontecer por meio de marketplaces, alianças estratégicas, parcerias e M&A, por exemplo. Neste artigo, vamos explorar um pouco mais o processo de M&A.

M&A é a sigla em inglês para Mergers and Acquisitions – traduzindo para o português, fusões e aquisições. O termo se refere à consolidação de um negócio por meio de diferentes transações financeiras que permitem que empresas sejam compradas, vendidas ou concentradas.

De modo geral, o objetivo dessas operações de fusões e aquisições é aumentar a produtividade e a eficiência das empresas envolvidas na negociação, maximizando lucros e trazendo muitas vantagens estratégicas. Crescer de forma inorgânica por meio de fusões e aquisições pode trazer inúmeros benefícios. Alguns exemplos podem ser: diversificação de mercado, aumento de capilaridade, incremento de capabilities, redução de custo e crescimento de receita.

Mesmo com a pandemia, essa tendência permaneceu forte no País, apresentando inclusive um aumento considerável em relação a anos anteriores. Somente entre julho e setembro de 2020, a quantidade de fusões e aquisições cresceu 46% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Nesse contexto, o M&A figura com uma boa opção tanto para empresas que estão em apuros financeiros devido à crise econômica quanto para quem deseja expandir, seja em sua área de atuação, seja buscando a diversificação do portfólio. Tem havido até flexibilização por parte das agências reguladoras no intuito de preservar a manutenção das empresas, dos empregos e dos benefícios ao consumidor.

Mas nesse processo estão contidos grandes desafios. Abaixo listo os principais deles:

Definição de alvos e avaliação das empresas
Antes de toda operação, de fusão ou aquisição, deve ser feito um minucioso estudo do mercado para entender quais são as oportunidade de crescimento e as condições do micro e macroambiente que podem influenciar o sucesso da estratégia.

Integração de culturas
Quando duas ou mais empresas consolidam suas operações, seja por meio de uma fusão, seja por meio de uma aquisição, a diferença de culturas organizacionais entre elas pode apresentar desafios importantes. Caso esses desafios não sejam superados, a operação corre alto risco de não obter o sucesso esperado. Esse problema ocorre pois os profissionais já estão alinhados e acostumados a uma empresa e à sua cultura. O processo de transição e adaptação a uma nova realidade pode ser difícil, principalmente quando se trata de executivos, pois em vários casos eles acabam perdendo um pouco de autonomia e se veem em desafios maiores. Diante disso, fazer uma integração entre as culturas, chegando em um modelo ideal de acordo com as necessidades da operação, é um fator determinante para atingir os objetivos da estratégia.

Integração de colaboradores
Alguns colaboradores enxergam as operações de fusões e aquisições como um trampolim para impulsionar suas carreiras. Porém, por outro lado, há aquelas pessoas que se veem em um ambiente de vulnerabilidade e, por esse motivo, acabam assumindo um comportamento negativo. É comum ver o turnover (rotatividade de colaboradores) aumentando após as operações de M&A que negligenciam a importância da integração entre os colaboradores, e isso pode ser extremamente custoso para a empresa, além de comprometer o sucesso da operação.

Integração de processos e tecnologia
Essa é uma das etapas que exigem maior energia e dedicação, além de ser dependente dos desafios citados anteriormente. Afinal, não se integra um processo sem pessoas comprometidas com o objetivo. Na parte técnica, deve-se analisar profundamente como aproveitar o que há de melhor em cada empresa envolvida e otimizar os processos em busca da melhor eficiência possível. Além disso, com relação às tecnologias envolvidas, é necessário um suporte de mão de obra especializada a fim de aderir e integrar os sistemas com o menor ruído.
Diante disso, para atingir os objetivos – sinergias na operação ou aumento do portfólio – e mitigar os riscos, o processo de fusões e aquisições deve ser feito de maneira planejada e estruturada desde o início e pautado pelo interesse em adquirir alguma empresa até as fases de implementação da estratégia.

Ao final do processo, o cenário final pode ser uma empresa que oferece maiores possibilidades para o seu consumidor final.

Gustavo Vieira é líder de projetos da Gouvêa Consulting.

Como o Free Fire pode fazer da Shopee uma potência do e-commerce brasileiro

Crescimento da companhia vem de um dos games mais jogados do mundo. Entenda como isso pode ajudar a Shopee.
De todos os players do e-commerce a brasileiro, a recém-chegada Shopee certamente é a de origem mais inusitada. Se Americanas (LAME4) e Magalu (MGLU3) nasceram de varejistas tradicionais, e o Mercado Livre nasceu como uma loja on-line, a Shopee tem suas origens em uma produtora de games. E isso pode fazer toda a diferença para a companhia.

No Coffee & Stocks da última quinta-feira(30), recebemos Javier Tello, da RPS Capital, que explicou como a ligação da Shopee com o jogo Free Fire pode ajudar a companhia em seu crescimento no Brasil e quais as dificuldades que a empresa pode ter para adaptar sua estratégia vencedora no sudeste asiático por aqui. Abaixo os principais trechos da conversa.

Impulso do Free Fire
A Shopee é uma empresa da Sea (S2EA34), grupo de Cingapura dono da Garena, que publica o Free Fire, jogo para celular que tem 350 milhões de usuários mensais. É uma sensação global que gera US$ 3 bilhões de receita.

O que o grupo fez, com muito sucesso, foi transformar jogadores em clientes do e-commerce. No Brasil, o Free Fire tem 50 milhões de usuários ativos e a Shopee já conseguiu 80 milhões de downloads. É uma conversão muito boa.

Adaptação
A companhia conseguiu se adaptar a vários países com muito sucesso, mas no Brasil o maior desafio é o logístico. A Shopee tem muita capacidade de ser agressiva nos preços, mas no prazo de entrega, não. A empresa é muito dependente dos Correios, o que prejudica prazos de entrega e custos.

Futuro

Hoje a Shopee atinge um público de menor renda e os artigos vendidos no e-commerce são de menor custo em comparação com os incumbentes. O que falta entender é: de onde vai vir o crescimento da Shopee, do market share dos concorrentes ou de uma maior penetração do e-commerce no Brasil.

Como as lojas de departamentos estão atraindo os clientes de volta nos EUA

Kohl’s, Macy’s e Nordstrom estão criando experiências e construindo parcerias.
Grandes lojas de departamentos americanas, como Kohl’s, Macy’s e Nordstrom estão apostando em novas experiências de compra e construindo parcerias para atrair os consumidores de volta depois do afastamento causado pelas medidas de isolamento decorrentes da covid-19. O foco é buscar o equilíbrio entre eficiência, experiência, expectativas e inspiração.

“Embora seja mais fácil jogar seguro durante uma crise, as empresas que se inclinam, têm coragem e assumem riscos tornam-se mais fortes e prosperam”, diz Jen Johnson, vice-presidente sênior de comunicações corporativas da Kohl’s, ao blog da National Retail Federation (NRF).

O ano de 2020 foi decisivo para a Kohl’s: “Enfrentamos desafios extraordinários, mas também tivemos o maior número de oportunidades que já registramos. A maneira como nossa equipe superou os desafios dos últimos 18 meses despertou a confiança de todos os nossos acionistas, associados e clientes na resiliência da Kohl’s para resistir aos ventos contrários mais desafiadores, adaptar-se rapidamente e sair mais forte”, afirma Jen.

Segundo ela, os clientes hoje procuram maximizar suas viagens de compras para economizar tempo, dinheiro e recursos. Mas eles também estão procurando por “mais inspiração e descoberta ao visitar lojas físicas”. Assim, empresa investiu na criação de um destino atraente para os clientes. “Quando os clientes visitam uma loja, a viagem deve valer a pena, e nós aumentamos o padrão adicionando mais conveniências, serviços e inspiração por meio de histórias e experiência.”

Experiência física e digital
A vice-presidente de assuntos corporativos e relações públicas da Nordstrom, Gigi Ganatra Duff, diz que, para serem bem-sucedidos hoje, os varejistas precisam “ouvir o cliente e ter uma forte – e, mais importante, conectada – experiência digital e física.”

A combinação das marcas Nordstrom e Nordstrom Rack, junto com a experiência figital, diz Duff, cria uma oportunidade poderosa de estar mais perto do cliente do que nunca. “Isso nos permite atender aos clientes quando, onde e como eles desejam fazer compras. Quanto melhor fizermos isso, mais sucesso teremos”, enfatiza.

A executiva destaca que a rede de lojas de departamentos está no comércio eletrônico há mais de 20 anos. Ainda assim, 2020 foi diferente. “No ano passado, vimos uma mudança em mais da metade das vendas provenientes do digital. Mesmo quando vimos o tráfego na loja física melhorar, vimos um forte crescimento em Nordstrom.com e NordstromRack.com.”

A estratégia continua a cumprir a promessa de conveniência. “Durante a Liquidação de Aniversário deste ano, quase 40% dos pedidos de coleta no dia seguinte para a Nordstrom foram retirados em uma loja Nordstrom Rack”, diz ela. “Essa é mais uma prova do poder de integração de recursos entre nossas duas marcas.”

Parceria para o crescimento
Outra estratégia comum tem sido a realização de parcerias – especialmente aquelas que dão espaço a designers e ao varejo especializado. A Kohl’s, por exemplo, anunciou parcerias com marcas como Sephora, Cole Haan e Tommy Hilfiger.

“Lançamos uma nova estratégia de longo prazo para a empresa no ano passado, que descreve nossa visão de ser o varejista mais confiável para o estilo de vida ativo e casual”, diz Jen Johnson. “Embora tenhamos criado a estratégia antes da pandemia, as mudanças no comportamento e nas preferências do consumidor na verdade aceleraram nosso compromisso com nossa nova estratégia.”

Já a Nordstrom anunciou uma joint venture com a ASOS, adquirindo uma participação minoritária nas marcas Topshop, Topman, Miss Selfridge e HIIT. É uma extensão de uma parceria com a Topshop e Topman em vigor desde 2012.

“Como resultado dessa parceria, a Nordstrom tem direitos multicanais exclusivos para Topshop e Topman na América do Norte, e será a única presença física dessas marcas em todo o mundo”, diz Duff. “A ASOS é líder em moda para o cliente de 20 e poucos anos e nos permite criar novidades e entusiasmo para este importante segmento de clientes.”

Acelerando e adaptando
Em fevereiro de 2020, antes mesmo de a pandemia se tornar um grave problema global, outra grande rede de lojas de departamentos, a Macy’s, havia anunciado sua estratégia Polaris, que tem como foco fazer a empresa voltar a crescer. Marc Mastronardi, diretor de lojas da Macy’s, diz que na primavera do ano passado ela foi “testada profundamente e provou ser durável”. De muitas maneiras, a pandemia levou a empresa a acelerar e adaptar o plano.

“Aceleramos nossa mudança para compras digitais, fortalecemos a relação entre on-line e off-line com nossa experiência omnicanal, expandimos nosso sortimento, melhoramos nosso mix de produtos e investimos ainda mais em dados e análises para simplificar nossa proposta de valor para o cliente”, diz.

A empresa voltou a se comprometer com a Polaris este ano, refinando-a para cumprir a missão de acelerar o crescimento e, ao mesmo tempo, aumentar a lucratividade. Anunciou recentemente uma parceria com a Toys “R” Us que inclui planos de incluir espaços da icônica varejista de brinquedos em mais de 400 de suas unidades no próximo ano.

Segundo Mastronardi, a Macy’s tem orgulho de suas raízes em lojas de departamentos. “Acreditamos na relevância, apelo e oportunidade de uma marca confiável trazendo uma variedade de ofertas. Nosso compromisso em fornecer aos nossos clientes uma ótima experiência de compra, independentemente do canal que utilizam, está enraizado em nossos valores como empresa. Temos um conhecimento profundo de nosso cliente e seus hábitos de compra e continuaremos a refinar nossa estratégia Polaris para garantir que suas necessidades sejam atendidas.”

Com informações de Blog NRF

Nuvemshop compra Mandaê e entra no mercado de logística para PMEs

Estratégia faz parte do plano de expansão da empresa, que projeta um crescimento do negócio de mais de 20 vezes.
A plataforma de e-commerce Nuvemshop acaba de anunciar a aquisição da Mandaê, que oferece soluções logísticas para pequenos e médios e-commerces. Após receber uma nova rodada de investimento de R$ 2,6 bilhões e se tornar o mais novo unicórnio no Brasil, a Nuvemshop irá integrar 100% da operação da Mandaê. Com a aquisição, a empresa entra de maneira direta no mercado de logística para PMEs.

“Adquirir a Mandaê e integrar as equipes faz parte da nossa estratégia de entregar cada vez mais e melhores soluções aos lojistas”, afirma Santiago Sosa, CEO e cofundador da Nuvemshop. “Com a união das duas empresas, fortaleceremos a nossa oferta de serviços, mas continuaremos com o nosso DNA de plataforma aberta, integrando diversas companhias – de logística e outras categorias – para que os empreendedores escolham a melhor solução que atenda às necessidades de seu negócio. O objetivo é termos cada vez mais variedade e qualidade dentro do nosso ecossistema, porque atendemos lojistas de diferentes tamanhos, segmentos e geografias”.

A Nuvemshop irá oferecer envios e outros serviços logísticos. “Combinando escala e um foco no que o empreendedor e o seu consumidor realmente precisam, iremos aprimorar a experiência de compra, habilitar novos modelos de negócios e melhorar os resultados econômicos dos empreendedores que escolhem a nossa empresa como sua parceira”, ressalta Rodrigo Rivera, CSO (Chief Strategy Officer) da Nuvemshop e responsável pelos negócios de Logística e de Pagamentos na América Latina.

Startup ’em alta’ no Brasil
Fundada em 2014, a Mandaê é um dos principais players de tecnologia focado em logística do Brasil. “Estamos super animados com essa aquisição. É uma combinação que faz muito sentido, não apenas por causa da importância da logística para o e-commerce, mas porque ambas as empresas têm missões semelhantes de ajudar o comércio eletrônico a prosperar”, diz Marcelo Fujimoto, CEO e cofundador da Mandaê.

A Mandaê foi eleita recentemente, pelo LinkedIn, uma das startups de maior destaque no momento no Brasil. A 4ª edição da lista anual Top Startups é formada por jovens empresas que continuaram a atrair investimentos, funcionários e atenção em 2021. Os dois primeiros lugares são ocupados por bancos digitais, o C6Bank e o Neon. Mandaê, de logística, Dengo, de chocolates, e Liv up, de alimentação saudável, também fazem parte das Top 10.

“Logística é um dos principais desafios dos e-commerces na América Latina. Estamos empolgados por fazer parte do time, mas ainda mais empolgados em poder ajudar os lojistas da Nuvemshop a alcançarem o sucesso com a logística”, complementa.

Ecossistema para benefício das PMEs
A aquisição é mais um passo da Nuvemshop para fortalecer seu ecossistema de soluções tecnológicas de qualidade para e-commerces de pequenos e médios empreendedores. A Mandaê tem um produto que vai desde a coleta dos pedidos feitos no site do lojista até a entrega no destino final, alavancando ativos próprios e múltiplas transportadoras, o que conversa diretamente com a estratégia de plataforma aberta da Nuvemshop: trabalhar com economias de escala, oferecer menores custos aos lojistas e adicionar valor para todo o ecossistema.

“Queremos que a Mandaê continue trilhando o seu caminho de sucesso, mas também impactando positivamente as mais de 90 mil lojas da Nuvemshop. Por isso, a Mandaê continuará atendendo seus parceiros e clientes, além da Nuvemshop”, completa Rivera. “O mais importante é que a Nuvemshop e a Mandaê têm missões e culturas bastante alinhadas, com lojistas, parceiros e equipes no centro de tudo o que fazemos”.

O anúncio representa apenas o primeiro passo da Nuvemshop no mercado logístico, que está em forte crescimento no país. A estratégia faz parte do plano de expansão da empresa, que projeta um crescimento do negócio de mais de 20 vezes nos próximos 5 anos. “Sabemos que ainda temos um longo caminho pela frente e que soluções logísticas é uma peça-chave para o sucesso dos negócios on-line, mas uma coisa é certa: continuaremos acelerando o e-commerce no Brasil e na América Latina, fazendo com que cada pessoa possa mostrar ao mundo do que é capaz”, completa Sosa.

DHL prevê novo centro de distribuição em Minas Gerais em janeiro

A DHL Supply Chain está construindo um novo centro de distribuição, em Extrema (MG), com previsão de abertura em janeiro, que aumentará em 12 mil metros quadrados a capacidade da empresa.

Além do novo galpão, as instalações também terão uma filial de transportes própria.

Com a abertura, a área total de armazenagem da DHL Supply Chain no sul de Minas chegará a 30 mil metros quadrados. Além de Extrema, a empresa já tem cinco pontos entre Varginha e Pouso Alegre, também na região.

A empresa não revela o valor do investimento, que foi feito para atender o aquecimento da demanda de mercados como tecnologia, saúde, bens de consumo e varejo.

Atualmente, a companhia já movimenta mais de 100 toneladas por mês na região, que é estratégica pela localização entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa é que a filial de transportes agilize o trajeto das cargas, facilitando a conexão da região com a malha nacional de distribuição da empresa, que tem mais de 5.000 veículos.

BTG (BPAC11): Sequoia (SEQL3) está no caminho para se tornar plataforma única de logística digital

A equipe do BTG Pactual (BPAC11) realizou uma reunião com a gestão da Sequoia (SEQL3) para discutir as principais atualizações desde o segundo trimestre e as principais tendências do setor. “Vemos a Sequoia no caminho para se tornar uma plataforma única de logística digital no Brasil, oferecendo soluções ponta a ponta para os clientes de varejo on-line”, diz o BTG.

Representaram a Sequoia Armando Marchesan (CEO), Fernando Stucchi (CFO), Bruno Souza (COO) e Bruna Gamboa (IR).

Principais destaques da conversa, segundo o BTG foram:

O setor de e-commerce continua em expansão no Brasil, embora em ritmo menor este ano, dado a base de comparação difícil de 2020;
A capacidade de entrega da Sequoia está melhorada este ano, com base na maior automação de suas atividades e a integração das recentes aquisições, preparando a empresa para uma alta temporada movimentada no final do ano;
As empresas do sudeste asiático players vêm ganhando relevância no e-commerce brasileiro, tornando-se alguns dos maiores clientes da Sequoia em termos de volumes;
Apesar dos maiores custos de insumos (combustível e mão de obra), as margens devem expandir t/t, impulsionadas por sinergias maiores do que o esperado e um efeito de sazonalidade.
No geral, a reunião tranquilizou os investidores sobre a recuperação t/t na margem EBITDA (um tópico muito debatido recentemente) e mostrou que, apesar de alguns desafios no curto prazo, as tendências de longo prazo estão intactas, com a crescente penetração do comércio eletrônico e digitalização do transporte no Brasil.

Em breve o BTG vai revisar os números sobre Sequoia, mas manteve a classificação de compra inalterada para a companhia.

E-commerce da Sequoia com bom desempenho
A indústria de e-commerce continua crescendo no Brasil, embora em um ritmo menor a/a, impulsionado por vários fatores, como:

Rebalanceamento de volumes entre varejo on-line e varejo físico em meio à reabertura econômica graças ao avanço da vacinação campanha;
Interrupções nas cadeias de abastecimento globais devido a gargalos de transporte no mundo todo;
Base de comparação difícil do ano passado.
Os preparativos para a Black Friday da Sequoia começaram no mês passado com a contratação de capacidade adicional, enquanto uma aceleração constante dos volumes deverá começar nas próximas semanas.

Os volumes atuais já ultrapassaram o pico registrado em 2020, quando os pedidos estavam concentrados principalmente na última semana de novembro, já que a Sequoia teve pouco tempo para ajustar a capacidade diante do cenário caótico da Covid-19.

“Nós esperamos uma expansão menor neste final de ano, reduzindo significativamente os riscos de estresse na rede de distribuição da Sequoia. Por outro lado, os tíquetes médios estão menores neste ano, pois (i) o aumento da inflação está atrapalhando os gastos do consumidor com produtos mais caros (eletrônicos); e (ii) produtos de alta tecnologia estão sendo mais impactados pela interrupções na cadeia de abastecimento na indústria de contêineres”, afirmam os analistas do BTG.

Empresas asiáticas estão ganhando relevância
As empresas do sudeste asiático ganharam relevância no e-commerce brasileiro, tornando-se alguns dos maiores clientes da Sequoia em termos de volumes.

Algumas diferenças importantes em relação às empresas ocidentais de comércio eletrônico foram observados: (i) maiores volumes diários, com a take rate das empresas asiáticas menores; (ii) tíquetes médios menores, pois se concentram em produtos menores e mais baratos; e (iii) ciclos de entrega mais longos visando manter os custos de frete sob controle.

Apesar dos tickets médios mais baixos, as margens são semelhantes, e a Sequoia espera margens mais fortes t/t daqui para a frente.

Espera-se que a margem EBITDA (sem IFRS) melhore para ~ 10% (aprox. + 100 bps a/a), com sinergias maiores do que o esperado de recentes fusões e aquisições, compensando parcialmente o aumento nos custos de insumos (principalmente combustível, aluguel e acordos de negociação coletiva).

Nas recentes fusões e aquisições, o Prime já foi incorporado à Direcional, enquanto a integração de Plimor está indo como planejado.

Espaço para expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
As fusões continuam sendo um importante catalisador da estratégia da Sequoia, e há espaço para entregar uma média de 1 aquisição por ano (olhando para empresas maiores agora, de receita anual de R$ 400 a 500 milhões, acimas dos R$ 150 a 200 milhões mencionados durante o IPO).

Empresas de log-tech não são considerados nesta meta e a empresa deve acelerar nesta avenida de crescimento.

“Mas o ambiente atualmente volátil para as margens e com aumento do custo de capital obriga a Sequoia a mostrar mais disciplina na seleção de empresas alvos no segmento de transporte. Daqui para frente, Sequoia quer crescer no Norte, Nordeste e as regiões Centro-Oeste do Brasil, onde atualmente sua presença é limitada”, diz o BTG.

Por fim, a recomendação é de compra até R$ 38.

Franquia Flash Courier cresce 250% na pandemia e está de olho em cidades pequenas

Rede com mais de 30 anos de mercado projeta faturamento de R$ 740 milhões para 2021. Volume de entregas já é mais do que o triplo de 2019.
Com o crescimento do e-commerce e do delivery, empresas de logística viram seus números se multiplicarem nos últimos 18 meses. Uma delas foi a rede de franquias Flash Courier, que hoje já está 250% maior do que em 2019 e prevê fechar o ano com um faturamento total de R$ 740 milhões. A aposta para aumentar ainda mais o alcance são as cidades pequenas.
A Flash Courier foi fundada em 1994, pelo empreendedor Antônio Juliani, com o objetivo de entregar vales-refeição em papel para funcionários de empresas. Antes disso, ele tinha sido sócio de uma pequena companhia de aviação, que também trabalhava com logística de documentos, mas acabou não dando certo. O novo negócio, no entanto, deslanchou: com o tempo, integrou serviços postais corporativos e de instituições financeiras, como o do extinto Banco Nacional. Cerca de três anos depois, iniciou a expansão por franquias para chegar a mais cidades.
Por volta de 2003, a empresa se transformou no Grupo Flash Courier, com a aquisição da empresa de cartões JallCard. Um ano depois, Guilherme Juliani, filho do fundador, voltou para o negócio. “Aos 16 anos, eu fui o segundo franqueado da marca, em sociedade com meu irmão. Com o tempo, repassamos o ponto e saí para trabalhar em outras empresas. Depois, com mais experiência, voltei para a Flash Courier.”

No retorno, Guilherme cuidava de assuntos ligados a franquias. Aos poucos, passou a tocar também outras áreas operacionais e de vendas. Em 2016, assumiu a presidência do grupo. Àquela altura, o conglomerado já contava também com a iLog, que depois passaria a se chamar Moove+, hoje focada em meios de pagamento eletrônicos, transporte expressos e de medicamentos. Antônio passou a cuidar da empresa de cartões do grupo.
Guilherme conta que ficou apreensivo com os primeiros meses de pandemia: a demanda chegou a cair cerca de 40%. Ele precisou criar novas frentes de negócios para crescer. Assim, aumentou o escopo de serviços oferecidos pela marca, incorporando demandas de e-commerce e de produtos farmacêuticos.

Hoje, essas duas novas frentes já correspondem a cerca de 20% do volume de entregas da Flash Courier. “Ao longo do ano, criamos lockers em regiões aonde não conseguíamos chegar, para que o cliente retirasse as encomendas, fomos para cidades do interior e buscamos inovar cada vez mais no transporte”, diz.

No ano passado, a empresa superou as sete milhões de postagens – mais que o dobro do que foi feito em 2019. Neste ano, já passou das 10 milhões. Atualmente, a rede tem 320 unidades franqueadas e 285 franqueados.

A Flash Courier trabalha com dois modelos de franquia: comercial, em que o franqueado é responsável pela captação de novos negócios — neste formato há pouco mais de 30 unidades —, e o operacional, responsável pelas entregas. O perfil para os dois negócios é de empreendedores com uma pegada mais operacional, de acordo com Guilherme, para fazer a gestão dos mais de 3.600 entregadores contratados pelas unidades. “Agora, queremos ir para cidades pequenas, no interior, principalmente em regiões de Minas Gerais e Rio Grande do Sul”, diz.

O investimento inicial para abrir uma franquia da empresa é estimado em R$ 25.000. O valor contempla a taxa de franquia e o capital de giro, mas o interessado deverá providenciar um galpão para armazenagem e atendimento — este valor pode variar de acordo com o local de instalação da unidade. A metragem média é de 500 metros quadrados.

Para o CEO da Kangu, a palavra do e-commerce é “democratização”

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, Marcelo Guarnieri abordou questões como a aquisição feita pelo Mercado Livre, o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade e a expectativa de que a Kangu continue crescendo.

O uso da internet para compras e vendas já é algo que faz parte da vida dos brasileiros há alguns anos, mas isso se acentuou por conta da pandemia de Covid-19. De acordo com uma pesquisa realizada pela Neotrust, o e-commerce teve alta de 57,4% no primeiro trimestre de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado – no período, foram 78,5 milhões de compras on-line. O levantamento também apontou que o número de lojas virtuais cresceu 40% em 2020.

Quase que ironicamente, esse cenário faz despontar grandes players, que chegam para viabilizar as operações de pequenos empresários. Um desses players é a Kangu, uma empresa que surgiu em 2018 com a proposta de realizar envios, devoluções e retiradas de itens prezando por eficiência e sustentabilidade. Por meio dos Pontos Kangu, é possível conectar vendedores de e-commerce, clientes, empresas de transporte e estabelecimentos de bairro.

Depois de três anos de atividade, a nuance mais evidente na essência da Kangu é a democratização do e-commerce. O desempenho bem-sucedido é notável: atualmente, a empresa está presente em mais de 700 cidades brasileiras, com aproximadamente 2,5 mil pontos de coleta, e já registra operações consolidadas em países como México e Colômbia.

Em entrevista exclusiva à MundoLogística, o CEO da Kangu, Marcelo Guarnieri, abordou questões que fazem parte da agenda da empresa. Mas seja falando sobre a aquisição feita pelo Mercado Livre ou a respeito do equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade, o que fica claro na visão de Guarnieri é a expectativa de que a Kangu continue crescendo – tal como tem sido desde sempre.

MUNDOLOGÍSTICA: O crescimento do e-commerce é algo notável nos últimos anos, mas se intensificou no ano passado por causa da pandemia de Covid-19. A Kangu enfrentou desafios para se adaptar em meio a essa mudança acelerada ou isso acabou acelerando os negócios da empresa?

MARCELO GUARNIERI: Nós somos uma empresa nova, que está no mercado há três anos. Quando começamos, a gente via que existia uma carência muito grande de soluções para atender pequenos vendedores no e-commerce. Então, vendo isso, nós já estávamos muito preparados, pois já tínhamos uma expectativa de que a nossa solução fosse bem recebida. Sabíamos que, se entrássemos no trilho correto, teríamos uma grande possibilidade de crescer. Seja por sorte ou outro fator, isso nos ajudou muito diante do que aconteceu na pandemia. Essa “entrada no trilho” veio antes do que pensávamos e em uma velocidade muito maior do que achávamos que ia acontecer. Mas, como nós tínhamos a consciência de que precisávamos de um modelo de negócio que pudesse ser instalado com agilidade, a gente prezou por essa preparação e isso “casou” com o momento em que o marcado, de fato, explodiu, tanto na questão do e-commerce quanto no surgimento de pequenos e médios empreendedores. Nós crescemos cinco anos em um. Em março do ano passado, tínhamos vinte colaboradores na empresa. Hoje, temos quase 400. Estamos presentes em mais de 700 cidades brasileiras, além de termos iniciado operações no México e na Colômbia… Tudo isso alinhado com a visão de que precisávamos oferecer um negócio capaz de escalar de forma ágil.

Ao mesmo tempo em que existe uma demanda por agilidade e inovação, existe também uma preocupação crescente em relação à sustentabilidade e à preservação ambiental. Como essas pautas estão presentes na estratégia e nos guidelines da Kangu?

A Logística é muito agressiva com a cidade, não só do ponto de vista de emissão de carbono, mas também em relação ao impacto no trânsito, na distribuição de renda, na poluição sonora… Há vários aspectos que fazem parte dessa questão de sustentabilidade. Quando pensamos a Kangu, uma das coisas que era fundamental no nosso planejamento era criar um modelo por meio do qual fosse possível fazer entregas de forma mais sustentável por natureza. Ou seja, com práticas que causassem menos impacto nas cidades. O modelo da Kangu é baseado em estabelecimentos de bairro, o que ajuda a fomentar a economia local e contribui com a geração de empregos em diversos níveis. Então, o primeiro traço de sustentabilidade é o acesso a mais renda local. Além disso, do ponto de vista de trânsito e circulação, o nosso modelo também gera menos impacto no bairro. Como os estabelecimentos são próximos das casas das pessoas, isso evita grandes deslocamentos e trânsito intenso. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há mais de 700 pontos de coleta da Kangu, o que corresponde a uma média de um ponto a cada 700 metros. Muitas vezes, é possível fazer a operação a pé e isso também ajuda, inclusive, a reduzir a emissão de carbono na comunidade.

No fim de agosto, foi anunciada a compra da Kangu pelo Mercado Livre, uma companhia que está com uma estratégia robusta de expansão de malha logística, bem como de adoção de tecnologia para otimizar a operação. Como foi esse approach do Mercado Livre? Vocês já imaginavam uma possível venda da empresa?

O Mercado Livre era um grande cliente da Kangu e um ponto interessante na relação entre as duas empresas é que nós sempre tivemos um DNA muito parecido, tanto no propósito quanto na maneira de fazer as coisas. Há duas características em comum: a primeira é a intenção de democratizar o e-commerce, o Mercado Livre dando espaço para novos vendedores e a Kangu viabilizando o transporte das mercadorias, e a segunda é o aspecto tecnológico, pois nós prezamos muito por criar soluções que estejam voltadas para a tecnologia. Isso fez com que o relacionamento cliente-fornecedor fosse muito próximo e a parceria foi crescendo até que culminou em uma proposta do Mercado Livre para fazer a aquisição da Kangu. Para nós, um aspecto muito importante dessa transação é que a Kangu vai continuar operando da mesma forma, oferecendo serviços para todo o mercado. Serão as mesmas estratégicas e os mesmos focos, mas com o apoio de uma marca sólida para colaborar, trocar experiências e acelerar esse negócio.

O que o mercado pode esperar dessa união?

O mercado pode esperar que a gente continue crescendo forte. Do mesmo jeito que crescemos, desde o ano passado, de 500 pontos para mais de 2,5 mil somente no Brasil, a gente vai continuar expandindo. Temos um plano de chegar, só no Brasil, a 3,5 mil pontos de coleta até a Black Friday [neste ano, a Black Friday está agendada para o dia 26 de novembro], uma expansão de 50%. O Brasil é um país enorme e nós queremos atender em todos os lugares.

Estamos nos aproximando de novembro, que é marcado pela Black Friday – ou seja, esse é o momento em que o setor de logística “arregaça as mangas” para garantir que um dos maiores atos comerciais do ano seja bem-sucedido. De que maneira a Kangu, agora juntamente ao Mercado Livre, está se preparando para a Black Friday?

Já estamos na fase final de preparação. Tudo que a gente vem construindo durante o ano é uma forma de se preparar para a Black Friday, alinhando as operações para ter a capacidade de oferecer a mesma qualidade de serviço de sempre no dia de pico da Black Friday. Do mesmo jeito que nós conseguimos cumprir isso no ano passado, a gente espera poder realizar isso neste ano, agora com um porte muito maior.

Americanas Summit: a importância do marketplace na estratégia de negócio

Ao longo do mês, evento da Americanas S.A. reforça a profissionalização dos mais de 100.000 vendedores no marketplace e visa atrair novos lojistas.

Ao unificar loja física, digital, logística e fintech, Americanas S.A reforça a importância do marketplace, espaço para vendedores de todo o Brasil comercializarem seus produtos nas plataformas digitais da varejista. No 2º trimestre de 2021, por exemplo, houve crescimento de 49,8% no número de vendedores, que atualmente são 104.500.

Neste contexto, a varejista anuncia a mudança do B2W Summit para Americanas Summit, um evento on-line e gratuito entre os dias 15 de outubro e 10 de novembro. “O marketplace é estruturante e fundamental para a estratégia de crescimento da Americanas S.A., que tem o desafio de oferecer tudo, a toda hora e em qualquer lugar, o que só é possível com a parceira de tantos vendedores ao redor do Brasil. Assim, queremos alcançar uma base de 150.000 lojistas conectados na plataforma, objetivo que contribui para a meta da companhia de continuar gerando caixa e mais que dobrar de tamanho até 2023”, afirma Valmir Andrade, diretor de marketplace da Americanas S.A..

Deste modo, o evento é o momento de consolidar as estratégias adotadas ao longo do ano. A intenção é ajudar os lojistas parceiros a expandirem seus negócios e ao discutir sobre o futuro do mercado e as principais tendências, bem como atrair quem está iniciando um negócio ou mesmo um investidor. A edição deste ano terá o tema O Futuro é Agora.

“Desde 2018 reunimos parceiros, investidores e profissionais do mercado em um evento com as principais tendências e discussões do momento. Agora reforçamos esse conteúdo com mais dias de evento, um momento que consolida a estratégia de ajudá-los ao longo do ano em uma relação saudável de parceria. Além disso, não à toa fazemos o Summit antes da Black Friday e Natal, datas mais fortes em vendas para o varejo brasileiro”, diz Andrade.

Para ele, o Americanas Summit reforça a oportunidade de apresentar conteúdos, treinamentos e soluções que ficam disponíveis para eles ao longo do ano. “O marketplace é um canal de empreendedorismo, que acelerou na pandemia quando os lojistas precisaram fechar as portas ou viram o movimento da loja física diminuir. Com a Americanas S.A. eles podem vender entre um a três dias úteis após o cadastro e aprender como se aprimorar no atendimento digital”.

O Americanas Summit

Para a edição de 2021, foram convidados nomes como o professor e historiador Leandro Karnal, a diretora de marketing na América Latina do TikTok e da Bytedance, Kim Farrel, e o CEO da Hashdex, gestora brasileira de criptomoedas, Marcelo Sampaio, entre outras figuras relevantes do cenário nacional.

Na edição anterior, primeira 100% on-line, o evento reuniu mais de 23 mil pessoas e contou com a participação de nomes como Beto Sicupira, Lázaro Ramos, Ronaldo Lemos e Camila Coutinho, além do show de encerramento com Emicida.

O Americanas Summit 2021 acontece com o comando da apresentadora Ana Clara, no dia 15 de outubro, o evento online com nomes nacionais e internacionais abre as programações, com transmissão ao vivo, a partir das 14h.

Além disso, há painéis como ” A revolução monetária: o futuro do dinheiro e o dinheiro do futuro”, com Ame Digital e convidados da área de finanças; “Conexão na Desconexão: como as marcas ativam suas comunidade virtuais”, com Americanas e convidados a frente das tendências das redes sociais; e “O bem como modelo de negócio”, com a frente de logística sustentável e convidados alinhados com a Agenda ESG nos negócios; e mais.

Na semana seguinte, entre os dias 18 e 22 de outubro, começam os talks, que propõem debates entre especialistas da Americanas S.A. e convidados que transformaram seus negócios em cases de sucesso, transmitidos em lives no Youtube de Americanas Summit.

Fechando a programação, as oficinas acontecem de 25 de outubro a 10 de novembro e oferecem aulas práticas facilitadas por parceiros de capacitação. Os encontros serão via Zoom e acomodam 1.200 pessoas.

As inscrições para o Americanas Summit podem ser feitas no próprio site: americanassummit.com. Nos canais digitais, o evento oferece dicas de gestão e notícias sobre negócios e inovação o ano todo.

O marketplace
Atualmente, há 49 milhões de clientes ativos na plataforma, que podem consumir 110,7 milhões de itens, isto é um crescimento de 71% na quantidade de produtos no 2º trimestre de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2021.

Além disso, 60% da base de lojistas são micro e pequenas empresas, que se apoiam em diferentes serviços de conteúdo e formação, logística, anúncios, e crédito. Já 34% dos nossos parceiros são MEIs (Microempreendedores individuais).

A partir do serviço de logística, o vendedor pode, por exemplo, se cadastrar para atender o cliente em até três horas após a compra – serviço disponível especialmente nas lojas físicas Americanas. “Esta é uma modalidade interessante principalmente quando há proximidde entre o cliente e o vendedor. Eles estão bastante interessados em aderir ao serviço e contar com a nossa logística”, diz Andrade. Hoje a Americanas S.A. possui 24 centros de distribuição em 12 estados, com previsão de 4 aberturas até o fim do ano, além de mais de 200 hubs em todo o Brasil.