Correios inaugura centro de tratamento de encomendas em Guarulhos, SP

Na manhã de segunda-feira (24/04), os Correios inauguraram o Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) na cidade de Guarulhos/SP. O investimento total na unidade no período 2023-2024 será de R$ 212 milhões. De acordo com a estatal, o terreno mede 24 mil m2, com mais de 19 mil m2 de área construída. A região atendida será a zona leste da capital, Guarulhos, Alto Tietê e São José dos Campos — ou seja, 15 municípios do estado de São Paulo.

O CTE Guarulhos ampliará a capacidade operacional e a qualidade dos serviços prestados aos clientes da estatal. Com potencial de tratamento de 700 mil encomendas/dia, o novo centro está inserido no projeto de expansão da malha de tratamento de encomendas dos Correios. Neste caso, tem previsão de recebimento da maior máquina de automação de triagem da empresa.

Fortalecimento dos Correios nacionalmente
Em seu discurso na solenidade de inauguração, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, destacou que os Correios foram retirados da lista de privatizações pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Hoje damos um passo importante em direção ao cumprimento da missão que o presidente Lula confiou a todos nós: fortalecer os Correios em seu papel de integrador nacional”.

Além disso, o executivo ressaltou que os investimentos nesse sentido estão sendo realizados e que a inauguração da nova unidade é um exemplo. “Sabemos que a economia brasileira será fortalecida nos próximos anos, que o poder de compra das pessoas será recuperado, que a indústria voltará a crescer — e temos que estar preparados para esse crescimento”.

Participaram do evento: Juscelino Filho, ministro das Comunicações; Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios; Alencar Santana, deputado federal; José Rorício Aguiar de Vasconcelos, diretor de Administração dos Correios; Temístocles Rodrigues de Azevedo Júnior, diretor de Operações da estatal; José Marcos Gomes, superintendente estadual dos Correios em São Paulo Metropolitana; Rogério Bueno da Silva, vice-presidente do Sintect-SP, além de autoridades, convidados, gestores e empregados da empresa.

Qual o futuro dos marketplaces no Brasil?

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os marketplaces se tornaram um dos principais canais de comércio no Brasil, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores possam oferecer seus produtos e serviços online para um público muito maior. Mas qual será o futuro dos marketplaces no país?

De acordo com o “Cenário da Adoção do Marketplace Online” – pesquisa realizada pela Mirakl, em 2021 – 86% da população brasileira reconhece as compras online como a forma mais favorável para consumir produtos. No ano seguinte, a pesquisa feita pela Retail X, mostrou que o varejo digital brasileiro registrou o maior crescimento durante o ano, registrando um total de US$ 8,1 bilhões (R$ 39,2 bilhões), e a estimativa é que, em 2023, tenha um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões segundo levantamento recente da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Os marketplaces no Brasil têm um futuro promissor, pois têm sido uma opção cada vez mais popular para compras online. Essa popularidade é impulsionada pelo fato de que os marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos de diferentes fornecedores, permitindo aos consumidores encontrar o que precisam em um só lugar, com entrega do pedido até no mesmo dia.

Pensando nisso, listo abaixo 3 tendências para os marketplaces nos próximos anos:

Mudança no comportamento dos consumidores

Após a mudança repentina por conta da crise sanitária da Covid-19 e o avanço da tecnologia, muitos consumidores adotaram a prática de comprar seus produtos através da internet e se tornaram mais exigentes em relação a alguns processos, como a entrega, que deve ser sempre rápida e a troca ou devolução de um produto sem maiores transtornos. Por mais que as compras sejam realizadas à distância, os clientes continuam com altas expectativas para receber seus produtos em ótimo estado e com um atendimento eficiente.

Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, mas, o desejo de ser bem atendido e ter sucesso em uma negociação, continua o mesmo. Com a diferença na rotina do consumidor, é necessário que os marketplaces tenham um planejamento para atingir todas as expectativas e necessidades dos clientes, gerando valor aos mesmos.

Hoje, os marketplaces contribuem com a confiança do cliente no momento da compra online. Ter uma grande empresa por trás da venda faz com que eles percam o “medo” de estar se envolvendo em uma fraude ou golpe, além disso, traz a garantia de que caso aconteça qualquer problema, terão o suporte necessário para que seja resolvido.

Concorrência no mercado brasileiro

O mercado brasileiro é altamente competitivo, e isso acontece pois diversas empresas disputam a preferência dos consumidores a todo tempo, fazendo com que o setor se expanda e tenha mais opções de mercadorias e serviços. Mas o que observamos com muita clareza, é que os comércios digitais brasileiros são obrigados a pensarem fora da caixa para conseguirem se equiparar aos players internacionais, como a Amazon que está presente no mercado há alguns anos e a SHEIN e a Shopee, que se consolidaram aqui mais recentemente. O motivo de eles ‘roubarem’ os holofotes do mercado nacional, se deve as opções de entrega e aos produtos com custo benefício que enchem os olhos do consumidor, e que não são encontrados com essas opções facilmente aqui.

Essa competição que acontece entre os marketplaces é normal, é uma forma de estratégia que muitos estabelecimentos utilizam para se sobressaírem. Se realizarmos uma pesquisa, é possível ver que existe uma variedade de valores em cima do mesmo produto, fazendo com que os consumidores tenham uma preferência pelas lojas que estão mais em conta. Um diferencial que as empresas adotam para gerar uma experiência melhor para os consumidores, é a utilização de cupons de descontos e frete com um valor mais acessível.

Consolidação dos big players

A consolidação dos “big players” está cada vez mais presente no comércio online. Esse processo ocorre quando uma grande empresa se funde ou adquire empresas menores, para ganhar mais escala e aumentar sua participação no mercado, diminuindo a concorrência.

Enquanto nos EUA existem três a quatro marketplaces consolidados, como Amazon, eBay, Walmart e Aliexpress, no Brasil este número é de duas casas decimais. A tendência é que as pequenas sejam absorvidas ou dizimadas pelas grandes, e isso não é necessariamente ruim, pois mantém o mercado mais focado.

Foco da GOLLOG em 2023 será a parceria com o Mercado Livre, diz novo diretor-executivo

No início deste ano, a GOLLOG – unidade de transporte de cargas e encomendas da GOL – completou 22 anos de atividades. Para comemorar, a companhia anunciou Rafael Martau como novo diretor-executivo da companhia.

Ao todo, Martau possui 21 anos de carreira dedicada ao mercado de logística. Essa jornada inclui passagens por empresas como Bomi, Grupo Luft, AGV – atual Solistica – e BLS.

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, o novo diretor-executivo falou sobre esse desafio na trajetória profissional, algumas particularidades da atuação GOLLOG no Brasil e os planos da companhia para este ano.

MUNDOLOGÍSTICA: No início deste ano, a GOLLOG anunciou, entre outras novidades, a sua chegada para a cadeira de diretor-executivo. O que te motivou a aceitar esse desafio?
RAFAEL MARTAU: A GOLLOG vive um momento único da sua trajetória de recém completados 22 anos. Passou de um departamento de cargas da GOL para um Operador Logístico Multimodal. Deixou de usar somente o porão das aeronaves para ter cargueiros próprios, tornando-se até o final do ano passado, com a parceria com o Mercado Livre, uma das maiores do Brasil, com 100% das cargas para o uso doméstico. Fazer parte do Time de Águias GOLLOG, para juntos continuarmos esse ritmo de crescimento, sem dúvida alguma foi minha maior motivação nesta tomada de decisão.

O que você ressaltaria como diferencial da GOLLOG, em termos de operações?
A multimodalidade integrada com tecnologia nos trouxe diferencias entre as Companhias aéreas de carga. Criamos produtos inovadores para a pessoa física, integrados com os lockers para a retirada das encomendas, que estão nos trazendo um incremento positivo nesse mercado. Transporte de animais e pets, com o espaço pet em nossos terminais, é outro produto que posso dar como exemplo.

A companhia está comemorando 22 anos de atividades em 2023, com a oferta de diferentes modalidades de serviço. Alguma delas será prioridade da companhia neste ano?
Nossa prioridade é a implementação da operação do Mercado Livre, iniciada em setembro de 2022, sem impacto no que já está voando. O projeto com o MELI é inovador e irá aumentar consideravelmente a capacidade de carga aérea no Brasil. Sem sombra de dúvidas, será uma mudança grande no cenário brasileiro de logística e de e-commerce. Hoje temos 2 aviões em operação, o terceiro já chegou e começa a operar em março e até o final de 2023 serão mais 3 aeronaves compondo a frota cargueira.

Há alguma novidade prevista para ser lançada em breve para expandir a atuação da GOLLOG?
Temos a intenção de aumentar nosso portifólio de serviços com sinergia ao que já fazemos hoje. A expansão de nossa capilaridade de entrega no last mile, com certeza é a prioridade para a GOLLOG em 2023. Vamos expandir a rede de franqueados, assim como avançar na integração com o Grupo Comporte, que hoje tem dentro de sua frota, aproximadamente 1.000 ônibus que já atuam no transporte de carga usando os bagageiros. Inserir essa malha em nosso serviço de last mile vai nos agregar competitividade, abrangência e eficiência.

Pensando em um cenário de estímulo a diferentes modais em um país predominantemente rodoviário, como a GOLLOG pretende se posicionar para atender o mercado brasileiro?
Obter o certificado de OTM foi um passo nesse sentido, para manter a GOLLOG neste cenário como um player capacitado para prover soluções logísticas de forma completa e integrada. Sabemos que o mercado pede prazos cada vez mais curtos com preços cada mais competitivos e nosso objetivo é ser, para nossos parceiros atuais, um provedor de soluções eficiente.

Entregas expressas procuram ir além do B2B

Empresas especializadas no transporte de encomendas preveem grandes desafios a enfrentar neste ano.

A percepção entre as empresas especializadas no transporte de encomendas é a de que enfrentarão um grande desafio em 2023. Com expectativa de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), as companhias estão empenhadas em ampliar sua participação no mercado e investem para ganhar eficiência nas operações.
No caso da Jadlog, por exemplo, o objetivo é buscar uma integração muito rápida com o cliente, diz o CEO Bruno Tortorello. “Também investimos em segurança da informação contra invasões para roubo de dados. Com essa estratégia, crescemos 20% no ano passado em faturamento e vamos repetir esse crescimento neste ano”, afirma.

Tortorello acredita que 2023 será um ano difícil, de baixo crescimento econômico e alto endividamento, o que afeta o consumo. “Mas seguiremos com os cuidados que toda empresa precisa ter em anos assim, que é racionalizar investimentos e buscar mais eficiência nas operações”, explica.

Ele destaca que o segmento de e-commerce cresceu de forma expressiva durante a pandemia e vem se ajustando com o fim do distanciamento social. No B2B, negócios entre empresas, houve avanço e as vendas retomaram o patamar pré-pandemia. No ano passado, o segmento cresceu 20% e tem mantido esse ritmo. Avança menos do que o B2C – voltado ao consumidor final –, que cresceu 50%.

“A Jadlog nasceu com o B2B, mas tem crescido bastante alavancada pelo B2C”, afirma o executivo. Para entender cada vez mais o consumidor final, a empresa conta com a experiência e os investimentos da GeoPost, holding controlada pelo grupo La Poste (correios franceses), que desde 2020 detém 98% do capital da Jadlog.

De acordo com Tortorello, o B2C representava 20% dos negócios da Jadlog em 2016 e hoje já chega a 70%, com potencial de avançar mais. Por isso, a empresa tem investido mais no segmento, buscando viabilizar o e-commerce como um todo. Uma das iniciativas nesse sentido foi criar uma rede de três mil pontos locais, onde o consumidor pode retirar sua encomenda no dia e horário que escolher. Segundo ele, hoje a empresa tem a maior abrangência no país depois dos Correios e alcança 5.300 municípios.

Também especializada em soluções logísticas para transporte de mercadorias, a Jamef segue a mesma estratégia. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Botelho, com o fortalecimento do e-commerce durante a pandemia, a companhia, que atua principalmente na cadeia B2B, ampliou o atendimento ao consumidor final.

“Na pandemia, o B2C chegou a representar 45% de toda a carga que a empresa transporta. Com o fim do distanciamento social, esse segmento voltou aos patamares anteriores e hoje representa 30% do que é transportado, ficando os 70% restantes com o B2B”, informa. Com o aumento da demanda pelo comércio eletrônico, cresceu também a necessidade de maior controle da operação e de ganho de eficiência no manuseio da carga, o que impulsionou o desenvolvimento tecnológico.

Para enfrentar esse cenário, a Jamef investiu R$ 30 milhões num grande centro operacional em Osasco, na Grande São Paulo, que terá software de separação automática de pacotes cuja capacidade é duas vezes superior à do centro de Barueri. A expectativa é de movimentar em média 60 mil volumes diariamente nesse centro, podendo chegar a 102 mil volumes/dia, em datas estratégicas, como Natal e Black Friday. A empresa também procurou aumentar a proximidade com o consumidor final e implantou uma rede de postos avançados, para dar agilidade ao processo de entregas B2C.

Especializada no transporte de carga tradicional, com maior valor agregado, a empresa utiliza protocolos de segurança e gerenciamento de risco, com escolta quando necessário. “Neste ano, devemos manter dois dígitos de crescimento, com o aumento de nossa participação dentro do segmento de entregas expressas”, diz Botelho. A Jamef vai investir R$ 12 milhões em tecnologia, com foco em ampliar a integração com o cliente, para que ele tenha em tempo real o posicionamento da carga. “Dentro do B2B, queremos dar a máxima eficiência e capilaridade: nosso papel é tirar o produto da fábrica e entregar diretamente aos pontos de venda, sem necessidade de distribuidores”, diz.

Glaucia Megna, diretora de vendas da FedEx no Brasil, também destaca a importância do e-commerce para o segmento. Ela acredita que o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado ao vigor da economia do que os demais tipos de serviço, mas afirma que a popularização do comércio eletrônico, muito por conta dos novos hábitos de compra adquiridos durante a pandemia, é um fator positivo para o segmento expresso.

“As empresas precisam estar preparadas para atender seus clientes na velocidade que eles precisam. Mesmo com o fim da pandemia e o menor crescimento do comércio eletrônico, esse é um tipo de serviço que continuará em evidência e com muitas oportunidades de avançar, o que também beneficiará o segmento expresso”, afirma.

De acordo com ela, na FedEx, o e-commerce é um dos pilares de crescimento em todo o mundo e, no Brasil, é uma das prioridades operacionais. Por isso, a empresa procura sempre melhorar a sua estrutura e o portfólio de produtos. Um dos investimentos mais recentes foi a modernização das infraestruturas do centro logístico em Cajamar (SP) e a abertura de dois novos centros logísticos: um em Serra (ES) e outro em Conde (PB). Outros investimentos foram feitos na automatização das suas instalações, para padronizá-las em termos de tecnologia e segurança, tendo como referência as instalações da empresa nos Estados Unidos.

Apesar do cenário positivo, a empresa anunciou cortes em suas equipes, com o desligamento de mais de 10% de seus executivos em nível mundial, incluindo o Brasil. “É sempre uma decisão difícil, mas temos a obrigação de ajustar nossas estruturas para nos alinharmos às novas demandas dos clientes e realidades do mercado”, diz Megna.

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Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Multilog aposta em logística integrada com aquisições e ampliação de estrutura no país

A Multilog está investindo em operações logísticas integradas com aquisições e ampliações de estrutura. A companhia irá inaugurar de um novo armazém químico em Itajaí (SC) Santa Catarina e prevê iniciar a operação de outro porto seco de fronteira em Dionísio Cerqueira, no oeste do estado.

No ano passado, além de iniciar as operações na região Nordeste, a Multilog adquiriu a Apoio Logística e Serviços para expandir atuação em São Paulo e em Santa Catarina. Com a aquisição, a companhia incorporou seis unidades operacionais, com 200 mil m² de área total, e elevou a capacidade em mais de 100 mil posições de paletes.

“Estamos crescendo pautados tanto em oferecer uma estrutura completa de logística integrada, por meio de expansão orgânica ou aquisições, quanto em inovação, utilizando as tecnologias mais avançadas no atendimento aos nossos clientes”, destaca Djalma Vilela, presidente da Multilog.

Segundo o executivo, o próximo passo é crescer no Mercosul. “Nosso objetivo é expandir a especialização e a oferta de serviços aos clientes, agregando mais conhecimento e estrutura no transporte, distribuição e armazenagem de cargas e fortalecer ainda mais a expertise em processos não-alfandegados”, acrescenta.

A Multilog atende clientes de diversos setores, incluindo alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo & industrial, agronegócio e tech. Para a operação de medicamentos, conta com armazéns alfandegados com câmaras frias. Atualmente, a companhia possui 38 unidades, com 2,2 milhões m² de áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas, 15 centros de distribuição, 9 unidades de transporte, além de atuar como operador portuário.

Saiba quem é a próxima Shein e como ela quer desbancar a líder global de ‘fast fashion’

Chinesa Temu vem avançando nos EUA e ameaça a liderança no país da maior varejista de moda rápida do mundo.

A chinesa Shein, adorada pela Geração Z por suas roupas ultrabaratas, levou uma década para alcançar a Zara, como a maior varejista de ‘fast fashion’ do mundo. Agora, um novo estreante nas plataformas digitais quer superá-la.

A Temu, uma plataforma de compras que pertence ao peso-pesado do comércio eletrônico chinês PDD Holdings, estabeleceu meta de vendas ambiciosa para seus negócios na América do Norte: ter ao menos um único dia de vendas que supere o da Shein, entre agora e 1º de setembro, para marcar o aniversário de sua entrada no mercado americano.

Este é o primeiro passo nos planos mais amplos da Temu para dominar o cenário de compras on-line. A Temu vê a Shein como sua maior rival no curto prazo e quer superar seu domínio nos próximos anos, disseram fontes. Mas a empresa, que vende de tudo, de roupas a utensílios de cozinha, pretende ir além e enfrentar os gigantes globais do e-commerce , como a Amazon.com e o eBay

A Temu vem crescendo bem e tem sido o aplicativo mais baixado na loja da Apple nos EUA durante grande parte dos últimos meses. A empresa alcançou cerca de US$ 500 milhões em vendas nos Estados Unidos durante seus primeiros cinco meses de operação, de acordo com a empresa de análise de dados YipitData.

Somente em janeiro, as vendas foram de quase US$ 200 milhões, mostram os dados. A empresa lançou seu app no Canadá em fevereiro.

A fórmula do aplicativo de preços ultrabaixos e vendas rápidas provou ser atraente em um momento em que os consumidores estão apertando o cinto, disse Abe Yousef, analista sênior da Sensor Tower, rastreador de aplicativos.

O app da Temu foi baixado 24 milhões de vezes desde seu lançamento e reuniu cerca de 11 milhões de usuários ativos mensais em janeiro, um aumento de 47% em relação à temporada de compras de dezembro, estima Yousef.

– Dado o atual ambiente macroeconômico desafiador e o apoio da controladora PDD Holdings, a Temu está bem posicionada para continuar sua estratégia agressiva de crescimento entre os consumidores dos EUA – acrescentou.

Domínio em moda rápida
A Shein já domina o mercado de moda rápida dos Estados Unidos, superando em muito as rivais Zara e H&M, de acordo com a YipitData. No mês passado, o Financial Times informou que a Shein prevê que o as vendas globais crescerão para US$ 80,6 bilhões em 2025, um aumento de 174% em relação ao ano passado.

Com dez anos de criação, a Shein Shein domina o mercado de moda rápida dos EUA, superando em muito as rivais Zara e H&M — Foto: Bloomberg

A equipe da Temu não recebeu uma meta diária de vendas – é um número mantido entre os gerentes seniores. Em vez disso, eles foram instruídos a deixar de aumentar a base de usuários de seu aplicativo e site para criar maneiras de aumentar o quanto os clientes gastam, disseram as fontes.

Procurada pela reportagem, a empresa não respondeu aos pedidos de comentários.

Concorrente de peso
O rápido sucesso da Shein abriu caminho para uma série de empresas recém-chegadas que desejam entrar no mercado de comércio eletrônico em expansão, mas a Temu está sendo amplamente vista como a concorrente mais séria.

‘Clique djá’ para comprar: Varejistas aderem ao live shopping na internet
Ela já está correndo atrás de funcionários da Shein e visando fornecedores, ao mesmo tempo em que aproveita os altos recursos, extensas cadeias de suprimentos e experiência – particularmente em dados do consumidor que permitem mudanças rápidas nas ofertas – da controladora PDD, que já controla cerca de 13% do varejo on-line chinês por meio de sua plataforma Pinduoduo.

Embora ambas as empresas sejam sinônimo de produtos baratos e fáceis de obter, a Temu opera mais como um mercado do que como uma marca própria, como a Shein. Ela não lida com design e produção, mas recruta fornecedores para oferecer uma lista de produtos, que seleciona e permite que uma loja seja aberta em sua plataforma.

Depois que os vendedores enviam produtos para os armazéns da Temu na China, a empresa cuida da entrega, marketing e promoção e serviços pós-venda.

Estratégia para aumentar vendas
A Temu está apostando que uma grande campanha de marketing impulsionará o crescimento das vendas. A empresa fez sua estreia publicitária no Super Bowl em meados de fevereiro, exibindo dois anúncios de 30 segundos, que normalmente custam milhões de dólares para produzir e transmitir.

Os anúncios apresentavam um comprador girando e dançando entre uma variedade de roupas. Também está implementando práticas de marketing social semelhantes às estratégias da Pinduoduo na China, incluindo descontos, recompensas em dinheiro e brindes para clientes que indicarem seus amigos.

A estratégia está dando frutos, com visitas ao seu site superando as da Shein em janeiro. Se a Temu for capaz de sustentar seu ímpeto, também se juntará a um punhado de serviços de internet de propriedade chinesa que tiveram sucesso nos EUA, incluindo o Aliexpress, do grupo Alibaba, e o TikTok , o aplicativo de vídeos curtos da ByteDance.

Dona da Shopee, Sea surpreende e registra lucro líquido no 4º trimestre após reestruturação

Por outro lado, no acumulado de 2022, a companhia registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior.

A Sea, dona da Shopee, registrou lucro líquido de US$ 422,8 milhões no quarto trimestre, revertendo o prejuízo de US$ 616,2 milhões de um ano antes. As receitas entre outubro e dezembro somaram US$ 3,45 bilhões, crescimento de 7,12% na comparação com o mesmo período de 2021.

“Nossa decisão de mudar o foco dos negócios para eficiência e lucro já se traduz em melhora significativa na última linha do nosso balanço”, diz Forrest Li, diretor-presidente da Sea. “Entregamos resultado positivo, mostrando a resiliência e execução do nosso modelo de negócios.”

No acumulado de 2022, a Sea registrou prejuízo líquido de US$ 1,65 bilhão, redução de 18,9% nas perdas quando comparado com o ano anterior. As receitas totais chegaram a US$ 12,4 bilhões entre janeiro e dezembro, o que representa um crescimento de 25,1% no ano.

Nas operações da Shopee, as receitas chegaram a US$ 2,1 bilhões, crescimento de 31,8% no ano. Retirando efeitos cambais, o crescimento foi de 42,3%. No Brasil, a companhia destaca uma redução de 53,9% no prejuízo por pedido, na comparação com setembro, a US$ 0,47.

O volume bruto de mercadorias da Shopee chegou a US$ 18 bilhões, queda de 1% na comparação anual. Retirando efeitos cambiais, o indicador apresentou crescimento de 7,7%. Segundo a Sea, a partir de 2023 a divulgação do GMV passará a ser anual e não mais trimestral.

Na Garena, desenvolvedora do jogo “Free Fire”, a Sea registrou receitas de US$ 948,9 milhões, crescimento de 6,27% no ano, mesmo com queda no número de usuários ativos. Em serviços financeiros, as receitas da Sea subiram 92,5% no ano, a US$ 380,2 milhões, destaca.

O diretor-presidente da Sea afirma que as incertezas macroeconômicas vão continuar em 2023, com flutuações de curto prazo nas operações da companhia, mas estão confiantes que a reestruturação os deixou em posição melhor e confia no potencial de crescimento de longo prazo.

FedEx reforça operações na região norte do Brasil com novo CD em Belém

Subsidiária da FedEx Corp., a FedEx Express anunciou a abertura de um novo centro de distribuição em Belém (PA). Construído para unir duas operações da companhia na cidade, a nova unidade conta com expansão de área de aproximadamente 3.500 m², que totaliza 8.500 m². A unidade também oferece tecnologia de ponta para atender aos clientes do Pará e demais estados do país.

Para complementar a infraestrutura, a FedEx passa a contar com um pátio de mais de 10 mil m² voltado para apoiar um fluxo maior de carretas. A utilização desse tipo de veículo é fundamental para atender a uma particularidade da região que é o transporte fluvial.

O prédio da filial foi construído especificamente para atender às necessidades da FedEx em termos de espaço, automação e tipo de operação – parcel (pacotes) e freight (paletes). Portanto, visa apoiar o plano da companhia de padronizar as filiais brasileiras, tendo como referência as unidades da empresa nos Estados Unidos.

Modernidade logística
Entre as soluções instaladas no novo centro de Belém está uma esteira automatizada para otimizar o carregamento e a descarga dos carros que fazem a última milha. Por conta disso, os veículos passam a estacionar dentro do armazém alinhados ao equipamento.

O centro também conta com:

– sistemas modernos de iluminação;

– eclusas;

– docas estrategicamente posicionadas para a operação de caminhões e carretas;

– estrutura para paletes;

– e segurança com monitoramento de câmeras e controle de acesso.

Operação fluvial
Como o transporte fluvial é altamente importante na região norte do país, o novo sistema da FedEx dispõe de uma operação desenhada para conectar os negócios e os moradores da região com o restante do país (e vice-versa). Os principais produtos transportados são:

– cosméticos;

– calçados;

– autopeças;

– eletroeletrônicos;

– e motos.

Operação logística fluvial
As carretas da FedEx são movidas em balsas com capacidade para até 80 veículos. Segundo a empresa, as viagens pelo rio Amazonas, na rota Belém/Manaus, levam sete dias na ida e cinco dias no retorno, e acontecem diariamente de acordo com o horário da maré. Operação similar é realizada de Belém para Macapá e Santarém. Ao chegar aos portos, a carga é encaminhada para os centros de distribuição da empresa, onde são preparadas para mais uma viagem por rio ou estrada.

Para atender as cidades que só possuem acesso fluvial, a FedEx coloca os pacotes em barcos. Ao todo, a companhia atende a mais de 80 municípios da região Norte pelo transporte fluvial, cobrindo, por exemplo, todo o Pará. O tempo de trânsito a partir de Belém para o interior do Estado pode ser de 2 a 8 dias, dependendo da distância.

A cidade de Belém é a principal conexão da companhia para o transporte fluvial na região. “O Brasil é um país geograficamente diverso e, por isso, a FedEx busca estudar minuciosamente as especificidades de cada região para adaptar as operações a cada uma das localidades onde estamos presentes. É importante que tenhamos rede própria e infraestrutura adequada para realizar entregas tanto em grandes centros urbanos quanto em regiões remotas”, completa Gatti.

Investimentos recentes em infraestrutura e tecnologia
A FedEx possui cerca de 100 unidades espalhadas por todas as regiões do Brasil. Em novembro de 2022, a companhia anunciou a abertura de duas novas instalações: uma localizada em Serra (ES) e outra em Conde (PB). Juntas, elas somam mais de 50 mil m² e potencializam os recursos da empresa na oferta de serviços logísticos e de transportes nacional e internacional.

Em julho de 2022, a empresa também começou a operar em novas instalações localizadas em Campina Grande (PB) e Petrolina (PE). A primeira, com mais de 5 mil m² para atender a clientes de transporte e logística; já a segunda, com quase 4 mil m², contribui para o serviço de transporte.

Além disso, a FedEx realizou no ano passado a modernização de seu sorter no centro logístico de Cajamar (SP), o maior da empresa na América Latina. Com aproximadamente dois quilômetros de esteiras automatizadas, o equipamento possui uma estrutura com 12 rampas para atendimento de pedidos.

DHL Supply Chain expande e moderniza estrutura com novo Centro de Distribuição em Goiás

Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, está expandindo e modernizando suas operações em Goiás com um novo Centro de Distribuição (CD) em Aparecida de Goiânia (cerca de 150 km de Brasília e 20 km de Goiânia). As novas instalações têm 12 mil m² de área, layout customizado, docas dedicadas para carga e descarga e um sistema anti-incêndio padrão NFPA-13 de última geração. Agrega também práticas sustentáveis como sistema de climatização baseado em amônia e CO2, utilização de caixas retornáveis e o reaproveitamento de água para redução de impacto ambiental. O CD emprega cerca de 150 pessoas. Além da armazenagem, são oferecidas soluções logísticas end to end por meio da malha de transportes da DHL que já atende empresas do mercado de saúde em nível nacional.

“Já tínhamos uma operação em Goiás, mas com a demanda do mercado de saúde sentimos a necessidade de expandir e modernizar nossas instalações no Estado. Além disso, com uma política de incentivos, Aparecida de Goiânia vinha atraindo muitos investimentos. Agora, as empresas poderão acessar com mais facilidade nossas soluções, contando com uma infraestrutura mais robusta e eficiente e serviços de ponta a ponta”, afirma Marcos Cerqueira, vice-presidente de Saúde da DHL Supply Chain.

O centro de distribuição presta serviços de armazenagem, transportes (rodoviário e aéreo), logística reversa e processos de valor agregado como etiquetagem e montagem de kits. Com as novas instalações, a DHL passará a trabalhar com, além de medicamentos, vacinas e insumos médicos e hospitalares, incluindo testes clínicos.

As operações logísticas no local já iniciam com quatro clientes ativos: as farmacêuticas Roche, Teva, United Medical e Zambon. Para isso, o CD conta com todas as certificações e aprovações necessárias e quatro tipos de áreas climatizadas: 15º a 25º C; 8º a 16º C; 2º a 8º C; e -20º a -25º C. Destaque também para o sistema de combate a incêndio NFPA-13 que traz práticas de combate e prevenção mais severas, como o maior volume de sprinklers, outros elementos químicos antifogo, dentre outras iniciativas.

Práticas sustentáveis
Em linha com seu plano de ESG, que dentre outros prevê zerar as emissões até 2050, o novo CD adotou práticas sustentáveis importantes. Primeiro, o teto foi revestido com uma película que reflete calor e luz solar, o que reduz em até 20% a temperatura ambiente e em consequência o consumo de energia. São utilizados condensadores com maior eficiência energética no sistema de climatização, o que reduz o impacto ambiental.

Destaque ainda para a utilização de caixas retornáveis, reduzindo o custo com embalagem e o impacto ambiental. Inclusive, a DHL faz o reaproveitamento da água utilizada nas caixas de medicamentos oriundos de importação, reutilizando-a na própria operação. Com isso, estima-se que serão reaproveitados 260 mil litros de água por ano e evitado o descarte de 12 mil caixas no mesmo período.

“Tivemos uma boa aceitação do mercado às novas instalações e temos planos de outras expansões nos próximos anos, além de estudar trazer soluções verdes como o uso de veículos elétricos para a distribuição de produtos”, finaliza Marcos Cerqueira.